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POLMICAS DO CRISTIANISMO
Tratando das polmicas do Cristianismo, este livro uma compilao
de artigos encontrados na Internet, devidamente revistos e
acrescentados atravs da pesquisa em vrias fontes, focando vrios
temas que tm dividido a humanidade ao longo dos sculos, com cises,
guerras e mal entendidos, e que pretende esclarecer o leitor sobre
esses assuntos.
Carlos Rodrigues
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Este livro sobre as polmicos do Cristianismo feito atravs de uma
compilao de artigos
encontrados na Internet, exaustivamente revistos e
acrescentados. Envolveu muitos meses de pesquisa e seleco e
pretende ser isento e independente.
Sendo que a histria dos acontecimentos narrados, foi na maioria
das vezes adulterada pela
ignorncia, fanatismo ou intolerncia de quem criou essas
polmicas, ficou difcil encontrar a verdade dos factos e dos
ensinamentos a transmitir.
Para diminuir a influncia daqueles defeitos humanos,
procurou-se, em geral, encontrar sobre os diferentes assuntos,
principalmente nos mais polmicos aqui tratados , os pontos de vista
de duas ou trs correntes de pensamento; da que surgem algumas
repeties que, servem para clarificar o que comum.
Penso que assim, poder o leitor posicionar-se com esprito aberto
sobre cada questo, lendo e
reflectindo sobre dados que eventualmente sero diferentes
daquilo em que sempre acreditou e que, possivelmente, podero no
corresponder verdade.
falta da prova da realidade, pelo menos poder-se- ter
conhecimento de outras tendncias, uma
vez que, como iro verificar durante a leitura, quase tudo foi
inventado ou interpretado por homens, umas vezes honestamente, mas
muitas vezes devido ao desejo de poder e supremacia sobre os
outros, mesmo que agindo conscientemente contra os Mandamentos, os
ensinamentos de Cristo, a tica e o Amor ao prximo.
Esta livro, no tem uma sequncia obrigatria. Assim, pode-se
consultar qualquer tema aleatoriamente.
Carlos Rodrigues
Tregosa - Portugal, 2010
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ndice
1 Origem do catolicismo 10. Cristianismo10. Tanack (Antigo
Testamento)10. Principais crenas10. Monotesmo10. Jesus11. A
salvao11. A vida depois da morte11. A Igreja11. Diferenas nas
crenas12. O Credo de Niceia12. Outros textos considerados
sagrados12. Origem13. Nazar15 Talmude16 Denominaes Crists17. A
histria das Testemunhas de Jeov18. Anabaptistas19. Origem19.
Anabaptistas hoje20. Doutrina20. Concepes religiosas e filosficas
do Cristianismo21. Formas de culto21. Smbolos21. Calendrio litrgico
e festividades22. Visita Pascal22. O Cristianismo no mundo de
hoje23. Os desvios do Catolicismo23. Datas importantes para a
Igreja Catlica24. Calendrio Juliano e Gregoriano25. Qual foi o erro
da Era Crist?...27. A Igreja no sabe se o Natal no dia 25 de
Dezembro?...27. Natal em 25 de Dezembro28. Pai Natal29. rvore de
Natal29. Porque que a Igreja estabeleceu as festas mveis?...30.
2 Dogmas da Igreja Catlica 32. 3 Maria, me de Deus? 35.
Adorao35. Mariologia35. Mariolatria35. Assuno de Maria35. Culto a
Maria35.
4 Datas de acontecimentos 37. Gnosticismo39. Heresia40.
Transubstanciao40. Teses40. Canon40. Apcrifo40. Inquisio40.
Doutrina40. Ortodoxo340.
5 Datas da Histria do Cristianismo (outra fonte) 41. 5.1
Cronologia Histrica da Apostasia do Cristianismo e surgimento do
Catolicismo42. 5.2 Cronogia histrica dos Pais da Igreja Primitiva
Crist43. 5.3 Cronogia dos Pais da Igreja Reformada Crist43.
6 Conclios ecumnicos 44. Lista de todos os Conclios Ecumnicos
realizados44. Conclios e Snodos45. A partir de Belarmino (1621) a
Igreja Catlica reconhece 21 Conclios Universais45. Cronologia dos
Conclios Ecumnicos (outra fonte)48.
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7 Arianismo (ver tambm o captulo 12). 50. Quarto sculo50.
Reforma e Iluminismo50. Paralelos modernos (Testemunhas de Jeov)
(Espritas),etc51. Apostasia51. Apostasia da F Crist51. As Igrejas
Crists Trinitrias51. Anticristo52. Consideraes gerais52. Vises
atravs da histria52. Confisso de F Irlandesa(1615)53. Confisso de F
Westminster(1647)53. Confisso de F Londrina(1689)53. A Reforma
Protestante53. Lutero53. Thomas Cranmer53.
8 Diferenas entre a Religio Catlica e a Igreja Ortodoxa. 54.
Qual a diferena entre Igraja Catlica e Ortodoxa55. Dissidncias de
uma mesma crena55.
9 Purgatrio 56. Resposta dada por Catlico56. Cu, Inferno e
Purgatrio por Cristo, no Catlico56. Medite nestes textos57. Cu58.
Inferno59. Purgatrio60.
10 Igreja Ortodoxa 62. Grega de Antioquia62. O Cisma e a
Reconciliao64. Os primeiros seis Conclios Ecumnicos (325-685)64.
Niceia: I Conclio Ecumnico65. I Constantipolitano: II Conclio
Ecumnico65. feso: III Conclio Ecumnico66. Calcednia: IV Conclio
Ecumnico67. As cinco Igrejas: Roma; Constantinopla; Alexandria;
Antioquia; Jerusalm67. V e VI Conclios Ecumnicos69. Igrejas
Crists69. Patriarcado de Alexandria71. Patriarcado de Antioquia71.
Patriarcado dos Assrios71. Igreja Maronita71. Os Gregorianos71.
Patriarcado de Jerusalm71. Patriarcado Russo72. Patriarcado da
Gergia72. Patriarcado da Srvia72. Patriarcado da Romnia72.
Patriarcado da Bulgria72. A Igreja de Chipre72. A Igreja da
Grcia73. A Igreja da Albnia73. A Igreja da Polnia73. A Igreja da
Tchecoslovquia73. A Igreja da Ucrnia73. A Igreja Oxtodoxa Russa74.
A Igreja Oxtodoxa do Egipto74. A Igreja Oxtodoxa Etope74.
11 Jesus teve irmos? 75. Ponto de vista Protestante75. Origens
dessa doutrina75. Analisando o Evangelho de Mateus76. O que diz o
Novo Testamento76. Resposta a um suposto argumento77. Um argumento
de fcil refutao77. O significado de irmos na Bblia77.
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Termos do Novo Testamento para irmos e primos78. Argumentos
contrapruducentes79. Irmos e Irms de Jesus (viso Catlica e
Ortodoxa)79. Outros pontos de vista84. Os irmos de Jesus (viso
Evanglica86. Igreja Evanglica86.
12 Jesus era Deus? 89. Cristologia89. A natureza de Cristo89.
Cristologia Ortodoxa90. Cristologia Monofisista90. Cristologia
Ariana90. Jesus era Deus? (viso Catlica)90. A Divindade de Jesus
(viso Catlica)92. Jesus no Deus (viso de um Esprita)95. Jesus no
Deus (viso de um Esprita)96. Jesus era humano ou divino? (viso
Islmica)99. Jesus Deus? (viso Islmica)101. Jesus era Deus? (viso
Esprita de Allan Kardec)107. I Fonte das provas da natureza do
Cristo107. II A divindade de Cristo est provada pelos
milagres?...108. III - A Divindade de Jesus est provada pelas suas
palavras?...110. IV - Palavras de Jesus depois da sua morte115. V
Dupla natureza de Jesus116. VI Opinio dos Apstolos117. VII Predies
dos Profetas concernentes a Jesus119. VIII O Verbo se fez carne120.
IX Filho de Deus e filho de homem121.
13 Reencarnao ou Ressurreio 124. Reencarnao na Bblia124
Ressurreio, o significado bblico125. a) Voltar vida no mesmo
corpo131. b) Vortar vida em outro corpo132. c) Ressurgir em
Esprito132. d) Ressurgir em Esprito influenciando outra pessoa133.
Concluso133. Ressurreio ou Reencarnao Antigo Testamento136. Novo
Testamento137. Reencarnao no contexto histrico140. Reencarnao no
Conclio de Constantinopla (Orgenes versus Teodora)143. O que vrios
autores falam disto144. 1. Jos Reis Chaves como Catlico poca144. O
V Conclio de Constantinopla II (553)145. 2. Edward Wriothesley
Russel (reprter norte americano) - O caso Teodora146. 3. Elizabeth
Clare Phophet Preexistncia, reencarnao ou ambos?...147. 4. Holger
Kersten150. 5. Hernani Guimares Andrade151. 6. Giovani Reale Dario
Antiseri152. 7. Lon Denis152. 8. Jayne Andrade (ex-Pastor)153. 9.
Francisco Cajazeiras154. 10. Outros autores citando outros
autores155. 10.1 Jos Reis Chaves155.
10.2 Hermnio C. Miranda156. Concluso157. Ressurreio dos mortos
(viso Catlica)157.
14 Protestantismo 164. Definio164. Ramos164. Principais ramos do
protestantismo166. Movimentos teolgicos de origem protestante167.
Reforma Protestante167. Pr-Reforma167. Reforma168. Na Alemanha, Sua
e Frana168. No Reino Unido171.
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Nos Pases Baixos e na Escandinvia172. Em outras partes da
Europa173. Consequncias174. Contra-reforma174. Comparao entre o
Catolicismo e o Protestantismo no sc. XVI175. Joo Huss176. Martinho
Lutero177. Joo Calvino181. Controvrsias no Protestantismo182.
Catolicismo e Protestantismo182. Testemunhas de Jeov182. Histria e
actividades bsicas183. O seu nome distintivo185. Divulgao das suas
doutrinas186. Modo de vida186. Servio voluntrio das Testemunhas de
Jeov187. Conceiro sobre outras religies188. Oposio s Testemunhas de
Jeov188. Posies controversas das Testemunhas de Jeov189.
15 Espiritismo, uma contribuio para a verdade 190. O que o
Espiritismo?...190. Quais so seus pontos fundamentais?...190.
Prtica Esprita191. O Espiritismo uma religio?...191. Uma proposta
pedaggica Esprita193.
16 - Agostinho de Hipona (Santo Agostinho) e Orgenes 195.
Agostinho e os Judeus196. Influncia como telogo e pensador197.
Pensamento de Agostinho e influncia de S. Ambrsio198. A exegese198.
O problema do mal198. A moral194. A terra de todos194. Santo
Agostinho (outra fonte) A vida e as Obras195. O Pensamento: A
Gnosiologia196. A Metafsica196. A Moral202. O Mal203. A Histria203.
Pecado original204. Maniquesmo206.
Orgenes207. Biografia 207. Orgenes (viso reencarnacionista)207.
Orgenes (viso Catlica)210. Santssima Trindade210. Maria no
Cristianismo211. Primado de Pedro211. Baptismo211. Estoicismo211.
Logos212.
17 Turquia e o Cristianismo 213. Ararat214. feso214.
Niceia Iznik215. Tarso215. So Joo e a Virgem Maria215. Histria
final de feso216.
18 A Inquisio 218. Origem e histrico218. Fogo220. A Inquisio
espanhola221. Procedimentos222. A Inquisio em Portugal e no
Brasil222. Censura literria224. Extino da Inquisio224.
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Catarismo224. As ideias do Catarismo225. A criao do mundo225. A
salvao uma responsabilidade individual225. Os Ctaros e o Santo
Graal226.
A heresia ctara226. Cruzada albigense226. Cronologia230.
Heresia232. Heresia no Cristianismo232. Heresia no Cristianismo
primitivo232. Heresias importantes na histria233. Gnosticismo233.
