7/23/2019 Pratica docente: entre o dito e o pensado http://slidepdf.com/reader/full/pratica-docente-entre-o-dito-e-o-pensado 1/21 UNIVERSIDADE ESTADUAL DO RIO GRANDE DO NORTE A prática docente na escola Estadual Ainda Ramalho: A rela!o entre o pensado e o conhecimento tra"alhado# Adeilson Dantas Nunes $ Resumo: O presente trabalho deseja apresentar a ánalise da prática pedagógica docente, atráves da experiência de observação, assim como, transcrição de gravações das aulas de istória ministradas na !scola !stadual "ida Ramalho, locali#ada no municipio de $ossoró, no !stado do Rio %rande do &orte, buscando tra#er a lu# a 'orma como o pro'essor se apropria dos conhecimentos ad(uiridos na acadêmia e trabalha com os alunos, elucidando suas matri#es de re'erencia, narrativas e 'erramentas pedagógicas) *alavras+have: !nsino de istória) onsciência istórica) *rática -ocente) INTRODU%&O# "presentamos, neste artigo, a possibilidade de entender como a prática docente pode ser trabalhada no sentido de documento, sendo assim, (uestionado em sua gama de possibilidades) !videnciado a pluralidade de saberes e m.todos utili#ados no ato do ensino, bem como os desdobramentos provocados pela complexidade de lhe dar com desentendimentos possiveis na sala de aula, assim como, a dimensão da capacidade de troca de saberes, onde os atores principais do ensino produ#em e reprodu#em o conhecimento) O !nsino de istória desde seu nascimento no seculo /0/, so'reu diversas trans'ormações no tempo, seja para reti'icar opiniões, construir nações, reprodu#ir conhecimentos importantes para o capitalismo, ou seja, teve sua historicidade) &o 1rasil, durante a -itadura $ilitar, tinha como objetivo engendrar 'ormação c2vica aos cidadãos, assim como, o alinhamento ideológico vigente, moldando interesses do 1 Graduando do 7° período de História da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte-UERN.
This document is posted to help you gain knowledge. Please leave a comment to let me know what you think about it! Share it to your friends and learn new things together.
Transcript
7/23/2019 Pratica docente: entre o dito e o pensado
!stado, para o desenvolvimento econ3mico, desprevilegiando (ual(uer rac2cionio
critico, alicerçada na historiogra'ia positivista, linear, previlegiando mitos nacionais,
heróis, datas, a'im de criar uma unidade nacional sem vistas a rupturas ou
descontinuidades, excluindo da história 'atos importantes da identidade nacional)
"pós a (ueda do Regime $ilitar e a abertura democrática, começava a se pensar
uma re'ormulação do curriculo, material didático, de toda a estrutural (ue envolve o
ensino, como a'imar 4elva %uimarães 5onseca)6Repensamos e criticamos diversos
aspectos da educação, da istória e seu ensino: desde a politica educacional, a escola,
aos pro'essores, os temas e, sublinho, as intencionalidades educativa)67
!m 899 debates começam a ebulir e a mudaça nos objetivos passa a entrar em
vigor, preterindo uma história (ue 'omentasse a participação e a tran'ormação da
realidade brasileira, buscando dar visibilidade a istória da matri# a'ricana e indigena,
bem como, emergir a história dos vencidos, das mulheres e incutir noções de cidadania
aos educandos)
"tualmente, busca+se mais do (ue a simples reprodução de acontecimentos,
'a#er um tipo de história (ue o aluno possa ter consciência sobre seu passado, sobre si,
sobre o seu meio e entender (ue atráve# da história pode se perceber como um agentehistórico, tran'ormador da sociedade onde vive e . trans'ormado por esse tempo) ;ma
história alicerçada na <&ova istória=, utli#ando+se novas 'ontes, abarcando
(uestionamento do presente se utili#ando do passado em busca de respostas)
-esta 'orma, o !nsino de istória vem ganhando cada ve# mais espaço em eventos, no
meio acadêmico, pois pensa a prática docente como meio libertador da usual e
tradicional 'orma de ensinar, en'rentando paradigmas) ontudo, não basta apenas
entender, . preciso inter'erir para trans'ormar o meio, desta 'orma nos lembra 4elva%uimarães onde di# , 6*or(ue, de 'ato, a escola não só 'orma individuos, mas produ#
saberes, produ# uma cultura (ue penetra, participa, inter'ere e trans'orma a cultura da
sociedade6>)
2 5O&4!", 4elva %uimarães) Didática e Prática de Ensino de História. 7 ed) 4ão *aulo:
*apirus,7?)p.8?@
