Sugestões,críticas,envio de questões para resolução em sala,envie e-mail para [email protected]PORTUGUÊS O primeiro ponto do curso é “Compreensão”, interpretação de textos com domínio das relações morfossintáticas, semânticas e discursivas” O programa do curso abrangerá: Fonética Ortografia Acentuação Morfologia: estuda a palavra em si, quer em relação à forma, quer em relação à idéia que ela encerra (classe das palavras,flexões,elementos,terminações,grafia) Os elementos da morfologia Classes de Palavras Diferenciação morfológica Sintaxe: é o estudo da palavra com relação às outras que se acham na mesma oração(concordância,regência,colocação). Frase, período e oração Concordância nominal Regência nominal Concordância verbal Regência verbal Pontuação Crase Semântica: estuda o sentido das palavras. Interpretação Textual Tipos de Discurso Redação Tipos de redação Redação Oficial Normas Gerais de Elaboração Siglas e Acrônimos
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PORTUGUÊS
O primeiro ponto do curso é “Compreensão”, interpretação de textos com
domínio das relações morfossintáticas, semânticas e discursivas”
O programa do curso abrangerá:
Fonética
Ortografia
Acentuação
Morfologia: estuda a palavra em si, quer em relação à forma, quer em relação à idéia
que ela encerra (classe das palavras,flexões,elementos,terminações,grafia) Os elementos da morfologia
Classes de Palavras
Diferenciação morfológica
Sintaxe: é o estudo da palavra com relação às outras que se acham na mesma
oração(concordância,regência,colocação). Frase, período e oração
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1. Fonética
1.1 Fonema e Letra:
A palavra falada é formada por combinações de unidades mínimas de som (fonemas).
Na escrita, a representação do fonema ocorre através de letras. Por isso, o fonema não
pode ser confundido com a letra. O fonema é a menor unidade sonora da língua,
enquanto a letra é um sinal gráfico e visual, cuja função é representar o fonema de
acordo com as normas da língua.
A correspondência entre letra e som não ocorre em todas as situações, pois uma mesma
letra pode representar fonemas distintos, como o x nas palavras: próximo, exato e feixe.
Mas, há casos em que letras distintas representam o mesmo som, como acontece com as
palavras seco, cedo, laço e próximo.
Por fim, nota-se que uma letra pode representar mais de um fonema, como fixo, cuja
leitura é "fikso", enquanto existe letra que não tem som, como o h em hora. Temos
ainda os sons ora representados por uma só letra, ora por duas como xícara/chinelo,
gato/guitarra e rabo/carro.
1.2 Tipos de Fonemas: Os fonemas são classificados em vogais, consoantes e semivogais:
As vogais são sons produzidos sem obstáculos para a passagem de ar, que passa
livremente pela boca, oriundo do pulmão. Sua emissão é independente de outro fonema,
por isso constitui a base da sílaba.
Os sons das vogais produzem-se a partir do diferentes posicionamentos dos músculos da
boca, constituídos pela língua, pelos lábios e pelo véu palatino, formando o seguinte
quadro:
a) modificação do véu palatino:
vogais orais: a corrente de ar vibrante passa pela cavidade bucal, formando sete fonemas vocálicos orais: i, e, é, a, ó, o, u (fica, veja, vela, pá, bola, coma, pula).
vogais nasais: corrente de ar vibrante passa pelas cavidades bucal e nasal, formando cinco fonemas vocálicos nasais: linda, tenta, banda, onda, fundo.
b) elevação da língua na região do céu da boca:
vogais anteriores: emitidas com abertura média da boca (linda, fica, tenta, vela, veja). vogais centrais: emitidas com abertura total da boca (banda, pá). vogais posteriores: emitidas com abertura inferior a 50% da boca (fundo, pula, onda,
bola, coma).
Essa abertura da boca também estará relacionada à consoante que segue a vocal, por
isso a pronúncia precisa ser casada entre posição de abertura da vogal e da consoante.
c) elevação da parte mais alta da língua:
vogais altas: máxima elevação da língua para o céu da boca (fica, linda, pula, fundo). vogais médias: a elevação é média (veja, tenta, vela, coma, tonta, bola). vogais baixas: a elevação é mínima (pá, banda).
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As consoantes são fonemas produzidos através da obstrução do ar proveniente do
pulmão, precisando de uma vogal para ser emitidos. Esses obstáculos podem ser totais
ou parciais, a partir da posição da língua e dos lábios.
As consoantes apresentam quatro critérios de classificação:
modo de articulação: responsável pela identificação do obstáculo que ocorre durante a passagem do ar pela boca.
Se a corrente de ar encontrar um obstáculo total, essas consoantes serão classificadas
como oclusivas (p, b, t, d, k e g).
Se o obstáculo for parcial, as consoantes serão chamadas constritivas (compressão),
podendo ser fricativas (fricção do ar através de uma fenda no meio da boca), laterais (o
ar sai pelos lados da boca) e vibrantes (quando ocorre a vibração da língua ou do véu
palatal).
A classificação das consoantes constritivas ocorre da seguinte maneira:
- constritivas fricativas: f, v, s, z, x, j;
- constritivas laterais: l, lh;
- constritivas vibrantes: r, rr
ponto de articulação: identifica em qual ponto da cavidade bucal localiza-se o obstáculo para a passagem do ar.
O ponto de articulação classifica-se em consoantes bilabiais (contato entre os lábios
superior e inferior), labiodentais (o lábio inferior tem contato com os dentes incisivos
superiores), linguodentais (contato entre a língua e a face interna dos dentes incisivos
superiores), alveolares (contato da língua com os alvéolos dos dentes incisivos
superiores), palatais (o dorso da língua toca o céu da boca) e velares (parte posterior da
língua tem contato com o véu palatino).
Essa classificação permite a seguinte divisão das consoantes quanto ao ponto de
articulação:
- bilabiais: p, b, m;
- labiodentais: f, v;
- linguodentais: t, d, n;
- alveolares - s, z, l, r;
- palatais: x, j, lh, nh;
- velares: k, g, rr.
papel das cordas vocais: permite observar se ocorre ou não vibração das cordas vocais. Quando ocorrer a vibração a consoante é chamada de sonora, já quando não ocorre, ela é chamada de surda.
As consoantes surdas e sonoras da língua portuguesa podem ser divididas em seis pares:
SURDAS SONORAS
p
t
k
f
s
x
b
d
g
v
z
j
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papel das cavidades bucal e nasal: verifica se a passagem do ar ocorre somente pela cavidade bucal ou se passa pela cavidade nasal.
De acordo com a passagem do ar as consoantes são classificadas em orais ou nasais. As
consoantes nasais da língua portuguesa são três (m, n, nh), todas as demais são orais.
Já as semivogais sempre acompanham um vogal, formando sílaba com ela. Na língua
escrita às semivogais são representadas pelo "i" e "u", podendo em alguns casos serem
representadas pelo "e" e "o".
Deve-se observar também que a é sempre vogal e se estiver acompanhada de outra
vogal na mesma sílaba, esta será semivogal.
1.3 Sílaba: A sílaba é conjunto de sons que pode ser emitido numa só expiração. Na língua
portuguesa a parte central da sílaba sempre é a vogal.
Assim, na estrutura da sílaba existe, uma vogal, à qual se juntam, ou não, semivogais ou
consoantes.
A maneira mais fácil para separar as sílabas é pronunciar a palavra lentamente, de forma
melódica.
Na língua portuguesa, os vocábulos são classificados de acordo com o número de
sílabas que apresentam, podendo ser:
monossílabos (apenas uma sílaba): cão, chá; dissílabos (apresenta duas sílabas): mulher, garfo; trissílabos (possuem três sílabas): macaco, equipe; polissílabos (formados por mais de três sílabas): amizade; felicidade.
A consoante inicial não seguida de vogal fica na sílaba seguinte (pneu-má-ti-co, mne-mô-ni-co). Se a consoante não seguida de vogal estiver dentro do vocábulo, ela fica na sílaba precedente (ap-to, rit-mo). Na questão, baseadas em texto de Gustavo Franco, marque o item em que a substituição da seqüência sublinhada pela alternativa proposta acarreta prejuízo à coerência ou à correção gramatical.
1.4 Encontros vocálicos: Os encontros vocálicos referem-se à seqüência de sons vocálicos (vogais e/ou
semivogais) que pode ocorrer numa mesma sílaba ou em sílabas separadas. As vogais
serão as pronunciadas mais fortes, enquanto as semivogais serão mais fracas, ou seja, e
átonas. São três os tipos de encontros vocálicos: hiatos, ditongos e tritongos.
hiatos: é a seqüência de duas vogais em sílabas diferentes. (saúde, cooperar, ruim, crêem)
ditongos: ocorre quando uma vogal e uma semivogal são pronunciadas numa só sílaba, independente da ordem destas.
Os ditongos podem ser classificados em decrescentes (pouco) ou crescentes (série) e
orais (todos aqueles que não são nasais) ou nasais (pão).
tritongos: são constituídos por uma vogal entre duas semivogais numa só sílaba. (Paraguai, iguais).
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Os tritongos também podem ser classificados em nasais ou orais, seguindo as mesmas
regras dos ditongos.
Além dessas regras gerais, deve-se observar também que:
Am / em, no final das palavras, correspondem aos ditongos ao / ei nasalizados.
Cuidado com os falsos ditongos, pois quando átonos finais, os encontros (ia, ie, io, ao e
ua) são normalmente ditongos crescentes, mas também podem ser hiatos. Se esses
grupos não forem finais nem átonos, só podem ser hiatos (memória, democracia, viela).
Os encontros de palavras como praia, maio, feio, goiaba e baleia são separados de forma
a criar um ditongo e uma vogal sozinha depois.
1.5 Encontro consonantal: O encontro consonantal é a seqüência de duas ou mais consoantes, sem vogal
intermediária, que não sejam dígrafo. Esse encontro pode ocorrer na mesma sílaba ou
não (carpete, bíblia).
Os encontros consonantais (gn, mn, pn, ps, pt e tm) não são muito comuns. Quando eles
aparecem no início da sílaba são inseparáveis. Quando estão no meio criam uma
pronúncia mais difícil (pneu/advogado). No uso coloquial, há uma tendência a destruir
esse encontro, inserindo a vogal i depois da consoante surda.
Quando x corresponde a cs (táxi, falamos "tácsi"), há um encontro consonantal fonético.
Nesse caso, x é chamado de dífono.
1.6 Dígrafo: O dígrafo é o grupo de duas letras que representa um único fonema. São dígrafos da
língua portuguesa: lh, nh, ch, rr, ss, qu (seguidos de e ou i), gu (seguidos de e ou i), sc,
sç, xc e xs.
Os encontros gu e qu se forem usados com trema ou acento, não serão dígrafos, uma vez
que o u será pronunciado.
Além desses, existem também os dígrafos vocálicos formados pelas vogais nasais: am,
an, em, en, im, in, om, on, um e un.
1.7 Separação silábica: Na língua portuguesa, a divisão das sílabas deve ser feita a partir da soletração, usando
o hífen para marcar as sílabas (con-ver-sí-vel).
Para a separação silábica correta devem-se observar as seguintes regras:
os ditongos e tritongos não podem ser separados (Pa-ra-guai, Ro-gé-rio, au-la); os hiatos têm as vogais separadas (a-é-re-o); os dígrafos ch, lh, nh, gu e qu não são separados (cho-ca-lho); os dígrafos ss, rr, sc, sç e xc são separados (pás-sa-ro, nas-cer, cor-ri-da); as vogais idênticas e os grupos consonantais cc e cç são separados (co-or-de-na-dor,
in-te-lec-ção); os encontros consonantais ocorridos em sílabas internas diferentes são separados
(em-pre-gar); grupos consonantais que ocorrem no início dos vocábulos são inseparáveis: psi-co-se,
dra-ma, pneu-mo-ni-a.
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Aulas de Português - Fonética - Exercícios
1. Assinale a alternativa errada a respeito da palavra "churrasqueira".
a) apresenta 13 letras e 10 fonemas
b) apresenta 3 dígrafos: ch, rr, qu
c) divisão silábica: chur-ras-quei-ra
d) é paroxítona e polissílaba
e) apresenta o tritongo: uei
2. Qual das alternativas abaixo possui palavras com mais letras do que fonemas?
a) Caderno
b) Chapéu
c) Flores
d) Livro
e) Disco
3. Assinale a melhor resposta. Em papagaio, temos:
a) um ditongo
b) um tritongo
c) um trissílabo
d) um oxítono
e) um proparoxítono
4. Assinale a série em que apenas um dos vocábulos não possui dígrafo:
a) folha - ficha - lenha - fecho
b) lento - bomba - trinco - algum
c) águia - queijo - quatro - quero
d) descer - cresço - exceto - exsudar
e) serra - vosso - arrepio - assinar
5. Assinale a alternativa que inclui palavras da frase abaixo que contêm,
respectivamente, um ditongo oral crescente e um hiato. As mágoas de minha mãe, que
sofria em silêncio, jamais foram compreendidas por mim e meus irmãos.
a) foram - minha
b) sofria - jamais
c) meus - irmãos
d) mãe - silêncio
e) mágoas - compreendidas
6. Assinale a seqüência em que todas as palavras estão partidas corretamente.
a) trans-a-tlân-ti-co / fi-el / sub-ro-gar
b) bis-a-vô / du-e-lo / fo-ga-réu
c) sub-lin-gual / bis-ne-to / de-ses-pe-rar
d) des-li-gar / sub-ju-gar / sub-scre-ver
e) cis-an-di-no / es-pé-cie / a-teu
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7. Segundo as normas do vocabulário oficial, a separação silábica está corretamente
efetuada em ambos os vocábulos das opções:
a) to-cas-sem, res-pon-dia
b) mer-ce-ná-ri-o, co-in-ci-di-am
c) po-e-me-to, pré-dio
d) ru-i-vo, pe-rí-o-do
e) do-is, pau-sas
8. Assinale a alternativa que não apresenta todas as palavras separadas corretamente.
os ditongos nasais são escritos com e: mãe, põem. Com i, só o ditongo interno cãibra. os verbos que apresentam infinitivo em -oar, -uar são escritos com e: caçoe, tumultue.
Escrevemos com i, os verbos com infinitivo em -air, -oer e -uir: trai, dói, possui.
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atenção para as palavras que mudam de sentido quando substituímos a grafia e pela grafia i: área (superfície), ária (melodia) / delatar (denunciar), dilatar (expandir) / emergir (vir à tona), imergir (mergulhar) / peão (de estância, que anda a pé), pião (brinquedo).
Ortografia - Exercícios 1. Estão corretamente empregadas as palavras na frase:
a) Receba meus cumprimentos pelo seu aniversário.
b) Ele agiu com muita descrição.
c) O pião conseguiu o primeiro lugar na competição.
d) Ele cantou uma área belíssima.
e) Utilizamos as salas com exatidão.
2. Todas as alternativas são verdadeiras quanto ao emprego da inicial maiúscula, exceto:
a) Nos nomes dos meses quando estiverem nas datas.
b) No começo de período, verso ou alguma citação direta.
c) Nos substantivos próprios de qualquer espécie
d) Nos nomes de fatos históricos dos povos em geral.
e) Nos nomes de escolas de qualquer natureza.
3. Indique a única seqüência em que todas as palavras estão grafadas corretamente:
a) fanatizar - analizar - frizar.
b) fanatisar - paralizar - frisar.
c) banalizar - analisar - paralisar.
d) realisar - analisar - paralizar.
e) utilizar - canalisar - vasamento.
4. A forma dual que apresenta o verbo grafado incorretamente é:
a) hidrólise - hidrolisar.
b) comércio - comercializar.
c) ironia - ironizar.
d) catequese - catequisar.
e) análise - analisar.
5. Quanto ao emprego de iniciais maiúsculas, assinale a alternativa em que não há erro
de grafia:
a) A Baía de Guanabara é uma grande obra de arte da Natureza.
b) Na idade média, os povos da América do Sul não tinham laços de amizade com a
Europa.
c) Diz um provérbio árabe: "a agulha veste os outros e vive nua."
d) "Chegam os magos do Oriente, com suas dádivas: ouro, incensos e mirra " (Manuel
Bandeira).
e) A Avenida Afonso Pena, em Belo Horizonte, foi ornamentada na época de natal.
6. Marque a opção cm que todas as palavras estão grafadas corretamente:
a) enxotar - trouxa - chícara.
b) berinjela - jiló - gipe.
c) passos - discussão - arremesso.
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d) certeza - empresa - defeza.
e) nervoso - desafio - atravez.
7. A alternativa que apresenta erro(s) de ortografia é:
a) O experto disse que fora óleo em excesso.
b) O assessor chegou à exaustão.
c) A fartura e a escassez são problemáticas.
d) Assintosamente apareceu enxarcado na sala.
e) Aceso o fogo, uma labareda ascendeu ao céu.
8. Assinale a opção cm que a palavra está incorretamente grafada:
a) duquesa.
b) magestade.
c) gorjeta.
d) francês.
e) estupidez.
9. Dos pares de palavras abaixo, aquele em que a segunda não se escreve com a mesma
letra sublinhada na primeira é:
a) vez / reve___ar.
b) propôs / pu__ eram.
c) atrás / retra __ ado.
d) cafezinho/ blu __ inha.
e) esvaziar / e___ tender.
10. Indique o item em que todas as palavras devem ser preenchidas com x:
a) pran__a / en__er / __adrez.
b) fei__e / pi__ar / bre__a.
c) __utar / frou__o / mo__ila.
d) fle__a / en__arcar / li__ar.
e) me__erico / en__ame / bru__a.
11. Todas as palavras estão com a grafia correta, exceto:
a) dejeto.
b) ogeriza.
c) vadear.
d) iminente.
e) vadiar.
12. A alternativa que apresenta palavra grafada incorretamente é:
a) fixação - rendição - paralisação.
b) exceção - discussão - concessão.
c) seção - admissão - distensão.
d) presunção - compreensão - submissão.
e) cessão - cassação - excurção.
13. Assinale a alternativa em que todas as palavras estão grafadas corretamente:
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a) analizar - economizar - civilizar.
b) receoso - prazeirosamente - silvícola.
c) tábua - previlégio - marquês.
d) pretencioso - hérnia - majestade.
e) flecha - jeito - ojeriza.
14. Assinale a alternativa em que todas as palavras estão grafadas corretamente:
a) atrasado - princesa - paralisia.
b) poleiro - pagem - descrição.
c) criação - disenteria - impecilho.
d) enxergar - passeiar - pesquisar.
e) batizar - sintetizar - sintonisar.
15. Assinale a alternativa em que todas as palavras estão grafadas corretamente:
a) tijela - oscilação - ascenção.
b) richa - bruxa - bucha.
c) berinjela - lage - majestade.
d) enxada - mixto - bexiga.
e) gasolina - vaso - esplêndido.
16. Marque a única palavra que se escreve sem o h:
a) omeopatia.
b) umidade.
c) umor.
d) erdeiro.
e) iena.
17. (CFS/95) Assinalar o par de palavras parônimas:
a) céu - seu
b) paço - passo
c) eminente - evidente
d) descrição – discrição
18. (CFS/95) Assinalar a alternativa em que todas as palavras devem ser escritas com
"j".
a) __irau, __ibóia, __egue
b) gor__eio, privilé__io, pa__em
c) ma__estoso, __esto, __enipapo
d) here__e, tre__eito, berin__ela
19. (CFC/95) Assinalar a alternativa que preenche corretamente as lacunas do seguinte
período: "Em _____ plenária, estudou-se a _____ de terras a _____ japoneses."
a) seção - cessão - emigrantes
b) cessão - sessão - imigrantes
c) sessão - secção - emigrantes
d) sessão - cessão – imigrantes
20. (CFC/95) Assinalar a alternativa que apresenta um erro de ortografia:
a) enxofre, exceção, ascensão
b) abóbada, asterisco, assunção
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c) despender, previlégio, economizar
d) adivinhar, prazerosamente, beneficente
21. (CFC/95) Assinalar a alternativa que contém um erro de ortografia:
a) beleza, duquesa, francesa
b) estrupar, pretensioso, deslizar
c) esplêndido, meteorologia, hesitar
d) cabeleireiro, consciencioso, manteigueira
22. (CFC/96) Assinalar a alternativa correta quanto à grafia das palavras:
a) atraz - ele trás
b) atrás - ele traz
c) atrás - ele trás
d) atraz - ele traz
23. (CFS/96) Assinalar a palavra graficamente correta:
a) bandeija
b) mendingo
c) irrequieto
d) carangueijo
24. (CESD/97) Assinalar a alternativa que completa as lacunas da frase abaixo, na
ordem em que aparecem. "O Brasil de hoje é diferente, _____ os ideais de uma
sociedade _____ justa ainda permanecem".
a) mas - mas
b) mais - mas
c) mas - mais
d) mais – mais
25. (CESD/98) Cauda/rabo, calda/açúcar derretido para doce. São, portanto, palavras
homônimas. Associe as duas colunas e assinale a alternativa com a seqüência correta.
1 - conserto ( ) valor pago
2 - concerto ( ) juízo claro
3 - censo ( ) reparo
4 - senso ( ) estatística
5 - taxa ( ) pequeno prego
6 - tacha ( ) apresentação musical
a) 5-4-1-3-6-2
b) 5-3-2-1-6-4
c) 4-2-6-1-3-5
d) 1-4-6-5-2-3
26. (CFC/98) Assinalar o par de palavras antônimas:
a) pavor - pânico
b) pânico - susto
c) dignidade - indecoro
d) dignidade – integridade
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27. (CFS/97) O antônimo para a expressão "época de estiagem" é:
a) tempo quente
b) tempo de ventania
c) estação chuvosa
d) estação florida
28. (CFS/96) Quanto à sinonímia, associar a coluna da esquerda com a da direita e
indicar a seqüência correta.
