Ps Mgicos
Grimrio Hoodoo
Os ps mgicos so fundamentais na prtica Hoodoo, pois os ps
conservam a energia vital dos elementos por muito tempo todo o Ax
dos elementos se matem vibrando nos ps, geralmente os ps so base de
ervas, razes e minerais como Enxofre, Alumnio, ou Areia Magntica.
Eventualmente encontra-se algum p que contenha Curio animal, como
pele de cobra, , terra de formigueiro, casca de ovo, casca de
caranguejo, etc.
s vezes alguns desses ps levam umas gotas de leo mgico para
aumentar o poder desse p . Os mais famosos ps dentro do Hoodoo so o
Hot Foot Powder (P de P Quente) e o Goofer Dust (Poeira
Bestificadora,Os ps, so espalhados por cadeiras, sofs, roupas,
bolsas (dentro), carteiras e uma infinidade de objetos, com
variados objetivos desde amarrao amorosa, conquista de emprego e
atrao de dinheiro, at a maldio, como o caso do Goofer Dust, que um
p de amaldioar, adoecer e acabar lentamente com a pessoa
magicamente. um p to temido que aps o seu uso o praticante
aconselhado a se purificar para evitar receber alguma carga .
Outra forma de se usar os ps mistur-los pegada (Foot Track) do
alvo, ou seja, essa pegada na terra ou areia recolhida com cuidado,
com o auxilio de uma pequena p ou colher, e colocada em um
recipiente de vidro onde o p adicionado e acredita-se ser to eficaz
quanto se a pessoa tivesse andado sobre o p. Do mesmo modo para a
terra ou poeira raspada da sola dos sapatos da pessoa, o que faz
com que o praticante de Hoodoo seja muito cuidadoso com onde pisa e
onde deixa seus sapatos.
Algumas receitas de ps utilizados no Hoodoo
P de boa SorteUtilizado para trazer sorte ,atrair prosperidade
,amor ,amizades etc., deve ser passado na carteira soprado dentro
de casa ou trabalho, soprado sobre foto se for para dar sorte a
outra pessoa etc. Canela Patchouli Louro Deixar secar no sol
triturar em um pilo com uma vela verde acesa numa quinta-feira de
lua crescente.
P de bnoUsado para rituais de purificao ,feitos de limpeza
espiritual para abertura de caminhos e quebra de maldies, soprar em
casa ,fotos ,roupas etc. Lavanda Jasmim Sndalo Areia magntica (
areia de praia misturada com p de im) Mesmo processo acima fazer
numa Segunda-feira de lua cheia.
'Goofer Dust'Usado para amaldioar inimigo, no pegar essa p com
as mos, existem muitas verses para o Goofer Dust essa mais uma
delas, usada em New Orleans entre muitas ,pois esse p parece variar
de regio para regio Terra de cemitrio Sal negro Enxofre Pele de
cobra Areia magntica Fezes de pombo seca Misturas tudo em um pilo
em uma quarta-feira de lua minguante, e adicione Curios especficos
nessa base, como p de ossos, inseto morto, pimenta preta, etc. no
guarde em casa.
Hot Foot Powder Para fazer pessoa sumir, espalhar na porta da
casa dela, ou misturar esse p com a pegada dela, fazer com que a
pessoa pise nesse ps. Pimenta em p Pimenta vermelha Pimenta preta
Enxofre Misturar e reduzir a p tudo em um pilo numa Sexta-feira de
lua minguante, depois guardar fora de casa, fazer esse p fora de
casa.
P para atrair dinheiro Cedro Patchouli Gengibre Louro Secar tudo
ao sol e reduzir a p no pilo numa quinta-feira de lua crescente
espalhar em casa ,carteira, trabalho etc.
P para esquentar o sexoEsse p deve ser feito somente por
mulheres para tornar o namorado melhor na hora do sexo ele deve ser
espalhado na cama, antes do sexo ou nas roupas ntimas do marido,
para apimentar a relao. Ossos de peru Patchouli Canela Cravos da
ndia Triturar os ossos do peru e esmagar tudo num pilo at se
reduzir a p, fazer numa Sexta-feira de lua cheia.
P de para fazer sumir uma pessoa Usado para expulsar uma pessoa
indesejada Terra de cemitrio Terra de encruzilhada Pimenta preta
Enxofre Sal grosso Fazer numa Segunda-feira de lua minguante fora
de casa misturar tudo at se tornar um p escuro de forma alguma
deixe que toque em voc este p, guarde fora de casa.
P para o dinheiro render Camomila Louro Canela Cedro Fazer numa
Quinta-feira de lua crescente misturar tudo num pilo mentalizando
seu dinheiro em abundncia, com uma vela azul, acesa espalhe no seu
dinheiro e sua carteira, extratos de banco etc. P de brigaPara
causar briga em um local ou entre pessoas espalhando em fotos ou
nomes Pimenta preta Pimenta malagueta Pimenta da costa Terra de
cemitrio de um tmulo velho Terra de formigueiro Enxofre Misturar
tudo em pilo em lua minguante de sbado, fora de casa sem deixar de
forma alguma cair em voc ou no cho de sua casa faa isso na rua se
possvel ou lugar deserto, pode ser jogado no telhado do
inimigo.
Essa lista um exemplo de alguns ps mais usados, e de grande
eficincia, mas com o tempo o praticante ser capaz de criar seus
prprios ps, com auxilio da experincia e observao, sabendo observar
as qualidades e propriedades ocultas das ervas voc poder criar seus
prprios ps, afinal so uma parte poderosa da magia principalmente no
Hooodoo.
Os leos
Grimrio HoodooOs leos constituem uma parte importante e possuem
um papel de destaque no Hoodoo e na magia em geral, eles servem
para auxiliar nos resultados ou seja para potencializar os
resultados, passando leos em velas ,bonecos ,mojos ,pregos, imagens
,etc. leos so basicamente uma misture de ervas ,razes, leos
essenciais, resinas, pedras ,terras, cristais etc., somados a leo
de oliva ou de amndoas, para conjurar o ax dos elementos em um pote
ou vidro, para que acontece uma alquimia dentro do recipiente, para
que o leo se torne cheio de poder. Por exemplo se desejo chamar as
energias do dinheiro e da prosperidade, posso numa quinta-feira
passar leo de dinheiro em uma vela azul ou verde, fazer oraes e
mentalizaes e assim aumentar a probabilidade no meu sucesso
financeiro. Basicamente no Hoodoo todos os feitios usam leos para
potencializar o poder do feitio, esses leos devem ser guardados em
lugar seco onde no bata a luz solar, nos dias da semana apropriados
e na lua apropriada.
leo para atrair sorte e prosperidade leo de amndoas Folhas de
hortel 3 pimentas da Jamaica inteira Pedaos de canela Triture as
folhas coloque dentro do vidro com 30 ml de azeite e coloque a
canela e as pimentas dentro dessa mistura, espere uma semana e
pronto para uso, fazer um lua crescente de Quinta-feira
leo prpura um leo usado no Hoodoo para feitos de amor usados
para atrair um parceiro (a) gay, Azeite 12 Partes de lavanda leo de
essncia de sndalo leo de essncia de lavanda Misturar tudo em um
pote de vidro com 30 ml de azeite, fazer em lua crescente ou
cheia.
leo de banimentoUsado para banir pessoas ou sentimentos ruins de
nossas vidas, espritos maus etc. Azeite Sementes de mostarda
Cidreira Cominho Assa ftida Misturar tudo no pote de vidro em sbado
de lua minguante, esperar uma semana e usar.
leo de vinganaUsado em feitos para punir inimigos Pimenta
vermelha Enxofre Terra de cemitrio Pimenta preta Misturar tudo no
pote vidro fazer em sbado de lua minguante
leo de arte negraUsado em feitios para amaldioar inimigos Azeite
Terra de 7 covas velhas Pregos enferrujados Fel de boi Misturar
tudo num pote vidro com 30 ml de azeite, fazer sbado e lua
minguante
leo de atraoPara atrair dinheiro, amor, felicidade. Camomila
Louro Patchouli Canela Azeite Misturar tudo no pote de vidro numa
Quinta-feira de lua cheio
leo de proteoServe para proteger a casa, proteger contra feitos
,inveja e maus espritos Azeite abenoado numa igreja Camomila Capim
limo Misturar tudo num pote vidro, numa Segunda-feira de lua cheia,
orar um pai nosso, uma ave Maria e acender vela para seu anjo da
guarda.
leo de boa sortePara atrair boa sorte para sua vida em todos os
aspectos Azeite Canela Cravo da ndia Louro Camomila Misturar tudo
num pote de viro numa Quinta-feira de lua cheia
leo de luxuriaUsado para atrair sexo e relaes sexuais Azeite
Patchouli Canela Cravos da ndia Casca de maa Misturar tudo no pote
numa Sexta-feira de lua cheia
Fast Lucky OilOu leo de sorte rpida um dos leos mais conhecidos
e mais usados dentro do Hoodoo, ele serve para questes de amor
,dinheiro ,negcio ,claro boa sorte e fortuna. Existem diversas
frmulas de como fazer esse poderoso leo ,umas mais simples outras
bem complicados essa uma das formas simples, porm no menos
eficiente, alguns praticante do Hoodoo dizem que capaz desse leo
fazer efeito em 36 horas se caso contrrio a pessoa deve estar com
dificuldades espirituais complicadas, que tero de ser resolvidas
com uma srie de feitios e banhos. leo de amndoas 10 gotas de leo de
canela 10 gostas de leo baunilha Uma raiz que seja atribuda a boa
sorte e dinheiro Pedao de ouro ou prata (opcional) Fazer numa
Quinta-feira de lua cheia misturando tudo num pote, mentalizando
coisas boas e agite muito rpido por 7 vezes dizendo sorte rpida
Van Van Oil um leo usado no Hoodoo, para diversos fins ,trazer
sorte, abrir caminhos, proteo etc, existem muitas frmulas desse leo
pelos menos umas 5 ou 6, umas super. simples como usando apenas leo
de limo e azeite, outras que utilizam mais de dez itens, irei
ensinar a que em foi ensinado logo no comeo de meus estudos no
Hoodoo e que funciona para mim, porm seria bom que o praticante
pesquise e veja as variedades desse leo. Azeite leo de limo
Gengibre Capim limo Verbena Fazer numa quinta-feira misturar todos
os itens no pote, acender uma vela azul mentalizando sorte e boas
energias, usar esse leos em velas para feitios de abertura de
caminhos ou para alimentar Mojos etc.