3 5O&4!", 4elva %uimarães) Didática e Prática de Ensino de História. 7 ed) 4ão *aulo:*apirus,7?)p.8A>
2
7/23/2019 Pratica docente: entre o dito e o pensado
!spera+se do pro'essor uma postura didática (ue possibilite (ue os discentes possam ter
noções de tempo histórico, memória, historicidade dos conceitos e valores, assim como,
a multiplicidade das narrativas, percepção não de uma história ciclica, mas mutável, não
longe da realidade do educando, mas próxima, percebendo o mundo (ue o circunda,
com suas rupturas, permanências e resigni'icações) "o !nsino de istória, cabe pensar a
'orma como esse conhecimento . tratado na sala de aula, como 'a#er a transposição, a
'inalidade dos m.todos, como o curriculo . pensado, 'ormas criativas e lBcidas de
romper com a 'orma tradicional, linear e va#ia (ue algumas práticas docentes ainda são
executadas)
"o trabalhar os conteBdos em sala de aula o pro'essor versa sobre temas
diversos e tem a incumbência de problemati#a+los de 'orma (ue os discentes não sórecebam o conhecimento, mas tamb.m possam contribuir, dialogar, produ#indo
conhecimento, onde o docente e o educanto possam mutualmente passar por uma
trans'ormação) C vital ter a noção da responsabilidade (ue ambos tem nesse processo)
Duis 5ernando erri, ao tratar do papel prepoderante (ue o docente exerce na prática,
construindo e sendo constituido identidades lembra (ue:
“Logo os professsores de história somos também
protagonistas desse jogo, voluntária ou involuntáriamente ,
consciênte ou inconsciêntemente. Produzimos, com nosso
trabalho, parte de nossas identidades pessoais, polticas e
profissionais e participamos da constitui!"o das identidades
do outros.#$
" apartir dessa ideia, percebemos a dinEmica e a importEncia da consciência histórica
no cerne da prática pedagógica, onde a ligação da identidade coletiva com a individual
possibilita ao educando, os vários usos sociais e as possibilidades (ue o conhecimento
histórico assume, onde o individuo percebe+se na sua condição de determinado pela
história e não só agente trans'ormador dela)
-essa 'orma, emponderado sobre o passado, o individuo poderá 'a#er escolhas,
<pensar históricamente=, resigni'icando visões de mundo di'erentes, ponderando
explicações gerais ou 'ragmentadas, exercitando expectativas e perspectivas 'uturas
sobre o tempo)
4 !RR0, D)5) Ensino de 'ist(ria e )osnci*ncia hist(rica# Rio de Faneiro:!ditora 5%G,788) p.8A
3
7/23/2019 Pratica docente: entre o dito e o pensado
organi#ação do espaço, limpe#a, a certe#a do termino das aulas, ou seja, um ambiente
calmo e agradável para (ue a aprendi#age m transcorra da melhor 'orma poss2vel)
*assado o obstáculo da estrutura '2sica da escola, o pro'essor tem (ue lhe dar
agora com as condições materiais básicas, projetor, livro didático, aparelho de v2deo,som e etc)
" priori, o docente tem conhecimentos acadêmicos diversos, e cabe a ele 'a#er a
trasnposição didáticaA do saber ciênti'ico para o escolar) !m sua trajetória acadêmica,
ele teve a possibilidade de trilhar di'erentes caminhos, e agora tem a possibilidade de
práticar tudo (ue aprendeu)
$as como mediar esse conhecimentoN omo se 'a#er entender entre os alunosNomo responder a (uestionamentos simples, como <O (ue . históriaN= por exemplo, na
acadêmia essa resposta ganha páginas e páginas a se perder) " transposição didática .
um meio e'ica# nessa dilema, ela . capa# de tornar um conhecimento ciênti'ico em
saber escolar, cabe o docente atrav.s da linguagem mediar esse saber, lembrando (ue
al.m do conhecimento ad(uirido na academia, o pro'essor tamb.m possui os
conhecimento ditos do senso comum, discussões (ue estão sendo 'eitas no presente,
desta 'orma, relaciona+las com o passado tomando o cuidado de não cometer anacronismos)
ontudo, a escolha e organi#ação dos cont.udos tem um papel prepodenrante
para atingir os objetivos seja do curriculo ou da própria autonomia do docente) $esmo
com re'erencias do (ue ensiar, o pre'essor se vê em dBvida do (ue . importante ensinar
aos alunos, muitos deles utili#am o livro didático não como suporte, ou paralelo a
'ontes, mas como 6biblia6, engessando o processo de ensino+aprendi#agem)
"demais, ao docente cabe e'etuar escolhas, trabalhar com temas (ue estejam em
consonEncia com a realidade social vigente em cada momento histórico, posteriomente
o pro'essor escolhe de (ue 'orma organi#ar esses temas se de 'orma linear, como .