Paralelos com religies orientais236. Gnosticismo e psicologia236.
Monotelismo236. Nestorianismo237. Sodomia237. Apostasia239.
Apostasia da F Crist240. Apostasia no Catolicismo Romano240.
Mancia240. Histria dos Valdenses240. A doutrina dos Valdenses242. A
persiguio dos Valdenses242. Picardos243. Metempsicose243. A Santa
Inquisio (outra fonte)244. As persiguies245. A Inquisio (viso
Catlica)246. Antecedentes da Inquisio246. As origens da
Inquisio247. Procedimentos da Inquisio249. A Inquisio Protestante
(viso Catlica)253. Alemanha, Holanda, Sua, Sucia, Dinamarca,
Esccia, Irlanda, Inglaterra253 a 254. A Infncia Negra do
Protestantismo (viso Catlica)255. A Inquisio Protestante (viso
Catlica)255. Joo Calvino (1509-1564) Em Genebra256. Eis alguns
episdios particulares257. O Anglicanismo259. APNDICE - O
branqueamento Catlico da Inquisio261. 1. O Inquisidor261. 2. As
penas e o seu abrandamento262.
19 Islo 265. Etimologia265. O nascimento do Islo266. Contexto
poltico, social e religioso266. Maom267. Os quatro califas
correctamente guiados (632-661)268. Origem dos Xiitas269. Os Omadas
(661-750)270. Os Abssias (750-1258)271. Os trs Imprios272. O Imprio
Mongol272. O Imprio Otomano272. O Imprio Safvida273. O sculo
XIX273. O sculo XX273. Crenas273. Deus274. Os Anjos274. Os Livros
Sagrados274. Os Profetas274. O dia do Julgamento Final275. A
predestinao276. Os cinco pilares do Islo275. A profisso de F
(Chahada)276.
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O Sal (a orao)276. A contribuio de purificao (Zakat)276. O jejum
no Ms do Ramado (Saum)277. A peregrinao (Hajj)277. Jihad277. O
Alcoro278. Contedo temtico do Alcoro279. O Alcoro na vida dos
Muulmanos279. Autoridade religiosa280. Ramos do Islo280. Movimentos
recentes281. Misticismo281. Comemoraes282. Lugares sagrados282. Lei
Islmica (Xari)283. Adultrio e Lapidao283 O Islo no mundo
contemporneo286. Perspectiva Islmica de outras religies287.
Comparao entre Cristianismo e doutrina Islmica (viso catlica)287.
Cristianismo e Islamismo A coexistncia possvel291. A Igreja e o
Islo (viso catlica)293. As preposies do Islo294. A expanso do
Islamismo295. Resposta Crist (catlica) afirmao Islmica de que Maom
foi profetizado na Bblia297. Analisando os versculos297. Maom
Islamismo (viso Esprita)301. A doutrina Esprita303.
20 Iluminismo304.
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1 - Origem do Catolicismo
Cristianismo Origem: Wikipdia, a enciclopdia livre.
O Cristianismo uma religio monotesta baseada na vida e nos
ensinamentos de Jesus, tais como estes se encontram recolhidos nos
Evangelhos, parte integrante do Novo Testamento. Os Cristos
acreditam que Jesus o Messias e como tal referem-se a ele como
Jesus Cristo. Com cerca de 2.13 mil milhes de adeptos (a Terra tem
mais de 6 mil milhes de habitantes), o Cristianismo hoje a maior
religio mundial, adoptada por cerca de 33% da populao do mundo. a
religio predominante na Europa, Amrica, Oceania e em grande parte
de frica e partes da sia. O Cristianismo comeou no sculo I como uma
seita do judasmo, partilhando por isso textos sagrados com esta
religio, em concreto o Tanakh, que os Cristos denominam de Antigo
Testamento (AT). Os primeiros cinco livros do AT chamam-se
Peutateuco ou Tor. (Tanakh ou Tanach utilizado dentro do judasmo
para denominar seu conjunto principal de livros sagrados, sendo o
mais prximo do que se pode chamar de uma Bblia Judaica. O contedo
do Tanakh equivalente ao Antigo Testamento, porm com outra
diviso).
semelhana do Judasmo e do Islo, o Cristianismo considerado uma
religio abramica.
A primeira designao dos seguidores de Jesus era Os homens do
Caminho. Segundo o Novo Testamento, os seguidores de Jesus foram
chamados pela primeira vez "Cristos" em Antioquia (Actos
11:26).
Principais crenas
Embora existam diferenas entre os Cristos sobre a forma como
interpretam certos aspectos da sua religio, tambm possvel
apresentar um conjunto de crenas que so partilhadas pela maioria
deles.
Os ensinamentos de Jesus influenciaram o surgimento do
Cristianismo e de vrias outras religies.
Monotesmo
O Cristianismo herdou do judasmo a crena na existncia de um nico
Deus, criador do universo e que pode intervir sobre ele. Os seus
atributos mais importantes so por isso a omnipotncia, a omnipresena
e omniscincia.
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Outro dos atributos mais importantes de Deus, referido vrias
vezes ao longo do Novo Testamento, o amor: Deus ama todas as
pessoas e estas podem estabelecer uma relao pessoal com ele atravs
da orao. A maioria das denominaes Crists professa crer na Santssima
Trindade (criada em 325 no 1 Conclio em Niceia), isto , que Deus um
ser eterno que existe como trs pessoas eternas, distintas e
indivisveis: o Pai, o Filho e o Esprito Santo. A doutrina das
denominaes Crists difere do monotesmo judaico visto que no Judasmo
no existem trs pessoas na Divindade, h apenas um nico Deus, e o
Messias que vir, ser um homem, descendente do rei David.
A doutrina que cr na Santssima Trindade, isto , que Deus um ser
eterno que existe como trs pessoas eternas, distintas e
indivisveis: o Pai, o Filho, e o Esprito Santo, foi criada no
Conclio de Niceia no ano de 325 D.C. pelas Igreja Catlica Apostlica
Ortodoxa e Igreja Catlica Apostlica Romana (Ver:"Conclios
ecumnicos").
Existem ainda outras denominaes que crem em duas pessoas da
Divindade, o Pai que deve ser adorado e o Filho que no tem nenhum
direito na Divindade em adorao.
Jesus
Outro ponto crucial para os Cristos o da centralidade da figura
de Jesus Cristo. Os Cristos reconhecem a importncia dos
ensinamentos morais de Jesus, entre os quais salientam o amor a
Deus e o amor ao prximo, e consideram a sua vida como um exemplo a
seguir. O Cristianismo reconhece Jesus como o Filho de Deus que
veio Terra libertar os seres humanos do pecado atravs da sua morte
na cruz e da sua ressurreio, embora variem entre si quanto ao
significado desta salvao e como ela se dar. Para a maioria dos
Cristos, Jesus completamente divino e completamente humano. H no
entanto, uma recorrente discusso sobre a divindade de Jesus.
Aqueles que questionam a divindade de Cristo argumentam que ele
jamais teria afirmado isso expressamente. Os que defendem a
divindade de Cristo, por sua vez, valem-se de versculos que, atravs
da postura de Jesus e dentro do prprio contexto cultural judaico da
poca, deixariam clara sua condio divina.
A salvao
O Cristianismo acredita que a f em Jesus Cristo proporciona aos
seres humanos a salvao e a vida eterna, mas vale lembrar que
biblicamente, as obras no so capazes de dar a uma pessoa a Vida
Eterna, a nica maneira de alcanar a Salvao dando crdito obra da
cruz realizada pelo que os Cristos acreditam ser o filho de Deus, a
saber Jesus Cristo.
A vida depois da morte
A viso de determinadas religies Crists sobre a vida depois da
morte envolve, de uma maneira geral, a crena no cu e no inferno. A
Igreja Catlica considera que para alm destas duas realidades existe
o purgatrio, um local de purificao onde ficam as almas que morreram
em estado de graa, mas que cometeram pecados.
A Igreja
O Cristianismo acredita na Igreja (ekklesia), palavra de origem
grega que significa "assembleia", entendida como a comunidade de
todos os Cristos e como corpo mstico de Cristo presente na Terra e
sua continuidade. As principais igrejas ligadas ao Cristianismo so:
a Igreja Catlica, as Igrejas Protestantes e a Igreja Ortodoxa.
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Diferenas nas crenas
O Credo de Niceia
O Credo de Niceia, formulado nos conclios de Niceia e
Constantinopla, foi ratificado como credo universal da Cristandade
no Conclio de feso de 431. Os Cristos Ortodoxos orientais no
incluem no credo a clusula Filioque (Filioque significa "e do
Filho", para explicitar que o Esprito Santo procede do Pai e do
Filho), que foi acrescentada pela Igreja Catlica mais tarde.
As crenas principais declaradas no Credo de Niceia so:
Percentagem do Cristianismo por pas.
A crena na Trindade; Jesus simultaneamente divino e humano; A
salvao possvel atravs da pessoa, vida e obra de Jesus; Jesus Cristo
foi concebido de forma virginal, foi crucificado, ressuscitou,
ascendeu ao
cu e vir de novo Terra; A remisso dos pecados possvel atravs do
baptismo (br-batismo); Os mortos ressuscitaro.
Na altura em que foi formulado, o Credo de Niceia procurou lidar
directamente com crenas que seriam consideradas herticas, como o
Arianismo, que negava que o Pai e Filho eram da mesma substncia, ou
o Gnosticismo.
A maior parte das igrejas Protestantes partilham com a Igreja
Catlica a crena no Credo de Niceia.
Outros textos considerados sagrados
Alguns Cristos consideram que determinados escritos, para alm
dos que fazem parte da Bblia, foram divinamente inspirados. Os
membros da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos
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ltimos Dias atribuem a trs livros a qualidade de terem sido
inspirados por Deus; esses livros so o Livro de Mrmon, a Doutrina e
Convnios e a Prola de Grande Valor. Para os Adventistas do Stimo
Dia os escritos de Ellen G. White so uma manifestao proftica que,
contudo, no se encontra ao mesmo nvel que a Bblia.
Origem
Segundo a religio judaica, o Messias, um descendente do Rei
David, iria um dia aparecer e restaurar o Reino de Israel. Na
Palestina, por volta de 26 D.C., Jesus Cristo, nascido na cidade de
Belm na Galileia comeou a pregar uma nova doutrina e atrair
seguidores, sendo aclamado por alguns como o Messias. Jesus foi
rejeitado, tido por apstata pelas autoridades judaicas. Foi
condenado por blasfmia e executado pelos romanos como um lder
rebelde. Seus seguidores enfrentaram dura oposio poltico-religiosa,
tendo sido perseguidos e martirizados, pelos lderes religiosos
judeus, e, mais tarde, pelo Estado Romano.
Com a morte e ressurreio de Jesus, os apstolos, principais
testemunhas da sua vida, renem-se numa comunidade religiosa
composta essencialmente por judeus e centrada na cidade de
Jerusalm. Esta comunidade praticava a comunho dos bens, celebrava a
"partilha do po" em memria da ltima refeio tomada por Jesus e
administrava o baptismo aos novos convertidos. A partir de
Jerusalm, os apstolos partiram para pregar a nova mensagem,
anunciando a nova religio inclusive aos que eram rejeitados pelo
judasmo oficial. Assim, Filipe prega aos Samaritanos, o eunuco da
rainha da Etipia baptizado, bem como o centurio Cornlio. Em
Antioquia, os discpulos abordam pela primeira vez os pagos e passam
a ser conhecidos como Cristos.
Paulo de Tarso no se contava entre os apstolos originais, ele
era um judeu fariseu que perseguiu inicialmente os primeiros
Cristos. No entanto, ele tornou-se depois um Cristo e um dos seus
maiores, seno o maior missionrio depois de Jesus Cristo. Boa parte
do Novo Testamento foi escrito ou por ele (as epstolas) ou por seus
cooperadores (o evangelho de Lucas e os actos dos apstolos). Paulo
afirmou que a salvao dependia da f em Cristo. Entre 44 e 58 ele fez
trs grandes viagens missionrias que levaram a nova doutrina aos
gentios e judeus da sia Menor e de vrios pontos da Europa, entre
eles Roma.