Esses foram alguns exemplos dos leos usados no Hoodoo ,leos de
grande poder, para auxiliar no seu sucesso na prtica da feitiaria,
lembrando que existem muitos tipos de leos no Hoodoo e que muitas
vezes apesar de terem o mesmo nome e objetivo a forma de ser feito
varia de pessoa para pessoa.
Boneco Vodu
De imediato, a primeira coisa que muitos pensam ao se falar em
Vodu e naqueles bonecos cobertos de alfinetes.Estes bonecos recebem
o nome defetiche, que significa feitio e seu objetivo influenciar
uma pessoa a distncia, geralmente com inteno de aflingir algum dano
mediante a interveno de um bokor, feiticeiro vodu.Explicaremos todo
o processo, segundo a tradio Vodu.
Ingredientes Barro Sangue de uma galinha, que ser usada na
escrita. Pincel Nove alfinetes Uma poro de terra de cemitrio Um
pedao de pano com sangue da futura vtima Pedaos da unha da futura
vtima e um pouco de seu cabelo Cinco galhinhos tipo palito de
dentes, que devem ser retirados de uma rvore seca. Linha preta Um
pedao de pano preto
Se tiver dificuldades em confecciona o boneco, voc pode
adquiri-lo com os organizadores do site, assim como a terra do
cemitrio e outros elementos. Em caso de necessidade entre em
contato.
Comece a montar o ritual a meia noite. Quinta ou sexta Feira so
os melhores dias.Misture o barro com a terra de cemitrio, amassando
bem at ficar homognea a mistura. Em seguida monte as partes do
boneco. Faa a cabea, coloque o nariz, faa duas argolinhas para os
olhos.
O corpo deve conter uma cavidade.Espete os galhinhos no corpo e
no pescoo, eles daro sustentao as braos, pernas e a cabea. Observe
na foto todo o conjunto de peas, incluindo a tampa da cavidade do
abdmen. No caso de uma mulher alm do umbigo que pode ser feito com
uma espetada do galhinho, coloque as mamas. Com o mesmo galinho faa
risco, entre as pernas , representando o rgo genital feminino. No
caso de um homem, procure com o barro moldar um pnis e os
testculos, para fixa-los entre as pernas.
Na cavidade do abdmen, introduza o pedao de pano com sangue da
futura vtima assim como pedaos de sua unha e um pouco de seu
cabelo.Unta toda a borda da cavidade com gua.
Coloque a tampa cuidadosamente, e modele com os dedos para fixar
ao corpo. Em seguida fixe as partes cabea , braos e pernas nos
galhinhos do corpo.O boneco j est montado.
Faa esta invocaoJIMGUAS, IF NEGRE, OUAM-ME... IBO-LEL
AGOUETARROYO, SIMBY ENDEUX EAUX, BARON SAMEDI, POTNCIA DO MAL ,
POTNCIA DO CIMITRIO, INVOCO DAM BALA, DAM BALA, ROGO QUE O MEU
DESEJO SEJA REALIZADO, OGUN NEGRE. QUE O MEU DESEJO SEJA REALIZADO,
OGUN NEGRE.O Sangue da galinha pode ser adquirido em alguns avirios
(abatedouros) separadamente. Vire o boneco cuidadosamente , e com o
pincel, escreva o nome completo do alvo do seu vou com o
sangue.
Enrole a linha preta sete vezes no pescoo do boneco e d sete
ns.Em seguida se concentre profundamente visualizando a pessoa e
espete os alfinetes na parte do corpo que voc queira. No corao,
significa morte.Cubra o boneco com o pano preto. Tente enterrar o
boneco perto da casa da futura vtima.*** Dica, para conseguir por
exemplo, um pouco de sangue da futura vtima, procura na lixeira do
banheiro um absorvente usado, basta um pequeno pedao sujo de
sangue.*** Lave bem as mos com sabo depois de terminado o feitio,
em seguida lave-as com sal grosso, ou sal de cozinha.*** o restante
do material no utilizado deve ser descartado no lixo.*** Se voc
sacrificou uma galinha ou frango para obter o sangue, poder come-la
tranqilamente. O ideal matar a galinha durante o dia, separar o
sangue em um saquinho plstico e coloca-lo na geladeira. Prepara-la
a gosto e depois come-la. E a noite ou em outro dia fazer o VODU
com o sangue.Princpios Gerais do Envultamento
por Shirlei MassapustEm regra o verbo francsenvoter(do
latimvultus, efgie, retrato) se refere ao ato de usar figuras
tridimensionais chamadas dagyde (do grego para efgie ou boneca) ou
planas (desenhos ou fotografias) que imitam a pessoa a suplicar,
beneficiar, proteger ou manipular de forma que passe a nutrir laos
afetivos com outrem ou deixe de compartilha-los. Como bem observou
Aleister Crowley, no suficiente pretender que a imagem de cera seja
a pessoa que voc quer enfeitiar. necessrio estabelecer uma conexo
real e ser capaz disso1. Da o uso generalizado de pedaos de roupa,
cabelo, etc. No livroThe Golden Bough, o antroplogo J. G. Frazer
enuncia o princpio da mmica que isto produz isto, ou que um efeito
se assemelha sua causa como um dos dois princpios do pensamento
mgico. O outro chamou de a lei de contato ou contgio, segundo a
qual coisas que alguma vez tiveram contato entre si continuam a
agir umas sobre as outras a distncia, mesmo depois de interrompido
o contato fsico. Para Frazer, freqentemente os dois princpios se
combinam e so chamados de Mgica de Simpatia a crena de que coisas
agem umas sobre as outras, distncia, atravs de uma simpatia
secreta.2Teoricamente tudo que for feito ao fetiche deve refletir
no ser vivo representado, sendo a eficcia constatada por
acontecimentos simultneos ou futuros que estabeleam a relao de
causa e efeito. Por exemplo, certo relato passado de boca em boca
conta que, em 1968, no Haiti, um jovem foi surrado por um policial
e resolveu vingar-se levando um retrato de seu agressor a um velho
mgico. Este realizou passes sobre o objeto e vaticinou: O que voc
fizer foto acontecer ao seu dono3. Trmulo, o jovem haitiano furou o
olho esquerdo do retrato com a ponta de uma faca. No mesmo dia e
aparentemente na mesma hora, o policial furou o prprio olho
esquerdo com uma pea de madeira pontuda.4A magia-negra anti-social,
oposta aos valores institudos. Portanto, nada mais natural do que
usa-la na inteno de destruir os representantes da ordem vigente. O
poeta latino Quinto Horcio Placo (65-8 a.C.) teria escrito sobre os
malefcios da mtica feiticeira Medeia, que picava com alfinetes
pequenos bonecos de cera, para causar desgraas s pessoas com eles
identificadas. Alis, a morte de Germnico teria sido causada por
este tipo de magia5. Mrcia Cristina sustenta que o uso de bonecos
nesta prtica nasceu no Egito, a partir de uma derivao do rito para
criar figurasshabti6descrita no Papiro de Turim, decifrado e
publicado em Paris em 1868. Esta fonte menciona uma conspirao
contra um fara na qual pretendia-se a morte do rei com a incinerao,
pura e simples, de pequeninos bonecos de cera virgem, feitos forma
e semelhana de cada elemento da corte7. Em sua incurso na Histria,
a mesma autora descobriu que, em 1447, a mulher do Duque de
Gloucester foi acusada de haver colocado fogo lento perto de uma
efgie do rei Henrique VI, para que este sofresse horrvel morte. Em
face de sua posio social, a mulher escapou pena capital, mas seus
dois cmplices, Roger Brolingbroke e um suposto feiticeiro, foram
condenados8. Em 1900 a figura do presidente McKinley, crivada de
alfinetes, foi queimada nas escadas da embaixada norte-americana,
em Londres.Peca contra o princpio do pecado quem pretende dar bom
uso quilo que deveria ser essencialmente mau! No tratadoDe Enti
Spriritualio mdico-alquimista Paracelso assegura que quando a
imagem de um ladro for golpeada, este ser forado a voltar ao lugar
onde roubou por mais longe que tenha ido9. Inclusive, na antiga
Frana, se as autoridades no conseguiam encontrar um criminoso,
executavam-no em efgie, declarando-o legalmente morto10. No romance
grfico brasileiroA Vingana do Vodu!(Rio de Janeiro, 1980) a
personagem Lia deixa-se desvirginar por um homem, iludida por sua
falsa promessa de casamento. Grvida e solitria, sofre aborto
natural. Finalmente, quando a negra bruxa do pntano lhe ensina a
trabalhar com dagyde a vitima torna-se algoz, trazendo desgraa e
morte a todos os seus inimigos11. Noutro romance grfico,Feitio, o
personagem Dr. Mago exorciza uma jovem mulher que se contorce em
convulses e destri o centro de macumba pertencente ao mago-negro
Kaluk, o qual havia realizado o trabalho por encomenda de um homem
rejeitado. O boneco da moa foi feito e espetado por longos
alfinetes12. Dessa forma, tanto na fico quanto na realidade, o
envultamento destinado tortura e morte foi freqentemente citado
como instrumento de vingana daqueles que se sentem profundamente
contrariados ou injustiados pela malcia humana. Por outro lado, o
notrio potencial benfico da engenharia reversa praticamente
desconhecido e nunca foi muito explorado.Imagens tambm teriam sido
utilizadas para provocar amor e um livro de magia
chamadoPicatrixensina como fazer uma mulher apaixonar-se por um
homem:"Faz-se a imagem de cada um deles com p de pedra, misturado
com goma e, depois, colocam-se as imagens, frente a frente, em um
vaso com sete brotos; queima-se o vaso no forno, a seguir acende-se
o fogo na lareira e pe-se um pedao de gelo no fogo; quando o gelo
derrete, tira-se o vaso e a feitiaria est completa. O fogo
derretendo o gelo representaria o amor aquecendo os coraes do homem
e da mulher."13Se a ao sobre uma imagem pode atingir o homem
negativamente porque a prpria representao no poderia, ao contrrio,
absorver o efeito deletrio destinado ao seu modelo, livrando-o do
castigo do vcio e do peso da idade? isto que acontece no clssico de
Oscar Wide,O Retrato de Dorian Gray. Segundo Kurt Kloetzel as
pinturas rupestres da idade da pedra no eram feitas por mera
recreao, nem devem ser vistas como ensaios de expresso artstica14.