comumente e'etuado, por meio de eixos temáticos ou ainda intercalando exercic2os com
5EN6UR5, 6ire. Ensino de História:fundamentos e métodos - 2.ed. - 89o Pau#o:6orte$,2;;<. p.3
7/23/2019 Pratica docente: entre o dito e o pensado
a primeira 'orma, onde o educando possa ter uma visão ampliada de como o
conhecimento histórico . constru2do@)
" pes(uisa, tomando como norte as leituras reali#adas, notou+se (ue o docente em
laboratório utili#ou+se de uma organi#ação linear da história, buscando evidenciar o5eudalismo no seu nBcleo organi#acional, 'ocali#ando (uestões economicas e culturais)
*osteriormente será esmiuçado a prática docente, e poderemos a'erir (uais os
m.todos utili#ados, as di'iculdades apresentadas, e as experiências, pro'essor+aluno,
aluno+pro'essor, assim como, o manuseio do livro e o dialogo com as 'erramentas
didáticas dispon2veis)
O +EDIEVO ENSINADO
" perspectiva comum presente nos manuais didáticos e posteriormente
trabalhado pelo docente acerca de temas medievais . ainda arraigado de chavões, como
<0dade das revas=, visão está criada e di'undida com a intenção de comparar o
progresso ilumista, anticlerical e racionalista aos tempos onde não houve <pregresso=,
dominado por um pensamento <atrasado=, esteriótipos como estes ainda persistem nos
livros de história, geralmente concentados na organi#ação do <sistema 'eudal=, batalhas,
con'litos diplomáticos, hierar(ui#ação de personagens, denotando um certo
mecanicismo, es(uencendo das possibilidades de mobilidade social da .poca, da história
das mulheres e crianças)
&ão obstante, no s.culo // a partir da <nova história=, e divulgação de novas
teses sobre o tema, passa a se ter um outro olhar sobre a 0dade $.dia, onde vem
demostrando traços originais da .poca) -escontruindo 'ormas de explicação
ultrapassada e pouco abrangentes, onde a 'alta de pluralidade . engessada por uma visão
Bnica de comportamento entre os agentes históricos)
7 E=ERR>, H.G? @>RN>A Aeandro Bor).C.História na sala de aula:conceitos, práticas e propostas. 2 ed. 89o Pau#o: 6onte+to, 2;;4. p. 4;
7/23/2019 Pratica docente: entre o dito e o pensado
Fos. Rivair $acedoM, pes(uisador do tema, nos alerta sobre o perigo da
legitimação, onde a narrativa da supremacia ocidental sobre mundo pode ocultar
contradições pertinentes ao processo histórico)
O ensino de istória vem ponderando sobre os aspectos de como o conteBdo .ensinado, os recortes (ue são 'eitos, (uais são trabalhados em sala de aula, e sua
relevEncia para os alunos)
$uito al.m da parte ocidental geralmente estudada, onde os alunos acabam por
estudar uma parte singular da !uropa nos livros, muitas ve#es sem conexão com sua
realidade territorial, há outras pertinenstes e relevantes a compreensão da identidade
nacional, levando a conhecer melhor nossa proximidade com a(uele per2odo, suas
tradições herdadas e parte do modo de ser e pensar atual) !ssa (uestão . elucidade por
Fos. Rivar $acedo:
“ ênfase no ensino de aspectos históricos da Pennsula
-bérica teria muito mais propriedade educativa do (ue o ensino da
&istória modelada na ran!a ou na -nglaterra, pelo simples fato de
pertencermos a um conjunto cultural especfico, no caso, o ibero/
americano. o tomar a Pennsula -bérica como n0clo gerador da
consciência histórica a respeito da -dade 1édia, o ensino de &istória
cumpriria melhor o seu papel de revelar aos estudantes aspectos de
nosso passado (ue continuam a interagir com o presente.#2
!ssa abordagem sugerida pelo autor . pertinente pois os aspectos conjunturais da
história 0b.rica estão instrisicamente ligadas ao passado brasileiro, tornando assim mais
atraente na perspectiva de aproximar aspectos culturais a realidade do (ue nos di#
respeito)
*artindo dessa premissa, vamos laboriar a prática docente e ver aproximações e
distanciamentos praticados pelo docente na !scola estudada) *ara isso, utili#aremos a
trascrição do audio como documento) O tema nBcleo 'oi 5eudalismo) -urante cin(uenta
<D>6E, . R? @>RN>A Aeandro Bor).C.História na sala de aula:
conceitos, práticas e propostas. 2 ed. 89o Pau#o: 6onte+to, 2;;4. p. 112
F D>6E, . R? @>RN>A Aeandro Bor).C.História na sala de aula:conceitos, práticas e propostas. 2 ed. 89o Pau#o: 6onte+to, 2;;4. p.11
7
7/23/2019 Pratica docente: entre o dito e o pensado
minutos, o docente 'e# uso da aula expositiva dialogada, utili#ando pincel e lousa para
desenhar (uadros explicativos, diagramas e anotações pertinentes)
0nicialmente, contextualiali#ou o per2odo, 'e# menção a datação do per2odo 'eita
por convenção, deixando claro aos alunos a temporalidades dos conceitos) !n'ati#ou(ue havia outros acontecimentos e por(ue daria ên'ase apenas a !uropa, deixando claro
(ue não seria visto outros continentes por 'alta de tempo, mas (ue estes tinham sua
historicidade)
-entro dessa linha, 'a# um recorte temático entre a (uestão do 'eudalismo e a
presença da igreja católica) *osteriormente, decide conceituali#ar a termo 'eudalismo
em seu eixo econc3mico, citando+o como um modo de produção, comparando o modo
de produção atual, o capitalismo sem cometer anascronismos, apenas di'erenciando um
