Bem-Vindos a Portugal Visite o site www.revistaport.com e fique mais perto de Portugal + PORT .COM 2014 . Nº 2 . AGOSTO / SETEMBRO . REVISTA BIMESTRAL . PREÇO: 2,50€ REVISTA DE PORTUGAL E DAS COMUNIDADES JOSÉ CESÁRIO BEBIDAS PORTUGUESAS FESTAS E ROMARIAS Entrevista com o Secretário de Estado das Comunidades O que é nacional é fresco Calendário dos principais arraiais populares TONY CARREIRA Entrevista com o cantor das comunidades
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Bem-Vindosa
Portugal
Vis i te o s i te www. rev i s tapo r t .co m e f i que m a i s pe r to de Por t ug a l+
PORT.COM2014 . Nº 2 . AGOSTO / SETEMBRO . REVISTA BIMESTRAL . PREÇO: 2,50€
R E V I S T A D E P O R T U G A L E D A S C O M U N I D A D E S
JOSÉ CESÁRIO
BEBIDAS PORTUGUESAS
FESTAS E ROMARIAS
Entrevista com o Secretário de Estado das Comunidades
O que é nacional é frescoCalendário dos principais arraiais populares
TONY CARREIRAE n t r e v i s t a c o m o c a n t o r d a s c o m u n i d a d e s
Always by your side
International | National | Talk | Text | Data
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SUMÁRIO4 EDITORIAL . O verão de todos os regressos
6 DESTAQUE . Bem-vindos a Portugal
. Verão seguro e saudável
. Uma mesa à sua espera
. Verão (que é verão) pede festa
22 CULTURA . Coimbra tem mais encanto agora que é do mundo
. Um país recheado de património
28 NEGÓCIOS . O que é nacional é bom... e fresco!
. Portugal anda há 60 anos a beber Sumol
34 ROTAS . Praias de mar, praias de rio e termas
40 POLÍTICA . Entrevista com José Cesário, Secretário de
Estado das Comunidades Portuguesas
. Perfil de Manny de Freitas (deputado
na África do Sul) e Carlos Leitão (Ministro
das Finanças do Quebeque)
44 DESPORTO . O regresso da grande
festa do futebol
. Calendário da
Primeira Liga 14/15
50 OPINIÃO . José Manuel Simões
" O novo Portugal turístico:
um breve olhar"
32
22
18 COMUNIDADES . Entrevista com Tony Carreira, o cantor das comunidades
PraiasRios
Termas
12
4 PORT.COM PORTUGAL E AS COMUNIDADES
EDITORIAL
O VERÃO DE TODOS OS REGRESSOS
E nquanto houver no mundo saudade, quero que seja sempre celebrada”. Os versos são famosos e o seu autor um símbolo maior da portugalidade. Foi Luís Vaz de Camões que, com o seu engenho e arte, tra-duziu em palavras no famoso soneto “Aquela triste
e leda madrugada” a dor da saudade, o vazio e a angústia da partida. O brilhante poeta, conhecedor da vida e do mundo, deixa a porta aberta para o outro lado da história: até a mais triste madrugada pode ter um lado alegre. “Enquanto houver no mundo saudade, quero que seja sempre celebrada”. É desse outro lado que esta edição da Port.Com fala: da celebração da saudade. Porque sem ela não há regressos de abraços apertados e lágrimas felizes. Que este verão seja, então, a comemoração daquilo que nos permite regressar a casa como se a tivésse-mos deixado para trás no dia anterior. Celebremos a saudade, pondo os pés na areia e o coração junto dos que cá deixámos; reencontremo-nos com o mar, tão português, em mergulhos frescos e sardinhas assadas com amor e família. Saudemos os eternos regressos que preenchem o vazio das partidas. Que este verão sir va para celebrarmos a saudade, esse conceito tão lusitano. Que seja o verão de todos os regressos e o início de uma leda madrugada. Seja bem-vindo ao reencontro com o seu país. Portugal está sempre à sua espera.
MARTHA MENDES
Direção Editorial
Rua João de Ruão, nº 12 – 1º3000-299 Coimbra (Portugal)
Distribuição: Própria e CTTTiragem edição Agosto/Setembro:
75.000 ExemplaresNº de Depósito Legal: 376930/14
A AJBBNETWORK não é responsável pelo con-teúdo dos anúncios nem pela exatidão das carac-terísticas e propriedades dos produtos e/ou bens anunciados. A respetiva veracidade e conformi-dade com a realidade são da integral e exclusiva responsabilidade dos anunciantes e agências ou empresas publicitárias. Interdita a reprodução, mesmo parcial, de textos, fotografias ou ilustra-ções, - sob quaisquer meios e para quaisquer fins, inclusive comerciais.
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No verão, Portugal recebe de braços abertos milhares de emigrantes portugueses e luso-descendentes que vêm passar férias ao país. Há uma coisa que nunca muda: Portugal
está sempre à espera destes regressos. Mas nem tudo permanece igual. Nos últimos tempos o país mudou. Há novas regras, novas leis, novos procedimentos.
Quer saber as últimas? A Port.Com conta-lhe.
As antigas SCUT – autoestra-das sem custos para o utiliza-dor – estão agora portajadas por meios eletrónicos e sina-lizadas com placas retangula-res de fundo azul (que avisam o utente que ele se encontra numa área sujeita a cobrança eletrónica de portagens). Te-nha em atenção que junto de cada ponto de cobrança há um painel com as taxas aplicáveis. A forma mais simples de pagar as SCUT é utilizar um disposi-tivo eletrónico e aderir a uma
moda lidade de pag a mento. Em alternativa, pode fazer o pós-pagamento (pagamento após a passagem, acrescido de um custo administrativo). Se optar pelo pós-pagamento tem cinco dias úteis para pa-gar, devendo dirigir-se a uma estação de correios ou à rede Payshop, indicando a matrí-cula do veículo. O não paga-mento no prazo legal resulta em infração sujeita a coima, sendo o utente notificado na sua morada.
O condutor, sem ter de sair da viatura, intro-duz o cartão bancário no terminal de paga-mento e o sistema associa automaticamente a matrícula do veículo ao cartão bancário. As portagens devidas serão diretamente debita-das na conta associada ao cartão.
No momento da adesão, válida por 30 dias, é emitido um talão comprovativo, que deve-rá ser conservado.
O condutor tem sempre a possibilidade de alterar matrículas ou cancelar a ade-são, através do Call Center 707 500 501 (Nacional) ou 00 351 212879555 (a partir do estrangeiro).
INSTRUÇÕESAdira nos Welcome Point's localizados nos postos de fronteira nos seguintes locais:EN13 – Vila Nova de CerveiraA24 - a 3,5 km da fronteira Chaves/VerinA25 – área de Serviço de Alto de Leomil (Vilar Formoso)A22 – Vila Real de Santo António
Só os veículos de matrícula portuguesa podem ter Via Verde
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SCUT – As novas portagens
Sistema EASYToll para viaturas estrangeiras
O sistema EASYToll é uma nova so-lução de pagamento automático de portagens eletrónicas, destinado a tu-ristas e emigrantes, com a associação de um cartão bancário (Mastercard ou Visa) à matrícula da viatura.
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Fecho de estações dos CTTForam 124 as estações dos CTT que encerraram no ano passado e é provável que a me-dida tenha afetado algumas das estações da sua zona de residência. Onde é que funcionam agora os CTT que fecharam? Em centros comerciais, papelarias ou juntas de freguesia.
Faturas que dão carrosÉ a lotaria das faturas. Desde janeiro deste ano que, todas as semanas, são sorteados automó-veis para incentivar os consumidores a pedirem faturas. Para ficar habilitado tem que pedir para incluir o número de identificação fiscal no recibo. Todo o ti-po de compras (em qualquer setor de ati-vidade) é válido e habilita para o sorteio.
Televisão só com TDTPara ver os seus programas preferidos na comodidade da sua casa ou faz um contrato para ter televisão por cabo (contratos de 24 meses) ou tem de comprar um aparelho TDT – Te-levisão Digital Terrestre. Antes, quem via gratuitamente os quatros canais de televisão (cinco nos arquipélagos), re-cebia as emissões através de uma antena que captava um sinal analógico. Agora o analógico foi substituído por um sinal di-gital: a Televisão Digital Terrestre (TDT).
Alterações na costa portuguesaDevido aos temporais que afetaram o país neste últi-mo inverno, a costa portu-guesa foi seriamente danifi-cada. Apesar dos fortes estragos, foram levados a cabo trabalhos de re-cuperação nas praias mais afetadas, de forma a garantir a abertura da época balnear. No entanto, nunca é demais ter cautela e verificar se a zona onde está é segura e vigiada. Tenha em aten-ção as alterações de correntes e, em especial, aos "agueiros". PU
Se tirou a carta antes do dia 1 de janeiro deste ano, o mais certo é já não estar atualizado. Várias regras de trânsito mudaram nessa data. As mais relevan-tes têm a ver com a forma de circulação nas rotundas. De acordo com as novas regras, o condutor deve adotar o se-guinte comportamento:
- Entrar na rotunda após ceder a passagem aos veículos que nela circulam, qualquer que seja a via por onde o façam;- Se pretender sair da rotunda na primeira via de saída, deve ocupar a via da direita;- Se pretender sair da rotunda por qualquer das outras vias de saída,
só deve ocupar a via de trânsito mais à direita após passar a via de saída imediatamente anterior àquela por onde pretende sair, aproximando-se progressivamente desta e mudando de via depois de tomar as devidas precauções;- Sem prejuízo do referido ante-riormente, os condutores devem utilizar a via de trânsito mais conve-niente ao seu destino.
Os condutores de veículos de tração animal, de velocípedes e de automó-veis pesados, podem ocupar a via de trânsito mais à direita, sem prejuízo do dever de permitir a saída aos restantes condutores.
Serviços de urgência
Número Nacional de Socorro - 112Intoxicações - 217 950 143Centro de Busca e Salvamento Marítimo214 401 919
BombeirosLinha de Incêndios: 117Chamadas de Socorro213 422 222Comandos - 213 924 700
Forças de segurança
GNR - Comando213 217 000GNR - Brigada de Trânsito213 922 300GNR - Brigada Fiscal 218 112 100Polícia Marítima (Piquete)213 908 101Polícia de Segurança Pública213 466 141Polícia Judiciária (Piquete)213 575 566Polícia Municipal 217 268 022
Aeroporto Partidas e chegadas de aviões 218 413 700
Caminhos-de-ferro Informações - 218 884 025
Turismo Linha de Apoio ao Turista800 296 296
Provedor de justiça Relações Públicas808 200 084
União europeia Centro de Informação Jacques Delors 800 222 001
Loja do cidadão808 204 420
Gabinete de apoio ao emigrante:223 395 450 / 69
Governo propõe medidas de incentivo à natalidade
NOVAS REGRAS DE TRÂNSITO
Rotundas
Contactos úteis
OGoverno apresentou propostas de incentivo à natalidade. Mais do que “premiar os nascimentos” - o que pro-duziria um efeito “espectacular mas de curto prazo” -, o estudo considera que o país precisa de remover os obs-táculos que actualmente se colocam a quem quer ter filhos. As propostas
serão , agora, discutidas no Parlamento. Das mui-
tas ideias em cima da mesa salientamos cinco:
Ciclistas
PROIBIDOCircular na faixa exterior da rotunda, exceto no troço imediatamente anterior à saída pretendida Com a entrada em
vigor do novo Código da Estrada, a 1 de ja-neiro de 2014, foram introduzidas novas regras de circulação
para os ciclistas.
Ciclistas na estradaOs ciclistas podem
circular junto ao resto do tráfego.
Distância mínima para ultrapassar
Carros devem manter distância lateral de 1,5m ao ultrapassar ciclistas. Multa para o automobi-
lista: 60€
Similar a passadeirasDeve ser cedida passa-gem aos velocípedes
que atravessem a faixa de rodagem nas passa-gens assinaladas para a
travessia destes.
Aos paresOs velocípedes podem circular a par numa via,
exceto em vias com reduzida visibilidade ou sempre que exista
intensidade de trânsito ou de peões. Multa para
os ciclistas: 30€
Crianças nos passeiosA condução de bici-
cletas por crianças até 10 anos é equiparada ao trânsito de peões, podendo circular nos passeios, desde que
não ponham em perigo ou perturbem os peões.
Bicicletas à direita têm prioridade
No caso de não haver sinalização, na cedência
de passagem, tem prioridade quem se
apresenta pela direita, mesmo tratando-se de uma bicicleta. Não há
distinções. Multa para o automobilista: 120€
• Considerar dedutíveis em IRS as despesas suportadas pelos avós, como despesas de educação e de saúde;
• Cada município pode definir o IMI, podendo diminuir a taxa de imposto em função do número de filhos;
• Alargamento da licença de maternida-de para mais um ano;
• Part-time para mães e pais até que os filhos façam seis anos: redução de duas a quatro horas diárias do horário de trabalho;
• Alargar apoio médico em situações de infertilidade: o Estado deve com-participar a 100% os medicamentos específicos.
F U N D A Ç Ã O B I S S A Y A B A R R E T O
VISITE-NOSw w w . p o r t u g a l d o s p e q u e n i t o s . p t
Aplique protetor solar 50+, meia-hora antes de chegar à praia ou à piscina, ou se for passear em zonas expostas ao sol, e repita a aplicação de duas em duas horas e/ou após o banho, mesmo que o protetor seja à prova de água.
Use chapéu.
Não se esqueça dos óculos de sol, com lentes certifica-das.
Em dias nublados deve man-ter os cuidados em relação à exposição solar. As nuvens enganam e deixam passar mais de 80 % da radiação.
Há mar e mar, há ir e voltar
A comp a n he a s c r i a nç a s sempre que elas esteja m per to da ág ua e coloque--lhes coletes salva-vidas ou braçadeiras. Não deve usar bóias. Lembre -se que os afogamentos constituem a segunda causa de morte acidental em crianças, com maior incidência nos primei-ros cinco anos de vida.
Escolha praias e piscinas vi-giadas.
Respeite as bandeiras das praias e as indicações dos nadadores salvadores.
Em caso de emergência ligue para o 112.
Alimentos leves e muita água
Evite o risco de desidratação: beba muitos líquidos.
Não espere ter sede para in-gerir líquidos pois a sede é já um primeiro sinal de desidra-tação.
Águas, chás frios, sumos na-turais e de frutas são as bebi-das mais indicadas para man-ter o corpo hidratado e repor a água e os sais minerais que perde com a transpiração.
Opte por alimentos leves, de fácil digestão e ricos em água: saladas, frutas, legumes sal-teados, peixes ou carnes ma-gras.
Coma muitas frutas: pos-suem alto teor de água e aju-dam a hidratar o corpo.
Cuidado com o excesso de sal que, juntamente com o calor, potencia a retenção de líquidos.
O excesso de bebidas alcoó-licas também pode causar desidratação.
Vigilância redobrada com crianças e idosos
Durante o verão deve ter cuidados redobrados com as crianças e os idosos: ofereça--lhes líquidos várias vezes ao dia.
Faça as viagens de carro em horas de menor calor. Em caso de viagens longas, faça várias paragens.
Ensine as crianças a nadarem e a terem comportamentos seguros dentro de água.