1 - insigne ( ) ignorante
2 - extático ( ) saliente
3 - insipiente ( ) absorto
4 - proeminente ( ) notável
a) 2-4-3-1
b) 3-4-2-1
c) 4-3-1-2
d) 3-2-4-1
29. (ITA/SP) Em que caso todos os vocábulos são grafados com "x" ?
a) __ícara, __ávena, pi__e, be__iga
b) __enófobo, en__erido, en__erto, __epa
c) li__ar, ta__ativo, sinta__e, bro__e
d) ê__tase, e__torquir, __u__u, __ilrear
1 A / 2 A / 3 C / 4 D / 5 D / 6 C / 7 D / 8 B / 9 D / 10 E / 11 B / 12 E / 13 E / 14 A / 15 E
/ 16 B / 17 D / 18 A / 19 D / 20 C / 21 B / 22 B / 23 C / 24 C / 25 A / 26 C / 27 C / 28 B
/ 29 B
3. Acentuação. crítica - substantivo
critica - forma verbal
Dentro da língua portuguesa é a pronúncia que permite ao leitor identificar o significado
das palavras acima, porque ora damos entonação maior para uma sílaba, ora para outra.
Essa sílaba pronunciada com uma entonação maior recebe o nome de sílaba tônica: cô-
mo-do, quen-te.
A presença da sílaba tônica na língua portuguesa cria os seguintes grupos:
palavras oxítonas, a última sílaba é a tônica. São acentuadas, quando terminarem em A, E, O, seguidos ou não de S, E em EM, ENS: caju, japonês, Corumbá, maracujá, maná, Maringá, rapé, massapê, filé, sapé, filó, rondó, mocotó, jiló, amém, armazém, também, Belém, parabéns, armazéns, nenéns, Iguaçu, caqui, aci.
palavras paroxítonas, a penúltima sílaba é a tônica: porta, miudeza, hora. palavras proparoxítonas, antepenúltima sílaba é a tônica: cômodo, sonâmbulo.
Já os monossílabos são palavras que apresentam apenas uma sílaba. Eles podem ser
tônicos ou átonos.
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Os monossílabos tônicos apresentam acento próprio, portanto, pronunciado com
intensidade (gás, faz). Já os monossílabos átonos não se destacam e estão ligados às
palavras mais próximas (o homem, de madeira).
3.1 Regras de acentuação: Acentuamos os monossílabos tônicos terminados em:
a, as: lá, hás;
e, es: pé, mês;
o, os: pó, nós.
Acentua-se os oxítonos terminados em:
a, as: Pará, sofás;
e, es: jacaré, cafés;
o, os: avó, cipós;
em, ens: ninguém, armazéns.
As palavras oxítonas terminadas em i, is e u, us; somente serão acentuadas quando
formarem hiatos: baú, açaí.
São acentuados os paroxítonos terminados em:
ão(s), ã(s): órfãos, órfãs
ei(s): jóquei, fáceis
i(s): júri, lápis
us: vírus
um, uns: álbum, álbuns
r: revólver
x: tórax
n / nos: hífen, prótons
l: fácil
ps: bíceps
ditongos crescentes seguidos ou não de S: ginásio, mágoa, áreas
São acentuados todos os proparoxítonos: cômodo, lâmpada.
Todos os ditongos abertos, independente da posição de tonicidade, são acentuados:
éi(s): assembléia, anéis
éu(s): chapéu, troféus
ói(s): heróico, heróis
São acentuados I e U, seguidos ou não de S, tônicos e que formam hiato: saúde,
egoísmo, juiz, ruim.
Se o I destes casos vier seguido de NH não será acentuado - rainha, tainha
Acentua-se também as primeiras vogais dos hiatos oo e eem, se tônicos - vôo, crêem.
O U dos grupos gue, gui, que, qui se forem tônicos levarão acento: averigúe, averigúes,
1 A / 2 D / 3 B / 4 E / 5 D / 6 B / 7 C / 8 D / 9 D / 10 C / 11 E / 12 A / 13 B / 14 D / 15
D / 16 C / 17 D / 18 B / 19 A / 20 C / 21 A / 22 E / 23 B / 24 B / 25 C / 26 C / 27 C / 28
D / 29 D / 30 D / 31 D / 32 B / 33 B / 34 A / 35 A / 36 A / 37 C / 38 D / 39 A / 40 D / 41
E / 42 D
MORFOLOGIA
1. Os elementos da morfologia:
O radical é a forma mínima que indica o sentido básico de uma palavra. Alguns
vocábulos são constituídos apenas por radical (lápis, mar, hoje). Os radicais permitem a
formação de famílias de palavras: menin-o, menin-a; menin-ada, menin-inho, menin-
ona.
A vogal temática é a vogal que, em alguns casos, une-se ao radical, preparando-o para
receber as desinências: com-e-r.
O tema é o acréscimo da vogal temática ao radical, pois na língua portuguesa é
impossível a ligação do radical com, com a desinência r, por isso é necessário o uso do
tema e.
As desinências estão apoiadas ao radical para marcar as flexões gramaticais. Podem ser
nominais ou verbais:
As nominais indicam flexões de gênero e número dos nomes (gat-a e gato-s).
Já as verbais indicam tempo e modo (modo-temporais / fal-á-sse-mos) ou pessoa e
número (número-pessoais / fal-á-sse-mos) dos verbos.
Os afixos são morfemas derivacionais (gramaticais) agregados ao radical para formar
palavras novas. Os afixos da língua portuguesa são o prefixo, colocado antes do radical
(infeliz) e o sufixo, colocado depois do radical (felizmente)
A vogal e consoante de ligação são elementos mórficos insignificativos que surgem
para facilitar ou até possibilitar a pronúncia de determinadas construções (silv-í-cola,
pe-z-inho, pobre-t-ão, rat-i-cida, rod-o-via)
Já os alomorfes são as variações que os morfemas sofrem (amaria - amaríeis; feliz -
felicidade).
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1.1 Morfemas: São unidades mínimas de significação, integrantes da palavra, que não admitem
subdivisão em unidades significativas menores. Quanto à significação, podem ser:
morfemas lexicais (lexemas ou semantemas) de significação externa, ou seja, cujo significado está ligado ao mundo objetivo, indicando o significado da palavra.
morfemas gramaticais (gramemas ou formantes) de significação interna, relacionados ao universo lingüístico, isto é, tem significado ligado somente ao sistema gramatical da língua.
1.2 Processos de formação de palavras: As palavras estão em constante processo de evolução, o que torna a língua um
fenômeno vivo que acompanha o homem. Por isso alguns vocábulos caem em desuso
(arcaísmos), enquanto outros nascem (neologismos) e outros mudam de significado com
o passar do tempo.
Na Língua Portuguesa, em função da estruturação e origem das palavras encontramos a
seguinte divisão:
palavras primitivas - não derivam de outras (casa, flor) palavras derivadas - derivam de outras (casebre, florzinha) palavras simples - só possuem um radical (couve, flor) palavras compostas - possuem mais de um radical (couve-flor, aguardente)
Para a formação das palavras portuguesas, é necessário o conhecimento dos seguintes
processos de formação:
Composição - processo em que ocorre a junção de dois ou mais radicais. São dois tipos
de composição.
justaposição: quando não ocorre a alteração fonética (girassol, sexta-feira); aglutinação: quando ocorre a alteração fonética, com perda de elementos (pernalta,
de perna + alta).
Derivação - processo em que a palavra primitiva (1º radical) sofre o acréscimo de
afixos. São cinco tipos de derivação.
prefixal: acréscimo de prefixo à palavra primitiva (in-útil); sufixal: acréscimo de sufixo à palavra primitiva (clara-mente); parassintética ou parassíntese: acréscimo simultâneo de prefixo e sufixo, à palavra
primitiva (em + lata + ado). Esse processo é responsável pela formação de verbos, de base substantiva ou adjetiva;
regressiva: redução da palavra primitiva. Nesse processo forma-se substantivos abstratos por derivação regressiva de formas verbais (ajuda / de ajudar);
imprópria: é a alteração da classe gramatical da palavra primitiva ("o jantar" - de verbo para substantivo, "é um judas" - de substantivo próprio a comum).
Além desses processos, a língua portuguesa também possui outros processos para
formação de palavras, como:
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Hibridismo: são palavras compostas, ou derivadas, constituídas por elementos originários de línguas diferentes (automóvel e monóculo, grego e latim / sociologia, bígamo, bicicleta, latim e grego / alcalóide, alcoômetro, árabe e grego / caiporismo: tupi e grego / bananal - africano e latino / sambódromo - africano e grego / burocracia - francês e grego);
Onomatopéia: reprodução imitativa de sons (pingue-pingue, zunzum, miau); Abreviação vocabular: redução da palavra até o limite de sua compreensão (metrô,
moto, pneu, extra, dr., obs.) Siglas: a formação de siglas utiliza as letras iniciais de uma seqüência de palavras
(Academia Brasileira de Letras - ABL). A partir de siglas, formam-se outras palavras também (aidético, petista)
Neologismo: nome dado ao processo de criação de novas palavras, ou para palavras que adquirem um novo significado.
1.3 Significado das palavras: O significado de algumas palavras pode ser identificado através da estrutura de seus
elementos mórficos.
Na seqüência veremos os prefixos, os sufixos e os radicais, a partir de sua origem grega
ante- (anterioridade; precedência = antepor, anteceder, antebraço, antecâmara); circu-, circum- (movimento em torno, posição em redor = circumpolar, circum-
sub-, sus-, su-, sob-, so- (movimento de baixo para cima, estado inferior, redução = sublevar, subir, subalterno, suspender, suspeitar, sufocar, sobpor, sopé, sonegar, soerguer, soterrar);
super-, sobre-, supra- (posição em cima, posição acima, excesso, intensidade = superpor, supercílio, supérfluo, sobrecarga, sobreviver, supra-renal, supramencionado);
trans-, trás-, tres- (movimento para além de; posterioridade, posição excedente = transmontano, transpor, transportar, transbordar, trasladar, trespasse, tresmalhar);
ultra- (posição além de, excesso = ultramar, ultrapassar, ultra-som); vice-, vis- (substituição, em lugar de = vice-presidente, vice-rei, visconde). 1.3.2
sufixo nominal: aquele responsável pela formação de nome (substantivo ou adjetivo): pad-eiro, favel-ado.
sufixo verbal: aquele responsável pela formação de um verbo: computador + izar. sufixo adverbial: aquele responsável pela formação de advérbio; em português apenas
o sufixo -mente: feliz-mente
1.3.3.1 Principais sufixos nominais Sufixos aumentativos:
1.3.3.2 Sufixos verbais: Na língua portuguesa há uma tendência em formar novos verbos: a maioria, quase
absoluta, dos novos verbos pertence à 1ª conjugação.
Considera-se sufixo verbal o conjunto formada pelo sufixo mais a terminação verbal
(vogal temática + desinência), como ocorre em -izar, do verbo computadorizar.
São sufixos verbais da 1ª conjugação:
-ear, -ejar (ação durativa [prolongada]; o processo se repete [iterativo] - indica transformação, mudança de estado = cabecear, verdejar, gotear, gotejar);
-cotar (ação durativa - qualidade, modo de ser, mudança de estado (factitivo) = amamentar, amolentar, ensangüentar);
-ficar, -fazer (ação durativa - modo de ser, mudança de estado (factitivo) = liquidificar, liquefazer, mumificar, retificar);
-icar, -iscar (o processo se repete [iterativo] - diminutivo = bebericar, mordiscar, chuviscar, adocicar);
-ecer, -escer (início de um processo e seu desenvolvimento - mudança de estado, transformação = amanhecer, rejuvenescer, florescer, enaltecer, entardecer, ensandecer).
1.3.3.3 Sufixo adverbial: O único sufixo adverbial, na língua portuguesa, é o sufixo -mente, formador de advérbio
de modo. O sufixo -mente é, sempre que possível, acrescentado a um adjetivo feminino
As palavras são classificadas de acordo com as funções exercidas nas orações.
Na língua portuguesa podemos classificar as palavras em:
Substantivo Adjetivo Pronome Verbo Artigo Numeral Advérbio Preposição Interjeição Conjunção
2.1 Substantivo: É a palavra variável que denomina qualidades, sentimentos, sensações, ações, estados e
seres em geral.
Quanto a sua formação, o substantivo pode ser primitivo (jornal) ou derivado
(jornalista), simples (alface) ou composto (guarda-chuva).
Já quanto a sua classificação, ele pode ser comum (cidade) ou próprio (Curitiba),
concreto (mesa) ou abstrato (felicidade).
Os substantivos concretos designam seres de existência real ou que a imaginação
apresenta como tal: alma, fada, santo. Já os substantivos abstratos designam qualidade,
sentimento, ação e estado dos seres: beleza, cegueira, dor, fuga.
Os substantivos próprios são sempre concretos e devem ser grafados com iniciais
maiúsculas.
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Certos substantivos próprios podem tornar-se comuns, pelo processo de derivação
imprópria (um judas = traidor / um panamá = chapéu).
Os substantivos abstratos têm existência independente e podem ser reais ou não,
materiais ou não. Quando esses substantivos abstratos são de qualidade tornam-se
concretos no plural (riqueza X riquezas).
Muitos substantivos podem ser variavelmente abstratos ou concretos, conforme o
sentido em que se empregam (a redação das leis requer clareza / na redação do aluno,
assinalei vários erros).
Já no tocante ao gênero (masculino X feminino) os substantivos podem ser:
biformes: quando apresentam uma forma para o masculino e outra para o feminino. (rato, rata ou conde X condessa).
uniformes: quando apresentam uma única forma para ambos os gêneros. Nesse caso, eles estão divididos em:
epicenos: usados para animais de ambos os sexos (macho e fêmea) - albatroz, badejo, besouro, codorniz;
comum de dois gêneros: aqueles que designam pessoas, fazendo a distinção dos sexos por palavras determinantes - aborígine, camarada, herege, manequim, mártir, médium, silvícola;
sobrecomuns - apresentam um só gênero gramatical para designar pessoas de ambos os sexos - algoz, apóstolo, cônjuge, guia, testemunha, verdugo;
Alguns substantivos, quando mudam de gênero, mudam de sentido. (o cisma X a cisma
/ o corneta X a corneta / o crisma X a crisma / o cura X a cura / o guia X a guia / o lente
X a lente / o língua X a língua / o moral X a moral / o maria-fumaça X a maria-fumaça /
o voga X a voga).
Os nomes terminados em -ão fazem feminino em -ã, -oa ou -ona (alemã, leoa,
valentona).
Os nomes terminados em -e mudam-no para -a, entretanto a maioria é invariável
(monge X monja, infante X infanta, mas o/a dirigente, o/a estudante).
Quanto ao número (singular X plural), os substantivos simples formam o plural em
função do final da palavra.
vogal ou ditongo (exceto -ÃO): acréscimo de -S (porta X portas, troféu X troféus); ditongo -ÃO: -ÕES / -ÃES / -ÃOS, variando em cada palavra (pagãos, cidadãos,
Os substantivos paroxítonos terminados em -ão fazem plural em -ãos (bênçãos, órfãos,
gólfãos). Alguns gramáticos registram artesão (artífice) - artesãos e artesão (adorno
arquitetônico) - artesões.
-EM, -IM, -OM, -UM: acréscimo de -NS (jardim X jardins); -R ou -Z: -ES (mar X mares, raiz X raízes); -S: substantivos oxítonos acréscimo de -ES (país X países). Os não-oxítonos terminados
em -S são invariáveis, marcando o número pelo artigo (os atlas, os lápis, os ônibus), cais, cós e xis são invariáveis;
-N: -S ou -ES, sendo a última menos comum (hífen X hifens ou hífenes), cânon > cânones;
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-X: invariável, usando o artigo para o plural (tórax X os tórax); -AL, EL, OL, UL: troca-se -L por -IS (animal X animais, barril X barris). Exceto mal por
males, cônsul por cônsules, real (moeda) por réis, mel por méis ou meles; IL: se oxítono, trocar -L por -S. Se não oxítonos, trocar -IL por -EIS. (til X tis, míssil X
mísseis). Observação: réptil / reptil por répteis / reptis, projétil / projetil por projéteis / projetis;
sufixo diminutivo -ZINHO(A) / -ZITO(A): colocar a palavra primitiva no plural, retirar o -S e acrescentar o sufixo diminutivo (caezitos, coroneizinhos, mulherezinhas). Observação: palavras com esses sufixos não recebem acento gráfico.
metafonia: -o tônico fechado no singular muda para o timbre aberto no plural, também variando em função da palavra. (ovo X ovos, mas bolo X bolos). Observação: avôs (avô paterno + avô materno), avós (avó + avó ou avô + avó).
Os substantivos podem apresentar diferentes graus, porém grau não é uma flexão
nominal. São três graus: normal, aumentativo e diminutivo e podem ser formados
através de dois processos:
analítico: associando os adjetivos (grande ou pequeno, ou similar) ao substantivo; sintético: anexando-se ao substantivo sufixos indicadores de grau (meninão X
menininho).
Certos substantivos, apesar da forma, não expressam a noção aumentativa ou
alguns sufixos diminutivo: -ito, -ulo-, -culo, -ote, -ola, -im, -elho, -inho, -zinho (o sufixo -zinho é obrigatório quando o substantivo terminar em vogal tônica ou ditongo: cafezinho, paizinho);
O aumentativo pode exprimir desprezo (sabichão, ministraço, poetastro) ou intimidade
(amigão); enquanto o diminutivo pode indicar carinho (filhinho) ou ter valor pejorativo
Substantivos compostos: Os substantivos compostos formam o plural da seguinte maneira:
sem hífen formam o plural como os simples (pontapé/pontapés); caso não haja caso específico, verifica-se a variabilidade das palavras que compõem o
substantivo para pluralizá-los. São palavras variáveis: substantivo, adjetivo, numeral, pronomes, particípio. São palavras invariáveis: verbo, preposição, advérbio, prefixo;
em elementos repetidos, muito parecidos ou onomatopaicos, só o segundo vai para o plural (tico-ticos, tique-taques, corre-corres, pingue-pongues);
com elementos ligados por preposição, apenas o primeiro se flexiona (pés-de-moleque);
são invariáveis os elementos grão, grã e bel (grão-duques, grã-cruzes, bel-prazeres); só variará o primeiro elemento nos compostos formados por dois substantivos, onde o
segundo limita o primeiro elemento, indicando tipo, semelhança ou finalidade deste (sambas-enredo, bananas-maçã)
nenhum dos elementos vai para o plural se formado por verbos de sentidos opostos e frases substantivas (os leva-e-traz, os bota-fora, os pisa-mansinho, os bota-abaixo, os louva-a-Deus, os ganha-pouco, os diz-que-me-diz);
compostos cujo segundo elemento já está no plural não variam (os troca-tintas, os salta-pocinhas, os espirra-canivetes);
palavra guarda, se fizer referência a pessoa varia por ser substantivo. Caso represente o verbo guardar, não pode variar (guardas-noturnos, guarda-chuvas).
2.2 Adjetivo:
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É a palavra variável que restringe a significação do substantivo, indicando qualidades e
características deste. Mantém com o substantivo que determina relação de concordância
de gênero e número.
adjetivos pátrios: indicam a nacionalidade ou a origem geográfica, normalmente são formados pelo acréscimo de um sufixo ao substantivo de que se originam (Alagoas por alagoano). Podem ser simples ou compostos, referindo-se a duas ou mais nacionalidades ou regiões; nestes últimos casos assumem sua forma reduzida e erudita, com exceção do último elemento (franco-ítalo-brasileiro).
locuções adjetivas: expressões formadas por preposição e substantivo e com significado equivalente a adjetivos (anel de prata = anel argênteo / andar de cima = andar superior / estar com fome = estar faminto).
Já os pronomes oblíquos podem ser usados como expressão expletiva (Não me venha
com essa).
2.3.2 Pronome possessivo: Fazem referência às pessoas do discurso, apresentando-as como possuidoras de algo.
Concordam em gênero e número com a coisa possuída.
São pronomes possessivos da língua portuguesa as formas:
1ª pessoa: meu(s), minha(s) nosso(a/s);
2ª pessoa: teu(s), tua(s) vosso(a/s);
3ª pessoa: seu(s), sua(s) seu(s), sua(s).
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Quanto ao emprego, normalmente, vem antes do nome a que se refere; podendo,
também, vir depois do substantivo que determina. Neste último caso, pode até alterar o
sentido da frase.
O uso do possessivo seu (a/s) pode causar ambigüidade, para desfazê-la, deve-se
preferir o uso do dele (a/s) (Ele disse que Maria estava trancada em sua casa - casa de
quem?); pode também indicar aproximação numérica (ele tem lá seus 40 anos).
Já nas expressões do tipo "Seu João", seu não tem valor de posse por ser uma alteração
fonética de Senhor.
2.3.3 Pronome demonstrativo: Indicam posição de algo em relação às pessoas do discurso, situando-o no tempo e/ou
no espaço. São: este (a/s), isto, esse (a/s), isso, aquele (a/s), aquilo. Isto, isso e aquilo
são invariáveis e se empregam exclusivamente como substitutos de substantivos.
As formas mesmo, próprio, semelhante, tal (s) e o (a/s) podem desempenhar papel de
pronome demonstrativo.