do outro em sua tipi'icidade) omo podemos perceber, o vi.s econ3mico . privilegiado
pelo pro'essor)
Dembra aos alunos (ue nos outros continentes segundo alguns autores não
existou 'eudalismo, já (ue acreditava (ue essa (uestão poderia surgir) -eixando claro
(ue estudaria somente a !uropa, resolve situar geogra'icamente os aluno onde seria o
continetes !uropeu, citando as cidades mais conhecidas pelos alunos)
Dembra a importEncia da 0greja atólica, mas sem aprodundamento, e envereda
por tratar a 'orma de organi#ação 5eudal, conceituando 'eudo, e previlegiando as
caracteristas das pessoas (ue 'a#iam parte do sistema 'eudal, para exempli'icar utili#a o
(uadro e desenha uma porção de terra, e a divide em (uatro partes e da a cada parte o
nome de alunos para exempli'icar como se recebia os titulos de nobre#a, com seus
deveres e obrigações) &ota+se (ue apartir dai, utili#a+se do m.todo da partipação dos
alunos na aula, um clima se estabelece entre aluno+pro'essor, deixando a aula maisdinEmica) omo podemos ver no documento transcrito da "ula do *ro'essor &.liton:
<!ntão, eu vou criar um reino hipot.tico, esse reino hipot.tico, ele
chama+se 6*rimeiro 6) O reino hipot.tico do 6*rimeiro 6, existia
um Rei, o Rei $arcelo) !ra o rei do 6 *rimeiro 6, e esse reino era
enorme, e $arcelo não consegue governar so#inho, então ele divide o
6*rimeiro 6 em (uatro partes e entrega a pessoas de sua con'iança,
essas pessoas de con'iança pra o'iciali#ar (ue essas pessoas mandam
nessa regiões, o Rei da a eles o titulo de nobre#a) O (ue . o titulo de
<
7/23/2019 Pratica docente: entre o dito e o pensado
&obre#aN era um titulo (ue associava vocêKalunoL a imagem do Rei,
vocêKalunoL por exemplo seria um -u(ue, um Gisconde, um onde)=8
Os alunos assim, se utili#am da imaginação, uma narrativa se estabelece 'a#endo com
(ue se aproximem da(uela realidade, dessa 'orma, o pro'essor 'a# (uestionamentosre'erentes a cultura da .poca) &uma das tipicidades da .poca o pro'essor trata da
passagem dos titulos de nobre#a (uando cita:
<!ntão o titulo de nobre#a, ele passava de pai para 'ilho, por exemplo)
O du(ue de /exe, da /exelEndia (uando ele morresse, o 'ilho dele o
'ilho dele xexe#inho 7, seria o novo du(ue da /exelEndia) + "luno: se
ele não tivesse 'ilho) 4e ele não tivesse nenhum tipo de 'ilho, ai
provavelmente iria para algum parente, se não tivesse nenhum tipo
deparente ou 'ilho, voltaria para o Rei (ue destribuiria ou não o
titulo)=88
"o abordar a linhagem de uma 'amilia tra# a lu# uma 'orma original de ensinar
história, 'ora da tradicional, pois al.m de 'omentar a participação dos discentes, estabele
uma (uestão não muito comum nas práticas docentes, *ernoud 'a# essa abordagem no
seu livro, Du# 4obre a 0dade $.dia (uando di#:
<!sta linhagem manteve+se no trono por hereditariedade,de pai para
'ilhos, e viu os seus dom2nios crescerem por herançase por
casamentos, muito mais (ue por con(uistas: história (ue serepete
milhares de ve#es na nossa terra, a diversos n2veis, e (ue decidiu uma
ve# por todas os destinos da 5rança, 'ixando na sua terralinhagens de
camponeses e de artesãos, cuja persistência atrav.s dosreveses dos
tempos criou realmente a nossa nação)=87
ontudo, apesar de emergir (uestões não costumeiramente discutidas no ensino de
istória $edieval, apra# identi'icar (ue a gama de possibilidades e temas desse per2odoacabam 'icando omissos, como a importancia dos costumes, da vocali#ação dos saberes,
da 'unção do uso das imagens, a instituição universitária, traduções de obras antigas, a
*artindo dessa premissa, há um recortes temáticos a ser 'eito, um vi.s a ser
explorado rente as possibilidades de trabalhar um conteBdo em sala de aula, sejam elas
positivistas, previlegiando uma narrativa linear+descristivo, 'ocali#ando em documentos
politicos, sem contextuali#ar, nem problemati#ar o cont.udo, ou por um outro modo, o
economico, bastente aplicado nas salade de aula por utili#ar narrativas ditas $arxistas)
!xistem pistas na orali#ação do decentente (ue podem ajudar a elucidar (ue tipo de
narrativa ele opera) &esse contexto, o pes(uisador "ndr. Gictor 4eal8? nos ajuda a
compreender os di'erentes tipos de narrativa e de (ue 'orma . apropriado pelo pro'essor
essa modulação dos conteBdos)
"l.m dos modelos *ositivistas e $arxistas, o autor apresenta o modelo (ue gira
entorno da <&ova história=, não muito bem de'inido, mas claramente inovador, buscando emergir acontecimentos do cotidiano e utili#ando novas 'ontes como
parEmetro explicativo) ontudo, ainda aprensenta duas outras categorias, nucleando em
<categorias mistas= e dividindo+a em duas, <narrativas hibridas, (ue seriam segundo o
autor "ndrá Gictor 4eal:
“3arrativas hbridas vemos uma espécie de fus"o matricial,
na (ual temos elementos caracteristicos de matrizes
históricas diferentes em um mesmo corpo discursivo. 3asanálises, o tipo de hibridismo encontrado foi engendrado
pela apropria!"o de saberes tanto da &istória tradicional,
(uanto do 1ar'ismo. o todo, contabilizamos nove unidades
