Top Banner
Portugal global Pense global pense Portugal Maio 2014 // www.portugalglobal.pt Entrevista Alda de Carvalho Presidente do INE Estatísticas apoiam empresas exportadoras 6 Destaque Mobiliário português faz-se ao mundo 10 Mercado México abre portas às empresas portuguesas 32 Empresas Link e Red Rugs 28
62

PortugalglobalPortugalglobal Pense global pense Portugal Maio 2014 // Entrevista Alda de Carvalho Presidente do INE Estatísticas apoiam empresas exportadoras 6 Destaque Mobiliário

Feb 21, 2021

Download

Documents

dariahiddleston
Welcome message from author
This document is posted to help you gain knowledge. Please leave a comment to let me know what you think about it! Share it to your friends and learn new things together.
Transcript
Page 1: PortugalglobalPortugalglobal Pense global pense Portugal Maio 2014 // Entrevista Alda de Carvalho Presidente do INE Estatísticas apoiam empresas exportadoras 6 Destaque Mobiliário

PortugalglobalPense global pense Portugal

Mai

o 2

014

// w

ww

.po

rtu

gal

glo

bal

.pt

EntrevistaAlda de CarvalhoPresidente do INEEstatísticas apoiam empresas exportadoras 6

DestaqueMobiliário portuguêsfaz-se ao mundo 10

MercadoMéxico abre portas às empresas portuguesas 32

EmpresasLink e Red Rugs 28

Page 3: PortugalglobalPortugalglobal Pense global pense Portugal Maio 2014 // Entrevista Alda de Carvalho Presidente do INE Estatísticas apoiam empresas exportadoras 6 Destaque Mobiliário

sumário

Maio 2014 // www.portugalglobal.pt

Entrevista // 6A Portugalglobal entrevistou Alda de Carvalho, presidente do INE, que acaba de lançar um novo inquérito às empresas exportadoras – o Inquérito sobre Perspectivas de Exportação de Bens (IPEB), que visa obter informação sobre as expecta-tivas das empresas em relação à actividade de exportação de bens num horizonte de curto prazo.

Destaque // 10O mobiliário português está a afirmar-se internacionalmente pela inovação e design, estando as empresas, maioritaria-mente PME, a dar uma resposta competitiva à pressão exer-cida pela concorrência internacional. O sector está empen-hado num processo de reestruturação e modernização, que se reflecte no aumento das exportações.

Empresas // 26LINK: presença forte no mercado externo.RED RUGS: arte e design em tapetes de edição limitada.

Mercado // 32Em vésperas da visita oficial que o presidente do México, Enrique Peña Nieto, realiza ao nosso país, a Portugalglobal analisa as oportunidades de negócio que as empresas portu-guesas podem encontrar neste mercado da América Latina. Destaque também para uma breve entrevista ao Vice-Primei-ro-ministro Paulo Portas, e para os artigos do Embaixador do México em Portugal, Benito Andión, e do Embaixador portu-guês na Cidade do México, João Caetano da Silva.Conheça ainda os testemunhos de quatro empresas portu-guesas já presentes no mercado: consórcio E-xample, Marti-fer Solar, Neológica e WeDo Technologies.

Análise de risco por país – COSEC // 52Veja também a tabela classificativa de países.

Estatísticas // 55Investimento directo e comércio externo.

AICEP Rede Externa // 58

Bookmarks // 60

Page 4: PortugalglobalPortugalglobal Pense global pense Portugal Maio 2014 // Entrevista Alda de Carvalho Presidente do INE Estatísticas apoiam empresas exportadoras 6 Destaque Mobiliário

EDITORIAL

// Maio 2014 // Portugalglobal4

As opiniões expressas nos artigos publicados são da res-

ponsabilidade dos seus autores e não necessariamente

da revista Portugalglobal ou da aicep Portugal Global.

A aceitação de publicidade pela revista Portugalglobal

não implica qualquer compromisso por parte desta

com os produtos/serviços visados.

Revista PortugalglobalAv. 5 de Outubro, 101

1050-051 LisboaTel.: +351 217 909 500Fax: +351 217 909 578

Propriedadeaicep Portugal Global

Rua Júlio Dinis, 748, 9º Dto

4050-012 Porto

Tel.: +351 226 055 300

Fax: +351 226 055 399

NIFiscal 506 320 120

Conselho de Administração

Miguel Frasquilho (Presidente),

José Vital Morgado,

Luís Castro Henriques,

Pedro Ortigão Correia,

Pedro Pessoa e Costa (Vogais).

Directora

Ana de Carvalho

[email protected]

Redacção

Cristina Cardoso

[email protected]

Vitor Quelhas

[email protected]

Colaboram neste número

Agostinho Moreira, Alda de Carvalho,

Álvaro Cunha, Benito Andión, Carlos Faria Santos,

Cátia Maia da Silva, Direcção Grandes Empresas da

AICEP, Direcção de Informação da AICEP, Direcção

Internacional da COSEC, Direcção PME

da AICEP, Isabel Quintas, João Caetano da Silva,

Luísa Peixoto, Marco Sousa Santos, Paulo Portas,

Pedro Martins Pereira, Rafaela Carvalho.

Fotografia e ilustração

©Fotolia, Porto de Leixões,

ProMéxico, Rodrigo Marques.

Publicidade

Cristina Valente Almeida

[email protected]

Secretariado

Cristina Santos

[email protected]

Projecto gráfico

aicep Portugal Global

Paginação e programação

Rodrigo Marques

[email protected]

ERC: Registo nº 125362

Caros leitores,

Foi com mui-ta satisfação e uma enorme honra que as-sumi o desafio de presidir ao novo Conse-lho de Admi-

nistração da AICEP, que combina re-novação com continuidade, através da manutenção de dois Administradores da anterior gestão.

Naturalmente, a equipa que lidero terá a felicidade de colher frutos das sementes que já foram lançadas; contudo, é essen-cial aprofundar o esforço que tem sido de-senvolvido, bem como superar novos de-safios e identificar novas oportunidades.

Com a conclusão do Programa de Assis-tência Económica e Financeira ao qual Portugal se encontrava submetido des-de Maio de 2011, foi vencida uma eta-pa muito dura e exigente. Ultrapassada esta fase, duas vertentes sobressaem mais do que nunca para o crescimento sustentável da economia portuguesa: falo do Investimento e das Exportações.

O investimento já começou a recuperar desde meados de 2013, e de forma po-sitiva, com o peso da componente mais reprodutiva (máquinas e equipamento) a aumentar. Isto é particularmente im-portante porque só o investimento per-mitirá manter o dinamismo das exporta-ções. Nesta matéria, tivemos evidentes progressos nos últimos anos, tendo as exportações portuguesas atingido já um recorde de mais de 40 por cento do PIB, mas, com a resiliência e as provas que o tecido empresarial português tem dado, que desde já aproveito para saudar, queremos mais. Queremos aproximar-

nos do registo de países europeus com-paráveis, como Áustria, Bélgica, Dina-marca, Eslováquia, Holanda, Irlanda ou República Checa, entre outros. É, assim, fundamental, continuar a melhorar as condições de competitivi-dade que permitam que investimento e exportações possam ser (ainda) mais fortes, porque só dessa forma podere-mos criar mais e melhores empregos (e combater de forma eficaz e duradoura o desemprego) e melhorar as condições de vida da população. Numa pequena economia aberta como Portugal, as naturais limitações do mercado interno conferem à atividade exportadora das empresas um papel fundamental na criação anual de riqueza.

A divulgação de casos de sucesso sec-toriais e empresariais, e de mercados e oportunidades potenciais, constitui uma importante ferramenta de apoio ao tecido exportador. É isso que a re-vista Portugalglobal, cujo editorial hoje assino pela primeira vez, tão bem tem feito ao longo dos últimos anos. E con-tinuará a fazer. Uma revista das e para as empresas exportadoras nacionais.

A AICEP, quer internamente quer atra-vés da rede externa, tudo fará para potenciar novas oportunidades para as empresas nacionais e para Portugal, de modo a promover o desígnio nacional que nos acompanhará ao longo dos próximos anos. Apesar do ambiente particularmente competitivo e difícil que continuamos a enfrentar, estou certo que juntos conseguiremos refor-çar a credibilidade de Portugal enquan-to destino de investimento competitivo e país exportador por excelência.

MIGUEL FRASQUILHOPresidente da AICEP

Um novo desafio

Page 5: PortugalglobalPortugalglobal Pense global pense Portugal Maio 2014 // Entrevista Alda de Carvalho Presidente do INE Estatísticas apoiam empresas exportadoras 6 Destaque Mobiliário

BES FINE TRADE ILUMINA O CAMINHO.

Sabe quais são os principais mercados para exportar os seus produtos? Para exportar é preciso conhecer bem o terreno. Venha conhecer o serviço Fine Trade do BES. Contacte os nossos Gestores de Negócio Internacional através do e-mail [email protected] ou através do telefone +351 218 839 894. Vai ver que faz diferença. Saiba mais em bes.pt/empresas

Page 6: PortugalglobalPortugalglobal Pense global pense Portugal Maio 2014 // Entrevista Alda de Carvalho Presidente do INE Estatísticas apoiam empresas exportadoras 6 Destaque Mobiliário

ENTREVISTA

// Maio 14 // Portugalglobal6

O Instituto Nacional de Estatística (INE) é a entidade de referência a nível nacional e internacional para a produção de estatísticas oficiais portuguesas, responsável pela coordenação de todas as actividades de produção e difusão da informação estatística oficial da sua esfera de competências, sendo o interlocutor nacional junto da Comissão Europeia (Eurostat) para fins estatísticos no âmbito do Sistema Estatístico Europeu.

ALDA DE CAETANO CARVALHOPRESIDENTE DO INE

A INCONTORNÁVEL ESTATÍSTICA

Page 7: PortugalglobalPortugalglobal Pense global pense Portugal Maio 2014 // Entrevista Alda de Carvalho Presidente do INE Estatísticas apoiam empresas exportadoras 6 Destaque Mobiliário

ENTREVISTA

Portugalglobal // Maio 14 // 7

Qual a missão que se coloca hoje ao INE?O Instituto Nacional de Estatística tem por missão produzir e divulgar de forma eficaz, eficiente e isenta, informação estatística oficial de qualidade, relevante para toda a socie-dade. A informação estatística produzida e divulgada pelo INE permite, assim, não só o exercício de uma cidadania ple-na mas também uma tomada de decisão consciente, a nível individual ou colectivo, público ou privado. A informação estatística é, também, um instrumento imprescindível para o enquadramento das políticas públicas em matéria social, económica e ambiental e para a tomada de decisões de ci-dadãos, empresas e outras entidades, públicas e privadas.

O desenvolvimento e o aperfeiçoamento das técnicas de pro-dução e análise das estatísticas oficiais permitem, hoje, a ela-boração de análises e estudos que proporcionam um conheci-mento mais aprofundado das diversas áreas do conhecimento e dos fenómenos que nelas ocorrem, conhecimento esse indis-pensável para enfrentar situações sujeitas a incerteza.

Que desafios enfrenta, no cumprimento da sua missão de produzir informação estatística oficial, a instituição que dirige?Enfrenta desafios que são comuns a todos os institutos de estatística. Antes de mais a rápida evolução da realidade económica, social e ambiental que é preciso acompanhar e explicar. Depois, a disponibilidade dos cidadãos, as empre-sas, e outras entidades, para responderem aos inquéritos do INE, fornecendo-lhe informação rigorosa, indispensável para a qualidade das estatísticas oficiais. Um novo desafio para os institutos de estatística é a existência de uma massa imensa de informação, não estruturada, sob a forma de da-dos administrativos, de informação de entidades privadas, de big data,…, que há que apropriar cada vez mais para a produção das estatísticas oficiais, diminuindo assim os seus custos e a carga sobre os respondentes aos inquéritos. Um outro desafio é o acesso a recursos que permitam a utili-zação de modernas tecnologias de informação e comuni-cação, para agilização das diferentes fases do processo de produção das estatísticas oficiais, desde a concepção das operações, à recolha de informação de base, ao seu trata-mento e à difusão dos resultados finais.

Como é obtida a informação estatística disponibilizada pelo INE? As estatísticas disponibilizadas pelo INE são produzidas a partir de informação prestada pela sociedade – cidadãos, empresas e outras entidades públicas e privadas – ou de dados administrativos disponíveis na Administração Pública.

Os modos de recolha de informação têm evoluído ao longo dos tempos, designadamente acompanhando os progres-sos que se registam nas TIC, o que exige que o INE disponha dos meios mais modernos e eficientes para o efeito. É de assinalar que, na área das empresas, Portugal é o único país da União Europeia que disponibiliza, na web, uma platafor-ma de recolha de informação – WebInq – que abrange to-dos os questionários estatísticos dirigidos ao sector empre-sarial. Recentemente, o INE deu mais um passo em matéria

“O INE, enquanto autoridade estatística nacional, recolhe e divulga informação estatística oficial em áreas tão diversas como a População e a Macroeconomia, a Cultura e o Ambiente, a Agricultura e o Turismo.”

de modernização, com a implementação da Transferência Automática de Dados (TAD), a qual permite às empresas responder a vários inquéritos em simultâneo com um único “clique”, reduzindo-se, assim, significativamente, a carga estatística que sobre elas pende.

Na área das famílias, a recolha de informação é feita pre-sencialmente por meio de entrevistadores ou através de en-trevistas telefónicas. Muito em breve vai iniciar-se a recolha de dados junto das famílias através de formulário web. O primeiro inquérito que irá utilizar este modo de recolha (de-pois da experiência dos Censos 2011) será o Inquérito Na-cional à Saúde, generalizando-se progressivamente a outras operações estatísticas.

Quais as áreas em que incidem as estatísticas produzidas?O INE, enquanto autoridade estatística nacional, recolhe e di-vulga informação estatística oficial em áreas tão diversas como a População e a Macroeconomia, a Cultura e o Ambiente, a Agricultura e o Turismo, no contexto de projectos que, na sua quase totalidade, respondem a compromissos assumidos por Portugal junto da União Europeia e de organizações internacio-nais, concretizados de acordo com regulamentos e metodolo-gias harmonizadas designadamente a nível europeu.

Do conjunto das estatísticas oficiais, apenas as estatísticas monetárias, financeiras, cambiais e da balança de paga-mentos não são da responsabilidade do INE. São da respon-sabilidade do Banco de Portugal.

O INE vai lançar um novo inquérito às empresas exportadoras. Qual é a sua finalidade? No actual contexto económico e financeiro, as exportações de-sempenham um papel fundamental no reforço da economia

nacional e na sua modernização, contribuindo, assim, para a correcção dos desequilíbrios macroeconómicos e para a dina-mização do tecido empresarial. Conhecer antecipadamente a evolução das exportações portuguesas é fundamental para consolidar/promover novas políticas, para diversificar merca-dos e para intensificar a internacionalização das empresas.

Atento às necessidades de informação manifestadas por al-guns utilizadores, de entre os quais a AICEP, o INE concebeu e preparou o Inquérito sobre Perspectivas de Exportação de Bens (IPEB). Este inquérito dirige-se às empresas exportado-ras de bens e tem como objectivo a obtenção de informa-ção sobre as suas expectativas relativamente à actividade de exportação de bens num horizonte de curto prazo.

Page 8: PortugalglobalPortugalglobal Pense global pense Portugal Maio 2014 // Entrevista Alda de Carvalho Presidente do INE Estatísticas apoiam empresas exportadoras 6 Destaque Mobiliário

ENTREVISTA

// Maio 14 // Portugalglobal8

Quando arranca a iniciativa e qual vai ser a sua periocidade?Este novo inquérito arrancou no passado dia 15 Maio e vai realizar-se duas vezes por ano, em Maio e em Novembro. O inquérito de Maio incide sobre a previsão da variação nominal das exportações de bens esperada para o ano corrente, relativa-mente ao ano anterior. O inquérito de Novembro incide sobre as perspectivas das exportações de bens para o ano seguinte.

Qual o número de empresas que serão inquiridas e qual o critério que será adoptado para a sua selecção? As empresas de serviços vão também ser alvo do inquérito?O IPEB integra-se no conjunto das estatísticas do Comér-cio Internacional de Bens produzidas pelo INE. Como referi, apenas as empresas exportadoras de bens são elegíveis no âmbito deste novo inquérito, tendo por base os valores de exportação de bens declarados ao INE através do Sistema Intrastat, no que se refere às transações Intra-UE, ou os apresentados às alfândegas e integrados no Sistema Extras-tat, no que se refere às transacções para Países Terceiros.

Dado o elevado número de empresas com actividade expor-tadora, este novo inquérito dirige-se apenas a uma amos-tra de 3.052 empresas, estatisticamente representativas do universo das empresas exportadoras de bens e selecciona-das de acordo com o volume de exportações declarado/apresentado (Intrastat/Extrastat). As empresas com valores de exportação muito reduzidos não serão abrangidas pela obrigação de resposta ao IPEB.

As empresas exportadoras de serviços apenas fazem parte da amostra do IPEB se, simultaneamente, forem exportado-ras de bens; ainda assim, só serão inquiridas sobre as pers-pectivas relativas às exportações de bens.

nários, cujos contactos constam da correspondência envia-da às empresas a inquirir no âmbito do inquérito.

As exportações portuguesas estão a assumir maior peso na economia nacional. As estatísticas do INE permitem dar a conhecer melhor o comportamento da economia e avaliar perspectivas estratégicas?No âmbito da sua produção corrente o INE divulga infor-mação mensal sobre as transacções internacionais de bens (importações e exportações), de acordo com metodologias harmonizadas ao nível da União Europeia e padrões estabe-lecidos a nível internacional (Nações Unidas).

Este novo projecto do INE permitirá ir mais além e dar a conhecer as perspectivas de evolução das empresas em termos de exportações de bens no curto prazo. Será, cer-tamente, uma informação importante e um instrumento útil na tomada de decisões estratégicas dos agentes eco-nómicos e na fundamentação de políticas públicas volta-das para as exportações.

De acordo com o objectivo permanente de satisfazer as ne-cessidades dos utilizadores de informação estatística em ge-ral, e das empresas que prestarão informação no âmbito do IPEB em particular, as quais serão, certamente utilizadoras interessadas da informação estatística produzida, o INE vai adoptar um modelo personalizado, que poderá vir a revelar-se de grande relevância no actual contexto de crescente in-ternacionalização das empresas portuguesas.

Aproveito para salientar que a boa colaboração de todas as empresas seleccionadas para responder ao IPEB será essen-cial para a qualidade dos seus resultados, que serão pro-duzidos com independência técnica e seguindo os padrões nacionais e internacionais de qualidade estatística.

E quais serão os procedimentos?Como é procedimento habitual, as empresas seleccionadas para integrarem a amostra do inquérito foram previamente contactadas pelo INE por via telefónica, e receberam, poste-riormente, por e-mail, informações pormenorizadas sobre o inquérito e sobre o preenchimento do questionário respecti-vo, bem como a indicação dos prazos de resposta.

A resposta ao IPEB é efectuada por via electrónica, através do Serviço de Inquéritos do INE na web. O INE disponibiliza um serviço de apoio ao respondente, vocacionado para o esclarecimento de dúvidas no preenchimento dos questio-

“Atento às necessidades de informação manifestadas por alguns utilizadores, de entre os quais a AICEP, o INE concebeu e preparou o Inquérito sobre Perspectivas de Exportação de Bens (IPEB), que se dirige às empresas exportadoras.”

Page 9: PortugalglobalPortugalglobal Pense global pense Portugal Maio 2014 // Entrevista Alda de Carvalho Presidente do INE Estatísticas apoiam empresas exportadoras 6 Destaque Mobiliário

ENTREVISTA

Portugalglobal // Maio 14 // 9

Por isso, fica aqui o meu apelo a todas as empresas para que colaborem com o INE, neste como em todos os restan-tes inquéritos que lhes são dirigidos. Há uma realidade in-contestável: só com a resposta rigorosa de (todas) as empre-sas inquiridas, o INE pode produzir estatísticas económicas com qualidade, a utilizar por todos os decisores, incluindo para as próprias empresas.

Estatísticas oficiais deficientes conduzem a tomadas de de-cisão erradas.

Qual a importância e o contributo dos dados estatísticos do INE para as Estatísticas Europeias? Sendo o interlocutor nacional junto da Comissão Europeia (Eurostat) para fins estatísticos no âmbito do Sistema Esta-tístico Europeu, uma parte muito significativa da informa-ção estatística produzida pelo INE encontra-se devidamente enquadrada por legislação europeia constituindo input para

Europeias, instrumento autorregulador cujo objectivo é a promoção da confiança nas estatísticas nacionais e euro-peias, através de 15 princípios nas vertentes institucional – independência profissional, mandato para a recolha de dados, adequação de recursos, compromisso com a qua-lidade, confidencialidade e imparcialidade e objectividade –, de processos estatísticos – metodologia sólida, procedi-mentos estatísticos adequados, carga não excessiva sobre os respondentes e eficácia na utilização dos recursos – e da produção estatística – relevância, precisão e fiabilidade, oportunidade e pontualidade, coerência e comparabilidade e acessibilidade e clareza.

Qual a relação entre o Código de Conduta e a Gestão de Qualidade?O INE adoptou naturalmente este Código de Conduta, no qual se enquadram os seus Valores e a sua Carta de Quali-dade, e promove-o activamente junto de todas as entidades intervenientes na produção estatística nacional, dos respon-dentes e aos utilizadores de informação estatística oficial.

Os princípios do Código de Conduta, em conjunto com os princípios relacionados com a Gestão da Qualidade, repre-sentam o quadro de referência comum da qualidade do Sis-tema Estatístico Europeu, de extrema importância enquanto instrumento de referência para a garantia da confiança e credibilidade dos sistemas estatísticos.

Com este objectivo, está a decorrer uma avaliação (peer re-view) ao cumprimento dos 15 princípios do Código de Con-duta junto do Eurostat e de todos os institutos de estatística e outros produtores nacionais de estatísticas europeias. Esta avaliação global à produção das estatísticas europeias está a ser realizada por uma empresa independente que opor-tunamente reportará os resultados da referida avaliação ao Eurostat e a todos os Estados-membros.

“No âmbito da sua produção corrente o INE divulga informação mensal sobre as transacções internacionais de bens (importações e exportações), de acordo com metodologias harmonizadas ao nível da União Europeia e padrões estabelecidos a nível internacional (Nações Unidas).”

a produção de Estatísticas Europeias, estando devidamente harmonizada ao nível dos métodos, nomenclaturas e proce-dimentos, visando a produção de resultados comparáveis.