Nas primeiras comunidades Crists a coabitao entre os Cristos
oriundos do paganismo e os oriundos do judasmo gerava por vezes
conflitos. Alguns dos ltimos permaneciam fiis s restries
alimentares e recusavam-se a sentar-se mesa com os primeiros. Na
Assembleia de Jerusalm, em 48, decide-se que os Cristos ex-pagos no
sero sujeitos circunciso, mas para se sentarem mesa com os Cristos
de origem judaica devem abster-se de comer carne com sangue ou
carne sacrificada aos dolos. Consagra-se assim a primeira ruptura
com o judasmo.
Peixe - Smbolo Cristo Primitivo, 2. Sculo D.C. - Hoje smbolo
principal das denominaes da Igreja Evanglica
Na poca, a viso de mundo monotesta do judasmo era atractiva para
alguns dos cidados do mundo romano, mas costumes como a circunciso,
as regras de alimentao incmodas, e
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a forte identificao dos judeus como um grupo tnico (e no apenas
religioso) funcionavam como barreiras dificultando a converso dos
homens. Atravs da influncia de Paulo, o Cristianismo simplificou os
costumes judaicos aos quais os gentios no se habituavam enquanto
manteve os motivos de atraco. Alguns autores defendem que essa
mudana pode ter sido um dos grandes motivos da rpida expanso do
Cristianismo.
Outros autores entendem a ruptura com os ritos judaicos mais
como uma consequncia da expanso do Cristianismo entre os no judeus
do que como sua causa. Estes invocam outros factores e
caractersticas como causa da expanso Crist, por exemplo: a natureza
da f Crist que prope que a mensagem de Deus destina-se a toda a
humanidade e no apenas ao seu povo escolhido; a fuga da perseguio
religiosa empreendida inicialmente por judeus conservadores, e
posteriormente pelo Estado Romano; o esprito missionrio dos
primeiros Cristos com sua determinao em divulgar o que Cristo havia
ensinado a tantas pessoas quantas conseguisse.
A narrativa da perseguio religiosa, da disperso dela decorrente,
da expanso do Cristianismo entre no judeus e da subsequente abolio
da obrigatoriedade dos ritos judaicos pode ser lida no livro de
Actos dos Apstolos. De resto, os Cristos adoptam as regras e os
princpios do Antigo Testamento, livro sagrado dos Judeus.
Em Junho do ano 66 inicia-se a revolta judaica. Em Setembro do
mesmo ano a comunidade Crist de Jerusalm decide separar-se dos
judeus insurrectos, seguindo a advertncia dada por Jesus de que
quando Jerusalm fosse cercada por exrcitos a desolao dela estaria
prxima, e exila-se em Pela, na Transjordnia, o que representa o
segundo momento de ruptura com o judasmo.
Aps a derrota dos judeus em 70, Cristos e outros grupos judeus
trilham caminhos cada vez mais separados. Para o Cristianismo o
perodo que se abre em 70 e que segue at aproximadamente 135
caracteriza-se pela definio da moral e f Crist, bem como de
organizao da hierarquia e da liturgia. No Oriente, estabelece-se o
episcopado monrquico: a comunidade chefiada por um bispo, rodeado
pelo seu presbitrio e assistido por diconos.
Gradualmente, o sucesso do Cristianismo junto das elites romanas
fez deste um rival da religio estabelecida. Embora desde 64, quando
Nero mandou supliciar os Cristos de Roma, se tivessem verificado
perseguies ao Cristianismo, estas eram irregulares. As perseguies
organizadas contra os Cristos surgem a partir do sculo II: em 112
Trajano fixa o procedimento contra os Cristos. Para alm de Trajano,
as principais perseguies foram ordenadas pelos imperadores Marco
Aurlio, Dcio, Valeriano e Diocleciano. Os Cristos eram acusados de
superstio e de dio ao gnero humano. Se fossem cidados romanos eram
decapitados; se no, podiam ser atirados s feras ou enviados para
trabalhar nas minas.
Durante a segunda metade do sculo II assiste-se tambm ao
desenvolvimento das primeiras heresias. Tatiano, um Cristo de
origem sria convertido em Roma, cria uma seita gnstica que reprova
o casamento e que celebrava a eucaristia com gua em vez de vinho.
Marcio rejeitava o Antigo Testamento, opondo o Deus vingador dos
judeus, ao Deus bondoso do Novo Testamento, apresentado por Cristo;
ele elaborou um Livro Sagrado feito a partir de passagens retiradas
do Evangelho de Lucas e das epstolas de Paulo. medida que o
Cristianismo criava razes mais fortes na parte ocidental do Imprio
Romano, o latim passa a ser usado como lngua sagrada (nas
comunidades do Oriente usava-se o grego).
A ascenso do imperador romano Constantino representou um ponto
de virada para o Cristianismo. Em 313 ele publica o dito de
Tolerncia (ou dito de Milo) atravs do qual o Cristianismo
reconhecido como uma religio do Imprio, e concede a liberdade
religiosa aos Cristos. A Igreja pode possuir bens e receber
donativos e legados. tambm reconhecida a jurisdio dos bispos.
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15
A questo da converso de Constantino ao Cristianismo um tema de
profundo debate entre os historiadores, mas em geral aceita-se que
a sua converso ocorreu gradualmente. Constantino estipula o
descanso dominical, probe a feitiaria e limita as manifestaes do
culto imperial. Ele tambm mandou construir em Roma uma baslica no
local onde, supostamente, o apstolo Pedro estava sepultado e,
influenciado pela sua me, a imperatriz Helena, ordena a construo em
Jerusalm da Baslica do Santo Sepulcro e da Igreja da Natividade em
Belm.
Constantino quis tambm intervir nas querelas teolgicas que na
altura marcavam o Cristianismo. Luta contra o Arianismo (h
estudiosos que afirmam que Constantino, mais tarde se converteu ao
Arianismo), uma doutrina que negava a divindade de Cristo,
oficialmente condenada no Conclio de Niceia (325), onde tambm se
definiu o Credo Cristo.
Mais tarde, nos anos de 391 e 392, o imperador Teodsio I combate
o paganismo, proibindo o seu culto e proclamando o Cristianismo
religio oficial do Imprio Romano.
O lado ocidental do Imprio cairia em 476, ano da deposio do
ltimo imperador romano pelo "brbaro" germnico visigodo Odoacro, mas
o Cristianismo permaneceria triunfante em grande parte da Europa,
at porque alguns brbaros j estavam convertidos ao Cristianismo
(embora Arianos) ou viriam a converter-se nas dcadas seguintes. O
Imprio Romano teve desta forma um papel instrumental na expanso do
Cristianismo. (Caso do Papa Joo I (523-526). O Papa Hormisdas
(antecessor do Papa Joo I) e o imperador Justino (Imperador Romano
do Oriente) tinham feito cessar o cisma entre Roma e
Constantinopla, que iniciara em 484, com o ento imperador Zeno
(Imperador Romano do Oriente), atravs do que parecia impossvel: um
acordo entre Catlicos e Arianos. Com esse esquema obtivera bons
resultados polticos, pois os godos eram Arianos. Porm, no final de
524, o imperador Justino publicou um decreto ordenando o
encerramento das igrejas arianas de Constantinopla e a excluso dos
Arianos de toda a funo civil e militar. Roma era ento governada
pelo imperador Teodorico, o grande, o rei dos brbaros Arianos que
tinha invadido a Itlia. Ele obrigou o Papa Joo I a viajar a
Constantinopla para solicitar ao imperador Justino a revogao
daquele decreto. Apesar de o imperador Justino ter-se ajoelhado
perante o primeiro Sumo Pontfice a pisar em Constantinopla, Joo I
no conseguiu demov-lo da perseguio aos Arianos. A solicitao foi
atendida apenas em parte; o imperador concordou em devolver as
igrejas confiscadas aos Arianos, mas manteve o impedimento dos
Arianos convertidos ao catolicismo, poderem retornar ao Arianismo.
Com o fracasso de sua misso, o Papa Joo I despertou a ira do
imperador Teodorico. Assim, quando colocou os ps em Roma foi detido
e aprisionado em Ravena, onde morreu no dia 18 de maio de 526. Foi
ento declarado mrtir da Igreja).
Do mesmo modo, o Cristianismo teve um papel proeminente na
manuteno da civilizao europeia. A Igreja, nica organizao que no se
desintegrou no processo de dissoluo da parte ocidental do imprio,
comeou lentamente a tomar o lugar das instituies romanas
ocidentais, chegando mesmo a negociar a segurana de Roma durante as
invases do sculo V. A Igreja tambm manteve o que restou de fora
intelectual, especialmente atravs da vida monstica.
Embora fosse unida linguisticamente, a parte ocidental do Imprio
Romano jamais obtivera a mesma coeso da parte oriental (grega).
Havia nele um grande nmero de culturas diferentes que haviam sido
assimiladas apenas de maneira incompleta pela cultura romana. Mas
enquanto os brbaros invadiam, muitos passaram a comungar da f
Crist. Por volta dos sculos IV a X, todo o territrio que antes
pertencera ao ocidente romano havia se convertido ao Cristianismo e
era liderado pelo Papa. Missionrios Cristos avanaram ainda mais ao
norte da Europa, chegando a terras jamais conquistadas por Roma,
obtendo a integrao definitiva dos povos germnicos e eslavos. NAZAR
No h certeza se Nazar existia no tempo de Jesus e portanto se esta
era a sua terra natal.
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16
Parece ter existido uma seita (no bom sentido) chamada Nazarenos
que tambm referida por Allan Kardec em "O Evangelho Segundo o
Espiritismo", o qual tambm faz referncia aos Nazarenos. Desde o
tempo de Eusbio de Cesaria at o sculo XX especula-se que a
etimologia de Nazar deriva de netser, um "ramo" ou "broto",
enquanto o Evangelho de Felipe (apcrifo) deriva o nome de nazara,
que significa "verdade". H ainda especulaes e indcios bblicos de
que nazareno, significando "da vila de Nazar", era confundido com
"nazireu", que significava um judeu "separado", que fez um voto de
silncio. Alguns historiadores colocaram em dvida a tradicional
associao da cidade com a vida de Jesus, sugerindo que o que era
originalmente um ttulo, Nazareno, acabou transformando-se por
tradio, no nome da sua cidade natal. Alfred Loisy, por exemplo, em
O Nascimento do Cristianismo afirma que Iesous Nazarene no
significava "de Nazar", mas sim que, seu ttulo era Nazareno. Alm
isso, existem indicaes bblicas de que Nazareno foi uma traduo
imprecisa de Nazarita, uma pessoa que havia feito um voto de
santidade e, assim, se separava das massas. Mateus 2:23 afirma
sobre Jesus, "E ele veio e morou numa cidade chamada Nazar: para
que se cumpra o que foi dito pelos profetas, Ele ser chamado de
Nazareno." Como no existem menes anteriores a 'Nazareth' nas
escrituras hebraicas, diversas Bblias de referncia sugerem que a
profecia citada neste versculo est se referindo ao versculo do
Livro dos Juzes que descreve Sanso como um Nazarita. Frank Zindler,
editor da American Atheist Press, afirma que Nazar no existia no
sculo I.
Seus argumentos incluem: Nenhum "historiador ou gegrafo da
Antiguidade menciona [Nazar] antes do incio do sculo IV". Nazar no
mencionada no Velho Testamento, no Talmude, nem nos Evangelhos
apcrifos ou na literatura rabnica. Nazar no foi includa na lista de
lugares colonizados pelas tribos de Zebulom ([Josu] 19:10-16), que
menciona doze cidades e seis aldeias. Nazar no consta entre as 45
cidades da Galileia mencionadas por Flvio Josefo (37-100 D.C.).