Quanto ao emprego, os pronomes demonstrativos apresentam-se da seguinte maneira:
uso dêitico, indicando localização no espaço - este (aqui), esse (aí) e aquele (lá); uso dêitico, indicando localização temporal - este (presente), esse (passado próximo) e
aquele (passado remoto ou bastante vago); uso anafórico, em referência ao que já foi ou será dito - este (novo enunciado) e esse
(retoma informação); o, a, os, as são demonstrativos quando equivalem a aquele (a/s), isto (Leve o que lhe
pertence); tal é demonstrativo se puder ser substituído por esse (a), este (a) ou aquele (a) e
semelhante, quando anteposto ao substantivo a que se refere e equivalente a "aquele", "idêntico" (O problema ainda não foi resolvido, tal demora atrapalhou as negociações / Não brigue por semelhante causa);
mesmo e próprio são demonstrativos, se precedidos de artigo, quando significarem "idêntico", "igual" ou "exato". Concordam com o nome a que se referem (Separaram crianças de mesmas séries);
como referência a termos já citados, os pronomes aquele (a/s) e este (a/s) são usados para primeira e segunda ocorrências, respectivamente, em apostos distributivos (O médico e a enfermeira estavam calados: aquele amedrontado e esta calma / ou: esta calma e aquele amedrontado);
pode ocorrer a contração das preposições a, de, em com os pronomes demonstrativos (Não acreditei no que estava vendo / Fui àquela região de montanhas / Fez alusão à pessoa de azul e à de branco);
podem apresentar valor intensificador ou depreciativo, dependendo do contexto frasal (Ele estava com aquela paciência / Aquilo é um marido de enfeite);
nisso e nisto (em + pronome) podem ser usados com valor de "então" ou "nesse momento" (Nisso, ela entrou triunfante - nisso = advérbio).
2.3.4 Pronome relativo: Retoma um termo expresso anteriormente (antecedente) e introduz uma oração
dependente, adjetiva.
Os pronome nomes demonstrativos apresentam-se da seguinte maneira: mento,
armamentomes relativos são: que, quem e onde - invariáveis; além de o qual (a/s), cujo
(a/s) e quanto (a/s).
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Os relativos são chamados relativos indefinidos quando são empregados sem
antecedente expresso (Quem espera sempre alcança / Fez quanto pôde).
Quanto ao emprego, observa-se que os relativos são usados quando:
o antecedente do relativo pode ser demonstrativo o (a/s) (O Brasil divide-se entre os que lêem ou não);
como relativo, quanto refere-se ao antecedente tudo ou todo (Ouvia tudo quanto me interessava)
quem será precedido de preposição se estiver relacionado a pessoas ou seres personificados expressos;
quem = relativo indefinido quando é empregado sem antecedente claro, não vindo precedido de preposição;
cujo (a/s) é empregado para dar a idéia de posse e não concorda com o antecedente e sim com seu conseqüente. Ele tem sempre valor adjetivo e não pode ser acompanhado de artigo.
2.3.5 Pronome indefinido: Referem-se à 3ª pessoa do discurso quando considerada de modo vago, impreciso ou
genérico, representando pessoas, coisas e lugares. Alguns também podem dar idéia de
conjunto ou quantidade indeterminada. Em função da quantidade de pronomes
vários (a), nenhum (a/s), certo (a/s), outro (a/s), muito (a/s), pouco (a/s), quanto (a/s), um (a/s), qualquer (s), cada.
Sobre o emprego dos indefinidos devemos atentar para:
algum, após o substantivo a que se refere, assume valor negativo (= nenhum) (Computador algum resolverá o problema);
cada deve ser sempre seguido de um substantivo ou numeral (Elas receberam 3 balas cada uma);
alguns pronomes indefinidos, se vierem depois do nome a que estiverem se referindo, passam a ser adjetivos. (Certas pessoas deveriam ter seus lugares certos / Comprei várias balas de sabores vários)
bastante pode vir como adjetivo também, se estiver determinando algum substantivo, unindo-se a ele por verbo de ligação (Isso é bastante para mim);
o pronome outrem equivale a "qualquer pessoa"; o pronome nada, colocado junto a verbos ou adjetivos, pode equivaler a advérbio (Ele
não está nada contente hoje); o pronome nada, colocado junto a verbos ou adjetivos, pode equivaler a advérbio (Ele
não está nada contente hoje); existem algumas locuções pronominais indefinidas - quem quer que, o que quer, seja
quem for, cada um etc. todo com valor indefinido antecede o substantivo, sem artigo (Toda cidade parou para
ver a banda ≠ Toda a cidade parou para ver a banda).
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2.3.6 Pronome interrogativo: São os pronomes indefinidos que, quem, qual, quanto usados na formulação de uma
pergunta direta ou indireta. Referem-se à 3ª pessoa do discurso. (Quantos livros você
tem? / Não sei quem lhe contou).
Alguns interrogativos podem ser adverbiais (Quando voltarão? / Onde encontrá-los? /
Como foi tudo?).
2.4 Verbo: É a palavra variável que exprime um acontecimento representado no tempo, seja ação,
estado ou fenômeno da natureza.
Os verbos apresentam três conjugações. Em função da vogal temática, podem-se criar
três paradigmas verbais. De acordo com a relação dos verbos com esses paradigmas,
obtém-se a seguinte classificação:
regulares: seguem o paradigma verbal de sua conjugação; irregulares: não seguem o paradigma verbal da conjugação a que pertencem. As
irregularidades podem aparecer no radical ou nas desinências (ouvir - ouço/ouve, estar - estou/estão);
Entre os verbos irregulares, destacam-se os anômalos que apresentam profundas
irregularidades. São classificados como anômalos em todas as gramáticas os verbos ser
e ir.
defectivos: não são conjugados em determinadas pessoas, tempo ou modo (falir - no presente do indicativo só apresenta a 1ª e a 2ª pessoa do plural). Os defectivos distribuem-se em três grupos: impessoais, unipessoais (vozes ou ruídos de animais, só conjugados nas 3ª pessoas) por eufonia ou possibilidade de confusão com outros verbos;
abundantes - apresentam mais de uma forma para uma mesma flexão. Mais freqüente no particípio, devendo-se usar o particípio regular com ter e haver; já o irregular com ser e estar (aceito/aceitado, acendido/aceso - tenho/hei aceitado ≠ é/está aceito);
auxiliares: juntam-se ao verbo principal ampliando sua significação. Presentes nos tempos compostos e locuções verbais;
certos verbos possuem pronomes pessoais átonos que se tornam partes integrantes deles. Nesses casos, o pronome não tem função sintática (suicidar-se, apiedar-se, queixar-se etc.);
formas rizotônicas (tonicidade no radical - eu canto) e formas arrizotônicas (tonicidade fora do radical - nós cantaríamos).
Quanto à flexão verbal, temos:
número: singular ou plural; pessoa gramatical: 1ª, 2ª ou 3ª; tempo: referência ao momento em que se fala (pretérito, presente ou futuro). O modo
imperativo só tem um tempo, o presente; voz: ativa, passiva e reflexiva; modo: indicativo (certeza de um fato ou estado), subjuntivo (possibilidade ou desejo
de realização de um fato ou incerteza do estado) e imperativo (expressa ordem, advertência ou pedido).
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As três formas nominais do verbo (infinitivo, gerúndio e particípio) não possuem função
exclusivamente verbal. Infinitivo é antes substantivo, o particípio tem valor e forma de
adjetivo, enquanto o gerúndio equipara-se ao adjetivo ou advérbio pelas circunstâncias
que exprime.
Quanto ao tempo verbal, eles apresentam os seguintes valores:
presente do indicativo: indica um fato real situado no momento ou época em que se fala;
presente do subjuntivo: indica um fato provável, duvidoso ou hipotético situado no momento ou época em que se fala;
pretérito perfeito do indicativo: indica um fato real cuja ação foi iniciada e concluída no passado;
pretérito imperfeito do indicativo: indica um fato real cuja ação foi iniciada no passado, mas não foi concluída ou era uma ação costumeira no passado;
pretérito imperfeito do subjuntivo: indica um fato provável, duvidoso ou hipotético cuja ação foi iniciada mas não concluída no passado;
pretérito mais-que-perfeito do indicativo: indica um fato real cuja ação é anterior a outra ação já passada;
futuro do presente do indicativo: indica um fato real situado em momento ou época vindoura;
futuro do pretérito do indicativo: indica um fato possível, hipotético, situado num momento futuro, mas ligado a um momento passado;
futuro do subjuntivo: indica um fato provável, duvidoso, hipotético, situado num momento ou época futura;
Quanto à formação dos tempos, os chamados tempos simples podem ser primitivos
(presente e pretérito perfeito do indicativo e o infinitivo impessoal) e derivados:
São derivados do presente do indicativo:
pretérito imperfeito do indicativo: TEMA do presente + VA (1ª conj.) ou IA (2ª e 3ª conj.) + Desinência número pessoal (DNP);
presente do subjuntivo: RAD da 1ª pessoa singular do presente + E (1ª conj.) ou A (2ª e 3ª conj.) + DNP;
Os verbos em -ear têm duplo "e" em vez de "ei" na 1ª pessoa do plural (passeio, mas
passeemos).
imperativo negativo (todo derivado do presente do subjuntivo) e imperativo afirmativo (as 2ª pessoas vêm do presente do indicativo sem S, as demais também vêm do presente do subjuntivo).
São derivados do pretérito perfeito do indicativo:
pretérito mais-que-perfeito do indicativo: TEMA do perfeito + RA + DNP; pretérito imperfeito do subjuntivo: TEMA do perfeito + SSE + DNP; futuro do subjuntivo: TEMA do perfeito + R + DNP. São derivados do infinitivo impessoal: futuro do presente do indicativo: TEMA do infinitivo + RA + DNP; futuro do pretérito: TEMA do infinitivo + RIA + DNP;
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infinitivo pessoal: infinitivo impessoal + DNP (-ES - 2ª pessoa, -MOS, -DES, -EM) gerúndio: TEMA do infinitivo + -NDO; particípio regular: infinitivo impessoal sem vogal temática (VT) e R + ADO (1ª
conjugação) ou IDO (2ª e 3ª conjugação).
Quanto à formação, os tempos compostos da voz ativa constituem-se dos verbos
auxiliares TER ou HAVER + particípio do verbo que se quer conjugar, dito principal.
No modo Indicativo, os tempos compostos são formados da seguinte maneira:
pretérito perfeito: presente do indicativo do auxiliar + particípio do verbo principal (VP) [Tenho falado];
pretérito mais-que-perfeito: pretérito imperfeito do indicativo do auxiliar + particípio do VP (Tinha falado);
futuro do presente: futuro do presente do indicativo do auxiliar + particípio do VP (Terei falado);
futuro do pretérito: futuro do pretérito indicativo do auxiliar + particípio do VP (Teria falado).
No modo Subjuntivo a formação se dá da seguinte maneira:
pretérito perfeito: presente do subjuntivo do auxiliar + particípio do VP (Tenha falado);
pretérito mais-que-perfeito: imperfeito do subjuntivo do auxiliar + particípio do VP (Tivesse falado);
futuro composto: futuro do subjuntivo do auxiliar + particípio do VP (Tiver falado).
Quanto às formas nominais, elas são formadas da seguinte maneira:
infinitivo composto: infinitivo pessoal ou impessoal do auxiliar + particípio do VP (Ter falado / Teres falado);
gerúndio composto: gerúndio do auxiliar + particípio do VP (Tendo falado).
O modo subjuntivo apresenta três pretéritos, sendo o imperfeito na forma simples e o
perfeito e o mais-que-perfeito nas formas compostas. Não há presente composto nem
pretérito imperfeito composto
Quanto às vozes, os verbos apresentam a voz:
ativa: sujeito é agente da ação verbal; passiva: sujeito é paciente da ação verbal;
A voz passiva pode ser analítica ou sintética:
analítica: - verbo auxiliar + particípio do verbo principal; sintética: na 3ª pessoa do singular ou plural + SE (partícula apassivadora); reflexiva: sujeito é agente e paciente da ação verbal. Também pode ser recíproca ao
mesmo tempo (acréscimo de SE = pronome reflexivo, variável em função da pessoa do verbo);
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Na transformação da voz ativa na passiva, a variação temporal é indicada pelo auxiliar
(ser na maioria das vezes), como notamos nos exemplos a seguir: Ele fez o trabalho - O
trabalho foi feito por ele (mantido o pretérito perfeito do indicativo) / O vento ia
levando as folhas - As folhas iam sendo levadas pelas folhas (mantido o gerúndio do
verbo principal).
Alguns verbos da língua portuguesa apresentam problemas de conjugação. A seguir
temos uma lista, seguida de comentários sobre essas dificuldades de conjugação.
Abolir (defectivo) - não possui a 1ª pessoa do singular do presente do indicativo, por isso não possui presente do subjuntivo e o imperativo negativo. (= banir, carpir, colorir, delinqüir, demolir, descomedir-se, emergir, exaurir, fremir, fulgir, haurir, retorquir, urgir)
Acudir (alternância vocálica o/u) - presente do indicativo - acudo, acodes... e pretérito perfeito do indicativo - com u (= bulir, consumir, cuspir, engolir, fugir) / Adequar (defectivo) - só possui a 1ª e a 2ª pessoa do plural no presente do indicativo
Aderir (alternância vocálica e/i) - presente do indicativo - adiro, adere... (= advertir, cerzir, despir, diferir, digerir, divergir, ferir, sugerir)
Agir (acomodação gráfica g/j) - presente do indicativo - ajo, ages... (= afligir, coagir, erigir, espargir, refulgir, restringir, transigir, urgir)
Agredir (alternância vocálica e/i) - presente do indicativo - agrido, agrides, agride, agredimos, agredis, agridem (= prevenir, progredir, regredir, transgredir) / Aguar (regular) - presente do indicativo - águo, águas..., - pretérito perfeito do indicativo - agüei, aguaste, aguou, aguamos, aguastes, aguaram (= desaguar, enxaguar, minguar)
Aprazer (irregular) - presente do indicativo - aprazo, aprazes, apraz... / pretérito perfeito do indicativo - aprouve, aprouveste, aprouve, aprouvemos, aprouvestes, aprouveram
Argüir (irregular com alternância vocálica o/u) - presente do indicativo - arguo (ú), argúis, argúi, argüimos, argüis, argúem - pretérito perfeito - argüi, argüiste... (com trema)
Precaver-se (defectivo e pronominal) - presente do indicativo - precavemo-nos, precaveis-vos - pretérito perfeito indicativo - precavi-me, precaveste-te... / Prover (irregular) - presente do indicativo - provejo, provês, provê, provemos, provedes, provêem - pretérito perfeito indicativo - provi, proveste, proveu... / Reaver (defectivo) - presente do indicativo - reavemos, reaveis - pretérito perfeito indicativo - reouve, reouveste, reouve... (verbo derivado do haver, mas só é conjugado nas formas verbais com a letra v)
Remir (defectivo) - presente do indicativo - remimos, remis - pretérito perfeito indicativo - remi, remiste...
Requerer (irregular) - presente do indicativo - requeiro, requeres... - pretérito perfeito indicativo - requeri, requereste, requereu... (derivado do querer, diferindo dele na 1ª pessoa do singular do presente do indicativo e no pretérito perfeito do indicativo e derivados, sendo regular)
presente do indicativo: vejo, vês, vê, vemos, vedes, vêem; presente do subjuntivo: veja, vejas, veja, vejamos, vejais, vejam; pretérito perfeito do indicativo: vi, viste, viu, vimos, vistes, viram; pretérito mais-que-perfeito do indicativo: vira, viras, vira, víramos, víreis, viram; pretérito imperfeito do subjuntivo: visse, visses, visse, víssemos, vísseis, vissem; futuro do subjuntivo: vir, vires, vir, virmos, virdes, virem.
Seguem esse modelo os derivados antever, entrever, prever, rever. Prover segue o
modelo acima apenas no presente do indicativo e seus tempos derivados; nos demais
tempos, comporta-se como um verbo regular da segunda conjugação.
Vir
presente do indicativo: venho, vens, vem, vimos, vindes, vêm; presente do subjuntivo: venha, venhas, venha, venhamos, venhais, venham; pretérito imperfeito do indicativo: vinha, vinhas, vinha, vínhamos, vínheis, vinham; pretérito perfeito do indicativo: vim, vieste, veio, viemos, viestes, vieram; pretérito mais-que-perfeito do indicativo: viera, vieras, viera, viéramos, viéreis,
vieram; pretérito imperfeito do subjuntivo: viesse, viesses, viesse, viéssemos, viésseis,
viessem; futuro do subjuntivo: vier, vieres, vier, viermos, vierdes, vierem;
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particípio e gerúndio: vindo.
Seguem esse modelo os verbos advir, convir, desavir-se, intervir, provir, sobrevir.
O emprego do infinitivo não obedece a regras bem definidas.
O impessoal é usado em sentido genérico ou indefinido, não relacionado a nenhuma
pessoa, o pessoal refere-se às pessoas do discurso, dependendo do contexto.
Recomenda-se sempre o uso da forma pessoal se for necessário dar à frase maior clareza
e ênfase.
Usa-se o impessoal:
sem referência a nenhum sujeito: É proibido fumar na sala; nas locuções verbais: Devemos avaliar a sua situação; quando o infinitivo exerce função de complemento de adjetivos: É um problema fácil
de solucionar; quando o infinitivo possui valor de imperativo - Ele respondeu: "Marchar!"
Usa-se o pessoal:
quando o sujeito do infinitivo é diferente do sujeito da oração principal: Eu não te culpo por saíres daqui;
quando, por meio de flexão, se quer realçar ou identificar a pessoa do sujeito: Foi um erro responderes dessa maneira;
quando queremos determinar o sujeito (usa-se a 3ª pessoa do plural): - Escutei baterem à porta.
Verbo - Exercícios
1. A forma correta do verbo submeter-se, na 1a. pessoa do plural do imperativo
afirmativo é:
a) submetamo-nos
b) submeta-se
c) submete-te
d) submetei-vos
2. __________ mesmo que és capaz de vencer; __________ e não __________ .
a) Mostra a ti - decide-te - desanime
b) Mostre a ti - decida-te - desanimes
c) Mostra a ti - decida-te - desanimes
d) Mostra a ti - decide-te - desanimes
3. Depois que o sol se __________, haverão de __________ as atividades.
a) pôr - suspender
b) por - suspenderem
c) puser - suspender
d) puser - suspenderem
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4. Não se deixe dominar pela solidão. __________ a vida que há nas formas da
natureza, __________ atenção à transbordante linguagem das coisas e __________ o
mundo pelo qual transita distraído.
a) Descobre - presta - vê
b) Descubra - presta - vê
c) Descubra - preste - veja
d) Descubra - presta - veja
5. Se __________ a interferência do Ministro nos programas de televisão e se ele
__________, não ocorreriam certos abusos.
a) requerêssemos - interviesse
b) requiséssemos - interviesse
c) requerêssemos - intervisse
d) requizéssemos - interviesse
6. Se __________ o livro, não __________ com ele; __________ onde combinamos.
a) reouveres - fiques - põe-no
b) reouveres - fiques - põe-lo
c) reaveres - fica - ponha-o
d) reaveres fique - ponha-o
7. Se eles __________ suas razões e __________ suas teses, não os __________ .
a) expuserem - mantiverem - censura
b) expuserem - mantiverem - censures
c) exporem - manterem - censures
d) exporem - manterem - censura
8. Se o __________ por perto, __________; ele __________ o esforço construtivo de
qualquer pessoa.
a) veres - precavenha-se - obstrue
b) vires - precavém-te - obstrui
c) veres - acautela-te - obstrui
d) vires - acautela-te - obstrui
9. Se ele se __________ em sua exposição, __________ bem. Não te __________.
a) deter - ouça-lhe - precipites
b) deter - ouve-lhe - precipita
c) detiver - ouve-o precipita
d) detiver - ouve-o -precipites
10. Os habitantes da ilha acreditam que, quando Jesus __________ e __________ todos
em paz, haverá de abençoá-los.
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a) vier - os ver
b) vir - os ver
c) vier - os vir
d) vier - lhes vir
11. Os pais ainda __________ certos princípios, mas os filhos já não __________ neles
e __________ de sua orientação.
a) mantém - crêem - divergem
b) mantêem - crêem - divergem
c) mantêm - crêem - divergem
d) mantém - crêem - divirgem
12. Se todas as pessoas __________ boas relações e __________ as amizades, viveriam
mais felizes.
a) mantivessem - refizessem
b) mantivessem - refazessem
c) mantiverem - refizerem
d) mantessem - refizessem
13. __________ graves problemas que o __________, durante vários anos, no porto, e
impediram que __________ , em tempo devido, sua promoção.
a) sobreviram - deteram - requeresse
b) sobreviram - detiveram - requisesse
c) sobrevieram - detiveram - requisesse
d) sobrevieram - detiveram - requeresse
14. Eu não __________ a desobediência, embora ela me _________, portanto, não
__________ comigo.
a) premio - favoreça - contes
b) premio - favorece - conta
c) premio - favoreça - conta
d) premeio - favoreça - contas
15. Se ao menos ele __________ a confusão que aquilo ia dar! Mas não pensou, não se
__________, e __________ na briga que não era sua.
a) prevesse - continha - interveio
b) previsse - conteve - interveio
c) prevesse - continha - interviu
d) previsse - conteve - interviu
16. A locução verbal que constitui voz passiva analítica é:
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a) Vais fazer essa operação?
b) Você teria realizado tal cirurgia?
c) Realizou-se logo a intervenção.
d) A operação foi realizada logo.