As cenas de caa abundante e grada, entre outros motivos, serviriam
de alegorias atravs das quais o homem buscava dominar a realidade,
dela extraindo aquilo que mais prezava: alimento farto,
fecundidade15. Com o tempo formaram-se grandes religies que
aglutinaram as funes de cura e beno, incluindo o ofcio do
casamento, criando ritos prprios, mas deixando o monoplio das
variantes negativamente valoradas (vingana, manipulao) aos antigos
feiticeiros. Da o debate teolgico sobre se os elementos da
eucaristia (hstia e vinho) so realmente o corpo e o sangue de
Cristo ou apenas uma representao que obedece aoprincpio da imitao;
se a cerimnia que imita a ltima Ceia representa-a ou s a
comemora.
Sobre trabalhos e feitios no Brasil:
Um nmero de feitios para o mal substitui um ser vivo (o homem)
por outro com objetivo de simular sua morte. A famosa simpatia que
manda escrever o nome da pessoa odiada num papel e costur-lo dentro
da boca de um sapo pode derivar do costume dos ndios carijs que
amarravam o sapo numa rvore invocando o mal a algum para que o
animal morresse, apodrecesse, e, conseqentemente, a pessoa tambm16.
Se bem que em 1932, na Frana, o jornalista William Seabrook
encontrou uma boneca de bruxa, crivada de alfinetes e borrada com
sangue de sapo. Junto boneca havia uma Bblia com um crucifixo
invertido, no qual um sapo havia sido crucificado com a cabea para
baixo17. Seguindo o mesmo princpio, h quem se valha de gatos,
galinhas e at cadveres humanos... Enquanto fazia pesquisa de campo
para o livroArte e Sociedade nos Cemitrios Brasileiros, Clarival do
Prado Valladares fez uma descoberta desconcertante:"O achado mais
estranho nessas pesquisas ocorreu no velho cemitrio, de cripta, no
antigo Convento de So Francisco, de Vila Velha de Alagoas, hoje
Deodoro. O cemitrio em desuso, com entrada de alapo pela Capela do
Sacramento, consta de uma cripta de cerca de 4 X 6 m em
correspondncia s dimenses da capela, com carneiros construdos nas
paredes laterais e lajes de campas. Sua coberta tem a altura mxima
de 2,5 m. Fizemos a documentao fotogrfica com um refletor que
providencialmente nos serviu para o exame detalhado das inumerveis
inscries de nomes de pessoas e datas recentes, at de 1965, em
letras de imprensa e de uma mesma caligrafia, enchendo totalmente o
forro abobadal da cripta. De maneira alguma aquelas inscries,
feitas a fumo de velas, contra o reboco, poderiam corresponder aos
nomes dos sepultados. Praticamente todas as datas j estavam fora do
seu uso, e nem h sinais nem notcias de sepultamento nestes ltimos
decnios. Encontramos urnas de restos mortais trasladados, violadas,
com os ossos, cabelos e fragmentos de vestes, espalhados sobre um
batente.""As freiras que dirigem o educandrio instalado no antigo
convento franciscano de Deodoro nada sabem informar porque uma
ocorrncia antes da presena delas. Em nossa interpretao trata-se de
prtica de feitiaria, com uma caligrafia idntica para vrias
inscries, cujos nomes no parecem ser de mortos, mas de indiciados
do fetichismo. Nada mais podemos indicar sobre esses achados,
ignorados pelas pessoas locais, seno a evidncia das
fotografias."''No velho Cemitrio de N. S. do Rosrio (1875), das
runas de Iguau Velha, alm da prtica de macumba em torno do
Cruzeiro, que tem ao votiva e de apelo nas viscitudes dos crentes,
h os restos de um luxuoso e impotente jazigo de cerca de cinco
metros de altura construdo em base de alvenaria revestida de laje
de mrmore, pedestal e nicho em colunatas de mrmore. Prximo deste
jazigo encontram-se os restos da base de uma capela-jazigo cuja
entrada foi fechada por parede de alvenaria e na qual,
posteriormente, se fez uma abertura de 40 X 50 cm. Examinando o
interior desta capela-jazigo, com o foco de uma lanterna,
encontramos uma quantidade espantosa de objetos de uso pessoal
(roupas, cartas, retratos, vidros, teros, etc.) e todas as paredes
preenchidas com nomes e datas de pessoas riscadas a carvo, grafite,
tinta, e tambm a fumo de vela. H uma certa semelhana entre esta
observao e aquela outra de Deodoro, de Alagoas. Nossa cautela est
em diferenciar a prtica ingnua da macumba, em termos de ao votiva e
de apelo, com esta outra de carter de feitiaria demonolgica capaz
de atingir a criminalidade do vandalismo, do sacrifcio e do
infanticdio que no to desconhecido do prprio noticirio dos jornais
brasileiros."18Existe um jogo de empurra na cultura afro-brasileira
para identificar os responsveis pela prtica ou apologia violao de
sepulturas (ato tipificado no art. 210 do Cdigo Penal), mas de
conhecimento geral que a encruzilhada, a mata e o cemitrio so
locais privilegiados para os afiliados s linhas de Exu. por isso
que os ritos que pedem para um morto levar consigo a vida de um
desafeto aparecem em obras genricas sobre macumba:"Para matar
algum:Pegue um boneco de pano ou de cera e o batize em uma
cachoeira com o nome da pessoa a ser atingida. V ao cemitrio,
segure o boneco com a mo esquerda e v espetando alfinetes e agulhas
virgens no boneco. A cada parte do boneco que for espetada, deve-se
dizer: Com este alfinete estou atingindo fulano na perna, na cabea
e assim por diante. Depois de espetar todas as partes do corpo,
enfie uma agulha no corao do boneco e diga as mesmas palavras. A
seguir, enterre o boneco aos ps de um defunto fresco e pea a este
que o leve com ele."19
Os ossos da atriz Daniella Peres, assassinada em 28 de dezembro
de 1992, foram transferidos pela famlia para um lugar no revelado
depois que foi constatada a violao de seu tmulo, no Cemitrio So Joo
Batista, em Botafogo. De acordo com a novelista Glria Perez, me da
vtima, o tmulo foi aberto na semana do Natal, e, dentro dele, havia
flores do cruzeiro. Ao lado, foram encontrados dois bonecos
amarrados e espetados com alfinetes. Na lpide, uma inscrio indicava
o nmero 28/99, a data do assassinado da atriz. As pontas do par de
sapatilhas que enfeita o tmulo tambm foram serradas.20(A julgar
pelo par de bonecos, era provavelmente um feitio para separar um
casal pelo assassinato da mulher rival, a exemplo do fim trgico que
teve a ocupante do tmulo). Ora, a prtica da macumba nos cemitrios
urbanos depende em grande parte da vigilncia e da zeladoria.No
cemitrio S. Joo Batista busca-se, na maioria das vezes, reas menos
vigiadas de tmulos velhos, abandonados, e os prprios zeladores
pensam que os praticantes pernoitam escondidos porque, somente de
manh, que se descobrem pelo cheiro da cachaa ou o lume das velas as
composies de despachos e servios. Mas ser que um praticante regular
seria capaz de quebrar a regra para fazer algo realmente grandioso?