Nazar tambm no se encontra entre as 63 cidades da Galileia
mencionadas no Talmude. O ponto de vista de Zindler historicamente
plausvel se Nazar tiver vindo a existir na mesma poca em que os
Evangelhos do Novo Testamento estivessem sendo escritos e
redigidos. A maioria dos estudiosos situa esta actividade literria
entre as duas guerras judaicas (70-132 D.C.). James Strange, um
arquelogo americano, ressalta que Nazar no mencionada nas fontes
antigas judaicas antes do sculo III D.C.. Joan Taylor escreve: "
possvel concluir agora que existiu em Nazar, a partir da primeira
parte do sculo IV, uma igreja pequena e incomum que abrangia um
complexo de cavernas. A cidade foi judaica at o scuo VI. Talmude um
registro das discusses rabnicas que pertencem lei, tica, costumes e
histria do judasmo. um texto central para o judasmo rabnico,
perdendo em importncia apenas para a Bblia hebraica. O Talmude tem
dois componentes: a Mixn (200 D.C.), o primeiro compndio escrito da
Lei Oral judaica; e o Guemar (500 D.C.), uma discusso da Mixn e dos
escritos tanaticos que frequentemente abordam outros tpicos, e so
expostos amplamente no Tanakh. O Mishn foi redigido pelos mestres
chamados Tannaim ("tanatas"), termo que deriva da palavra hebraica
que significa
"ensinar" ou "transmitir uma tradio". Os tanatas viveram entre o
sculo I e o III D.C. A primeira codificao atribuda a Rabi Akiva (50
130), e uma segunda, a Rabi Meir (entre 130 e 160 D.C.), ambas as
verses tendo sido escritas no actual idioma aramaico, ainda em uso
no interior da Sria.
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Denominaes Crists
(ver as denominaes, pela cor do texto, por baixo do grfico).
Os mais importantes ramos do Cristianismo Pretendido
Cristianismo original independente (linha tracejada).
Restauracionismo do Cristianismo original (comeou no sc XVII).
Anabaptistas. Protestantismo. Anglicanismo. Igreja Catlica (Rito
latino). Igreja Catlica (Ritos orientais). Igreja Ortodoxa. Igreja
Ortodoxa Oriental. Nestorianismo (Inclui a Igreja Assria
Oriental).
Marcos (da esquerda para a direita). Conclio de feso ano 431
(Nestorianismo). Conclio de Calcednia ano 451 (Primeiros litgios de
Roma e Constantinopla Cristologia Ortodoxa, Monofisismo e
Patriarcado dos Assrios). Grande Cisma ano 1054 (Ortodoxos).
Reforma (Protestantismo sculo XVI).
No Cristianismo existem numerosas tradies e denominaes, que
reflectem diferenas doutrinais por vezes relacionadas com a cultura
e os diferentes contextos locais em que estas se desenvolveram.
Segundo a edio de 2001 da World Christian Encyclopedia existem 33
830 denominaes Crists. Desde a Reforma o Cristianismo dividido em
trs grandes ramos:
Catolicismo: composto pela Igreja Catlica Apostlica e que hoje
congrega o maior nmero de fiis;
Ortodoxia: originria da primeira grande cisma Crist constituda
por duas grandes igrejas Ortodoxas - a grega e a russa - que
apresentam algumas diferenas entre si, nomeadamente a lngua usada
na liturgia. H ainda um terceiro ramo, a igreja de rito Copta, que
surgiu no Norte de frica;
Protestantismo: originria da segunda grande cisma Crist (Reforma
Protestante) de Martinho Lutero, no sculo XVI, e engloba grande
nmero de movimentos e denominaes distintas. Actualmente a Igreja
Protestante (tambm chamada Igreja Evanglica) pode ser dividida em
trs vertentes:
o Denominaes Histricas: resultado directo da reforma
protestante. Destacam-se nesta vertente os luteranos, anglicanos,
presbiterianos, metodistas e baptistas.
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o Denominaes Pentecostais: originrias em movimento do incio do
sculo XX baseando na crena na presena do Esprito Santo na vida do
crente atravs de sinais, denominados por estes como dons do Esprito
Santo, tais como falar em lnguas estranhas (glossolalia), curas,
milagres, vises etc. Destacam-se nesta vertente a Assembleia de
Deus, O Brasil para Cristo, Congregao Crist, Igreja Crist Maranata
e a Igreja do Evangelho Quadrangular.
o Denominaes Neopentecostais: originrias na segunda metade do
sculo XX de avano das igrejas pentecostais, no configuram uma
categoria homognea possuindo muita variedade nesse meio. Algumas
possuem aceitao de msicas de vrios estilos, outras adquiriram o
formato G-12. Destacam-se nesta vertente a Igreja Universal do
Reino de Deus, Igreja Apostlica Renascer em Cristo, Igreja
Internacional da Graa de Deus, Comunidade Evanglica Sara Nossa
Terra, Igreja Evanglica Cristo Vive, Igreja Cristo Vive, Manancial
Vida, Igreja de Nova Vida, Comunidade Crist, Igreja Bola de Neve e
a Igreja Unida. o ramo que mais cresce no Brasil e no mundo.
Alm desses trs ramos maioritrios, ainda existem outros segmentos
minoritrios do Cristianismo. Em geral se enquadram em uma das
seguintes categorias:
Restauracionismo: so doutrinas surgidas aps a Reforma
Protestante cujas bases derrogam as de todas as outras tradies
Crists, basicamente tendo como ponto em comum apenas a crena em
Jesus Cristo. A maioria deles no se considera propriamente
"protestante" ou "evanglico" por possurem grandes divergncias
teolgicas. Nesta categoria esto enquadradas a Igreja de Jesus
Cristo dos Santos dos ltimos Dias, a Igreja Adventista do Stimo Dia
e as Testemunhas de Jeov, entre outras denominaes. Quanto s
Testemunhas de Jeov, embora afirmem ser Crists, tambm no se
consideram parte do protestantismo. Os testemunhas aceitam a Jesus
como criatura, de natureza divina, seu lder e resgatador,
rejeitando, no entanto a crena na Trindade e ensinando que Cristo o
filho do nico Deus, Jeov, no crendo que Jesus Deus.
A histria das Testemunhas de Jeov (ver tambm pg. 182).
Os seguidores da seita Testemunhas de Jeov no gostam muito de
falar de suas origens, isto porque elas esto cheias de contradies e
problemas de moralidade de seus fundadores.
As Testemunhas de Jeov foram fundados por um norte americano do
estado da Pensilvnia, chamado Charles T. Russell ( 1854-1916 ).
Russell frequentava igreja evanglica, mas depois de ser fortemente
influenciado pelos ensinos adventistas, acabou por conceber ideias
diferentes quanto segunda vinda de Cristo. Russell ento abandona de
vez os contactos adventistas e funda a Torre de Vigia de Sio.
Charles Russell teve srios problemas com a justia, ora sendo
acusado por sua esposa de maus tratos, ora por problemas com
pastores da poca, ou ento em escndalos financeiros. Chegou a ser
levado aos tribunais a fim de provar seus supostos conhecimentos da
lngua grega. A nica coisa que foi provada que ele no sabia
reconhecer nem mesmo o alfabeto grego.
Charles Russell teve por sucessor o juiz J. F. Rutherford, que
fundou a to conhecida Despertai, revista de estudos dos TJs. Pelas
suas atitudes, o juiz Rutherford parecia ser um recalcado cidado
contra o seu pas. Fora preso vrias vezes por ter se envolvido em
atitudes anti patriotas em plena 1 Grande Guerra. Com a morte do
juiz Rutherfod, assume a presidncia da organizao o Sr. Nathan
Knorr.
As TJs so talvez a seita que mais tm crescido nestes ltimos
tempos. Eles so agressivos na sua evangelizao e tm um bem elaborado
sistema de perguntas direccionadas que levam os menos desavisados a
respostas que apontam para os seus ensinamentos.
As Testemunhas de Jeov dizem basear na Bblia a sua recusa na
utilizao e consumo de sangue, humano ou animal. Entendem que esta
proibio foi dada humanidade em geral visto que foi transmitida por
Deus a um homem que a Bblia apresenta como ancestral de todos os
homens, No. Alm disso, reforando esta aplicao geral, a ordem teria
sido dada na ocasio em que No, tal como o primeiro homem Ado, iria
dar um novo incio sociedade humana. Esta mais antiga referncia
bblica ao uso de sangue diz o seguinte:
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Gnesis 9:3-5
"Tudo o que se move e vive vos servir de alimento; eu vos dou
tudo isto, como vos dei a erva verde. Somente no comereis carne com
a sua alma, com seu sangue (algumas tradues dizem que a
alma-esprito est no sangue). Eu pedirei conta de vosso sangue, por
causa de vossas almas, a todo animal; e ao homem que matar o seu
irmo, pedirei conta da alma do homem."
A Lei mencionava o que um caador devia fazer com um animal
morto:
Levtico 17:13, 14
"Ele deve derramar o seu sangue e cobri-lo de terra. No deveis
tomar o sangue de carne alguma, pois a vida de toda carne o seu
sangue. Qualquer pessoa que tomar dele ser cortada." (verso judaica
Tanakh).
Aps a morte de Jesus, os apstolos reuniram-se para decidir que
aspectos da antiga Lei de Israel deveriam ser adoptados pelos
Cristos. A sua deciso foi a seguinte:
Actos dos Apstolos 15:28, 29
"O Esprito Santo e ns prprios resolvemos no vos impor outras
obrigaes alm destas, que so indispensveis: abster-vos de carnes
imoladas a dolos, do sangue, de carnes sufocadas e da imoralidade.
Procederei bem, abstendo-vos destas coisas."
Cristianismo primitivo: so as Igrejas cujas bases so anteriores
ao estabelecimento do catolicismo e da ortodoxia. o caso das
igrejas no-calcedonianas e da Igreja Assria do Oriente
(Nestoriana).
Cristianismo esotrico: a parte mstica do Cristianismo, e
compreende as escolas Crists de mistrios e sincretismo religioso. A
este ramo pertence o Gnosticismo que uma crena com razes
antecedentes ao prprio Cristianismo e que tem caractersticas da
cincia egpcia e da filosofia grega. O Rosacrucianismo tambm se
enquadra nessa vertente sendo uma cincia oculta Crist que ressalta
as boas aces por meio da fraternidade.
Espiritismo: algumas vezes contestado como sendo uma vertente do
Cristianismo. Os simplesmente Espritas no acreditam que uma pessoa
ou ser, como Jesus Cristo, pode redimir "os pecados" de uma outra,
contudo para a maior parte dos adeptos do Espiritismo a obra de
Allan Kardec constitui uma nova forma de Cristianismo, ou ento um
resgate do Cristianismo primitivo, que no inclui os dogmas
adicionados pela Igreja Catlica em seus diversos Conclios.
Inclusive, um dos seus livros fundamentais denominado de O
Evangelho Segundo o Espiritismo. Esse livro apresenta uma
reinterpretao de aspectos da filosofia e moral Crist, crendo em
parte na Bblia Sagrada.
Anabaptistas Origem: Wikipdia, a enciclopdia livre.