17. O seguinte período apresenta uma forma verbal na voz passiva: "as pessoas
comprometidas com a corrupção deveriam ser punidas de forma mais rigorosa". Qual a
alternativa que apresenta a forma verbal ativa correspondente?
a) deveria punir
b) puniria
c) puniriam
d) deveriam punir
18. A oração "o alarma tinha sido disparado pelo guarda" está na voz passiva. Assinale
a alternativa que apresenta a forma verbal ativa correspondente.
a) disparara
b) fora disparado
c) tinham disparado
d) tinha disparado
19. A oração "o engenheiro podia controlar todos os empregados da estação ferroviária"
está na voz ativa. Assinale a forma verbal passiva correspondente.
a) podiam ser controlados
b) seriam controlados
c) podia ser controlado
d) controlavam-se
20. Assinale a oração que não tem condições de ser transformada em passiva.
a) As novelas substituíram os folhetins do passado
b) O diretor reuniu para esta novela um elenco especial
c) Alguns episódios estão mexendo com as emoções do público
d) O autor extrai alguns detalhes do personagem de pessoas conhecidas
* Instruções para as questões subsequentes: Passe a frase dada, se for ativa, para a
voz passiva, e vice-versa. Assinale a alternativa que, feita a transformação,
substitui corretamente a forma verbal grifada, sem que haja mudança de tempo e
modo verbais.
21. Não se faz mais nada como antigamente.
a) é feito
b) têm feito
c) foi feito
d) fazem
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22. Saí de lá com a certeza de que os livros me seriam enviados por ele, sem falta, na
data marcada.
a) iria enviar
b) foram enviados
c) enviará
d) enviaria
23. Em meio àquele tumulto, ele ia terminando o complicado trabalho.
a) foi terminando
b) foi sendo terminado
c) foi terminado
d) ia sendo terminado
24. Seria bom que o projeto fosse submetido à apreciação da equipe, para que se
retificassem possíveis falhas.
a) submeteram - retifiquem
b) submeter - retificar
c) submetessem - retificassem
d) se submetesse - retifiquem
25. Se fôssemos ouvidos, muitos aborrecimentos seriam evitados.
a) ouvíssemos - estaríamos
b) formos ouvidos - serão evitados
c) nos ouvissem - se evitariam
d) nos ouvissem – evitariam
Gabarito
1 A / 2 D / 3 C / 4 C / 5 A / 6 A / 7 B / 8 D / 9 D / 10 C / 11 C / 12 A / 13 D / 14 A / 15
B / 16 D / 17 D / 18 D / 19 A / 20 C / 21 D / 22 D / 23 D / 24 C / 25 D
2.5 Artigo Precede o substantivo para determiná-lo, mantendo com ele relação de concordância.
Assim, qualquer expressão ou frase fica substantivada se for determinada por artigo (O
'conhece-te a ti mesmo' é conselho sábio). Em certos casos, serve para assinalar gênero
e número (o/a colega, o/os ônibus).
Os artigos podem ser classificado em:
definido - o, a, os, as - um ser claramente determinado entre outros da mesma espécie;
indefinido - um, uma, uns, umas - um ser qualquer entre outros de mesma espécie;
Podem aparecer combinados com preposições (numa, do, à, entre outros).
Quanto ao emprego do artigo:
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não é obrigatório seu uso diante da maioria dos substantivos, podendo ser substituído por outra palavra determinante ou nem usado (o rapaz ≠ este rapaz / Lera numa revista que mulher fica mais gripada que homem). Nesse sentido, convém omitir o uso do artigo em provérbios e máximas para manter o sentido generalizante (Tempo é dinheiro / Dedico esse poema a homem ou a mulher?);
não se deve usar artigo depois de cujo e suas flexões; outro, em sentido determinado, é precedido de artigo; caso contrário, dispensa-o
(Fiquem dois aqui; os outros podem ir ≠ Uns estavam atentos; outros conversavam); não se usa artigo diante de expressões de tratamento iniciadas por possessivos, além
das formas abreviadas frei, dom, são, expressões de origem estrangeira (Lord, Sir, Madame) e sóror ou sóror;
é obrigatório o uso do artigo definido entre o numeral ambos (ambos os dois) e o substantivo a que se refere (ambos os cônjuges);
diante do possessivo (função de adjetivo) o uso é facultativo; mas se o pronome for substantivo, torna-se obrigatório (os [seus] planos foram descobertos, mas os meus ainda estão em segredo);
omite-se o artigo definido antes de nomes de parentesco precedidos de possessivo (A moça deixou a casa a sua tia);
antes de nomes próprios personativos, não se deve utilizar artigo. O seu uso denota familiaridade, por isso é geralmente usado antes de apelidos. Os antropônimos são determinados pelo artigo se usados no plural (os Maias, Os Homeros);
geralmente dispensado depois de cheirar a, saber a (= ter gosto a) e similares (cheirar a jasmim / isto sabe a vinho);
não se usa artigo diante das palavras casa (= lar, moradia), terra (= chão firme) e palácio a menos que essas palavras sejam especificadas (venho de casa / venho da casa paterna);
na expressão uma hora, significando a primeira hora, o emprego é facultativo (era perto de / da uma hora). Se for indicar hora exata, à uma hora (como qualquer expressão adverbial feminina);
diante de alguns nomes de cidade não se usa artigo, a não ser que venham modificados por adjetivo, locução adjetiva ou oração adjetiva (Aracaju, Sergipe, Curitiba, Roma, Atenas);
usa-se artigo definido antes dos nomes de estados brasileiros. Como não se usa artigo nas denominações geográficas formadas por nomes ou adjetivos, excetuam-se AL, GO, MT, MG, PE, SC, SP e SE;
expressões com palavras repetidas repelem artigo (gota a gota / face a face); não se combina com preposição o artigo que faz parte de nomes de jornais, revistas e
obras literárias, bem como se o artigo introduzir sujeito (li em Os Lusíadas / Está na hora de a onça beber água);
depois de todo, emprega-se o artigo para conferir idéia de totalidade (Toda a sociedade poderá participar / toda a cidade ≠ toda cidade). "Todos" exige artigo a não ser que seja substituído por outro determinante (todos os familiares / todos estes familiares);
repete-se artigo: a) nas oposições entre pessoas e coisas (o rico e o pobre) / b) na qualificação antonímica do mesmo substantivo (o bom e o mau ladrão) / c) na distinção de gênero e número (o patrão e os operários / o genro e a nora);
não se repete artigo: a) quando há sinonímia indicada pela explicativa ou (a botânica ou fitologia) / b) quando adjetivos qualificam o mesmo substantivo (a clara, persuasiva e discreta exposição dos fatos nos abalou).
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2.6 Numeral:
Numeral é a palavra que indica quantidade, número de ordem, múltiplo ou fração.
Classifica-se como cardinal (1, 2, 3), ordinal (primeiro, segundo, terceiro),
multiplicativo (dobro, duplo, triplo), fracionário (meio, metade, terço). Além desses,
ainda há os numerais coletivos (dúzia, par).
Quanto ao valor, os numerais podem apresentar valor adjetivo ou substantivo. Se
estiverem acompanhando e modificando um substantivo, terão valor adjetivo. Já se
estiverem substituindo um substantivo e designando seres, terão valor substantivo. [Ele
foi o primeiro jogador a chegar. (valor adjetivo) / Ele será o primeiro desta vez. (valor
substantivo)].
Quanto ao emprego:
os ordinais como último, penúltimo, antepenúltimo, respectivos... não possuem cardinais correspondentes.
os fracionários têm como forma própria meio, metade e terço, todas as outras representações de divisão correspondem aos ordinais ou aos cardinais seguidos da palavra avos (quarto, décimo, milésimo, quinze avos);
designando séculos, reis, papas e capítulos, utiliza-se na leitura ordinal até décimo; a partir daí usam-se os cardinais. (Luís XIV - quatorze, Papa Paulo II - segundo);
Se o numeral vier antes do substantivo, será obrigatório o ordinal (XX Bienal -
vigésima, IV Semana de Cultura - quarta);
zero e ambos(as) também são numerais cardinais. 14 apresenta duas formas por extenso catorze e quatorze;
a forma milhar é masculina, portanto não existe "algumas milhares de pessoas" e sim alguns milhares de pessoas;
alguns numerais coletivos: grosa (doze dúzias), lustro (período de cinco anos), sesquicentenário (150 anos);
um: numeral ou artigo? Nestes casos, a distinção é feita pelo contexto.
Numeral indicando quantidade e artigo quando se opõe ao substantivo indicando-o de
forma indefinida.
Quanto à flexão, varia em gênero e número:
variam em gênero:
Cardinais: um, dois e os duzentos a novecentos; todos os ordinais; os multiplicativos e
fracionários, quando expressam uma idéia adjetiva em relação ao substantivo.
variam em número:
Cardinais terminados em -ão; todos os ordinais; os multiplicativos, quando têm função
adjetiva; os fracionários, dependendo do cardinal que os antecede.
Os cardinais, quando substantivos, vão para o plural se terminarem por som vocálico
(Tirei dois dez e três quatros).
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2.7 Advérbio: É a palavra que modifica o sentido do verbo (maioria), do adjetivo e do próprio
advérbio (intensidade para essas duas classes). Denota em si mesma uma circunstância
que determina sua classificação:
lugar: longe, junto, acima, ali, lá, atrás, alhures; tempo: breve, cedo, já, agora, outrora, imediatamente, ainda; modo: bem, mal, melhor, pior, devagar, a maioria dos adv. com sufixo -mente; negação: não, qual nada, tampouco, absolutamente; dúvida: quiçá, talvez, provavelmente, porventura, possivelmente; intensidade: muito, pouco, bastante, mais, meio, quão, demais, tão; afirmação: sim, certamente, deveras, com efeito, realmente, efetivamente.
As palavras onde (de lugar), como (de modo), porque (de causa), quanto (classificação
variável) e quando (de tempo), usadas em frases interrogativas diretas ou indiretas, são
classificadas como advérbios interrogativos (queria saber onde todos dormirão / quando
se realizou o concurso).
Onde, quando, como, se empregados com antecedente em orações adjetivas são
advérbios relativos (estava naquela rua onde passavam os ônibus / ele chegou na hora
quando ela ia falar / não sei o modo como ele foi tratado aqui).
As locuções adverbiais são geralmente constituídas de preposição + substantivo - à
direita, à frente, à vontade, de cor, em vão, por acaso, frente a frente, de maneira
alguma, de manhã, de repente, de vez em quando, em breve, em mão (em vez de "em
mãos") etc. São classificadas, também, em função da circunstância que expressam.
Quanto ao grau, apesar de pertencer à categoria das palavras invariáveis, o advérbio
pode apresentar variações de grau comparativo ou superlativo.
Bem e mal admitem grau comparativo de superioridade sintético: melhor e pior. As
formas mais bem e mais mal são usadas diante de particípios adjetivados. (Ele está mais
bem informado do que eu). Melhor e pior podem corresponder a mais bem / mal (adv.)
ou a mais bom / mau (adjetivo).
Quanto ao emprego:
três advérbios pronominais indefinidos de lugar vão caindo em desuso: algures, alhures e nenhures, substituídos por em algum, em outro e em nenhum lugar;
na linguagem coloquial, o advérbio recebe sufixo diminutivo. Nesses casos, o advérbio assume valor superlativo absoluto sintético (cedinho / pertinho). A repetição de um mesmo advérbio também assume valor superlativo (saiu cedo, cedo);
quando os advérbios terminados em -mente estiverem coordenados, é comum o uso do sufixo só no último (Falou rápida e pausadamente);
muito e bastante podem aparecer como advérbio (invariável) ou pronome indefinido (variável - determina substantivo);
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otimamente e pessimamente são superlativos absolutos sintéticos de bem e mal, respectivamente;
adjetivos adverbializados mantêm-se invariáveis (terminaram rápido o trabalho / ele falou claro).
As palavras denotativas são séries de palavras que se assemelham ao advérbio. A
Norma Gramatical Brasileira considera-as apenas como palavras denotativas, não
pertencendo a nenhuma das 10 classes gramaticais. Classificam-se em função da idéia
que expressam:
adição: ainda, além disso etc. (Comeu tudo e ainda queria mais); afastamento: embora (Foi embora daqui); afetividade: ainda bem, felizmente, infelizmente (Ainda bem que passei de ano); aproximação: quase, lá por, bem, uns, cerca de, por volta de etc. (É quase 1h a pé); designação: eis (Eis nosso carro novo); exclusão: apesar, somente, só, salvo, unicamente, exclusive, exceto, senão, sequer,
apenas etc. (Todos saíram, menos ela / Não me descontou sequer um real); explicação: isto é, por exemplo, a saber etc. (Li vários livros, a saber, os clássicos); inclusão: até, ainda, além disso, também, inclusive etc. (Eu também vou / Falta tudo,
até água); limitação: só, somente, unicamente, apenas etc. (Apenas um me respondeu / Só ele
veio à festa); realce: é que, cá, lá, não, mas, é porque etc. (E você lá sabe essa questão?); retificação: aliás, isto é, ou melhor, ou antes etc. (Somos três, ou melhor, quatro); situação: então, mas, se, agora, afinal etc. (Afinal, quem perguntaria a ele?).
2.8 Preposição:
É a palavra invariável que liga dois termos entre si, estabelecendo relação de
subordinação entre o termo regente e o regido. São antepostos aos dependentes (objeto
indireto, complemento nominal, adjuntos e orações subordinadas). Divide-se em:
essenciais (maioria das vezes são preposições): a, ante, após, até, com, contra, de, desde, em, entre, para, per, perante, por, sem, sob, sobre, trás;
acidentais (palavras de outras classes que podem exercer função de preposição): afora, conforme (= de acordo com), consoante, durante, exceto, salvo, segundo, senão, mediante, visto (= devido a, por causa de) etc. (Vestimo-nos conforme a moda e o tempo / Os heróis tiveram como prêmio aquela taça / Mediante meios escusos, ele conseguiu a vaga / Vovó dormiu durante a viagem).
As preposições essenciais regem pronomes oblíquos tônicos; enquanto preposições
acidentais regem as formas retas dos pronomes pessoais. (Falei sobre ti/Todos, exceto
eu, vieram).
As locuções prepositivas, em geral, são formadas de advérbio (ou locução adverbial) +
preposição - abaixo de, acerca de, a fim de, além de, defronte a, ao lado de, apesar de,
através de, de acordo com, em vez de, junto de, perto de, até a, a par de, devido a.
Observa-se que a última palavra da locução prepositiva é sempre uma preposição,
enquanto a última palavra de uma locução adverbial nunca é preposição.
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Quanto ao emprego, as preposições podem ser usadas em:
combinação: preposição + outra palavra sem perda fonética (ao/aos); contração: preposição + outra palavra com perda fonética (na/àquela); não se deve contrair de se o termo seguinte for sujeito (Está na hora de ele falar); a preposição após, pode funcionar como advérbio (= atrás) (Terminada a festa, saíram
logo após.); trás, atualmente, só se usa em locuções adverbiais e prepositivas (por trás, para trás
por trás de).
Quanto à diferença entre pronome pessoal oblíquo, preposição e artigo, deve-se
observar que a preposição liga dois termos, sendo invariável, enquanto o pronome
oblíquo substitui um substantivo. Já o artigo antecede o substantivo, determinando-o.
As preposições podem estabelecer as seguintes relações: isoladamente, as preposições
são palavras vazias de sentido, se bem que algumas contenham uma vaga noção de
tempo e lugar. Nas frases, exprimem diversas relações:
autoria - música de Caetano lugar - cair sobre o telhado, estar sob a mesa tempo - nascer a 15 de outubro, viajar em uma hora, viajei durante as férias modo ou conformidade - chegar aos gritos, votar em branco causa - tremer de frio, preso por vadiagem assunto - falar sobre política fim ou finalidade - vir em socorro, vir para ficar instrumento - escrever a lápis, ferir-se com a faca companhia - sair com amigos / meio - voltar a cavalo, viajar de ônibus matéria - anel de prata, pão com farinha posse - carro de João oposição - Flamengo contra Fluminense conteúdo - copo de (com) vinho preço - vender a (por) R$ 300, 00 origem - descender de família humilde especialidade - formou-se em Medicina destino ou direção - ir a Roma, olhe para frente.
2.9 Interjeição:
São palavras que expressam estados emocionais do falante, variando de acordo com o
São locuções interjetivas: puxa vida!, não diga!, que horror!, graças a Deus!, ora bolas!,
cruz credo!
2.10 Conjunção:
É a palavra que liga orações basicamente, estabelecendo entre elas alguma relação
(subordinação ou coordenação). As conjunções classificam-se em:
Coordenativas, aquelas que ligam duas orações independentes (coordenadas), ou dois
termos que exercem a mesma função sintática dentro da oração. Apresentam cinco
tipos:
aditivas (adição): e, nem, mas também, como também, bem como, mas ainda; adversativas (adversidade, oposição): mas, porém, todavia, contudo, antes (= pelo
contrário), não obstante, apesar disso; alternativas (alternância, exclusão, escolha): ou, ou ... ou, ora ... ora, quer ... quer; conclusivas (conclusão): logo, portanto, pois (depois do verbo), por conseguinte, por
isso; explicativas (justificação): - pois (antes do verbo), porque, que, porquanto.
Subordinativas - ligam duas orações dependentes, subordinando uma à outra.
Apresentam dez tipos:
causais: porque, visto que, já que, uma vez que, como, desde que;
Palavra que liga orações basicamente, estabelecendo entre elas alguma relação
(subordinação ou coordenação). As conjunções classificam-se em:
comparativas: como, (tal) qual, assim como, (tanto) quanto, (mais ou menos +) que; condicionais: se, caso, contanto que, desde que, salvo se, sem que (= se não), a menos
que; consecutivas (conseqüência, resultado, efeito): que (precedido de tal, tanto, tão etc. -
indicadores de intensidade), de modo que, de maneira que, de sorte que, de maneira que, sem que;
conformativas (conformidade, adequação): conforme, segundo, consoante, como; concessiva: embora, conquanto, posto que, por muito que, se bem que, ainda que,
mesmo que; temporais: quando, enquanto, logo que, desde que, assim que, mal (= logo que), até
que; finais - a fim de que, para que, que; proporcionais: à medida que, à proporção que, ao passo que, quanto mais (+ tanto
menos); integrantes - que, se.
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As conjunções integrantes introduzem as orações subordinadas substantivas, enquanto
as demais iniciam orações subordinadas adverbiais. Muitas vezes a função de interligar
orações é desempenhada por locuções conjuntivas, advérbios ou pronomes.
Classes de Palavras - Exercícios
1. A alternativa que apresenta classes de palavras cujos sentidos podem ser modificados
pelo advérbio são:
a) adjetivo - advérbio - verbo.
b) verbo - interjeição - conjunção.
c) conjunção - numeral - adjetivo.
d) adjetivo - verbo - interjeição.
e) interjeição - advérbio - verbo.
2. Das palavras abaixo, faz plural como "assombrações"
a) perdão.
b) bênção.
c) alemão.
d) cristão.
e) capitão.
3. Na oração "Ninguém está perdido se der amor...", a palavra grifada pode ser
classificada como:
a) advérbio de modo.
b) conjunção adversativa.
c) advérbio de condição.
d) conjunção condicional.
e) preposição essencial.
4. Marque a frase em que o termo destacado expressa circunstância de causa:
a) Quase morri de vergonha.
b) Agi com calma.
c) Os mudos falam com as mãos.
d) Apesar do fracasso, ele insistiu.
e) Aquela rua é demasiado estreita.
5. "Enquanto punha o motor em movimento." O verbo destacado encontra-se no:
a) Presente do subjuntivo.
b) Pretérito mais-que-perfeito do subjuntivo.
c) Presente do indicativo.
d) Pretérito mais-que-perfeito do indicativo.
e) Pretérito imperfeito do indicativo.
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6. Aponte a opção em que muito é pronome indefinido:
a) O soldado amarelo falava muito bem.
b) Havia muito bichinho ruim.
c) Fabiano era muito desconfiado.
d) Fabiano vacilava muito para tomar decisão.
e) Muito eficiente era o soldado amarelo.
7 . A flexão do número incorreta é:
a) tabelião - tabeliães.
b) melão - melões
c) ermitão - ermitões.
d) chão - chãos.
e) catalão - catalões.
8. Dos verbos abaixo apenas um é regular, identifique-o:
a) pôr.
b) adequar.
c) copiar.
d) reaver.
e) brigar.
9. A alternativa que não apresenta erro de flexão verbal no presente do indicativo é:
a) reavejo (reaver).
b) precavo (precaver).
c) coloro (colorir).
d) frijo (frigir).
e) fedo (feder).
10. A classe de palavras que é empregada para exprimir estados emotivos:
a) adjetivo.
b) interjeição.
c) preposição.
d) conjunção.
e) advérbio.
11. Todas as formas abaixo expressam um tamanho menor que o normal, exceto:
a) saquitel.
b) grânulo.
c) radícula.
d) marmita.
e) óvulo.
12. Em "Tem bocas que murmuram preces...", a seqüência morfológica é:
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a) verbo-substantivo-pronome relativo-verbo-substantivo.
b) verbo-substantivo-conjunção integrante-verbo-substantivo.
c) verbo-substantivo-conjunção coordenativa-verbo-adjetivo.
Mais (pronome adjetivo indefinido antes de substantivo - exemplo: Vendi mais livros /
pronome substantivo indefinido quando quer dizer mais coisa - exemplo: É pouco,
quero mais. / palavra de adição que pode ser mudada para e - exemplo: João mais Maria
brincam juntos. / advérbio de intensidade quando modifica adjetivo, verbo ou outro
advérbio - exemplo: Ele estava mais alto. Parecia mais recordar do que aprender. /
advérbio de tempo - exemplo: Saudades que os anos não trazem mais. / substantivo
comum quando vem com artigo determinando-o - exemplo: Os mais não vieram.