Creio que no.Nos terreiros de quimbanda pode-se encomendar feitios
ou desfaze-los, mas macumbeiros no violam tmulos. Estatisticamente
este tipo de coisa no acontece (da mesma forma que,
estatisticamente, andar de avio seguro) porque h mirades de frmulas
muito mais amenas que mandam despachar o eb na superfcie ou
produzir uma covinha da Barbie discreta, sem infringir a lei.
Obtenha uma amostra do cabelo da vtima, e coloque-a num pequeno
caixo. Enterre-o num cemitrio. Em trs dias a pessoa morrer.21 Vale
lembrar que tambm criamos e/ou importamos frmulas benficas. Um
feitio mais poderoso, cujo objetivo ofechamento do corpo,
geralmente usado como contra-feitio para a pretensa vtima de magia.
Diversos despachos para cortar olho-grande exigem um par de pedras
olho-de-boi que podem ou no ser furados com pregos para que algum
ou toda a coletividade ao redor se torne incapaz de enxergar pelos
seus caminhos da inveja. Uma variante manda, entre outras
providencias, colocar o nome do suspeito dentro de uma graviola e
espetar quarenta e dois palitos espalhados pela fruta. Noutra
usa-se uma imagem e deve-se espetar os alfinetes nos olhos da
boneca.22Uma manipulao (kibo-ngela) de origem angolana manda
extrair os olhos de um peixe vermelho cru, em cujo interior posto o
nome da pessoa, escrito numa fita roxa. O corpo do peixe despachado
na praia enquanto os olhos so enterrados no lodo e regados com
urina chamando por Aluvai Mavunangu23. Como nosso objetivo neste
artigo apenas a investigao do mtodo, despindo-o de seus adornos e
contextos culturais, recomendo aos interessados que leiam os
livrosDo Vodu Macumba, de Mrcia Cristina (contm feitios para o mal,
para o bem, para questes de amor, etc) e A Magia do Vodu, de Maria
Helena Farelli (contm trabalhos dos praticantes de Vodu de Nova
Orleans).Uma boneca carregada de dio pode matar?Lemos no tratadoDe
Enti Spirituali, de Paracelso, que o esprito (ens spirituale)
produzido (fabricat) pela vontade ou desejo, sendo to forte quanto
o grau que a vontade tenha alcanado24. A ao do esprito pode ser
exercida de forma consciente ou inconsciente, pois ele possui um
certo grau de independncia e livre arbtrio. O mundo dos corpos
difere do dos espritos no qual existem os desejos, os dios, as
discrdias e toda uma srie de sentimentos semelhantes que atuam e se
manifestam sem o consentimento ou conhecimento do corpo25. O
esprito de cada corpo parece substancial, visvel, tangvel e sensvel
para outros espritos com os quais pode dialogar, utilizando uma
linguagem especial com a qual conversam livremente, sem nenhuma
relao com os discursos humanos26. Mas o esprito gerado por nossas
sensaes e meditaes quotidianas no deve ser confundido com a alma
(anima), a razo (mens), nem com as obras, efeitos ou conspiraes dos
maus demnios (cacodoemones)27.Contudo, como ele no gerado pela razo
nem pela f, mas pela vontade por intermdio do livre arbtrio, todos
os que vivem de acordo com a sua vontade vivem no esprito, assim
como todos os que vivem de acordo com a razo o fazem contra o
esprito. Quando dois se buscam e se unem num amor ardente e
aparentemente inslito, seu afeto no nasce nem reside no corpo, mas
provm dos espritos de ambos os corpos, unidos por laos e afinidades
superiores, ou ento por tremendos dios recprocos que tambm podem
mant-los estranhamente unidos28. A luta acontece quando, por uma
vontade fixa, firme e intensa, desejamos um transtorno ou uma pena
qualquer para um outro indivduo ou ainda quando dois espritos lutam
e se ferem reciprocamente sem a vontade ou o conhecimento dos
homens, estimulados por sua inimizade mtua ou pela influncia de
outras doenas29."Se desejarmos com toda nossa vontade (plena
voluntas) o mal de outra pessoa, esta vontade que est em ns acaba
conseguindo uma verdadeira criao no esprito, impelindo-o a lutar
contra o da pessoa que queremos ferir. Ento, se este esprito
perverso mesmo que o corpo correspondente no o seja acaba deixando
nele (no corpo) uma marca de pena ou sofrimento, de natureza
espiritual em sua origem, ainda que seja corporal em algumas de
suas manifestaes. Quando os espritos travam essas lutas, acaba
vencendo aquele que ps mais ardor e veemncia no combate. Segundo
esta teoria, devem compreender que em tais contendas se produziro
feridas e outras doenas no-corporais. Por conseguinte, toda uma
srie de padecimentos do corpo pode comear desta maneira,
desenvolvendo-se em seguida conforme a substncia espiritual."30
Quando os corpos se ferem numa luta nada acontece aos espritos,
mas quando os espritos brigam entre si os corpos so afetados31. Por
isso Paracelso define a entidade espiritual como uma potncia
perfeita que tem a finalidade de conservar seu prprio corpo e
destruir o do inimigoad corpus universum violandum.32Quem possui
conhecimento da matria e domina a tcnica pode causar leses
espirituais at produzir a morte da vtima ou transforma-la num
escravo. Segundo Paracelso os adeptos da nigromancia so capazes de
causar malefcio utilizando bonecos.
"Se minha vontade se encher de dio contra algum, precisar
expressar este sentimento de alguma maneira. E isto ser feito
justamente atravs do corpo. Sem dvida, se minha vontade for
demasiadamente violenta ou ardente, pode acontecer que meu desejo
chegue a perfurar e ferir o esprito da pessoa odiada. E tambm posso
encerr-lo fora (compeliam) numa imagem que eu consiga fazer dele,
deformando-a e distorcendo-a a meu gosto, atingindo assim tambm a
inteno de atormentar meu inimigo.3334 Quando modelamos uma imagem
de cera, a enterramos e a cobrimos de pedras, projetando sobre ela
a vontade do esprito contra a pessoa representada (pela tal
imagem), essa pessoa ser atacada pela ansiedade, principalmente, no
local onde foram acumuladas as pedras. E s se livrar da angstia
quando sua imagem for desenterrada. Da mesma forma, quando durante
essas provas uma das pernas da imagem se quebra, a pessoa
representada sofrer a mesma leso. Assim tambm acontecer se
quisermos provocar feridas, picadas, e outras coisas semelhantes.35
Quando todo este trabalho da vontade estiver consumado pelo esprito
influenciador sobre o sujeito onde mora o esprito influenciado, ou
em sua figura ou imagem, o segundo ter se tornado prisioneiro do
primeiro, sendo obrigado a executar o que lhe seja ordenado."36
Quando algum modela uma figura parecida com a do homem que se quer
castigar, ou a desenha numa parede, golpeando-a com picadas ou
pancadas, tudo isso acontece na realidade. A vontade do esprito
transfere assim o sofrimento simblico da figura para a pessoa real
que ela representa. Por isso conclumos que os espritos combatem
entre si da mesma forma que os homens.
Ao comentar a medicina simptica que medicava membros de cera e
operava sobre o sangue dado pelas chagas para curar as prprias
chagas, Eliphas Levi sugere que a homeopatia uma reminiscncia das
teorias de Paracelso e uma volta s suas prticas sbias37. Antes de
abraar a teoria do retorno ou contra-ataque automtico e eleva-la ao
cubo na moderna lei trplice importante lembrar que sculos depois da
publicao das obras de Paracelso os condenados por envultamento
ainda recebiam pena de morte pelo Santo Ofcio. Um casal foi
executado em St. Albans, em 1649, acusados de queimar uma boneca
que representava uma mulher. Uma feiticeira inglesa, executada em
1618, brigara com o cunhado que, depois, viajou. Ela foi acusada de
fazer um modelo de cera do navio e do capito, com o qual teria
causado o naufrgio da embarcao e a morte do cunhado por afogamento.
A tradio britnica atravessou o Atlntico e liga-se a isso o fato de
se relatar que nas paredes do celeiro da casa de uma das
feiticeiras de Salem terem sido descobertos bonecos feitos de
trapos e plos de porco, nos quais estavam enfiados alfinetes sem
cabea. Na casa de outra, dizem que havia pequenas bonecas de pano
com enchimento de plos de bode, e esta feiticeira teria sido
obrigada a admitir ter torturado uma vtima, molhando seu dedo com
cuspe e acariciando uma das bonecas.38Por isso devemos interpretar
com reserva e complacncia as passagens onde o mdico-alquimista se
expressa de forma fundamentadamente temerosa ou dbia. Quando
Paracelso escreve aos padres que o envultamento s atinge os
espritos culpados, assegura que no pode acontecer aos homens justos
e honestos pelo simples motivo de que seus espritos se defendem e
se protegem energicamente e afirma que no se trata de obra dos
cacodoemones, ele deseja preservar sua prpria vida.39(Tanto que o
tratadoDe Enti Spiritualifoi publicado junto aoDe Ente Deique
elogia longamente a doutrina catlica e trata do castigo divino como
causa de doenas). Apesar da impossibilidade de expressar-se de
forma mais clara e sincera sua tese do choque de retorno contm
chaves ocultas muito fceis de compreender. O culposo lutador
inconsciente ou doloso mago-negro que castiga seudagydeainda no um
vampiro. Ele causa malefcios sem valorar a vitima como alimento at
cair numa armadilha do destino. A disputa espiritual como uma
partida de boxe onde o vencedor e o perdedor saem repletos de
cicatrizes. No importa quem est com a razo. Ganhando ou perdendo,
aquele que permanece impregnado de dio pode atrair para si todo o
mal desejado aos outros e contrair doenas que no podem ser curadas
por nenhum medicamento mundano.40Esses hematomas incurveis se
acumulam a cada briga, enfraquecendo o esprito agressor e
produzindo reflexos no corpo fsico at que a morte se torna
inevitvel. Neste caso necessrio tomar remdios especficos para os
males que correspondem ao esprito41. Esse filtro proscrito, chamado
nephesh habashar ou anima carnis ora velado sob a letra M o sangue
repleto de vida (Levtico 17:12-13). Beba-o e o corpo ser curado
imediatamente.42
Principio da similitude mnima:Quer fazer mal a algum? Vamos
fazer uma boneca feita de cera, massa ou chumbo ou pano, vamos
prepar-la e ela vai matar ou prejudicar quem a senhora queira,
falou o dono de uma loja vodu no Plaza de Aemas, em Nova Orleans,
Maria Helena Farelli no incio da dcada de 90. Encantada pelos
saquinhos de p de amor, gotas de atrao, leo do inferno, diabinho na
garrafa e pelo negro belssimo que os estava vendendo, a brasileira
enche sua sacola de produtos exticos e o interroga longamente sem
revelar que ela prpria uma especialista no assunto. Ele mostra
bonecos feitos de pedra com goma, feios e retorcidos, fala e est
srio como um monge negro:"Faz-se uma imagem da pessoa que se quer
matar com p de pedra misturado com goma, depois coloca-se a imagem
junto ao deus vodu que se adora, coloca-se a imagem dentro de um
vaso e queima-se o vaso e o boneco no forno. Depois retira-se o
vaso j chamuscado e pe-se um pedao de gelo na inteno da pessoa. O
gelo se derrete e a feitiaria est completa... Ela funciona melhor
que uma bola enfeitiada, mas se no for feita no preceito d choque
de retomo em quem faz. Quando o voduno espeta uma boneca com dio
ele est usando este sentimento para transferir para a pessoa o que
quer que acontea. A vtima s sente os efeitos do feitio quando a
imagem (boneca) est carregada de dio e deliberada e no
ocasionalmente maltratada... Trouxe chumao de cabelo da vtima,
pedaos de unhas?"43Maria no tinha inimigos nem chumao de cabelo de
cobaias providenciais na bolsa. A falta destes ingredientes ps fim
negociao. Em sua concepo a boneca um suporte de bruxarias
dirigidas. A probabilidade de xito do malefcio diretamente
proporcional semelhana da representao com seu modelo. A imagem deve
necessariamente ser feita na inteno da vtima para que o alvo seja
certo, recebendo o mesmo nome e adicionando-se pedaos da roupa,
unhas, cabelos, etc., do suplicado em sua composio. Se o bruxo
puder incluir gotas de leo ou vinho consagrado na missa ela
funcionar melhor. Mrcia Cristina informa que devem ser ministrados
aovultooudagydetodos os sacramentos que a pessoa tenha recebido:
batismo, penitncia, matrimnio. Depois disso, procede-se sua
execrao, espetando-se o boneco com alfinetes ou cacos de vidro, e
proferindo palavres e ofensas vtima44. Maria concorda que a tradio
vodu manda que se batize a efgie. Que se consagre que se case, que
se d a eucaristia. Depois vem a cerimnia de execrao. Criava-se a
figura de alfinetes, de punhaladas, xinga-se, pragueja-se. Neste
momento O bruxo vodu lana mil injrias contra a vtima.45Os ritos de
carregar so meios de concentrar a fria do mago vodu, mas, mesmo
assim, a imagem passa a contar com uma vitalidade demonaca prpria.
Segundo Bernard Bromage, uma imagem pode ser carregada de dio de
vrias maneiras: orao invertida; queima de incenso; sacrifcio de
sangue em sua proximidade; impacto sbito de um veneno paralizador.
Tudo isso pode contribuir para que uma imagem, especialmente uma j
associada destruio, ganhe uma negra e abundante vitalidade que pode
destruir a si prpria, no consciente e subconsciente, sobretudo
durante o sono46. Joo do Rio descreve um procedimento em que o
bruxo estendia uma corda com um n sobre o boneco de cera, e dizia
as seguintes palavras mgicas: Arator, Lepidator, Tentator,
Soniator, Ductor, Comestos, Devorator, Seductor! Depois,
praguejando, atirava a boneca ao fogo, aps cravar-lhe um
punhal.47Embora concordasse com Paracelso quanto ausncia de
influncia demonaca no envultamento, Eliphas Levi entende que os
praticantes tinham inteno de invocar o diabo:"Os necromantes da
Idade Mdia, ansiosos de agradar por sacrilgios quele que
consideravam como seu senhor, misturavam esta cera com leo batismal
e cinzas de hstias queimadas. Padres apstatas sempre se encontravam
para lhes dar os tesouros da Igreja. Formavam com a cera maldita
uma imagem to parecida quanto possvel com aquele que queriam
enfeitiar; cobriam esta imagem com vestidos iguais ao dele,
davam-lhe os sacramentos que ele tinha recebido, depois
pronunciavam sobre a cabea da imagem todas as maldies que exprimiam
o dio do feiticeiro e cada dia infligiam a esta figura maldita
torturas imaginrias, para atingir e atormentar, por simpatia,
aquele ou aquela que a figura representava. O enfeitiamento mais
infalvel se a pessoa puder obter cabelos, sangue e, principalmente,
um dente da pessoa enfeitiada. o que deu lugar a este modo de falar
proverbial: Tendes um dente contra mim.48O antdoto ideal sugerido
pelo mesmo autor:"Para o enfeitiamento pela figura de cera, preciso
fazer uma figura mais perfeita, pr da prpria pessoa tudo o que
puder dar, pr-lhe ao pescoo os sete talisms, coloc-la no meio de um
grande pentculo representando o pentagrama e esfreg-la levemente,
todos os dias, com uma mistura de leo e blsamo, depois de ter
pronunciado a conjurao dos quatro para desviar a influncia dos
espritos elementares. No fim de sete dias, ser preciso queimar a
imagem no fogo consagrado, e podereis ter certeza de que a
estatueta fabricada pelo enfeitiado perder, no mesmo instante, toda
a sua virtude."49
Uma escultura perfeita, impecvel, o que todos desejam seja para
ataque ou defesa. Porm, sempre foi dificlimo encontrar feiticeiros
com habilidade artstica suficiente para esculpir miniaturas humanas
de qualidade. Da o estabelecimento oficioso de uma espcie de
princpio dasimilitude mnima. por isso que encontramos a foto de uma
boneca de feitio feita de penas, entranhas de animal e linha preta
que certamente no se parece em nada com o suplicado ao qual
representa na pgina 58 do livroDo Vodu Macumba. Pelo mesmo motivo
os brasileiros podem usar um par de olhos-de-boi para substituir
olhos humanos ou rabiscar apenas os nomes dos suplicados na cripta
do antigo Convento de So Francisco e na capela-jazigo do velho
Cemitrio de N. S. do Rosrio. Pegue um ovo podre e escreva nele o
nome da pessoa nove vezes, diz uma frmula para fazer com que
umapersona non gratav embora, Escreva, tambm, para onde quer que
ela v. meia-noite atire o ovo contra a porta da casa da
vtima.50
Envultamento mediante hipnotismo:
Desde o sc. XIX a fotografia tornou-se uma alternativa
tecnolgica para os que rejeitam asimilitude mnima, tendo como nico
nus o abandono do modelo tridimensional em favor do retorno tcnica
pr-histrica da representao de figuras planas. Neste caso,
convencionou-se que os instrumentos de suplcio ideais so pregos ou
alfinetes de ferro enferrujado. (O sincretismo ou aglutinao tambm
incluiu a foto entre as amostras de unha, cabelo, etc., a serem
introduzidas no peito dos bonecos tridimensionais). No Brasil o
termoenvotementfoi aportuguesado paraenvultamento, aportando no Rio
de Janeiro j sobrecarregado de vetos morais e de uma profunda carga
de espiritismo europeu. Com as experincias sobre a exteriorizao da
sensibilidade nos estados profundos da hipnose, levadas a cabo a
partir de 1891 pelo Coronel A. de Rochas, a investigao psquica
passou a problematizar apossibilidade cientficado fenmeno. Para
proceder por ordem, vamos narrar a primeira experincia compilada
por Papus, realizada no Laboratrio da Caridade, tal como foi
publicada nos jornais dirios do ms de Agosto de 1902:
"Rochas tentou transportar a sensibilidade de um paciente para
uma placa fotogrfica. Colocou uma primeira placa em contato com
umsujetno adormecido: a fotografia do paciente, obtida em seguida,
no apresentou nenhuma relao com ele. Uma segunda, posta
anteriormente em contato com um paciente adormecido, ligeiramente
exteriorizado, deu uma prova apenas sensvel por relao. Uma
terceira, enfim, que, antes de ser colocada no aparelho fotogrfico,
havia sido fortemente carregada com a sensibilidade
dosujetadormecido, deu uma fotografia que representou os mais
curiosos caracteres. Toda vez que o operador tocava na imagem, o
paciente fotografado o sentia: Por fim, tomou aquele, um alfinete e
arranhou duas vezes a pelcula da placa no lugar da mo. Neste
momento, o paciente desmaiou, em completa contratura. Quando voltou
a si, pode-se ver sobre a mo dois estigmas vermelhos sobre a
epiderme, correspondendo s duas arranhaduras da pelcula fotogrfica.