Os mais novos devem usar uma camisola de algodão, chapéu de abas largas e fato de banho, enquanto brincam na areia, principalmente nos primeiros dias de praia.
Evite deixar as crianças com-pletamente nuas na praia, pois a areia nem sempre está limpa e pode causar irrita-ções ou infeções cutâneas.
Não exponha diretamente ao sol bebés com menos de um ano.
DESTAQUE
VERÃO SEGURO E SAUDÁVEL
Aproveite as suas férias mas não descure os cuidados básicos a ter nesta altura do ano. Com a exposição ao sol, as altas temperaturas e a proximidade de zonas de praia há que ter cuidados
redobrados para garantir a sua saúde e bem-estar. Especialmente entre os idosos e os mais novos há precauções que não podem (mesmo) ser esquecidas.
Numa casa portu-guesa fica bem pão e vinho sobre a mesa. O ano todo, com ou sem convi-
dados, e seja qual for o prato prin-cipal. Mas o verão é especial até à mesa. E há sabores, tipicamente estivais, pelos quais aguardamos o ano inteiro. Verão não é verão sem sardinhas assadas, saladas de pimentos e vinho branco muito fresco. O verão pede gelado à sobremesa. Quer mais? Veja a mesa que a Port.Com preparou para o receber, de braços abertos. E lembre-se: se à porta humilde-mente bater mais alguém, senta-se à mesa co’a gente!
As festas começam com os Santos Populares mas continuam pelo verão fora. Até ao lavar dos cestos é vindima, por isso, até
ao final de setembro há romarias e bailaricos que chegam e sobram para animar o país.
Nos meses de agosto e setembro, Portugal enche-se de arraiais e romarias. Alegria, cor, animação e petiscos são alguns dos in-gredientes destas festas que atraem milha-res de pessoas. No verão é assim em Portu-gal inteiro: há sempre festa, seja no interior ou na costa. O sol traz consigo a alegria e a vontade de dançar e festejar contagia tanto habitantes locais como os emigrantes que regressam à terra, de férias, para rever os
familiares e reviver bons momentos. Quer umas férias mais tradicionais? Porque não visitar uma localidade em festa? Os feste-jos e romarias locais incluem uma grande variedade de gastronomia tradicional, animação, música e folclore. Para o ajudar a encontrar a paragem ideal, compilámos algumas das festas, arraiais e romarias de Portugal. Escolha uma ou duas... E prepa-re-se para a farra.
Festas de Nossa Senhora da Agonia
Viana do CasteloEntre 20 e 24 de agostoPONTOS ALTOS: Romaria de Nossa Se-nhora da Agonia (dia 20) e desfile da mordomia (dia 22) com a participação de centenas de festeiras com os seus trajes vermelhos e negros ornamentados com peças de ourivesaria, em filigrana, típicas da região.
Expofacic Cantanhede
Até 3 de agostoPONTOS ALTOS: Kaiser Chiefs, Anselmo Ralph e Ana Moura, feira comercial e agrí-cola e tasquinhas
Feira de S. Mateus Viseu
Entre 8 de agosto e 14 de setembroPONTOS ALTOS: Tony Carreira (16 de agosto), 280 expositores para visitar.
Festas do Mar S. Vicente (Ilha da Madeira)
De 21 a 26 de agostoPONTO ALTO: Festa e Procissão na Igreja Matriz de São Vicente (Ilha da Madeira)
FATACIL Lagoa
De 15 a 24 de agostoPONTOS ALTOS: Ana Moura (22 de agos-to) e 7º Concurso Vinhos do Algarve – FATACIL 2014
Festas do Mar Cascais
De 15 a 24 de agostoPONTOS ALTOS: Procissão, os concertos e o fogo-de-artifício
Festas de Corroios Corroios
De 22 a 31 de agostoPONTO ALTOUHF (dia 27)
O tradicional desfile das Fes-tas da Senhora da Agonia
Ana Moura Anselmo Ralph
Numa festa portuguesa
não pode faltar:
QuermesseFoguetes
Jogos solteiros vs. casados
FarturasBailes
GaiteirosVinho, cerveja,
bifanas e sardinhasCarrosséis
Algodão DoceMissas
e procissõesLargadas de touros
15www.revistaport.com
Festa das Vindimas de Palmela Palmela
De 29 de agosto a 3 de setembroPONTOS ALTOS: provas e concursos de vinhos, as tradicionais celebrações do cortejo alegórico, as largadas de toiros e o espetáculo pirotécnico sobre a vila.
Romaria de S. Bartolomeu Ponte da Barca
De 19 a 24 de agostoPONTOS ALTOS: desfile e atuação das Rusgas pelas ruas da vila.
Romaria de S. João d'Arga Serra D'Arga
De 28 e 29 de agostoPONTOS ALTOS: cantigas ao desafio, dançar ao som das concertinas, bem como provar as especialidades locais, a aguardente com mel, a broa, o chouriço, o cabrito e o vinho verde, petiscos que são uma tradição da festa.
Festas da Moita Moita
De 12 a 21 de setembroPONTOS ALTOS: Largada de touros, con-certo Emanuel
Festas da Cidade e Gualterianas Guimarães
Primeiro fim-de-semana de agostoPONTOS ALTOS: Cortejo do Linho, Bata-lha das Flores e a Marcha Gualteriana
Festa da Nossa Senhora dos Remédios
LamegoDe finais de agosto a princípios de setembroPONTOS ALTOS: Procissão do Triunfo em honra de Nossa Senhora dos Remédios, Batalha das Flores e a Marcha Luminosa
Nossa Senhora da Nazaré Nazaré
8 de setembroPONTOS ALTOS: Procissão, bailes e tou-radas
Feiras novas Ponte de Lima
De 10 a 15 de setembroPONTOS ALTOS: concursos pecuários, corridas de garranos, cortejos etnográfico e histórico, gigantones e cabeçudos, gru-pos de bombos e a procissão que encerra o ciclo das romarias do Alto Minho. PU
1º fim de semana - Festa em honra de Nossa Senhora da Boa Fortuna e Santo António, em Guisande, Santa Maria da Feira
1º fim de semana - Festa em honra de S.Cipriano e Senhor dos Desampa-rados (Festa dos Arcos ) - Paços de Brandão, Santa Maria da Feira
1º fim de semana - Festa em honra de Nossa Senhora do Rosário, Nariz1º fim de semana - Festas de São Sebastião, Baraçal1º fim de semana - Festas da Nossa Senhora da Boa Viagem, Matos da Ranha, Pombal
1º fim de semana - Santa Cristina, Meadela1º fim de semana - Festa da Cultura, Melgaço1º fim de semana - Festa da Senhora, Vila Nova de Cerveira1º domingo - Festa de Nossa Senhora da Rocha, Alporchinhos, Lagoa
1º domingo - Festas do Senhor Jesus do Outeiro, Favaios, Alijó
5/08 - Festas de Nossa Senhora das Neves, Lageosa da Raia5/08 - Festa em Honra de Nossa Senho-ra da Guia, Ferrel, Peniche
7 a 10/08 – Festas do Concelho de Pare-des de Coura em Paredes de Coura, Viana do Castelo
7 a 9/08 – Romaria de Nossa Senhora da Saúde em Saudel, S. Lourenço, Sabrosa, Vila Real
7 a 9/08 – Romaria de Santa Marta de Portuzelo em Santa Marta de Portu-zelo, Viana do Castelo
7 a 9/08 - Festa em honra de Santa Margarida, Cambas, Oleiros
7, 8 e 9/08 - Romaria de Nossa Senhora da Saúde, S. Lourenço de Ribapinhão, Sabrosa
8/08 - Festa em honra de Nossa Senhora da Confiança, Isna, Oleiros
Segundo domingo - Festa de Nossa Senhora dos Navegantes, Armação de PêraSegundo domingo - Festa de Nossa Senhora da Boa Hora, Parragil, Loulé
Segundo domingo - Festa de Nossa Senhora do Pé da Cruz, SalirSegundo domingo - Festas do Nosso Senhor da Boa Sorte, Ribeira dos CarinhosSegundo domingo - Romaria de Nossa Senhora da Piedade, Santuário de Nossa Senhora da Piedade em Sanfins do Douro2º Fim de semana – Festas em honra de Sª Rita de Cássia nas Festas do Concelho de Caminha
2º Fim de semana – Festa da Senhora das Neves, Vila de Punhe, Mujães e Barroselas2º Fim de semana - Festas de Nossa Senhora dos Milagres, Aldeia do Bispo2º Fim de semana - Festa de Santa Catarina, Azóia, Leiria
2º Fim de semana – Festas de Santa Marta, Santa Marta2º Fim de semana – Festas de Nª Sª da Lapa e Feiras Francas, Arcos de Valdevez2º Fim de semana – Festas do Conce-lho, Monção2º Fim de semana – Festa concelhia, Valença2º Fim de semana – Santa Rita, Caminha
8 a 12/08 – Festas em honra de Nª Sª do Resgate em Touguinhó, Vila do Conde
10/08 – Romaria de S. Lourenço da Armada em Armada, Ponte de Lima
10, 11 e 12/08 – Festas em honra de Nossa Senhora da Conceição em Cabrela, Montemor-o-Novo.
10 a 15/08 – Festa de Santo António em Aldeia da Ponte, Sabugal, Guarda
13/08 – Romaria de S. Bento da Porta Aberta em Rio Caldo, Gerês
13 a 15/08 - Nossa Senhora Aparecida, Torno, Lousada
13 a 16/08 - Festa em honra de Nossa Senhora da Paz, Milrico, Oleiros
14 e 15/08 - Festa em honra de Nossa Senhora da Saúde, em Tropeço Arouca
14 e 15/08 - Festa em honra de Nossa Senhora da Saúde em Avelãs de Cami-nho, Anadia
14 a 16/08 - Festa em honra de Nossa Senhora da Conceição, Sarnadas de S. Simão, Oleiros
Meados - Festa de Nossa Senhora da Piedade, Canedo - Santa Maria da Feira
13 a 15/08 – Festas em honra de S. Tomé em Mangoeiro, Gondarém, Vila Nova de Cerveira
14/08 – Festas em honra de S. Mamede em Lugar Casal Pedro, Junqueira, Vila do Conde
14/08 – Romaria da Senhora da Apare-cida em Torno, Lousada, Porto
14/08 - Festa de Nossa Senhora da Orada, Albufeira15/08 - Festa de Nossa Senhora da Conceição, Ferragudo15/08 - Festa de Nossa Senhora da Assunção, Alte14 e 15/08 – Festa de Nosso Senhor dos Aflitos em Lordelo, Vila Real
13 a 16/08 - Romarias da Nossa Senhora dos Remédios - Lousa - Torre de Moncorvo
14 e 15/08 – Arraial de Nossa Senhora do Monte na Madeira
15/08 – Romaria de Nª Sª de La Salette em Vila Cova, Vila Real
15/08 – Festa em honra de Nossa Senhora do Azevedo em Cabração, Ponte de Lima, Viana do Castelo
15/08 – Festa de Santa Ana em Rama-lheira, Freixianda, Ourém
15/08 - Nª Sº da Natividade ou Nª Sª do Rio de Couros em Rio de Couros, Ourém
15/08 – Festas de Nª Sª da Assunção na Póvoa de Varzim
15/08 - Festa de Nossa Senhora da Saúde, Cabeçais - Fermedo – Arouca
15/08 - Festa da Nossa Senhora dos Milagres, Paçô de Cedrim - Cedrim - Sever do Vouga
15/08 - Romarias de Nossa Senhora da Assunção - Vila Flor - Torre de Moncorvo
15/08 - Festas de Santa Maria Maior, Alijó
15/08 – Festa da Nossa Senhora de Fátima, Casconho, Soure
15/08 - Festa em Honra de Nossa Senho-ra da Nazaré, Coentral
16/08 – Festa da Senhora da Boa Viagem em Ericeira, Mafra
18 a 23/08 – Festa em Honra de Nossa Senhora da Saúde em Famalicão, Cortes, Leiria
19, 20, 21 e 22/08 - Festas em honra de Nossa Senhora da Saúde e Santo António, em S.Paio de Oleiros, Santa Maria da Feira
Terceiro Domingo – Festa/Romaria da Freixianda em Freixianda, Ourém
Terceiro Domingo – Festa do Senhor dos Perdidos em Calheiros, Ponte de Lima
Terceiro domingo Senhora das Dores e de Jesus Cristo, Pêra
Terceiro Fim de semana - Festas de Nossa Senhora da Boa Viagem, Ericeira
Terceiro Fim de semana - Romaria da Senhora da Agonia, Viana
Penúltimo domingo - Festa de Nossa Senhora da Boa Viagem, Alvor
19 e 24/08 – Romaria de S. Bartolomeu nas Festas do Concelho de Ponte da Barca
23 e 24/08 – Festas de S. Bartolomeu em Penafiel
24/08 – Romaria de S. Bartolomeu do Mar em S. Bartolomeu do Mar, Esposende
25/08 – Romaria “Milagre de Urgueira” em Urgueira, Macieira de Alcôba, Águeda, Aveiro
28 e 29/08 – Romaria de S. João d’Ar-ga em Arga de S. João, Caminha
Último fim de semana - S. Gens e Nossa Senhora do Rosário, Boelhe, - Penafiel
Último fim de semana – São Bartolo-meu, Ponte da Barca
Último domingo - Festa de Nossa Senhora da Encarnação, Carvoeiro
Último domingo - Festa de Nossa Senhora da Guia, Faro
Último domingo - Festa de Nossa Senhora dos Mártires, Silves
Último Domingo – Romaria de Nª Sª dos Aflitos em Pegarinhos, Alijó
Último Domingo – Romaria de Sª Ana em Campeã, Vila Real
Último Domingo – Romaria do Senho-ra da Serra em Belas, Sintra
Datas Móveis em Agosto:
- Festejos em honra de Nª Sª da Saúde em Famalicão, Cortes, Leiria
- Festa de Nossa Srª das Neves em Aver-o-Mar, Póvoa de Varzim
16 PORT.COM PORTUGAL E AS COMUNIDADES
RAÍZES
Meu queridomês
de agostoAgosto é um mês de férias, festas e feiras, encontros
e reencontros. Para que nada lhe escape, fizemos uma lista com algumas das festas que, em agosto, animam Portugal
de norte a sul.
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Stereossaurotransforma clássicos
portugueses em hip-hop
Já imaginou ouvir músicas de Carlos Paredes na discoteca? O Stereossauro imaginou… E concretizou. O DJ por-tuguês começou, como tantos outros,
a “samplar discos de funk norte-americanos da década de 70”, mas rapidamente alargou o seu trabalho para músicas de todo o mundo, incluindo o fado. Foi com “Verdes Anos”, de Carlos Paredes, que o DJ se tornou conheci-do. A música serviu de suporte ao vídeo de apresentação da Port.Com.No início, refere o músico, “foi apenas pe-la sonoridade da nossa música, para tentar captar a emoção e personalidade da guitarra portuguesa, ainda sem saber muito bem se iria resultar. Mas quando apresentei o tra-balho ao público as reações foram ótimas e apercebi-me que as pessoas se identificavam e relacionavam com o que eu estava a fazer e que esse era um caminho a seguir”.Os elogios não tardaram e muitos vieram mesmo do estrangeiro. Através das redes sociais, Stereossauro recebeu “várias ve-zes palavras de incentivo de portugueses que vivem e trabalham um pouco por todo o mundo, principalmente das camadas mais jovens”.
Apostar nas competições de DJ'S em parce-ria com o DJ Ride, com quem forma os Bea-tbombers, e produzir novas músicas a solo são os próximos planos de Stereossauro. “O nosso cancioneiro é vasto, e consigo en-contrar sempre músicas que me inspiram para fazer algo, sejam elas dos anos 70 ou da semana passada. Futuramente, gostaria, por exemplo, de ter acesso às gravações dos Ornatos Violeta”, conclui o DJ.
POR MÁRCIA OLIVEIRA
Siga o QR Code com o seu smar-tphone e veja o vídeo de apresentação da revista PORT.COM, com música de Stereossauro
Chama-se António Manuel Mateus Antunes mas para , todos nós, é o Tony Carreira . O cantor das comunidades. O cantor românti-co. Nasceu na Beira Baixa mas emigrou, ainda jovem, para França, onde começou a dar os primeiros passos no mundo da música, para os portugueses da sua comunidade. Há quase 25 anos assinou, por três anos, um primeiro contrato discográfico que acabaria por não ser renovado. Hoje, Tony Carreira tem no seu currículo lotações esgotadas em salas como o Olympia de Paris, o Emperors Palace na África do Sul, o Queen Elizabeth nos Estados Unidos ou a Brixton Academy em Londres. Mas não se esquece de onde veio: em novembro vai cantar pela 13.ª vez no Meo Arena, onde detém o re-cord de presenças; e no início deste ano gravou
o álbum “Nos Fiançailles France Portugal”, especialmente dedicado aos mercados fran-cófonos. Num dos seus maiores sucessos de sempre, o tema “Sonhos de Menino”, o galã que arrasta atrás de si uma legião de fãs, de todas as idades, deixava uma confidência: quando era menino “sonhava ser cantor, de cantigas de amor”. Tem quase 30 anos de carreira, 15 álbuns originais editados, 52 discos de platina e mais de 4 milhões de discos vendidos. Em maio deste ano Tony Carreira foi galardoado com o prestigiado " World Best Selling Portuguese Artist", tornando-se, assim, no primeiro por-tuguês a receber um World Music Award, numa cerimónia por onde passaram Miley Cyrus, Leona Lewis, Laura Pausini ou Mariah Carey. O menino conseguiu. E a Port.com foi ouvi-lo.
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20 PORT.COM PORTUGAL E AS COMUNIDADES
COMUNIDADES
Nasceu no seio de uma família humilde, numa pequena terra da Beira Baixa, Ar-madouro. Quais são as suas principais memórias de infância?T.C.: As paisagens do Armadouro, o cheiro da terra, o meu avô.
Imaginava que a sua vida viria a dar uma volta tão grande?T.C.: Sonhava, como todas as crianças, mas nada me fazia prever tudo o que aconte-ceu. Por isso sou tão grato à vida e ao meu público.
Já adulto, emigrou para França. Custou--lhe deixar Portugal? Como é que foi a sua experiência de emigração?T.C.: Emigrei depois de ter completado o ensino primário, com 11 anos. Fui ter com os meus pais... Assustava-me o desconhe-cido mas sentia-me feliz, pois tinha a noção que ia encontrar uma vida melhor.
Quais foram as melhores e as piores ex-periências como emigrante?T.C.: Lembro-me de o meu pai me deixar à porta da escola sem eu saber falar nada de francês... Isso foi o meu primeiro e maior choque. Depois, com o passar do tempo, França acolheu-me e foi lá que comecei a cantar e a correr atrás do meu sonho. Só mais tarde fui reconhecido na minha terra natal.
Numa altura em que tantos jovens se veem obrigados a abandonar o país em busca de uma vida melhor, que conselho dá a quem deixa Portugal para emigrar?T.C.: Desejo muita sorte, pois sei que deixar o país e a família para trás é muito difícil. É preciso muita coragem para emigrar. E é triste que assim tenha de ser e que em pleno século XXI o nosso país não consiga dar condições aos jovens para evoluírem pro-fissionalmente e se sentirem realizados dentro de portas.
Começa a cantar para a comunidade portuguesa de Paris, com a banda “Ir-mãos 5”. Foi um público importante?T.C: Muito importante. Foi aí que come-cei a sonhar e a trabalhar para chegar mais longe. Foi este primeiro público que me deu força para acreditar no sonho de uma carreira no mundo da música.
No entanto, é em Portugal – e depois da participação no Festival da Canção da Figueira da Foz - que consegue gravar o seu primeiro single (1988). Como é que Portugal olha para si, hoje em dia?T.C: Para ser sincero, já há muito tempo que me sinto respeitado no meu país. E isso deixa-me muito feliz.
Ainda se sente um emigrante?T.C.: Não, sinto -me um por tug uês no mundo.
Na emblemática música “Sonhos de Me-nino” diz que “em cada canção, trago esse lugar [Portugal, a sua terra] no meu coração”. Portugal é o seu cantinho?T.C: Sem dúvida. Devido à minha profissão viajo muito mas, cada vez mais, sinto que Portugal é, mesmo, o meu lugar.
"PORTUGAL É MESMO O MEU LUGAR".
Tony Carreira foi o primei-
ro português galardoado
com um "World Music
Award"
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PERFIL
Data de nascimento: 30 de dezembro de 1963.
Estado Civil: Casado, três filhos.
Comida preferida: Uma boa feijoada à transmontana.
Cantor preferido: Tenho vários. Amália, Bryan Adams, Luís Miguel, vários outros cantores latinos, e o meu ídolo de infância: Mike Brant.
Música preferida: Ouço um pouco de tudo, desde que seja boa música.
A música é... A minha vida.
Um luxo que não dispensa: Champanhe ou um bom vinho.
Um vício que não pode evitar: Fumar... Mas não diga a ninguém.
Um hobby: Passear com a minha filha.
Um livro: Qualquer um sobre a História de Portugal.
Um objeto que anda sem-pre consigo: Telemóvel.
Uma paixão: Cozinhar.
Praia ou campo? Piscina.
Verão ou inverno? Verão.
A sua maior qualidade: Talvez a gratidão. Nunca me esqueço de quem me faz bem.
O pior defeito: Ser impaciente?
O seu maior orgulho: Os meus filhos.
O maior medo: Perder quem amo.
8 ou 80? Os dois. Gosto de extre-mos.
Arrepende-se de... Nada.
O que lhe falta fazer: Tanta coisa...
Quer que se lembrem de si como... Um tipo porreiro.
É o artista português que mais público na-cional atrai aos espetáculos, em Portugal, ou no resto do mundo. Como é que explica esta identificação dos nossos emigrantes com a sua música e com o seu trabalho?T.C.: Só o público pode responder. Eu apenas faço aquilo que adoro, o melhor que sei.
É na década de 1990 que o seu trabalho começa a ter um grande sucesso. Como é que acontece a viragem na sua carreira?T.C.: Conheci o meu amigo, e irmão de alma, o Ricardo Landum. Tivemos uma sintonia imediata e daí surgiram os primeiros suces-sos, como o tema “A Minha Guitarra” que foi o meu primeiro disco de ouro.
Esgotou alguns dos mais reputados es-paços de espetáculos do mundo. São os portugueses espalhados pelo mundo que o vão ver e ouvir? Ou os seus espetáculos são para todas as nacionalidades?T.C.: Sim, maioritariamente são portugueses mas devido ao meu álbum “Nos Fiançailles France Portugal”, lançado em fevereiro, vejo que há cada vez mais franceses a quererem conhecer o artista e o seu concerto ao vivo.
Depois de todas estas conquistas, alcança-das lá fora, como é regressar a Portugal e atuar no Pavilhão Atlântico, cheio de fãs?T.C: O Meo Arena sendo a maior sala de espetáculos do país é, obviamente, um local
de concerto sempre especial. No próximo dia 1 de novembro será já a 13ª vez que lá atuo. E sinto muito orgulho por deter o re-cord de presenças na maior sala de espetá-culos do meu país.
Os seus dois filhos, o David e o Mickael, seguiram-lhe as pisadas e estão a traba-lhar no mundo da música. Como é que vê o percursos que eles estão a fazer?T.C.: Vejo o percurso deles com muito or-gulho, como pai e colega de profissão, pois sei o trabalho que eles desenvolvem todos os dias para fazerem sempre mais e melhor.
Trocam ideias sobre o trabalho, em ca-sa? Dá-lhes conselhos? Ensina-os?T.C.: Para ser franco acho que já são eles que me ensinam (risos)...
Atuou recentemente em Portugal no Mega Pic-nic de Lisboa, no qual parti-cipa há já seis anos. O que começou por ser uma brincadeira está a tornar-se num fenómeno com grande sucesso e muita adesão dos lisboetas e não só. O que é que faz deste evento um sucesso tão grande?T.C.: Uma boa ideia resulta sempre num grande sucesso, e é esse o “segredo” do Me-ga Pic-nic: trazer o campo para a cidade, valorizar a produção nacional, juntar as famílias num evento que é absolutamen-
te transversal e encerrar com um grande show, ao vivo e em português.
Anda na música há vários anos e a sua carreira sempre primou pela estabilida-de, o que é raro no meio artístico. Qual é o segredo?T.C.: Trabalho, trabalho, trabalho, gratidão e nunca dormir à sombra da bananeira.
Tem mais de 26 anos de carreira, 15 ál-buns originais, 52 discos de platina e mais de 4 milhões de discos vendidos. Afirma frequentemente que já realizou todos os seus sonhos. Mesmo? Não lhe falta realizar nenhum?T.C.: Não... (sorriso) A verdade é que ainda tenho muito por realizar.
Quem é o Tony Carreira?T.C.: Um homem como outro qualquer, gra-to com o que a vida lhe tem dado.
O primeiro álbum de estúdio em francês do cantor
22 PORT.COM PORTUGAL E AS COMUNIDADES
CULTURA
Para além do valor arquitetónico o reconhecimento valo-rizou a importância da cultura e da língua portuguesas. “Até ao início do século XX a UC foi a única universidade do espaço de Língua Portuguesa. Formou a elite de mui-tas gerações, com um papel inigualável na lusofonia. O
seu acervo histórico e tradições são únicas. E sendo uma universi-dade das mais antigas do mundo, tem sabido manter-se na fronteira do conhecimento”, frisa o Reitor da UC, João Gabriel Silva. Manuel Machado, presidente da Câmara Municipal de Coimbra (CMC), re-corda que “não foi apenas o edificado que foi classificado mas tam-bém o imaterial. Uma classificação dupla é rara a nível mundial e, aqui, distingue o papel da UC na consolidação da Língua Portuguesa e na sua difusão”. Clara Almeida Santos, vice-reitora da UC para a
Comunicação, Cultura e Património, defende que a UC é “sempre contemporânea” e que “há uma certa maneira de ser, tensa, entre o “potencial” e o alcançado” que define a cidade. Pedro Machado, Presidente da Turismo do Centro não tem dúvidas: “Coimbra será sempre uma universidade de referência em Portugal e no mundo”.João Gabriel Silva – que defende que “Coimbra é a única cidade universitária portuguesa; a universidade e a cidade estão tão en-trelaçadas que uma não vive sem a outra” – recorda que “o Paço das Escolas era onde o primeiro rei vivia quando Portugal se tornou independente, em 1143, e onde nasceram quase todos os reis da primeira dinastia. Possui uma das mais belas bibliotecas do mundo, a Joanina, e coleções museológicas únicas”, altamente apelativas para o turismo. A vice-reitora destaca também a “oferta cultural
COIMBRA TEM MAIS ENCANTOAGORA QUE É DO MUNDO
POR MARTHA MENDES
Foi no final de junho do ano passado que a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura reconheceu a Universidade de Coimbra (UC), Alta e Sofia como Património Mundial da Humani-dade. Coimbra juntava-se, assim, aos centros históricos de Angra do Heroísmo, Évora, Porto e Guimarães.
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intensíssima” e o facto de haver “lugares onde se come muito bem e onde se está ainda melhor”. “A universidade, as tradições acadé-micas, a canção de Coimbra, o património material e imaterial” são para o Presidente da Turismo do Centro os “elementos distintivos da cidade, aqueles aos quais ninguém fica indiferente”. Manuel Machado salienta, no entanto, que “Coimbra não vive apenas da tradição, encara os desafios do futuro. Dispõe de um setor de saúde de alto nível - dos cuidados de saúde à produção de medicamentos - e empresas de base tecnológica a bom ritmo. Possuímos recursos exemplares para turismo cultural e patrimonial, religioso, de saúde e bem-estar, científico e de congressos”. Porque é que Coimbra é uma cidade a visitar? “Há quase mil anos Coimbra foi governada por D. Sesnando, que já então se distinguiu por conseguir colocar em sã convivência povos habitualmente desavindos. Diria, portanto, que temos uma tradição milenar de bem receber. Por outro lado, os vá-rios pontos de interesse concentram-se num espaço relativamente pequeno, o que facilita a visita. Já para não falar das excecionais paisagens urbanas em que tradição e modernidade se mesclam de forma magnífica”, responde o Presidente da Câmara.
O que mudou?Para o Reitor da UC “os habitantes de Coimbra adquiriram cons-ciência do valor da cidade e da universidade. Passaram a dar mais atenção ao património e a ter mais cuidado com ele”. Clara Al-meida Santos frisa que foi “um marco importante, mas não é um começo nem um fim de quase nada” pois há “projetos para várias décadas que não são concretizáveis num ano”. Contudo, destaca, “a iniciativa privada está a aproveitar muito bem a oportunidade e a reabilitação continua a acontecer. Talvez tenha aumentado a autoestima da cidade”.Pedro Machado reconhece que “é difícil medir o impacto da dis-tinção no território. A economia turística tem muitas variáveis e as motivações de visita são múltiplas”, mas “é percetível que o número de visitantes aumentou”. O reitor da UC também considera que é hoje maior o prestígio da instituição. “Como só há três universida-
des no mundo consideradas património da humanidade por razões materiais e imateriais, isso coloca a UC no topo. Sendo difícil de quantificar penso, no entanto, que ajuda a atrair estudantes”. Clara Almeida Santos considera que o título de “Universidade Património Mundial é especialmente apelativo para estudantes internacionais, um segmento em que a UC está a apostar fortemente”. João Gabriel Silva corrobora: “A UC tem liderado na aplicação nacional do novo Estatuto de Estudante Internacional. Sendo um símbolo central da língua e cultura portuguesas, espera ser um polo de atração para aqueles que querem uma formação avançada em Língua Portugue-sa, uma língua falada por quase 300 milhões de pessoas”.
Uma responsabilidade acrescida“O reconhecimento UNESCO é também uma oportunidade para melhorar a componente urbana. As cidades devem conseguir rece-ber os turistas ao nível da mobilidade, do planeamento, dos equi-pamentos e serviços”, defende Pedro Machado, exemplificando: “a “baixinha” é uma área carismática, com grande potencial mas precisa de ser requalificada. É um trabalho que deve envolver as
organizações públicas de gestão do território, os empresários e a comunidade civil”, afirma. O reitor da UC sublinha a necessidade de reforçar a relação entre a cidade e a instituição: “estamos a fazer um esforço para apresentar mais motivos de interesse e para coordenar a oferta turística da universidade com outros locais de interesse da cidade. Isto sem esquecer que a missão central da Universidade é criar conhecimento e transmiti-lo”.Pedro Machado recorda que “o reconhecimento de Coimbra en-quanto património da humanidade veio reforçar a notoriedade da cidade e da universidade, e atribuiu escala à marca UNESCO no território regional: o Centro dispõe agora de seis locais com esta chancela”. Para o responsável, “a Região Centro é um destino extraordinário para férias, ou visitas mais curtas. A diversidade da sua oferta possibilita experiências diferentes e permite criar pacotes turísticos para diversos perfis de consumidores”, conclui.
24 PORT.COM PORTUGAL E AS COMUNIDADES
CULTURA
Alta
Universidade de Coimbra
Detentora de um conjunto de notável património ar-quitetónico e cultural, de importância internacional, a UC é uma das mais antigas universidades da Europa. Fundada em 1290 em Lis-boa por iniciativa do rei D. Dinis, faz parte do escasso lote de quinze universida-des ativas na Europa, no final do século XIII. Após um período de alternância entre as cidades de Lisboa e Coimbra, a transferência definitiva dá-se em 1537, pela mão de D. João III.
Museu Machado de Castro
Foi centro administrativo, político e religioso, na épo-ca romana; templo cristão, pelo menos desde o séc. XI; paço episcopal, a par-tir da segunda metade do séc. XII; e é museu desde 1911. É, por isso, um dos lugares mais atrativos da cidade e um bom exem-plo da carga simbólica de um lugar. Destaque para o grande pátio, dominado pela loggia quinhentista.
Sé Velha de Coimbra
Um dos edifícios em estilo românico mais importan-tes do país. Construção de 1139, quando Afonso Hen-riques se declarou rei de Portugal e escolheu Coim-bra como capital do reino. Na Sé Velha está sepulta-do D. Sesnando, conde de Coimbra.
Sé Nova de Coimbra
Localizada no Largo da Feira, inaugurada em 1698, começou por ser a Igreja do Colégio dos Je-suítas que se instalaram em Coimbra em 1541.
Monumentos
Mosteiro de Santa Clara-a-Velha
Fundado em 1283. A Rainha Santa Isabel interessou-se pelo convento, entretanto extinto, e mandou construir novos edifícios em estilo gó-tico, de que se destacam o claustro e a igreja, sagrada em 1330. O percurso inclui visita às ruínas, exposição de espólio arqueológico conventual, exibição de fil-mes e modelação virtual. As cheias do Mondego ditaram o seu abandono.
Mosteiro de Santa Clara-a-Nova
Edifício barroco que come-çou a ser construído em 1649 para substituir o mos-teiro das monjas clarissas, arruinado pelo leito do rio Mondego. Na sua igreja, guarda-se, no retábulo da capela-mor, a urna de prata e cristal, do séc. XVII, onde é venerado o corpo da Rainha Santa Isabel.
Igreja de Santa Cruz
Igreja românica que come-çou a ser construída em 1131, sob o patrocínio de D. Afonso Henriques. É aqui que estão sepultados, na capela-mor da igreja, hoje Panteão Nacional, D. Afonso Henriques e D. Sancho I, pri-meiros reis de Portugal. Nas traseiras situa-se o Claustro da Manga, uma construção renascentista que também vale a pena visitar.
Arco de Almedina
Era a principal porta da muralha medieval. Atribui--se a parte mais antiga da porta ao século IX e o seu aspeto atual a uma refor-ma do início do século XVI, ordenada por D. Manuel I.
Pátio da Inquisição
Deve o seu nome ao con-junto de edifícios onde funcionou, desde 1566 até à sua extinção, em 1821, o Tribunal do Santo Ofí-cio. Para além do edifício que foi sede da Inquisição coimbrã, o pátio congre-gou o primitivo Colégio das Artes. Após obras de escavação e adaptação, aqui funciona atualmente, o Centro de Artes Visuais.
Museus
Casa-Museu Miguel Torga
Casa onde viveu Miguel Torga, em Coimbra, na qual se encontram algumas das primeiras edições de obras da sua autoria e diversos objetos pessoais.
Casa-Museu Bissaya Barreto
Inaugurada em 1986, a Ca-sa-Museu – residência, du-rante cerca de 30 anos, do cirurgião e professor Bis-saya Barreto -, está instala-da num edifício revivalista, neobarroco. Inclui as prin-cipais peças reunidas por Bissaya Barreto, ao longo de 50 anos, e uma coleção de azulejos portugueses, porcelanas da Companhia das Índias e pintura con-temporânea portuguesa.
Museu da Água
Situado no Parque Dr. Ma-nuel de Braga, o Museu da Água de Coimbra veio ocu-par uma antiga Estação de Captação de Água, datada de 1922. Espaço museoló-gico de memórias antigas, inspirado no diálogo per-manente entre Coimbra e o Rio Mondego.
Museu da Ciência da Universidadede Coimbra
Inclui coleções de instru-mentos científicos da Uni-versidade de Coimbra e disponibiliza um conjunto de experiências e ativida-des para os visitantes.
O que visitarCOIMBRA
O Mosteiro de Santa Clara-a-Velha
Estátua da "Tricana"Junto ao Arco de Almedina
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Localiza-se no largo do Rossio de Santa Clara e é um parque temático concebido e construí-do como um espaço lúdico, pedagógico e turístico, para mostrar a cultura e o património português, em Portugal e no mundo. Iniciativa de Bissaya Barreto e projetado por Cassia-no Branco, foi inaugu-rado em junho de 1940, razão pela qual a sua conceção e arquitetu-ra estão tão imbuídas do espírito idealista e nacionalista do Estado Novo Português. Re-produções de solares de Trás-os-Montes e Mi-nho, casas típicas de ca-da região do país com pomares, hortas e jar-dins, capelas, azenhas
e pelourinhos; alguns dos mais representa-tivos monumentos, de norte a sul do país; a representação monu-mental e etnográfica das então províncias ultramarinas em África, do Brasil, Macau, Esta-do Português da Índia e Timor Português, en-volvidos por vegetação própria destas regiões; e representações dos
arquipélagos dos Aço-res e da Madeira com-pletam o conjunto de atrações deste espaço. Com quase 75 anos de existência, continua a ser um dos parques te-máticos voltados para o público infanto-juvenil mais visitados no país, com um afluxo de cer-ca de 400 mil visitantes por ano.
Portugal dos Pequenitos
Jardins e espaços verdes
Parque de Santa Cruz (Jardim da Sereia)
Popularmente conhecido como "Jardim da Sereia", data do séc. XVIII. A entra-da do jardim faz-se através de um arco triunfal, coroa-do por três estátuas, que representam a Fé, a Espe-rança e a Caridade.
Jardins da Quinta das Lágrimas
A Quinta das Lágrimas deve o seu nome às des-venturas do romance en-tre Inês de Castro e o prín-cipe D. Pedro. A romântica tragédia coloca neste local a morte de D. Inês. A Fon-
te dos Amores integra-se hoje num parque de ár-vores centenárias, ruínas medievais e neo-góticas, tanques e regatos.
Penedo da Saudade
Promontório rochoso, hoje ajardinado, cujo nome ad-vém da tradição, segundo a qual D. Pedro ia frequen-temente ao local, então conhecido por Pedra dos Ventos, chorar a perda de Inês. No séc. XX, por oca-sião de reuniões de cursos e outros eventos acadé-micos, foi sendo hábito colocar ao longo do jardim lápides com versos, parti-cularmente no recanto do jardim denominado “sala dos cursos”. Bustos de poetas emblemáticos da cultura portuguesa, como
António Nobre ou Eça de Queirós, imortalizam nes-te jardim a sua ligação a Coimbra.
Jardim Botânico
Concluído no séc. XIX, a sua exuberante vegetação reflete estudos e inter-câmbios botânicos com todos os quadrantes do globo. Foi criado durante a Reforma Pombalina da UC, no ano de 1773.
Mata Nacional do Choupal
Imortalizada nos poemas e no fado de Coimbra, tem espécies vegetais diversas como o choupo, o plátano, a nogueira-preta e o cedro dos pântanos.
Túmulo de D. Afonso Henriques (Igreja de St.ª Cruz)
"Deposição de Cristo" de João de Ruão(Museu Nacional Machado Castro)
Biblioteca Joanina da Universidade de Coimbra
Jardim da Sereia
Fonte dos Amores
(Quinta das Lágrimas)
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NEGÓCIOS
O QUE É NACIONAL É BOM...
E FRESCO!
POR MARTHA MENDES
Com o Verão chegam as altas temperaturas, os petiscos apurados, o sal, o sol... E a sede! É nesta altura do ano que se consomem mais refrigerantes, cervejas, sumos e vinhos frescos.
É uma das marcas da Sumol-Compal. Foi a primeira água com gás com sabor portu-guesa. Nas palavras da marca: “inaugurou o território do prazer para as águas com gás”. Estávamos em julho de 1994 quando nasceu a empresa Águas de Bem Saúde - fir-ma transmontana, com unidade industrial em Vila Flôr - que começou a vender a água mineral natural Frize. Só oito anos depois, em agosto de 2002, é lançada a Frize de Limão que abre portas à nova gama Frize Sabores. A marca criou um novo concei-to de utilização para a água com gás: o de bebida refrescante, alternativa a qualquer soft-drink. Desde 2002 a Frize tem vindo a apostar em águas com aromas, tendo cada vez mais adeptos entre os consumidores. Limão, tangerina, maracujá ou groselha são alguns dos sabores Frize. Em 2010 a marca aceitou o seu mais recente desafio
com o lançamento das novas Frize Bar Collection - Á g ua Tónica e Ginger A le que vêm alargar as opções de consumo em ambientes de convívio, à noite ou em esplanadas, como aperitivo ou misturado com bebidas alcoólicas. “Bem disposta, inovadora, irreverente, diferente, dinâmi-ca, jovem, inteligente e exigente”: é assim que a marca faz o seu auto-retrato.
S ão várias as opções disponíveis no merca-do e há bebidas para todos os gostos: dos verdes aos rosés, dos
néctares aos sumos naturais, das ág uas minerais às ág uas gaseif i-cadas; com ou sem álcool, com e sem gás. O impor tante é matar a sede, de acordo com as preferên-cias do seu paladar. A Por t.Com fez uma v iagem pela história das principais empresas e marcas de bebidas nacionais - aquelas que andam a refrescar os por tug ueses há anos - e descobriu que muitas delas já fazem par te das nossas tradições de verão. Independen-temente dos gostos, com calor as bebidas querem-se frescas. Sai mais uma...! E que venha gelada. A saber a verão.
Frize
29www.revistaport.com
A Compal, nome dado à Companhia de Con-servas Alimentares, SA, foi criada em 1952, no Entroncamento. Primeiramente centra-da no fabrico de conservas de tomate acaba-ria por ampliar os seus negócios, passando a produzir também sumos de fruta, néctares e refrigerantes, para além de vegetais em conserva e, mais recentemente, em 2005, águas gaseificadas. A internacionalização da marca começou em 2003, com a entrada no mercado espanhol de sumos, e nunca mais parou: atualmente os néctares da Compal, conhecidos de todos os portugueses, são consumidos em cerca de 40 países, estan-do na Europa, África e Estados Unidos. Em 2002, no seu 50º aniversário, a Compal lan-çou uma nova embalagem de 1 litro, a Tetra Prisma Aseptic Square, tornando-se na pri-meira marca de sumos a comercializar este invólucro na Península Ibérica, a segunda na Europa e a terceira no mundo. Em 2007, a marca recebe o prémio Zenith International, na categoria “inovação de melhor novo su-mo”, e nas categorias respeitantes ao melhor conceito, com o produto Compal Essencial. Em 2009 é criada a Sumol+Compal, resulta-do da fusão das duas marcas.
Com uma relação de quase um século com os portugueses, o Licor Beirão, que come-çou por ser um remédio peitoral, acabou por se tornar numa das marcas nacionais mais conhecidas, com fortes campanhas de comunicação que marcam a história da publicidade nacional. Hoje marca líder no mercado dos licores em Portugal, o Beirão transmite a autenticidade da família Redon-do, que o mantém original. Atualmente o “licor de Portugal” é consumido em todo o mundo, com fortes ligações à diáspora. Para atingir novos mercados – do consumo jovem, noturno e de verão – o Licor Beirão lança o caipirão (2002) e o morangão (2010), duas formas diferentes e frescas, sugeridas pela marca, para o consumo do licor em dias quentes. "Nos últimos anos o Licor Beirão decidiu apostar em novas formas de consu-mo para chegar a um público que ainda não estava familiarizado com o licor. Esta aposta foi acertada e eficaz e o lançamento destes produtos ajudou muito a renovar a marca", explica Daniel Redondo, diretor-geral da empresa. "Há uma ligação perfeita entre o conceito dos dois cocktails e o clima leve típico do Verão", frisa o responsável.
A Sociedade Central de Cervejas (SCC), detentora da Sagres, foi constituída em 1934 para vender as cervejas das antigas Companhia Produtora de Malte e Cerveja Portugália, Companhia de Cervejas Es-trela, Companhia de Cervejas Coimbra e Companhia da Fábrica de Cerveja Jansen. A Sagres nasce em 1940, como cerveja de prestígio, para representar a SCC na Expo-sição do Mundo Português, inaugurada em Maio desse ano. Depois de várias alterações no capital acionista, em 2003, a Scottish & Newcastle passa a deter o controlo da empresa e da Sociedade da Água de Luso, passando a designar-se, a partir de 2004, SCC – Sociedade Central de Cervejas e Be-bidas, S.A. A empresa foi adquirida, na sua totalidade, em 2008, pelo Grupo Heineken, um dos maiores do Mundo. A Sagres - que iniciou a exportação de cervejas nacionais, começando pelos territórios Ultramarinos, na década de 1960 - não contém aditivos nem conservantes. Da marca fazem parte a Sagres Branca, a Preta, a Radler, a Bohe-mia e as sem-álcool Branca e Preta, todas produzidas e engarrafadas na Fábrica de Vialonga.
Compal Licor Beirão Sagres
30 PORT.COM PORTUGAL E AS COMUNIDADES
NEGÓCIOS
A Super Bock, lançada em 1927, é uma marca de cerveja portuguesa detida pe-la empresa Unicer, atualmente a maior empresa portuguesa de bebidas refres-cantes. A Unicer resultou da junção de três cervejeiras, em 1977, mas foi no dis-tante ano de 1890 que se formou, com o capital inicial de 125 contos de réis, a CUFP - Companhia União Fabril Por-tuense, mãe da atual empresa de bebidas. A Unicer está presente nos segmentos dos refrigerantes e vinhos, na produção e comercialização de malte e no negócio do turismo, detendo dois ativos de referên-cia na região de Trás-os-Montes: os Par-ques Lúdico-Termais de Vidago e Pedras Salgadas. Em Angola, a Cristal é a cerveja mais vendida do grupo, seguida da Super Bock. Do portfolio da marca fazem parte a Super Bock, Super Bock Stout (preta), Green (com Limão), Abadia (com extra fermentação, de tom ruivo), Twin (sem álcool), Tango (com Groselha) e Classic (Cerveja do tipo Lager). Em 1995 a marca dinamizou o panorama dos Festivais de Verão em Portugal com o lançamento do "Super Bock, Super Rock ", um festival que tem atraído a Portugal várias bandas e intérpretes de prestígio.