Meio (advérbio de intensidade equivalente a um pouco - exemplo: Ela está meio triste
hoje. / numeral fracionário significando metade de uma divisão - exemplo: Comprei
meio cento de laranjas. / substantivo comum - exemplo: Estamos buscando outro meio
de resolver o problema.
Melhor (advérbio de modo no grau comparativo de superioridade querendo dizer mais
bem - exemplo: Este rapaz canta melhor. / adjetivo no grau comparativo de
superioridade querendo dizer mais bom - exemplo: O vinho é melhor que a uva. /
substantivo comum - exemplo: O melhor do negócio é o segredo.
Menos (pronome adjetivo indefinido acompanhando um substantivo - exemplo: Tenho
menos revistas. / pronome substantivo indefinido quando quer dizer menos coisa -
exemplo: Tenho menos do que ele. / advérbio de intensidade junto a um verbo ou a um
adjetivo, modificando-o - exemplo: Passeia menos e sê menos gastador. / preposição
acidental quando quer dizer exceto - exemplo: Todos brincam menos ela.
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Mesmo (pronome adjetivo demonstrativo quando designa identidade, equivale a em
pessoa, próprio - exemplo: Estivemos na mesma casa. Era Cristo a mesma inocência. /
substantivo comum precedido de artigo definido, quer dizer a mesma coisa - exemplo:
Façam o mesmo que eu fiz. / palavra de inclusão quando vale até - exemplo: Mesmo o
pai caiu neste erro. / advérbio de afirmação equivalendo a realmente - exemplo: Canta
mesmo como um passarinho. / palavra de concessão correspondente a ainda que -
exemplo: Mesmo doente sairei.
Muito (pronome adjetivo indefinido que acompanha um substantivo concordando com
ele - exemplo: Muito trabalho me cansa. / pronome substantivo indefinido quando quer
dizer muita coisa - exemplo: Muito se faz nesta casa. / advérbio de intensidade quando
modifica verbo, adjetivo ou advérbio - exemplo: Ele é muito inteligente.
Na (contração da preposição em com o artigo a - exemplo: na rua da amargura. /
contração da preposição em com o pronome demonstrativo a - exemplo: Estou em
minha casa e você na que ele vendeu. / pronome pessoal oblíquo a depois de verbo
terminado em vogal ou ditongo nasal - exemplo: Viram-na todos.
O (artigo definido quando vem antes de substantivo, determinando-o - exemplo: O
homem e o cantar. / pronome demonstrativo antes do pronome relativo que, da
preposição de ou junto a um verbo, sendo substituível por aquele/aquilo/isso - exemplo:
Ela era bonita e sabia que o era. O que eu disse. / pronome pessoal oblíquo quando vem
junto a um verbo e corresponde a ele - exemplo: O patrão estima-o. / substantivo
comum quando representa a letra do alfabeto - exemplo: Este o está torto.
Pior (advérbio de modo no grau comparativo de superioridade querendo dizer mais mal
- exemplo: Este autor escreve pior do que eu. / adjetivo no grau comparativo de
superioridade querendo dizer mais mau - exemplo: Antônio é pior que Paulo.
Pois (conjunção subordinativa causal relacionada a uma oração principal - exemplo:
Não vi nada, pois estava dormindo. / conjunção coordenativa explicativa, quando
pensamento em seqüência justificativa, anteposta ao verbo da oração que participa -
exemplo: Cedo se arrependerá, pois é o que acontece aos desavisados. / conjunção
coordenativa conclusiva posposta ao verbo e equivalente a portanto - exemplo: mande
os livros, pois, pelo portador. / palavra de situação quando traduz um sentimento -
exemplo: Pois vá saindo daqui logo! / palavra de realce seguida de sim ou não -
exemplo: Pois sim que você vai sair.
Porque (conjunção subordinativa causal relacionando causa da oração principal -
exemplo: Não veio porque não quis. / conjunção coordenativa explicativa, quando a
segunda frase explica a razão de ser da primeira - exemplo: Isso não é razão, porque ,
afinal de contas, os negócios têm ido bem. / conjunção subordinativa final equivalente a
para que - exemplo: Não veio porque lhe acontecesse alguma desgraça. / advérbio
interrogativo de causa em perguntas diretas e indiretas - exemplo: Por que vieste tarde?,
Perguntei-te por que não falaste nada. No fim de frase ou de período interrogativo,
escreve-se por quê. Preposição por e pronome relativo que, quando substitui-se o
pronome relativo por o qual (a/s) - exemplo: Não conheço o caminho por que devo
passar (= caminho pelo qual...) / substantivo comum - exemplo: Ele deve me dizer o
porquê de tanta confusão.
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Pouco (pronome adjetivo indefinido quando acompanha um substantivo - exemplo: Ele
teve pouco trabalho hoje. / pronome substantivo indefinido quando significa pouca
coisa - exemplo: Pouco não quero. / advérbio de intensidade - exemplo: Ele sempre fala
pouco. Ele é pouco inteligente.
Próprio (adjetivo significando peculiar, privativo, adequado, digno - exemplo: Essa
atitude não é própria de alguém de sua importância. / pronome adjetivo possessivo -
exemplo: Moro em casa própria. / pronome adjetivo demonstrativo equivalente a
mesmo (a/s) - exemplo: Ele cortou a si próprio com a faca. / substantivo comum -
exemplo: O senhor é o próprio?
Se (pronome pessoal oblíquo reflexivo referente ao sujeito do verbo, equivalente a si
mesmo, a si próprio - exemplo: O menino feriu-se. / Também pode ter valor de
reciprocidade, se puder ser substituído por a sim mesmos (as) a si próprios (as) - Eles
cortaram-se. / pronome apassivador quando a ação recai sobre o sujeito paciente na voz
passiva sintética - exemplo: Rasgou-se a carta (= A carta foi rasgada). / conjunção
subordinativa integrante responsável por introduzir orações substantivas que completam
sintaticamente a oração principal - exemplo: Não sei se choverá. / conjunção
subordinativa condicional equivalente a caso - exemplo: Se saíres agora, verás onde ele
está. / palavra de realce que pode ser retirada da frase sem prejuízo - exemplo: Foram-se
embora os convidados.);
Segundo (numeral ordinal, exemplo: Fevereiro é o segundo mês do ano. / substantivo
comum, indica fração de hora (tempo), exemplo: Gastou um segundo para resolver a
questão. / conjunção subordinativa conformativa, equivale a conforme, exemplo:
Segundo fui informado, ele não virá);
Todo (pronome adjetivo indefinido, quando se pode mudar para cada, qualquer,
exemplo: Todo homem deve trabalhar. / adjetivo, equivalente a inteiro, exemplo: O
campo todo queimou-se. / substantivo comum, exemplo: O todo é maior do que
qualquer parte. / advérbio de modo, quando quer dizer completamente, exemplo: Ele
estava todo zangado.).
SINTAXE
1. Frase, período e oração:
Frase é todo enunciado suficiente por si mesmo para estabelecer comunicação. Expressa
juízo, indica ação, estado ou fenômeno, transmite um apelo, ordem ou exterioriza
emoções.
Normalmente a frase é composta por dois termos - o sujeito e o predicado - mas não
obrigatoriamente, pois, em Português há orações ou frases sem sujeito: Há muito tempo
que não chove.
Enquanto na língua falada a frase é caracterizada pela entoação, na língua escrita, a
entoação é reduzida a sinais de pontuação.
Quanto aos tipos de frases, além da classificação em verbais e nominais, feita a partir de
seus elementos constituintes, elas podem ser classificadas a partir de seu sentido global:
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frases interrogativas: o emissor da mensagem formula uma pergunta. / Que queres fazer?
frases imperativas: o emissor da mensagem dá uma ordem ou faz um pedido. / Dê-me uma mãozinha! - Faça-o sair!
frases exclamativas: o emissor exterioriza um estado afetivo. / Que dia difícil! frases declarativas: o emissor constata um fato. / Ele já chegou.
Quanto a estrutura da frase, as frases que possuem verbo são estruturadas por dois
elementos essenciais: sujeito e predicado.
O sujeito é o termo da frase que concorda com o verbo em número e pessoa. É o "ser de
quem se declara algo", "o tema do que se vai comunicar".
O predicado é a parte da frase que contém "a informação nova para o ouvinte". Ele se
refere ao tema, constituindo a declaração do que se atribui ao sujeito.
Quando o núcleo da declaração está no verbo, temos o predicado verbal. Mas, se o
núcleo estiver num nome, teremos um predicado nominal.
Os homens sensíveis pedem amor sincero às mulheres de opinião.
A existência é frágil.
A oração, às vezes, é sinônimo de frase ou período (simples) quando encerra um
pensamento completo e vem limitada por ponto-final, ponto-de-interrogação, ponto-de-
exclamação e por reticências.
Um vulto cresce na escuridão. Clarissa se encolhe. É Vasco.
Acima temos três orações correspondentes a três períodos simples ou a três frases.
Mas, nem sempre oração é frase: "convém que te apresses" apresenta duas orações mas
uma só frase, pois somente o conjunto das duas é que traduz um pensamento completo.
Outra definição para oração é a frase ou membro de frase que se organiza ao redor de
um verbo. A oração possui sempre um verbo (ou locução verbal), que implica, na
existência de um predicado, ao qual pode ou não estar ligado um sujeito.
Assim, a oração é caracterizada pela presença de um verbo. Dessa forma:
Rua!
Que é uma frase, não é uma oração.
Já em:
"Quero a rosa mais linda que houver, para enfeitar a noite do meu bem."
Temos uma frase e três orações: As duas últimas orações não são frases, pois em si
mesmas não satisfazem um propósito comunicativo; são, portanto, membros de frase.
Quanto ao período, ele denomina a frase constituída por uma ou mais orações,
formando um todo, com sentido completo. O período pode ser simples ou composto.
Período simples é aquele constituído por apenas uma oração, que recebe o nome de
oração absoluta.
Chove.
A existência é frágil.
Os homens sensíveis pedem amor sincero às mulheres de opinião.
Quero uma linda rosa.
Período composto é aquele constituído por duas ou mais orações:
"Quando você foi embora, fez-se noite em meu viver."
Cantei, dancei e depois dormi.
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1.1 Termos essenciais da oração: O sujeito e o predicado são considerados termos essenciais da oração, ou seja, sujeito e
predicado são termos indispensáveis para a formação das orações. No entanto, existem
orações formadas exclusivamente pelo predicado. O que define, pois, a oração, é a
presença do verbo.
O sujeito é o termo que estabelece concordância com o verbo.
a) "Minha primeira lágrima caiu dentro dos teus olhos.";
b) "Minhas primeiras lágrimas caíram dentro dos teus olhos".
Na primeira frase, o sujeito é minha primeira lágrima. Minha e primeira referem-se ao
conceito básico expresso em lágrima. Lágrima é, pois, a principal palavra do sujeito,
sendo, por isso, denominada núcleo do sujeito. O núcleo do sujeito se relaciona com o
verbo, estabelecendo a concordância.
A função do sujeito é basicamente desempenhada por substantivos, o que a torna uma
função substantiva da oração. Pronomes substantivos, numerais e quaisquer outras
palavras substantivadas (derivação imprópria) também podem exercer a função de
sujeito.
a) Ele já partiu;
b) Os dois sumiram;
c) Um sim é suave e sugestivo.
Os sujeitos são classificados a partir de dois elementos: o de determinação ou
indeterminação e o de núcleo do sujeito.
Um sujeito é determinado quando é facilmente identificável pela concordância verbal. O
sujeito determinado pode ser simples ou composto.
A indeterminação do sujeito ocorre quando não é possível identificar claramente a que
se refere a concordância verbal. Isso ocorre quando não se pode ou não interessa indicar
precisamente o sujeito de uma oração.
a) Estão gritando seu nome lá fora;
b) Trabalha-se demais neste lugar.
O sujeito simples é o sujeito determinado que possui um único núcleo. Esse vocábulo
pode estar no singular ou no plural; pode também ser um pronome indefinido.
a) Nós nos respeitamos mutuamente;
b) A existência é frágil;
c) Ninguém se move;
d) O amar faz bem.
O sujeito composto é o sujeito determinado que possui mais de um núcleo.
a) Alimentos e roupas andam caríssimos;
b) Ela e eu nos respeitamos mutuamente;
c) O amar e o odiar são tidos como duas faces da mesma moeda.
Além desses dois sujeitos determinados, é comum a referência ao sujeito oculto, isto é,
ao núcleo do sujeito que está implícito e que pode ser reconhecido pela desinência
verbal ou pelo contexto.
Abolimos todas as regras.
O sujeito indeterminado surge quando não se quer ou não se pode identificar claramente
a que o predicado da oração se refere. Existe uma referência imprecisa ao sujeito, caso
contrário teríamos uma oração sem sujeito.
Na língua portuguesa o sujeito pode ser indeterminado de duas maneiras:
a) com verbo na terceira pessoa do plural, desde que o sujeito não tenha sido
identificado anteriormente:
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a.1) Bateram à porta;
a.2) Andam espalhando boatos a respeito da queda do ministro.
b) com o verbo na terceira pessoa do singular, acrescido do pronome se. Esta é uma
construção típica dos verbos que não apresentam complemento direto:
b.1) Precisa-se de mentes criativas;
b.2) Vivia-se bem naqueles tempos;
b.3) Trata-se de casos delicados;
b.4) Sempre se está sujeito a erros.
O pronome se funciona como índice de indeterminação do sujeito.
As orações sem sujeito, formadas apenas pelo predicado, articulam-se a partir de m
verbo impessoal. A mensagem está centrada no processo verbal. Os principais casos de
orações sem sujeito com:
a) os verbos que indicam fenômenos da natureza:
a.1) Amanheceu repentinamente;
a.2) Está chuviscando.
b) os verbos estar, fazer, haver e ser, quando indicam fenômenos meteorológicos ou se
relacionam ao tempo em geral:
b.1) Está tarde.
b.2) Ainda é cedo.
b.3) Já são três horas, preciso ir;
b.4) Faz frio nesta época do ano;
b.5) Há muitos anos aguardamos mudanças significativas;
b.6) Faz anos que esperamos melhores condições de vida;
b.7) Deve fazer meses que ele partiu.
c) o verbo haver, na indicação de existência ou acontecimento:
c.1) Havia bons motivos para nossa apreensão;
c.2) Deve haver muitos interessados no seu trabalho;
c.3) Houve alguns problemas durante o trabalho.
O predicado é o conjunto de enunciados que numa dada oração contém a informação
nova para o ouvinte.
Nas orações sem sujeito, o predicado simplesmente enuncia um fato qualquer:
a) Chove muito nesta época do ano;
b) Houve problemas na reunião.
Nas orações que surge o sujeito, o predicado é aquilo que se declara a respeito desse
sujeito.
Com exceção do vocativo, que é um termo à parte, tudo o que difere do sujeito numa
oração é o seu predicado.
a) Os homens (sujeito) pedem amor às mulheres (predicado);
b) Passou-me (predicado) uma idéia estranha (sujeito) pelo pensamento (predicado).
Para o estudo do predicado, é necessário verificar se seu núcleo está num nome ou num
verbo. Deve-se considerar também se as palavras que formam o predicado referem-se
apenas ao verbo ou também ao sujeito da oração.
Os homens sensíveis (sujeito) pedem amor sincero às mulheres de opinião.
O predicado acima apresenta apenas uma palavra que se refere ao sujeito: pedem. As
demais palavras ligam-se direta ou indiretamente ao verbo.
A existência (sujeito) é frágil (predicado).
O nome frágil, por intermédio do verbo, refere-se ao sujeito da oração. O verbo atua
como elemento de ligação entre o sujeito e a palavra a ele relacionada.
O predicado verbal é aquele que tem como núcleo significativo um verbo:
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a) Chove muito nesta época do ano;
b) Senti seu toque suave;
c) O velho prédio foi demolido.
Os verbos acima são significativos, isto é, não servem apenas para indicar o estado do
sujeito, mas indicam processos.
O predicado nominal é aquele que tem como núcleo significativo um nome; esse nome
atribui uma qualidade ou estado ao sujeito, por isso é chamado de predicativo do
sujeito. O predicativo é um nome que se liga a outro nome da oração por meio de um
verbo.
Nos predicados nominais, o verbo não é significativo, isto é, não indica um processo. O
verbo une o sujeito ao predicativo, indicando circunstâncias referentes ao estado do
sujeito:
"Ele é senhor das suas mãos e das ferramentas."
Na frase acima o verbo ser poderia ser substituído por estar, andar, ficar, parecer,
permanecer ou continuar, atuando como elemento de ligação entre o sujeito e as
palavras a ele relacionadas.
A função de predicativo é exercida normalmente por um adjetivo ou substantivo.
O predicado verbo-nominal é aquele que apresenta dois núcleos significativos: um
verbo e um nome. No predicado verbo-nominal, o predicativo pode referir-se ao sujeito
ou ao complemento verbal.
O verbo do predicado verbo-nominal é sempre significativo, indicando processos. É
também sempre por intermédio do verbo que o predicativo se relaciona com o termo a
que se refere.
a) O dia amanheceu ensolarado;
b) As mulheres julgam os homens inconstantes
No primeiro exemplo, o verbo amanheceu apresenta duas funções: a de verbo
significativo e a de verbo de ligação. Esse predicado poderia ser desdobrado em dois,
um verbal e outro nominal:
a) O dia amanheceu;
b) O dia estava ensolarado.
No segundo exemplo, é o verbo julgar que relaciona o complemento homens como o
predicativo inconstantes.
1.2 Termos integrantes da oração: Os complementos verbais (objeto direto e indireto) e o complemento nominal são
chamados termos integrantes da oração.
Os complementos verbais integram o sentido do verbos transitivos, com eles formando
unidades significativas. Esses verbos podem se relacionar com seus complementos
diretamente, sem a presença de preposição ou indiretamente, por intermédio de
preposição.
O objeto direto é o complemento que se liga diretamente ao verbo.
a) Os homens sensíveis pedem amor às mulheres de opinião;
b) Os homens sinceros pedem-no às mulheres de opinião;
c) Dou-lhes três.
d) Buscamos incessantemente o Belo;
e) Houve muita confusão na partida final.
O objeto direto preposicionado ocorre principalmente:
a) com nomes próprios de pessoas ou nomes comuns referentes a pessoas:
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a.1) Amar a Deus;
a.2) Adorar a Xangô;
a.3) Estimar aos pais.
b) com pronomes indefinidos de pessoa e pronomes de tratamento:
b.1) Não excluo a ninguém;
b.2) Não quero cansar a Vossa Senhoria.
c) para evitar ambigüidade:
Ao povo prejudica a crise. (sem preposição, a situação seria outra)
d) com pronomes oblíquos tônicos (preposição obrigatória):
Nem ele entende a nós, nem nós a ele.
O objeto indireto é o complemento que se liga indiretamente ao verbo, ou seja, através
de uma preposição.
a) Os homens sensíveis pedem amor sincero às mulheres;
b) Os homens pedem-lhes amor sincero;
c) Gosto de música popular brasileira.
O termo que integra o sentido de um nome chama-se complemento nominal. O
complemento nominal liga-se ao nome que completa por intermédio de preposição:
a) Desenvolvemos profundo respeito à arte;
b) A arte é necessária à vida;
c) Tenho-lhe profundo respeito.
Os nomes que se fazem acompanhar de complemento nominal pertencem a dois grupos:
a) substantivos, adjetivos ou advérbios derivados de verbos transitivos,
b) adjetivos transitivos e seus derivados.
1.3 Termos acessórios da oração e vocativo: Os termos acessórios recebem esse nome por serem acidentais, explicativos,
circunstanciais.
São termos acessórios o adjunto adverbial, adjunto adnominal e o aposto.
O adjunto adverbial é o termo da oração que indica uma circunstância do processo
verbal, ou intensifica o sentido de um adjetivo, verbo ou advérbio. É uma função
adverbial, pois cabe ao advérbio e às locuções adverbiais exercer o papel de adjunto
adverbial.
Amanhã voltarei de bicicleta àquela velha praça.
As circunstâncias comumente expressas pelo adjunto adverbial são:
acréscimo: Além de tristeza, sentia profundo cansaço. afirmação: Sim, realmente irei partir. assunto: Falavam sobre futebol. causa: Morrer ou matar de fome, de raiva e de sede... são tantas vezes gestos
naturais. companhia: Sempre contigo bailando sob as estrelas. concessão: Apesar de você, amanhã há de ser outro dia. conformidade: Fez tudo conforme o combinado. dúvida: Talvez nos deixem entrar. fim: Estudou para o exame. freqüência: Sempre aparecia por lá. instrumento: Fez o corte com a faca. intensidade: Corria bastante. limite: Andava atabalhoado do quarto à sala.
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lugar: Vou à cidade. matéria: Compunha-se de substâncias estranhas. meio: Viajarei de trem. modo: Foram recrutados a dedo. negação: Não há ninguém que mereça. preço: As casas estão sendo vendidas a preços exorbitantes. substituição ou troca: Abandonou suas convicções por privilégios econômicos. tempo: Ontem à tarde encontrou o velho amigo.
O adjunto adnominal é o termo acessório que determina, especifica ou explica um
substantivo. É uma função adjetiva, pois são os adjetivos e as locuções adjetivas que
exercem o papel de adjunto adnominal na oração. Também atuam como adjuntos
adnominais os artigos, os numerais e os pronomes adjetivos.
O poeta inovador enviou dois longos trabalhos ao seu amigo de infância.