Neste sentido, o Sistema Estatístico Europeu estabele-ceu, em 2005, o Código de Conduta para as Estatísticas

Page 10: PortugalglobalPortugalglobal Pense global pense Portugal Maio 2014 // Entrevista Alda de Carvalho Presidente do INE Estatísticas apoiam empresas exportadoras 6 Destaque Mobiliário

DESTAQUE

// Maio 14 // Portugalglobal10

A indústria europeia de mobiliário é uma indústria de elevada qualidade em termos técnicos, estéticos, de design e de moda, com uma forte imagem de marca no mundo inteiro. Abrange cerca de 150 mil empresas e gera um volume de negócios de 126 mil milhões de euros. O mobiliário português faz parte deste universo fortemente inovador, estando as empresas a dar uma resposta competitiva à pressão exercida pela concorrência, nomeadamente a concorrência internacional. Neste sentido, o sector do mobiliário está empenhado num processo de reestruturação e modernização, que está a reflectir-se no aumento das exportações e que está a criar as condições necessárias para que este consolide a sua sustentabilidade e competitividade, tanto a nível interno como externo.

MOBILIÁRIO GLOBAL

Page 11: PortugalglobalPortugalglobal Pense global pense Portugal Maio 2014 // Entrevista Alda de Carvalho Presidente do INE Estatísticas apoiam empresas exportadoras 6 Destaque Mobiliário

DESTAQUE

Portugalglobal // Maio 14 // 11

As dificuldades da crise permitiram po-tenciar, no entanto, a tenacidade das em-presas, vocacioná-las e prepará-las para os mercados externos. A globalização, a exigência e o conhecimento do consumi-dor, assente em critérios de sustentabili-dade e qualidade, obrigou à alteração de comportamentos e de modelos de ges-tão, bem como ao desaparecimento de unidades sem competitividade.

Neste contexto de mudança, o sector dividiu-se pela sua especificidade, re-sultando numa clara separação entre empresas de nível local, regional, na-cional e internacional, o que veio re-forçar a identidade e a capacidade do mobiliário português. Por outro lado, este sector de características muito próprias apresenta-se bastante frag-mentado em termos do número de empresas: num universo de cerca de 5.200, predominam as de pequena dimensão, com menos de 10 trabalha-dores, muito distintas em termos de produto, desenvolvendo o seu negócio de uma forma bastante familiar, apos-tando em nichos de mercado, numa área de actuação reduzida e com uma produção bastante limitada.

Empresas com estas características, confrontadas com o negócio global, tendem a desaparecer, pois o mercado internacional obriga não só a estraté-gias concertadas, como a uma capa-cidade produtiva sustentável e princi-palmente a uma resposta imediata. Na realidade, a reduzida dimensão e a pe-

MOBILIÁRIOUM SECTOR EM PROFUNDA MUDANÇA> POR ISABEL QUINTAS, GESTORA DE CLIENTE NA DIRECÇÃO DE PEQUENAS E MÉDIAS

EMPRESAS DA AICEP

A crise económica internacional, cuja profundidade e extensão se agravou em 2008, produziu fortes efeitos recessivos na economia mundial, designadamente na confiança dos agentes económicos, nas restrições ao crédito e, em geral, na actividade económica, bem como na gestão, sustentabilidade e competitividade das empresas. O mobiliário não escapou à mudança.

quena escala não são competitivas no novo contexto do mercado.

Geograficamente o sector revela ainda uma grande concentração regional, pois o grosso desta indústria está loca-lizado no Norte do país, em particular nos concelhos de Paços Ferreira e Pa-redes. Situação que lhe confere mais-valias, é certo, mas que também lhe acarreta algumas contrariedades.

Por um lado, a concentração regional permite um conforto ao nível da pro-cura de fornecedores, facilidade de contratação de mão-de-obra especia-lizada, possibilidade/facilidade de sub-contratação das empresas de menor dimensão pelas maiores, o que po-tencia a sustentabilidade do desenvol-vimento social e regional. Por outro,

fragiliza o sector pois a dependência das pequenas empresas relativamen-te às maiores e melhor posicionadas no mercado poderá reforçar o poder destas sobre os valores de produção/comercialização, bem como reduzir e anular as de dimensão mais pequena, sem capacidade produtiva e sem qual-quer especialização.

A clara separação entre grandes e pe-quenas empresas, muitas de cariz tradi-cional, reflecte também ela as mudanças nesta indústria. As primeiras, fazem uma aposta na produção em série, com mão-de-obra intensiva e sem qualificação, en-quanto as segundas apostam na diferen-ciação pela produção limitada, totalmen-te artesanal, onde a figura do marceneiro assume um papel fundamental.

Contudo, e apesar das diferenças que separam esta duas realidades, verifica-se a necessidade desta coexistência. Uns têm capacidade de dar resposta ao mercado em termos de números, ou-tras permitem a diferenciação pelo ca-rácter artesanal que confere ao móvel e às peças que cria. Não é, pois, de estra-nhar que se verifique a aquisição de pe-quenas oficinas por grandes empresas.

Seja como for, o sector tem forte vo-cação internacional, apresentando ex-celentes resultados nos valores de ex-portação, segundo dados do INE. Com uma taxa de crescimento, em 2013, de 10,04 por cento, atingiu um valor de 1.188,4 milhões de euros, exportan-

Page 12: PortugalglobalPortugalglobal Pense global pense Portugal Maio 2014 // Entrevista Alda de Carvalho Presidente do INE Estatísticas apoiam empresas exportadoras 6 Destaque Mobiliário

DESTAQUE

// Maio 14 // Portugalglobal12

do para 148 países. Verifica-se ainda na exportação a grande influência dos mercados europeus, com a França e a Espanha em grande destaque, regis-tando respetivamente 29,3 por cento e 24,9 por cento das saídas, embora também o Reino Unido e a Alemanha continuem a ser fortes clientes de Por-tugal. Contudo o destino do mobiliário português tem-se diversificado, verifi-cando-se saídas para Arábia Saudita, China e Estados Unidos da América com crescimentos anuais a três dígitos.

As exportações aumentaram continua-mente entre 2009 e 2013, a um ritmo médio anual de 8,9 por cento. No mes-mo período, as importações recuaram

gestão é, em muitos casos, incipiente em termos de estratégia. Verifica-se a exis-tência do empresário que acumula várias funções, estando, de uma forma geral, vocacionado para a gestão corrente, não investindo tempo ou recursos em plane-amento. O acesso à cadeia de gestão por parte da camada mais jovem encontra ainda grande resistência. Este quadro, contudo, tem-se alterado gradualmente pela positiva, sobretudo nas grandes em-presas, nas quais a concorrência obriga a respostas e decisões imediatas e sobretu-do a técnicas de negociação e comunica-ção evoluídas.

A aposta nos incentivos financeiros refletiu-se na modernização das estru-

de demonstrada em apresentar novos produtos, em criar tendências a nível mundial, em ser uma indústria refe-renciada nas mais prestigiadas revistas internacionais do sector.

Neste sentido, a sinergia entre o design e a estrutura produtiva tem consegui-do excelentes resultados. O classicis-mo das técnicas e a modernidade de conceitos e de concepção têm origina-do peças únicas, verdadeiras obras de arte. Partindo de uma indústria com raízes tradicionais, o mobiliário tem-se transformado numa actividade moder-na, inovadora e competitiva.

Contudo, o crescimento e a consolida-

5,3 por cento em média ao ano. Ou seja, em cinco anos, as saídas aumenta-ram 344 milhões de euros e as entradas baixaram 125 milhões. Refira-se que já em 2012 o mobiliário representava 7,5 por cento das empresas, 4,8 por cento do emprego, 1,6 por cento da produção e do volume de negócios e 2,4 por cen-to do VAB da indústria transformadora.

Apesar dos excelentes resultados nos va-lores de exportação, esta indústria apre-senta no entanto debilidades que provo-cam alguns desvios em termos de con-solidação de mercados externos. Sendo um sector muito fragmentado, em que predominam as pequenas empresas, a

turas empresariais, na profissionalização da gestão e no reforço das competên-cias de engenharia e tecnologia. Permi-tiu ordenar e priorizar conceitos estra-tégicos, bem como planear e definir a entrada em novos mercados com novos produtos. A aposta em estudos e em atitudes estratégicas tem, sem dúvida, alterado a forma como o mobiliário por-tuguês é reconhecido no exterior.

A capacidade de adaptação às solicita-ções do mercado, o desenvolvimento tecnológico e a grande flexibilidade na produção, permitiram o desenvolvi-mento do sector, bem como um me-recido reconhecimento pela capacida-

ção no panorama mundial têm que estar assentes na cooperação entre empresas, na criação de redes de informação, na criação de uma base de dados em que seja visível toda a oferta nacional, na par-tilha de canais de distribuição e de novos mercados, na aposta em centros de for-mação e na promoção de parcerias entre fabricantes nacionais e estrangeiros, de forma a tornar esta indústria mais capaz, conhecedora e competitiva. A especia-lização, modernização e comunicação são, pois, elementos fundamentais a ter em conta na dinâmica sectorial, de for-ma a consolidar a sua competitividade e a reforçar a sua existência e afirmação no panorama global.

Page 14: PortugalglobalPortugalglobal Pense global pense Portugal Maio 2014 // Entrevista Alda de Carvalho Presidente do INE Estatísticas apoiam empresas exportadoras 6 Destaque Mobiliário

DESTAQUE

// Maio 14 // Portugalglobal14

Não basta a uma marca ou produtor ter designers a desenhar os seus pro-dutos, é preciso desenhar os produtos adequados para um determinado mer-cado, e é preciso ter uma estratégia de comunicação e identidade para se po-sicionar nesse mercado.

Assim, mais importante do que ter um designer é desenvolver uma “cultura do design” dentro de cada empresa com o apoio de um “designer especialista” ou “Director Artístico” que em estrei-ta comunicação com o empresário vai construindo o posicionamento da em-presa através dos produtos que desen-volve – como os comunica e apresenta,

A MAIS-VALIA DO DESIGN NO MERCADO GLOBAL POR MARCO SOUSA SANTOS, DESIGNER

Todos sabemos que o ‘design’ é a ferramenta-chave para a inovação, diferenciação, e competitividade da indústria no mercado global. O que muitos não sabem ainda, é como usá-lo e tirar proveito da sua utilização.

e com que “estilo” ou “identidade” se apresenta no mercado.

O design é muito mais do que fazer desenhos bonitos ou extravagantes, é uma profissão de informação que pressupõem a observação e cultura específica da área de negócio em que intervém. No mundo do mobiliário, o negócio está muito para além das questões de valor de compra, qualida-de e produção, e a estas cada vez mais se associam questões de valor relacio-nadas com a “identidade” e os “esti-los de vida”. Por isso, quando o de-signer intervém ele não desenha ape-nas um produto, ele reinventa através

dos produtos a “emoção”, o “desejo” ou a “surpresa” no contexto de um posicionamento da marca perante um determinado “estilo de vida” ou “ten-dência” de consumo.

A “cultura do design” é, no fundo, uma atitude que nasce do conhecimento e observação do “mundo do design” e das actividades dos seus intervenientes (marcas, designers, jornalistas, blog-gers, feiras, compradores, produtores, museus, galerias, entre outros).

Na prática, essa observação, tanto para o designer como para o empresá-rio que trabalha com designers, pres-

Page 15: PortugalglobalPortugalglobal Pense global pense Portugal Maio 2014 // Entrevista Alda de Carvalho Presidente do INE Estatísticas apoiam empresas exportadoras 6 Destaque Mobiliário

DESTAQUE

Portugalglobal // Maio 14 // 15

supõem a percepção dos casos e dos exemplos mais significativos e a forma como se comportam, como comuni-cam, com que meios, e como se dife-renciam esses exemplos.

Se observarmos as marcas de referên-cia numa feira, como a de Milão ou Colónia, compreendemos que não são apenas os produtos e a colecção que contam, mas também o desenho do stand, o catálogo, e o todo visual, ou identidade, que resulta da coordena-ção do director artístico e da sua per-cepção do que o mercado (ou melhor, as pessoas) deseja.

Se a mais-valia do design na indústria está na capacidade de experimentar para inovar, é certo que essa experi-mentação se faz arriscando, não só no desenvolvimento de novos produtos, mas muito também na capacidade de o

O DESIGNERFormado em Design de Equipamen-to pela faculdade de Belas Artes de Lisboa, Marco Sousa Santos é um designer transversal que trabalha em diversas áreas do projecto e da gestão do design, sendo uma figura de proa da nova geração de design-ers portugueses que nos últimos anos se têm afirmado com uma só-lida reputação a nível internacional. Os seus projectos e produtos têm sido apresentados em paralelo com alguns dos mais prestigiados design-ers internacionais, em instituições de referência como o V&A de Londres e a Trienal de Milão, ou nas feiras e eventos de design de referência, um pouco por todo o mundo. Das muitas empresas com que co-laborou destacam-se a nível nacio-nal a Vista Alegre, a Temahome a Atlantis, e a TAP, e a nível Interna-cional, a Renault (Paris), a Moroso, a Tronconi e a Magis.É professor de Design de Equipa-mento na Faculdade de Belas Ar-tes de Lisboa, mas o seu percurso como professor passa também pela ECAL de Lausanne e ESAD de Estrasburgo onde lecionou em re-gime de workshops entre os anos de 2002 e 2004. Presentemente o autor, que vive em Lisboa, faz da sua cidade a base inspiradora do Projecto Branca-Lisboa, tendo a sua sede no Porto e desenvolven-do as suas colecções de mobiliário com muitos produtores e fabrican-tes no norte do país.

acção e influência sobre as decisões estratégicas para que a implementa-ção do design esteja a montante, e seja integrada e transversal às decisões de gestão e de comunicação.

Já existem em Portugal algumas em-presas que compreenderam este re-lacionamento com o design e com o director artístico, e essas mesmas empresas perceberam que o design não salva, mas conduz, posiciona, constrói identidade e muitas vezes, notoriedade.

O sucesso através do design é muito mais fácil do que parece, mas tem de ser interiorizado, antes de mais na per-cepção dos empresários de que do pró-totipo ao produto, da fotografia ao ca-tálogo, do stand ao website, tudo está ligado e tudo é parte integrante de uma “cultura de design”.

fazer de forma continuada, informada e estilisticamente coerente.

Para isso, a indústria portuguesa do mobiliário terá inevitavelmente de co-laborar de forma sistemática com os designers “estrategas”, e é preciso descobri-los (pois nem todos têm esse conhecimento e capacidade, muito menos os mais jovens), e integrar a sua perspectiva no desenvolvimento da empresa, dando-lhes o espaço de

Para todas as empresas de mobiliário que pretendam sobreviver nos próxi-mos 10 anos, fica aqui o alerta aos seus gestores: dediquem-se a visitar feiras, a seguir marcas, a conhecer os desig-ners, a ler revistas de design, a entrar no mundo específico do design adqui-rindo a sua cultura (conhecimento). É o primeiro passo! Por amor à camisola.

[email protected]

www.branca-lisboa.com

Page 16: PortugalglobalPortugalglobal Pense global pense Portugal Maio 2014 // Entrevista Alda de Carvalho Presidente do INE Estatísticas apoiam empresas exportadoras 6 Destaque Mobiliário

DESTAQUE

// Maio 14 // Portugalglobal16

Fortemente internacionalizada, a Frato comercializa apenas dois por cento do seu mobiliário para clientes portugueses. Desde que foi criada, há quatro anos, o seu crescimento tem sido exponencial, operando hoje em mais de 50 países. Em 2013, o seu volume de negócios foi de 2,5 milhões de euros.

FRATOINOVAÇÃO E DESIGN SÃO DECISIVOS NA PROJECÇÃO GLOBAL DA MARCA>ENTREVISTA A CARLOS FARIA SANTOS, CEO DA FRATO

Quando teve início a Frato e em que contexto?

A Frato foi criada em 2010, num contex-to particularmente difícil. O primeiro ano foi essencialmente dedicado ao dese-nho e ao desenvolvimento do conceito, sendo este apresentado em Janeiro de 2011, na feira Maison & Objet, em Paris, com uma colecção que já englobava es-tofo, iluminação e mobiliário. Esta apre-sentação representou acima de tudo um teste em mercado real, com custos e in-vestimento bastante limitados.

Após constatarmos a excelente acei-tação da nossa proposta, fomos

reforçando a equipa e a colecção, efectuando sucessivos investimentos em áreas produtivas, bem como re-forçando o capital da Frato. Hoje em dia é uma empresa sólida, sem endivi-damento operacional e com uma ele-vada produtividade, gerando recursos que permitem investimentos com re-cursos próprios. Em 2013 facturámos 12 vezes o volume de negócios de 2010, embora sejamos uma das em-presas de menor dimensão entre os players que apresentam um conceito global de interiores, com volume de negócios na casa de um por cento de concorrentes directos.

Page 17: PortugalglobalPortugalglobal Pense global pense Portugal Maio 2014 // Entrevista Alda de Carvalho Presidente do INE Estatísticas apoiam empresas exportadoras 6 Destaque Mobiliário

DESTAQUE

Portugalglobal // Maio 14 // 17

Quais são as características diferenciadoras da marca no mercado?

A Frato não é uma marca de mobiliá-rio ou estofo. É acima de tudo um life-style concept em constante evolução, que se traduz num conceito global de interiores idealizado para proporcio-nar experiências únicas e autênticas. A coerência e dimensão da oferta, o posicionamento integrado aos níveis qualitativo, económico e criativo, bem como a extrema flexibilidade são ou-tros aspectos que diferenciam a mar-ca. Por outro lado, a proximidade com a produção, a disponibilidade de re-cursos humanos qualificados na área da arquitectura, design e design de in-teriores, o facto de estarmos sedeados em Portugal – que actualmente per-mite custos de produção aceitáveis –,

luxo, a Frato distancia-se dos padrões ostensivos valorizando a sobriedade das linhas, o desenho despretensioso, a excelência dos materiais e acaba-mentos e o total domínio técnico nas várias etapas do processo de concep-ção e produção.

Para nós é fundamental aliar capa-cidade produtiva à criatividade, pois desta conjugação resulta um maior valor acrescentado e redobrada efi-cácia. Essa aposta na área produtiva fará com que até ao final do corrente ano, 80 por cento dos produtos Frato sejam produzidos pela própria empre-sa, por empresas participadas ou por empresas do grupo. O controlo total de todo o processo produtivo e cria-tivo, qualidade, versatilidade na ofer-ta, e rapidez no desenvolvimento de produto fizeram com que optássemos

por ter uma produção 100 por cento nacional garantindo um produto que cumpre os mais elevados níveis de exigência, base fundamental do su-cesso da Frato.

Qual é o peso da exportação na actividade da marca?

A Frato não se internacionalizou, a Fra-to nasceu no exterior e de certa forma para o exterior. Trabalhamos um nicho bastante específico, com pouca dimen-são em Portugal. Para sermos bem su-cedidos teremos que ser globais, algo que temos vindo a conseguir, estando já presentes em 50 países. Desta vasta listagem, o Reino Unido revela-se um dos mercados mais importantes, facto reforçado pela presença da marca no Harrods, em Londres, que proporcio-nou um reconhecimento imediato. A nível de retalho, o Harrods é possivel-

bem como uma proximidade geográfi-ca assinalável com muitos dos clientes, são factores decisivos na competitivi-dade da Frato.

Gostaria ainda de referir a importância que atribuímos aos valores base da mar-ca, e que se traduzem num posiciona-mento que valoriza a ética, o compro-misso, o serviço ao cliente e o relacio-namento que vamos construindo com todos os colaboradores e parceiros.

Que papéis desempenham a inovação e o design no produto da empresa?

Eu diria que a inovação e o design são o core da Frato, peça fundamental da estratégia da marca e ponto de parti-da para uma estética diferenciada que alia elegância natural, perfeccionismo e intemporalidade. Apesar de frequen-temente associada ao mercado do

“Após constatarmos a excelente aceitação das nossas colecções, fomos reforçando a equipa, efectuando sucessivos investimentos em áreas produtivas e reforçando o capital da Frato.”

Page 18: PortugalglobalPortugalglobal Pense global pense Portugal Maio 2014 // Entrevista Alda de Carvalho Presidente do INE Estatísticas apoiam empresas exportadoras 6 Destaque Mobiliário

DESTAQUE

// Maio 14 // Portugalglobal18

FRATOVia Central de Milheirós, 8104475-330 Maia | PortugalTel +351 229 617 400Fax +351 229 617 409

Nova Iorque521, Fifth Avenue - Suite 1700New York, NY 10175 | USATel.: +1 212-292-4246Fax +1 212-573-6355

[email protected]

www.frato-interiors.com

mente a mais exclusiva montra a nível mundial, pelo que estamos perante uma oportunidade única de afirmação e desenvolvimento da marca. Na rea-lidade, este espaço funciona como a nossa flagship store global, onde está representada a quase totalidade da co-lecção, completando cerca de 150 refe-rências em exposição.

Em 2013 exportamos 98 por cento de um volume de negócios de 2,5 milhões de euros, não se prevendo alterações

significativas nos próximos anos. De re-ferir ainda a elevada percentagem de vendas para países terceiros, em alguns anos excedendo os 50 por cento do to-tal de negócios.

A Frato tem projectos em curso em termos de produto e mercados?

Na área produtiva está previsto o lan-çamento, em Setembro, de uma uni-dade produtiva de estofo, a qual per-mitirá um desenvolvimento de produ-to rápido e de grande qualidade.

Em Maio deste ano triplicámos o núme-ro de recursos em I&D com a contrata-ção de novos colaboradores, tendo em vista a duplicação da colecção em 2015.

A nível de conceitos de loja B2C, lan-çámos recentemente a nossa loja no Harrods, a qual permitirá não só afi-nar o nosso conceito de retalho, como também efectuar análises de bench-marking. Nesta loja, os três primeiros meses tiveram um nível de vendas e aceitação no patamar dos key players, o que nos deixa confiantes numa pers-

pectiva de crescimento sustentado a médio e longo prazo.

Ainda no corrente ano abriremos o nosso espaço em Riade, no segui-mento de uma parceria com a família real saudita, e iremos renovar e dupli-car a área da nossa loja em Singapu-ra. Por último, estão neste momento a decorrer negociações que indicam como muito provável a duplicação da rede de lojas Frato em 2015, com presença em vários países, entre eles os Estados Unidos.

“A Frato não é uma marca de mobiliário ou estofo. É acima de tudo um lifestyle concept em constante evolução, que se traduz num conceito global de interiores idealizado para proporcionar experiências únicas e autênticas.”

Page 19: PortugalglobalPortugalglobal Pense global pense Portugal Maio 2014 // Entrevista Alda de Carvalho Presidente do INE Estatísticas apoiam empresas exportadoras 6 Destaque Mobiliário

DESTAQUE

Portugalglobal // Maio 14 // 19

Com sede em Valongo, a Jetclass é a expressão global da mística portugue-sa, que mostra ao mundo o que de melhor e mais luxuoso se faz por terras lusas. A paixão e dedicação em cada passo do fabrico, bem como a inova-ção e autenticidade das suas origens, levaram a Jetclass e o seu design à in-ternacionalização. Hoje, cerca de 90 por cento da sua facturação é relativa às suas exportações.

A marca distingue-se por uma perso-nalidade forte e exuberante e por um

A Jetclass é uma empresa de mobiliário de luxo, com ‘design’ próprio e exclusivo. O sonho do seu fundador, Agostinho Moreira, surgiu como resultado de uma forte vontade empreendedora e do sonho de criar produtos novos, que traduzam em cada peça a perfeição.

JETCLASSMÓVEIS DE LUXO PARA O MUNDO>POR AGOSTINHO MOREIRA, CEO DO JETCLASS GROUP

potencial inovador, em que primam a elegância e a sofisticação. O trabalho de a erguer e afirmar nos mercados foi árduo mas a experiência profissional no sector do mobiliário, bem como o su-cesso da empresa, saíram fortalecidos.

A produção Jetclass responde aos pa-drões de exigência dos mercados de luxo mundiais, sendo a sua qualidade reconhecida pelos seus clientes, con-quistando a confiança dos mais exigen-tes, um pouco por todo o globo.

Page 20: PortugalglobalPortugalglobal Pense global pense Portugal Maio 2014 // Entrevista Alda de Carvalho Presidente do INE Estatísticas apoiam empresas exportadoras 6 Destaque Mobiliário

DESTAQUE

// Maio 14 // Portugalglobal20

Jetclass Real Furniture

Rua Andrade Corvo, 1051Apartado 624440-999 Valongo - PortugalTel.: +351 224 159 951

+351 224 159 967Fax: +351 224 152 414

www.jetclass.pt

Os projectos desenvolvidos consti-tuem um serviço 100 por cento per-sonalizável e totalmente concebido

à medida do cliente, e tal como o serviço de um alfaiate, é minucioso e completo. O que significa a cria-ção de um design único e exclusivo, peças de mobiliário e decoração de luxo, na óptica de satisfazer os dese-jos mais requintados.

Este serviço por medida tem um nome, Jetclass Tailored, e é pensado para cada um dos seus clientes, co-ordenando e gerindo parceiros de várias áreas, todos eles orientados para a excelência. Clientes privados e empresariais de países tão distin-

tos como Brasil, Alemanha, Angola, Líbia ou Argélia requisitam o serviço Jetclass Tailored para projectos de ho-telaria, residencial ou comercial.

A Jetclass, ao longo da sua história, sempre propôs ao mercado colecções de desenvolvimento próprio, edições especiais como a “High Tech” e edições com assinatura de autor como a “CR7” by Jetclass, que se distinguem pela quali-dade que só a mestria dos seus artesãos podem proporcionar. Paralelamente, cria ainda marcas igualmente únicas como a “Opium, design art” em mobiliário, para desejos e gostos mais minimalistas.

Antecipando tendências e atacando estrategicamente nichos de mercado, a Jetclass não cessa de inovar. A sua mais recente aposta consiste no desenvolvi-mento de mobiliário único e sofistica-do, em linhas modernas e sedutoras, pensado para o interior de iates.

A simbiose entre inovação e requin-te tornou-se uma presença constante nesta nova etapa da marca, em que se combinam, a título de exemplo, acaba-mentos nobres em pele e a fibra de car-bono, tendo como resultado uma es-tética surpreendente e uma exaltação dos sentidos que não deixam ninguém indiferente.

“Clientes privados e empresariais de países tão distintos como o Brasil, Alemanha, Angola, Líbia ou Argélia requisitam o serviço Jetclass Tailored para projectos de hotelaria, residencial ou comercial.”

“A produção Jetclass responde aos padrões de exigência dos mercados de luxo mundiais, sendo a sua qualidade reconhecida pelos seus clientes, conquistando a confiança dos mais exigentes, um pouco por todo o globo.”

Page 21: PortugalglobalPortugalglobal Pense global pense Portugal Maio 2014 // Entrevista Alda de Carvalho Presidente do INE Estatísticas apoiam empresas exportadoras 6 Destaque Mobiliário

DESTAQUE

Portugalglobal // Maio 14 // 21

A Larus foi fundada em 1988, em Al-bergaria-a-Velha, e é actualmente um player internacional no desenvolvimen-to e produção de mobiliário urbano. Na criação de um novo equipamento, seja um banco de jardim ou uma esplanada, a interpretação da identidade local está sempre presente, para respeitar e valori-zar a arte, a cultura e a arquitectura das cidades. A sua missão é “humanizar o território”, antecipando as necessidades das populações no espaço público.

Desde a produção do sistema de sinaléti-ca para a EXPO’98, em 1998, que a em-

LARUSUM PLAYER INTERNACIONAL >POR PEDRO MARTINS PEREIRA, FUNDADOR E PRESIDENTE DA LARUS

A Larus faz do ‘design’ o fio condutor de toda a actividade nacional e internacional, fabricando mobiliário urbano. A estratégia de negócios nos mercados externos tem-se alicerçado no fabrico de mobiliário urbano criado em parceria com alguns dos mais conceituados arquitectos portugueses.

presa se tem afirmado na concepção, de-senvolvimento e produção de mobiliário urbano com características inovadoras.

O investimento em investigação de de-sign, através de uma equipa de designers, engenheiros e técnicos especializados que trabalha, diariamente, em novas so-luções, traduz uma atitude de excelência já distinguida com os mais importantes prémios europeus e mundiais de design – DME Award e Red Dot Design Award.

Esta consistência permitiu à Larus man-ter uma rede de parceiros de excelência

Page 22: PortugalglobalPortugalglobal Pense global pense Portugal Maio 2014 // Entrevista Alda de Carvalho Presidente do INE Estatísticas apoiam empresas exportadoras 6 Destaque Mobiliário

DESTAQUE

// Maio 14 // Portugalglobal22

LARUSVale Mamôa3850-090 Albergaria-a-Velha - PortugalTel.: +351 234 520 600Fax: +351 234 520 609

[email protected]

www.larus.pt

que confiam o desenvolvimento dos seus projectos, como é o caso de Siza Vieira, Daciano da Costa, Souto de Moura, Al-cino Soutinho, Carrilho da Graça, João Nunes, Josep Lluís Mateo, Francisco Pro-vidência ou Henrique Cayatte.

Actualmente, a empresa está a desen-volver diversas soluções para a Europa, Médio Oriente e PALOP, nomeadamen-te novas linhas de mobiliário, sinalética, quiosques, esplanadas, ecopontos, es-truturas de ensombramento ou equipa-mentos exteriores de check-up de saúde vocacionados para percursos pedestres, SPA, ciclovias ou campos de golfe.

A aceitação internacional tem sido muito significativa, particularmente do mundo árabe que começa agora a re-cuperar o mar e as comunidades cos-teiras tendem a orientar a sua oferta de ócio e lazer para a primeira linha de costa. Esta prática do modelo ocidental tem permitido a aceitação favorável de novos equipamentos.

A Larus teve sempre como objectivo a in-ternacionalização, como forma de se afir-mar e de garantir o seu crescimento. No ano passado, as vendas para o exterior representaram 43 por cento do volume de negócios. Os mercados árabes, o Ma-grebe, os PALOP e a Europa Central e do Sul são os mercados mais significativos.

Em alguns países verifica-se que uma marca europeia e competitiva como a Larus garante, à partida, vantagens ope-racionais. E essa diferenciação da con-corrência europeia decorre da herança cultural portuguesa: a empresa não impõe soluções, adapta-as à realidade local, seja ambiental ou cultural, em que todos os equipamentos respondem a um cuidado extremo no que respeita à regulamentação e a hábitos locais.

Page 23: PortugalglobalPortugalglobal Pense global pense Portugal Maio 2014 // Entrevista Alda de Carvalho Presidente do INE Estatísticas apoiam empresas exportadoras 6 Destaque Mobiliário

DESTAQUE

Portugalglobal // Maio 14 // 23

Luísa Peixoto DesignRua do Ouro, 1034150-552 Porto - PortugalTel.: +351 226 100 264

[email protected]

www.luisapeixotodesign.com

Aliada a estas características ofere-cemos ainda um serviço muito per-sonalizado, pois o cliente pode criar o seu próprio produto com base em inúmeros materiais e acabamentos, sendo a produção artesanal e toda ela executada por qualificados arte-sãos nacionais. 

Portugal é na realidade um país com forte tradição e grande experiência na área do mobiliário, daí ser fácil encontrar bons parceiros em todas as fases do produto e em matéria de qualidade final.

Começamos a exportar há 10 anos, participando nas feiras do sector, como as de Paris, Londres, Suíça e Dubai. Este passo foi muito importante, pois iniciá-mos a exportação e abrimos mercados num período ainda favorável, chegan-do a crise depois.

A empresa nasce em 1997 e a sua actividade principal é o desenho de peças de mobiliário – intemporais e elegantes – que se distinguem pela sua forma e qualidade excepcional.

LUÍSA PEIXOTO DESIGNEXCELÊNCIA NO MÓVEL PORTUGUÊS>POR LUÍSA PEIXOTO, DIRECTORA CRIATIVA

O valor de exportação tem sido cres-cente ao longo destes 10 anos. O volu-me de facturação/exportação relativo a 2013 foi de 800 mil euros.

Os nossos principais mercados situam-se na Europa, nomeadamente no Reino

Unido, França, Suíça. Fora da Europa, temos fortes parceiros na América do Sul e Rússia. Refiro que no mês pas-sado o nosso agente russo abriu um espaço dedicado ao design português, podendo nele encontrar-se toda a nos-sa colecção de mobiliário. 

Prevemos por isso um forte crescimento na Rússia para este ano, tanto mais que fizemos um grande investimento neste mercado. Em Setembro, estaremos no-vamente no Dubai a expor no evento Hotel Show. E para 2015 estão previstos investimentos em Hong Kong.

Page 24: PortugalglobalPortugalglobal Pense global pense Portugal Maio 2014 // Entrevista Alda de Carvalho Presidente do INE Estatísticas apoiam empresas exportadoras 6 Destaque Mobiliário

DESTAQUE

// Maio 14 // Portugalglobal24

A Persono está a vender em vários mercados, com destaque, em 2014, para o Reino Unido, Angola e Espanha, mas também, para locais mais exóticos como a China, o Sri Lanka ou a Rús-sia. Sendo uma aposta relativamente recente, os mercados internacionais adquirem, cada vez mais, um peso es-

PERSONOA ARTE DO PERFEITO CONFORTO>POR CÁTIA MAIA DA SILVA, DIRECTORA CRIATIVA DA PERSONO

Fundada em 2003, a Persono, Exclusive Mattress, é uma empresa única, criada por uma equipa multidisciplinar que inclui médicos, engenheiros e designers.

sencial na facturação anual da Persono, sendo que constituem já directa e indi-rectamente, cerca de 40 por cento da facturação da empresa, e sendo nosso objectivo que a exportação represente cerca de 80 por cento, em 2016.

A motivação principal da marca é criar

produtos de excelência, integralmen-te manufacturados, e que contribu-am para o conforto dos seus clientes, proporcionando-lhes um sono natural e saudável. Neste sentido, a Persono apre-senta colecções que vão ao encontro da estética e dos desejos dos mais exigen-tes utilizadores da alta decoração.

Page 25: PortugalglobalPortugalglobal Pense global pense Portugal Maio 2014 // Entrevista Alda de Carvalho Presidente do INE Estatísticas apoiam empresas exportadoras 6 Destaque Mobiliário

DESTAQUE

Portugalglobal // Maio 14 // 25

A produção manufacturada permite que os colchões Persono sejam inte-gralmente personalizados de acordo com os gostos e as características físi-cas dos utilizadores, sendo utilizadas na sua manufactura as mais nobres matérias-primas. Este cuidado com o produto final, cheio de inovação e arrojo estético, acabou com a meno-rização do papel do colchão nas nos-sas vidas, desenvolvendo um novo conceito em que o colchão Persono, é também um elemento na decora-ção do quarto. Esta inovação permite uma completa percepção do colchão transformando-o numa peça de re-quintado design.

O conceito Persono Glamour propor-ciona uma escolha para aqueles que procuram um produto de conforto inovador e surpreendente. Os colchões são vestidos em veludo disponível em quatro cores: Eccentric Black, Calm Pearl, Turquoise Blue e Red of Roses. Cada colchão é fornecido com três len-çóis de baixo e duas capas protectoras, havendo a possibilidade de persona-lizar quatro lençóis do cliente. É tam-bém funcional com as suas quatro bol-sas laterais com fechos SWAROVSKI® ELEMENTS, destinadas a guardar ob-

PersonoColchões Personalizados, SA

Rua Cesário Verde, 137 4475-522 Maia - Portugal Tel.: +351 229 864 341Fax: + 351 229 863 346

www.persono-sa.com

Na realidade, a Persono criou em Por-tugal, desde 2008, um novo canal de comercialização de colchões através de decoradores, arquitectos e designers de interiores, replicando desde 2012 esse mesmo canal inovador em mercados ex-ternos, designadamente no Reino Uni-do, onde tem sido muito bem recebida.

Por outro lado, a Persono sempre esteve presente nos mercados inter-nacionais de uma forma indirecta, já que há muitos decoradores e arqui-tectos portugueses realizaram obra e projectos no mercado externo. Mas com a nossa presença em feiras pres-tigiadas, como a 100 % Design, em Londres, a Maison & Object, em Pa-ris, ou a IMM, em Colónia, abriram-se outras portas e sobretudo foi percep-cionada uma notoriedade da marca que, sem essa presença, dificilmente seria alcançada.

“A motivação principal da marca é criar produtos de excelência, integralmente manufacturados, e que contribuam para o conforto dos seus clientes, proporcionando-lhes um sono natural e saudável.”

jectos pessoais, como o telemóvel, o livro de pensamentos ou de notas, o comando do ar condicionado, ou me-dicação de uso urgente.

Page 26: PortugalglobalPortugalglobal Pense global pense Portugal Maio 2014 // Entrevista Alda de Carvalho Presidente do INE Estatísticas apoiam empresas exportadoras 6 Destaque Mobiliário

DESTAQUE

// Maio 14 // Portugalglobal26

A necessidade da empresa apostar numa nova marca decorreu de uma aposta estratégica na diferenciação e na inovação, tendo como motivação a conquista de novos mercados de forma a promover a qualidade do design e da marcenaria em Portugal.

WEWOOD é uma plataforma de parce-rias com designers, arquitectos e jovens talentos. As suas colecções de mobiliá-rio são o resultado do design aliado à marcenaria de alta gama, sendo estas totalmente produzidas pelas experien-tes mãos de artesãos dispondo da mais sofisticada tecnologia.

Todas as peças são originais e de gran-de preocupação ambiental na sua ca-deia de produção. Culturalmente trans-versais e polivalentes, estas primam por uma simplicidade onde a matéria fala pela pureza das suas linhas.

Como foi referido, a ideia de criar a WEWOOD surgiu antes de mais da necessidade de inovarmos e de nos diferenciarmos dos restantes fabri-cantes. Mas os factores que tornam a WEWOOD numa marca única são o know-how dos nossos artesãos no manuseamento de madeira maciça, a qualidade e o rigor em cada peça que é produzida e o design que torna os nos-sos produtos únicos. Os principais produtos da marca desti-nam-se ao uso residencial e contract.

WEWOODDESIGN E MARCENARIA DE ALTA GAMA> POR RAFAELA CARVALHO, RESPONSÁVEL

DE MARKETING E COMUNICAÇÃO

O conceito WEWOOD nasceu em 2010, como resultado do Gabinete de Investigação e Desenvolvimento da empresa Móveis Carlos Alfredo, a qual possui um sólido ‘know-how’ no fabrico e exportação de mobiliário em madeira maciça desde 1964.

Destes, destacaríamos como produtos-chave os seguintes: Secretária BS01, Plateau 0.4, Multibanqueta, Contador, Estante XI, Touch, Estante Face to Face e Cadeira Orca.

Page 27: PortugalglobalPortugalglobal Pense global pense Portugal Maio 2014 // Entrevista Alda de Carvalho Presidente do INE Estatísticas apoiam empresas exportadoras 6 Destaque Mobiliário

DESTAQUE

Portugalglobal // Maio 14 // 27

O maior volume de vendas está con-centrado na Europa: França, Espanha, Bélgica, Reino Unido e Suíça. Estes indicadores devem-se também a uma forte presença da marca em feiras na Europa; no entanto, estes resultados tendem a mudar – actualmente, o mer-cado asiático e norte-americano estão a ter um crescimento elevado.

Desde 1964 que a empresa Móveis Car-los Alfredo está orientada para a expor-tação, sobretudo para a Europa. Em Ja-neiro de 2012, a WEWOOD lança-se pela primeira vez no mercado internacional, num dos mais importantes eventos mun-diais de mobiliário e decoração, a Maison & Objet em Paris, tendo o processo de in-ternacionalização da WEWOOD surgido da necessidade de avançar para novos mercados. Actualmente, 99 por cento

WEWOODRua D. Afonso Henriques, 77 - GandraP.O. Box 10 4589-907 Rebordosa - PortugalTel.: +351 224 156 141Fax: + 351 224 154 105

[email protected]

www.wewood.eu

“As suas colecções de mobiliário são o resultado do design aliado à marcenaria de alta gama, sendo estas totalmente produzidas pelas experientes mãos de artesãos dispondo da mais sofisticada tecnologia.”

das vendas são para exportação, repre-sentando 5 milhões de euros em factura-ção anual da empresa.

A qualidade é um ponto sempre presen-te na WEWOOD, desde a produção até à entrega ao cliente. O facto de a empresa estar orientada para o mercado médio/alto também faz com que o nível de exigência e as expectativas dos clientes sejam mais elevados, pelo que é natu-ral que a qualidade crie valor e defina o posicionamento da marca em relação à concorrência. Na WEWOOD a qualidade e a inovação estão interligadas e são os factores-chave da sua competitividade.

Page 28: PortugalglobalPortugalglobal Pense global pense Portugal Maio 2014 // Entrevista Alda de Carvalho Presidente do INE Estatísticas apoiam empresas exportadoras 6 Destaque Mobiliário

EMPRESAS

// Maio 14 // Portugalglobal28

Fundada em 1999, a Link opera em Portugal por intermédio de três empre-sas bem diferenciadas: a Link Consul-ting, a Link Management Solutions e a Linkcom. A Link Consulting posiciona-se no mercado como uma empresa de Consultadoria e Desenvolvimento de Soluções de negócio suportadas por Tecnologias de Informação. A Linkcom dedica-se ao fornecimento, instalação, manutenção e suporte de Infra-estru-turas de Rede e de Sistemas de Infor-mação. A Link Management Solutions está focada na prestação de Serviços Profissionais de Consultoria e na Imple-mentação de Sistemas de Planeamento Empresarial (ERP) e Controlo de Gestão baseados em plataformas Microsoft Dynamics NAV, AX e CRM.

Segundo fonte da empresa, a Link ambiciona ser “uma das melhores em-

LINK

PRESENÇA FORTE NO MERCADO EXTERNO

A Link é a marca do grupo Aitec para as tecnologias de informação, contando com quatro centenas de colaboradores altamente qualificados. A empresa está presente em mais de uma dúzia de mercados externos, tendo escritórios próprios em Angola, Brasil e Espanha. É sua ambição ser uma das melhores empresas portuguesas de consultadoria e engenharia no sector das tecnologias de informação.

presas portuguesas de consultadoria e engenharia no sector das tecnologias de informação, procurada pelos clien-tes nacionais e internacionais que têm problemas complexos, pelos profissio-nais que aspiram a grandes desafios e pelos investidores que pretendem um investimento sólido”.

Internacionalmente, a Link marca forte presença com escritórios próprios no Brasil, Espanha e Angola, e com pro-jectos em diversos países como Bélgica, Cabo Verde, Canadá, França, Marro-cos, Moçambique, Malta, São Tomé e Príncipe, Suíça, Irlanda, Israel e Luxem-burgo, além de Portugal.

Nos mercados externos onde está pre-sente, a Link disponibiliza as suas solu-ções e serviços apostando nas empresas de grande e média-grande dimensão, em segmentos bem definidos para os

quais tem oferta de soluções inovado-ras ou competências específicas.

Para a Link, dispor de recursos e parcei-ros locais, fazer crescer a capacidade lo-cal usando recursos locais, tecnicamen-te capacitados, oferecendo formação complementar necessária, é outra das componentes imprescindíveis para o desenvolvimento e suporte aos clientes nas ofertas mais relevantes do mercado.

A Link Brasil, com sede em São Paulo, está especialmente dedicada às ofer-tas System Quality Assurance (Testes de Software), consultoria e projectos de arquitectura empresarial e no de-senvolvimento de soluções suportadas por plataformas de BPM, SOA e ECM. A empresa conta neste mercado com grandes clientes como os operadores de comunicação Vivo e Oi, o Banco Bradesco e a Petrobras.

Page 29: PortugalglobalPortugalglobal Pense global pense Portugal Maio 2014 // Entrevista Alda de Carvalho Presidente do INE Estatísticas apoiam empresas exportadoras 6 Destaque Mobiliário

EMPRESAS

Portugalglobal // Maio 14 // 29

LINKAv. Duque de Ávila, 231000-138 Lisboa – PortugalTel: +351 213 100 031

[email protected]

www.linkconsulting.com

Em África, a Link, tem escritório em Luanda e oferece as soluções Link no mercado angolano, nomeadamente, consultadoria de gestão tecnológica, Soluções TI, software e hardware (ERP NAV, gestão documental, desenvolvi-mentos específicos, SOA/BPM, BI, Tes-tes, Managed Services).

A empresa tem também projectos de grande dimensão em instituições ban-cárias de Cabo Verde, Angola e Mo-çambique. A Hidroeléctrica de Cahora Bassa, por exemplo, é um dos clientes da Link em Moçambique.

Em Espanha, com escritórios em Ma-drid e Barcelona, a Link aposta na inter-nacionalização das suas soluções para o país vizinho, com especial destaque para as soluções de planeamento e controlo de gestão baseados na plata-forma Microsoft Dynamics.

No mercado espanhol, a Link con-quistou um grande cliente, a Proac-tiva, uma das empresas líderes na América Latina em serviços de meio ambiente, sendo especializada em gestão integral de águas e de resí-duos. O projecto utiliza a solução enwis), desenvolvida pela Link, para a gestão integral das suas operações no Chile e na Argentina.

A Link tem ainda uma forte presen-ça em Genebra e Bruxelas, com uma oferta vertical reconhecida na área dos transportes. A empresa tem em curso projectos ao nível das soluções de bilhética nos transportes públicos de Genebra, apostando este ano no desenvolvimento da próxima geração desta oferta.

Em Portugal, a Link conta, entre os seus principais clientes, com a maioria das grandes empresas nacionais, principal-mente nos sectores das telecomunica-ções, banca e seguros, logística e dis-tribuição, transportes de passageiros, bem como importantes organismos da administração central e autarquias.

A Link disponibiliza a nível nacional e internacional soluções inovadoras, desenvolvidas pela empresa e 100

a gestão de projectos de arquitectura empresarial em toda a organização.

A Fábrica de SQA – System Quality As-surance assegura os testes funcionais dos sistemas garantindo o total desem-penho e segurança dos produtos e so-luções dos seus clientes.

Como aposta importante da Link para 2014 é relevante salientar a solução de gestão documental da Link – o edoclink – que permite a desmaterialização dos processos administrativos e de decisão, mas também o BankOnBox que é a so-lução que faz a ponte entre a tecnologia e as necessidades dos bancos e dos seus clientes nos novos canais electrónicos.

A Link tem, também, competências reconhecidas a nível mundial em BPM & SOA - Business Process Management & Service Oriented Architecture, tendo sido distinguida com o prémio Parceiro do Ano ORACLE em BPM & SOA 2013, pela excelência do seu trabalho.

A Link é ainda representante da Partner Power em Portugal, fornecedor global de soluções e serviços Microsoft Dynamics, e é considerada pela Microsoft como o maior parceiro na área Dynamics. Em termos de infra-estruturas de rede a Link mantém, também, parceria com a Mi-crosoft e com a Dell, apostando nas mais recentes especializações do mercado.

Em 2013 a Link registou proveitos operacionais na ordem dos 27 milhões de euros, dos quais 43 por cento fo-ram obtidos fora de Portugal. Para este ano, o objectivo é atingir um rá-cio muito próximo dos 50 por cento, adianta José Alves Marques, Presidente do Conselho de Administração da Link, acrescentando que “uma das apostas de crescimento para 2014 assenta no desenvolvimento do modelo de parce-rias internacionais para vender produ-tos criados pela Link”.

por cento portuguesas, tais como o EAMS, a fábrica de SQA, o Edoclink e o BankOnBox.

De referir que o EAMS - Enterprise Architecture Management System é uma ferramenta que tem por objecti-vo tornar simples a implementação e

“Nos mercados externos onde está presente, a Link disponibiliza as suas soluções e serviços apostando nas empresas de grande e média-grande dimensão, em segmentos bem definidos para os quais tem oferta de soluções inovadoras ou competências específicas.”

Page 30: PortugalglobalPortugalglobal Pense global pense Portugal Maio 2014 // Entrevista Alda de Carvalho Presidente do INE Estatísticas apoiam empresas exportadoras 6 Destaque Mobiliário

EMPRESAS

// Maio 14 // Portugalglobal30

A Red Rugs é uma jovem empresa lide-rada por Martim de Brion, que decidiu aliar a sua paixão pela arte à produção de tapetes de alta qualidade, de design único, com assinatura de reconhecidos artistas plásticos.

Uma “paixão” que, como afirma Mar-tim de Brion, traduz “a visão única do artista para um objecto de alta qualida-de feito manualmente, criando assim um objecto de arte em si mesmo”.

Juntam-se a arte e o design de quatro artistas plásticos – os portugueses Rui

Os tapetes da Red Rugs reproduzem a arte de artistas plásticos e são peças únicas, vendidas em edições limitadas de 12. Reino Unido, Espanha e Portugal são os mercados-alvo desta jovem empresa liderada por Martim de Brion.

Sanches, Pedro Calapez e Sofia Areal e o espanhol Luis Gordillo – e reproduzem-se os seus desenhos em tapetes de lã, em tufado manual, que são vendidos, em edições únicas e limitadas de 12, maio-ritariamente a clientes privados que tra-balham no ramo das artes e decoração.

A Red Rugs é a responsável pela produ-ção destes tapetes, feitos em Portugal, representando a exportação cerca de 70 por cento das suas vendas.

“A Red Rugs enquadra-se na tradição de tapeçaria artística que vem desde a

RED RUGSARTE E DESIGN EM TAPETES DE EDIÇÃO LIMITADA

Page 31: PortugalglobalPortugalglobal Pense global pense Portugal Maio 2014 // Entrevista Alda de Carvalho Presidente do INE Estatísticas apoiam empresas exportadoras 6 Destaque Mobiliário

EMPRESAS

Portugalglobal // Maio 14 // 31

época medieval, passando pelo Renas-cimento, Bauhaus, Picasso, Miró, entre outros, até aos dias de hoje. O que in-troduz de inovador é a sistematização do processo de trabalho com artistas e reprodução dos seus desenhos para tapetes”, afirma Martim de Brion.

Na realidade, a Red Rugs quer siste-matizar a reprodução de tapetes fei-tos por artistas e criar uma plataforma internacional para a apresentação de

ticipação em eventos, haverá muito em breve pontos de venda a retalho dos produtos da empresa, o que dará maior visibilidade aos artistas, aumentando consequentemente a possibilidade de vendas ou convites para exposições no seu principal ramo de actividade.

Quanto à estratégia de internaciona-lização da empresa, o mesmo respon-sável afirma que esta passa por uma aposta em mercados ligados à arte e ao design, assim como pelos mercados onde a empresa já tem contactos esta-belecidos, e ainda pelos países da na-cionalidade dos artistas que trabalham com a empresa. Neste momento, os mercados-alvo da Red Rugs são o Rei-no Unido, Espanha e Portugal.

A Red Rugs foi lançada em Novembro passado em Londres, na Embaixada de Portugal, contando com três colabora-dores, além de Martim de Brion. Desde essa data, a Red Rugs esteve presente numa exposição da artista Sofia Areal no México, na Embaixada de Portugal; no Wonder Room da Moda Lisboa e numa exposição no Centro de Artes e Cultura de Ponto de Sor.

Para breve está previsto o lançamento da marca em Lisboa e no Porto. No es-

trangeiro, o lançamento da Red Rugs será em Madrid, em Setembro, na Re-sidência do Embaixador de Portugal.

RED RUGSRua General Justiniano Padrel 15A1170-052 Lisboa, PortugalTel.: +351 918 974 161

[email protected]

www.red-rugs.com

“A Red Rugs é uma jovem empresa liderada por Martim de Brion, que decidiu aliar a sua paixão pela arte à produção de tapetes de alta qualidade, de design único, com assinatura de reconhecidos artistas plásticos.”

“A Red Rugs quer sistematizar a reprodução de tapetes feitos por artistas e criar uma plataforma internacional para a apresentação de novos produtos de alta qualidade com regularidade, promovendo, simultaneamente, o trabalho dos artistas envolvidos.”

novos produtos de alta qualidade com regularidade, promovendo, simultane-amente, o trabalho dos artistas envol-vidos. Segundo Martim de Brion, além da promoção, através do site, e da par-

Está igualmente marcada a sua parti-cipação na Clerkenwell Design Week, que terá lugar no Reino Unido em Maio de 2015.

Page 32: PortugalglobalPortugalglobal Pense global pense Portugal Maio 2014 // Entrevista Alda de Carvalho Presidente do INE Estatísticas apoiam empresas exportadoras 6 Destaque Mobiliário

MERCADOS

// Maio 14 // Portugalglobal32

O México é uma economia aberta e uma das grandes potências mundiais, sendo um mercado com vastas potencialidades de negócio para as empresas portuguesas. Energia, infra-estruturas, tecnologias de informação e comunicação, indústria, sector automóvel, bens de consumo e turismo são sectores de oportunidade para as empresas que queiram internacionalizar-se no México, seja através da exportação de bens e serviços, seja pelo investimento. A relação entre Portugal e o México conhece actualmente um dos seus melhores momentos, perspectivando-se um incremento do relacionamento económico em resultado do trabalho das empresas que aí apostam, mas também devido às acções de promoção que Portugal tem realizado nesse sentido, onde se destacam as missões oficiais e empresariais lideradas pelo Governo português.O aumento da cooperação bilateral é igualmente objectivo das autoridades mexicanas na visita que o presidente do México Enrique Peña Nieto realiza no início de Junho a Portugal.

MÉXICOMERCADO DE OPORTUNIDADES

Page 33: PortugalglobalPortugalglobal Pense global pense Portugal Maio 2014 // Entrevista Alda de Carvalho Presidente do INE Estatísticas apoiam empresas exportadoras 6 Destaque Mobiliário

MERCADOS

Portugalglobal // Maio 14 // 33

Que importância atribui ao México enquanto parceiro económico de Portugal?O México está bem alto nas nossas ac-tuais prioridades. Trata-se de uma gran-de economia mundial, das maiores, e que está numa trajectória de expansão, depois de um conjunto de reformas ambiciosas. É um enorme mercado e as nossas relações económicas bilaterais estão muito aquém do seu potencial. Temos laços históricos e culturais, esta-mos juntos em muitos fóruns. O portu-guês e o castelhano são línguas globais, línguas fortes no mundo dos negócios. Isso é uma força enorme para os países ibero-americanos. Há uma grande van-tagem para a diplomacia económica de ambos os países: entre Portugal e Mé-xico não há fantasmas e não nos ame-açamos mutuamente. A isto eu chamo um campo aberto para fazer mais e para fazer melhor.

Que balanço faz da missão oficial que efectuou ao México em Junho do ano passado? Considera que os laços entre os dois países e, concretamente, o relacionamento económico bilateral saíram reforçados?Do ponto de vista físico, foi perfei-tamente extenuante. Foram grandes distâncias percorridas e uma agenda muito preenchida a nível político e eco-nómico. Mas os resultados satisfizeram-nos tanto a nós, como, estou certo, às autoridades mexicanas. Pode dizer-se que foi muito produtiva. Tanto que teve seguimento imediato: visita do Primei-ro-ministro ao México ainda em 2013, vinda a Portugal do ministro dos Negó-cios Estrangeiros, José António Meade,

A importância do México enquanto parceiro económico de Portugal tem vindo a acentuar-se nos últimos anos.O Vice-Primeiro-ministro, Paulo Portas, realça, em breve entrevista, os principais aspectos que unem os dois países e as potencialidades deste mercado para as empresas portuguesas que aí queiram apostar.

MÉXICO, IMPORTANTE PARCEIRO ECONÓMICO DE PORTUGAL

e, em breve, teremos a oportunidade de estender a afamada hospitalidade portuguesa ao presidente Enrique Peña Nieto. Estou muito confiante de que es-tamos prestes a enriquecer e acelerar o nosso relacionamento de forma verda-deiramente histórica.

Temos visto cada vez mais empresas portuguesas a avançar no México, por exemplo nos domínios da construção de infra-estruturas, da energia, ou das tecnologias da educação, ganhando

concursos públicos. A relação é tão prometedora que abriu recentemente o clube português de negócios. Tenho esperança na cooperação entre empre-sas dos dois países em sectores como os portos, os combustíveis ou os correios.

Que resultados espera alcançar com a visita que o Presidente Enrique Peña Nieto irá realizar a Portugal em Junho?Espero, antes de mais, que o Presiden-te Peña Nieto, um amigo de Portugal,

Page 34: PortugalglobalPortugalglobal Pense global pense Portugal Maio 2014 // Entrevista Alda de Carvalho Presidente do INE Estatísticas apoiam empresas exportadoras 6 Destaque Mobiliário

MERCADOS

// Maio 14 // Portugalglobal34

se sinta aqui como em sua casa. A fase que cada um dos países está a viver tem muito em comum: am-bos queremos diversificar os nos-sos mercados, fizemos e estamos a fazer ainda importantes reformas estruturais e, acima de tudo, quere-mos crescer de forma duradoura e sustentada. Portugal tem recebido missões técnicas e empresariais em sectores muito concretos e isso pode ser muito bom para o investimento mexicano em Portugal. O México está a investir bastante na Europa e é bom que escolha também o nosso país. Há um conjunto de contactos empresariais importantes saídos das últimas visitas que podem vir a ter concretização em breve. No final de Outubro faremos, no México, uma comissão mista, acompanhada de missão empresarial. Não tenho dú-vidas de que 2014 vai ser um ano ímpar nas nossas relações.

O que podem Portugal e os empresários portugueses fazer visando incrementar as relações económicas (exportação e investimento) entre os dois países? Que outras acções oficiais estão previstas realizar neste sentido?Portugal só tem de tirar partido do

espírito positivo que existe hoje nas relações com o México. E, claro está, de facilitar a vida às empresas que querem investir, que querem exportar, que querem captar investimento. Isto compete às nossas missões diplomáticas no terreno e à AICEP, que têm vindo a fazer um trabalho notável nos úl-timos anos. As empresas podem e devem fazer algum benchmarking daquelas que já estão no terreno, e com sucesso. Há quatro secto-res onde as empresas portuguesas estão a fazer um notável traba-lho – as infra-estruturas, nomea-damente concessões rodoviárias, as tecnologias de informação, as energias renováveis e o governo electrónico. São, como pude ob-servar directamente, empresas bem relacionadas e respeitadas. E estão a concorrer em sectores de altíssima competitividade. Pode-mos ter aqui o que tenho vindo a chamar o “efeito canguru” – uma empresa traz a outra. E o México não é só um mercado de 116 mi-lhões de habitantes. É uma porta aberta para os mercados da Amé-rica Central, mais umas centenas de milhões de pessoas.

O MÉXICO E PORTUGALUM NOVO MOMENTO NAS SUAS RELAÇÕES> POR BENITO ANDIÓN,

EMBAIXADOR DO MÉXICO EM PORTUGAL*

O México e Portugal, com relações que datam de há 150 anos, vivem um novo momento na sua relação bilateral, fruto do impulso governamental bem como da aproximação entre setores privados que se têm vindo a fortalecer exponencialmente nestes últimos dois anos.

Page 35: PortugalglobalPortugalglobal Pense global pense Portugal Maio 2014 // Entrevista Alda de Carvalho Presidente do INE Estatísticas apoiam empresas exportadoras 6 Destaque Mobiliário

MERCADOS

Portugalglobal // Maio 14 // 35

O processo de reestruturação económi-ca e de privatizações em Portugal abre, igualmente, oportunidades para os in-vestidores mexicanos.

Por outro lado, o México está prepa-rado para receber as empresas portu-guesas e abrir-lhes amplos horizontes para fortalecer o seu potencial. Co-nhecemos a experiência inovadora e vanguardista com que Portugal se tem vindo a afirmar em setores de ponta, altamente relevantes para as necessi-dades do século XXI.

O México deste século é aberto, trans-parente, com solidez institucional e ju-rídica, com reformas estruturais a nível financeiro, fiscal, energético, laboral, de telecomunicações, implementadas pela atual Administração para dispo-nibilizar aos agentes económicos um ambiente de negócios favorável.

De salientar uma visita ao México do Primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, em outubro de 2013 e do então Ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Paulo Portas, em junho de 2013, ambos acompanhados de proeminentes empre-sários portugueses e de atividades de pro-moção económica que têm diversificado as relações comerciais e de investimento.

Em reciprocidade, o Secretário (Minis-tro) de Relações Exteriores do México, José Antonio Meade, fez uma visita de trabalho a Portugal, em 12 e 13 de maio, com a missão de preparar a Visita de Estado que realizará o excelentíssimo Senhor Presidente do México, Enrique Peña Nieto, a esta nação europeia, nos dias 5 e 6 de junho próximo, acompa-nhado de uma delegação empresarial.

A visita do Presidente Enrique Peña Nieto a Portugal responde ao convite formulado pelo Primeiro-ministro Pedro Passos Coelho e tem por objetivo apro-fundar os vínculos políticos, económicos e de cooperação com Portugal.

Através de uma agenda renovada e de um maior número de contatos políti-cos, o México e Portugal proporcionam um caráter multidimensional às suas ligações, que inclui o diálogo bilateral, os encontros ibero-americanos, a inter-locução no âmbito da Aliança do Pacífi-co, da qual Portugal é país observador, e em termos bilaterais.

Em comércio e investimento, Portugal é o 15º parceiro comercial do México e o 14º investidor no México entre os Estados-membros da UE pelo montan-te dos capitais investidos.

O México promove o aprofundamento dos contatos entre os agentes econó-micos e a cooperação portuguesa, com o intuito de favorecer a expansão do comércio e dos fluxos de investimento entre os dois países.

É notável a vontade e a presença de empresas portuguesas no México. Da mesma forma, regista-se o interesse de empresas mexicanas em posicionar-se em Portugal; exemplo disto são os investimentos dos grupos empresariais Bimbo, Grupo Sigma do Grupo Alfa e Grupo ADO-AVANZA.

É também uma das maiores economias do mundo, com um PIB de 1,2 biliões de dólares; a segunda economia da América Latina, a quarta da América e a 14ª no mundo.

A estabilidade macroeconómica impul-siona uma economia aberta ao mundo e um compromisso com o livre comércio; a mobilidade de capitais e a integração produtiva. O México tem estabelecidos dez tratados de livre comércio com 45 países (1.100 milhões de consumidores) e o comércio com os EUA ascende a 500 mil milhões de dólares (um milhão de dólares por minuto).

Contamos com finanças públicas sãs, uma política monetária autónoma, uma taxa de câmbio flexível e um sis-tema financeiro robusto. Temos uma população jovem, talentosa e quali-ficada. Somos líderes na manufatura avançada de alta tecnologia.

Perante a atual conjuntura político-económica, existe um interesse parti-lhado entre os nossos Governos, em que um núcleo comum da relação bila-teral visa a expansão de oportunidades económicas e de cooperação.

Nesse sentido, têm-se detetado diver-sas áreas de interesse para expandir os intercâmbios entre os dois países, como as infraestruturas; tecnologias da informação; energias renováveis e eficiência energética; inovação; aero-náutica; educação; governo eletróni-

co; gestão portuária, serviços postais,

turismo, entre outros.

Assim, tanto o México como Portugal

trabalham para potenciar a localiza-

ção geoestratégica para a produção e

o comércio global, de que são dota-

dos ambos os países. Neste contexto,

os nossos esforços públicos e privados

estão vocacionados para promover um

crescimento económico elevado, sus-

tentado e sustentável.

*O autor escreve de acordo com a nova grafia.

Page 36: PortugalglobalPortugalglobal Pense global pense Portugal Maio 2014 // Entrevista Alda de Carvalho Presidente do INE Estatísticas apoiam empresas exportadoras 6 Destaque Mobiliário

MERCADOS

// Maio 14 // Portugalglobal36

PORTUGAL - MÉXICORELACIONAMENTO COM FUTURO> POR JOÃO CAETANO DA SILVA, EMBAIXADOR

DE PORTUGAL NO MÉXICO*

Desde a minha chegada ao México, em janeiro de 2011, tenho consolidado a minha opinião de que o México é um mercado com grandes oportunidades para as empresas portuguesas, quer como destino de exportações, quer para investir.

Este Estado Federado, composto por 32 Entidades Federativas, é 20 vezes maior que Portugal em área, e constato, das visitas que tenho realizado a diversos Estados, frequentemente acompanhado por empresas portuguesas, que apesar da Cidade do México ser um centro im-portante, a nível industrial e de consumo, existem outras regiões a explorar, nome-adamente, os Estados de Nuevo León, Jalisco, Estado do México, Querétaro, Morélia, Puebla, Guanajuato e Vera Cruz, que apresentam níveis de desenvolvi-mento e poder de compra significativos e têm grupos económicos mexicanos com potencial para investir em Portugal.

O atual Governo mexicano, que tomou posse a 1 de dezembro de 2012, está a implementar um programa de reformas estruturais nas áreas fiscal, financeira, telecomunicações e energética, entre outras, que contribuirá para uma maior abertura, concorrência e competitivida-de na economia mexicana. O México é um país aberto ao exterior, tem uma rede de 13 acordos comerciais com 45 países e a sua posição geográfica permi-te um acesso preferencial aos EUA e aos países da América Central que seguem as tendências do México.

A influência mexicana estende-se igualmente à América Latina, como o comprova o Acordo do Pacífico que o México assinou em abril de 2012 com

o Chile, Colômbia e o Peru. Este acor-do visa formar uma zona de integração económica entre os quatro países, que representam um mercado de 200 mi-lhões de habitantes e 35 por cento do PIB da América Latina.

Desde junho de 2013, que o relacio-namento político entre Portugal e Mé-

prioritárias para cooperação: infraes-truturas, energias renováveis, governo eletrónico e tecnologias de educação.

O Sr. Primeiro-ministro de Portugal, Dr. Pedro Passos Coelho, efetuou também uma visita ao México, nos passados dias 15 e 16 de outubro, acompanhado por cerca de 50 empresas, e essa visita per-mitiu concretizar acordos bilaterais nas áreas das energias renováveis, conectivi-dade aérea e tecnologias de educação. O Dr. Pedro Passos Coelho sugeriu, en-tão, a ampliação da cooperação a seto-res como portos, sobretudo na área da janela única alfandegária, e os correios (os correios mexicanos, SEPOMEX, estão atualmente em processo de reforma).

Ambos os Governos assinaram uma declaração conjunta em que se com-prometem a fortalecer as relações bila-terais e, nesse contexto, o Ministro dos Negócios Estrangeiros do México, José Antonio Meade, visitou Portugal, a 12 e 13 de maio, a fim de preparar a visita de Estado do Presidente Peña Nieto ao nosso país a 5 e 6 de junho.

Outras visitas se sucederão: o Sr. Vice Primeiro-ministro será um dos orado-res principais da Cimeira de Negócios do México, que se realizará de 26 a 28 de outubro no Estado de Queréta-ro, e, no final do ano, o Sr. Presidente

“O México é um país aberto ao exterior, tem uma rede de 13 acordos comerciais com 45 países e a sua posição geográfica permite um acesso preferencial aos EUA e aos países da América Central que seguem as tendências do México.”

xico está a atravessar uma fase muito dinâmica. No final desse mês, o então Ministro dos Negócios Estrangeiros de Portugal, Dr. Paulo Portas, efetuou uma visita de três dias a este país, acompa-nhado por 57 empresas portuguesas e participou num amplo programa de encontros com o Presidente da Repú-blica, Enrique Peña Nieto, e com os Mi-nistros de Energia, Economia, Comuni-cações e Transportes e Educação. Essa visita permitiu identificar quatro áreas

Page 37: PortugalglobalPortugalglobal Pense global pense Portugal Maio 2014 // Entrevista Alda de Carvalho Presidente do INE Estatísticas apoiam empresas exportadoras 6 Destaque Mobiliário

MERCADOS

Portugalglobal // Maio 14 // 37

da República e o Sr. Primeiro-ministro visitarão o México para participar na Cimeira Ibero-americana de Vera Cruz a 8 e 9 de dezembro.

No plano económico e do relaciona-mento empresarial, a tendência tem sido claramente de subida e fortaleci-mento de relações.

A empresa Mota Engil, que está pre-sente no país desde 2008, expandiu as suas áreas de atividade aos setores fer-roviário e tratamentos de resíduos só-lidos. O México é já um dos principais mercados mundiais desta empresa e o próximo objetivo é alargar as suas áreas de operação ao setor portuário.

A empresa Martifer Solar executou no Estado de Baixa Califórnia, cidade de

para produtos alimentares) e Motofil (metalomecânica) fizeram recentemente ou vão fazer investimentos no México.

O inverso é igualmente verdadeiro: o grupo Bimbo (maior grupo de panifica-ção do mundo) fez investimento e com-prou três empresas em Portugal; o grupo ADO (transporte de passageiros) adqui-riu concessões de transportes públicos de passageiros em diversas cidades do nosso país e planeia expandir suas ope-rações em Portugal; o grupo Kidzania (parques temáticos para crianças) insta-lou um parque num centro comercial da Amadora; e finalmente, o grupo Sigma-Alimentos adquiriu o grupo Campofrio e consequentemente a empresa Nobre.

A visita do Presidente Peña Nieto a Portu-gal permitirá organizar uma missão em-presarial mexicana ao nosso país, com-posta por empresas de grande, média e pequena dimensão. A intenção desta iniciativa é criar uma série de parcerias em áreas como a exploração petrolífera (devido à abertura do setor energético no México), transportes (logística, transporte de carga e passageiros), clínicas de saúde, turismo, e-learning e setor automóvel.

Por seu lado, a Embaixada lançou e tem apoiado iniciativas, nos últimos

meses, que têm contribuído para for-talecer a imagem de Portugal no Méxi-co e as relações económicas bilaterais. Assim, S. Exa. o Primeiro-ministro inau-gurou a campanha de imagem, atra-vés de meios digitais, de Portugal no México e, nas próximas semanas, será inaugurado o Centro de Negócios de empresas portuguesas no México, com o apoio do Banco Espírito Santo e da empresa Ecochoice.

No âmbito das celebrações dos 150 anos de relações diplomáticas entre os dois países, que se comemoram este ano, está também previsto que seja inaugurada uma grande exposição fotográfica de Portugal na Cidade do México, no próximo dia 13 de outubro, que permitirá mostrar a riqueza cultu-ral e a modernidade do nosso país a milhões de mexicanos (a zona metro-politana da capital do México tem cer-ca de 22 milhões de habitantes).

Convido, por último, as empresas por-tuguesas a visitar este mercado e a participar no excelente momento que atravessam as relações bilaterais, tanto a nível político como económico.

*O autor escreve de acordo com a nova grafia.

“A Embaixada lançou e tem apoiado iniciativas, nos últimos meses, que têm contribuído para fortalecer a imagem de Portugal no México e as relações económicas bilaterais.”

La Paz, um projeto de energia solar fo-tovoltaica de 132.000 painéis solares, que foi inaugurado recentemente pelo Presidente Enrique Peña Nieto. Trata-se do projeto mais importante da Améri-ca Central neste setor e o investimento feito ronda os 100 milhões de dólares. Este projeto foi feito em parceria com a empresa mexicana Gauss Energía.

Nas últimas semanas, foi anunciado um investimento de 370 milhões de dólares num parque eólico a construir no Estado de Cohaila, no norte do país, que é o resultado de uma parceria entre a EDP Renováveis e o grupo In-dustria Peñoles, que é uma das princi-pais empresas de extração de prata no mundo. O parque terá uma capacidade instalada de cerca de 170 MGW e esta-rá finalizado em 2016.

Outras empresas como a JP Sá Couto (tecnologias de educação), Colep (em-balagens para produtos de higiene pes-soal), Logoplaste (embalagens plástico

Page 38: PortugalglobalPortugalglobal Pense global pense Portugal Maio 2014 // Entrevista Alda de Carvalho Presidente do INE Estatísticas apoiam empresas exportadoras 6 Destaque Mobiliário

MERCADOS

// Maio 14 // Portugalglobal38

País com uma estabilidade económica considerável, com umas finanças pú-blicas e um sistema bancário generali-zadamente apontados como saudáveis, mantém a mesma política macroeconó-mica há mais de 15 anos. Depois de um ano de 2013 com um crescimento redu-zido, de 1,3 por cento, conjugando-se o início do mandato do actual Presidente, Enrique Peña Nieto, com a preparação simultânea de várias e importantes re-formas estruturais, prevê-se que este ano a economia acelere, em particular no 2.º semestre, devido ao aumento do investimento público, do crescimento das exportações para os EUA e do con-sumo interno. O crescimento do PIB em 2014 deverá rondar os 3 por cento.

O México tem uma economia aberta, com Tratados de Livre Comércio com 45 países, de que se destacam o NAFTA com os dois outros países da América do Norte, EUA e Canadá, e o tratado com a União Europeia. Sendo um dos

O México é uma das grandes potências mundiais, integrando o G20. Este membro da OCDE, apesar de pouco conhecido em Portugal, tem actualmente a 14.ª economia mundial, com um PIB, em 2012, superior a um bilião de dólares.

MÉXICOUM GRANDE PAÍS>POR ÁLVARO CUNHA, DIRECTOR DO ESCRITÓRIO DA AICEP NO MÉXICO

países do mundo com maior número de acordos comerciais, o México tem aces-so preferencial a mais de mil milhões de consumidores em três continentes e a

mais de 60 por cento do PIB mundial, que lhe é dado pela sua actual rede de Tratados de Livre Comércio e de Acor-dos de Complementaridade Económica. Entre os seus parceiros comerciais destaca-se claramente os EUA, com o qual mantém uma forte relação a todos os níveis e uma crescente inte-gração económica. Cerca de 78 por cento das suas exportações de 2012 estavam concentradas naquele merca-do. Já no que respeita às importações, o México diversificou gradualmente a origem dos produtos que compra ao exterior. Em 2012, menos de 50 por cento tiveram como origem os Esta-dos Unidos da América. Nesse ano, o México foi o 16.º exportador mundial e o 14.º importador, com uma quota de mercado de 2,02 por cento e 2,05 por cento, respectivamente. Em 2012, o México foi o 4.º país de destino do investimento directo estrangeiro (IDE) na América Latina. No contexto mun-dial, o México goza de uma posição

Page 39: PortugalglobalPortugalglobal Pense global pense Portugal Maio 2014 // Entrevista Alda de Carvalho Presidente do INE Estatísticas apoiam empresas exportadoras 6 Destaque Mobiliário

MERCADOS

Portugalglobal // Maio 14 // 39

relativamente importante, quer como país emissor quer como país receptor, tendo ocupado, em 2012, o 23.º lugar no conjunto de países receptores de IDE e o 15.º lugar na lista de países emissores de IDE.

A União Europeia foi, em 2013, o 3.º parceiro comercial do México, depois dos EUA e da China, tendo o México sido nesse ano o 16.º parceiro comer-cial da União. Num montante total de comércio bilateral em 2013 de 47 mil milhões de euros, a UE exportou prin-cipalmente máquinas e equipamentos de transporte, produtos químicos e

lado, considerando a média actual de idades de 27 anos, espera-se um cres-cimento importante nos próximos 30 anos, motivado pela entrada no mer-cado laboral dos actuais 33,7 milhões de estudantes, o que provocará um aumento significativo dos rendimentos das famílias mexicanas e consequente aumento do consumo interno.

O México goza de um posicionamento geográfico de grande relevância, com acesso aos oceanos Pacífico e Atlânti-co, e vias de acesso privilegiadas aos EUA e à América Central.

Em Setembro de 2012, no último es-pecial México da revista, Rui Gomes, o anterior Director da AICEP no México, afirmava que neste mercado se “respi-ra” negócio. Com efeito, não só uma percentagem significativa de mexicanos se dedica a um negócio próprio, o que reforça a receptividade ao empreende-dorismo, como as oportunidades de ne-gócio são muitas e variadas e o ambien-te cultural, normativo e legal é favorável ao desenvolvimento dos negócios.

Oportunidades para as empresas portuguesasNo grande país que é o México, as em-presas portuguesas encontram opor-tunidades de cooperação em ambos os países e para terceiros mercados. As relações económicas bilaterais são

modestas, existindo condições para que se intensifiquem. O México é um complemento ou uma alternativa aos principais destinos de exportação dos bens e serviços portugueses, pelo seu volume de importações, dimensão do mercado interno, complementaridade com a oferta portuguesa, perspectiva de crescimento económico, e pelo seu posicionamento geoestratégico. Ofere-ce atractivas oportunidades de negócio para as empresas portuguesas, tanto na óptica das exportações, como na do investimento. O México é um parceiro de futuro por si só, é um parceiro de futuro como entrada preferencial para o mercado da América Central e é um parceiro de futuro como entrada prefe-rencial para o mercado da América do Norte. Às empresas mexicanas também pode interessar a constituição de parce-rias com as empresas portuguesas para abordar os mercados de África com que Portugal tem uma relação privilegiada.

No conjunto dos países da América La-tina e Caraíbas, o México, ainda que ocupando, em 2013, o 2.º lugar na lista dos clientes de Portugal, é um parcei-ro incontornável e ainda relativamente desconhecido. O relacionamento eco-nómico entre os dois países tem vindo a registar uma evolução positiva nos úl-timos anos. Nos cinco anos de 2009 a 2013 a média das taxas de crescimento das exportações portuguesas de bens

“Sendo um dos países do mundo com maior número de acordos comerciais, o México tem acesso preferencial a mais de mil milhões de consumidores em três continentes e a mais de 60 por cento do PIB mundial, que lhe é dado pela sua actual rede de Tratados de Livre Comércio e de Acordos de Complementaridade Económica.”

bens manufacturados, e importou má-quinas e equipamentos de transporte, combustíveis minerais, lubrificantes e bens manufacturados.

O principal país investidor no México é os EUA, com cerca de 50 por cento do IDE total nos 10 últimos anos, seguindo-se a União Europeia, com 38 por cento.

Segundo os dados do mais recente censo oficial, de 2010, o México tem hoje uma população um pouco supe-rior aos 112 milhões de habitantes. De acordo com um estudo de 2013 do INEGI, organismo federal de estatística, 39,2 por cento da população total do país pertence à classe média e 1,7 por cento à classe alta, concentrando-se ambas sobretudo nos aglomerados ur-banos. Pesem embora as consideráveis assimetrias de rendimentos e geográfi-cas, estes números assinalam a existên-cia de um mercado potencial para bens diferenciados e de qualidade. Por outro

Page 40: PortugalglobalPortugalglobal Pense global pense Portugal Maio 2014 // Entrevista Alda de Carvalho Presidente do INE Estatísticas apoiam empresas exportadoras 6 Destaque Mobiliário

MERCADOS

// Maio 14 // Portugalglobal40

foi de 13,9 por cento e no 1.º trimestre deste ano as vendas de bens de Portugal ao México aumentaram 22,1 por cento relativamente ao período homólogo de 2013. Entre 2009 e 2013 a balança co-mercial luso-mexicana de mercadorias foi sempre favorável a Portugal.

O investimento do México em Portugal é reduzido, mas operações realizadas em 2013 podem indiciar um aumento do fluxo de IDE com origem no México. O ano passado, à Bimbo e à Kidzania já presentes no nosso país, juntaram-se a ADO (transporte de passageiros), que passou a deter algumas concessões em Portugal, e a Sigma Alimentos (alimen-tos processados), que passou a deter a Nobre (carnes frias). Ambas as opera-ções se concretizaram por via indirecta, uma vez que nos dois casos as empre-sas mexicanas adquiriram as empresas espanholas que controlavam as empre-sas portuguesas. No entanto, regista-se

vindo a crescer, e que, com frequência, começaram a abordar os mercados da América Central a partir daquele país.

Identificamos um conjunto de sectores que poderão ter interesse para as em-presas portuguesas:

EnergiaO México encontra-se numa fase ini-cial de aproveitamento do seu amplo potencial de energias renováveis, mas tem grande necessidade de incorpo-rar mais energia proveniente de fontes renováveis na sua matriz energética, cuja capacidade instalada era em 2012 cerca de um quarto do total da capa-cidade instalada de produção de ener-gia eléctrica no país. O objectivo oficial

é de que, em 2024, 35 por cento da energia eléctrica seja produzida com tecnologias limpas. Estima-se o poten-cial de produção a partir de fontes re-nováveis entre 241 e 277 GW, sendo a capacidade instalada em 2012 de cerca de 14,5 GW. Quanto à energia eólica, por exemplo, o potencial estimado é de mais de 40 GW, e capacidade instalada em 2012 era de 1,3 GW. O México faz parte do chamado “anel solar” que liga os principais países com maior potencial solar no mundo, estimando-se que 90 por cento do país tenha uma exposição média de 5 Kwh por metro quadrado por dia, um dos melhores índices mun-diais; porém, da capacidade potencial estimada de 24,3 GW de produção de energia solar, em 2012 apenas 37 MW estava instalada.

O México é líder mundial na produ-ção de electricidade a partir de fontes geotérmicas, ocupando o terceiro lu-gar com uma capacidade instalada em 2012 de 823 MW e um potencial de 40 GW. O potencial hidroeléctrico do país é avaliado em 53 GW, dos quais em 2012 apenas estavam instalados 11,7 GW.

O México oferece também oportunida-des nos domínios da sustentabilidade, eficiência e conservação energéticas, quer no sector público, quer no domí-nio das empresas privadas.

“Às empresas mexicanas pode interessar a constituição de parcerias com as empresas portuguesas para abordar os mercados de África com que Portugal tem uma relação privilegiada.”

um interesse crescente em investir em Portugal quer pela parte de empresas agora presentes no nosso país, refor-çando e diversificando os seus investi-mentos, quer pela parte de outras em-presas ainda ausentes de Portugal.

O investimento de Portugal no México tem vindo a aumentar, juntando-se nos últimos anos várias empresas, nomea-damente de grande dimensão, a algu-mas empresas presentes há vários anos no México, sobretudo para fornecerem a importante indústria automóvel local. À Mota Engil, à Martifer Solar e à Logo-plaste juntaram-se, entre 2013 e 2014, a Colep e a EDP Renováveis, para além de várias outras empresas, PME, com investimentos industriais, nomeada-mente no sector automóvel. Merecem referência ainda várias outras empre-

“O México é um parceiro de futuro por si só, é um parceiro de futuro como entrada preferencial para o mercado da América Central e é um parceiro de futuro como entrada preferencial para o mercado da América do Norte.”

sas, de tecnologias de informação e de conservação e gestão de energia, que se instalaram no México e que têm

Page 41: PortugalglobalPortugalglobal Pense global pense Portugal Maio 2014 // Entrevista Alda de Carvalho Presidente do INE Estatísticas apoiam empresas exportadoras 6 Destaque Mobiliário

MERCADOS

Portugalglobal // Maio 14 // 41

1. Recolha toda a informação relevan-te antes de chegar ao mercado. Não improvise, prepare a sua viagem em termos de produto, preço e outras va-riáveis determinantes (esforço de apoio à promoção, assistência pós-venda, canais de distribuição, entre outros); esteja preparado para dar orçamentos em dólares norte-americanos.

2. Pense a longo prazo. O México é um país com muito potencial, mas, apesar de normalmente a negocia-ção decorrer num ambiente positivo, tal não significa que daí resulte uma encomenda efectiva. A distância cria dificuldades ao acompanhamento dos negócios. Por questões culturais, criam-se expectativas das reuniões que só se cumprem caso o seguimen-to seja próximo e efectivo. No entan-to, quando se estabelece a relação co-mercial, o comprador mexicano tende a ser leal. Há que ter em atenção que, pela educação dos mexicanos, será sempre muito bem acolhido e dificil-mente receberá um não directo. Os mexicanos são calorosos, correspon-da sendo caloroso também.

3. Esteja consciente de que o mer-cado é muito competitivo e de que é um mercado de compradores, que exige atenção contínua e visitas fre-quentes: “quem não aparece, es-quece...”. Poderá complementar as visitas com participações em feiras.

4. Sendo um mercado de grande di-mensão, pode apresentar barreiras às empresas portuguesas, nomeada-mente no que respeita ao processo de negociação e à distribuição. Apesar de não haver uma regra que se apli-que na generalidade, recomendamos a procura de um ou vários parceiros locais, adequados à estratégia de in-ternacionalização considerada.

5. Se bem que a Cidade do México seja o mercado mais importante, às vezes é conveniente entrar por ou-tras cidades relativamente mais pe-quenas, mas também com grande

A alteração constitucional do final de 2013, cuja regulamentação se espera para breve, abriu as portas a uma trans-formação radical do sector dos hidrocar-bonetos, permitindo pela primeira vez em sete dezenas de anos a entrada dos privados na actividade económica que é uma das três principais actividades fontes de receitas do PIB do México. Certamen-te se abrirão portas a numerosas opor-tunidades de negócio, nomeadamente em parceria com empresas mexicanas, num leque vasto de subsectores directa ou indirectamente relacionados com o petróleo e com o gás.

Infra-estruturasO Programa Nacional de Infra-estrutu-ras 2014-2018 (PNI) aprovado pelo Go-

verno Federal estima que nesse período de cinco anos o montante total de in-vestimento conjunto público e privado afecto ao programa atinja os 7,7 biliões de pesos (cerca de 1.230 milhões de euros), mais de um terço do PIB previs-to para 2014. O Governo afirma que tão elevado nível de investimento torna aquele no Programa Nacional de Infra-estruturas mais ambicioso alguma vez desenvolvido no México. O Governo afirma também que o PNI 2014-2018, em conjunto com as reformas estru-turais em curso, poderão aumentar o PIB do México entre 1,8 e 2,0 pontos percentuais, tendo como consequência a criação de 350 mil novos postos de trabalho por ano.

O PNI elege seis sectores estratégicos: Comunicações e Transportes, Energia,

COMO NEGOCIAR NO MÉXICO

poder de compra (Guadalajara, Mon-terrey, por exemplo).

6. Na altura de facturar, contrate sem-pre um seguro de crédito ou, em al-ternativa, contrate a emissão de uma carta de crédito.

7. A logística tem um valor muito im-portante em todo o processo comercial. Qualquer documento tem que estar cor-rectamente redigido, já que o menor erro provocará a detenção da mercadoria nas alfândegas. As alfândegas mexicanas não toleram qualquer erro na documentação. É obrigatório obedecer às Normas Ofi-ciais mexicanas (NOM), que podem não ser forçosamente idênticas às internacio-nais. Estas questões são particularmente importantes nos primeiros embarques, já que se pode prejudicar uma relação co-mercial por questões administrativas.

8. Normalmente, o horário de funcio-namento dos escritórios será das 9:00 às 18:00, com 1 a 2 horas de almoço (entre as 14 e as 16 horas). Muitos ne-gócios são fechados às refeições (pe-queno-almoço, almoço ou jantar), que frequentemente se prolongam. O idio-ma mais usado é o castelhano; poderá também utilizar o inglês, mas tenha em atenção que essa opção cria distância. As reuniões são normalmente formais. Tenha atenção ao trânsito da Cidade do México, em geral muito intenso.

9. Segurança. É extremamente impor-tante ter em consideração a dimensão do país e observar os cuidados neces-sários – por exemplo, não dar nas vis-tas, evitar apanhar táxis na rua, evitar saídas a horas tardias. Evitar zonas de reconhecido perigo.

Page 42: PortugalglobalPortugalglobal Pense global pense Portugal Maio 2014 // Entrevista Alda de Carvalho Presidente do INE Estatísticas apoiam empresas exportadoras 6 Destaque Mobiliário

MERCADOS

// Maio 14 // Portugalglobal42

Tecnologias de Informação e ComunicaçãoSegundo os dados mais recentes do INE-GI, o organismo oficial de estatística do México, no país têm ligação à Internet em 9,5 milhões de lares, ou seja, três em cada 100. Em Portugal, em 2013, essa percentagem era de 62,3 por cento. Esse é um dos múltiplos indicadores da insuficiência da difusão das TIC no Mé-xico, que vai muito para além da esfera doméstica, estendendo-se ao sector pú-blico e às empresas privadas.

A importância que o Governo Federal dá ao sector das TIC pode aferir-se pelo facto de a aplicação do seu plano de ac-ção para os próximos cinco anos para fomentar a adopção e o desenvolvimen-to das TIC no México – a Estratégia Di-gital Nacional – ser acompanhada direc-tamente pelo Gabinete da Presidência.

Hidráulico, Saúde, Desenvolvimento urbano e habitação, e Turismo. Prevê-se o lançamento de várias obras públi-cas e concessões, em que as empresas portuguesas poderão encontrar opor-tunidades, como na modernização e ampliação da rede ferroviária de car-ga, no desenvolvimento do transporte ferroviário de passageiros (interurbano e suburbano), na modernização e am-pliação dos principais portos e respec-tivos acessos multimodais, na constru-ção de estradas e auto-estradas que reduzam a passagem pelos centros urbanos e permitam o acesso eficien-te a alguns portos. Também se prevê grande desenvolvimento da área de construção de infra-estruturas para te-lecomunicações, nomeadamente pro-movendo o acesso à Internet em todo o território. No sector de Comunica-ções e transportes quase 46 por cento dos projectos é obra nova. No domínio do ambiente, Portugal tem experiência e soluções avançadas. Há oportunida-des de cooperação neste sector, como por exemplo no âmbito dos recursos hídricos, do acesso à água potável, do tratamento de resíduos sólidos, da conciliação do crescimento com a pre-servação ambiental

As empresas portuguesas poderão encontrar oportunidades também nos outros sectores estratégicos, sendo que é a primeira vez que a saúde, o desenvolvimento urbano e habitação, e o turismo são contem-plados num Programa Nacional de Infra-estruturas.

Há compromissos políticos de moder-nização e de simplificação dos serviços públicos. Sectores como o das tecno-logias de informação para a educação, governo electrónico, informática para a saúde, bem como soluções inovado-ras de gestão com base nas TIC para o sector privado, encontram certamente oportunidades no México.

Sectores industriaisO México é um dos principais destinos de investimento estrangeiro industrial, o que se tem vindo a reforçar nos úl-timos anos, não sendo provavelmente despiciendos os efeitos do fenómeno recente de regresso de alguns sectores industriais, aproximando-se de novo dos mercados de destino – nearshore – e abandonando um pouco a Ásia. Este crescimento traduz-se em opor-tunidades para as empresas portugue-sas de tecnologias de produção, de

Page 43: PortugalglobalPortugalglobal Pense global pense Portugal Maio 2014 // Entrevista Alda de Carvalho Presidente do INE Estatísticas apoiam empresas exportadoras 6 Destaque Mobiliário

MERCADOS

Portugalglobal // Maio 14 // 43

componentes e de máquinas e equi-pamentos, como os fabricantes de moldes para plástico, de embalagem, de automação industrial ou de com-ponentes para automóvel. Existe pro-cura para a reconhecida capacidade técnica portuguesa, devendo sempre considerar-se como indispensável a presença local para apoio aos clientes em pós-venda.

Sector automóvelO sector automóvel é um dos princi-pais sectores industriais do México. Oito dos 10 maiores construtores mundiais de automóveis têm fábricas de montagem no país. Em 2012, o México foi o 8.º maior produtor mun-dial, acima de países como França, Es-panha e o Reino Unido, o 4.º maior ex-portador mundial de veículos ligeiros e o 5.º maior exportador de componen-tes para automóvel. Em 2012, a indús-

AICEP no MéxicoEmbajada de Portugal – Oficina Comercial

Calle Alpes, 1370Col. Lomas de Chapultepec, Delegación Miguel Hidalgo11000 México, DFTel.: +52 55 5540 77 50Fax: +52 55 55207893

[email protected]

www.portugalglobal.pt

tria automóvel mexicana captou 21 por cento do IDE. Em 2013, o investi-mento no sector no México atingiu o número recorde de 3.204 milhões de dólares, superando a média anual de 2.150 milhões de dólares dos 10 anos anteriores. Recentemente, foi anun-ciado pela Proméxico (o organismo fe-deral de promoção das exportações e do IDE) que se espera o anúncio oficial ainda em 2014 da instalação de duas novas fábricas de montagem automó-vel, cada uma com um investimento próximo dos 2.000 milhões de dóla-res. Segundo notícias não oficiais, as duas novas fábricas poderiam ser da BMW e da Hyundai, que pretenderiam escolher uma localização na América do Norte. Neste sector encontram-se oportunidades muito diversas para as empresas portuguesas, nomeadamen-te de moldes para plástico e de com-ponentes para automóvel.

Bens de consumoExistem oportunidades nos sectores de moda (confecções, calçado e acessó-rios) e de habitat (têxteis-lar, cerâmicas, porcelanas, vidros, cristais, cutelarias e gift), alguns dos quais, aliás, há vários anos vendendo para o México. O sector agro-alimentar também apresenta opor-tunidades para as empresas portuguesas, havendo porém que considerar em cer-tos casos as imposições regulamentares e de certificações do México. Todas estas oportunidades são criadas pela existência de classes médias com dimensão, poder de compra e para quem os produtos eu-ropeus são associados a qualidade.

TurismoO México recebe cerca de 23 milhões de turistas por ano (13.º mercado mundial em 2012 segundo a Organização Mun-dial de Turismo). Estão em curso diversos projectos de ampliação de oferta. Abrem-se às empresas portuguesas diversas oportunidades, desde a construção e a exploração de unidades hoteleiras, ao for-necimento de materiais, de equipamen-tos, de mobiliário e de têxteis-lar e TIC.

Page 44: PortugalglobalPortugalglobal Pense global pense Portugal Maio 2014 // Entrevista Alda de Carvalho Presidente do INE Estatísticas apoiam empresas exportadoras 6 Destaque Mobiliário

MERCADOS - EMPRESAS

// Maio 14 // Portugalglobal44

O sector português das tecnologias de in-formação aplicadas à educação é interna-cionalmente reconhecido como um caso de sucesso, em resultado do trabalho de-senvolvido, desde 2010, pelo E-xample, um Agrupamento Complementar de Em-presas (ACE) constituído por 26 empresas portuguesas com soluções nesta área, e que tem como principal missão a integra-ção das diversas competências tecnológi-cas de hardware, software e conteúdos digitais, assegurando o desenvolvimento de ecossistemas de ensino e aprendiza-gem e de gestão escolar.

No México, onde está presente desde 2011, o trabalho desenvolvido pelo E-xample resultou na assinatura por parte do Governo português de vários acordos de cooperação no domínio das tecnolo-

CONSÓRCIO E-XAMPLE É CASO DE SUCESSOO E-xample, um consórcio de 26 empresas portuguesas do sector das tecnologias de educação, está presente desde 2011 no México, numa aposta bem sucedida num mercado com elevado potencial de crescimento. Actualmente, as soluções das empresas do E-xample estão presentes em 12 dos 32 estados do México.

gias educativas, quer com os governos estaduais de Jalisco e de Oaxaca, quer com o Governo Federal do México, este último no âmbito da visita oficial realiza-da pelo Primeiro-ministro Passos Coelho àquele país em Outubro de 2013.

No seguimento deste acordo foi consti-tuída uma equipa de trabalho que inte-gra representantes dos dois países para proceder à definição de um programa de acção que promova a incorporação das novas tecnologias de informação e comunicação no processo de ensino-aprendizagem no México, segundo revela Daniel Adrião, Administrador Executivo do consórcio.

O México tem 34 milhões de estudan-tes em todos os níveis de ensino, dos

quais 25 milhões de alunos no ensino primário e secundário, 4,5 milhões de alunos nos 5º e 6º anos do primário, 1,2 milhões de professores e 125.000 escolas. Neste momento, as soluções das empresas agrupadas do E-xample estão presentes em 12 dos 32 estados do México.

Trata-se de um mercado que pela sua dimensão gera oportunidades para todos os produtos e serviços que com-põem os ecossistemas do E-xample, prevendo-se que nos próximos anos se mantenha um forte investimento no equipamento tecnológico das es-colas, tendo em conta que a educação é considerada uma prioridade estraté-gica pelas diferentes forças políticas e sociais e que o acesso dos estudantes às TIC é comummente considerado um veículo fundamental para elevar a qua-lidade educativa e o meio mais eficaz de torná-la a acessível a todos.

O Governo Federal do México tem em curso o programa “micompu.mx”, uma das principais bandeiras do Presidente Peña Nieto para a promoção da inclusão digital dos estudantes mexicanos. O Pre-sidente do México assumiu o compro-misso de, até ao final do seu mandato de seis anos, alargar o acesso de todos os alunos dos 5º e 6º anos a tecnologias educativas fornecidas pelo Estado.

A JP Inspiring Knowledge foi um dos vencedores do projecto-piloto do pro-grama “micompu.mx”, que envolveu a distribuição de 240 mil computadores para alunos. Daniel Adrião adianta tam-bém que, ainda no âmbito deste projec-to, se encontra em fase de instalação Emilio Chauyffet, Ministro da Educação do México, e Daniel Adrião, Administrador executivo do E-xample.

Page 45: PortugalglobalPortugalglobal Pense global pense Portugal Maio 2014 // Entrevista Alda de Carvalho Presidente do INE Estatísticas apoiam empresas exportadoras 6 Destaque Mobiliário

MERCADOS - EMPRESAS

Portugalglobal // Maio 14 // 45

um conjunto de salas de aula interacti-vas, envolvendo soluções das empresas JP Inspiring Knowledge (computadores dos alunos); Bibright /Globaltronic /Nau-tilus (quadros interactivos): Critical Links (servidores escolares); Inforlândia (com-putadores para professores); e LeYa (pla-taformas de conteúdos).

Portugal, tal como outros países no mundo, tem vindo a desenvolver pro-gramas de inclusão digital e de intro-dução das TIC em contexto de ensino/aprendizagem, procurando responder aos desafios resultantes da globaliza-ção e da emergência da nova socieda-de e economia do conhecimento.

A aposta neste sector fez nascer em Por-tugal um cluster industrial de hardware, software e conteúdos digitais que per-mitiu construir uma cadeia de valor e um ecossistema próprio que se encontra em acelerado processo de internaciona-lização e que tem relevância nas nossas exportações. A crescente exportação de bens e serviços tecnológicos traduz-se em claros benefícios para a imagem do país, contribuindo para que Portugal seja percepcionado internacionalmente como um país inovador.

A constituição, em 2010, do consór-cio E-xample permitiu desenvolver este investimento, promovendo a interna-cionalização de um modelo educativo inovador e eficiente, apoiado nas TIC e replicável a nível mundial. Ainda de acordo com o Administrador Executivo do E-xample, nos últimos anos, centenas de responsáveis técni-cos e políticos de muitos países têm visitado as empresas que integram o consórcio e as escolas inovadoras que fazem parte desta rede educa-tiva, tomado contacto com o cluster industrial e com os ecossistemas TIC em contexto escolar de que Portugal tem sido precursor, contribuindo assim para credibilizar e projectar o chama-do “caso português”.

E-XAMPLEEstrada da Luz, 90, Edifício Atlanta I, 9º B 1600-160 Lisboa PORTUGALTel.: +351 218 088 557

www.e-xample.com

MARTIFER SOLAR APOSTA FORTE NO MÉXICOAura Solar é o nome do maior parque fotovoltaico da América Latina. Fica no México, em La Paz (Baixa Califórnia do Sul), e foi construído pela Martifer Solar para a empresa Gauss Energía. O Presidente mexicano Enrique Peña Nieto esteve presente na inauguração deste parque, que irá abastecer mais de 160 mil pessoas.

Inaugurado em Março passado, o novo parque fotovoltaico construído pela Martifer Solar para a empresa Gauss Energía, tem uma capacidade instala-da de 39 MWp que permitirá abastecer mais de 160 mil habitantes e economi-zar mais de 60 mil toneladas de CO2 por ano. O projecto foi financiado pelo banco de desenvolvimento mexicano NAFIN, pelo IFC - International Finance Corporation do Banco Mundial e pela Corporación Aura Solar.

Trata-se maior parque fotovoltaico da América Latina e surge enquadrado na política energética do México, que tem como meta atingir 35 por cento da energia produzida a partir de fontes renováveis até 2026.

Neste projecto, a empresa portuguesa, do grupo Martifer, foi responsável pela engenharia, fornecimento e constru-ção (EPC) do Aura Solar, ficando tam-bém a seu cargo os serviços de ope-ração e manutenção (O&M). A nova infra-estrutrura veio consolidar a apos-ta do Martifer Solar no México, onde está presente desde 2011.

“Este é um projecto emblemático para a Martifer Solar, numa região que, pelas suas características de irradiação, conta com a electricidade solar como uma alter-nativa viável e mais competitiva quando comparada com as tradicionais fontes de energia. Por isso, a nossa aposta no mer-cado mexicano, que consideramos chave na estratégia de internacionalização da

Page 46: PortugalglobalPortugalglobal Pense global pense Portugal Maio 2014 // Entrevista Alda de Carvalho Presidente do INE Estatísticas apoiam empresas exportadoras 6 Destaque Mobiliário

MERCADOS - EMPRESAS

// Maio 14 // Portugalglobal46

Martifer Solar”, afirmou Henrique Rodri-gues, CEO da Martifer Solar, na inaugura-ção do Aura Solar.

Uma afirmação que é corroborada por Álvaro del Río, Country Manager da Martifer Solar no México, que su-blinha: “A conclusão deste sistema fotovoltaico dá-nos uma posição de liderança na região. Estamos muito orgulhosos com o resultado final deste projecto que irá fornecer energia ver-de para muitas famílias mexicanas. Te-mos expectativas de continuar a cres-cer no mercado deste país, que deverá quadruplicar em 2014”.

Para ganhar este projecto no México contaram “a experiência e o ‘track-record’ mundial da Martifer Solar (…) aquando da análise das propostas reali-zadas pelas principais empresas do sec-tor”, adianta, por seu lado, Hector Olea, CEO da Gauss Energía, empresa mexi-cana especializada em Desenvolvimento de Projectos no sector energético.

O parque tem mais de 132 mil painéis solares fotovoltaicos instalados em es-truturas em solo, montados em segui-dores solares de eixo único. De acordo com Henrique Rodrigues, CEO da em-presa portuguesa, o projecto “compro-va as capacidades da Martifer Solar em termos de engenharia e adaptação a mercados locais, factores chave à luz da nossa ‘expertise’ global”.

Para o México, como referiu o CEO da Gauss Energía na inauguração do par-que, o Aura Solar representa “uma base extraordinária no desenvolvimento de parques solares” e deverá dar “um im-pulso significativo para o crescimento do sector da energia solar no país”.

Sublinhe-se que com a inauguração deste parque quadruplica a capacida-de fotovoltaica instalada no México. Igualmente, este é o primeiro con-trato de ppa (power purchase agree-ment) estabelecido entre uma empre-sa privada e a Comissão Federal de Electricidade (CFE), empresa eléctrica nacional do México, que garantirá a venda da produção de energia ao longo de 20 anos.

De acordo com recente relatório da empresa estudos mercado IHS, elabo-rado entre 700 players do sector da indústria fotovoltaica, a Martifer Solar é o 5º maior player europeu e 16º a nível mundial.

A Martifer Solar, do grupo Martifer, está presente em 25 mercados em qua-tro continentes: Europa, América do Norte e América Latina, África e Ásia. Em 2012, os proveitos operacionais da Martifer Solar atingiram os 230,8 mi-lhões de euros e, até à data, a empresa implementou 500 MW de energia fo-tovoltaica em todo o mundo.

Fundada em 1990 na Marinha Grande, no seio do maior pólo de empresas de moldes do país, a Neológica está pre-sente em vários mercados externos, entre os quais o México para onde tra-balha desde 1997.

Em 17 anos de actividade no mercado mexicano, a Neológica já trabalhou para mais de 50 empresas. Inicialmente focada no sector de electrodomésticos de marca branca, nos últimos anos a empresa tem apostado com sucesso na indústria automóvel.

Na base da actuação da Neológica está uma filosofia de proximidade ao clien-te, cuja confiança é conquistada pela qualidade dos produtos e serviços for-necidos e pelo cumprimento dos pra-zos estabelecidos. A empresa acom-panha a coordenação de projectos, desde a concepção e desenvolvimento

NEOLÓGICAFIRME PRESENÇA NO MERCADO MEXICANOA Neológica desenvolve projectos e fabrica moldes para o mercado mexicano há mais de 17 anos, num trabalho de continuidade e de acompanhamento dos projectos onde participa. A empresa de moldes da Marinha Grande aposta no estabelecimento de relações de confiança com os clientes, visando a sua satisfação.

MARTIFER SOLAR PORTUGALApartado 17, 3684-001 Oliveira de FradesPortugal Tel.:+351 232 767 700Fax +351 232 767 779

www.martifersolar.com

MARTIFER SOLAR MÉXICOCalle Homero 527. Oficina 201. 11550 Colonia Polanco. Delegación Miguel HidalgoMéxico Tel.: +52 55 26 24 22 [email protected]

Page 47: PortugalglobalPortugalglobal Pense global pense Portugal Maio 2014 // Entrevista Alda de Carvalho Presidente do INE Estatísticas apoiam empresas exportadoras 6 Destaque Mobiliário

MERCADOS - EMPRESAS

Portugalglobal // Maio 14 // 47

de moldes até ao fabrico e análise de resultados, tendo dessa forma cons-truído um grupo de parceiros empe-nhados em desenvolver projectos com elevados índices de qualidade.

“Estar cada vez mais próximo do cliente, entender as suas necessidades, trazê-los até nós (Portugal) para que vejam e se apercebam como trabalhamos, falando a verdade numa troca de experiências, tem sido a tónica na conquista desse mercado”, afirma fonte da Neológica.

De acordo com a mesma fonte, a em-presa aposta na valorização dos seus colaboradores, cujos conhecimentos técnicos e humanos lhes permite ter “essa forma de estar, associada à dispo-nibilidade de atender os clientes quer a partir de Portugal quer no México, com o importantíssimo conhecimento cultural e geográfico do país, fazendo parcerias com empresas e instituições locais, para seguirmos pensando que valerá a pena”.

A Volkswagen é um dos clientes da Ne-ológica no México que desenvolveu para o grupo alemão projectos como a con-sola central dos modelos Beetle e Jetta, onde estiveram envolvidos mesmo com os moldes em produção, com resultados que deram grandes “motivos de orgulho” à empresa portuguesa, relata a fonte.

No que respeita à actividade da Neo-lógica no México, e além das parcerias já referidas com empresas e institui-ções naquele mercado e com o objec-tivo de estar mais próximo do cliente, a empresa está actualmente a desen-volver um projecto de atendimento estrategicamente localizado para o apoio pós-venda, contando com téc-nicos portugueses já a residir no Mé-xico e com outros que aí se deslocam sempre que se justifica, sobretudo no início de uma produção.

O México é um mercado muito com-petitivo para o sector dos moldes. Nos anos 90 as necessidades de moldes no país eram satisfeitas numa peque-na parcela pela indústria local, sendo o restante importado dos EUA e da Europa. Segundo a mesma fonte, nos últimos 10 anos, as importações de moldes triplicaram, tendo entrado no mercado muitos fornecedores chineses e outros asiáticos que hoje estão pre-sentes em quase todos os nichos da indústria mexicana, competindo com os fabricantes do resto do mundo, no-meadamente portugueses, pelo preço e prazos de entrega.

Sobre a abordagem das empresas por-tuguesas ao mercado do México, a fonte considera que para se obterem e consolidarem projectos se devem

NeológicaComércio Internacional, Lda.

Estrada da Nazaré, 148 AAmieirinha – 2430-033 Marinha GrandePortugalP.O.Box 29 – 2431-901 Marinha GrandeTel.: +351 244 575 180Fax: +351 244 575 181

[email protected]

www.neologica.pt

respeitar os compromissos assumidos, “falando abertamente de igual para igual”, e estar preparado para negociar em dólares. Primeiro deve ser efectua-da uma visita de prospecção ao mer-cado para apurar as necessidades da oferta e a política de preços, e, uma vez concretizado o negócio, há que manter o esforço de apoio à promoção e pres-tar assistência pós-venda, sempre com uma visão de longo prazo.

Sobre a questão da segurança, que normalmente deixa apreensivos os empresários interessados em fazer negócio no mercado mexicano, a fon-te afirma que as situações de even-tual perigo estão limitadas a certas regiões e a certos grupos, e que até hoje os colaboradores da Neológica – quer os que vivem no México quer os que aí se deslocam com regularidade – nunca sofreram qualquer incidente neste domínio.

Page 48: PortugalglobalPortugalglobal Pense global pense Portugal Maio 2014 // Entrevista Alda de Carvalho Presidente do INE Estatísticas apoiam empresas exportadoras 6 Destaque Mobiliário

MERCADOS - EMPRESAS

// Maio 14 // Portugalglobal48

A política de expansão da WeDo Tech-nologies para a América Latina levou a tecnológica portuguesa, do grupo Sonae, a apostar no México em 2008, através da abertura de um escritório que contava então com oito colaboradores.

Segundo fonte da empresa, a opção pelo México deveu-se ao facto de este ser considerado o país com maior influência nos países da América Latina de língua espanhola. Uma decisão que se veio a revelar acertada já que a abertura desta operação permitiu à WeDo Technologies crescer de forma sistemática na região durante quatro anos consecutivos.

A implementação das operações no Mé-xico permitiu-lhe ganhar dois grandes clientes no ano de abertura (a Telefónica e o Grupo Televisa), a que se juntaram ou-tros clientes, criando a necessidade de os gerir localmente. Actualmente, a empre-sa tem 18 colaboradores neste mercado.

A aposta no México revelou-se igual-mente importante para a expansão da WeDo Technologies para outros países da América Central como a Guatema-

WEDO TECHNOLOGIES SUPERA DESAFIOA WeDo Technologies está há seis anos no México, numa operação de sucesso que, constituindo um desafio para a tecnológica portuguesa, foi um passo fundamental para a sua expansão para outros mercados da América Latina.

la, Honduras, Costa Rica, El Salvador e Nicarágua, e ainda para a Colômbia e a Venezuela. Refira-se que a empresa já tinha escritórios no Brasil.

A mesma fonte adianta que o México colocou à WeDo Technologies novos desafios a nível de questões laborais e fiscais, “uma vez que a legislação no país é muito diferente da europeia, tendo sido necessário assegurar o do-mínio destas questões para garantir a viabilidade da operação”.

A operação no México também forçou a WeDo Technologies a conhecer e adaptar-se à cultura mexicana que “dá um enorme valor às relações humanas e coloca as questões de relacionamen-to como fulcrais para o desenvolvi-mento de negócios”, o que também acontece em Portugal, mas no México de forma mais acentuada. “Tal como os portugueses, os mexicanos são um povo latino, pelo que não é muito di-fícil a adaptação a esta cultura”, acres-centa a fonte da WeDo Technologies.

A WeDo Technologies é líder mundial

em Enterprise Business Assurance (Ga-rantia de Receita e Gestão de Fraude), empregando 500 profissionais alta-mente qualificados. A empresa tra-balha com algumas empresas líderes mundiais nos segmentos de telecomu-nicações, energia, retalho e finanças.

Em 2013, a WeDo Technologies registou um crescimento das suas receitas em 12 por cento, representando 61,5 milhões de euros, tendo este sido o melhor ano da empresa alguma vez registado. A em-presa conquistou ainda 20 novos clientes e acrescentou cinco novos países e assi-nou acordos globais com dois dos maio-res grupos de telecomunicações. A WeDo Technologies terminou o ano de 2013 com mais de 200 clientes distribuídos por 90 países nos cinco continentes.

WEDO TECHNOLOGIESRua do Viriato, 131050-233 Lisboa – PortugalTel.: +351 210 111 400Fax: +351 210 111 401

www.wedotechnologies.com

Page 49: PortugalglobalPortugalglobal Pense global pense Portugal Maio 2014 // Entrevista Alda de Carvalho Presidente do INE Estatísticas apoiam empresas exportadoras 6 Destaque Mobiliário

MERCADOS

Portugalglobal // Maio 14 // 49

Nos primeiros três meses deste ano, o México posicionou-se no 24º lugar do ranking de clientes de Portugal e no 54º lugar como fornecedor, melhorando as-sim a sua posição em relação a 2013.

No período de 2009-2013, a balança comercial luso-mexicana foi sempre fa-vorável a Portugal. Contudo, a taxa de cobertura das importações pelas expor-tações oscilou entre os 373,8 por cen-to em 2009 e os 129,5 por cento em 2012, e o saldo comercial variou entre 230,7 milhões em 2011 e 44,7 milhões de euros em 2012.

RELACIONAMENTO ECONÓMICO PORTUGAL – MÉXICOO México é um parceiro comercial com alguma relevância para Portugal, sobretudo na qualidade de cliente, surgindo, em 2013, na 28ª posição no ranking de clientes dos nossos bens, com uma quota de mercado de 0,41 por cento, e na 59ª posição no ranking de fornecedores, com uma quota de mercado de 0,11 por cento. No âmbito da América Latina e Caraíbas, o México surge no 2º lugar no ranking de clientes e no 5º lugar no de fornecedores.

Já este ano, no primeiro trimestre, e de acordo com os dados do INE, as expor-tações portuguesas de bens para este país cresceram 22,1 por cento face a idêntico período de 2013, enquanto as importações diminuíram 18,9 por cen-to, o que se traduz num coeficiente de cobertura de 396,3 por cento.

As exportações portuguesas para o Méxi-co apresentavam, em 2013, um grau de concentração significativamente eleva-do, uma vez que apenas dois grupos de produtos – máquinas e aparelhos (37,4 por cento do total) e produtos químicos

(15,3 por cento) - representavam mais de metade (52,7 por cento) do valor global exportado para aquele mercado.

Dos restantes grupos de produtos, destacavam-se ainda, em 2013, as matérias têxteis (9,5 por cento do to-tal exportado), a madeira e cortiça (7 por cento), os instrumentos de óptica e precisão (5,8 por cento) e os plásticos e borracha (5,3 por cento).

Os dados relativos ao primeiro trimestre de 2014 dão conta de um aumento do peso dos dois grupos de produtos mais

BALANÇA BILATERAL - COMÉRCIO DE BENS

2009 2010 2011 2012 2013 Var %a 13/09

2013 Jan/Mar

2014 Jan/Mar

Var %b 14/13

Exportações 203.638 406.085 461.612 196.328 196.519 13,9 43.655 53.298 22,1

Importações 54.475 176.345 230.896 151.606 59.715 39,9 16.579 13.448 -18,9

Saldo 149.163 229.740 230.716 44.723 136.804 -- 27.076 39.850 --

Coef. Cobertura (%) 373,8% 230,3% 199,9% 129,5% 329,1% -- 263,3% 396,3% --

Fonte: INE - Instituto Nacional de Estatística Unidade: Milhares de eurosNotas: (a) Média aritmética das taxas de crescimento anuais no período 2009-2013 (b) Taxa de variação homóloga 2013-20142009 a 2011: resultados definitivos; 2012 resultados provisórios; 2013 e 2014: resultados preliminares

Page 50: PortugalglobalPortugalglobal Pense global pense Portugal Maio 2014 // Entrevista Alda de Carvalho Presidente do INE Estatísticas apoiam empresas exportadoras 6 Destaque Mobiliário

MERCADOS

// Maio 14 // Portugalglobal50

referência face ao mesmo período de 2013 (mais 100,8 por cento).

Em termos de grau de intensidade tec-nológica, a estrutura das exportações era, em 2012 (último ano disponível), dominada pelos produtos de média-alta tecnologia, com 45,8 por cento do total exportado, seguida pelos produ-tos de baixa tecnologia (22 por cento), média-baixa tecnologia (17 por cento) e de alta tecnologia (15,2 por cento).

De acordo com os dados do INE, o número de empresas portuguesas ex-portadoras para o mercado mexicano aumentou de 408 em 2008 para 524 em 2012 (último ano disponível).

No que se refere aos grupos de produ-tos importados do México destacam-se, em 2013, os metais comuns (26,3 por cento do total), produtos agrícolas (19,3 por cento), máquinas e aparelhos (19 por cento), plásticos e borracha (11 por cento) e produtos químicos (10,3 por cento). Este conjunto de produtos

máquinas e aparelhos (22,7 por cento do total importado), os produtos quími-cos (19,4 por cento) e os metais comuns (16,7 por cento) a ocuparem as primei-ras posições da lista de produtos mais importados do mercado mexicano.

Em termos de grau de intensidade tec-nológica, a estrutura importadora era constituída, em 2012, por produtos de média-alta tecnologia (38,7 por cento do valor global importado), de média-baixa tecnologia (33,9 por cento) e de alta e baixa tecnologia (ambos com 13,7 por cento), caracterizando-se as expor-tações por um grau de intensidade tec-nológica superior ao das importações.

Serviços Ao contrário do que sucede no comér-cio de bens, em termos de serviços, a balança bilateral era geralmente favo-rável ao México. No entanto, nos úl-timos dois anos registou-se um saldo positivo para Portugal. As trocas bilate-rais de serviços são, no entanto, relati-vamente modestas tendo, em 2013, o

México sido o 44º mercado cliente dos serviços portugueses e o 41º fornece-dor de serviços ao nosso país, segundo os dados do Banco de Portugal.

É de salientar que, no âmbito dos mer-cados da América Latina, o México foi o nosso 2º mercado de exportação (a seguir ao Brasil) e o 5º mercado de im-portação de serviços (a seguir ao Brasil, Colômbia, Argentina e Uruguai), repre-sentando 0,4 por cento das nossas ven-das totais em 2013 e 0,1 por cento das nossas compras.

InvestimentoO México, enquanto país emissor de investimento directo estrangeiro (IDE), afigura-se ainda com pouca importân-cia para Portugal. Em 2013, surgia no 44º lugar no ranking de países emisso-res de IDE para Portugal.

Ao invés, como receptor de investimen-to directo português (IDPE), o mercado mexicano vem testemunhando algum interesse, todavia, tendencialmente tem vindo a perder importância para os agentes económicos portugueses. Em 2013, figurava no 29º lugar no ranking de países receptores de IDPE, com uma quota de mercado de 0,03 por cento.

Em termos absolutos, no período de 2009-2013, o investimento bruto me-xicano em Portugal ascendeu a cerca de 7,7 milhões de euros, e o desinvesti-mento a cerca de 7,5 milhões de euros, resultando daí um investimento líquido de cerca de 200 mil euros.

No período em análise, e igualmente em termos absolutos, o investimento bruto português no México ascendeu a cerca de 87,9 milhões de euros, e o desinvestimento a cerca de 67,2 milhões de euros, resultando daí um investimento líquido de cerca de 20,7 milhões de EUR.

BALANÇA BILATERAL - COMÉRCIO DE SERVIÇOS

2009 2010 2011 2012 2013 Var %a 13/09

2013 Jan/Fev

2014 Jan/Fev

Var %b 14/13

Exportações 11.685 13.353 14.873 16.075 18.416 12,1 3.380 2.633 -22,1

Importações 12.084 21.940 16.767 13.879 13.348 9,2 1.763 1.799 2,0

Saldo -399 -8.587 -1.894 2.196 5.068 -- 1.617 834 --

Coef. Cobertura (%) 96,7% 60,9% 88,7% 115,8% 138,0% -- 191,7% 146,4% --

Fonte: INE - Instituto Nacional de Estatística Unidade: Milhares de eurosNotas: (a) Média aritmética das taxas de crescimento anuais no período 2009-2013 (b) Taxa de variação homóloga 2013-20142009 a 2011: resultados definitivos; 2012 resultados provisórios; 2013 e 2014: resultados preliminares

exportados para o México – máquinas e aparelhos e produtos químicos – que em conjunto representaram 64,3 por cento do total exportado, sendo de sublinhar o forte aumento do primeiro grupo em

representou 85,9 por cento das impor-tações provenientes do México.

Esta estrutura registou alterações no primeiro trimestre deste ano, com as

Page 51: PortugalglobalPortugalglobal Pense global pense Portugal Maio 2014 // Entrevista Alda de Carvalho Presidente do INE Estatísticas apoiam empresas exportadoras 6 Destaque Mobiliário

MERCADOS

Portugalglobal // Maio 14 // 51

ENDEREÇOS ÚTEIS

MÉXICO EM FICHA

Área: 1.964.375 km2

População: 116,2 milhões de habitantes (estimativa 2013)

Densidade populacional: 59 habitantes/km2 (estimativa 2013)

Designação oficial: Estados Unidos Mexicanos

Forma de Governo: República Federal

Chefe do Estado: Enrique Peña Nieto (eleito em Julho de 2012).

As próximas eleições para o congresso são em Julho de 2015 e as

presidenciais estão previstas para Julho de 2018.

Chefe de Governo: Enrique Peña Nieto

Data da actual Constituição: 5 de Fevereiro de 1917, com alte-

rações posteriores.

Principais partidos políticos: Governo: Partido Revolucionario

Institucional (PRI)

Oposição: Partido Acción Nacional (PAN); Partido de la Revoluci-

EMBAIXADA DO MÉXICO EM PORTUGALEstrada de Monsanto, 781500-462 LisboaTel.: +351 217 621 290Fax: +351 217 620 [email protected]://embamex.sre.gob.mx/portugal

CÂMARA DE COMÉRCIO E INDÚSTRIA LUSO MEXICANAAv. da República, 58, 13 º 1069-057 LisboaTel./Fax: +351 217 959 [email protected]@gmail.comwww.camaralusomexicana.org

EMBAIXADA DE PORTUGAL NO MÉXICOCalle Alpes, 1370Col. Lomas de ChapultepecDel. Miguel Hidalgo11000 México, DFTel.: +52 55 55 207 897 / 55 407 562Fax: +52 55 204 [email protected]://embpomex.wordpress.com

CONFEDERACIÓN DE CÁMARAS NACIONALES DE COMERCIO SERVICIOS Y TURISMO – CONCANACOBalderas, 144 - Col. Centro06070 México, DFTel.: +52 55 57 2293 00 www.concanaco.com.mx

BANCO DE MÉXICO – BANXICO (BANCO CENTRAL)Av. 5 de Mayo, 20Col. Centro, Del. Cuauhtémoc06059 México, DFTel.: +52 55 5237 20 00Fax: +52 55 5237 24 19www.banxico.org.mx

EUROPEAN UNION‘S DELEGATION TO MEXICOAv. Paseo de la Reforma 1675Col. Lomas de Chapultepec, Del. Miguel HidalgoMéxico, D.F. C.P. 11000 Tel.: + 52 55 4033 45 -47Fax: +52 55 4065 [email protected]://eeas.europa.eu/delegations/mexico

ón Democrática (PRD); Partido Verde Ecologista de México (PVEM);

Partido Convergencia (CD); Partido del Trabajo (PT); Partido Nueva

Alianza (PANAL).

Capital: Cidade do México (20,1 milhões de habitantes, 2010)

Outras cidades importantes: Guadalajara (4,4 milhões), Mon-

terrey (4,1 milhões) e Puebla (2,7 milhões).

Religião: Católica romana (76,5%); protestante (6,3%); outras

(17,2%).

Língua Oficial: A língua oficial é o castelhano, mas existem mais

de 60 dialectos indígenas, destacando-se os Náhuatl, Maya, Zapo-

tec e Mixtec.

Unidade monetária: Peso mexicano (MXN)

1 EUR = 18,0485 MXN (média Abril 2014)

1 EUR = 16,9641 MXN (média 2013)

Risco País

Risco geral – BBB (AAA = risco mínimo; D = risco máximo)

Risco político – BB

Risco de estrutura económica – BB

Risco de crédito: 3 (1 = risco menor; 7 = risco maior) – COSEC,

Abril de 2014

Política de cobertura de risco: Operações de Curto prazo –

Aberta sem restrições; Operações de Médio / Longo prazo – Em

princípio aberta sem restrições. A eventual exigência de garantia

bancária, para clientes privados, será decidida casuisticamente

Fontes: The Economist Intelligence Unit (EIU); (COSEC – Abril 2014).

Page 52: PortugalglobalPortugalglobal Pense global pense Portugal Maio 2014 // Entrevista Alda de Carvalho Presidente do INE Estatísticas apoiam empresas exportadoras 6 Destaque Mobiliário

// Maio 14 // Portugalglobal52

COSECNo âmbito de apólices individuais

Políticas de cobertura para mercados de destino das exportações portuguesas

ANÁLISE DE RISCO - PAÍS

África do Sul* C Aberta sem condições restritivas.

M/L Garantia bancária (decisão casuística).

AngolaC Caso a caso.

M/L Garantia soberana. Limite total de responsabilidades.

Arábia Saudita C Carta de crédito irrevogável

(decisão casuística).

M/L Caso a caso.

ArgéliaC Sector público: aberta sem res-

trições. Sector privado: eventual exigência de carta de crédito irrevogável.

M/L Em princípio. exigência de garan-tia bancária ou garantia soberana.

Argentina T Caso a caso.

BareinC Aberta sem condições restritivas.

M/L Garantia bancária.

BenimC Caso a caso, numa base muito

restritiva.

M/L Caso a caso, numa base muito restritiva, e com exigência de garantia soberana ou bancária.

Brasil* C Aberta sem condições restritivas.

M/L Clientes soberanos: Aberta sem condições restritivas. Outros Clien-tes públicos e privados: Aberta, caso a caso, com eventual exigência de garantia soberana ou bancária.

Cabo Verde C Aberta sem condições restritivas.

M/L Eventual exigência de garantia bancária ou de garantia soberana (decisão casuística).

Camarões T Caso a caso, numa base muito

restritiva.

Cazaquistão

Temporariamente fora de cobertura.

China* C Aberta sem condições restritivas.

M/L Garantia bancária.

Colômbia C Carta de crédito irrevogável.

M/L Caso a caso, numa base restritiva.

Costa do Marfim T Decisão casuística.

Costa Rica C Aberta sem condições restritivas.

M/L Não definida.

Cuba T Fora de cobertura.

Egipto C Carta de crédito irrevogável

M/L Caso a caso.

Emirados Árabes Unidos C Aberta sem condições restritivas.

M/L Garantia bancária (decisão casuística).

EtiópiaC Carta de crédito irrevogável.

M/L Caso a caso numa base muito restritiva.

Filipinas C Aberta sem condições restritivas.

M/L Não definida.

GanaC Caso a caso numa base muito

restritiva.

M/L Fora de cobertura.

GeórgiaC Caso a caso numa base restritiva,

privilegiando-se operações de pequeno montante.

M/L Caso a caso, numa base muito restritiva e com a exigência de contra garantias.

Guiné-Bissau T Fora de cobertura.

Guiné Equatorial C Caso a caso, numa base restritiva.

M/L Clientes públicos e soberanos: caso a caso, mediante análise das garantias oferecidas, desig-nadamente contrapartidas do petróleo. Clientes privados: caso a caso, numa base muito restri-tiva, condicionada a eventuais contrapartidas (garantia de banco comercial aceite pela COSEC ou contrapartidas do petróleo).

Hong-Kong C Aberta sem condições restritivas.

M/L Não definida.

Iémen C Caso a caso, numa base restritiva.

M/L Caso a caso, numa base muito restritiva.

Índia C Aberta sem condições restritivas.

M/L Garantia bancária.

Indonésia C Caso a caso, com eventual

exigência de carta de crédito irre-vogável ou garantia bancária.

M/L Caso a caso, com eventual exi-gência de garantia bancária ou garantia soberana.

Irão T Fora de cobertura.

Iraque T Fora de cobertura.

Jordânia C Caso a caso.

M/L Caso a caso, numa base restritiva.

Koweit C Aberta sem condições restritivas.

M/L Garantia bancária (decisão casuística).

Letónia C Carta de crédito irrevogável.

M/L Garantia bancária.

Líbano C Clientes públicos: caso a caso

numa base muito restritiva. Clientes privados: carta de crédito irrevogável ou garantia bancária.

M/L Clientes públicos: fora de cober-tura. Clientes privados: caso a caso numa base muito restritiva.

Líbia T Fora de cobertura.

Lituânia C Carta de crédito irrevogável.

M/L Garantia bancária.

Macau C Aberta sem condições restritivas.

M/L Não definida.

Malásia C Aberta sem condições restritivas.

M/L Não definida.

Malawi C Caso a caso, numa base restritiva.

M/L Clientes públicos: fora de co-

bertura, excepto para operações de interesse nacional. Clientes privados: análise casuística, numa base muito restritiva.

Marrocos* C Aberta sem condições restritivas.

M/L Garantia bancária ou garantia soberana.

Martinica C Aberta sem condições restritivas.

M/L Não definida.

México* C Aberta sem restrições.

M/L Em princípio aberta sem restrições. A eventual exigência de garantia bancária, para clientes privados, será decidida casuisticamente.

Moçambique C Caso a caso, numa base restritiva

(eventualmente com a exigência de carta de crédito irrevogável, garan-tia bancária emitida por um banco aceite pela COSEC e aumento do prazo constitutivo de sinistro).

M/L Aumento do prazo constitutivo de sinistro. Sector privado: caso a caso numa base muito restritiva. Operações relativas a projectos geradores de divisas e/ou que admitam a afectação prioritária de receitas ao pagamento dos créditos garantidos, terão uma ponderação positiva na análise do risco; sector público: caso a caso numa base muito restritiva.

Montenegro C Caso a caso, numa base restritiva.

privilegiando-se operações de pequeno montante.

M/L Caso a caso, com exigência de ga-rantia soberana ou bancária, para operações de pequeno montante.

Nigéria C Caso a caso, numa base restritiva

(designadamente em termos de alargamento do prazo consti-tutivo de sinistro e exigência de garantia bancária).

M/L Caso a caso, numa base muito restritiva, condicionado a eventuais garantias (bancárias ou contraparti-das do petróleo) e ao alargamento do prazo contitutivo de sinistro.

Oman C Aberta sem condições restritivas.

M/L Garantia bancária (decisão ca-suística).

Page 53: PortugalglobalPortugalglobal Pense global pense Portugal Maio 2014 // Entrevista Alda de Carvalho Presidente do INE Estatísticas apoiam empresas exportadoras 6 Destaque Mobiliário

Portugalglobal // Maio 14 // 53

Políticas de cobertura para mercados de destino das exportações portuguesas

No âmbito de apólices globais

Na apólice individual está em causa a cobertura de uma única transação para um determinado mercado. enquanto a apólice global cobre todas as transações em todos os países para onde o empresário exporta os seus produtos ou serviços.

As apólices globais são aplicáveis às empresas que vendem bens de consumo e intermédio. cujas transações envolvem créditos de curto prazo (média 60-90 dias). não excedendo um ano. e que se repetem com alguma frequência.

Tendo em conta a dispersão do risco neste tipo de apólices. a política de cobertura é casuística e. em geral. mais flexível do que a indicada para as transações no âmbito das apólices individuais. Encontram-se também fora de cobertura Cuba. Guiné-Bissau. Iraque e S. Tomé e Príncipe.

COSEC Companhia de Seguro de Créditos. S. A.Direcção Internacional

Avenida da República. 581069-057 LisboaTel.: +351 217 913 832 Fax: +351 217 913 839

ANÁLISE DE RISCO - PAÍS

[email protected] www.cosec.pt

Panamá C Aberta sem condições restritivas.

M/L Não definida.

Paquistão Temporariamente fora de cobertura.

Paraguai C Carta de crédito irrevogável.

M/L Caso a caso, numa base restritiva.

Peru C Aberta sem condições restritivas.

M/L Clientes soberanos: aberta sem condições restritivas. Clientes públicos e privados: aberta, caso a caso, com eventual exigência de garantia soberana ou bancária.

Qatar C Aberta sem condições restritivas.

M/L Garantia bancária (decisão casuística).

Quénia C Carta de crédito irrevogável.

M/L Caso a caso, numa base restritiva.

República Dominicana C Aberta caso a caso, com eventual

exigência de carta de crédito irrevo-gável ou garantia bancária emitida por um banco aceite pela COSEC.

M/L Aberta caso a caso com exigência de garantia soberana (emitida pela Secretaria de Finanzas ou pelo Ban-co Central) ou garantia bancária.

Roménia C Exigência de carta de crédito

irrevogável (decisão casuística).

M/L Exigência de garantia bancária ou garantia soberana (decisão casuística).

Rússia C Sector público: aberta sem restri-

ções. Sector privado: caso a caso.

M/L Sector público: aberta sem restri-ções, com eventual exigência de garantia bancária ou garantia sobe-rana. Sector privado: caso a caso.

S. Tomé e Príncipe C Análise caso a caso, numa base

muito restritiva.

Senegal C Em princípio. exigência de

garantia bancária emitida por um banco aceite pela COSEC e eventual alargamento do prazo constitutivo de sinistro.

M/L Eventual alargamento do prazo constitutivo de sinistro. Sector público: caso a caso, com exigên-cia de garantia de pagamento e transferência emitida pela Autori-dade Monetária (BCEAO); sector privado: exigência de garantia bancária ou garantia emitida pela Autoridade Monetária (preferência a projectos que permitam a alocação prioritária dos cash-flows ao reembolso do crédito).

Sérvia C Caso a caso, numa base restritiva,

privilegiando-se operações de pequeno montante.

M/L Caso a caso, com exigência de garantia soberana ou bancária, para operações de pequeno montante.

Singapura C Aberta sem condições restritivas.

M/L Não definida.

Síria T Caso a caso, numa base muito

restritiva.

Suazilândia C Carta de crédito irrevogável.

M/L Garantia bancária ou garantia soberana.

Tailândia C Carta de crédito irrevogável

(decisão casuística).

M/L Não definida.

Taiwan C Aberta sem condições restritivas.

M/L Não definida.

Tanzânia T Caso a caso, numa base muito

restritiva.

Tunísia* C Aberta sem condições restritivas.

M/L Garantia bancária.

Turquia C Carta de crédito irrevogável.

M/L Garantia bancária ou garantia soberana.

Ucrânia C Clientes públicos: eventual

exigência de garantia soberana. Clientes privados: eventual exigência de carta de crédito irrevogável.

M/L Clientes públicos: eventual exigência de garantia soberana. Clientes privados: eventual exigência de garantia bancária.Para todas as operações, o prazo constitutivo de sinistro é definido caso a caso.

Uganda C Caso a caso, numa base muito

restritiva.

M/L Fora de cobertura.

Uruguai C Carta de crédito irrevogável

(decisão casuística).

M/L Não definida.

Venezuela C Clientes públicos: aberta caso

a caso com eventual exigência de garantia de transferência ou soberana. Clientes privados: aberta caso a caso com eventual exigência de carta de crédito irrevogável e/ou garantia de transferência.

M/L Aberta caso a caso com exigência de garantia soberana.

Zâmbia C Caso a caso, numa base muito

restritiva.

M/L Fora de cobertura.

ZimbabweC Caso a caso, numa base muito

restritiva.

M/L Fora de cobertura.

Advertência:

A lista e as políticas de cobertura são indicativas e podem ser alteradas sempre que se justifique. Os países que constam da lista são os mais representativos em termos de consultas e responsabilidades assumidas. Todas as operações são objecto de análise e decisão específicas.

Legenda:

C Curto Prazo

M/L Médio / Longo Prazo

T Todos os Prazos

* Mercado prioritário.

Page 54: PortugalglobalPortugalglobal Pense global pense Portugal Maio 2014 // Entrevista Alda de Carvalho Presidente do INE Estatísticas apoiam empresas exportadoras 6 Destaque Mobiliário

A Portugalglobal e a COSEC apresentam-lhe uma Tabela Clas-sificativa de Países com a graduação dos mercados em função do seu risco de crédito. ou seja. consoante a probabilidade de cumprimento das suas obrigações externas. a curto. a médio e a longo prazos. Existem sete grupos de risco (de 1 a 7). corres-

pondendo o grupo 1 à menor probabilidade de incumprimento e o grupo 7 à maior.As categorias de risco assim definidas são a base da avaliação do risco país. da definição das condições de cobertura e das taxas de prémio aplicáveis.

Tabela classificativa de paísesPara efeitos de Seguro de Crédito à exportação

Grupo 1 Grupo 2 Grupo 3 Grupo 4 Grupo 5 Grupo 6 Grupo 7

Hong-KongSingapura *Taiwan

Arábia SauditaBotswanaBruneiChileChina •EAUa

GibraltarKoweitLituâniaMacauMalásiaOmanTrind. e Tobago

África do Sul •ArgéliaBahamasBarbadosBrasil •Costa RicaDep/ter Austr.b

Dep/ter Din.c

Dep/ter Esp.d

Dep/ter EUAe

Dep/ter Fra.f

Dep/ter N. Z.g

Dep/ter RUh

FilipinasIlhas MarshallÍndiaIndonésiaMarrocos •MauríciasMéxico •MicronésiaNamíbiaPalauPanamáPeruQatarRússiaTailândiaUruguai

ArubaBareinBulgáriaColômbia El SalvadorFidjiLetóniaRoméniaTunísia •Turquia

AngolaAzerbeijãoCazaquistãoCroáciaDominicana. Rep.GabãoGanaGuatemalaJordâniaLesotoMacedóniaMongóliaNigériaPapua–Nova GuinéParaguaiS. Vic. e Gren.Santa LúciaVietnameZâmbia

AlbâniaAnt. e BarbudaArméniaBangladeshBelizeBeninBolíviaButãoCabo VerdeCamarõesCambojaComores CongoDominicaEgiptoGeórgiaHondurasKiribatiMoçambiqueMontenegroNauruQuéniaSamoa Oc.SenegalSérvia Sri LankaSuazilândiaSuriname TanzâniaTimor-LesteTurquemenistãoTuvaluUgandaUzbequistãoVanuatu

AfeganistãoArgentinaBielorussiaBósnia e HerzegovinaBurkina FasoBurundiCampucheaCent. Af. Rep.ChadeCongo. Rep. Dem.Coreia do NorteC. do MarfimCuba • DjibutiEquadorEritreiaEtiópiaGâmbiaGrenadaGuianaGuiné EquatorialGuiné. Rep. daGuiné-Bissau • HaitiIemenIrão •Iraque •JamaicaKosovoLaosLíbanoLibériaLíbiaMadagáscarMalawiMaldivasMali MauritâniaMoldávia Myanmar

Nepal Nicarágua Níger PaquistãoQuirguistãoRuandaS. Crist. e NevisS. Tomé e Príncipe •Salomão Seicheles Serra LeoaSíria Somália SudãoSudão do Sul TadzequistãoTogo Tonga UcrâniaVenezuelaZimbabué

Fonte: COSEC - Companhia de Seguro de Créditos. S.A.* País pertencente ao grupo 0 da classificação risco-país da OCDE. Não é aplicável o sistema de prémios mínimos.

• Mercado de diversificação de oportunidades • Fora de cobertura • Fora de cobertura. excepto operações de relevante interesse nacional

a) Abu Dhabi. Dubai. Fujairah. Ras Al Khaimah. Sharjah. Um Al Quaiwain e Ajma b) Ilhas Norfolk c) Ilhas Faroe e Gronelândiad) Ceuta e Melilha e) Samoa. Guam. Marianas. Ilhas Virgens e Porto Rico

f) Guiana Francesa. Guadalupe. Martinica. Reunião. S. Pedro e Miquelon. Polinésia Francesa. Mayotte. Nova Caledónia. Wallis e Futuna

g) Ilhas Cook e Tokelau. Ilhas Niveh) Anguilla. Bermudas. Ilhas Virgens. Cayman. Falkland. Pitcairn. Monserrat. Sta.

Helena. Ascensão. Tristão da Cunha. Turks e Caicos

NOTAS

COSECTABELA CLASSIFICATIVA DE PAÍSES

// Maio 14 // Portugalglobal54

Page 55: PortugalglobalPortugalglobal Pense global pense Portugal Maio 2014 // Entrevista Alda de Carvalho Presidente do INE Estatísticas apoiam empresas exportadoras 6 Destaque Mobiliário

INVESTIMENTO DIRECTO DO EXTERIOR EM PORTUGAL 2013 tvh

2013/122013

Jan/Mar2014

Jan/Martvh 14/13 Jan/Mar

tvh 14/13 Mar/Mar

tvc 14/14 Mar/Fev

IDE bruto 30.109 -36,8% 6.919 6.263 -9,5% -31,1% -56,2%

IDE desinvestimento 27.764 -31,7% 6.398 5.493 -14,1% -19,8% -27,9%

IDE líquido 2.345 -66,5% 521 770 47,9% -227,5% -113,4%

IDE Intra UE 28.061 -36,8% 6.244 5.769 -7,6% -29,7% -56,9%

IDE Extra UE 2.048 -36,8% 675 495 -26,8% -43,6% -47,4%

Unidade: Milhões de euros

IDE Intra UE 93,2% -- 90,2% 92,1% -- -- --

IDE Extra UE 6,8% -- 9,8% 7,9% -- -- --

% Total IDE bruto

INVESTIMENTO DIRECTO COM O EXTERIOR

IDPE bruto - Destinos 2014 (Jan/Mar) % Total tvh 14/13 IDPE bruto - Sector 2014 (Jan/Mar) % Total tvh 14/13

Países Baixos 36,5% 33,5% Act. Financeiras e de Seguros 86,1% 137,4%

Suíça 27,0% 7517,6% Comércio 4,2% 1,6%

Luxemburgo 14,3% 1406,3% Ind. Transformadoras 3,1% -35,1%

Espanha 6,7% 0,3% Construção 1,7% 8,5%

Brasil 3,4% 43,4% Act. Consultoria e Técnicas 1,2% -47,6%

>PRINCIPAIS DADOS DE INVESTIMENTO (IDE E IDPE). EXPORTAÇÕES E IMPORTAÇÕES.

INVESTIMENTO e COMÉRCIO EXTERNO

IDE bruto - Origem 2014 (Jan/Mar) % Total tvh 14/13 IDE bruto - Sector 2014 (Jan/Mar) % Total tvh 14/13

Espanha 21,3% 1,7% Comércio 30,7% -34,6%

Luxemburgo 15,9% 171,7% Act. Financeiras e de Seguros 22,5% 11,8%

França 13,5% -38,8% Ind. Transformadora 20,3% -17,8%

Alemanha 11,9% -8,2% Act. Informação e Comunicação 3,7% -27,1%

Reino Unido 11,5% -39,1% Electricidade, Gás, Água 3,1% 0,2%

2011 Dez 2012 Dez 2013 Dez 2013 Mar 2014 Mar tvh 14/13 Mar/Mar

Stock IDE 86.428 90.783 93.168 91.994 93.498 1,6%

Stock IDPE 55.823 57.639 59.378 58.861 59.805 1,6%

Unidade: Milhões de euros Fonte: Banco de Portugal

INVESTIMENTO DIRECTO DE PORTUGAL NO EXTERIOR 2013 tvh

2013/122013

Jan/Mar2014

Jan/Martvh 14/13 Jan/Mar

tvh 14/13 Mar/Mar

tvc 14/14 Mar/Fev

IDPE bruto 14.048 -12,0% 1.408 2.709 92,4% -21,8% -50,3%

IDPE desinvestimento 12.973 -16,4% 694 1.571 126,4% 201,7% -11,5%

IDPE líquido 1.075 138,5% 714 1.137 59,3% -76,8% -79,3%

IDPE Intra UE 9.561 46,2% 1.166 1.756 50,6% -26,8% 21,0%

IDPE Extra UE 867 -60,4% 242 953 293,2% 20,3% -87,5%

Unidade: Milhões de euros

IDPE Intra UE 68,1% -- 82,8% 64,8% -- -- --

IDPE Extra UE 31,9% -- 17,2% 35,2% -- -- --

% Total IDPE bruto

ESTATÍSTICAS

Portugalglobal // Maio 14 // 55

Page 56: PortugalglobalPortugalglobal Pense global pense Portugal Maio 2014 // Entrevista Alda de Carvalho Presidente do INE Estatísticas apoiam empresas exportadoras 6 Destaque Mobiliário

ESTATÍSTICAS

// Maio 14 // Portugalglobal56

COMÉRCIO INTERNACIONAL

BENS (Exportação) 2013 tvh 2013/12

2013 Jan/Mar

2014 Jan/Mar

tvh 14/13 Jan/Mar

tvh 14/13 Mar/Mar

tvc 14/14 Mar/Fev

Exportações bens 47.379 4,7% 11.542 11.734 1,7% -1,3% 2,9%

Exportações bens UE 33.319 3,6% 8.266 8.514 3,0% 1,1% 2,3%

Exportações bens Extra UE 14.060 7,4% 3.276 3.220 -1,7% -6,8% 4,6%

Unidade: Milhões de euros

Exportações bens UE 70,3% -- 71,6% 72,6% -- -- --

Exportações bens Extra UE 29,7% -- 28,4% 27,4% -- -- --

Unidade: % do total

Exp. Bens - Clientes 2014 (Jan/Mar) % Total tvh 14/13 Exp. Bens - Var. Valor (14/13) Meur Cont. p. p.

Espanha 24,1% 5,4% Espanha 144 1,2

França 12,4% 6,6% Reino Unido 91 0,8

Alemanha 12,3% 2,1% França 90 0,8

Angola 6,2% 8,7% China 69 0,6

Reino Unido 6,0% 15,0% Angola 58 0,5

Países Baixos 4,1% -1,2% Itália -64 -0,6

EUA 4,1% -8,1% Bélgica -54 -0,5

Exp. Bens - Produtos 2014 (Jan/Mar) % Total tvh 14/13 Exp. Bens - Var. Valor (14/13) Meur Cont. p. p.

Máquinas, Aparelhos 14,7% -1,3% Veículos, Out. Mat. Transp. 101 0,9

Veículos, Outro Mat. Transp. 11,5% 8,1% Plásticos, Borracha 93 0,8

Metais Comuns 8,1% 2,8% Vestuário 86 0,7

Plásticos, Borracha 7,5% 11,9% Agrícolas 60 0,5

Combustíveis Minerais 7,3% -27,3% Combustíveis Minerais -321 -2,8

SERVIÇOS 2013 tvh 2013/12

2013 Jan/Mar

2014 Jan/Mar

tvh 14/13 Jan/Mar

tvh 14/13 Mar/Mar

tvc 14/14 Mar/Fev

Exportações totais de serviços 20.565 7,7% 4.058 4.267 5,2% -2,1% 2,0%

Exportações serviços UE 14.063 7,3% 2.679 2.864 6,9% 0,4% 3,5%

Exportações serviços extra UE 6.502 8,5% 1.379 1.403 1,8% -7,1% -1,1%

Unidade: Milhões de euros

Exportações serviços UE 68,4% -- 66,0% 67,1% -- -- --

Exportações serviços extra UE 31,6% -- 34,0% 32,9% -- -- --

Unidade: % do total

Page 57: PortugalglobalPortugalglobal Pense global pense Portugal Maio 2014 // Entrevista Alda de Carvalho Presidente do INE Estatísticas apoiam empresas exportadoras 6 Destaque Mobiliário

ESTATÍSTICAS

Portugalglobal // Maio 14 // 57

BENS (Importação) 2013 tvh 2013/12

2013 Jan/Mar

2014 Jan/Mar

tvh 14/13 Jan/Mar

tvh 14/13 Mar/Mar

tvc 14/14 Mar/Fev

Importações bens 56.745 1,0% 13.520 14.334 6,0% 2,1% 1,0%

Importações bens UE 41.038 1,8% 9.568 10.856 13,5% 14,7% 5,2%

Importações bens Extra UE 15.707 -0,9% 3.952 3.478 -12,0% -28,8% -12,6%

Unidade: Milhões de euros

Importações bens UE 72,3% -- 70,8% 75,7% -- -- --

Importações bens Extra UE 27,7% -- 29,2% 24,3% -- -- --

Unidade: % do total

Imp. Bens - Fornecedores 2014 (Jan/Mar) % Total tvh 14/13 Imp. Bens - Var. Valor (14/13) Meur Cont. p. p.

Espanha 32,3% 9,7% Espanha 411 3,0

Alemanha 13,1% 19,3% Alemanha 304 2,2

França 7,7% 23,5% França 211 1,6

Itália 5,2% 7,3% Azerbaijão 174 1,3

Países Baixos 4,9% 8,4% Brasil -110 -0,8

Angola 3,7% -34,5% Rússia -131 -1,0

Bélgica 2,9% 9,1% Angola -279 -2,1

Imp. Bens - Produtos 2014 (Jan/Mar) % Total tvh 14/13 Imp. Bens - Var. Valor (14/13) Meur Cont. p. p.

Combustíveis Minerais 18,0% -2,5% Veículos, Outro Mat. Transp. 362 2,7

Máquinas, Aparelhos 14,6% 9,0% Máquinas, Aparelhos 172 1,3

Químicos 11,0% 3,7% Químicos 56 0,4

Agrícolas 10,6% -1,0% Plásticos, Borracha 53 0,4

Veículos, Outro Mat. Transp. 10,0% 33,6% Combustíveis Minerais -66 -0,5

SERVIÇOS 2013 tvh 2013/12

2013 Jan/Mar

2014 Jan/Mar

tvh 14/13 Jan/Mar

tvh 14/13 Mar/Mar

tvc 14/14 Mar/Fev

Importações totais de serviços 10.639 2,2% 2.466 2.672 8,3% 10,5% 9,7%

Importações serviços UE 7.785 2,4% 1.774 1.988 12,1% 15,2% 9,4%

Importações serviços extra UE 2.855 1,6% 692 683 -1,2% -1,2% 10,5%

Unidade: Milhões de euros

Importações serviços UE 73,2% -- 71,9% 74,4% -- -- --

Importações serviços extra UE 26,8% -- 28,1% 25,6% -- -- --

Unidade: % do total

Fontes: INE/Banco de Portugal Notas e siglas: Meur - Milhões de euros Cont. - Contributo para o crescimento das exportações p.p. - Pontos percentuais tvh - Taxa de variação homóloga tvc - Taxa de variação em cadeia n.d. - Não disponível

PREVISÕES 2014 : 2015 (tvh real %) 2013 2014 1ºT FMI CE OCDE BdP Min. Finanças

INE INE Abril 14 Maio 14 Maio 14 Abril 14 Abril 14

PIB -1,4 1,2 1,2 : 1,5 1,2 : 1,5 1,1 : 1,4 1,2 : 1,4 1,2 : 1,5

Exportações Bens e Serviços 6,1 n.d. 5,5 : 5,5 5,7 : 5,7 4,5 : 5,1 5,3 : 5,1 5,7 : 5,7

Page 58: PortugalglobalPortugalglobal Pense global pense Portugal Maio 2014 // Entrevista Alda de Carvalho Presidente do INE Estatísticas apoiam empresas exportadoras 6 Destaque Mobiliário

// Maio 14 // Portugalglobal5858

S. Francisco

Toronto

Cidade do México

Bogotá

Nova Iorque

Haia

BruxelasDublin

Londres

Paris

Milão

Barcelona

Praia

Rabat

São Paulo

Lima

Rio de Janeiro

Santiago do Chile

Buenos Aires

Argel

Zurique

Oslo

Madrid

Caracas

Panamá

Carlos [email protected]

António Felner da [email protected]

Jorge [email protected]

Luís [email protected]

Luís [email protected]

João Pedro PereiraÁFRICA DO [email protected]

Raul TravadoCANADÁ[email protected]

Miguel Porfí[email protected]

Rui Boavista [email protected]

REDE EXTERNA

Carlos [email protected]

Álvaro CunhaMÉ[email protected]

Eduardo [email protected]

Manuel [email protected]

[email protected]

Miguel FontouraREINO [email protected]

Armindo RiosCABO [email protected]

Rui [email protected]

Gonçalo Homem de MelloBÉ[email protected]

António SilvaFRANÇ[email protected]

João Renano HenriquesARGÉ[email protected]

Miguel CrespoCOLÔ[email protected]

Fernando CarvalhoMOÇ[email protected]

Page 59: PortugalglobalPortugalglobal Pense global pense Portugal Maio 2014 // Entrevista Alda de Carvalho Presidente do INE Estatísticas apoiam empresas exportadoras 6 Destaque Mobiliário

Portugalglobal // Maio 14 // 5959

Copenhaga

BerlimHaia

Bruxelas

Luanda

Maputo

PretóriaGaborone

Windhoek

Tunes

Abu Dhabi

Estocolmo

Zurique

Moscovo

VarsóviaPraga

BudapesteViena

Bratislava

Liubliana Bucareste

BakuPequim

Nova Deli

Xangai

Tóquio

Macau Hong Kong

Guangzhou

Jacarta

Atenas

Tripoli

RiadeDoha

Ancara

Kuala Lumpur

Singapura

Eduardo Souto MouraSUÉ[email protected]

Nuno Lima LeitePOLÓ[email protected]

Maria José RézioRÚ[email protected]

Joaquim Pimpã[email protected]

Ana Isabel DouglasÁ[email protected]

João Guerra [email protected]

Pedro Macedo Leã[email protected]

AO SERVIÇO DAS EMPRESAS

Celeste [email protected]

Laurent ArmaosGRÉ[email protected]

Manuel Couto [email protected]

Nuno Vá[email protected]

Maria João LiewMALÁ[email protected]

Maria João Bonifá[email protected]

João CardimINDONÉ[email protected]

Filipe [email protected]

José Joaquim FernandesJAPÃ[email protected]

Alexandra Ferreira [email protected]

João RodriguesÍ[email protected]

Pier Franco SchiavoneITÁ[email protected]

Page 60: PortugalglobalPortugalglobal Pense global pense Portugal Maio 2014 // Entrevista Alda de Carvalho Presidente do INE Estatísticas apoiam empresas exportadoras 6 Destaque Mobiliário

Nos dias de hoje, a Comunicação é uma necessidade e uma inevitabilida-de de qualquer empresa, sendo trans-versal a todos os seus sectores, quer a nível interno quer externo. Torna-se portanto imprescindível que os deci-sores compreendam as suas engrena-gens, a sua arquitectura e o funcio-namento e interligação das diversas áreas que a compõem.Esta obra foi pensada justamente para os gestores que, não tendo de ser peri-tos nesta matéria, precisam porém de possuir algumas noções do vasto es-petro da Comunicação, bem como de conhecer as últimas tendências desta actividade, cada vez mais sofisticada e em permanente evolução. Assim, Fer-ramentas de Comunicação para Ges-tores abrange, de um modo simples e com uma linguagem acessível, os mais diversos domínios da Comunicação, desde a Comunicação Interpessoal à Empresarial, já para não falar de áreas específicas, onde se espera da parte

BOOKMARKS

Dando corpo à ideia de que aprender com a experiência dos outros é menos penoso, mais inteligente e mais barato do que aprender com a própria, esta obra, recorrendo a casos de estudo sobre aplicações de ferramentas e me-todologias da qualidade em contextos reais de empresas portuguesas, ilustra como uma prática esclarecida, deter-minada e bem fundamentada contribui de um modo decisivo para a melhoria do desempenho das organizações.Numa primeira parte, conceptual, são apresentadas sucintamente algumas ferramentas e metodologias utilizadas na gestão da qualidade. Na segunda e terceira parte são apresentados, res-pectivamente, casos de aplicação das ferramentas e das metodologias iden-tificadas. Na quarta parte são apre-

FERRAMENTAS DE COMUNICAÇÃO PARA GESTORES

QUALIDADE EM AÇÃO

sentados os resultados de um estudo

sobre a aplicação de ferramentas e

metodologias da qualidade nas orga-

nizações portuguesas certificadas pela

norma ISO 9001.

Esta obra inovadora, de forte cariz prá-

tico, será muito útil para gestores e em-

presários que já estão no terreno, bem

como para futuros profissionais que

hoje se sentam nos bancos da apren-

dizagem (quer ao nível da graduação,

quer ao nível da pós-graduação).

Autores: J. Martins Lampreia

Editor: Ed. Lidel

Nº de páginas: 162

Ano: 2013

Preço: 16,65€

Autores: Vários

Editor: Ed. Sílabo

Nº de páginas: 296

Ano: 2014

Preço: 21,90€

de qualquer líder uma intervenção de primeira linha, por exemplo no que respeita à Gestão de Crises e às rela-ções com os poderes políticos, vulgo Relações Institucionais/Lóbi.Este livro dá-nos respostas gerais, glo-bais, práticas e acessíveis a estes de-safios tão simples, e simultaneamente tão importantes na nossa afirmação pessoal e profissional. A cada vez maior obra bibliográfica de Martins Lampreia (…) é, por si só, o garante de que o livro que agora tem nas mãos corresponde a mais um pouco da va-liosa expertise que, desde há muito, este grande profissional da Comunica-ção, nos disponibiliza.

// Maio 14 // Portugalglobal60

Page 61: PortugalglobalPortugalglobal Pense global pense Portugal Maio 2014 // Entrevista Alda de Carvalho Presidente do INE Estatísticas apoiam empresas exportadoras 6 Destaque Mobiliário

PortugalnewsPromova a sua empresa junto de 19 mil destinatários em Portugal e nos mercados externos.

NewsRoomPara uma divulgação em mercados internacionais, conta com a newsletter semanal em língua inglesa e/ou francesa.

Fique a par da actividade da Agência no país e no exterior, conheça os casos de sucesso de empresas portuguesas e os artigos de especialidade económica.

Esteja sempre informado com o clipping diário da imprensa nacional e estrangeira.

Subscreva as nossas newsletters.

Registe-se!

AICEPINFORMAÇÃO ESPECIALIZADA ONLINE

Page 62: PortugalglobalPortugalglobal Pense global pense Portugal Maio 2014 // Entrevista Alda de Carvalho Presidente do INE Estatísticas apoiam empresas exportadoras 6 Destaque Mobiliário

VideoconferênciasAICEP Global Network

A AICEP disponibiliza um novo serviço de videoconferência para reuniões em directo, onde quer que se encontre, com os responsáveis da Rede Externa presentes em mais de 40 países.

Tudo isto, sem sair do seu escritório

Para mais informação e condições de utilização consulte o site:

www.portugalglobal.pt

Obtenha a informação essencial sobre os mercados internacionais e esclareça as suas dúvidas sobre:

• Potenciais clientes• Canais de distribuição• Aspectos regulamentares• Feiras e eventos• Informações específicas sobre o mercado

LisboaAv. 5 de Outubro, 101, 1050-051 LisboaTel: + 351 217 909 500

E-mail: [email protected]

PortoRua Júlio Dinis, 748, 9º Dto4050-012 PortoTel. + 351 226 055 300

Web: www.portugalglobal.pt