discursivas, cuja estrutura lógica permite considerá/las
como narrativas hbridas do tipo *4radiciona/1ar'ista.* 5+
ontrária a essa 'usão o autor apresenta outro tipo de categoria mista, a narrativa
ecl.tica, (ue segundo ele seria <" noção de ecletismo remete a id.ia de diversidade sem
'usão) &ela não temos um produto novo, uma criação original) &ão há um miscelEnea
de elementos como na hibrida=) &ão obstante, esse vi.s tem pontos 'ramentados em
corpo discursivo, sendo 'ácil a sua perpecção)
14
1 6UNH>, >.I.8. > BReCinven'9o do 8a"er Histório Eso#ar: >propria'(es
das Narrativas Histórias Eso#ares Pe#a Prtia Peda)ó)ia dos Pro*essoresde História n? isserta'9o de 6on#us9o de DestradoBUPEC, 2;;. p. 14
11
7/23/2019 Pratica docente: entre o dito e o pensado
$unidos das caracteristicas narrativas e tipicidades de cada um, veremos a (ual
matri# de re'erência o docente pertence, observando os elementos narrativos (ue
possam evidenciar as conclusões) O docente em lócus aprensenta aos discentes
elementos descritivos bem demarcados, preterindo por temas econ3micos e de
organi#ação pol2litica, um exemplo . (uando trata da importEncia da terra no per2odo
$edieval, cita as relações de trabalho em grupo, (uando di# <&a idade m.dia no
'eudalismo, a terra geralmente era um 5eudo) ;m pedaço grande de terra, ou pe(ueno,
tanto 'a#) ! o 4enhor 5eudal, era o dono da terra=)
!mbora apresente elementos descritivos em demasia, imporEncia ar(uitet3nica
da torre para o castelo, importEncia da 0greja no per2odo, sendo assim, em parte
veinculado a matri# tradicional, não podemos a'erir (ue este pertença a essa, pois umaBnica aula não tem a capacidade de <en(uadrar o docente= nesse modelo explicativo, já
(ue durante o ano letivo, pode varia+lo) " importEncia da análise narrativa, . vital para
compreender de (ue 'orma o docente se apropria dessa narrativas, (uais os pontos
aborda, desprestigiando ou prestigiando (ual interesse, os motivos)
1om, al.m da parte descritiva, politica e cultural, presente em (uase sua
totalidade na orali#ação, 'ica evidente enxertos $arxistas na narrativa, onde o *ro'essor
&.liton trabalha o <$odo de *rodução 5eudal=, e 'a# um menção as tipicidades de
outros modos de produção, dando ên'ase ao $odo de produção apitalistas e suas
caracteristicas dispares, (uando di#:
<Goltando ao (ue a gente estava 'alando, nós estamos 'alando em
$odo de produção, o (ue .N basicamente a 'orma como sociedade
organi#a para produ#ir seus bens, o trabalho, como organi#a sua
produção, posse das cosias) &a nossa socedade nós temos o modo de
produção capitalista, no capitalismo, (uem produ# a maioria denossos bensN grandes industrias, ma(uinas) " maioria dos bens (ue
você usa, esse lapis a(ui com certe#a, 'oi 'eito por uma linha
automati#ada, a cadeira tamb.m 'oi 'eita por ma(uinas, logica (uem
opera as ma(uinas são os homens) Ou seja, gente (ue trabalha nessa
empresas, ganha salários e com esse dinheiro compra o (ue (uiser)=8A
" partir das a'erições, podemos aproxima+lo de uma matri# de re'erencia <ecl.tica=,
pois há elementos da istória radicional e $arxista, não surgindo uma <nova=, na
1 N#iton, transri'9ode udio. 12-12-2;1 p.1
12
7/23/2019 Pratica docente: entre o dito e o pensado
relação entre as duas, mais duas em momentos bem postos e distantes, embora na
mesma narrativa, claramente demarcados)
ontudo, . importante veri'icar as narrativas presentes nas aulas de istória,
pois obtemos a capacidade de ler os meandros (ue 'a#em parte da prática docente, agama de experiência positivas e negativas, lacunas e esteriótipos, a'im de in'luenciar a
re'lexão do m.todo, da narrativa, conduta docente e etc) $unidos de 'erramentas (ue
possibilitem melhorar as práticas, mediar o conhecimento, 'a#endo com (ue o aluno a
partir das problemati#ações, possa ele mesmo ter 'erramentas para se perceber no
tempo, 'a#er emergir por si mesmo sua consciência histórica, aproximando o
conhecimento sobre o seu passado e o passado dos seres humanos na tarra)
omo podemos ver, são instigantes e importantes os temas de (ue a o !nsino da
istória se debruça, pois não basta o pro'essor deter um conhecimento, se não sabe
media+lo, transpor, contribuir para (ue esse não se perca, não 'i(ue inerte no tempo,
engessado em papeis)
)ON)LUS&O
!ssa singela pes(uisa teve a inciativa de evidênciar pontos importantes da
discussão a cerca do conhecimento histórico práticado pelos docentes na área de
istória, procurando contrubuir para os debates (ue circundam a temática)
&esse caminho, podemos ver elementos e 'erramentas pedagógicas, posturas
narrativas distintas, o uso do documento transcrito como parEmetro de ánalise laboral,
evidenciando a realidade, suas lacunas e suas permanências, bem como o uso de autores
de re'erência (ue podessem enri(uecer o diálogo com a 'onte, ademais, espero ter cooperado no adensamento tratados a(ui e aberto uma pe(uena 'issura no c.u ainda
pouco explorado (ue . o !nsino de istória)
RE1ER2N)IAS ,I,LIOGR.1I)AS
1!P!RR", )%J H"R&"D Deandro Korg)L)'ist(ria na sala de aula: conceitos/
práticas e propostas# 7 ed) 4ão *aulo: ontexto, 7?)