O adjunto adnominal se liga diretamente ao substantivo a que se refere, sem
participação do verbo.
Já o predicativo do objeto se liga ao objeto por meio de um verbo.
O poeta português deixou uma obra originalíssima.
O poeta deixou-a.
O poeta português deixou uma obra inacabada.
O poeta deixou-a inacabada.
Enquanto o complemento nominal relaciona-se a um substantivo, adjetivo ou advérbio;
o adjunto nominal relaciona-se apenas ao substantivo.
O aposto é um termo acessório que permite ampliar, explicar, desenvolver ou resumir a
idéia contida num termo que exerça qualquer função sintática.
Ontem, segunda-feira, passei o dia mal-humorado.
Segunda-feira é aposto do adjunto adverbial de tempo ontem. Dizemos que o aposto é
sintaticamente equivalente ao termo que se relaciona porque poderia substituí-lo:
Segunda-feira passei o dia mal-humorado.
O aposto pode ser classificado, de acordo com seu valor na oração, em:
a) explicativo: A lingüística, ciência das línguas humanas, permite-nos interpretar
melhor nossa relação com o mundo.
b) enumerativo: A vida humana se compõe de muitas coisas: amor, arte, ação.
c) resumidor ou recapitulativo: Fantasias, suor e sonho, tudo isso forma o carnaval.
d) comparativo: Seus olhos, indagadores holofotes, fixaram-se por muito tempo na
baía anoitecida.
Além desses, há o aposto especificativo, que difere dos demais por não ser marcado por
sinais de pontuação (dois-pontos ou vírgula).
A rua Augusta está muito longe do rio São Francisco.
O vocativo é um termo que serve para chamar, invocar ou interpelar um ouvinte real ou
hipotético.
A função de vocativo é substantiva, cabendo a substantivos, pronomes substantivos,
numerais e palavras substantivadas esse papel na linguagem.
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2. Período composto por coordenação: O período composto por coordenação é formado por orações sintaticamente completas,
ou seja, equivalentes.
Os homens investigam o mundo, descobrem suas riquezas e constroem suas sociedades
competitivas.
O período acima é formada por três orações, no entanto essas orações são independentes
e poderiam constituir orações absolutas, caracterizando o período composto por
coordenação.
Quanto às orações coordenadas, elas estão divididas em assindéticas e sindéticas, sendo
estas aditivas, adversativas, alternativas, conclusivas e explicativas.
As orações coordenadas assindéticas são aquelas ligadas sem o uso da conjunção:
Um pé-de-vento cobria de poeira a folhagem das imburanas, sinhá Vitória catava
piolhos no filho mais velho, Baleia descansava a cabeça na pedra de amolar.
Já as orações coordenadas sindéticas são aquelas ligadas por meio de conjunções:
Dormiu e sonhou.
As orações coordenadas sindéticas aditivas são ligadas por meio de conjunções aditivas.
Ocorrem quando os fatos estão em seqüência simples, sem que acrescente outra idéia.
As aditivas típicas são e e nem.
Discutimos as várias propostas e analisamos possíveis soluções.
Não discutimos as várias propostas, nem (e não) analisamos quaisquer soluções.
As orações sindéticas aditivas podem também ser ligadas pelas locuções não só, mas
(também), tanto ... como.
Não só provocaram graves problemas, mas (também) abandonaram os projetos de
reestruturação social do país.
As coordenadas sindéticas adversativas são introduzidas pelas conjunções adversativas.
A segunda oração exprime contraste, oposição ou compensação em relação à anterior.
As adversativas típicas são mas, porém, contudo, todavia, entanto, entretanto, e as
locuções no entanto, não obstante, nada obstante.
Este mundo é redondo mas está ficando muito chato.
O país é extremamente rico; o povo, porém, vive em profunda penúria.
Já as coordenadas sindéticas alternativas são introduzidas por conjunções alternativas,
indicando pensamentos ou fatos que se alternam ou excluem. A conjunção alternativa
típica é ou. Há também os pares ora... ora, já... já, quer... quer, seja... seja.
Diga agora ou cale-se para sempre.
Ora atua com dedicação e seriedade, ora age de forma desleixada e relapsa.
As coordenadas sindéticas conclusivas são introduzidas por conjunções conclusivas.
Nesse caso, a segunda oração exprime conclusão ou conseqüência lógica da primeira.
As conjunções e locuções típicas são logo, portanto, então, assim, por isso, por
conseguinte, de modo que, em vista disso, pois (apenas quando não anteposta ao
verbo).
Aquela substância é altamente tóxica, logo deve ser manuseada cautelosamente.
A situação econômica é delicada; devemos, pois, agir cuidadosamente.
As coordenadas sintéticas explicativas são introduzidas por conjunções explicativas e
exprimem o motivo, a justificativa de se ter feito a declaração anterior. As conjunções
explicativas são que, porque e pois (anteposta ao verbo).
"Vem, que eu te quero fraco."
Ele se mudou, pois seu apartamento está vazio.
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3. Período composto por subordinação: O período composto por subordinação é aquele composto por uma oração principal
(aquela que tem pelo menos um dos termos representado por uma oração subordinada) e
por orações subordinadas (aquelas que exercem função sintática em outra oração).
As orações subordinadas podem ser substantivas, adjetivas e adverbiais.
Quanto às formas, elas podem ser desenvolvidas (apresentam verbos numa das formas
finitas [tempos do indicativo, subjuntivo, imperativo], apresentam normalmente
conjunção e pronome relativo) e reduzidas (apresentam verbos numa das formas
nominais [infinitivo, gerúndio, particípio] e não apresentam conjunções nem pronomes
relativos, podem apresentar preposição):
Eu sinto que em meu gesto existe o teu gesto.
Eu sinto existir em meu gesto o teu gesto.
As orações subordinadas substantivas exercem funções substantivas no interior da
oração principal de que fazem parte. Elas podem ser desenvolvidas ou reduzidas e são
classificadas de acordo com suas seis funções: sujeito, objeto direto, objeto indireto,
complemento nominal, predicativo do sujeito e aposto.
As subordinadas substantivas subjetivas são aquelas orações que exercem a função de
sujeito do verbo da oração principal:
É preciso que haja alguma coisa de flor em tudo isso.
É preciso haver alguma coisa de flor em tudo isso.
O verbo da oração principal sempre se apresenta na terceira pessoa do singular. E os
verbos e expressões que apresentam essa oração como sujeito podem ser divididos em
três grupos:
verbos de ligação mais predicativo (é bom, é claro, parece certo); verbos na voz passiva sintética ou analítica (sabe-se, conta-se, foi anunciado); verbos do tipo convir, cumprir, importar, ocorrer, acontecer, suceder, parecer,
constar, quando na terceira pessoa do singular.
As subordinadas substantivas objetivas diretas exercem a função de objeto direto do
verbo da oração principal:
Juro que direi a verdade.
Juro dizer a verdade.
Algumas objetivas diretas são introduzidas pela conjunção subordinativa integrante se e
por pronomes interrogativos (onde, por que, como, quando, quando).
Essas orações ocorrem em formas interrogativas diretas:
Desconheço se ele chegou.
Desconheço quando ele chegou.
Os verbos auxiliares causativos (deixar, mandar e fazer) e os auxiliares sensitivos (ver,
sentir, ouvir e perceber) formam orações principais que apresentam objeto direto na
forma de orações subordinadas substantivas reduzidas de infinitivo:
Deixe-me partilhar seus segredos.
As subordinadas substantivas objetivas indiretas exercem o papel de objeto indireto do
verbo da oração principal:
Aspiramos a que a situação nacional melhore.
Lembre-me de ajudá-lo em seus afazeres.
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As subordinadas substantivas completivas nominais exercem papel de complemento
nominal de um termo da oração principal:
Tenho a sensação de que estamos alcançando uma situação mais alentadora.
Já as subordinadas substantivas predicativas exercem o papel de predicativo do sujeito
da oração principal:
Nossa constatação é que vida e morte são duas faces de uma mesma realidade.
As subordinadas substantivas apositivas exercem função de aposto de um termo da
oração principal:
Só desejo uma coisa: que nossa situação melhore.
As orações subordinadas adjetivas exercem a função sintática dos pronome relativo.
Exerce a função sintática de adjunto adnominal de um termo da oração principal, sendo
introduzida por pronome relativo (que, qual/s, como, quanto/a/s, cujo/a/s, onde). Estes
pronomes relativos podem ser precedidos de preposição.
As subordinadas adjetivas dividem-se em restritivas e explicativas.
As restritivas restringem o sentido da oração principal, sendo indispensáveis.
Apresentam sentido particularizante do antecedente.
O professor castigava os alunos que se comportavam mal.
As explicativas tem a função de explicar o sentido da oração principal, sendo
dispensável. Apresentam sentido universalizante do antecedente.
Grande Sertão: Veredas, que foi publicado em 1956, causou muito impacto.
Geralmente, as orações explicativas vêm separadas da oração principal por vírgulas ou
travessões.
Os pronomes relativos que introduzem as orações subordinadas adjetivas desempenham
funções sintáticas. Para esse tipo de análise, deve-se substituir o pronome relativo por
seu antecedente e proceder a análise como se fosse um período simples.
O homem, que é um ser racional, aprende com seus erros - sujeito
Os trabalhos que faço me dão prazer - objeto direto
Os filmes a que nos referimos são italianos - objeto indireto
O homem rico que ele era hoje passa por dificuldades - predicativo do sujeito
O filme a que fizeram referência foi premiado - complemento nominal
O filme cujo artista foi premiado não fez sucesso - adjunto adnominal
O bandido por quem fomos atacados fugiu - agente da passiva
A escola onde estudamos foi demolida - adjunto adverbial
Cujo sempre funciona como adjunto adnominal; onde como adjunto adverbial de lugar e
como será adjunto adverbial de modo.
As oração subordinadas adverbial corresponde sintaticamente a um adjunto adverbial,
sendo introduzida por conjunções subordinativas adverbiais. A ordem direta do período
é oração principal + oração subordinada adverbial, entretanto muitas vezes a oração
adverbial vem antes da oração principal.
As orações subordinadas adverbiais podem ser do tipo:
Causal, fator determinante do acontecimento relatado na oração principal. (Saí apressado, porque estava atrasado)
As principais conjunções são: porque, porquanto, desde que, já que, visto que, uma
vez que, como, que... A oração causal introduzida por como fica obrigatoriamente antes da principal.
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Consecutiva, resultado ou efeito da ação manifesta na oração principal. (Saímos tão distraídos, que esquecemos os ingressos)
As principais conjunções são: que (precedido de tão, tal, tanto, tamanho), de maneira
que, de forma que...
Comparativa, comparação com o que aparece expresso na oração principal, buscando entre elas semelhanças ou diferenças. Pode aparecer com o verbo elíptico. (Naquele lugar chovia, como chove em Belém)
As principais conjunções são: assim como, tal qual, que, do que, como, quanto...
Condicional, circunstância da qual depende a realização do fato expresso na oração principal. (Sairei, se você der autorização)
As principais conjunções são: se (= caso), caso, contanto que, dado que, desde que,
uma vez que, a menos que, sem que, salvo se, exceto se...
Conformativa, idéia de adequação, de não contradição com o fato relatado na oração principal. (Saímos na hora, conforme havíamos combinado)
As principais conjunções são: conforme, como, segundo, consoante...
Concessiva, admissão de uma circunstância ou idéia contrária, a qual não impede a realização do fato manifesto na oração principal. (Saímos cedo, embora o espetáculo fosse mais tarde)
As principais conjunções: embora, ainda que, se bem que, mesmo que, apesar de
que, conquanto, sem que... As conjunções concessivas sempre aparecem com verbo no subjuntivo.
Temporal, circunstância de tempo em que ocorreu o fato relatado na oração principal. (Saímos de casa, assim que amanheceu)
As principais conjunções são: quando, assim que, logo que, tão logo, enquanto, mal,
sempre que...
Final, objetivo ou destinação do fato relatado na oração principal. (Fomos embora, para que não houvesse confusão)
As principais conjunções são: para que, para, a fim de que, com a finalidade de...
Proporcional, relação existente entre dois elementos, de modo que qualquer alteração em um deles implique alteração também no outro. (Os alunos saíram, à medida que terminavam a prova)
As principais conjunções são: à medida que, à proporção que, enquanto, ao passo
que, quanto...
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Uma oração pode ser subordinada a uma principal e, ao mesmo tempo, principal em
relação a outra (ele age / como você / para estar em evidência)
A Norma Gramatical Brasileira não faz referência às orações adverbiais modais e
locativas (introduzida por onde) - Falou sem que ninguém notasse / Estaciona-se sempre
onde é proibido.
As subordinadas reduzidas apresentam duas características básicas:
não é introduzida por conectivos, mas equivale a uma oração desenvolvida; apresenta verbo numa das três formas nominais.
Não é a falta de conectivo que determina a existência de uma oração reduzida, e sim a
forma nominal do verbo.
Classificam-se em reduzida de particípio, gerúndio ou infinitivo, em função da forma
verbal que apresentam.
As reduzidas de infinitivo podem vir ou não precedidas de preposição e, geralmente, são
substantivas ou adverbiais, raramente adjetivas. As orações adverbiais, em geral, vêm
precedidas de preposição. Entretanto, as proporcionais e as comparativas são sempre
desenvolvidas.
Algumas orações reduzidas de infinitivo merecem atenção: vem depois dos verbos
deixar, mandar, fazer, ver, ouvir, olhar, sentir e outros verbos causativos e sensitivos.
Deixei-os fugir (= que eles fugissem) - orações subordinada substantiva objetiva direta.
Este é o único caso em que o pronome oblíquo exerce função sintática de sujeito (caso
de sujeito de infinitivo).
As reduzidas de gerúndio, geralmente adverbial, raramente adjetiva e coordenada
aditiva. A maioria das adverbiais são temporais. Não há consecutiva, comparativa e
final reduzida de gerúndio.
Segundo Rocha Lima, as orações subordinadas adverbiais modais só aparecem sob a
forma reduzida de gerúndio, uma vez que não existem conj. modais. (A disciplina não
se aprende na fantasia, sonhando, ou estudando)
A reduzida de particípio, geralmente adjetiva ou adverbial, também sendo mais comuns
as temporais. Eventualmente, uma oração coordenada pode vir como reduzida de
gerúndio.
As adjetivas reduzidas de particípio são ponto de discussão entre os gramáticos. A
tendência atual é considerar estes particípios simples adjetivos (adjuntos adnominais).
4. Concordância nominal: Na concordância nominal, os determinantes do substantivo (adjetivos, numerais,
pronomes adjetivos e artigos) alteram sua terminação (gênero e número) para se
adequarem a ele, ou a pronome substantivo ou numeral substantivo, a que se referem na
frase.
O problema da concordância nominal ocorre quando o adjetivo se relaciona a mais de
um substantivo, e surgem palavras ou expressões que deixam em dúvida.
Observe estas frases:
Aquele beijo foi dado num inoportuno lugar e hora.
Aquele beijo foi dado num lugar e hora inoportuna.
Aquele beijo foi dado num lugar e hora inoportunos. (aqui fica mais claro que o adjetivo
refere-se aos dois substantivos)
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regra geral - a partir desses exemplos, pode-se formular o princípio de que o adjetivo anteposto concorda com o substantivo mais próximo. Mas, se o adjetivo estiver depois do substantivo, além da possibilidade de concordar com o mais próximo, ele pode concordar com os dois termos, ficando no plural, indo para o masculino se um dos substantivos for masculino.
Um adjetivo anteposto em referência a nomes de pessoas deve estar sempre no plural
(As simpáticas Joana e Marta agradaram a todos).
Quando o adjetivo tiver função de predicativo, concorda com todos os núcleos a que se
relaciona. (São calamitosos a pobreza e o desamparo / Julguei insensatas sua atitude e
suas palavras).
Quando um substantivo determinado por artigo é modificado por dois ou mais adjetivos,
podem ser usadas as seguintes construções:
a) Estudo a cultura brasileira e a portuguesa;
b) Estudo as culturas brasileira e portuguesa;
c) Os dedos indicador e médio estavam feridos;
d) O dedo indicador e o médio estavam feridos.
A construção: Estudo a cultura brasileira e portuguesa, embora provoque incerteza, é
aceita por alguns gramáticos.
No caso de numerais ordinais que se referem a um único substantivo composto, podem
ser usadas as seguintes construções:
a) Falei com os moradores do primeiro e segundo andar./ (...) do primeiro e segundo
andares.
Adjetivos regidos pela preposição de, que se referem a pronomes indefinidos, ficam
normalmente no masculino singular, podendo surgir concordância atrativa.
a) Sua vida não tem nada de sedutor;
b) Os edifícios da cidade nada têm de elegantes.
Anexo, incluso, obrigado, mesmo, próprio - são adjetivos ou pronomes adjetivos,
devendo concordar com o substantivo a que se referem.
a) O livro segue anexo;
b) A fotografia vai inclusa;
c) As duplicatas seguem anexas;
d) Elas mesmas resolveram a questão.
Mesmo = até, inclusive é invariável (mesmo eles ficaram chateados) / expressão "em
anexo" é invariável.
Meio, bastante, menos - meio e bastante, quando se referem a um substantivo, devem
concordar com esse substantivo. Quando funcionarem como advérbios, permanecerão
invariáveis. "Menos" é sempre invariável.
a) Tomou meia garrafa de vinho;
b) Ela estava meio aborrecida;
c) Bastantes alunos foram à reunião;
d) Eles falaram bastante;
e) Eram alunas bastante simpáticas;
f) Havia menos pessoas vindo de casa.
Muito, pouco, longe, caro, barato - podem ser palavras adjetivas ou advérbios,
mantendo concordância se fizerem referência a substantivos.
a) Compraram livros caros;
b) Os livros custaram caro;
c) Poucas pessoas tinham muitos livros;
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d) Leram pouco as moças muito vivas;
e) Andavam por longes terras;
f) Eles moram longe da cidade;
g) Eram mercadorias baratas;
h) Pagaram barato aqueles livros.
É bom, é proibido, é necessário - expressões formadas do verbo ser + adjetivo Não
variam se o sujeito não vier determinado, caso contrário a concordância será obrigatória.
a) Água é bom;
b) A água é boa;
c) Bebida é proibido para menores;
d) As bebidas são proibidas para menores;
e) Chuva é necessário;
f) Aquela chuva foi necessária.
Só = sozinho (adjetivo. - var.) / só = somente, apenas (não flexiona).
a) Só elas não vieram;
b) Vieram só os rapazes.
Só forma a expressão "a sós" (sozinhos).
A locução adverbial "a olhos vistos" (= visivelmente) - invariável (ela crescia a olhos
O (a) mais possível (invariável) / as, os mais possíveis (é uma moça a mais bela possível
/ são moças as mais belas possíveis).
Os particípios concordam como adjetivos.
a) A refém foi resgatada do bote;
b) Os materiais foram comprados a prazo;
c) As juízas tinham iniciado a apuração.
Haja vista - não se flexiona, exceto por concordância atrativa antes de substantivo no
plural sem preposição.
a) Haja vista (hajam vistas) os comentários feitos;
b) Haja vista dos recados do chefe.
Pseudo, salvo (= exceto) e alerta não se flexionam
a) Eles eram uns pseudo-sábios;
b) Salvo nós dois, todos fugiram;
c) Eles ficaram alerta.
Os adjetivos adverbializados são invariáveis (vamos falar sério / ele e a esposa raro vão
ao cinema)
Silepse com expressões de tratamento - usa-se adjetivo masculino em concordância
ideológica com um homem ao qual se relaciona a forma de tratamento que é feminina.
a) Vossa Majestade, o rei, mostrou-se generoso;
b) Vossa Excelência é injusto.
4.1 Regência nominal: Substantivos, adjetivos e advérbios podem, por regência nominal, exigir
complementação para seu sentido precedida de preposição.
Segue uma lista de palavras e as preposições exigidas. Merecem atenção especial as
palavras que exigirem preposição A, por serem passíveis de emprego de crase.
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acostumado a, com; afável com, para; afeiçoado a, por; aflito com, por; alheio a, de; ambicioso de; amizade a, por, com; amor a, por; ansioso de, para, por; apaixonado de, por; apto a, para; atencioso com, para; aversão a, por; ávido de, por; conforme a; constante de, em; constituído com, de, por; contemporâneo a, de; contente com, de, em, por; cruel com, para; curioso de; desgostoso com, de; desprezo a, de, por; devoção a, por, para, com; devoto a, de; dúvida em, sobre, acerca de; empenho de, em, por; falta a, com, para; imbuído de, em; imune a, de; inclinação a, para, por; incompatível com; junto a, de; preferível a; propenso a, para; próximo a, de; respeito a, com, de, por, para; situado a, em, entre; último a, de, em; único a, em, entre, sobre.
5. Concordância verbal: * sujeito simples - verbo concorda com o sujeito simples em pessoa e número.
a) Uma boa Constituição é desejada por todos os brasileiros;
b) De paz necessitam as pessoas.
* sujeito coletivo (singular na forma com idéia de plural) - verbo fica no singular,
concordando com a palavra escrita não com a idéia.
O pessoal já saiu.
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Quando o verbo se distanciar do sujeito coletivo, o verbo poderá ir para o plural
concordando com a idéia de quantidade (silepse de número) - a turma concordava nos
pontos essenciais, discordavam apenas nos pormenores.
* sujeito é um pronome de tratamento - verbo fica na 3ª pessoa.
a) Vossa Senhoria não é justo;
b) Vossas Senhorias estão de acordo comigo.
* expressão mais de + numeral - verbo concorda com o numeral.
a) Mais de um candidato prometeu melhorar o país;
b) Mais de duas pessoas vieram à festa.