Anabaptistas ("re-baptizadores", do grego "ana" e "baptizo") so
Cristos da chamada "ala radical" da Reforma
Protestante. So assim chamados porque os convertidos eram
baptizados em idade adulta, desconsiderando o at ento baptismo
obrigatrio da igreja romana. Assim, rebaptizavam todos os que j
tivessem sido baptizados em criana, crendo que o verdadeiro
baptismo s tem valor quando as pessoas se convertem conscientemente
a Cristo. Origem
Os primeiros Anabaptistas que surgiram na Historia do
Cristianismo foram assim denominados pelo Bispo de Roma Estvo I
Papa Estvo I que descobriu que cerca de 87 bispos haviam realizado
o 2 Conclio de Cartago, em 225 D.C., para legalizarem o rebaptismo
dos fiis vindos de outras Igrejas que adoptavam o "baptismo
regenerador". Esses bispos discordavam que as "guas baptismais"
eram as guas mencionadas no Evangelho de Joo Cap.3 e que a graa de
Deus independia do Baptismo. Nos snodos da Frgia, em 225 d.C.,
esses bispos excomungaram a Igreja Romana. O Papa Estvo I tomou
conhecimento e invalidou esses snodos e
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excomungou todos os bispos no 2 Conclio de Roma que
participaram, declarando que o rebaptismo (Anabaptismo no grego)
era uma heresia. A Reforma Protestante do sculo XVI reacendeu os
princpios bblicos da justificao pela f e do sacerdcio universal
foram novamente colocados em foco. Contudo, enquanto Lutero,
Calvino e Zunglio mantiveram o baptismo infantil e a vinculao da
igreja ao Estado, os anabaptistas liderados por Georg Blaurock,
Conrad
Grebel e Flix Manz ansiavam por uma reforma mais profunda. Os
anabaptistas fundaram ento sua primeira igreja no dia 21 de Janeiro
de 1525, prxima a Zurique, na Sua, de acordo com a doutrina e
conduta Crists pregadas no Novo Testamento e testemunharam
alegremente de sua nova vida em Cristo. Em "In nomine Dei", Jos
Saramago retrata um conhecido episdio na histria do movimento
anabaptista que teve lugar na cidade de Munster (no norte da
Alemanha), onde entre 1532 e 1535 foi estabelecida uma teocracia
nas linhas das orientaes desta denominao. Ver a Rebelio de Munster.
Anabaptistas Hoje
Depois de serem massacrados na Guerra dos Camponeses, os
Anabaptistas sobreviveram na sua forma pacifista, como a Igreja
Mennonita. Originalmente concentrados no vale do rio Reno, desde a
Sua at a Holanda, os anabaptistas conquistaram adeptos de cultura
germnica. Perseguidos pelo Estado e guerras, tiveram imigrao em
massa para a Rssia e Amrica do Norte. No final do sculo XIX e comeo
do XX surgiram colnias na Amrica do Sul (Paraguai, Argentina,
Brasil, Bolvia), onde mantm suas culturas e f. Muitos Anabaptistas
conservadores vivem em comunidades rurais isoladas e desconfiam do
uso de tecnologia. As principais denominaes hoje Anabaptistas so:
os Mennonitas; Amish, famosos pelo estilo de vida conservador;
Hutteritas, que defendem um comunitarismo, rejeitando propriedade
individual. Os Anabaptistas influenciaram ainda outras denominaes
religiosas, como os Quakers; Baptistas; Dunkers e outras denominaes
Protestantes que afirmam a necessidade de uma adeso voluntria
Igreja. Doutrina As doutrinas enfatizadas pelos anabaptistas so: A
Bblia, principalmente a tica do Novo Testamento, devem ser
obedecidas como a vontade de Deus, embora no sistematizando sua
teologia, mas aplicando-as no dia-a-dia. A interpretao da Bblia
realizada nos cultos e reunies da igreja. Essa posio de evitar
querelas teolgicas evitou divises de carcter doutrinrios nas
denominaes anabaptistas. Credos e confisses so somente documentos
para demonstrar aquilo que se cr em comum, assim no requerem a
adeso formal a eles. Aceitam, portanto, em essncia os Credos
histricos do Cristianismo, mas no o professam. A Igreja uma
comunidade voluntria formada de pessoas renascidas. A Igreja no
subordinada a nenhuma autoridade humana, seja ela o Estado, ou
hierarquia religiosa. Assim evitam participar das actividades
governamentais, jurar lealdade nao e participar em guerras. A
Igreja no uma instituio espiritual e invisvel, mas uma
colectividade humana e real, marcada pela separao do mundo e do
pecado e uma posio afirmativa em seguir os mandamentos de Cristo. A
Igreja celebra o Baptismo adulto por infuso como smbolo de
reconhecimento e obedincia a Cristo, e a Santa Ceia em memria da
misso de Jesus Cristo. A Igreja tem autoridade de disciplinar seus
membros e at mesmo sua expulso, a fim de manter a pureza do
indivduo e da igreja. Como pode ser notado, a teologia anabaptista
massivamente eclesiolgica (Eclesiologia (do grego ekklesia) o ramo
da teologia Crist que trata da doutrina da Igreja: seu papel na
salvao, sua origem, sua disciplina, sua forma de se relacionar com
o mundo, seu papel social, as mudanas ocorridas, as crises
enfrentadas, suas doutrinas, a relao com outras denominaes e sua
forma de governo), baseada na vida comunitria e Igreja. Quanto
salvao, o Anabaptismo cr no livre-arbtrio, o ser humano tem a
capacidade de se arrepender de seus pecados e Deus regenera e
ajuda-o a andar em uma vida de regenerao. O que nico na Teologia
Anabaptista, principalmente depois de Menno Simons, a viso sobre a
natureza de Cristo, possui uma doutrina semi-nestoriana, crendo que
Jesus Cristo foi concebido miraculosamente pelo Esprito Santo no
ventre de Maria, mas no herdou nenhuma parte fsica dela. Maria,
seria portanto um instrumento usado por Deus, para cumprir o Seu
plano, mas no Theotkos (Me de Deus). A essncia do Cristianismo
consiste em uma adeso prtica aos ensinamentos de Cristo. A tica do
amor rege todas as relaes humanas. Pacifismo: Cristianismo e
violncia so incompatveis.
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Concepes religiosas e filosficas do Cristianismo
O Cristianismo prega o amor a Deus e ao prximo como o seu
fundamento espiritual. De facto estas atitudes no constituem dois
mandamentos separados (1 a Deus e 2 ao prximo), mas sim um s em que
nenhuma das partes pode ser excluda. A salvao espiritual oferecida
gratuitamente a quem deseja aceit-la buscando a Deus na figura de
seu filho Jesus e que a busca de Deus uma experincia transformadora
da natureza humana.
Podemos considerar trs perodos que definem a concepo e filosofia
do Cristianismo:
1. Cristianismo primitivo: caracterizado por uma heterogeneidade
de concepes; 2. Patrstica: ocorrida no perodo entre os sculos II e
VIII, com a transformao da nova
religio em uma Igreja oficial do Imprio Romano fundada por
Constantino e a formao de um clero institucionalizado, e cujo
doutrinrio expoente foi Santo Agostinho;
3. Escolstica: a partir do sculo VIII e cujo expoente foi So
Toms de Aquino, que afirmou que f e razo podem ser conciliadas,
sendo a razo um meio de entender a f.
A partir do protestantismo, necessrio fazer uma diferenciao
entre a histria e concepo da Igreja Catlica e das diversas
denominaes evanglicas que se formaram.
Formas de culto
As formas de culto do Cristianismo envolvem a orao, a leitura de
passagens da Bblia, o canto de hinos, a cerimnia da eucaristia
(Catlicos e Ortodoxos) e a audio de um sermo dito pelo sacerdote ou
ministro. A maioria das denominaes Crists considera o Domingo como
dia dedicado ao culto (h minorias que consideram o Sbado). um dia
dedicado ao descanso, no qual os Cristos renem-se para o culto,
embora a devoo e orao individual em qualquer outro dia da semana
sejam tambm valorizadas no Cristianismo.
Os Catlicos e os Ortodoxos interpretam as formas de culto (ou
missa, para o catolicismo) Crists em termos de sete sacramentos,
considerados como graas divinas:
Baptismo Eucaristia Matrimnio Confirmao ou crisma Penitncia
Extrema uno ou Uno dos enfermos Ordem
Os Protestantes no tm os sacramentos pelo catolicismo, mas eles
utilizam de passagens bblicas para os cultos, como:
Baptismo (para a maioria das denominaes, apenas em adultos);
Santa Ceia (no aceitando a eucaristia, voltando ao padro bblico
"PO" E "VINHO",
ambos aceitos apenas como smbolos). Etc.
Smbolos
O smbolo mais reconhecido do Cristianismo sem dvida a cruz, que
pode apresentar uma grande variedade de formas de acordo com a
denominao: crucifixo para os Catlicos, a cruz de oito braos para os
Ortodoxos e uma simples cruz para os Protestantes evanglicos.
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Outro smbolo Cristo, que remonta aos comeos da religio. o
Ichthys ou peixe estilizado (a palavra Ichthys significa peixe em
grego, sendo tambm um acrnimo de Iesus Christus Theou Yicus Soter,
"Jesus Cristo filho de Deus Salvador"), hoje sempre visto no
protestantismo. Outros smbolos do Cristianismo primitivo, por vezes
ainda utilizados, eram o Alfa e o mega (primeira e ltima letras do
alfabeto grego, em referncia ao facto de Cristo ser o princpio e o
fim de todas as coisas), a ncora (representando a salvao da alma
chegada ao bom porto) e o "Bom Pastor", a representao de Cristo
como um pastor com as suas ovelhas.
Calendrio litrgico e festividades
Os Cristos atribuem a determinado dias do calendrio uma
importncia religiosa. Estes dias esto ligados vida de Jesus Cristo
ou histria dos primrdios do movimento Cristo.
O calendrio litrgico Cristo inclui as seguintes festas:
Advento: perodo constitudo pelas quatro semanas antes do Natal,
entendidas como poca de preparao para a celebrao do nascimento de
Jesus Cristo;
Natal: celebrao do nascimento de Jesus; Epifania: para os
Catlicos, celebra a adorao de Jesus Cristo pelos Reis Magos,
enquanto que para os Cristos Ortodoxos o seu baptismo. Acontece
doze dias aps o Natal;
Sexta-feira Santa: morte de Jesus; Domingo de Pscoa: ressurreio
de Jesus;
Visita Pascal (Origem) - Santo Atansio (sc. IV) recomendava o
uso dos salmos 29 e 126 para a bno duma casa nova. Na Idade Mdia
abundavam as bnos para afastar o mal e atrair o bem. Na Alemanha
estabeleceu-se este costume pela Epifania. A festa da Pscoa imps-se
ao Cristianismo no sculo XII. No ocidente europeu, de influncia
litrgica romana, imps-se a bno das casas pela Pscoa, no contexto da
Pscoa original no Egipto quando os Hebreus se libertaram do jugo do
Fara - o Anjo Exterminador poupou as casas dos Hebreus marcadas com
o sangue do cordeiro (x. 12,13-14). A bno das casas pela Pscoa foi
consagrada por Paulo V, em 1614, estendido a toda a Igreja. A sua
execuo revestia caractersticas especiais conforme a diversidade dos
lugares. E foi isso que aconteceu em Portugal sobretudo no Entre
Douro e Minho. Da nasceu a tpica Visita Pascal do proco, o clebre
Compasso minhoto. Assim, pela Pscoa, o padre ia a casa dos seus
fiis, benzer a casa e levantar o folar. Tambm h documentos em
Coimbra, de 1436, que se referem a tal prtica).
Ascenso: ascenso de Jesus ao cu. Acontece quarenta dias aps o
Domingo de Pscoa;
Pentecostes: celebrao do aparecimento do Esprito Santo aos
Cristos. Ocorre cinquenta dias aps o Domingo de Pscoa.
Alguns dias tm uma data fixa no calendrio (como o Natal,
celebrado a 25 de Dezembro), enquanto que outros se movem ao longo
de vrias datas. O perodo mais importante do calendrio litrgico a
Pscoa, que uma festa mvel. Nem todas denominaes Crists concordam em
relao a que datas atribuir importncia. Por exemplo, o Dia de
Todos-os-Santos celebrado pela Igreja Catlica e pela Igreja
Anglicana a 1 de Novembro, enquanto que para a Igreja Ortodoxa a
data celebrada no primeiro Domingo depois do Pentecostes; outras
denominaes Crists no celebram sequer este dia. De igual forma,
alguns grupos Cristos recusam celebrar o Natal uma vez que
consideram ter origens pags.
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O Cristianismo no mundo de hoje
O Cristianismo actualmente a religio com maior nmero de adeptos,
seguida do Islo. Presente em todos os continentes, apresenta
tendncias de desenvolvimento diferente em cada um deles.
No incio do sculo XX, a maioria dos Cristos estava concentrada
na Europa; por volta da dcada de setenta do sculo XX, tinha
diminudo consideravelmente o nmero de Cristos na Europa, sendo
actualmente a Amrica Latina e frica os dois centros mundiais do
Cristianismo.
O Cristianismo chegou ao continente americano com as conquistas
espanholas e portuguesas do sculo XVI. Os primeiros missionrios
Catlicos na Amrica, preocupados com a converso das populaes, no se
importaram com as culturas locais indgenas, que foram devastadas.
No sculo XIX a independncia dos pases latino-americanos em relao a
Espanha e Portugal, foi acompanhada de uma reduo gradual da
influncia da Igreja Catlica. Contudo, durante o sculo XX o
catolicismo desempenhou um papel poltico na Amrica Latina,
detectvel em movimentos como a Teologia da Libertao. Actualmente, o
catolicismo perde terreno na Amrica Latina a favor de movimentos
Protestantes de carcter pentecostalista.
Na frica o Cristianismo tem razes mais antigas. Antes do
surgimento do Islo no sculo VII, o norte de frica estava
religiosamente integrado na esfera Crist. O Islo e o Cristianismo
tiveram dificuldades em penetrar completamente na frica Negra. Foi,
sobretudo no sculo XIX, com o estabelecimento de misses
Protestantes (anglicanas e metodistas) em frica, que o Cristianismo
penetrou no continente. Na segunda metade do sculo XX seria a vez
do catolicismo. Hoje em dia, o catolicismo a denominao com maior
nmero de adeptos na maioria dos pases africanos, com uma populao de
mais de 150 milhes de pessoas. No continente africano tambm
surgiram igrejas Crists independentes das tradies europeias, que
misturam elementos do Cristianismo com elementos da cultura local,
como o culto dos antepassados, a feitiaria e a poligamia.
Os desvios do Catolicismo Ao Lermos o livro dos Actos,
verificamos que os discpulos cumprindo determinaes do Senhor Jesus
Cristo ( Actos 01.18), de no se ausentarem de Jerusalm at que do
alto fossem revestidos de poder, tiveram a magna experincia da
descida do Esprito Santo, capacitando-os com o poder do alto (Actos
02. 01-13). A partir daquele momento, estava organizada a Igreja
Crist Primitiva, porque fizeram parte da mesma os apstolos e todo o
Cristianismo hoje existente. Essa Igreja originalmente pura, em
termos doutrinrios, mereceu elogios de Paulo (Romanos 01.08);
todavia, como as demais, experimentou problemas doutrinrios de
vrias ordens, basta-nos mencionar os grupos herticos que j
permeavam as Igrejas daquela poca, que so OS GNSTICOS, OS
NICOLATAS, OS JUDAISANTES, sem falar nos diversos grupos pagos que
"convertidos" exerceram forte influncia sobre a Igreja e assim, aos
poucos, a Igreja de Roma assimilou crenas alheias Igreja Primitiva
fundada por Jesus, admitindo no seu seio membros que no confessavam
a converso. A Igreja Catlica que entretanto foi surgindo (um dos
vrios ramos - Igrejas - em que os Cristos se foram dividindo),
comeou a ensinar a salvao atravs do baptismo, do baptismo infantil,
etc..., chegando at mesmo a aceitar o pago Imperador Constantino
como seu chefe supremo, no ano de 313 D.C. e assim agora associada
ao Estado, cheia do Poder Temporal, estabeleceu uma forte aliana,
tendo como cabea o Papa. Muitos estudiosos afirmam que a Igreja
Catlica pouco tem a ver com a Igreja Crist Primitiva. A hierarquia
romana passou a ser exercida atravs do bispo Anacreto, entre
154-165 D.C. A
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24
partir da, possuidora do poder poltico-temporal, comeou a
subjugar as demais Igrejas que a ela se submetiam. Porm, existiam
Igrejas que no permitiam esse domnio, ou seja, no se curvaram
diante da toda "Poderosa Igreja Romana", por isso veio uma tremenda
perseguio. DATAS IMPORTANTES PARA A IGREJA CATLICA. Deve-se
considerar que, ainda hoje, alguns acontecimentos histricos do
Cristianismo so debatidos quanto preciso de suas datas, ou seja, os
subsdios cronolgicos aqui expostos esto amparados por uma tolerncia
relevante para obteno de dados fidedignos. 180 D.C. - A Igreja
dispensou, como qualificao, para o baptismo, a converso. 313 -
Constantino (312-337), assina em Milo, o edito de tolerncia,
terminando a perseguio oficial do cristianismo, no Imprio Romano,
ainda como prncipe regente. 323 - Constantino assume o poder e
torna - se o primeiro imperador romano cristo. 325 - Conclio de
Niceia; a Santssima Trindade oficializada por presso de
Constantino. 370 - Foi quando Baslio de Cesareia e Gregrio de
Nazianzo introduziram o culto aos santos. 380 - O Cristianismo
torna-se oficialmente a religio do imprio. 395 - Teodsio fez a
separao oficial do imprio romano entre o imprio ocidental (Latino)
e imprio Grego (oriental), sendo Roma capital do ocidente e
Constantinopla capital do oriente. 400 - introduzida na Igreja , a
orao pelos mortos e o sinal da cruz. 401 - Ano em que Maria foi
proclamada a ME DE DEUS. 405 - As imagens dos santos Mtires so
introduzidas e reverenciadas nos templos. Traduo da bblia em latim
por Gernimo. 440 - O bispo Leo I considerado pelos historiadores
como sendo o primeiro Papa. 451 - Conclio de Calcednia, Roma assume
o primeiro lugar como sede do cristianismo e Constantinopla o
segundo lugar incio da ascenso do poder papal. 476 - Queda do
imprio romano ocidental, sobre a liderana do Visigodo Oduacro Rei
dos Herulos. 519 - Papa Felix III (ocidental) excomunga o Patriarca
Accio (oriental). 593 - Papa Gregrio I (Magno ou Grande) teoriza a
existncia do Purgatrio. 600 - O Papa Gregrio I institui a Missa e o
Latim como lngua oficial nas Missas. 604- O Papa Gregrio I destaca
a doutrina do purgatrio e da missa. 609 - Comea o papado com poder
central. 632 - Morte de Maom e a expanso do Maometismo, na poca do
Papa Onrio. Maom achava que os Judeus e os Cristos se tinham
afastado dos ensinamentos de Deus, contidos no Antido Testamento e
nos Evangelhos. 758 - Entra no oriente com dogma a confisso de
pecados, conhecida como confisso Auricular. 789 - Neste ano o
conclio de Niceia II introduziu as imagens de escultura e relquias
religiosas. 819 - Ano da ascenso de Maria, isto , Maria teria
subido ao cu em forma corprea. 880 - Ano da introduo da canonizao.
998 - Por decreto papal estabelecido o dia de finados. 1000 -
estabelecido o canon da Missa. 1074 - Ano que o Papa GregrioVII
probe: casamento dos padres e o divrcio entre os casais. 1090 - Ano
que Pedro o Eremita encaixa o rosrio. 1095 - O Papa estabelece as
indulgncias, isto , paga-se para ser perdoado. 1100 - O Papa
decreta a missa paga. 1100 - O culto aos anjos. 1115 - A confisso
auricular passa a ser artigo de f. 1125 - Surge a ideia da
Imaculada Conceio de Maria pelo cnegos de Lion. 1186 - Neste ano
surgiu a maior aberrao de toda Histria, a mal falada " Santa
Inquisio", promovida pelo conclio de Verona na Itlia. 1200 - Uso
obrigatrio do rosrio, por So Domingos, chefe supremo da j
denominada Santa Inquisio. 1215- Quarto conclio de Latro,
estabelecimento do dogma da transubstanciao (a hstia e o vinho
transformam-se no corpo e sangue de Cristo).
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1220 - Surge a adorao hstia. 1229 - Realiza-se o conclio de
Toloza e probem a leitura da Bblia. 1264 - Foi implantado o Sagrado
Corao de Jesus. 1303 - A Igreja Catlica declara que somente nela h
salvao. 1317 - O Papa Joo XXII ordena a orao da Av Maria. 1414 -
Ano em que ficou definido que a hstia seria para o povo e a partir
da o vinho ficou restrito aos sacerdotes. 1439 - Ano que por
decreto do Papa o dogma do purgatrio (criado em 593 pelo Papa
Gregrio I) passa a ser artigo de f. 1546 - O Papa mais uma vez
deixa a sua Igreja mais distante de Deus, conferindo tradio a mesma
autoridade da Bblia. 1547 - O conclio de Trento transforma em lei
os setes sacramentos. 1562 - A missa declarada propiciadora, ou
seja, com o poder de perdoar. 1562 - O culto aos santos. 1563 -
Volta a se reunir o conclio de Trento e confirma a doutrina do
purgatrio. 1573 - A Bblia sofre outro ataque: so-lhe acrescentados
os livros Deuterocannicos ou apcrifos, os quais so Tobias, Judite,
Macabeu I, Macabeu II, Sabedoria, Eclesistico e Baruk. 1854 -
Define-se o dogma da Imaculada Conceio de Maria. 1864 - Em conclio
realizado no Vaticano faz-se a declarao da autoridade papal sobre
toda Igreja. 1870 - O Papa torna-se infalvel. 1950 - A Igreja
transforma em artigo de f a assuno de Maria.