13
7/23/2019 Pratica docente: entre o dito e o pensado
Suando a gente 'ala em 0dade $.dia, a gente ta 'alando desse per2odo a(ui, de
?@A dc a 8?Q> dcKdepois de cristoL) erto) 0sso . uma convenção entre os historiadores,
(ue 'oi criado pelo pessoal do renascimento) 0sso não signi'ica (ue na .poca as pessoas
se identi'icavam como medievais,Ko( ue . bom acorda na idade media, não havia issoL)
!ssa invenção, esse termo, 'oi criada depois, posteiormente a essa .poca) ;ma hipotese,da(ui a du#entos anos um historiadores chame nossa era de 6era do smartphone6) Gocê
não se considera, mas num determinado momento algu.m vai ter en(uadrar na era do
4martphone) !ntão da mesma maneira o povo (ue vivia nesse periodo, 'oi en(uadrado
como povo da idade media, mas não se considerava mediavel) !ntão o (ue acontece,
(uando a gente estuda esse periodo, a gente estuda a !uropa) &esse per2odo
tinha coisas acontecendo, coisa na am.rica, na a'rica, na ásia) 4ó (ue só vamos estudar a
1
7/23/2019 Pratica docente: entre o dito e o pensado
região da !uropa) &ão vamos ter tempo de estudar os outros continentes at. o 'inal do
ano)
oje estudaremos dois aspactos muitos importantes da 0dade m.dia, nós vamos
estudar o 'eudalismo e a (uestão da presença da igreja católica na vida do povo) *racomeço de conversa, o (ue . 'eudalismoN 5eudalismo se encaixaria no (ue a gente
chama, de modo de produção) erto) 5eudalismo . um modo de produção, o (ue seria
modo de produçãoNTchama atenção para a prova, datas para prova e revisão
adiantamento das aulas, aulas extras) "ula interrompida por (uestionamentos re'erente a
aula e não ao conteBdo, >:Q de interrupçãoU) Goltando ao (ue a gente estava 'alando,
nós estamos 'alando em $odo de produção, o (ue .N basicamente a 'orma como
sociedade organi#a para produ#ir seus bens, o trabalho, como organi#a sua produção, posse das cosias) &a nossa socedade nós temos o modo de produção capitalista, nós
vivemos em sociedade capitalista, no capitalismo, (uem produ# a maioria de nossos
bensN grandes industrias, ma(uinas, só para prestar atenção) " maioria dos bens (ue
você usa, esse lapis a(ui com certe#a , 'oi 'eito por uma linha automati#ada, a cadeira
tamb.m 'oi 'eita por ma(uinas, logica (uem opera as ma(uinas são os homens) Ou seja,
gente (ue trabalha nessa empresas, ganha salarios e com esse dinheiro compra o (ue
(uiser) ! assim (ue a gente produ# essa coisas) um modo de produção $as como o 'oconão . o capitalismo, nós vamos 'alar do 'eudalismo) O 'eudalismo 'oi o modo de
produção (ue existiu na !uropa durante a idade m.dia)
+*ro':6*ro'essor, teve 'eudalismo na am.ricaN6 não) 6teve 'eudalismo na ásiaN 6
alguns historadores di#em (ue sim, mas a maioria di# (ue não) 6*ro'essor teve
'eudalismo na a'ricaN6 não) " gente tem 'eudalismo na !uropa, vamos estar tratando da
!uropa) +*ro': 6"h mas pro'essor e a(ui esta no 'eudalismo tamb.mN6 não) não esta)
!stamos estudando a !uropa) *ra (uem nãos abe onde esta a !uropa, . a aonde 'ica a
alemanha, portugal, irlanda, espanha, 'rança, inglaterra) odos essses paises, são paises
!uropeus) -esenhe um mapa na sua cabeça e todos esses locais (ue acabei de 'alar
estão locali#adas tm M)??) na !uropa) &a 0dade m.dia na !uropa, vivia numa
sociedade, in'luênciada 'ortemente pela 0greja atólica, e dividida em reinos, e esses
reinos dividos em 'eudos) !ntão a gente vai estudar o (ue . o 'eudo, o (ue . o senhor
'eudal, o (ue . o servo e como 'uncionava) erto) O sistema 'eudal) *ra começo deconversa, (uando se escuta 'alar em 'eudo)Komeça a utili#ar a lousa e o lápisL) O (ue .