* mais de um + se (idéia de reciprocidade) - verbo no plural (Mais de um sócio se
insultaram.).
* mais de um + mais de um - verbo no plural (Mais de um candidato, mais de um
representante faltaram à reunião.).
* expressões perto de, cerca de, mais de, menos de + sujeito no plural - verbo no plural.
a) Perto de quinhentos presos fugiram.
b) Cerca de trezentas pessoas ganharam o prêmio.
c) Mais de mil vozes pediam justiça.
d) Manos de duas pessoas fizeram isto.
* nomes só usados no plural - a concordância depende da presença ou não de artigo.
sem artigo - verbo no singular (Minas Gerais produz muito leite / férias faz bem). precedidos de artigo plural - verbo no plural ("Os Lusíadas" exaltam a grandeza do
povo português / as Minas Gerais produzem muito leite).
Para nomes de obras literárias, admite-se também a concordância ideológica (silepse)
com a palavra obra implícita na frase ("Os Lusíadas" exalta a grandeza do povo
português).
* expressões a maior parte, grande parte, a maioria de (= sujeito coletivo partitivo) +
adjunto adnominal no plural - verbo concorda com o núcleo do sujeito ou com o
especificador (AA).
a) A maior parte dos constituintes se retirou (retiraram).
b) Grande parte dos torcedores aplaudiu (aplaudiram) a jogada.
c) A maioria dos constituintes votou (votaram).
Quando a ação só pode ser atribuída à totalidade e não separadamente aos indivíduos,
usa-se o singular (um bando de soldados enchia o pavimento inferior).
* quem (pronome relativo sujeito) - verbo na 3ª pessoa do singular concordando com o
pronome quem ou concorda com o antecedente.
a) Fui eu quem falou (falei).
b) Fomos nós quem falou (falamos).
* que ( pronome relativo sujeito) - verbo concorda sempre com o antecedente.
Fomos nós que falamos.
* sujeito é pronome interrogativo ou indefinido (núcleo) + de nós ou de vós - depende
do pronome núcleo.
pronome-núcleo no singular - verbo no singular.
a) Qual de nós votou conscientemente?
b) Nenhum de vós irá ao cinema.
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pronome-núcleo no plural - verbo na 3ª pessoa do plural ou concordando com o pronome pessoal.
a) Quais de nós votaram (votamos) conscientemente?
b) Muitos de vós foram (fostes) insultados.
* sujeito composto anteposto ao verbo - verbo no plural.
O anel e os brincos sumiram da gaveta.
com núcleos sinônimos - verbos no singular ou plural (O rancor e o ódio cegou o amante. / O desalento e a tristeza abalaram-me.).
com núcleos em gradação - verbo singular ou plural (um minuto, uma hora, um dia passa/passam rápido).
dois infinitivos como núcleos - verbo no singular (estudar e trabalhar é importante.). dois infinitivos exprimindo idéias opostas - verbo no plural (Rir e chorar se alternam.).
* sujeito composto posposto - concordância normal ou atrativa (com o núcleo mais
próximo).
Discutiram / discutiu muito o chefe e o funcionário.
Se houver idéia de reciprocidade, verbo vai para o plural (Estimam-se o chefe e o
funcionário.).
Quando o verbo ser está acompanhado de substantivo plural, o verbo também se
pluraliza (Foram vencedores Pedro e Paulo.).
* sujeito composto de diferentes pessoas gramaticais - depende da pessoa prevalente.
eu + outros pronomes - verbo na 1ª pessoa plural (eu, tu e ele sairemos). tu + eles - verbo na 2ª pessoa do plural (preferência) ou 3ª pessoa do plural (tu e teu
colega estudastes/estudaram?).
Se o sujeito estiver posposto, também vale a concordância atrativa (saímos/saí eu e tu).
* sujeito composto resumido por um pronome-síntese (aposto) - concordância com o
pronome.
Risos, gracejos, piadas, nada a alegrava.
* expressão um e outro - verbo no singular ou no plural (Um e outro falava/ falavam a
verdade.).
Com idéia de reciprocidade - verbo no plural (Um e outro se agrediram).
* expressão um ou outro - verbo no singular (Um ou outro rapaz virava a cabeça para
nos olhar).
* sujeito composto ligado por nem - verbo no plural (Nem o conforto, nem a glória lhe
trouxeram a felicidade.).
Aparecendo pronomes pessoais misturados, leva-se em conta a prioridade gramatical
(nem eu, nem ela fomos ao cinema).
* expressão nem um nem outro - verbo no singular (Nem um nem outro comentou o
fato.).
* sujeito composto ligado por ou - faz-se em função da idéia transmitida pelo ou.
idéia de exclusão - verbo no singular (José ou Pedro será eleito para o cargo / um ou outro conhece seus direitos)
idéia de inclusão ou antinomia - verbo no plural (matemática ou física exigem raciocínio lógico / riso ou lágrimas fazem parte da vida)
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idéia explicativa ou alternativa - concordância com sujeito mais próximo (ou eu ou ele irá / ou ele ou eu irei)
* expressão um dos que - verbo no singular (um) ou plural (dos que).
Ele foi um dos que mais falou/falaram.
Se a expressão significar apenas um, verbo no singular (é uma das peças de Nelson
Rodrigues que será apresentada).
* sujeito é número percentual - observar a posição do número percentual em relação ao
verbo.
verbo concorda com termo posposto ao número (80% da população tinha mais de 18 anos / dez por cento dos sócios saíram da empresa).
o verbo concorda com o número quando estiver anteposto a ele (perderam-se 40% da lavoura).
verbo no plural, se o número vier determinado por artigo ou pronome no plural (os 87% da produção perderam-se / aqueles 30% do lucro obtido desapareceram).
* sujeito é número fracionário - verbo concorda com o numerador.
1/4 da turma faltou ontem. / 3/5 dos candidatos foram reprovados.
* sujeito composto antecedido de cada ou nenhum - verbo na 3ª pessoa do singular.
Cada criança, cada adolescente, cada adulto ajudava como podia. / nenhum político,
nenhuma cidade, nenhum ser humano faria isso.
* sujeito composto ligado por como, assim como, bem como (formas correlativas) -
deve-se preferir o plural, sendo mas raro o singular.
Rio de Janeiro como Florianópolis são belas cidades. / tanto uma, como a outra,
suplicava-lhe o perdão.
* sujeito composto ligado por com - observar presença ou não de vírgulas.
verbo no plural sem vírgulas (Eu com outros amigos limpamos o quintal.) verbo no singular com vírgulas, idéia de companhia (O presidente, com os ministros,
desembarcou em Brasília.)
* sujeito indeterminado + SE, verbo no singular.
Assistiu-se à apresentação da peça.
* sujeito paciente ao lado de um verbo na voz passiva sintética - verbo concorda com o
sujeito.
Discutiu-se o plano. / Discutiram-se os planos.
* locução verbal constituída de: parecer + infinitivo - verbo parecer varia ou o
infinitivo.
a) As pessoas pareciam acreditar em tudo.
b) As pessoas parecia acreditarem em tudo.
Com o infinitivo pronominal, flexiona-se apenas o infinitivo (Elas parece zangarem-se
com a moça.)
* verbos dar, bater e soar + horas - verbos têm como sujeito o número que indica as
horas.
a) Deram dez horas naquele momento.
b) Meio-dia soou no velho relógio da igreja.
* verbos indicadores de fenômenos da natureza - verbo na 3ª pessoa singular por serem
impessoais, extensivo aos auxiliares se estiverem em locuções verbais.
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a) Geia muito no Sul.
b) Choveu por muitas noites no verão.
Em sentido figurado deixam de ser impessoais (Choveram vaias para o candidato.)
* haver = existir ou acontecer, fazer (tempo decorrido) é impessoal.
a) Havia vários alunos na sala (= existiam).
b) Houve bastantes acidentes naquele mês (= aconteceram).
c) Não a vejo faz uns meses (= faz).
d) Deve haver muitas pessoas na fila (devem existir).
Considera-se errado o emprego do verbo ter por haver quando tiver sentido de existir ou
acontecer (J há um lugar ali. / L tem um lugar ali.)
Os verbos existir e acontecer são pessoais e concordam com seu sujeito (Existiam sérios
DENOTAÇÃO E CONOTAÇÃO Para compreender os conceitos de denotação e conotação é preciso observar que o signo
lingüístico é constituído de duas partes distintas, embora uma não exista separada da
outra.
Isto quer dizer que o signo tem uma parte perceptível (constituído de som e
representado por letra) e uma parte inteligível (constituída de conceito [imagem mental
por meio da qual representamos um objeto]).
Essa parte perceptível é denominada significante ou plano de expressão.
Já a parte inteligível é denominada significado ou plano de conteúdo.
Quando um plano de expressão (significante) for suporte para mais de um plano de
conteúdo (significado) temos a polissemia.
Assim o significante linha pode denotar os significados:
material para costurar ou bordar,
atacantes de futebol,
trilhos de trem ou bonde,
conduta de um indivíduo ou postura.
No entanto, a polissemia não deve ser vista como um problema, uma vez que será
neutralizada pelo contexto.
Pois assim que se insere no contexto a palavra perde seu caráter polissêmico e ganha um
significado específico, passando a ser denominado de significado contextual.
A costureira, de tão velha, não conseguia mais enfiar a linha na agulha.
O técnico deslocou o jogador da linha para a defesa.
As linhas de bonde foram cobertas pelo asfalto.
O conferencista, apesar da agressividade da platéia, não perdeu a linha.
Dessa maneira percebemos que o significado contextual é fundamental para
entendermos um texto.
A denotação é a relação existente entre o plano de expressão e o plano de conteúdo, ou
seja, o significado denotativo é o conceito ao qual nos remete certo significante.
No entanto, um termo além do seu significado denotativo, pode vir acrescido de outros
significados paralelos.
Esses novos valores constituem aquilo que denominamos sentido conotativo, ou seja, o
acréscimo de um novo valor constitui a conotação, que consiste num novo plano de
conteúdo para o signo que já tinha um significado denotativo.
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Assim duas palavras podem ter a mesma denotação e conotação completamente distinta,
uma vez que policial e meganha tem a mesma denotação, mas conotação totalmente
diferente.
O sentido conotativo varia de cultura para cultura, de classe social para classe social ou
de época para época.
PARÁFRASE, PERÍFRASE, SÍNTESE E RESUMO
1. Paráfrase:
Paráfrase é a reprodução explicativa de um texto ou de unidade de um texto, por meio
de uma linguagem mais longa. Na paráfrase sempre se conservam basicamente as idéias
do texto original. O que se inclui são comentários, idéias e impressões de quem faz a
paráfrase. Na escola, quando o professor, ao comentar um texto, inclui outras idéias,
alongando-se em função do propósito de ser mais didático, faz uma paráfrase.
Parafrasear consiste em transcrever, com novas palavras, as idéias centrais de um texto.
O leitor deverá fazer uma leitura cuidadosa e atenta e, a partir daí, reafirmar e/ou
esclarecer o tema central do texto apresentado, acrescentando aspectos relevantes de
uma opinião pessoal ou acercando-se de críticas bem fundamentadas. Portanto, a
paráfrase repousa sobre o texto-base, condensando-o de maneira direta e imperativa.
Consiste em um excelente exercício de redação, uma vez que desenvolve o poder de
síntese, clareza e precisão vocabular. Acrescenta-se o fato de possibilitar um diálogo
intertextual, recurso muito utilizado para efeito estético na literatura moderna.
2. Perífrase: O povo lusitano foi bastante satirizado por Gil Vicente.
Utilizou-se a expressão "povo lusitano" para substituir "os portugueses". Esse rodeio de
palavras que substituiu um nome comum ou próprio chama-se perífrase.
Perífrase é a substituição de um nome comum ou próprio por um expressão que a
caracterize. Nada mais é do que um circunlóquio, isto é, um rodeio de palavras.
Outros exemplos: astro rei (Sol) | última flor do Lácio (língua portuguesa) | Cidade-Luz
(Paris) Rainha da Borborema (Campina Grande) | Cidade Maravilhosa (Rio de Janeiro).
3. Síntese: A síntese de texto é um tipo especial de composição que consiste em reproduzir, em
poucas palavras, o que o autor expressou amplamente. Desse modo, só devem ser
aproveitadas as idéias essenciais, dispensando-se tudo o que for secundário.
Procedimentos:
1. Leia atentamente o texto, a fim de conhecer o assunto e assimilar as idéias principais; 2. Leia novamente o texto, sublinhando as partes mais importantes, ou anotando à parte
os pontos que devem ser conservados; 3. Resuma cada parágrafo separadamente, mantendo a seqüência de idéias do texto
original; 4. Agora, faça seu próprio resumo, unindo os parágrafos, ou fazendo quaisquer
adaptações conforme desejar; 5. Evite copiar partes do texto original. Procure exercitar seu vocabulário. Mantenha,
porém, o nível de linguagem do autor; 6. Não se envolva nem participe do texto. Limite-se a sintetizá-lo.
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4. Resumo: Ler não é apenas passar os olhos no texto. É preciso saber tirar dele o que é mais
importante, facilitando o trabalho da memória. Saber resumir as idéias expressas em um
texto não é difícil. Resumir um texto é reproduzir com poucas palavras aquilo que o
autor disse.
Para se realizar um bom resumo, são necessárias algumas recomendações:
1. Ler todo o texto para descobrir do que se trata. 2. Reler uma ou mais vezes, sublinhando frases ou palavras importantes. Isto ajuda a
identificar. 3. Distinguir os exemplos ou detalhes das idéias principais. 4. Observar as palavras que fazem a ligação entre as diferentes idéias do texto, também
chamadas de conectivos: "por causa de", "assim sendo", "além do mais", "pois", "em decorrência de", "por outro lado", "da mesma forma".
5. Fazer o resumo de cada parágrafo, porque cada um encerra uma idéia diferente. 6. Ler os parágrafos resumidos e observar se há uma estrutura coerente, isto é, se todas
as partes estão bem encadeadas e se formam um todo. 7. Num resumo, não se devem comentar as idéias do autor. Deve-se registrar apenas o
que ele escreveu, sem usar expressões como "segundo o autor", "o autor afirmou que".
8. O tamanho do resumo pode variar conforme o tipo de assunto abordado. É recomendável que nunca ultrapasse vinte por cento da extensão do texto original.
9. Nos resumos de livros, não devem aparecer diálogos, descrições detalhadas, cenas ou personagens secundárias. Somente as personagens, os ambientes e as ações mais importantes devem ser registrados.
SIGNIFICAÇÃO IMPLÍCITA Fiz faculdade, mas aprendi algumas coisas.
A frase transmite duas informações: ele freqüentou um curso superior, aprendeu
algumas coisas.
No entanto, essas duas informações transmitem de forma implícita uma crítica ao
sistema de ensino vigente. Essa crítica se dá através do uso da preposição mas.
Assim percebemos que um dos aspectos mais intrigantes que pode ser apresentado por
um texto é o fato dele dizer aquilo que parece não dizer, ou seja, é a presença de
enunciados subentendidos ou pressupostos.
Um leitor é considerado perspicaz quando consegue ler as entrelinhas do texto, isto é,
quando capta as mensagens implícitas.
Para não cair na exploração maliciosa de alguns textos que abusam dos aspectos
subentendidos ou pressupostos devemos saber que:
Pressupostos são idéias não expressas de maneira explícita, mas que pode ser percebida
a partir de certas palavras ou expressões utilizadas.
O tempo continua chuvoso (chove no momento - informação implícita estava chovendo
antes)
Pedro deixou de fumar (não fuma no momento - informação implícita fumava antes)
Quanto a utilização de pressupostos devemos saber que eles devem ser sempre
verdadeiros ou aceitos como verdadeiros, pois são eles que construirão informações
explícitas. Sendo o pressuposto falso, a informação explícita não terá cabimento.
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Detectar o pressuposto durante uma leitura é fundamental para a interpretação textual,
uma vez que esse recurso argumentativo não é posto em discussão pelo autor do texto,
fato que aprisiona o leitor ao pensamento do autor e o leva a defender opiniões
contrárias a suas.
Os pressupostos são marcados por:
certos advérbios - Os resultados da pesquisa ainda não chegaram até nós. (Pressuposto
- Os resultados já deviam ter chegado ou Os resultados vão chegar mais tarde.)
certos verbos - O caso do contrabando tornou-se público. (Pressuposto - O caso não era
público.)
orações adjetivas - Os candidatos a prefeito, que só querem defender seus interesses,
não pensam no povo. (Pressuposto - Todos os candidatos a prefeito têm interesses
individuais.)
adjetivos - Os partidos radicais acabarão com a democracia no Brasil. (Pressuposto -
Existem partidos radicais no Brasil.)
Subentendidos são insinuações escondidas por trás de uma afirmação. (Quando um
fumante com o cigarro pergunta: Você tem fogo? Por trás dessa pergunta subentende-se:
Acenda-me o cigarro por favor.
Enquanto o pressuposto é um dado apresentado como indiscutível para o falante e o
ouvinte, não permitindo contestações; o subentendido é de responsabilidade do ouvinte,
uma vez que o falante esconde-se por trás do sentido literal das palavras.
O subentendido pode ser uma maneira encontra pelo falante para transmitir algo sem se
comprometer com a informação.
NÍVEIS DE LINGUAGEM A língua é um código de que se serve o homem para elaborar mensagens, para se
comunicar.
Existem basicamente duas modalidades de língua, ou seja, duas línguas funcionais:
1) a língua funcional de modalidade culta, língua culta ou língua-padrão, que
compreende a língua literária, tem por base a norma culta, forma lingüística utilizada
pelo segmento mais culto e influente de uma sociedade. Constitui, em suma, a língua
utilizada pelos veículos de comunicação de massa (emissoras de rádio e televisão,
jornais, revistas, painéis, anúncios, etc.), cuja função é a de serem aliados da escola,
prestando serviço à sociedade, colaborando na educação, e não justamente o contrário;
2) a língua funcional de modalidade popular; língua popular ou língua cotidiana, que
apresenta gradações as mais diversas, tem o seu limite na gíria e no calão.
Norma culta:
A norma culta, forma lingüística que todo povo civilizado possui, é a que assegura a
unidade da língua nacional. E justamente em nome dessa unidade, tão importante do
ponto de vista político-cultural, que é ensinada nas escolas e difundida nas gramáticas.
Sendo mais espontânea e criativa, a língua popular se afigura mais expressiva e
dinâmica. Temos, assim, à guisa de exemplificação:
Estou preocupado. (norma culta)
Tô preocupado. (língua popular)
Tô grilado. (gíria, limite da língua popular)
Não basta conhecer apenas uma modalidade de língua; urge conhecer a língua popular,
captando-lhe a espontaneidade, expressividade e enorme criatividade, para viver; urge
conhecer a língua culta para conviver.
Podemos, agora, definir gramática: é o estudo das normas da língua culta.
O conceito de erro em língua:
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Em rigor, ninguém comete erro em língua, exceto nos casos de ortografia. O que
normalmente se comete são transgressões da norma culta. De fato, aquele que, num
momento íntimo do discurso, diz: "Ninguém deixou ele falar", não comete propriamente
erro; na verdade, transgride a norma culta.
Um repórter, ao cometer uma transgressão em sua fala, transgride tanto quanto um
indivíduo que comparece a um banquete trajando xortes ou quanto um banhista, numa
praia, vestido de fraque e cartola.
Releva considerar, assim, o momento do discurso, que pode ser íntimo, neutro ou
solene.
O momento íntimo é o das liberdades da fala. No recesso do lar, na fala entre amigos,
parentes, namorados, etc., portanto, são consideradas perfeitamente normais construções
do tipo:
Eu não vi ela hoje.
Ninguém deixou ele falar.
Deixe eu ver isso!
Eu te amo, sim, mas não abuse!
Não assisti o filme nem vou assisti-lo.
Sou teu pai, por isso vou perdoá-lo.
Nesse momento, a informalidade prevalece sobre a norma culta, deixando mais livres os
interlocutores.
O momento neutro é o do uso da língua-padrão, que é a língua da Nação. Como forma
de respeito, tomam-se por base aqui as normas estabelecidas na gramática, ou seja, a
norma culta. Assim, aquelas mesmas construções se alteram:
Eu não a vi hoje.
Ninguém o deixou falar.
Deixe-me ver isso!
Eu te amo, sim, mas não abuses!
Não assisti ao filme nem vou assistir a ele.
Sou seu pai, por isso vou perdoar-lhe.
Considera-se momento neutro o utilizado nos veículos de comunicação de massa (rádio,
televisão, jornal, revista, etc.). Daí o fato de não se admitirem deslizes ou transgressões
da norma culta na pena ou na boca de jornalistas, quando no exercício do trabalho, que
deve refletir serviço à causa do ensino, e não o contrário.
O momento solene, acessível a poucos, é o da arte poética, caracterizado por
construções de rara beleza.
Vale lembrar, finalmente, que a língua é um costume. Como tal, qualquer transgressão,
ou chamado erro, deixa de sê-lo no exato instante em que a maioria absoluta o comete,
passando, assim, a constituir fato lingüístico registro de linguagem definitivamente
consagrado pelo uso, ainda que não tenha amparo gramatical.
Exemplos:
Olha eu aqui! (Substituiu: Olha-me aqui!)
Vamos nos reunir. (Substituiu: Vamo-nos reunir.)
Não vamos nos dispersar. (Substituiu: Não nos vamos dispersar e Não vamos dispersar-
nos.)
Tenho que sair daqui depressinha. (Substituiu: Tenho de sair daqui bem depressa.)
O soldado está a postos. (Substituiu: O soldado está no seu posto.)