Calendrio Juliano e Gregoriano 1 - O CALENDRIO JULIANO foi
introduzido por Jlio Csar, o qual recorreu a Sosgenes, astrnomo
grego de Alexandria, no ano 46 A.C. para apresentar a reforma do
calendrio romano. Sosgenes baseou-se nos trabalhos de outro sbio,
Eratstenes, tendo concludo que o ano terrestre tinha 365 dias e 6
horas, pelo que era necessrio acrescentar 1 dia de quatro em quatro
anos, o que levou aos anos bissextos de 4 em 4 anos. A reforma
apresentada por Sosgenes entrou em vigor no dia 1 de Janeiro de 45
A.C. e tal calendrio passa a chamar-se de Juliano. A aplicao do
calendrio Juliano no foi imediata e no caso Portugus (mais
propriamente, da chamada pennsula hispnica ou ibrica) a adeso s foi
feita no ano 38 A.C. 2 - Convm salientar que o ano de 365,25 dias
do calendrio juliano cerca de 11 m 14 s mais longo do que o ano
trpico. A acumulao desta diferena ao longo dos anos representa um
dia em 128 anos e cerca de trs dias em 400 anos. Sem entrar em
detalhes relativamente ao ano trpico, convm dizer que este que
regula o retorno das estaes e que intervm nos calendrios solares. 3
- Por aquela poca, tiveram lugar na Terra Santa os mistrios da
Vida, Paixo, Morte e Ressurreio de Jesus Cristo, o advento do
Cristianismo e a difuso desta doutrina. Tal ocorrncia acabaria por
ter bastante influncia na evoluo do calendrio juliano: a fixao das
regras para a determinao da data da Pscoa e a adopo oficial da
semana no calendrio romano. Os Cristos da sia Menor celebravam a
Pscoa Crist no dia 14 da primeira Lua que comeasse em Maro,
qualquer que fosse o dia da semana em que ocorresse essa data. Pelo
contrrio, os Cristos do Ocidente celebravam-na no domingo seguinte
a esse dia. Esta discrepncia entre os Cristos do Oriente e do
Ocidente na comemorao de to importante acontecimento, deu origem a
srias polmicas entre os altos dignitrios das duas Igrejas. 4 -
Desta questo se encarregou o Papa Joo I (outros afirmam o seu
antecessor, o Papa Hormisdas em 520) provavelmente em 525, na poca
de Justiniano, que pediu ao monge
-
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DIONSIO, o Pequeno ou o Exguo, para que preparasse uma
cronologia Crist da histria humana baseada na data da natividade de
Cristo. Ou seja, era preciso determinar qual era o ano do
nascimento de Cristo, segundo a data da fundao de Roma ab urbe
condita de Marcos Terncio Varro. E a partir daqui passa a ter
importncia a data do ano do nascimento de Cristo. Dionsio, O Exguo,
situou, ento, o nascimento de Jesus a 25 de Dezembro do ano 753 da
fundao de Roma. Desta forma, o ano 753 da fundao de Roma,
tornou-se, no ano 1 antes de Cristo e o dia 1 de Janeiro do ano de
754 da fundao de Roma tornou-se no primeiro dia do ano 1 depois de
Cristo, iniciando-se a partir daqui a era Crist. Convencionou-se,
desta forma, os anos antes de Cristo e os anos depois de Cristo. 5
- A ideia que se devia comear a contar os anos a partir da proposta
de Dionsio revolucionou todo o calendrio, mas o seu uso no foi
imediato. S se imps de maneira gradual em Frana e na Inglaterra no
Sculo VIII; na Germnia no Sculo IX. Em Roma, nos actos pblicos
aparece pela primeira vez em 968 no tempo do Papa Joo XIII e em
Espanha at ao Sculo XIV. 6 - Em PORTUGAL s no dia 22 de Agosto de
1460 (era de Csar) que o Rei D. Joo I, o de Boa Memria, passou a
utilizar a Era de Cristo, por carta rgia emitida de bidos manda
el-rei a todos os tabelies e escrives do seu reino e senhorio que
daqui em diante em todos os contratos e escrituras que fizerem
ponham Ano do Nascimento de Nosso Senhor Jesus Cristo, assim como
antes punham Era de Csar. E isto lhes manda que faam sob pena de
privao de ofcios. Assim, o corrente ano o de 1460 pela Era de Csar
e o de 1422 pela Era de Cristo. Ora tal adopo levou, em termos
histricos, redatao ou reformulao das datas subtraindo 38 anos. Ou
seja, um documento emitido com uma data anterior a 22 de Agosto de
1460 da era de Csar, deveria e deve ser redatado para a Era de
Cristo, com menos 38 anos. 7 - o caso das actas das vereaes de Loul
editadas pela Cmara Municipal de Loul e referentes ao Sculo XIV,
que foram coligidas e redatadas pelo historiador Humberto Baquero
Moreno. 8 - Atrs, no ponto 2, referiu-se que o calendrio juliano
cerca de 11 m 14 s mais longo do que o ano trpico. Desta forma, a
introduo de mais um dia de 4 em 4 anos, nos anos bissextos, no
resolveu a questo, uma vez que continuam a haver divergncias entre
o tempo real e o tempo do calendrio, causando vrias preocupaes
Igreja durante toda a Idade Mdia, visto que tal atraso poderia dar
origem a novas discrepncias sobre a data da Pscoa. O problema foi
tratado em vrios Conclios e inclusivamente no Conclio de Trento
(1545-1563) chegou a ser discutido um projecto de reforma o qual no
pode ser concretizado apesar dos esforos do Papa Pio IV. 9 - Mas o
sucessor do Papa Pio IV, o Papa Gregrio XIII no deixou adormecer a
ideia e em 1576 criou e encarregou uma Comisso de Sbios com a
tarefa de apresentar uma reforma que resolvesse definitivamente
aquele problema. 10 - Naquela Comisso teve papel preponderante o
clebre padre jesuta alemo e eminente matemtico Cristvo Clavius, que
estudara matemtica em Coimbra com Pedro Nunes. Aquela Comisso de
sbios liderada por Clvius verificou que o atraso do calendrio com o
tempo real era de 10 dias, pelo que tinham que ser suprimidos 10
dias ao calendrio. O novo calendrio entrou em vigor no dia 1 de
Janeiro de 1582, sendo que, definitivamente, foi proclamado que o
ano comeava a 1 de Janeiro. A Comisso props que nesse ano, para se
determinar correctamente a data da Pscoa, o Equincio da Primavera
ocorresse a 11 de Maro em vez do dia 21. Os 10 dias em causa foram
sacrificados no ms de Outubro. Assim, ao dia 4 de Outubro, 5 Feira,
seguiu-se o dia 15, 6 Feira.
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11 - Desta forma, com a supresso dos 10 dias, o Equincio da
Primavera regressou a 21 de Maro, nos anos seguintes. Para evitar
no futuro a repetio da diferena, foi estabelecido que os anos
seculares de terminao em duplo zero (1600, 1700, 1800, 1900, 2000,
etc.), s seriam bissextos se fossem divisveis por 400. Foi o que
aconteceu nos anos de 1600 e 2000. 12 - Resta dizer que Portugal,
Espanha e Itlia foram os nicos pases que aceitaram de imediato a
reforma do calendrio.
Qual foi o erro da Era Crist?
Nossa era erra quando por volta do ano 520 o Papa Hormisdas
(antecessor do Papa Joo I que outros afirmam ter sido Joo I que
tomou esta iniciativa em 525) decidiu estabelecer, como primeiro
ano da Era Crist, o ano do nascimento de Jesus. Ele encarregou
Dionsio o Exguo, assim chamado por ser de pequena estatura, de
faz-lo. E o pequeno Dionsio calculou mal. Ele deduziu que Jesus
nascera no ano 753 da fundao de Roma, quando na verdade isto se deu
em 748. Pelo actual calendrio o Rei Herodes aquele que os Reis
Magos visitaram e que desejava matar Jesus teria morrido quatro
anos antes de Jesus nascer! H muitos estudos histricos e
astronmicos sobre isso. Em resumo: se quiser saber h quantos anos
Jesus nasceu, agregue cinco anos aos dois mil e tantos de seu
calendrio.
A Igreja no sabe se o Natal no dia 25 de Dezembro?
No, ela no sabe. Nem se no dia 24. O Evangelho de Lucas informa:
o nascimento de Jesus ocorreu em Belm de Jud, terra do Rei David
(Lc 2,4-7). Diz onde, mas no diz quando. Muito cedo, os Cristos
buscaram um dia para festejar o nascimento de Jesus. Era um
aniversrio que merecia uma festa. Cada comunidade eclesial o
festejava numa data, segundo suas tradies. Na tentativa de unificar
a celebrao do Natal, no incio do sculo IV, a Igreja Catlica j havia
fixado o dia 25 de Dezembro para festejar o nascimento de Jesus. A
Igreja Catlica no afirma, nem nunca afirmou, que Jesus nasceu nesse
dia. Ela apenas fixou um dia para que os Cristos, na unidade,
celebrassem o nascimento de Jesus. A data pegou. Documentos indicam
essa data j sendo festejada em Roma no ano 336.
Os antigos ignoravam que existisse uma parte da Terra onde
houvesse o Vero enquanto os europeus e asiticos viviam o Inverno.
Julgavam que o Solstcio de Inverno marcava a poca da mais longa
noite para a Terra inteira. Em seus mitos solares, faziam nascer o
deus Sol no Solstcio de Inverno, no momento em que os dias comeavam
a crescer. A sua juventude era no Equincio da Primavera. No
Solstcio de Vero raiava em todo o esplendor da sua fora, e depois
do Equincio de Outono, na regresso da sua idade, envolvia-se num
escuro invasor. Entre os povos do Oriente, o Sol nascente era
representado por um menino no colo de uma Virgem celeste, sua me.
Os egpcios, em especial, celebravam todos os anos, no Solstcio de
Inverno, o nascimento do pequeno Horus, filho da virgem Isis, e sua
imagem era exposta, num prespio adorao do povo. A grande imperfeio
do velho calendrio romano, chamado de Numa, apesar das intercalaes
peridicas, feitas pelos padres, de um ms completo de tamanho
varivel, no tempo de Jlio Csar o ano estava atraso mais de 60 dias
da poca em que devia ter incio. O ditador chamou o astrnomo
alexandrino Sosgenes para refazer a diferena. Para este a durao do
giro da Terra em volta do Sol era de 365 dias e 6 horas, dando ento
origem ao ano de 365 dias com a reserva de 6 horas excedentes para
formar um tricentsimo sexagsimo sexto dia a juntar cada 4 anos.
Propunha ainda o comeo do ano no Solstcio de
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Inverno. Mas Csar, para no chocar os demais habitantes romanos,
preferiu que o 1 de Janeiro do ano da reforma Juliana fosse
colocado no no Solstcio mesmo mas no dia da Lua nova imediata. Ora,
nesse ano, a Lua recaa 8 dias depois do Solstcio de Inverno. Isso
deu resultado a que, no calendrio Juliano, o Solstcio
correspondesse no ao 1 de Janeiro, mas a 25 de Dezembro. O dia 25
de Dezembro tornou-se, ento, no novo calendrio imposto ao imprio
romano, como data oficial da festa que celebrava por toda a parte o
nascimento do Sol, de Horus egpcio, do Mirtha persa, do Phebo grego
e romano, etc. A Igreja ao sentar-se no trono imperial com
Constantino, cerca de um sculo aps a poca de Jlio Csar, aproveitou
a festa do Solstcio de Inverno, do menino Horus nos braos da Virgem
Isis para transform-lo em festa do Natal, que se comemora at aos
nossos dias das formas mais extravagantes, possveis e imaginveis.
"
Natal em 25 de Dezembro
Como mencionado, nem sempre o dia 25 de Dezembro foi dia de
Natal. A origem da celebrao deste dia muito antiga mas a filiao
mais directa provm, como tantas outras coisas, dos Romanos. Estes
celebraram durante muito tempo uma festa dedicada ao deus Saturno
que durava cerca de quatro dias ou mais. Nesse perodo ningum
trabalhava, ofereciam-se presentes, visitavam-se os amigos e,
inclusivamente, os escravos recebiam permisso temporria para fazer
tudo o que lhes agradasse, sendo servidos pelos amos. Era tambm
coroado um rei que fazia o papel de Saturno. Esta festa era chamada
Saturnlia e realizava-se no Solstcio de Inverno.
O Solstcio de Inverno (dia mais pequeno do ano no hemisfrio
Norte), era uma data muito importante para as economias agrcolas e
os Romanos eram um povo de agricultores. Fazia-se tudo para agradar
os deuses e pedir-lhes que o Inverno fosse brando e o sol
retornasse ressuscitado no incio da Primavera. Como Saturno estava
relacionado com a agricultura fcil perceber a associao do culto do
deus ao culto solar.
Mas outros cultos existiam tambm, como o caso do deus Apolo,
considerado como "Sol invicto", ou ainda de Mitra, adorado como
Deus-Sol, a luz protectora do Imprio. Este ltimo, muito popular
entre o exrcito romano, era celebrado nos dias 24 e 25 de Dezembro
data que, segundo a lenda, correspondia ao nascimento da divindade.
Em 273 o Imperador Aureliano estabeleceu o dia do nascimento do Sol
em 25 de Dezembro: Natalis Solis Invicti (nascimento do Sol
invencvel). Uma luz e um Deus que os romanos importaram da Prsia e
contaminou o Cristianismo. Para alm de ter " emprestado " a Jesus ,
o dia de nascimento, deu tambm nome ao mais importante smbolo
papal: a Mitra. As festividades de Inverno eram j comuns na Europa
antes da celebrao do Natal a 25 de Dezembro se ter imposto no mundo
Cristo. Muito antes do nascimento de Jesus, j as populaes pags,
nomeadamente as de origem Celta, celebravam a chegada da luz e dos
dias mais longos que anunciavam o fim do Inverno. Esta era uma
festividade sem data fixa, celebrada em diferentes dias, em
diferentes regies. No sculo IV D.C., o Papa Julius I fez histria ao
instituir o dia 25 de Dezembro como data para as celebraes
praticadas por esses adoradores do Sol que, nessa altura do ano,
prestavam culto fecundidade da Me-natureza. Substituam-se, assim,
os rituais pagos do Solstcio de Inverno por uma festa Crist: o
nascimento de Jesus. O facto de esta data coincidir com a Saturnlia
dos romanos e com as festas germnicas e clticas do Solstcio de
Inverno, sendo todas estas festividades pags, a Igreja viu aqui
uma
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oportunidade de cristianizar a data, colocando em segundo plano
a sua conotao pag. Algumas zonas optaram por festejar o
acontecimento em 6 de Janeiro, contudo, gradualmente esta data foi
sendo associada chegada dos Reis Magos e no ao nascimento de Jesus.