A marca Casal Garcia nasceu em 1939. Num passeio de comboio pelas rotas do vinho do Douro, o enólogo Eugène Hélisse, in-terrompeu a viagem com destino ao Porto, depois de passar pela Quinta da Aveleda. Dirigiu-se à adega para falar com o proprie-tário, Roberto Guedes, impressionado pelo que tinha visto a partir da janela do com-boio: as videiras cuidadas e a terra dividida em função da variedade das uvas. Roberto Guedes acabaria por contratá-lo e cedo se notaram as diferenças, na cor e no sabor fresco e leve do vinho. O nome surgiu na-turalmente, pois o vinho foi produzido a partir de uma das vinhas de Casal Garcia. Em 1970 a marca dá inicio à exportação e, em 1990, com o boom turístico de ingleses em Portugal, dá-se um forte crescimento das vendas no Reino Unido, que descobria, aos poucos e através dos turistas de verão, o vinho verde. É também nesta década que aparece o slogan que, até hoje, está asso-ciado à marca: “Haja Felicidade, Haja Casal Garcia!”. Em 2007 é lançada a edição co-memorativa Casal Garcia World Wine, para celebrar a chegada a 60 países – estava, por fim, cumprida a etapa da internacionaliza-ção. Atualmente o vinho é degustado em mais de 70 países.
O vinho Mateus Rosé é uma marca da So-grape Vinhos, empresa constituída por um grupo de amigos que, no difícil ambiente económico e político de 1942, decidiram apostar no talento de Fernando Van Zeller Guedes, para criar e desenvolver uma em-presa capaz de impor os vinhos portugue-ses internacionalmente. Da capacidade de ver primeiro evidenciada pelo fundador nasceu a primeira marca portuguesa e glo-bal de vinhos, o Mateus Rosé, cujo sucesso em mais de 120 países foi decisivo para a empresa, que tem sabido preservar a visão do início e adaptá-la aos tempos. O vinho foi especialmente desenhado para a adesão dos mercados norte-americano e norte-eu-ropeu e a aposta foi bem-sucedida: a produ-ção cresceu rapidamente nos anos 1950/60 e no final dos anos 1980, complementado por uma versão branca, que representava, na altura, mais de 40% das exportações de vinhos de mesa de Portugal. Liderada hoje pela terceira geração da família fundadora, a Sogrape continua a cumprir o objetivo assumido desde o primeiro dia: dar a co-nhecer ao mundo os vinhos portugueses, com uma aposta forte em marcas de volume capazes de satisfazer as necessidades dos vários segmentos do mercado.
Super Bock Casal garcia Mateus Rosé
31www.revistaport.com
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Com mais de 160 anos, a Sociedade da Água de Luso, S.A. (SAL) tem uma história mar-cada pela qualidade. Já em 1903 o reputado químico francês Charles Lepierre analisou a composição da água do Luso, dando-lhe pela primeira vez um cunho científico, e classificou-a como “puríssima e de sabor leve e muito agradável”. Com sede na vila do Luso, Mealhada, a SAL tem como atividade principal a exploração e engarrafamento da LUSO Água Mineral Natural, Cruzeiro Água de Nascente e de Consumo Humano e, ainda, a exploração da atividade Termal. A água do Luso nasce a 28ºC, tendo origem na água da chuva infiltrada na Serra do Bu-çaco, em rochas formadas quase exclusi-vamente por quartzo, uma topografia que permite beneficiar de elevada pluviosidade orográfica. Nestas rochas, muito compac-tas aquando da sua formação – há mais de 400 milhões de anos – desenvolveu-se uma densa rede de fraturas, intercomunicadas, que permitem o armazenamento e circula-ção da água. A água do Luso é hipossalina, ou seja, muito pouco mineralizada e vul-garmente designada como levíssima e doce. Atua como um “desintoxicante” natural do organismo e pode ser consumida sem quaisquer restrições.
Estávamos em 1945 quando um grupo de amigos reuniu pou-co mais de 100 mil escudos (cerca de 500 euros) e fundou a Refrigor, Lda., em Algés, pa-ra produzir gelo, laranjadas
e gasosas. Cinco anos depois entrava um novo sócio, António João Eusébio, que vi-ria a transformá-la com o seu espírito em-preendedor. Hoje, a Sumol é bebida em mais de 60 países, facto para o qual muito con-tribui a diáspora: “a Sumol tem muitos fãs portugueses a residir no estrangeiro e eles acabam por ser excelentes embaixadores que divulgam a bebida junto dos amigos lo-cais”, explicou Ana Rita Martins, gestora de marca, à Port.Com. Produzida pela empresa Sumol+Compal, a Sumol é uma bebida de sumo de fruta pasteurizada e levemente ga-seificada, com polpa de fruta e disponível em vários sabores. É uma bebida de verão? Ana Rita responde: “a época de verão é, na-turalmente, a altura do ano em que a dispo-nibilidade dos consumidores e o clima mais potenciam a venda. Uma vida mais ativa ao ar livre e temperaturas altas reforçam a ne-cessidade de hidratação e a vontade de beber produtos refrescantes. Mas Sumol, sendo uma marca de referência, está presente na vida e na mesa dos Portugueses ao longo de todo o ano”. Desde quando? Continuemos a viagem. Quase dez anos depois da constitui-ção da Refrigor é oficialmente apresentada ao público, na esplanada do café Caravela
D'Ouro, em Algés, a primeira bebida de sumo de fruta pasteurizada portuguesa: quem apa-receu para a provar não imaginava que aquele era o início de uma longa história de sucesso, a história da marca cujo nome, registado a 20 de dezembro de 1954, resultava da fusão de duas palavras: “sumo” e “sol”, nada mais veranil. Quatro anos depois aparece o Sumol de ananás e as garrafas distinguem-se pela carica: cor de laranja para o Sumol laranja, verde para o ananás.
Marketing inovadorO marketing e a comunicação foram funda-mentais para o sucesso da Sumol, a primeira bebida não alcoólica nacional a adotar uma estratégia de marketing moderna. Numa época em que a publicidade se limitava aos jornais, letreiros ou toldos dos locais de ven-da, a Sumol espalhou cartazes com slogans por todo o país. Mas não ficou por aqui. Em 1965 a bebida lançou um anúncio de televisão cuja criatividade marcou o panorama publi-citário da altura. "Um gato é um gato, um cão é um cão. Sumol é aquilo que os outros não são". Em 1978 a marca volta à televisão com um anúncio com o humorista Herman José. “A Sumol tem sido, desde a sua origem, uma bebida original. Não há igual. Mais do que uma bebida, a Sumol desperta emoções e desafia os consumidores, acima de tudo, a serem originais”, frisa a responsável.Na década de 1970 a marca atinge uma tal popularidade que começam a aparecer várias
PORTUGAL ANDA HÁ 60 ANOS
A BEBER SUMOLHá muitos avós em Portugal que passaram a juventude a beber Sumol:
nos almoços de família, nos casamentos e batizados. A garrafa verde pirogravada nasceu há 60 anos e faz parte de muitas das memórias de verão dos portugueses.
A Port.Com entrou na máquina do tempo e viajou seis década atrás, até 1945, ano em que um grupo de amigos abriu uma pequena fábrica de gelo,
laranjadas e gasosas. Nascia assim a Sumol.
POR MARTHA MENDES
A icónica garrafa pirogravada que se manteve até 1991
33www.revistaport.com
“imitações”: Supol, Sumolara, Frutex, etc. Algumas destas marcas chegam mesmo a reutilizar garrafas de Sumol colando um ró-tulo sobre o espaço pirogravado. Na década seguinte a Sumol aproxima-se do público jo-vem. Quem não se lembra do slogan de 1984? "Stôra, como é que se diz Sumol em inglês?".
A mudança de imagemA década de 1990 foi de viragem. Em 91 a marca passa a ter rótulos às riscas e as tradi-cionais garrafas de vidro pirogravadas são abandonadas. As cores verde e vermelho assumem-se como uma das principais ima-gens da marca. Em 94, mais de 35 anos depois do lançamento dos primeiros sabores, é lan-çado o Sumol Maracujá.Mantendo o interesse no público jovem, a Sumol acorda um patrocínio com a banda rock Xutos & Pontapés para uma digressão pelo país com 40 atuações ao vivo. Mais tarde, na década de 2000, a marca volta a apostar na música como forma de chegar aos jovens, lançando a campanha Sumol SKA, com um jingle da banda ska Despe e Siga.A década de 90 foi também marcada pela campanha publicitária “Alex”, o cão cúmpli-ce do dono no prazer de beber Sumol. Ainda hoje, os portugueses que eram adolescen-tes nos anos 90 utilizam a expressão “Alex, busca!”, slogan desta campanha. Em 2003, a Sumol volta a fazer história com a campanha "Sumólicos Anónimos", que viria a introdu-zir no dicionário dos portugueses o conceito de “sumólico”: um fã de Sumol que defende aguerridamente a bebida.No início da década de 2010 a Sumol lança o manifesto "Mantém-te Original", apelando aos portugueses para não se acomodarem. Este manifesto culminou na bem sucedida campanha "Um dia...", centrada na juventude de espírito. Em 2011 a Sumol apresenta uma nova imagem inspirada na iconografia de 1954, em homenagem à história (já longa) da marca. Para a empresa não restam dúvidas: “a Sumol vai continuar a marcar as próximas gerações com todo o seu sabor, frescura e originalidade. É uma marca que está há 60 anos na vida dos portugueses, é acarinhada e percepcionada como uma marca 'nossa', que esteve sempre presente nos momentos mais marcantes de várias gerações”.
60 anos de SumolNo ano em que a Sumol assinala seis décadas o objetivo da marca é “celebrar de forma au-têntica, original e sem o peso da idade”. Daí, a campanha “60 anos, 1 verão”. “A ideia é jun-tar todos os verões de há 60 anos num verão
único, contínuo e original, que recentre a co-municação na originalidade e reforce o esta-tuto de marca icónica. Esta é uma campanha sobre pessoas, sobre as promessas que cada um fez em determinado momento. “Tu dis-seste”, “tu prometeste”, “tu juraste” são as palavras de ordem”, explica a gestora. Para além da campanha multimeios, que arran-cou em maio, a Sumol reforçou a presença nas suas plataformas, onde tem estado em contacto com os fãs. Para celebrar estes sessenta anos a marca envolveu também alguns dos seus colaboradores que, através de fotografias e promessas suas, deram a
cara em suportes de comunicação interna. “A Sumol é uma marca com uma identidade e história conhecidas pelos portugueses e além fronteiras. É por isso que a Sumol é icónica. Os 60 anos são um bom pretexto para reforçar as raízes culturais da bebida e a simbologia que tornam a marca única”, conclui a responsável.
19651984
1993
O sucesso da Sumol foi sendo alicerçado em fortíssimas campanhas de marketing e comu-nicação que acabaram por fazer história na publicidade portuguesa. Muitos dos slogans da
marca continuam, ainda hoje, presentes no imaginário dos portugueses.
"Um gato é um gato, um cão é um cão. Sumol é aquilo que os outros não são".
Recorde os filmes publicitários da Sumol desde 1965 emwww.revistaport.com
Saiba mais
34 PORT.COM PORTUGAL E AS COMUNIDADES
ROTAS
ORA PONHA AQUI O SEU PEZINHO...
... NA AREIAA Port.Com percorreu o mapa de Norte a Sul do país e selecionou dez praias
- duas por região - que não pode deixar de visitar para ter um verão em pleno. Traga a toalha, o chapéu e o protetor solar e venha conosco nesta viagem de sal e areia.
PraiasRios
Termas
POR MARTHA MENDES
35www.revistaport.com
NorteRodanho (Viana do Castelo)
Para se chegar à praia do Rodanho é preci-so atravessar a ribeira de Anha e percorrer um longo passadiço de madeira. Pelo caminho possivelmente irá ver cavalos a pastar no meio da vegetação. É uma típica praia do norte: com vento e água fria, mas a paisagem, o sossego e a tranquilidade do local convidam a uma visita demorada.
Praia da Madalena (Porto)Tem nome de mulher e é sedutora como tal. Com uma larga extensão de areal a praia da Madalena é conhecida pelas zonas rochosas que serpenteiam por entre as ondas. Os passadiços de madeira sobre as dunas e um pequeno ribeiro, que por ali corre, convidam a longos passeios ao final da tarde.
CentroTorreira (Aveiro)
Localizada na faixa costeira que separa a Ria de Aveiro do mar, a Praia da Torreira é de tirar o fôlego, com o seu areal quilomé-trico coroado por um mar severo e ríspi-do. Vai encontrar surfistas, barzinhos de praia, daqueles com areia na esplanada, e vendedoras de peixe que apregoam à mo-da antiga. A ria brinda quem a visita com a cor dos moliceiros e a balada compassada dos barcos à vela que por ali navegam.
Quiaios (Figueira da Foz)Ideal para longas caminhadas à beira--mar, a praia que está protegida pela serra da Boa Viagem é conhecida pelo seu areal extenso e pela proximidade de pinhais. É ótima para os dias em que o vento toma conta dos areais da Figueira da Foz. Perto da praia, junto das dunas, há uma piscina municipal e na Murtinheira, ali ao lado,
há recifes de valor ecológico para conhecer.
A Praia da Comporta insere-se nos limites
da reserva natural do Estuário do Sado
LisboaAdraga (Sintra)
Chegar até à praia da Adraga obriga a passar pela serra de Sintra e só isso já vale a experiência. Mas o sonho não acaba aqui: ondas altas, encostas verdes por onde espreita o mar e o famoso restaurante da Adraga, com esplanada a cheirar a mar, compõem o menu.
Praia do Creiro (Setúbal/Arrábida)
Fica entre o Portinho da Arrábida e a praia dos Coelhos. Há muita areia e mar calmo, ideal para ensinar as crianças a nadar. Se sobrar tempo, depois dos mergulhos podemos levá-las a visitar o Parque Natural ou o convento francis-cano da Arrábida. Próxima do Portinho da Arrábida a praia do Creiro tem na pedra da Anicha o seu principal postal ilustrado.
AlentejoTróia (Comporta)
Há duas formas de chegar à praia de Tróia: a partir de Setúbal, apanhando o barco no cais de embarque, ou pela estrada, vindo de Alcácer do Sal para a Comporta. Seja qual for o caminho escolhido será uma viagem de prazer: ou a brincar com os golfinhos do Sado, ou a contemplar os arrozais da planície alentejana banhada pelo estuário do rio.
Praia da Zambujeira do Mar (Odemira)
Recortada numa alta falésia é um dos destinos turísticos mais procurados da costa vicentina e tem condições privile-giadas para a prática de surf e bodyboard. Para além da praia principal, a Zambu-jeira tem pequenas praias, ideais para quem quer aproveitar o sol e fugir da confusão das grandes praias.
SulPraia da Rocha (Portimão)
É possivelmente uma das praias mais conhecidas do país, cá dentro e lá fora. A areia dourada e as falésias, como pano de fundo, fazem da Rocha um dos destinos balneares portugueses preferidos de turistas nacionais e estrangeiros. A pro-ximidade ao aeroporto de Faro é outra vantagem.
Praia da Falésia (Vilamoura)
Fica a Oeste de Vilamoura e é conhecida, principalmente, por aquilo que lhe dá nome: a falésia. Penhascos altos e im-ponentes, que pincelam a praia de tons avermelhados e ajudam a proteger do vento que vai a banhos para estes lados.
36 PORT.COM PORTUGAL E AS COMUNIDADES
A Praia da Rocha
é uma das praias mais famosas do
Algarve
Zambujeira do Mar
Praia do Creiro
Praia da Madalena
www.revistaport.com
Por este(s) rio(s) acima
Quando o calor aperta não há nada como um bom mergulho para
refrescar o corpo e as ideias. Mas nem só de mar vive o verão.
E quem prefere águas mais calmas não foi esquecido neste roteiro balnear da Port.Com. Venha
conosco... Por estes rios acima!
Malhadal (Serra de Alvéolos)Situada no pé da Serra de Alvéolos, no interior do país, onde serpenteia a Ribeira da Isna, afluente do Rio Zêzere, a praia fluvial do Malhadal garante tranquili-dade, águas frescas e contato com a na-tureza. Com cerca de um quilómetro de água, a praia está cercada por abundante vegetação e relevo acidentado. Na ribeira há ainda uma piscina fluvial.
Ribeira Grande (Sertã)Fica situada em pleno coração da vila da Sertã e está rodeada por árvores frondo-sas. Por cima da ribeira passa uma ponte que liga a parte nova à zona antiga da vila. A sua localização possibilita várias opções de lazer e desporto para toda a família, para além de uma visita aos mo-numentos históricos da Sertã.
Ribeira da Fróia (Proença-a-Nova)
Nas margens da ribeira da Fróia, a cerca de três quilómetros da vila de Sobreira Formosa, no concelho de Proença-a--Nova, distrito de Castelo Branco, des-ponta a praia fluvial da Ribeira da Fróia, classificada com “Qualidade de Ouro” pela Quercus. Situada num pequeno vale, ocupa um espaço que se estende por cerca de 200 metros da ribeira. Nas proximidades há uma pequena casa de xisto típica da região, que serviu como moinho comunitário das vizinhas aldeias de Oliveiras e Fróia.
Fragas de S. Simão (Figueiró dos Vinhos)
Praia de construção recente, as Fragas de São Simão, possibilitam a realização de desportos radicais, como rappel, slide ou escalada. A praia fica situada no concelho de Figueiró dos Vinhos que, pelo seu património natural e paisagís-tico, densa mancha florestal, ribeiras e espelhos de água, é uma referência do Turismo Ambiental e de Natureza.
Praia das Rocas (Castanheira de Pêra)
Mais do que uma praia, trata-se de um complexo de lazer, animação e turismo situado num lago com quase 1 quilómetro de extensão, ideal para um passeio de barco a remos ou de gaivota. Uma ilha no centro da praia, uma piscina de ondas com 2100 m2 (a maior do país), uma albufeira e uma ponte secular são os principais atrativos deste destino balnear, situado no cora-ção de Castanheira de Pêra, com a serra da Lousã a guardá-lo.
Praia do Creiro
Fragas de S. Simão (Figueiró dos
Vinhos)
Ribeira da Fróia (Proença-a-Nova)
Malhadal (Serra de Alvéolos)
Praia das Rocas (Castanheira
de Pêra)
38 PORT.COM PORTUGAL E AS COMUNIDADES
ROTAS
Caldas da Saúde (Porto)Aberto desde 1891 este balneário termal foi remodelado em 1994 para poder estar aberto todo o ano com serviços de termalismo e manutenção física. Desde então, as Caldas da Saúde têm vindo a desenvolver serviços em diferentes áreas, sendo o bem-estar e relaxamento dos visitantes uma aposta crescente com a disponibilização de um Health Club com ginásio e circuito termal (banho turco, sauna, jacuzzi e piscina termal com hidromassagem); parques e passeios locais. As suas águas são espe-cialmente indicadas para o tratamento de doenças do aparelho respiratório, reumáticas e musculoesqueléticas.
Termas da Curia (Bairrada)Abertas durante o ano inteiro as Termas da Curia oferecem, para além dos tradi-cionais tratamentos medicinais - indica-dos para doenças como a gota, pedra nos rins, infecções urinárias, hipertensão arterial, reumatismo, problemas de coluna ou artrite - vários programas de SPA. Inseridas num complexo turístico que engloba o Parque da Curia, o Hotel das Termas - Curia, Termas, Spa & Golf e o campo de golf, as possibilidades de di-vertimento, repouso e relaxamento são variadas. As Termas da Curia estão si-tuadas na Bairrada, o que possibilita aos visitantes desfrutarem do famoso leitão da região ou dos vinhos da Bairrada.
Termas do Vimeiro (Torres Vedras)
A meio caminho entre a povoação da Maceira e a Praia do Porto Novo, no Concelho de Torres Vedras, as Termas do Vimeiro têm uma história que remon-ta ao século XIX. Textos de 1845 já refe-rem a existência de dois banhos junto às emergências de água, numa e noutra margem do Rio Alcabrichel. As Termas do Vimeiro caracterizam-se por terem duas fontes: a Fonte de Santa Isabel e a Fonte dos Frades e as suas águas são es-pecialmente indicadas para tratamentos de pele, do aparelho digestivo, circulató-rio e respiratório.
Termas da Sulfúrea (Portalegre)A utilização das águas sulfurosas de Cabeço de Vide remontará aos romanos, 118 anos antes de Cristo. As especiais ca-racterísticas destas águas são reconhe-cidas internacionalmente tendo sido já premiadas nas Exposições Universais de
Paris e do Rio de Janeiro. As Termas da Sulfúrea são circundadas por generosas zonas verdes e de lazer, com várias áreas de repouso. As suas águas são indicadas no tratamento de doenças osteo-articu-lares e reumatismais crónicas, doenças crónicas e alérgicas das vias respirató-rias e doenças crónicas da pele.
Caldas de Monchique (Faro)Localizadas a 6 quilómetros da vila de Monchique, no Algarve, as propriedades medicinais destas águas são célebres desde o Império Romano, que as desig-nou de “águas sagradas”. Oriundas de 8 nascentes diferentes e ricas em bicarbo-nato, flúor, sílica e sódio, estas águas são indicadas para o tratamento de proble-mas no aparelho respiratório e digestivo, problemas musculares e reumáticos. Com temperaturas que oscilam entre os 27°C e os 31,5°C as águas das Caldas de Monchique são conhecidas também pelas suas propriedades relaxantes.
Vá de férias... Pela sua saúde!
De reconhecidas características medicinais, as termas são cada vez
mais uma opção de férias. Para banhos, vapores ou ingestão de
águas, são muitos os que rumam às estâncias termais quando chega o calor. Pela sua saúde, as termas não podiam faltar neste roteiro
balnear.
T H E R M AO nome “terma” vem do latim “ther-
ma”, designação atribuída pelos Roma-nos aos estabelecimentos de banhos
públicos, tradição milenar que remonta ao período de ocupação Romana.
P.C.: No início do seu mandato disse que “poucas vezes como hoje foi tão decisi-va a ligação às nossas comunidades”. Porquê?J.C.: Aquilo que disse no início do mandato reafirmo hoje, até com mais veemência. O desenvolvimento já não se faz à escala micro, é cada vez mais global. Um país como Por-tugal - pequeno em espaço geográfico, mas com presença em muitos pontos do mundo através dos seus nacionais e da sua história - não pode menosprezar as mais-valias que vêm da presença dos seus cidadãos lá fora. A globalização da economia obriga, cada vez mais, a uma conjugação de esforços com aqueles que se sentem em Portugal da mes-ma forma que nós [os residentes]. A abertura ao mundo é cada vez mais importante.
P.C.: A emigração portuguesa tem vindo a mudar, com muitos jovens qualifica-dos a abandonar o país. Como é que o Governo vê esta situação?J.C.: Cada vez que sai um quadro, se for por necessidade, lastimamos essa situação. Mas este fenómeno tem de ser visto de forma global. Com a globalização há cada vez mais
mobilidade: as multinacionais têm quadros que, independentemente de serem portu-gueses, americanos ou chineses, hoje estão num país e amanhã noutro. Essas empresas, muito fortes, começaram a recrutar quadros em Portugal. Isso é muito positivo. Há 15 anos isto quase não acontecia. Contavam-se pelos dedos das mãos aqueles que conhe-cíamos pelo mundo todo. Hoje são alguns milhares, e isso é muito positivo. E, claro, há outro lado: aqueles que saem porque não conseguem exercer a sua atividade. Hoje também há muitos mais licenciados. Mas é verdade que começámos a ter pessoas muito qualificadas que vão exercer a sua atividade para fora. E muitos nem sequer vão traba-lhar na área para a qual foram formados, o que constitui um problema complicado.
P.C.: Quais são hoje as maiores dificul-dades com que um emigrante português se depara?J.C.: O mundo da emigração é cheio de dra-mas. As pessoas que saem por necessidade têm muitos problemas. E muitas vezes en-contram ainda mais dificuldades nos locais de destino. Muita gente vai à procura do “El
Dorado” que nunca encontra. Há portugue-ses em contextos muito complicados lá fora. Temos milhares de pessoas em situações de pobreza absoluta, sobretudo na Améri-ca Latina e na África. As pessoas que saem confrontam-se com realidades completa-mente desconhecidas. Têm de fazer uma aculturação porque muitos dos países para onde vão funcionam de formas muito dife-rentes do nosso. Depois, há com frequência situações de exploração; promessas de con-tratos de trabalho que não se confirmam; o problema da legalização. E há dificuldades que resultam das alterações dos movimen-tos migratórios. Há 40 anos quase só emi-gravam homens. Hoje emigram homens, mulheres e famílias que levam os filhos. As crianças têm problemas de adaptação. Umas vezes é fácil; outras vezes é muito difícil. A exploração de mulheres é outro problema gravíssimo. Há um conjunto de problemas para os quais temos de estar muito atentos.
P.C.: Quais as ações do Governo para di-minuir esses problemas?J.C.: Mantemos uma rede muito grande de estruturas de apoio às nossas comunidades.
“SER PORTUGUÊSÉ SER UM CIDADÃO
DO MUNDO”É professor mas tem dedicado grande parte da vida à política para a emigração.
Natural de Viseu, aos 56 anos, o Secretário de Estado das Comunidades Portuguesas viaja pelo mundo inteiro para acompanhar de perto a vida das nossas comunidades. No dia em que deu
esta entrevista tinha dormido apenas 4 horas, depois de apanhar três aviões para chegar ao pé da família. Já há muitos anos que a sua casa é o mundo, entre uma viagem e outra, mas não teme o
fim da carreira política. Espera apenas poder deixar melhor do que encontrou. "O importante é trabalhar. E acreditar que vale a pena".
POR MARTHA MENDES
JOSÉ CESÁRIO, SECRETÁRIO DE ESTADO DAS COMUNIDADES PORTUGUESAS
41www.revistaport.com
São quase 120 representações consulares em todo o mundo, a que se juntaram as novas permanências consulares e políticas públi-cas, em parceria com entidades privadas, que desenvolvemos, por exemplo, por causa da língua e da cultura portuguesa. Mas o universo das comunidades portuguesas é hoje absolutamente global, o que dificulta o trabalho no terreno. É impossível estar em todo o lado.
P.C.: Como é que tem corrido a experiên-cia com as permanências consulares?J.C.: São consideradas uma mais-valia, de forma unânime, por todas as comunidades, exceto quando há algum problema de fun-cionamento local, por vezes até dos equi-pamentos. As permanências consulares são a grande reforma da rede consular nos últimos 30/40 anos, e permitem hoje ir ser-
vir comunidades que nunca tiveram apoio administrativo. E atrás do apoio administra-tivo há o diplomático, porque a permanência consular implica não apenas a deslocação do funcionário que vai tratar dos cartões do cidadão, dos passaportes ou dos vistos, mas também, muitas vezes, do cônsul, que vai fazer contactos locais. Contactos importan-tes com autoridades e entidades de natureza económica e empresas. Tem sido extraordi-nário ver o interesse destes mecanismos de aproximação às pessoas das comunidades.
P.C: Como é que vê o resultado do refe-rendo que decidiu a limitação da entrada de cidadãos estrangeiros na Suíça, um destino de emigração de tantos portu-gueses?J.C.: A globalização tem várias consequên-cias. E, por vezes, há uma reação dos cida-
dãos locais quando aparece um quadro es-trangeiro para ocupar um lugar que eles jul-gam ser seu por direito. Há também reações das populações locais quando estes cidadãos que vêm do exterior têm culturas diferentes. Por vezes, isto cria situações de rejeição. Não chega a xenofobia, mas são fenómenos de rejeição. Foi o avolumar destes fenómenos de rejeição que determinaram os resultados do referendo na Suíça. Temos de ser firmes na defesa dos nossos mas perceber as razões que estão por detrás disto. Este tipo de rea-ção não se contraria com radicalismos mas com muito diálogo. E eu diria que em quase 100% dos casos não são os portugueses que motivam este tipo de regras.
P.C.: Os portugueses são, de resto, muito bem vistos na Suíça…J.C.: Muitíssimo. E provavelmente muitos deles votaram a favor destas restrições, por-que também rejeitam determinadas formas de emigração que põem em causa regras lo-cais. Muitos destes imigrantes, por exemplo, trabalham, muitas vezes ilegalmente, por salários muito mais baixos. Há uma con-corrência desleal e isto passa-se em vários países. Embora o povo português seja muito tolerante, em Portugal também já tivemos problemas destes, pontuais. Há fenómenos de rejeição social em relação aos ciganos, por exemplo. Quem conhece estes fenómenos por dentro, sabe que é preciso muito diálogo, com todas as partes, para que se perceba que todos temos a ganhar com a mobilidade.
P.C.: Por outro lado, tivemos recentemen-te uma boa notícia, vinda da Alemanha, que passou a atribuir a dupla cidadania para a vida aos filhos de imigrantes.J.C.: Já tínhamos alguns cidadãos com na-cionalidade portuguesa na Alemanha que eram detentores da nacionalidade alemã ou estavam em processos de naturalização. A partir de agora haverá mais oportunidades de seguir esse caminho. Uma grande parte da comunidade na Alemanha não está inte-
NÃO HÁ UM PERFIL [DO EMIGRANTE PORTUGUÊS], HÁ VÁRIOS PERFIS. MAS O DENOMINADOR COMUM É O AMOR A PORTUGAL".
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42 PORT.COM PORTUGAL E AS COMUNIDADES
POLÍTICA
grada por razões que têm, logo à partida, a ver com a dificuldade de utilização da lín-gua. E para se integrarem e participarem o mais ativamente possível na sociedade a nacionalidade é muito importante. É uma notícia positiva, mas não nos podemos es-quecer que a Alemanha também é um dos países onde há, atualmente, ações para res-tringir a entrada de cidadãos estrangeiros.
P.C.: O Governo tem apoiado iniciativas para o ensino e manutenção da Língua Portuguesa. Começa a haver uma cons-ciencialização do potencial da nossa lín-gua?J.C.: Já há muita gente que percebe que o domínio de uma língua como a nossa se traduz em oportunidades. A Língua Por-tuguesa é, efetivamente, a mais falada no hemisfério sul, uma das mais utilizadas no diálogo virtual. Há pessoas que são recru-tadas por falarem português. E Portugal não é um país antipático para os descenden-tes portugueses nem para os outros povos. É um país simpático do qual quase toda a gente gosta. É verdade que há alguns anos havia fenómenos de rejeição por parte dos luso-descendentes - gerações inteiras que se afastavam de Portugal - mas esses fenó-menos têm vindo a diminuir. Hoje voltamos a assistir ao regresso dos filhos, dos netos.
P.C.: Porque é que acha que isso aconte-cia?J.C.: Alguma vergonha, talvez. Portugal era considerado um país pequeno, pobre.
P.C.: Essa aproximação das novas gera-ções é, então, o reflexo da boa imagem do país lá fora…J.C.: Claro que sim. As pessoas começaram a conhecer Portugal - a parte boa que já tinha e outras, que passou a ter. Reconhecem que Portugal já não é o país do tempo em que o pai, de 50/60 anos, andava na escola. E os jovens são os primeiros a divulgar Portugal. Depois chegam-lhes variadíssimos exem-plos de desenvolvimento do país, na cultura, na inovação, na ciência. As empresas por-tuguesas aparecem em todo o lado e com-petem internacionalmente. Há gente bem preparada. Tudo isso contribuiu para que a imagem que os jovens tinham do país dos pais fosse mudando. Portugal gerou atrativi-dade e a língua também. Há um mercado da Língua Portuguesa que gera dinheiro.
P.C.: O Instituto Camões tem sido uma peça fundamental?J.C.: Tem tido uma presença internacio-nal muito forte. É uma instituição muito importante porque conjuga as políticas de língua com toda a política de promoção externa, na ótica da nossa ação nos países lusófonos. Começa a haver interações entre aquilo que se faz para promover o país junto de públicos locais e aquilo que se faz para promover o país junto da nossa gente. Por exemplo, recentemente, nas comemora-ções dos 50 anos da emigração portuguesa
para a Alemanha, em Hamburgo, houve uma participação do Instituto Camões con-juntamente com outras entidades públicas, numa ação desenvolvida através da embai-xada, com os consulados e com entidades da sociedade local. Lá esteve o Instituto Camões em ações da comunidade portu-guesa – e não só, porque muitos dos que participaram, se calhar a maioria, eram alemães.
P.C.: E os órgãos de comunicação social das comunidades (OCS) também têm um papel importante...J.C.: Têm um papel muito importante e um desafio muito grande: chegar aos novos
falantes de português. Não é nada fácil por-que há um estilo de comunicação feito para as gerações nascidas em Portugal que não é o mesmo daquele que tem de ser feito para os que nasceram lá fora.
P.C.: Acha que estes OCS são acarinhados por Portugal? Eles queixam-se, por exem-plo, de serem esquecidos pelos grandes anunciantes portugueses.J.C.: Nem sempre são acarinhados, diria mes-mo que poucas vezes o são. Esses OCS têm muito interesse no trabalho em rede com a comunicação social de cá. Há boas hipóteses de desenvolver ações comuns. Há públicos, lá fora, a quem os OCS de cá não conseguem chegar; e a comunicação social de cá é uma fonte muito importante para os OCS lá de fo-ra. Há uma complementaridade importante, que é benéfica e vantajosa para ambas as par-tes, apesar de nem sempre haver percepção dessa importância. Essa é uma das áreas que nos próximos anos vai obrigar a mais traba-lho e onde vão aparecer novas oportunidades de emprego. Cá e lá fora.
P.C.: Os emigrantes são ótimos embaixa-dores dos produtos nacionais. Acha que há aqui um potencial de mercado devi-damente explorado pelas marcas portu-guesas?J.C: Hoje já está mais explorado. As crises tem consequências positivas e negativas. Uma das consequências positivas foi o apareci-mento de uma nova cultura empresarial. O empresário nacional percebeu que não pode viver apenas do mercado nacional ou, mesmo lá fora, exclusivamente ligado a um ou outro país. As empresas ganham se envolverem a nossa gente. Hoje há iniciativas de grande sucesso que demonstram o que estou a dizer. O salão imobiliário de Paris, por exemplo, com a dimensão que tem só existe porque há uma organização empresarial das comu-nidades portuguesas, neste caso, a Câma-ra de Comércio e Indústria Francófona; e porque os empresários do setor imobiliário perceberam que tinham de sair de Portugal. A iniciativa tem sido um sucesso absoluto e ainda só vai na 3ª edição.
P.C.: Recentemente foram criados con-selhos locais de empresários da Diáspora – um em Viseu, outro em Braga. Em que é que estas associações contribuem para a construção de pontes entre Portugal e os
O MUNDO DA EMIGRAÇÃOÉ CHEIO DE DRAMAS".
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seus empresários espalhados pelo mun-do? Acha que este trabalho deve passar, também, pelos municípios?J.C.: Não tenho a mínima dúvida. Já há 10 anos pensava isso quando criámos os gabi-netes de apoio ao emigrantes, em 2003. No seu clausulado está mesmo referido que esta deve ser uma forma de o município, articu-ladamente com o Ministério dos Negócios Estrangeiros, desenvolver políticas de pro-moção económica. A internacionalização das economias locais é importantíssima, e é mais facilmente feita se for realizada em contacto com os empresários, que têm aque-la origem mas estão em todo o mundo e têm facilidade em ajudar uma empresa local a internacionalizar-se. Os nossos municípios darão esses passos. Alguns já começaram a dar.
P.C.: Como é que traça o perfil dos portu-gueses espalhados pelo mundo?J.C.: Tem características muito diversas mas todos têm uma relação muito próxima com Portugal. Há diferenças de natureza etária, cultural. Há pessoas que nasceram lá fora e são portugueses, outros que nasceram cá, uns que saíram há mais anos, outros há me-nos… Não há um perfil, há vários perfis. Mas o denominador comum é o amor a Portugal.
P.C.: Sente que os emigrantes portugue-ses continuam ligados às origens?J.C.: Continuam. De um modo geral, toda a gente continua ligada a Portugal, a vir ao país e a ter aqui as suas coisas. E continuam a mandar dinheiro para Portugal.
P.C.: Como é que o mundo olha para nós? Já acabou a ideia do país pequeno e po-bre?J.C.: Não acabou totalmente. Ultrapassou--se em grande parte, mas há pessoas que ain-da têm uma imagem deturpada de Portugal. Mas já há uma imagem de país moderno, que tem sabido conciliar a modernidade com a tradição. Aqui não é tudo moderno, há coi-sas antigas que são olhadas de forma positi-va. Temos um património, material e ima-terial, muito importante que é divulgado com gosto e com rigor por muitas entidades públicas e privadas. O património é um ins-trumento de desenvolvimento. Vale ou não a pena apostar no folclore? Na etnografia? São coisas do passado ou fatores de desen-volvimento que podem ser perspetivados
numa lógica de futuro? Eu acho que podem ser perspetivados numa lógica de futuro. O turismo, uma das nossas principais fontes de riqueza, obriga-nos a desenvolver os as-petos tradicionais da nossa cultura. É muito importante essa valorização.
P.C.: Como é que os emigrantes portu-gueses são vistos lá fora?J.C.: De modo geral, não são problemáticos, nunca foram. Continuam a ser vistos como bons trabalhadores, independentemente de já não serem só trabalhadores da construção civil, das limpezas ou da restauração. Muitos já são qualificados, o que tem a ver com o facto de as comunidades se terem integrado e os seus filhos e netos desempenharem hoje
funções iguais às dos locais. O português está onde estão os outros, ao mesmo nível. Mas assume a sua origem e isso é muito im-portante: é sinal que ele gosta do país, mas também que ser português não o diminui. Pelo contrário: até o valoriza.
P.C.: O que é ser português?J.C.: Ser português é ser um cidadão do mundo. Sempre foi e continua a ser. Os por-tugueses têm grande adaptabilidade, rela-cionam-se bem com os outros e adaptam-se de forma muito positiva às mudanças. É o tal cidadão do mundo, que anda por todo o lado.
P.C.: O que é que gostava de ter consegui-do alcançar quando acabar o seu man-dato?J.C.: O fim do mandato não é o fim de nada, é sempre a continuação de algo mais. Impor-ta-me, sim, ir dando passos. Fico satisfeito quando dou alguns passos e triste quando não os consigo dar. Ninguém tem o domínio da verdade absoluta, portanto, às vezes, ima-gino uma coisa e depois tenho de a ajustar. Tenho procurado dar uma série de passos que espero que, no final, sejam positivos. Evoluiu-se muito, mas é sempre desejável fazer mais. O mais importante é trabalhar. E acreditar que vale a pena.
A LÍNGUA PORTUGUESA É A MAIS FALADA DO HEMISFÉRIO SUL, UMA DAS MAIS UTILIZADAS NO DIÁLOGO VIRTUAL. HÁ PESSOAS QUE SÃO RECRUTADAS POR FALAREM PORTUGUÊS".
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44 PORT.COM PORTUGAL E AS COMUNIDADES
POLÍTICA
O PRIMEIRO DEPUTADO LUSO-DESCENDENTEDA ÁFRICA DO SUL
PERFIL
Foi empossado em Maio de 2009 e assinalou um marco na história da comunidade portuguesa da África do Sul: foi o primeiro luso-descendente eleito como deputado do Parlamento do país.
Chama-se Manuel e é filho de madeirenses. Quando foi eleito como deputado da Aliança Democrática [“Democratic Alliance”,
AD], em 2009, pelo círculo eleitoral de Joanesburgo, onde reside a maior concentração de portugueses e luso--descendentes da África do Sul passou a ser o primeiro luso-descendente eleito para representar o povo sul-africano.
Manuel de Freitas, conhecido como “Manny”, entrou na vida política sem pensar muito. Em 1993 começa a militar no Partido Democrático, que daria ori-gem à AD. Um ano depois é convidado pela direção do partido para colaborar na campanha eleitoral para as presiden-ciais. Em 1995 concorre às primeiras eleições autárquicas democráticas do país. A vitória foi inesperada até para ele, que se tornaria assim no vereador mais jovem de Joanesburgo. E em 1999 Manny é eleito para o parlamento provincial de Gauteng, que engloba as cidades de Pretória e Joanesburgo, numa altura em que a AD tinha ainda muito poucos eleitores.
Apesar de ter funções nacionais que o obrigam a estar durante a semana na Cidade do Cabo, onde está o Parlamen-to, Manny regressa ao fim da semana aos “seus” eleitores, a sul de Joanesbur-go, a duas horas de viagem do Cabo. O político faz questão de estar com eles semanalmente. “Para ouvir a minha gente e trabalhar lado a lado nas ques-tões que a atinge e devem ser levadas ao Parlamento”, explica, acrescentando que são problemas como a falta de em-prego, a criminalidade e insegurança, a
habitação e as dificuldades financeiras que mais afetam o eleitorado.
Em fevereiro de 2012 o deputado foi indicado pelos seus pares para o cargo de ministro sombra de Administração Interna, depois de, em 2009, ter sido apontado para vice-ministro sombra dos Transportes.
Manny acredita ter aberto a porta para uma participação mais ativa da comunidade portuguesa na política da África do Sul e os factos parecem dar razão ao luso-descendente: em 2011, nas eleições autárquicas da sua área, houve, pela primeira vez, três candida-tos de origem portuguesa pela AD, um cenário inédito. Apesar de reconhecer que os portugueses não têm o hábito de se envolverem nas questões políticas locais, Manuel acredita que com as no-vas gerações de luso-descendentes esta realidade possa mudar. “Porque apesar de manterem as raízes portuguesas, os luso-descendentes são sul-africanos, e querem participar na vida política do país”.
O político reconhece que é difícil fazer oposição na África do Sul mas sente--se protegido pela Constituição, que defende todos os partidos e foi uma herança de Mandela: “agora podemos fazer o nosso trabalho e melhorar a nossa democracia”, afirma. “Somos uma democracia muito jovem e temos que construir um país novo. Há muito por fazer e mudar em relação ao que o anterior regime de apartheid fez”. Mas o luso-descendente não tem pressa. Nem medo.
Filho de madeirenses inspira-do por Mandela Manny nasceu há quase 50 anos na Namíbia, na pequena aldeia piscatória de Lüderitz, no então sudoeste afri-cano, hoje Namíbia independente, quando a região ainda fazia parte da África do Sul. Filho de madei-renses, decidiu seguir carreira po-lítica no início dos seus vinte anos. “Quando Mandela saiu da prisão e o país começou a mudar, senti que devia participar”, recorda. Em 1995, quando ganha as primeiras eleições autárquicas democráti-cas do país, torna-se o vereador mais jovem de Joanesburgo. Em Maio de 2009 acabaria por voltar a fazer história ao ser o primeiro deputado luso-descendente eleito na África do Sul.
Manny de Freitas, deputado do parlamento sul-africano
Nasceu em Peniche e é ministro das Finanças do Governo do Quebeque, a segunda maior província do Canadá, com 8,5 milhões de habitantes. Membro do Partido Liberal, o seu principal objetivo é equilibrar
as finanças da região canadiana que tem um PIB per capita de 30 mil dólares (22 mil euros).
Carlos Leitão nasceu em Peniche em 1959 mas em 1975, com 19 anos, mudou-se com a família – pai, mãe e quatro
irmãs – para Montereal. Nessa altura estava ainda longe de imaginar que haveria de se tornar um elemento de destaque da política canadiana e um orgulho para a comunidade portu-guesa local.
Filho de um contabilista, estudou no Liceu de Leiria e em Lourenço Mar-ques, onde viveu dois anos, frequen-tou a faculdade de Economia local. No regresso a Portugal, em pleno “verão quente”, encontra um país em auto-gestão. Ainda se matricula no ISCEF (atual ISEG), mas acaba por frequentar poucas aulas: “havia greves quase todos os dias”, justifica. Já no Canadá inscreve-se na Univer-sidade McGill, em Montreal, onde durante seis anos estuda e trabalha em part-time para pagar as propinas e aliviar os encargos financeiros dos pais. Depois de terminar o curso, em 1980, segue para o MBA e começa a trabalhar no Banque Royale, por baixo, nos balcões das agências de Montreal.
Em 1984 tem a oportunidade de entrar para o departamento de economia do banco e em 2003 chega a economista sénior, tendo também o cargo de relações públicas e porta-voz da instituição para contatos com a imprensa. Neste ano muda de banco e começa a trabalhar como economis-
ta-chefe no Banque Laurentienne. É já como quadro desta instituição, em 2008, que a Bloomberg News o considera “o segundo melhor econo-mista do mundo ligado à previsão de indicadores económicos”.
O ano passado abandonou a carreira de economista para se dedicar à vida política, militando no Partido Liberal do Québec, um partido federalista independente que Leitão classifica de “centro-direita”. Come-ça por colaborar, pontualmente, em iniciativas de estratégia da plata-forma económica do partido e em setembro participa ativamente na redação do programa eleitoral. Já em 2014 entra na campanha eleitoral. Ganha as eleições a 7 de abril - com 87,27% (36763) dos votos - e no dia 24 é nomeado ministro das Finanças do Governo do Quebeque.
Carlos Leitão tem-se mostrado preo-cupado com o nível da dívida pública e dos défices orçamentais que, afirma, “sem serem muito grandes [1% do PIB], são quase de natureza estrutural” mas acredita nos “bons recursos humanos, financeiros e naturais para ajudar a equilibrar a situação”.
Neste momento, o responsável está a preparar o próximo orçamento que vai apresentar no Parlamento, sujeitando-se à viva oposição do Partido Québecois, à esquerda; e da CAQ – Coalition Avenir Québec, à direita.
Um economista contra o Euro Nasceu em Peniche mas mudou--se para o Canadá com 19 anos. Em 1974 teve uma curta experiência de emigração em Moçambique que terminou com o 25 de Abril. Faz parte do grupo que criticou o euro. “As diferenças entre Portugal e a média europeia eram demasiado grandes para resultar”, frisa. No entanto, agora discorda da saída do euro: “seria como fazer uma omele-te e querer voltar a pôr os ovos na casca; desfazer a união monetária seria ainda pior”. Continua a visitar Portugal - Peniche e o Algarve, onde vive a mãe - mas, agora, cada vez menos. Vive há 40 anos no Canadá e tem dupla-nacionalidade mas mantém um português tão fluente como o inglês e o francês, as outras duas línguas que fala.
Carlos Leitão, Ministro das Finançasdo Quebeque
POR MARIA SILVA
THE PORTUGUESE OFFER é uma mostra exclusiva de produtos marcadamente portugueses que pretende levar ao conhecimento do comércio local do Reino Unido a qualidade dos sabores e do que de bom se produz em Portugal.
THE PORTUGUESE OFFER é uma mostra exclusiva de produtos marcadamente portugueses que pretende levar ao conhecimento do comércio local do Reino Unido a qualidade dos sabores e do que de bom se produz em Portugal.
A edição 2014/15 da I Liga vai arrancar a 17 de agosto, enquanto a temporada inicia-- s e o f i c i a l m e n t e uma semana antes, dia 10, com a Super-
taça entre Benf ica e Rio Ave, anunciou a Federação Portuguesa de Futebol. De acordo com o calendário revelado pela Federação Portuguesa de Futebol (FPF), a primeira jornada do campeonato está agendada para 17 de agosto, um domingo, embora esta data possa ser antecipada um ou dois dias, devido às transmissões televisivas.No dia 10 de agosto, Benf ica e Rio Ave, vencedor do campeonato e finalista ven-cido da Taça de Portugal, respetivamen-te, dão o arranque da temporada com a Supertaça, que será disputada no Estádio Municipal de Aveiro. A primeira elimina-tória da Taça de Portugal está marcada para 6 de setembro, enquanto a final será a 31 de maio de 2015.
Q ua nto à s compet ições eu ropeia s, o "play-off" da Liga dos Campeões, que irá contar com a participação do F.C. Porto, está agendado para 19 e 20 de agosto, a primeira mão, e 26 e 27, o segundo jogo. A fase de g r upos da "Cha mpions", em que já estão Benfica e Sporting, começa a 16 de setembro. A final será a 6 de junho do próximo ano, em Berlim. A terceira pré-eliminatória da Liga Europa, altura em que entra em ação o Rio Ave, será a 31 julho e 7 de agosto. O "playoff", que já conta com o Nacional da Madeira, está marcado para 21 e 28 de agosto e a fase de grupos, com o Estoril-Praia, começa a 18 de setembro. A final da Liga Europa vai decorrer em Varsóvia, a 27 de maio.
O REGRESSO DA GRANDE FESTA DO FUTEBOL
A época do futebol profissional arranca a 17 de agosto. A Primeira Liga 2014/15 já mexe com o mercado de transferências a deslocar trunfos. O Benfica parte na defesa do título.
A correr pela Europa estão o Estoril, Nacional da Madeira e Rio Ave.
POR MANUEL LEMOS
18 clubes
Petit novo treinador
do Boavista
Jesus até 2015
Sobe e desce
O novo presidente da Liga de Clubes, Mário Figueiredo, fez regressar à prin-cipal Liga de futebol a competição entre 18 clubes.
Boavista A Assembleia Geral da Liga aprovou o regresso do Boa-vista à Primeira Liga, à boleia do alargamento de 16 para 18 equipas.
Moreirense Um ano após ter sido despromovido, o Moreirense asse-gurou o regresso à Liga principal.
Olhanense Depois da despromo-ção, a equipa de Olhão vai ter de enfrentar a II Liga.
O Campeão Nacional abre o campeona-to a 17 de agosto em jogo contra o Pa-ços de Ferreira. O treinador Jorge Jesus tem contrato até 2015, grande parte do plantel está com 30 anos. Alguns trun-fos estão de saída. O desfazer de duas ou três duplas (Garay-Luisão; Fejsa/Rú-ben Amorim-Enzo Pérez; Rodrigo-Lima) poderá ser o maior foco de instabilidade de uma formação que voltará a partir na linha da frente para tentar vencer o bicampeonato.
Luisão fica no Benfica por mais três temporadas,até 2016.
O antigo interna-cional português Petit vai orientar
os axadrezados no regresso ao primeiro
escalão do futebol português.
Jorge Jesus irá con-tinuar no comando
técnico do Benfica. O treinador é um dos técnicos
mais assediados do momento, mas irá continuar na Luz.
Águias com época pouco tranquila
49www.revistaport.com
11ª jornada - 30/11/201428ª jornada - 12/04/2015
Académica X Benfica Gil Vicente X Nacional
V. Guimarães X Moreirense FC Porto X Rio Ave
Belenenses X Arouca Marítimo X Boavista Penafiel X Sp. Braga P. Ferreira X Estoril
Sporting X V. Setúbal
12ª jornada - 07/12/201429ª jornada - 19/04/2015
Académica X FC PortoArouca X Penafiel
Boavista X Sporting Sp Braga X V. Guimarães
Estoril X V. Setúbal Benfica X Belenenses
Moreirense X P. Ferreira Rio Ave X Gil Vicente Nacional X Marítimo
13ª jornada - 14/12/201430ª jornada - 26/04/2015
Belenenses X Sp. Braga V. Guimarães X Rio Ave
Penafiel X Nacional Gil Vicente X Académica
P. Ferreira X Arouca FC Porto X Benfica
V. Setúbal X Boavista Marítimo X Estoril
Sporting X Moreirense
14ª jornada - 21/12/201431ª jornada - 03/05/2015
Académica X Penafiel Arouca X Marítimo
Benfica X Gil Vicente Sp. Braga X P. Ferreira Estoril X V. Guimarães Nacional X Sporting
FC Porto X V. Setúbal Rio Ave X Belenenses Moreirense X Boavista
15ª jornada - 04/01/201532ª jornada - 10/05/2015
P. Ferreira X Rio Ave Gil Vicente X FC Porto
V. Guimarães X Nacional Belenenses X Académica
Boavista X Arouca Penafiel X Benfica
Marítimo X Sp Braga Sporting X Estoril
V. Setúbal X Moreirense
16ª jornada - 11/01/201533ª jornada - 17/05/2015
Académica X P. Ferreira Arouca X V. Setúbal
Benfica X V. Guimarães Sp. Braga X Sporting Estoril X Moreirense
Gil Vicente X Penafiel FC Porto X Belenenses
Nacional X Boavista Rio Ave X Marítimo
17ª jornada - 18/01/201434ª jornada - 24/05/2015
Belenenses X Gil Vicente Boavista X Estoril
P. Ferreira X Nacional Penafiel X FC Porto
V. Guimarães X Académica Moreirense X Arouca Marítimo X Benfica
V. Setúbal X Sp, Braga Sporting X Rio Ave
1ª jornada - 17/08/201418ª jornada - 25/01/2015
Benfica X P. Ferreira Académica X Sporting FC Porto X Marítimo
Arouca X Estoril Gil Vicente X V.Guimarães
Rio Ave X V. Setúbal Penafiel X Belenenses Sp. Braga X Boavista
Nacional X Moreirense
2ª jornada - 24/08/201419ª jornada - 01/02/2015
Marítimo X Académica Belenenses X Nacional
Estoril X Rio Ave P. Ferreira X FC Porto
V. Guimarães X Penafiel Sporting X Arouca Boavista X Benfica
Moreirense X Sp. Braga V. Setúbal X Gil Vicente
3ª jornada - 31/08/201420ª jornada - 08/02/2015
FC Porto X Moreirense Sp. Braga X Estoril
Belenenses X V. Guimarães Académica X V. Setúbal
Benfica X Sporting Gil Vicente X Marítimo
Nacional X Arouca Rio Ave X Boavista
Penafiel X P. Ferreira
4ª jornada - 14/09/201421ª jornada - 15/02/2015
Estoril X Nacional Arouca X Sp. Braga
P. Ferreira X Gil Vicente V. Guimarães X FC Porto
Marítimo X Penafiel Moreirense X Rio Ave Boavista X Académica Sporting X Belenenses
V. Setúbal X Benfica
5ª jornada - 21/09/201422ª jornada - 22/02/2015
Académica X Estoril Belenenses X Marítimo Benfica X Moreirense Gil Vicente X Sporting Penafiel X V. Setúbal
Rio Ave X Arouca FC Porto X Boavista Nacional X Sp. Braga
V. Guimarães X P. Ferreira
6ª jornada - 28/09/201423ª jornada - 01/03/2015
Boavista X Gil Vicente Sp. Braga X Rio Ave Arouca X Académica
P. Ferreira X Belenenses Estoril X Benfica
Marítimo X V. Guimarães Moreirense X Penafiel V. Setúbal X Nacional Sporting X FC Porto
7ª jornada - 05/10/201424ª jornada - 08/03/2015
FC Porto X Sp. Braga Nacional X Rio Ave
P. Ferreira X Marítimo Académica X Moreirense Belenenses X V. Setúbal
Penafiel X Sporting Benfica X Arouca
V. Guimarães X Boavista Gil Vicente X Estoril
8ª jornada - 26/10/201425ª jornada - 15/03/2015
Arouca X FC Porto Boavista X P. Ferreira
Nacional X Académica Estoril X Belenenses SC Braga X Benfica
Moreirense X Gil Vicente V. Setúbal X V. Guimarães
Sporting X Marítimo Rio Ave X Penafiel
9ª jornada - 02/11/201426ª jornada - 22/03/2015
Académica X Sp. Braga Belenenses X Boavista
Benfica X Rio Ave P. Ferreira X V. Setúbal
V. Guimarães X Sporting Marítimo X Moreirense Gil Vicente X Arouca
Penafiel X Estoril Praia FC Porto X Nacional
10ª jornada - 09/11/201427ª jornada - 04/04/2015
Arouca X V. Guimarães Boavista X Penafiel
Sp Braga X Gil Vicente Estoril X FC Porto
Rio Ave X Académica Moreirense X Belenenses
Nacional X Benfica Sporting X P. Ferreira V. Setúbal X Marítimo
Reforços Reforços
Adrián Lopez(ex-Atléti-co Madrid)
Simeon Slavchev(ex-PFC Litex(
Casa X VisitadoVisitado X Casa Cristian
Tello(ex-Barcelona)
Oriol Rosell (ex-Kansas City)
CALENDÁRIO PRIMEIRA LIGA2014/2015
50 PORT.COM PORTUGAL E AS COMUNIDADES
OPINIÃO
O NOVO PORTUGAL TURÍSTICO:
UM BREVE OLHAR
PERFIL
José Manuel SimõesInvestigador e Professor Catedrático da Universidade de Lisboa
Professor Coordenador do Doutoramento em Turismo da ESHTE/UL
Portugal é hoje o se-gundo país da OCDE em que o t u r ismo tem maior peso no PIB (mais de 9%), e o
terceiro da Zona Euro em que tem maior peso nas exportações (cerca de 46% das exportações de serviços e mais de 14 % das exportações totais). Se durante muito tempo a força da imagem turística do país se projectou e alavancou no exte-rior em função da atractividade das suas condições climatéricas e das suas zonas balneares (cer-ca de meio milhar de praias com uso balnear), hoje em dia, Por-tugal consegue posicionar-se internacionalmente igualmente de forma particularmente com-petitiva face a outros atributos:i) A crescente afirmação inter-nacional do património portu-guês (15 sítios classificados pela UNESCO como Património da Humanidade, a que acresce a classificação do Fado).ii) A atractividade das cidades de Lisboa, Por to e Funchal no quadro dos destinos City Breaks, qualquer uma delas já galardoada internacionalmen-te como “Best Destination”. A que acresce a relevância dos cruzeiros (sobretudo em Lis-boa, que também já foi premia-da como melhor destino euro-peu de cruzeiros).iii) A oferta de golfe, em asso-ciação com a de resorts turís-ticos, cuja qualidade já foi, por diversas vezes, merecedora de distinções internacionais e de inclusão nos melhores rankings.iv) A expansão e visibilidade dos eventos culturais e despor-
tivos e dos congressos (neste concreto, note-se que em 2013, no ranking da ICCA, Portugal ocupou o 13º lugar e Lisboa o 9º. v) A qualidade e diversidade da paisagem rural e natural do país, a qual apresenta matizes cénicas de grande singularida-de e força atractiva. Em asso-ciação, destaque-se a qualidade crescente da nossa gastrono-mia e vinhos.vi) A força no mundo católico de Fátima (cerca de 5 milhões de visitantes anuais, dos quais 10% são estrangeiros).
Relembre-se ainda o contributo para o posicionamento interna-cional de Portugal dos seguintes aspectos: i) a relação custo/qua-lidade da oferta; ii) a tradicional segurança e hospitalidade do país; iii) o incremento das rotas e voos para mercados de grande potencial, e a recente expansão das companhias low cost em Portugal; e iv) o acelerado cres-cimento e diversificação da ofer-ta hoteleira (sendo de destacar a qualidade e modernidade da oferta quer dos hotéis de 3, 4 e 5 estrelas, quer dos hostels (vá-rios destes integrando os Tops mundiais) Em síntese, embora conscientes de que a actividade turística é sempre muito sensível às insta-bilidades conjunturais (sobre-tudo económicas, políticas e acontecimentos catastróficos) e pautada por modismos societais e interesses das corporações e operadores, o Turismo em Por-tugal reúne todas as condições para continuar a ser um dos pila-res mais sustentáveis e sustenta-dores da economia e sociedade portuguesas.
JOSÉ MANUEL SIMÕES é Professor Catedrático do Instituto de Geografia e Ordenamento do Ter-ritório da Universidade de Lisboa e Investigador do Centro de Estudos Geográficos da Universida-de de Lisboa, sendo coordenador do Núcleo de Estudos em «Turismo, Cultura e Território» (TER-RITUR). É, ainda, coordenador científico do Dou-toramento em Turismo do IGOT-UL e consultor de Planeamento Territorial e Turístico e integrou a equipa que elaborou a proposta de Programa Na-cional de Política de Ordenamento do Território (PNPOT). Responsável científico da componente portuguesa do projecto internacional SECOA: Solutions for Environmental Contrastes in Coastal Áreas (financiado pelo Seventh Framework Pro-gramme, UE). Fez parte da Comissão Nacional Executiva do Centenário do Turismo em Portugal. Foi orador convidado em vários colóquios, semi-nários e congressos, em universidades portugue-sas e estrangeiras. Tem cerca de nove dezenas de títulos publicados, em nome individual e em co-autoria ou colaboração.