Têxtil, que significa rigorosamente que se pode tecer, em virtude do seu significado, não
poderia ser adjetivo associado a indústria, já que não existe indústria que se pode tecer.
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Hoje, porém, temos não só como também o operário têxtil, em vez da indústria de fibra
têxtil e do operário da indústria de fibra têxtil.
As formas impeço, despeço e desimpeço, dos verbos impedir, despedir e desimpedir,
respectivamente, são exemplos também de transgressões ou "erros" que se tornaram
fatos lingüísticos, já que só correm hoje porque a maioria viu tais verbos como
derivados de pedir, que tem, início, na sua conjugação, com peço. Tanto bastou para se
arcaizarem as formas então legítimas impido, despido e desimpido, que hoje nenhuma
pessoa bem-escolarizada tem coragem de usar.
Em vista do exposto, será útil eliminar do vocabulário escolar palavras como corrigir e
correto, quando nos referimos a frases. "Corrija estas frases" é uma expressão que deve
dar lugar a esta, por exemplo: "Converta estas frases da língua popular para a língua
culta".
Uma frase correta não é aquela que se contrapõe a uma frase "errada"; é, na verdade,
uma frase elaborada conforme as normas gramaticais; em suma, conforme a norma
culta.
Língua escrita e língua falada. Nível de linguagem:
A língua escrita, estática, mais elaborada e menos econômica, não dispõe dos recursos
próprios da língua falada.
A acentuação (relevo de sílaba ou sílabas), a entoação (melodia da frase), as pausas
(intervalos significativos no decorrer do discurso), além da possibilidade de gestos,
olhares, piscadas, etc., fazem da língua falada a modalidade mais expressiva, mais
criativa, mais espontânea e natural, estando, por isso mesmo, mais sujeita a
transformações e a evoluções.
Nenhuma, porém, se sobrepõe a outra em importância. Nas escolas principalmente,
costuma se ensinar a língua falada com base na língua escrita, considerada superior.
Decorrem daí as correções, as retificações, as emendas, a que os professores sempre
estão atentos.
Ao professor cabe ensinar as duas modalidades, mostrando as características e as
vantagens de uma e outra, sem deixar transparecer nenhum caráter de superioridade ou
inferioridade, que em verdade inexiste.
Isso não implica dizer que se deve admitir tudo na língua falada. A nenhum povo
interessa a multiplicação de línguas. A nenhuma nação convém o surgimento de
dialetos, conseqüência natural do enorme distanciamento entre uma modalidade e outra.
A língua escrita é, foi e sempre será mais bem-elaborada que a língua falada, porque é a
modalidade que mantém a unidade lingüística de um povo, além de ser a que faz o
pensamento atravessar o espaço e o tempo. Nenhuma reflexão, nenhuma análise mais
detida será possível sem a língua escrita, cujas transformações, por isso mesmo, se
processam lentamente e em número consideravelmente menor, quando cotejada com a
modalidade falada.
Importante é fazer o educando perceber que o nível da linguagem, a norma lingüística,
deve variar de acordo com a situação em que se desenvolve o discurso.
O ambiente sociocultural determina. O nível da linguagem a ser empregado. O
vocabulário, a sintaxe, a pronúncia e até a entoação variam segundo esse nível. Um
padre não fala com uma criança como se estivesse dizendo missa, assim como uma
criança não fala como um adulto. Um engenheiro não usará um mesmo discurso, ou um
mesmo nível de fala, para colegas e para pedreiros, assim como nenhum professor
utiliza o mesmo nível de fala no recesso do lar e na sala de aula.
Existem, portanto, vários níveis de linguagem e, entre esses níveis, se destacam em
importância o culto e o cotidiano, a que já fizemos referência.
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A gíria:
Ao contrário do que muitos pensam, a gíria não constitui um flagelo da linguagem.
Quem, um dia, já não usou bacana, dica, cara, chato, cuca, esculacho, estrilar?
O mal maior da gíria reside na sua adoção como forma permanente de comunicação,
desencadeando um processo não só de esquecimento, como de desprezo do vocabulário
oficial. Usada no momento certo, porém, a gíria é um elemento de linguagem que
denota expressividade e revela grande criatividade, desde que, naturalmente, adequada à
mensagem, ao meio e ao receptor. Note, porém, que estamos falando em gíria, e não em
calão.
Ainda que criativa e expressiva, a gíria só é admitida na língua falada. A língua escrita
não a tolera, a não ser na reprodução da fala de determinado meio ou época, com a
visível intenção de documentar o fato, ou em casos especiais de comunicação entre
amigos, familiares, namorados, etc., caracterizada pela linguagem informal.
1. Narração: Tem por objetivo contar uma história real, fictícia ou mesclando dados reais e
imaginários. Baseia-se numa evolução de acontecimentos, mesmo que não mantenham
relação de linearidade com o tempo real. Sendo assim, está pautada em verbos de ação e
conectores temporais.
A narrativa pode estar em 1ª ou 3ª pessoa, dependendo do papel que o narrador assuma
em relação à história. Numa narrativa em 1ª pessoa, o narrador participa ativamente dos
fatos narrados, mesmo que não seja a personagem principal (narrador = personagem). Já
a narrativa em 3ª pessoa traz o narrador como um observador dos fatos que pode até
mesmo apresentar pensamentos de personagens do texto (narrador = observador).
O bom autor toma partido das duas opções de posicionamento para o narrador, a fim de
criar uma história mais ou menor parcial, comprometida. Por exemplo, Machado de
Assis, ao escrever Dom Casmurro, optou pela narrativa em 1ª pessoa justamente para
apresentar-nos os fatos segundo um ponto de vista interno, portanto mais parcial e
subjetivo.
1.2 Elementos básicos da narrativa: Fato - o que se vai narrar (O quê?)
Tempo - quando o fato ocorreu (Quando?)
Lugar - onde o fato se deu (Onde?)
Personagens - quem participou ou observou o ocorrido (Com quem?)
Causa - motivo que determinou a ocorrência (Por quê?)
No envelope, o endereçamento das comunicações dirigidas às autoridades tratadas por
Vossa Excelência, terá a seguinte forma:
A Sua Excelência o Senhor
Fulano de Tal
Secretário de Estado da Saúde
00000-000 - Natal. RN
A Sua Excelência o Senhor
Fulano de Tal
Juiz de Direito da 10ª Vara Cível
Rua ABC, nº 123
01010-000 - Natal. RN
A Sua Excelência o Senhor
Deputado Fulano de Tal
Assembléia Legislativa
00000-000 - Natal. RN
Em comunicações oficiais, está abolido o uso do tratamento digníssimo (DD), às
autoridades arroladas na lista anterior. A dignidade é pressuposto para que se ocupe
qualquer cargo público, sendo desnecessária sua repetida evocação.
Vossa Senhoria é empregado para as demais autoridades e para particulares. O vocativo
adequado é:
Senhor Fulano de Tal,
(...)
No envelope, deve constar do endereçamento:
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Ao Senhor
Fulano de Tal
Rua ABC, nº 123
12345-000 - Natal. RN
Como se depreende do exemplo acima, fica dispensado o emprego do superlativo
ilustríssimo para as autoridades que recebem o tratamento de Vossa Senhoria e para
particulares. É suficiente o uso do pronome de tratamento Senhor.
Acrescente-se que doutor não é forma de tratamento, e sim título acadêmico. Evite usá-
lo indiscriminadamente. Como regra geral, empregue-o apenas em comunicações
dirigidas a pessoas que tenham tal grau por terem concluído curso universitário de
doutorado. É costume designar por doutor os bacharéis, especialmente os bacharéis em
Direito e em Medicina. Nos demais casos, o tratamento Senhor confere a desejada
formalidade às comunicações.
Mencionemos, ainda, a forma Vossa Magnificência, empregada por força da tradição,
em comunicações dirigidas a reitores de universidade. Corresponde-lhe o vocativo:
Magnífico Reitor,
(...)
Os pronomes de tratamento para religiosos, de acordo com a hierarquia eclesiástica, são:
Vossa Santidade, em comunicações dirigidas ao Papa. O vocativo correspondente é:
Santíssimo Padre,
(...)
Vossa Eminência ou Vossa Eminência Reverendíssima, em comunicações aos Cardeais.
Corresponde-lhe o vocativo:
Eminentíssimo Senhor Cardeal, ou
Eminentíssimo e Reverendíssimo Senhor Cardeal,
(...)
Vossa Excelência Reverendíssima é usado em comunicações dirigidas a Arcebispos e
Bispos; Vossa Reverendíssima ou Vossa Senhoria Reverendíssima para Monsenhores,
Cônegos e superiores religiosos. Vossa Reverência é empregado para sacerdotes,
clérigos e demais religiosos.
6. Fechos para Comunicações: O fecho das comunicações oficiais possui, além da finalidade óbvia de arrematar o
texto, a de saudar o destinatário. A legislação federal estabeleceu o emprego de somente
dois fechos diferentes para todas as modalidades de comunicação oficial:
a) para autoridades superiores, inclusive o Presidente da República:
Respeitosamente,
b) para autoridades de mesma hierarquia ou de hierarquia inferior:
Atenciosamente,
Ficam excluídas dessa fórmula as comunicações dirigidas a autoridades estrangeiras,
que atendem a rito e tradição próprios, devidamente disciplinados no Manual de
Redação do Ministério das Relações Exteriores.
7. Identificação do Signatário: Excluídas as comunicações assinadas pelo Presidente da República, todas as demais
comunicações oficiais devem trazer o nome e o cargo da autoridade que as expede,
abaixo do local de sua assinatura. A forma da identificação deve ser a seguinte:
(espaço para assinatura) (espaço para assinatura)
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NOME
Chefe de Gabinete do Tribunal de Contas
NOME
Secretário de Estado da Tributação
Para evitar equívocos, recomenda-se não deixar a assinatura em página isolada do
expediente. Transfira para essa página ao menos a última frase anterior ao fecho.
NORMAS GERAIS DE ELABORAÇÃO:
Ao se elaborar uma correspondência deverão ser observadas as seguintes regras:
− utilizar as espécies documentais, de acordo com as finalidades expostas nas estruturas
dos modelos adiante expostos;
− utilizar os pronomes de tratamento, os vocativos, os destinatários e os endereçamentos
corretamente;
− utilizar a fonte do tipo Times New Roman de corpo 12 no texto em geral, 11 nas
citações, e 10 nas notas de rodapé;
− para símbolos não existentes na fonte Times New Roman poder-se-á utilizar as fontes
Symbol e Wingdings;
− é obrigatório constar a partir da segunda página o número da página.
No caso de Comunicação Interna, o destinatário deverá ser identificado pelo cargo, não
necessitando do nome de seu ocupante. Exceção para casos em que existir um mesmo
cargo para vários ocupantes, sendo necessário, então, um vocativo composto pelo cargo
e pelo nome do destinatário em questão.
Exemplo:
Ao Senhor Assessor
José Amaral
Quando um documento estiver respondendo à solicitação de um outro documento, fazer
referência à espécie, ao número e à data ao qual este se refere.
O assunto que motivou a comunicação deve ser introduzido no primeiro parágrafo,
seguido do detalhamento e conclusão. Se contiver mais de uma idéia deve-se tratar dos
diferentes assuntos em parágrafos distintos.
A referência ao ano do documento deverá ser feita após a espécie e número do
expediente, seguido de sigla do órgão que o expede.
CERTO: Ofício nº 23/2005-DAI/TCE
ERRADO: Ofício nº 23/TCE/DAI-2005
Os pronomes de tratamento (ou de segunda pessoa indireta) embora se refiram à
segunda pessoa gramatical (à pessoa com quem se fala, ou a quem se dirige à
comunicação), levam a concordância para a terceira pessoa.
Exemplos:
Vossa Senhoria nomeará o substituto. Vossa Excelência conhece o assunto.
Da mesma forma, os pronomes possessivos referidos a pronomes de tratamento são
sempre os da terceira pessoa: "Vossa Senhoria nomeará seu substituto" (e não
"Vossa...vosso...").
Já quanto aos adjetivos referidos a esses pronomes, o gênero gramatical deve coincidir
com o sexo da pessoa a que se refere, e não com o substantivo que compõe a locução.
Assim, se o interlocutor for homem, o correto é "Vossa Excelência está atarefado"; se
for mulher,"Vossa Excelência está atarefada".
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SIGLAS E ACRÔNIMOS:
Sigla é a representação de um nome por meio de suas iniciais - Exemplos: INSS. Apesar
de obedecer às mesmas regras dispostas para as siglas, os acrônimos são distintos delas,
ou seja, são palavras formadas das primeiras letras ou de sílabas de outras palavras -
Exemplos: Bradesco;
em geral não se coloca ponto nas siglas; grafam-se em caixa alta as compostas apenas de consoante: FGTS; grafam-se em caixa alta as siglas que, apesar de compostas de consoante e de vogal,
são pronunciadas mediante a acentuação das letras: IPTU, IPVA, DOU; grafam-se em caixa alta e em caixa baixa os compostos de mais de três letras (vogais e
consoantes) que formam palavra: Bandern, Cohab, Ibama, Ipea, Embrapa.
Siglas e acrônimos devem vir precedidos de respectivo significado e de travessão em
sua primeira ocorrência no texto (Exemplos: Diário Oficial do Estado - DOE).
DESTAQUES:
Recurso tipográfico que estabelece contrastes, com o objetivo de propiciar saliências no
texto. Os mais comuns são os a seguir comentados.
Itálico - Convencionalmente, grafa-se em itálico títulos de livros, de periódicos, de
peças, de óperas, de música, de pintura e de escultura;
Assim como nomes de eventos e estrangeirismos citados no corpo do texto. Lembrar, no
entanto, que na grafia de nome de instituição estrangeira não se deve usar o itálico.
Contudo, no caso de o texto já estar todo ele grafado em itálico, o destaque de palavras
e de locuções de outros idiomas, ainda não adaptadas ao português, pode ser obtido com
o efeito contrário, ou seja, com a grafia delas sem o itálico; recursos esse conhecido
como "redondo".
Usa-se ainda o itálico na grafia de nomes científicos, de animais e vegetais (Exemplos:
Canis familiaris; Apis mellifera).
Pode-se adotar também, desde que sem exageros, o destaque do itálico na grafia de
palavras e/ou de expressões às quais se queira da ênfase.
Aspas - Usa-se grafar entre as aspas simples: a citação dentro de uma citação.
Já as aspas duplas, essas são adotadas para:
delimitar a indicação de citações diretas de até três linhas; destacar neologismos - sentido inusitado de uma palavra ou de uma expressão, ou
termos formados a partir de palavras de outra língua - "ajanelar o coração"; "deletar"; "zebra", como expressão de azar;
indicar um sentido não habitual - Exemplos: Havia um "porém" no olhar do diretor; destacar o valor - irônico ou afetivo de um termo - Exemplos: Ela era a "queridinha" do
papai.
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Negrito - O destaque do negrito é mais comumente usado na transcrição de entrevistas,
para separar perguntas de respostas; assim como, conforme antes mencionado, na
indicação de títulos e de subtítulos. Contudo, o negrito pode ser utilizado também,
comedidamente, na grafia de termos e/ou de expressões a que se queira dar ênfase.
Maiúsculas - Além de sempre usada no início de períodos, nos títulos de obras
artísticas ou técnico-científicas, a letra maiúsculas (caixa alta - CA) é
convencionalmente usada na grafia de:
nomes próprios e de sobrenomes (José Ferreira) de cognomes (Ivan, o Terrível); de alcunhas (Sete Dedos); de pseudônimos (Joãozinho Trinta); de nomes dinásticos (os Médici);
topônimos (Brasília, Paris); regiões (Nordeste, Sul); nomes de instituições culturais, profissionais e de empresa (Fundação Getúlio Vargas,
Associação Brasileira de Jornalistas, Lojas Americanas); nome de divisão e de subdivisão das Forças Armadas (Marinha, Polícia Militar); nome de período e de episódio histórico (Idade Média, Estado Novo); nome de festividade ou de comemoração cívica (Natal, Quinze de Novembro); designação de nação política organizada, de conjunto de poderes ou de unidades da
Federação (golpe de Estado, Estado de São Paulo); nome de pontos cardeais (Sul, Norte, Leste, Oeste); nome de zona geoeconômica e de designações de ordem geográfica ou político-
administrativa (Agreste, Zona da Mata, Triângulo Mineiro); nome de logradouros e de endereço (Av. Rui Barbosa, Rua Cesário Alvim); nome de
edifício, de monumento e de estabelecimento público (edifício Life Center, Estádio do Maracanã, Aeroporto de Cumbica, Igreja do São José);
nome de imposto e de taxa (Imposto de Renda); nome de corpo celeste, quando designativo astronômico ("A Terra gira em torno do
Sol"); nome de documento ao qual se integra um nome próprio (Lei Áurea, Lei Afonso
Arinos).
Minúsculas - Além de sempre usada na grafia dos termos que designam as estações do
ano, os dias da semana e os meses do ano, a letra minúscula (comumente chamada de
gentílicos e de nomes étnicos (franceses, paulistas, iorubas); nome de doutrina e de religiões (espiritismo, protestantismo); nome de grupo ou de movimento político e religioso (petistas, umbandistas); na palavra governo (governo Fernando Henrique, governo de São Paulo); nos termos designativos de instituições, quando esses não estão integrados no nome
delas - Exemplos: A Agência Nacional de Águas tem por missão (...), no entanto, a referida agência não exclui de suas metas os compromissos relacionados a...;
nome de acidente geográfico que não seja parte integrante do nome próprio: rio Amazonas, serra do Mar, cabo Norte (mas, Cabo Frio, Rio de Janeiro, Serra do Salitre);
prefixo Exemplos: ex-Ministro do meio Ambiente, ex-Presidente da República; nome de derivado: weberiano, nietzschiano, keynesiano, apolíneo;
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pontos cardeais, quando indicam direção ou limite: o norte de Minas Gerais, o sul do Pará - observe: "É bom morar na Região Norte do Brasil, mas muitos preferem o sul de São Paulo".
GRAFIA DE NUMERAIS:
Os numerais são geralmente grafados com algarismos arábicos. Todavia, em algumas
situações especiais é regra grafá-los, no texto, por extenso. Confira a seguir algumas
dessas situações:
de zero a nove: três livros, quatro milhões; dezenas redondas: trinta cadernos, setenta bilhões; centenas redondas: trezentos mil, novecentos trilhões, seiscentas pessoas.
Em todos os casos, porém, só se usam palavras quando não há nada nas ordens ou nas
classes inferiores (Exemplos: 14 mil, mas 14.200 e não 14 mil e duzentos; 247.320 e
não 247 mil e trezentos e vinte).
Acima do milhar, no entanto, dois recursos são possíveis:
aproximação de número fracionário, como em 23,7 milhões; desdobramento dos dois primeiros termos, como em 47 milhões e 642 mil.
As classes são separadas por pontos (Exemplos: 1.750 páginas), exceto no caso de ano
(Exemplos: em 1750), de código postal (Exemplos: CEP 70342-070) e de especificação
de caixa postal (Exemplos: 1011).
As frações são sempre indicadas por algarismos, exceto no caso de os dois elementos
dela se situarem entre um e dez (Exemplos: dois terços, um quarto, mas 2/12, 5/11 etc.).
Já as porcentagens, essas são indicadas (exceto no início de frase) por algarismos, os
quais são, por sua vez, sucedidos do símbolo próprio sem espaço: 86%, 135% etc.).
Os ordinais são grafados por extenso de primeiro a décimo, os demais devem ser
representados de forma numérica: terceiro, quinto, mas 13º, 47º etc.
As quantias são grafadas por extenso de um a dez (seis centavos, nove milhões de
francos) e com algarismos daí em diante (11 centavos, 51 milhões de francos). Porém,
quando ocorrem frações, registra-se a quantia exclusivamente de forma numérica (US$
325,60).
Os algarismos romanos são usados nos seguintes casos:
na designação de séculos: século XXI, século II a.C; na designação de reis, de imperadores, de papas etc.: Felipe IV, Napoleão II, João XXIII; na designação de grandes divisões das Forças Armadas: IV Distrito Naval, I Exército; no nome de eventos repetidos periodicamente: IX Bienal de São Paulo, XII Copa do
Mundo; na especificação de dinastias: II dinastia, IV dinastia.
Em se tratando de horas (hora legal), recomenda-se o uso de algarismos arábico,
seguido de abreviatura, sem espaço (Exemplos: 12h; das 13 às 18h30).
As datas devem ser grafadas por extenso, sem o numeral zero à esquerda. Exemplo: "4
de março de 1998, 1º de maio de 1998."
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Na ementa, no preâmbulo, na primeira remissão e na cláusula de revogação a data do
ato normativo deve ser grafada por extenso. Exemplo: Lei nº 8.112, de 11 de dezembro
de 1990. Nas demais remissões, a citação deve ser feita de forma reduzida. Exemplo:
Lei nº 8112, de 1990.
A identificação do ano não deve conter ponto entre a classe do milhar e a da centena.
Exemplo:
CERTO: 2005
ERRADO: 2.005
Convém que as décadas sejam grafadas em algarismos arábicos, e com a especificação
do século, para que não haja ambigüidades: década de 1920; década de 1870.
O Padrão Ofício:
Há três tipos de expedientes que se diferenciam antes pela finalidade do que pela forma:
o ofício, o aviso e o memorando. Para uniformizá-los, adotou-se uma diagramação
única, que segue o padrão ofício.
Partes do documento no Padrão Ofício: O aviso, o ofício e o memorando devem conter as seguintes partes:
a) tipo e número do expediente, seguido da sigla do órgão que o expede: