114 | PÓS EM REVISTA DO CENTRO UNIVERSITÁRIO NEWTON PAIVA 2013/2 - NÚMERO 8 - ISSN 2176 7785 POLIESTIRENO EXPANDIDO NA CONSTRUÇÃO CIVIL Claudio Gouvêa dos Santos 1 Luciana Boaventura Palhares 2 Raphael de Oliveira Duarte 3 Thiago Henrique Cardoso Gonçalves 3 Mariana de Melo Almeida Horta 3 Wagner Agostinho dos Reis 3 Rafael Vinicius Silva Straelh 3 RESUMO: EPS é a sigla internacional do Poliestireno Expandido definida pela norma DIN ISO-1043/78, mais conhecido como Isopor®,apresenta característi- cas e propriedades bastante peculiares, tornando-o útil no ramo da construção civil. Suas maiores aplicações nesta área são em juntas de dilatação, isolantes acústicos e térmicos,outra aplicação é o concreto leve que faz com que a mistura do concreto mude a sua densidade para melhor atender a demanda da obra, lembrando que o maior foco atualmente é aplicação do EPS nas lajes pré-moldadas, visando à redução de peso e custo, além de ser uma solução que visa o meio ambiente por utilizar um material 100% reciclável. PALAVRAS CHAVE: EPS. Isopor®. Aplicação na Construção-civil. Poliestireno. INTRODUÇÃO A construção civil é um ramo onde existem altos investi- mentos econômicos e tecnológicos. Ao longo dos anos, pes- quisas e testes aplicados a esse ramo permitiram a descoberta de novas técnicas e novos materiais que se aplicados correta- mente podem trazer uma série de benefícios em uma obra. Diferentes materiais podem beneficiar uma obra de diferen- ciadas formas, o EPS vem sendo aplicado no canteiro de obras e tem oferecido bons resultados na sua aplicação.Dentre suas aplicações ele oferece vantagens como isolamento térmico e acústico se usado em paredes e lajes, na promoção da leve- za se agregado ao concreto usado para a construção de lajes. (BERLOFA, 2009, P. 13) Composto de espuma rígida de poliestireno proveniente da expansão, o isopor é um comprovado material isolante, sendo aplicado na construção civil visando economia ener- gética. É também aplicado em edifícios por ser leve, resisten- te, fácil de operar e possuir baixo custo. COMPOSIÇÃO DO EPS O EPS é um plástico celular derivado do petróleo, que no estado compacto, é um material rígido, incolor e transparente. Polímeros termoplásticos, termorrígidos e elastômeros podem ser transformados em materiais expandidos quando são submetidos ao processo de espumação onde ocorre a inclusão em sua batelada de um agente de insuflação que perante aquecimento se decompõe e libera um gás, que proporcionará formação de bolhas por toda a resina termoplástica fundida. (CALLISTER, 2002 apud BERLOFA, 2009, P. 19). Por meio do processo de polimerização do estireno em água, juntamente com a adição de um elemento expansivo, usualmente o pentano, ele sofre mudanças que o transfor- mam em poliestireno expandido. Após a expansão, ele se de- nomina uma espuma termoplástica, que é classificada como material rígido e tenaz. É essencialmente de cor branca, ino- doro, reciclável, não poluente e certamente é um material de excelente qualidade nas temperaturas de -70ºC a 80ºC (HI- GGINS, 1982). O EPS microscopicamente é composto de células fecha- das, compostas por 2% de poliestireno, sendo o restante de seu volume preenchido com ar (98%). A regra que normatiza o EPS é a NBR 11752, sendo ela responsável pelo padrão do composto e da produção do isopor. O Isopor esta dividido em duas classes distintas, a clas- se P não retardante a chama e a classe F retardante a cha- ma. E também dividido em três grupos de massas específi- cas: I - de 13 a 16 kg/m3, II - de 16 a 20 kg/m3, III - de 20 a 25 kg/m3 (ABRAPEX, 2008). Abaixo, na tabela 1 seguem as características regula- mentadas pela NBR 11752 ao EPS:
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POLIESTIRENO EXPANDIDO NA CONSTRUÇÃO CIVILblog.newtonpaiva.br/pos/wp-content/uploads/2013/11/E8-ENG18.pdf · O poliestireno expandido é utilizado como sistemas iso-lantes de coberturas,
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114 | PÓS EM REVISTA DO CENTRO UNIVERSITÁRIO NEWTON PAIVA 2013/2 - NÚMERO 8 - ISSN 2176 7785
POLIESTIRENO EXPANDIDO NA CONSTRUÇÃO CIVILClaudio Gouvêa dos Santos1
Luciana Boaventura Palhares2
Raphael de Oliveira Duarte3
Thiago Henrique Cardoso Gonçalves3 Mariana de Melo Almeida Horta3
Wagner Agostinho dos Reis3
Rafael Vinicius Silva Straelh3
RESUMO: EPS é a sigla internacional do Poliestireno Expandido definida pela norma DIN ISO-1043/78, mais conhecido como Isopor®,apresenta característi-
cas e propriedades bastante peculiares, tornando-o útil no ramo da construção civil. Suas maiores aplicações nesta área são em juntas de dilatação, isolantes
acústicos e térmicos,outra aplicação é o concreto leve que faz com que a mistura do concreto mude a sua densidade para melhor atender a demanda da obra,
lembrando que o maior foco atualmente é aplicação do EPS nas lajes pré-moldadas, visando à redução de peso e custo, além de ser uma solução que visa o
meio ambiente por utilizar um material 100% reciclável.
PALAVRAS CHAVE: EPS. Isopor®. Aplicação na Construção-civil. Poliestireno.
INTRODUÇÃO
A construção civil é um ramo onde existem altos investi-
mentos econômicos e tecnológicos. Ao longo dos anos, pes-
quisas e testes aplicados a esse ramo permitiram a descoberta
de novas técnicas e novos materiais que se aplicados correta-
mente podem trazer uma série de benefícios em uma obra.
Diferentes materiais podem beneficiar uma obra de diferen-
ciadas formas, o EPS vem sendo aplicado no canteiro de obras
e tem oferecido bons resultados na sua aplicação.Dentre suas
aplicações ele oferece vantagens como isolamento térmico e
acústico se usado em paredes e lajes, na promoção da leve-
za se agregado ao concreto usado para a construção de lajes.
(BERLOFA, 2009, P. 13)
Composto de espuma rígida de poliestireno proveniente
da expansão, o isopor é um comprovado material isolante,
sendo aplicado na construção civil visando economia ener-
gética. É também aplicado em edifícios por ser leve, resisten-
te, fácil de operar e possuir baixo custo.
COMPOSIÇÃO DO EPS
O EPS é um plástico celular derivado do petróleo, que no
estado compacto, é um material rígido, incolor e transparente.
Polímeros termoplásticos, termorrígidos e elastômeros
podem ser transformados em materiais expandidos
quando são submetidos ao processo de espumação
onde ocorre a inclusão em sua batelada de um agente
de insuflação que perante aquecimento se decompõe
e libera um gás, que proporcionará formação de bolhas
por toda a resina termoplástica fundida. (CALLISTER,
2002 apud BERLOFA, 2009, P. 19).
Por meio do processo de polimerização do estireno em
água, juntamente com a adição de um elemento expansivo,
usualmente o pentano, ele sofre mudanças que o transfor-
mam em poliestireno expandido. Após a expansão, ele se de-
nomina uma espuma termoplástica, que é classificada como
material rígido e tenaz. É essencialmente de cor branca, ino-
doro, reciclável, não poluente e certamente é um material de
excelente qualidade nas temperaturas de -70ºC a 80ºC (HI-
GGINS, 1982).
O EPS microscopicamente é composto de células fecha-
das, compostas por 2% de poliestireno, sendo o restante de
seu volume preenchido com ar (98%). A regra que normatiza
o EPS é a NBR 11752, sendo ela responsável pelo padrão do
composto e da produção do isopor.
O Isopor esta dividido em duas classes distintas, a clas-
se P não retardante a chama e a classe F retardante a cha-
ma. E também dividido em três grupos de massas específi-
cas: I - de 13 a 16 kg/m3, II - de 16 a 20 kg/m3, III - de 20 a
25 kg/m3 (ABRAPEX, 2008).
Abaixo, na tabela 1 seguem as características regula-
mentadas pela NBR 11752 ao EPS:
PÓS EM REVISTA DO CENTRO UNIVERSITÁRIO NEWTON PAIVA 2013/2 - NÚMERO 8 - ISSN 2176 7785 l 115
APLICAÇÕES DO EPS NA ENGENHARIA CIVIL
EPS EM LAJES
O EPS pode ser utilizado como forma de lajes e também
como enchimento nas lajes industrializadas unidirecional e bidire-
cional, onde a laje unidirecional é sustentada por vigas de concreto
posicionadas em um único sentido e a laje bidirecional é susten-
tada por vigas de concreto que se cruzam perpendicularmente.
Segundo Soares (2011) o EPS é bastante favorável na
construção civil, principalmente na fabricação de lajes, por ser
leve ocasionando menor força sobre a estrutura da construção,
e também por não servir de alimentos a alguns seres vivos
como a relação de cupim e madeira.
A figura 1 mostra como o EPS é utilizado no enchimento
de lajes. O isopor é apoiado sobre a estrutura guardando uma
distância que logo após será preenchida de concreto. O aca-
bamento será dado sobre o isopor que será revestido de arga-
massa ou gesso.
Somente as nervuras de concreto tem o peso bastante
considerável, dessa forma o EPS também é favorável, alivian-
do o peso sobre a estrutura da edificação além de reduzir o
esforço na montagem da laje e permitir que sejam utilizadas
as sobras de isopor já cortado, uma vez que as peças são
geralmente comercializadas em um metro de comprimento e
são de fácil corte. (SOARES, 2011)
Na concretagem das lajes onde é utilizado o EPS não há
o risco das peças quebrarem como nas lajes convencionas de
cerâmicas, evitando assim o vazamento do concreto e garantin-
do assim um serviço bem feito e mais viável economicamente.
CONCRETO LEVE
O concreto é preparado de acordo com sua utilização, a
principal diferenciação a ser considerada na engenharia civil é a
densidade do mesmo.
Segundo Brasipor apud Soares (2011) O concreto leve é
formado a partir da inserção de flocos de EPS na massa do
concreto convencional, desse modo o concreto fica conside-
ravelmente mais leve mantendo a sua resistência, podendo ser
utilizado de várias formas desde que não haja grandes esforços
sobre o mesmo e que não seja utilizado estruturalmente.
A tabela 2 quantifica os materiais para que se possa
obter o concreto com dada densidade contendo um saco
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blocos, injetados para formar peças para embalagens,
entre outros; podem ser reutilizados na construção civil;
ou até gerar energia elétrica ou calorífica por combus-
tão direta e também podem ser aplicados como com-
plemento em moldes de peças injetadas ou fundição
no ramo industrial. (GROTE e SILVEIRA s.d. p. 13).
Uma das melhores formas reciclagem do EPS é a utilização
do mesmo na construção civil, além de não agredir o meio am-
biente e ser economicamente viável o concreto formado pode
ser utilizado na própria obra que descartou o produto anterior-
mente, desde muros à elementos decorativos.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Conclui-se que o EPS é utilizado das mais variadas formas
na construção civil, desde a utilização nas lajes unidirecionais e
bidirecional até mesmo incorporado nas paredes resultando no
isolamento térmico e acústico do ambiente.
A utilização do Poliestireno Expandido esta ficando cada
dia mais usual nas obras, além de ser economicamente viável,
o material não é alvo de insetos, fungos e bactérias, é extrema-
mente leve e pode ser inteiramente reciclado. A maior desvan-
tagem do material é o grande volume que ocupa, dificultando o
armazenamento. A reciclagem pode acontecer no próprio can-
teiro de obras quando os flocos são utilizados para a fabricação
do concreto leve
REFERÊNCIASABRAPEX Associação Brasileira do Poliestireno Expandido.Aplicações do EPS.São Paulo, 2008. Disponível em:<http://www.abrapex.com.br/03Aplicacoes.html>. Acesso em: 06 abr. 2013.
BERLOFA, Aline. A viabilidade do uso do poliestireno expandido na in-dústria da construção civil, 2009. 74p. (Trabalho de conclusão de curso. FATEC Zona Leste).
COZZA, Eric. MANUAL DE UTILIZAÇÃO EPS na construção civil, s.d. Dis-ponível em: http://www.acessuscri.com.br/pdf/manual_eps.pdf. Acesso em: 27 abr. 2013
FENILLI, R. J. Sistemas termoisolantes: tipos, finalidades e aplicação. Revista Climatização e Refrigeração. Editora Nova Técnica, ISSN 1678-6866, Jun 2008, São Paulo, SP, 2008.
FREITAS, V. P. Isolamento térmico de fachadas pelo exterior. Relatório – HT 191A/02. MaxitGroup. Porto – Portugal. 64 pg, 2002.
GROTE, Zilmara, SILVEIRA, José L., Análise energética e exergética de um processo de reciclagem do poliestireno expandido, 2011, Disponí-vel em: http://www3.mackenzie.com.br/editora/index.php/rmec/article/
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HIGGINS, Rita Ann. Propriedades e estruturas dos materiais de enge-nharia. São Paulo: Difel, 1982
LIMA, J; BRITOJ. Teoria e Prática na Engenharia Civil, n.14, p.31--41,Outubro, 2009.
SOARES, Diego Mazzeo O uso do EPS na construção civil. Faculdade de Tecnologia da Zona Leste, São Paulo, 2011 , 60 p.
NOTAS DE FIM1 PhD. Professor Universidade Federal de Ouro Preto
2 MsC. Professora do Centro Universitário Newton Paiva
3 Graduandos do Curso de Engenharia Civil do Centro Universitário Newton Paiva