Rochas acabava de realizar to completamente quanto possvel,
oenvultamentodos antigos. (La Justice 2 de agosto)."51
Vejamos, agora, os pormenores dados pelo prprio Coronel Rochas
naLInitiation(vol. XVII, n. 2, de Novembro de 1892). Os fatos que
se passaram em 2 de Agosto ocorreram com a mesma paciente na qual
pde-se, algumas vezes, determinar o fenmeno
dedermografia(entumescimento da pele pela simples passagem de uma
ponta romba).52
"A maioria dos pacientes, quando se hipereteziam seus olhos por
meio de certas manobras, v escapar-se dos animais, vegetais,
cristais e ims, alguns clares que poderiam ter uma relao direta com
essas irradiaes. Foi o que constatou pela primeira vez, h cerca de
cinqenta anos, por meio de numerosas experincias, um sbio qumico
austraco, o baro de Reichenbach. No homem, esses eflvios saem dos
olhos, das narinas, das orelhas e da extremidade dos dedos,
enquanto que o resto do corpo anlogo a uma penugem luminosa. Quando
se exterioriza a sensibilidade de um paciente, o sujetvidentev este
envoltrio luminoso deixar a pele e situar-se no ar justamente nos
pontos onde se pode verificar diretamente a sensibilidade do
paciente por meio de contatos ou picadas.""Continuando as manobras
que produzem a exteriorizao, vi, com o auxlio destes diversos
processos, que se formavam sucessivamente uma srie de camadas
sensveis muito delgadas, concntricas, separadas por zonas
insensveis, at vrios metros do paciente. Estas camadas distam umas
das outras cerca de 5 a 6 centmetros e a primeira separada da pele,
que fica insensvel, apenas a metade desta distncia... ""O que eu
considero perfeitamente estabelecido que os lquidos, em geral, no
somente detm ood, mas o dissolvem, isto , que, fazendo-se
atravessar, por exemplo, um copo cheio de gua por uma das camadas
sensveis mais prximas do corpo, produz-se uma sombradica, e as
camadas seguintes desaparecem por detrs do copo at chegarem a uma
certa distncia; alm disto, a gua do copo torna-se inteiramente
sensvel e emite mesmo, ao cabo de um certo tempo (provavelmente
quando ela est saturada) vapores sensveis que se elevam
verticalmente sobre a superfcie do lquido. Enfim, se se afasta o
copo, a gua que ele contm fica sensvel at uma certa distncia; alm
da qual o lao que a une ao corpo do paciente parece romper-se,
depois de ir-se gradualmente enfraquecendo.""At este momento, o
paciente percebe, sobre a parte de seu corpo mais prxima do lugar
em que se acha a gua carregada de sensibilidade, todos os toques
que o magnetizador faz no lquido, se bem que a regio do espao para
onde se transportou o vaso no contenha, fora deste recipiente, mais
nenhuma parte sensvel."* * *"A analogia que apresenta este fenmeno,
com as histrias de pessoas que se fazem morrer distncia, ferindo
uma figura de cera modelada sua imagem, evidente. Procurei ver se a
cera no gostaria, como a gua, da propriedade de armazenar a
sensibilidade e reconheci que ela a possua em alto grau, assim como
outras substncias gordurosas, viscosas ou aveludadas como
ocold-creame o veludo de l. Uma estatueta confeccionada com cera de
modelar e sensibilizada, sendo colocada alguns instantes em face e
a uma pequena distncia de um paciente, reproduzia neste as sensaes
das picadas que eu fazia na cera; ora no alto do corpo, se eu
picava a figura na cabea, ora na parte inferior, se eu a picava nos
ps. (Quer isto dizer que a picada era sentida de maneira mais ou
menos vaga nas regies que haviam enviado mais diretamente
seuseflvios). Entretanto, cheguei a localizar exatamente a sensao,
colocando, como os antigos feiticeiros, na cabea de minha
figurinha, uma mecha de cabelos cortada da nuca do paciente durante
seu sono hipntico.""Esta foi a experincia da qual nosso colaborador
naCosmosfoi testemunha e mesmo autor; ele havia transportado a
estatueta assim preparada para trs das gavetas de uma escrivaninha,
onde no a podamos ver, nem o paciente, nem eu. Despertei Mme. L...
que, sem deixar seu lugar, ps-se a conversar com ele at o momento
em que, voltando-se bruscamente e levando a mo parte posterior da
cabea, perguntou, rindo, quem lhe puxava pelos cabelos; era no
momento preciso em que X. tinha, sem que eu visse, puxado pelos
cabelos da estatueta.""Os eflvios, parecendo refratar-se de maneira
anloga luz, que talvez os arraste em sua projeo, pensei que si se a
projetasse, com o auxlio de uma lente sobre uma camada viscosa, a
imagem de uma pessoa suficientemente exteriorizada, poderia
chegar-se a localizar exatamente as sensaes transmitidas da imagem
pessoa. Uma placa carregada de gelatino-bromuro e um aparelho
fotogrfico me permitiram realizar facilmente a experincia que s
teve xito completo quando eu tive o cuidado de carregar a placa de
sensibilidade do pacienteantesde a colocar no aparelho. Mas,
operando assim, obtive um retrato tal, que se o magnetizador tocava
um ponto qualquer do rosto ou das mos sobre a camada de
gelatino-bromuro, a paciente sentia a impresso no ponto exatamente
correspondente; e isto no s imediatamente depois da operao, mas
ainda trs dias depois, quando o retrato foi fixado e colocado perto
da paciente. Esta parecia nada ter sentido durante a operao de
fixagem, feita longe dela, e sentia igualmente bem pouco quando se
tocava, em lugar da camada de gelatino-bromuro, a chapa de vidro
que lhe servia de suporte.Querendo levar a experincia o mais longe
possvel e aproveitando a presena ali de um mdico, piquei
violentamente, sem prevenir e por duas vezes, com um alfinete, a
imagem da mo direita de Mme. L..., que soltou um grito de dor e
perdeu os sentidos por um instante. Quando voltou a si, observamos
sobre o dorso de sua mo duas raias vermelhassub cutneasque ela no
tinha antes, e que correspondiam exatamente s duas arranhaduras que
meu alfinete havia feito sobre a camada gelatinosa."53
Numa nova experincia com Mme. L o coronel Rochas descobriu que o
clich era sensvel apenas aos seus contatos, sendo que os do
fotgrafo s eram sentidos quando ele tocava o homem que tocava o
clich. Em 9 de outubro, tendo sido tirada uma prova sobre papel, a
paciente percebia sensaes gerais agradveis ou desagradveis54. Dois
dias depois toda sensibilidade havia desaparecido tanto no clich
como na prova. Consta que o dr Luys reproduziu o fenmeno, tendo
conseguido obter a transmisso de sensibilidade a 35 metros alguns
instantes depois da pose. D Arsac repetiu a experincia da placa
fotogrfica sensibilizada e contestou a concluso de Rochas em artigo
no jornalParis-Bruxellesde 12 de outubro e 1862. Em sua concepo o
que se tomou por fenmeno de envultamento no foi mais que um fenmeno
de sugesto55porque na ausncia do hipnotizador, podia-se, nove vezes
sobre dez, picar o retrato, sem que a hipnotizada sentisse dor
alguma. Nunca a paciente experimentou a menor dor, quando o clich
era picado por uma pessoa que ignorasse completamente o fim da
experincia.56Existe, portanto, certa polmica sobre se a cera, a
gua, o gelatino-bromuro e outras substncias seriam capazes de
armazenar impresses sensveis e afetar cobaias hipnotizadas ou se,
ao contrrio, a mente do hipnotizador que trabalha, servindo o
objeto como mero fetiche que o auxilia a concentrar-se num objetivo
(afetar a sensibilidade da cobaia). Mas isso no impediu a difuso e
distoro da novidade e logo surgiu uma infinidade de adaptaes do
envultamento por fotografia. Obtenha uma fotografia e uma mecha do
cabelo da vtima, diz uma frmula popular que ignora a hipnose,
Enterre-os juntos, de preferncia na lama ou em areia umedecida,
onde os objetos se desintegrem rapidamente. Da mesma forma, a vtima
ir se desintegrando at a morte.57--[01] CROWLEY, Aleister.
Moonchild. In:Homem, Mito & Magia. So Paulo, Trs, 1973, p
46.[02] FRAZER, J. G. The Golden Bough. In:Homem, Mito & Magia.
So Paulo, Trs, 1973, p 46.[03] PARALIZADOS POR BRUXARA. In:Homem,
Mito & Magia, fascculo 33. SP, Trs, 1973, p 667.[04] Em 1939,
teria chegado mais uma receita, procedente de Illinois, Estados
Unidos: uma maneira segura de matar um homem colocar sua imagem sob
uma cantoneira do telhado da casa de quem executa o feitio, durante
tempo chuvoso, e deixar que a gua pingue sobre ela. (Homem, Mito
& Magia, p 44). Em 1964, perto de Sandringham, Norfolk, foi
encontrada uma boneca de quinze centmetros de comprimento, feita de
massa de modelar e com uma lasca de espinheiro perfurando-lhe o
corao. Conforme a redao de Homem, Mito & Magia, o objetivo do
feitio tanto poderia ter sido o de matar a vtima, como o de
seduzi-la, ferindo seu corao com amor. Mas, segundo Maria Helena
Farelli, dizem os vizinhos que a mulher que ali morava morreu de
ataque cardaco. (A Magia do Vodu. Rio de Janeiro, Luz de Velas,
1995, p 32).[05] NEVES, Mrcia Cristina A.Do Vodu Macumba. So Paulo,
Trade, 1991, p 58.[06] O termoshabtideriva do egpcio antigo e
significa aquele que responde. A tumba de Tutancmon (133-1323 a.C.)
continha 413 figuras shabit, sendo que destas 365 so de operrios,
36 de capatazes, 12 de inspetores e algumas do prprio rei.
Acreditava-se que tais estatuetas substituam o falecido e eram
chamadas para executar as tarefas rduas da vida aps a morte em seu
lugar. (Cf: TIRADRITTI, Francesco e DE LUCA, Araldo. Tesouros do
Egito. Trd. Maria de Lourdes Giannini. Bela Vista, Manole, 1998, p
216).[07] NEVES, Mrcia Cristina A.Do Vodu Macumba. So Paulo, Trade,
1991, p 58.[08] NEVES, Mrcia Cristina A.Do Vodu Macumba.So Paulo,
Trade, 1991, p 58-59.[09] PARACELSO.A Chave da Alquimia. Trd.
Antonio Carlos Braga. So Paulo, Trs, 1973, p 134.[10] NEVES, Mrcia
Cristina A.Do Vodu Macumba. So Paulo, Trade, 1991, p 58.[11]
SAIDENBERG, Luis (arte) e CAMERA, Pietro La.A Vingana do Vodu!In:
SPEKTRO, n 19. Rio de Janeiro, Vecchi, dezembro de 1980, p
98-110.[12] SARKEY, Rick. Feitio. In:Almanaque Selees de Terror, n
11. So Paulo, Taika. (Obra da dcada de 60 ou 70. REG. NO DPF. SOB N
018P209/73).[13] A MAGIA DA IMITAO. In:Homem, Mito & Magia. So
Paulo, Trs, 1973, p 45.[14] KLOETZEL, Kurt.O Que Superstio. So
Paulo, Brasiliense, 1990, p 13.[15] KLOETZEL, Kurt.O Que Superstio.
So Paulo, Brasiliense, 1990, p 15.[16] NEVES, Mrcia Cristina A.Do
Vodu Macumba. So Paulo, Trade, 1991, p 59.[17] MAGIA NEGRA E
FEITIARIA. In:Homem, Mito & Magia. So Paulo, Trs, 1973, p
16.[18] VALLADARES, Clarival do Prado.Arte e Sociedade nos
Cemitrios Brasileiros:Um estudo da arte cemiterial ocorrida no
Brasil desde as sepulturas de igrejas e as catacumbas de ordens e
confrarias at as necrpoles secularizadas. Vol I. Rio de Janeiro,
Departamento de Imprensa Nacional, 1972, p 439-1440.[19] NEVES,
Mrcia Cristina A.Do Vodu Macumba. So Paulo, Trade, 1991, p 85.[20]
Na poca do assassinato da atriz Daniella Perez, a escritora Glria
Perez acreditava que ela fora morta num ritual de magia negra. Ao
ser encontrada, Daniella tinha 18 perfuraes no corpo. At hoje no se
sabe, com certeza, se ela foi morta com golpes de tesoura ou de um
punhal. A arma do crime nunca apareceu. Prximo ao seu corpo foram
achados ossos e na casa onde Guilherme e Paula moravam, em
Copacabana, a polcia encontrou uma imagem de um preto velho. Uma
ex-empregada confirmou que o casal praticava rituais. A tese de que
a atriz teria sido morta num ritual ganhou as pginas dos jornais,
mas a polcia no levou a srio a hiptese de a jovem ter sido
assassinada em meio a um espetculo macabro. (Cf: MATHEUS, Letcia.
Tmulo de atriz violado. In: EXTRA, 2 edio, 30/12/1999, p 12).[21]
NEVES, Mrcia Cristina A.Do Vodu Macumba. So Paulo, Trade, 1991,
72.[22] COSTA, Jos Rodrigues da.Como Combater Olho-Grande. Rio de
Janeiro, Pallas, 1991, p 50.[23] COSTA, Jos Rodrigues da.Como
Combater Olho-Grande. Rio de Janeiro, Pallas, 1991, p 66.[24]
PARACELSO.A Chave da Alquimia. Trd. Antonio Carlos Braga. So Paulo,
Trs, 1973, p 126.[25] PARACELSO.A Chave da Alquimia. Trd. Antonio
Carlos Braga. So Paulo, Trs, 1973, p 126.[26] PARACELSO.A Chave da
Alquimia. Trd. Antonio Carlos Braga. So Paulo, Trs, 1973, p
123.[27] PARACELSO.A Chave da Alquimia. Trd. Antonio Carlos Braga.
So Paulo, Trs, 1973, p 120.[28] PARACELSO.A Chave da Alquimia. Trd.
Antonio Carlos Braga. So Paulo, Trs, 1973, p 124.[29] PARACELSO.A
Chave da Alquimia. Trd. Antonio Carlos Braga. So Paulo, Trs, 1973,
p 128.[30] PARACELSO.A Chave da Alquimia. Trd. Antonio Carlos
Braga. So Paulo, Trs, 1973, p 129.[31] PARACELSO.A Chave da
Alquimia. Trd. Antonio Carlos Braga. So Paulo, Trs, 1973, p
127.[32] PARACELSO.A Chave da Alquimia. Trd. Antonio Carlos Braga.
So Paulo, Trs, 1973, p 119.[33] PARACELSO.A Chave da Alquimia. Trd.
Antonio Carlos Braga. So Paulo, Trs, 1973, p 132.[34] PARACELSO.A
Chave da Alquimia. Trd. Antonio Carlos Braga. So Paulo, Trs, 1973,
p 134.[35] PARACELSO.A Chave da Alquimia. Trd. Antonio Carlos
Braga. So Paulo, Trs, 1973, p 130.[36] PARACELSO.A Chave da
Alquimia. Trd. Antonio Carlos Braga. So Paulo, Trs, 1973, p
130.[37] LEVI, Eliphas.Dogma e Ritual da Alta Magia. Trd. Rosabis
Camaysar. SP, Pensamento, 1997, p 358.[38] A MAGIA DA IMITAO.
In:Homem, Mito & Magia. So Paulo, Trs, 1973, p 45.[39]
PARACELSO.A Chave da Alquimia. Trd. Antonio Carlos Braga. So Paulo,
Trs, 1973, p 134.[40] PARACELSO.A Chave da Alquimia. Trd. Antonio
Carlos Braga. So Paulo, Trs, 1973, p 132.[41] PARACELSO.A Chave da
Alquimia. Trd. Antonio Carlos Braga. So Paulo, Trs, 1973, p
135.[42] PARACELSO.A Chave da Alquimia. Trd. Antonio Carlos Braga.
So Paulo, Trs, 1973, p 131.[43] FARELLI, Maria Helena.A Magia do
Vodu. Rio de Janeiro, Luz de Velas, 1995, p 31-33.[44] NEVES, Mrcia
Cristina A.Do Vodu Macumba. So Paulo, Trade, 1991, p 60.[45]
FARELLI, Maria Helena.A Magia do Vodu. Rio de Janeiro, Luz de
Velas, 1995, p 98.[46] BROMAGE, Bernard.The Occult Arts of Ancient
Egypt. In: Homem, Mito & Magia. So Paulo, Trs, 1973, p
45-46.[47] NEVES, Mrcia Cristina A.Do Vodu Macumba. So Paulo,
Trade, 1991, p 60.[48] LEVI, Eliphas.Dogma e Ritual da Alta Magia.
Trd. Rosabis Camaysar. SP, Pensamento, 1997, p 355.[49] LEVI,
Eliphas.Dogma e Ritual da Alta Magia. Trd. Rosabis Camaysar. SP,
Pensamento, 1997, p 358.[50] NEVES, Mrcia Cristina A.Do Vodu
Macumba. So Paulo, Trade, 1991, p 73.[51] PAPUS.Tratado Elementar
de Magia Prtica. Trd. E. P. So Paulo, Pensamento, 1978, p 397.[52]
PAPUS.Tratado Elementar de Magia Prtica. Trd. E. P. So Paulo,
Pensamento, 1978, p 401, nota 21.[53] PAPUS.Tratado Elementar de
Magia Prtica. Trd. E. P. So Paulo, Pensamento, 1978, p 397-400.[54]
PAPUS.Tratado Elementar de Magia Prtica. Trd. E. P. So Paulo,
Pensamento, 1978, p 400, nota 20.[55] PAPUS.Tratado Elementar de
Magia Prtica. Trd. E. P. SP, Pensamento, 1978, p 400-401, nota
20.[56] PAPUS.Tratado Elementar de Magia Prtica. Trd. E. P. SP,
Pensamento, 1978, p 400-401, nota 20.[57] NEVES, Mrcia Cristina
A.Do Vodu Macumba. So Paulo, Trade, 1991, p 72.Feitios Hoodoo
Grimrio HoodooFeitio, a arte de mudar a realidade fsica, atravs
da vontade e da f, com auxilio de instrumentos especficos e suas
energias especficas para que nos ajude a conseguir manipular uma
situao a nosso favor. Os feitios so a parte prtica da magia, a
magia a fora sagrada e oculta presente na natureza e no homem e a
feitiaria o ato de manipular essa fora para nosso benefcio, para
mudar a realidade de acordo com nossa vontade e necessidade.
Feitio para atrair algum ou um amante Masculino Figura - vela
Figura Feminina - vela Um leo apropriado
Faa numa Sexta-Feira de lua cheia, esse feitios serve para
trazer uma pessoa que desejamos at ns ou mesmo um novo amante,
escreve seu nome na vela que te represente e da pessoa na vela do
sexo que represente-a, se quiser um amante, escreva na vela um
amante. Deixe as velas separadas de frente uma para outra uns
metros de distncia, com o leo de atrao ou de amor, faa uma linha
entre elas, visualizando a pessoa ou um amante com as qualidades
que deseja, e diga firme voc vir at mim ! passe leo nas velas e
acenda, dizendo : Com as benos de Deus meu amante ( ou nome da
pessoa), vir at mim de forma saudvel, deixe-me sabedoria para
reconhece-lo (a) e coragem para mant-lo (a)em minha vida, Em nome
de Jesus Amm !
Agora aproxime a vela que representa seu amante perto a vela que
simboliza voc, leia um salmo da bblia que represente seus motivos,
apague as velas com os dedos, repita isso por sete dias, at a vela
que representa eu amante chegar bem perto da sua, no stimo dia
deixe queimara at o final, com o que sobrar das velas enterre em
seu quintal.
Nota : Esse feitio, tambm adaptvel para pessoas do mesmo
sexo.
Feitio de atrao Vela, cor de acordo com seu desejo, azul para
sorte, verde para dinheiro, vermelho para amor etc, m Areia
magntica leo que sirva para seu desejo, de amor para amor, de
dinheiro para dinheiro etc Pires Caneta e papel ( ou a imagem de
seu desejo ) Se voc deseja atrair um carro, usar uma foto de um
carro , se um trabalho especfico, uma foto de uma pessoa vestida
para esse trabalho , dinheiro , em seguida, usar dinheiro real . Se
voc no pode obter uma fotografia do que voc deseja, escreva algumas
linhas em um pedao de papel que descreve exatamente o que voc quer.
Vire o papel 90 graus e escreva seu nome atravs de descries 9 vezes
.
Realize esse ritual Numa Quinta feira de lua cheia, marque a
vela com seu desejo e nome, exemplo escreva na vela carro e seu
nome, unte a vela com o leo escolhido, acenda a vela e leia o Salmo
23 visualizando seu objetivo, ungir o papel ou imagem com leo,
Dobre o papel em sua direo trs vezes , girando no sentido horrio
entre cada dobra. Com cada dobra dizer : "Com a bno de Deus , (
desejo) vem a mim to facilmente como eu dobro este papel. Em nome
de Jesus . Amm " . Coloque o papel / foto no pires, colocar o seu m
em cima do papel.
Unge a areia magntica trs gotas de seu leo condio e , em
seguida, alimentar o papel com um pouco da areia magntica dizendo :
"Com as bnos de Deus , como eu alimento , ento voc vai me alimentar
, de modo que ( desejo) atrado para mim , assim como esta areia
atrado por voc . Em nome de Jesus . Amm .
Ler o Salmo 23, realizar esse feitios, todas as luas cheias e
crescentes, at conseguir seu desejo, com esse mesmo material,
quando conseguir seu desejo, enterre tudo no seu quintal, at pires,
vela, tudo.
Para banir algo de sua vida Uma vela preta Papel e caneta 9
alfinetes
Fazer em lua minguante num Sbado a noite, esse feitio serve para
banir, o que voc desejar, pessoas, situaes, emoes, pensamentos etc,
escreva o nome da pessoa na vela de baixo para cima, coloque um
papel com seu desejo escrito sob avela, para cada letra do nome
espete um alfinete, pedindo com suas palavra, para que Deus livre-o
desse problema, faa isso at a vela derreter, por vrios dias
seguidos, para cada letra que derreter com o alfinete, na ultima
letra quando a vela derreter, junte tudo alfinete papel e cera, v a
um local onde no costuma passar enterre e se v em se olhar para
trs.
Cruz para dinheiro 7 Moedas leo de para dinheiro 4 Velas
verdes
Esse ritual serve para atrair o dinheiro para sua vida, casa e
as benos do dinheiro e fartura, faa uma cruz com as sete moedas de
maior valor, na ponta superior e na ponta inferior fixe duas velas
ungidas com leo, nas duas pontas onde so os braos da cruz fixe as
outras duas velas, acenda as velas, leia o salmo 23, mentalizando o
dinheiro para voc, aps diga : Assim como Jesus multiplicou os pes e
os peixes de modo que todos foram alimentados, do mesmo modo minha
fortuna aumenta, a fim de satisfazer todas as minhas necessidades.
Peo isso em nome do Pai, do Filho e do Esprito Santo. Amm".
Espera as vela queimarem, limpe as moedas e faa uma caridade com
elas.
Para abrir caminhos
Escreva em quadrado de papel, seu nome e a palavra abir caminho,
dobre esse papel, passe leo de dinheiro nele, escreva numa vela
laranja seu nome a palavra abir caminho, passe leo de dinheiro
nessa vela, coloque o papel sob a vela, acenda, ore o salmos 25 trs
vezes, enterre tudo, no outro dia, fazer numa Quinta-feira de lua
crescente
Para atrair a boa sorte e a prosperidade
Numa Quinta-Feira de lua, crescente, escreva seu nome numa vela
azul e as palavras sorte e prosperidade, passe leo de dinheiro, na
vela, acenda, imagine tudo o que deseja, se veja com sorte,
fortuna, bom emprego etc, e diga que em nome de Deus a sorte a
fortuna esto nesse momento com voc e todos de sua casa, tome um
banho com ervas de prosperidade em seguida. Na manh seguinte leve
os restos a uma estrada de muito movimento oferte uma moeda aos
espritos de l e pea para abrirem seu caminho.
Para ter bastante fartura de alimentos em casa
Misture em vaso de barro, trs tipos de arroz, numa Quinta_feira
de lua crescente, coloque um ma no centro e nesse ma sete moedas de
maior valor corrente, um copo com gua ao lado e uma vela verde,
repetir esse ritual toda Quinta-feira, deixar esse material na
porta de entrada de sua casa.
Para se livrar, maldies, feitios e m sorte
Pegue um ovo, passe por todo seu corpo com cuidado da cabea aos
ps, visualizando toda a negatividade passando para o avo numa cor
negra, e fazendo seus pedidos a Deus, escreva nesse ovo em seguida
a palavra inimigos, caso saiba que esto lhe mandando feitio,
escreva o nome desse inimigo, caso contrrio e escreva inimigos,
coloque esse ovo em uma panela cheia de vinagre escuro at cobrir o
ovo, tampa panela, e leve ao fogo de uma fogueira em lugar isolado,
tampe a panela e saia de perto, com a exploso todo mal ir embora e
voltar para aqueles que te desejaram.
Para proteo nas ruas
Em um saquinho preto coloque trs pedaes de fumo, um punhado de
sal grosso e um punhado de arruda, feche bem apertado e leve com
voc sempre quando sair de casa.
Para uma pessoa s pense em voc
Escreva o nome dela em um pedao de papel virgem, coloque dentro
de uma garrafa com mel, canela, acar, lavanda e cravos da ndia,
sacuda com a mo esquerda ordenando que s pense em voc e s tenha
olhos para voc, enterre essa garrafa a sete palmos de profundidade,
acenda uma vela vermelha onde enterrou, fazem num a Sexta-feira de
lua cheia.
Para proteger sua casa do mal,feitiaria e espritos
Colocar em um saquinho preto, arruda, alho,sal grosso,sal
marinho e mirra, pendurar na porta de entrada, ore o Salmo 23 trs
vezes com fervor.
Para conseguir um emprego
Em pote de vidro cheio, de mel, colocar seu nome e o emprego que
deseja escritos em um pedao de papel virgem, somar p de
louro,camomila e lavanda, fechar esse pote,acender uma vela azul ao
lado, visualizando a vaga de emprego, fazer sempre as luas cheias e
crescentes, at conseguir quando conseguir enterre tudo nos fundo do
seus quintal, fazer numa Quinta-feira de lua crescente.
Para amarrar a pessoa amada
Faa uma trana com seus cabelos e da pessoa amada, coloque em
pote de vido, com mel,canela em p,cravos da ndia, seu fludo sexual
e ptalas de rosas vermelhas, fechar, e lacrar com cera de vela
vermelha, fazer uma orao a santo antnio pedindo que marre seu amor
a voc, enterre nos fundos de seu quinta como uma vela vermelha por
cima, passe olho de amor, nessa vela, fazer numa Sexta-Feira de lua
crescente.