1
7/23/2019 Pratica docente: entre o dito e o pensado
O (ue . arrendar a terra, você vai pegar a(uela terra ali, e ocê plantar e vai
entragar uma parte da produção ao dono) &a %r.cia antiga) !xistiam pessoas (ue
arrendavam tamb.m a terra, os donos de terra e pagamvam com parte da prodiução) Ou
seja, em varias sociedades esse processo era comum) &a idade m.dia no 'eudalismo, a
terra geralmente era um 5eudo) ;m pedaço grande de terra, ou pe(ueno, tanto
'a#) ! o 4enhor 5eudal, era o dono da terra) " terra pertencia a ele, (uem eram os
senhores 'eudaisN &a maioria das ve#es, eram nobres) $as eles podiam ser, clarigos,
conegos) *odiam partir de outras 'unções na sociedade, na maior parte, eram nobres) O
(ue era o nobreN era o (ue possuia o titulo de nobre#a, o (ue vinha acompanhado de
(ueN te terra, ligação com alguem imporatnte) *or exemplo, o rei era o nobre)
%eralmente 'uncionava assim) Suero (ue vocês me acompanhem, vou colocar umexemplo no (uadro e vou usar o nome de vocês) Tutili#a o (uadro e desenha uma porção
de terra, e a divide em (uatro partes e da a cada parte o nome de alunos para
exempli'icar os titulos de nobre#aU) OV) !ntão, eu vou criar um reino hipot.tico, esse
reino hipot.tico, ele chama+se 6*R0$!0RO 6) O reino hipot.tico do 6primeiro c6,
existia um Rei, o Rei $arcelo)
!ra o rei do 6primeiro c6, e esse reino era enorme, e $arcelo não consegue
governar so#inho, então ele divide o 6*rimeiro 6 em (uatro aprtes e entrega a pessoas
de sua con'iança, essas pessoas con'iança pra o'iciali#ar (ue essas pessoas mandam
nessa regiões, o Rei da a eles o titulo de nobre#a) O (ue . o titulo de &obre#aN era um
titulo (ue associava você a imagem do Rei, você por exemplo seria um -u(ue, um
Gisconde, um onde) ada titulo de &obre#a tinha uma importEncia di'erente, então
vamos supor (ue o Rei $arcelo entregou ao -u(ue /ex., a xexelandEncia) "o -u(ue
"ldrin, entregou a "ldrinlEndia) " du(uesa *epe, ele entregou a *epeia) ! a esse região
entregou a du(uesa deborha, e virou aas 'amosas terras deborais) 4eriam (uatro grandes5eudos, e cada um deles (uatro, seriam nobres) 4ó (ue ainda era muita terra par pouca
gente, então o (ue . (ue cada um desses nobres 'aria) Gamos pegar o -u(ue /ex., o
du(ue xex. dividiu ainda mais a sua terra, em três pedaços) O du(ue /ex. 'icou com
seu 'eudo a(ui e entregou a sua parte pra cada um dos seus amigos, aos (uais ele deu o
titulo de nobre#a, o titulo de onde) Os caras (ue /ex. escolheu seriam conegos, ou
seja, seriam pessoas ligas ao -u(ue, (ue por sua ve# era ligada ao rei, e assim ia) Os
nobre repartiam suas terras) + *ro' 6Repartiam at. não ter maisN6 &ão eles tinham um
1<
7/23/2019 Pratica docente: entre o dito e o pensado
limite) !ntão o titulo de nobre#a, ele passava de pai para 'ilho, por exemplo) O du(ue de
/exe, da /exelEndia (uando ele morresse, o 'ilho dele o 'ilho dele xexe#inho 7, seria o
novo du(ue da /exelEndia) + "luno: se ele não tivesse 'ilho) 4e ele não tivesse
nenhum tipo de 'ilho, ai provavelmente iria para algum aprente, se não tivesse nenhumtipo deparente ou 'ilho, voltaria para o Rei (ue destribuiria ou não o titulo)
"gora vamos supor (ue xex., o -u(ue e a -u(uesa deborha se (uisessem unir
suas terraN casariam) &o caso deles ja estarem casados, poderiam casar seus 'ilhos)
!ntão você pode casar seu herdeiro com o herdeiro de outro 'eudo e unir ou dois, ou
poderia con(uistar na marra atrav.s de guerra) $as todo mundo entendeu como'uncionava a distribuição de terra) !ntão pronto) $as pro'essor eram muitos nobre ou
poucos, eram poucos e as 'amilias nobres se perpetuavam, surgiam novas) O (ue eu
(uero (ue vocês entendam . os eguinte, essas varias terras (ue o rei dividia, os condes,
du(ues, moravam pessoas (ue precisamvam comer, precisavam de diversos tipos de
coisas) omo . (ue essa galera 'a#iaN eles usavam a terra do 4enhor 5eudal, (ue
geralmente era nobre, para usar a terra pagavam um tributo) Tapaga a lousa, desenha
somente um 'eudoU) 0magine (ue esse 'eudo pertence a condesa $agda) !ntão nessaterra, nesse 5eudo) 4e dividia em três partes, nós tinhamos o manso senhorial, o manso
serviu e nós tinhamos a terras comunais) O servo era a(uele (ue vivia no 5eudo) Sue
usava a terra do 4enhor 'eudal pra produ#ir seu sustento, geralemtne ele teria (ue
trabalhar alguns dias de graça no manso senhorial pra poder pagar, alguns dias
trabalhava de graça e nos outro dias trabalhava na suaterra, e dentro da sua terra,
produ#ia uma parte para o senhor, e as terras comunais era onde se caçava, onde se
pagava lenha, era #ona inexplorava)
Gou ler um trecho para vocês sobre a vida de um servo na página 78A do livro)
Sue vai 'alar sobre a vida de um 4ervoKpro'essor começa a leitura do livroL)
"companhe, os tributos anuais, pagos para um campones 5rances chamado
0shar, (ue viveu na bologna, atual 5rança, tão longe das propriedades) odo ano os
servos tinham (ue pagar, eram tipos desses acordos) O servo dava ao conego, um
1F
7/23/2019 Pratica docente: entre o dito e o pensado
cordeiro) &a .poca (ue plantava 'eno, ele devia ao senhor 'eudal 4eis peças de dinheiro)
+ *ro' 6pro'essor (uanto era a peça de dinheiroN6 depende da .poca, do liugar, nessa
.poca todo 'eudo tinha sua moeda própria)Tatendeu celular, e logo desligou) "ula
interrompida, toca o sinal e comunica (ue continuará a dar aula por(ue a pro'essora
'altou) (uestionamentos perinente as proximas aulas)U Gamos continuar a(ui pessoal)
Suanto valia 4eis peças de dinheiroN *rovavelmente muito, um bucadinho) Suando
chegava a .poca da colheita, de trigo, sevada, ou de centeio) 0shar era obrigado a dar
uma medida generosa de aveia, bem como se reunir com outros camponeses, e 'a#er um
ban(uete ao conego) Ou seja ele e os outros servos) &a colheita da ;va, 0shar, pagava
nova (uantia em dinheiro, al.m de tres paes e vinho) !stava livre de obrigações durante
os magros meses de inverno) "t. o 2nicio da (uaresma en(uanto o 4enhor aguardava o
capão) ! logo depois chegava o momento de sacri'icar o cordeiro da páscoa e recomçar
o ciclo de novo) -urante o ano ele tinha todas essas obrigações) + *ro'6 pro'essor essas
orbigações eram iguais em todo lugarN6 &ão, não eram) *or exemplo, em algumas
regiões o 4ervo tinha obrigação de entregar sua mulher antes do casamento ao senhor
5eudal)
Suem iria praticar a primeira noite de nupcias era o 4enhor 5euldal) !m alguns 'eudos
combrava+se imposto sobre 'erramentas, muinhos) "lgu.m sabe o (ue . moinhoN como
os muinhos 'uncionavam, duas pedras 'uncionaval para amassar o trigo, seja pela 'orça
da água, vento, manual ou tração animal) O mainho era 'erramenta imporante, por(ue
(uando você pega o grão inteiro ele não . 'ácil) O grão de cevada . duro, mas se você
'i#er com (ue ele 'i(ue moido, 'ica ótimo) -esde os tempos da prá+historia se sabe (ue
moer o trigo . bom) " 'arinha (ue temos hoje . re'inado, mas na .poca poderia moir) 4e
você usava o moiinho, você pagava) ada regiõa tinha um imposto especi'ico) " grande
propriedade rural, as casas e a terra do 4enhor,era um mundo autosu'iciente, tinha sua propria igreja, um moinho, uma cervejaria, uma padaria, uma taverna) averna era um
local pra se divertir) &o 'eudo eles procuravam produ#ir tudo (ue precisavam) !xistia
um artesão, para 'abricar as coisas) O campo era dividido entre lotes do camponeses a
terra do senhor, as cabanas dos camponeses 'icavam agrupadas proximas a 'onte de
água) *or(ue não havia água encanada, tinha (ue buscar água para o uso) ;ma grande
propriedade poderia haver varias aldeias) O senhor tinha seus proprios seleiros ou
estabulos) Os castelos era geralmente a moradia do 4enhor 5eudal, vivia no castelo por(ue era um local seguro) " morada do sernho 'eudal, e caso acontecesse um ata(ue,
2;
7/23/2019 Pratica docente: entre o dito e o pensado