No ano de 1752, quando os Cristos abandonaram o calendrio Juliano
para adoptar o Gregoriano, a data da celebrao do Natal foi
antecipada 11 dias, caindo em 25 de Dezembro. No entanto alguns
sectores da Igreja Catlica, os chamados calendaristas, ainda hoje
festejam o Natal na sua data original, que actualmente corresponde
ao dia 7 de Janeiro. somente durante o sculo IV que o nascimento de
Cristo comea a ser celebrado pelos Cristos, mas no dia 6 de
Janeiro, com a Epifania. At a, a festa principal dos primeiros
critos era a Pscoa. (A Epifania do Senhor uma festa religiosa Crist
que celebrava-se no dia 6 de Janeiro, ou seja, doze dias aps o
Natal, porm, a partir da reforma do calendrio litrgico em 1969
passou a ser comemorada 2 domingos aps o Natal. A Epifania
representa quando o filho do Criador d-se a conhecer ao Mundo,
perante os magos do oriente, como est relatado em Mateus 2, 1-12).
Quando, em 313, Constantino se converte e oficializa o Cristianismo
a Igreja Romana procura uma base de apoio ampla, procurando
confundir diversos cultos pagos com os seus. Desistindo de competir
com a Saturnlia, deslocou um pouco a sua festa e absorveu o festejo
pago do nascimento do Sol transformando-o na celebrao do nascimento
de Cristo. O Papa Gregrio XIII fez o resto: mais fcil mudar o
calendrio do que mudar a apetncia do povo pelas festas...
Pai Natal (tambm chamado St. Nicholas, St. Nick ou Santa
Claus)
A figura do Pai Natal, importante em qualquer celebrao de Natal,
tem uma origem bastante antiga. Nos pases nrdicos era habitual,
durante a quadra natalcia, algum vestir-se com peles e representar
o "Inverno". Essa figura visitava as casas e ofereciam-lhe bebidas
e comidas, pois acreditavam que se o tratassem bem a sorte iria
abenoar a casa. Mais tarde, segundo a tradio, o Pai Natal, velhote,
bomio, alegre e robusto, foi associado figura de So Nicolau que foi
um bispo da sia Menor do sculo IV. Este bispo turco teve um
percurso caracterstico, tendo ajudado os pobres e as crianas,
oferecendo-lhes presentes e dinheiro. A sua generosidade deu origem
lenda segundo a qual ele visitaria a casa das crianas no dia 6 de
Dezembro para lhes deixar presentes.
Uma das pessoas que ajudaram a dar fora lenda do Pai Natal foi
Clemente C. Moore, um professor de literatura grega em Nova Iorque
que lanou o poema Uma visita de So Nicolau em 1822, escrita para
seus seis filhos. Nesse poema, Moore divulgava a verso de que ele
viajava num tren puxado por renas.
Antigamente, ele usava cores que tendiam mais para o castanho e
costumava usar uma coroa de azevinhos na cabea, mas no havia um
padro. O actual visual foi obra do cartoonista Thomas Nast, na
revista Harpers Weeklys, em 1886 numa edio especial de Natal.
amplamente divulgado pela internet e por outros meios que a
Coca-Cola seria a responsvel pelo actual visual do Pai Natal
(roupas vermelhas com detalhes em branco e cinto preto), porm isso
totalmente infundado e trata-se de mera coincidncia, visto que o
Pai Natal j havia aparecido assim na prpria obra de Thomas Nast e
em outras propagandas da Colgate, RCA Victor, Michelin muito antes
de aparecer em campanhas da Coca-Cola.
rvore de Natal
A rvore de natal um pinheiro ou abeto, enfeitado e iluminado,
especialmente nas casas particulares, na noite de Natal. A tradio
da rvore de Natal tem razes muito mais longnquas do que o prprio
Natal. Os romanos enfeitavam rvores em honra de Saturno, deus da
agricultura, mais ou menos na mesma poca em que hoje preparamos a
rvore de Natal. Os
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egpcios traziam galhos verdes de palmeiras para dentro de suas
casa no dia mais curto do ano (que em Dezembro), como smbolo de
triunfo da vida sobre a morte. Nas culturas celtas, os druidas
tinham o costume de decorar velhos carvalhos com mas douradas para
festividades tambm celebradas na mesma poca do ano.
PORQUE QUE A IGREJA ESTABELECEU FESTAS MVEIS?
Todas as festas da Igreja que tem como ponto de referncia a
Pscoa, so denominadas festas mveis porque baseadas no calendrio
lunar (judaico) e adaptadas ao nosso calendrio (gregoriano).
Comecemos relembrando, em resumo, o significado da Pscoa Judaica e
da Pscoa Crist:
PASCOA JUDAICA (breve resumo) - No Antigo Testamento, sabemos
que Moiss, sob a guia divina, tornou-se chefe do povo oprimido que
encontrava-se sob o jugo dos egpcios, adversrios do povo eleito,
sob o comando do Fara que usava de seus poderes terrenos para
contrariar os planos divinos. Deus manifesta seu poder atravs de
Moiss, mediante diversos sinais e castigos, mas o corao endurecido
do Fara no acena com nenhum sinal de arrependimento. Durante a
libertao do povo guiado por Moiss, Deus institui a celebrao da
Pscoa atravs de Moiss e Aaro, mandando dizer a toda a assembleia de
Israel que tomasse um cordeiro que deveria ser imolado em data
determinada, devendo seu sangue ser tomado, posto sobre as duas
ombreiras e sobre a verga da porta da casa. Deus disse ainda que
naquela noite passaria atravs do Egipto para exercer sua justia,
ferindo de morte os filhos primognitos dos Egpcios, mas que
passaria adiante das casas marcadas com o sangue do cordeiro. E
Deus mandou seu Anjo, e assim foi feito.
"Conservareis a memria daquele dia, celebrando-o como uma festa
em honra do Senhor: Fareis isto de gerao em gerao, pois uma
instituio perptua" (Ex 12, 14).
Desta forma ficou instituda a festa da Pscoa, comemorada at os
dias actuais pelo povo judeu. O extermnio dos filhos dos egpcios
testemunha que o povo eleito, libertado, ter que viver da em
diante, no temor de Deus e reconhecido o seu grande benfeitor.
(Veja tudo sobre a instituio da Pscoa no Livro do xodo, Cap.
12).
PSCOA CRIST (breve resumo) - A instituio da Pscoa Crist
encontra-se na imolao de Cristo. Enquanto na primeira festa de
Pscoa Deus liberta o povo da escravido e proclama a sua Aliana com
o povo de Israel, na segunda, o prprio Deus torna-se o Cordeiro
Imolado para libertar o povo do jugo do pecado e do demnio. Desta
vez, o Sangue de Jesus, do Cordeiro de Deus que tira o pecado do
mundo, definitivamente liberta toda a humanidade com sua Paixo,
Morte e Ressurreio.
"Purificai-vos do velho fermento, para que sejais massa nova,
porque sois pes zimos, porquanto Cristo, nossa Pscoa, foi imolado".
(I Cor 5, 7.)
Recordando: Memorizados os aspectos centrais da Pscoa Judaica e
da Pscoa Crist, recordemos que Jesus veio ao mundo em cumprimento
das Escrituras e por Seu desgnio foi crucificado justamente no dia
da preparao da festa da Pscoa, para que, a partir de sua Paixo,
Morte e Ressurreio fosse instituda a Nova Aliana. Para que fosse
instituda a grande e solene Pscoa, como num reflexo pleno da
primeira festa de Pscoa.
Concluindo:
Como a festa da Pscoa Judaica, coincide exactamente com o dia da
imolao de Cristo, estabeleceu-se j naquele momento, por desgnio de
Deus, o dia 14 de Nis (do calendrio judaico ou hebraico), como data
de referncia comemorao da Pscoa Crist. (Encontro da Primeira com a
Segunda Aliana).
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Assim, a Pscoa judaica sempre celebrada na 1. lua cheia da
primavera do hemisfrio norte, na noite de 14 para 15 de Nis. A
Pscoa Crist ficou fixada como o 1 Domingo posterior referida 1 lua
cheia, ou seja, no primeiro domingo aps a comemorao da Pscoa dos
Judeus.
Como o calendrio judaico baseado nos ciclos da lua, explica-se
os motivos da variao em nosso calendrio, que solar e por isso, para
ns, o Domingo de Pscoa varia entre 22 de Maro e 25 de Abril.
Fixado, assim, a festa da Pscoa para determinado ano, todas as
outras festas tambm se movem desde a septuagsima at Corpus Christi,
conforme a tabela do incio deste artigo.
Em sntese: usado como referncia no o nosso calendrio, mas sim o
judaico. Fixada a data da Pscoa pelo calendrio judaico, adaptamos
tal data ao nosso para que a partir da, possamos estabelecer as
datas, desde a septuagsima at Corpus Christi, conforme da grade
abaixo. Estabelecido o dia da Pscoa, a sim, todas as outras festas
mveis o acompanham.
O Carnaval apesar de ser uma festa pag, tambm se move com o
calendrio eclesistico e sempre comemorado sete Domingos antes do
Domingo de Pscoa. As festas so permitidas at a quarta-feira de
cinzas, quando inicia-se a Quaresma, tempo de 40 dias de jejum e
abstinncia em preparao festa da Pscoa, ou seja, data que celebramos
a Ressurreio de Cristo.
Festas Mveis - Tm por referncia a Pscoa e so as seguintes:
Septuagsima - 65 dias antes da Pscoa Quinquagsima - 49 dias antes
da Pscoa Cinzas - Do ltimo dia da Quinquagsima, conta-se a primeira
4. Feira seguinte Domingo da Paixo - (Hoje o 5 Domingo da Quaresma)
- 14 dias antes da Pscoa (Domingo que antecede Ramos) Ramos - o
Domingo que antecede o Domingo de Pscoa, portanto, 7 dias antes.
Ascenso - 40 dias depois da Pscoa (Caindo o 40. dia em dia de
semana, comemora-se no Domingo seguinte) Pentecostes - 50 dias
depois da Pscoa (Ou o 1. Domingo aps o Domingo da Ascenso) SS.
Trindade - 57 dias depois da Pscoa (1. Domingo aps Pentecostes)
Corpus Christi - Quinta-feira seguinte, aps a comemorao da festa da
SS. Trindade
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2 Dogmas da Igreja Catlica A Igreja Catlica tem 43 Dogmas que,
para os seus fiis, so verdades de f; so eles, segundo a Wikipdia: 1
- A Existncia de Deus. "A ideia de Deus no inata em ns, mas temos a
capacidade para conhec-Lo com facilidade, e de certo modo
espontaneamente por meio de Sua obra". 2 - A Existncia de Deus como
Objeto de F. "A existncia de Deus no apenas objeto do conhecimento
da razo natural, mas tambm objeto da f sobrenatural ". 3 - A
Unidade de Deus. "No existe mais que um nico Deus ". 4 - Deus
Eterno. "Deus no tem princpio nem fim". 5 - Santssima Trindade. "Em
Deus h trs pessoas: Pai, Filho e Esprito Santo; e cada uma delas
possui a essncia divina que numericamente a mesma ". 6 - Jesus
Cristo verdadeiro Deus e filho de Deus por essncia. "O dogma diz
que Jesus Cristo possui a infinita natureza divina com todas suas
infinitas perfeies, por haver sido engendrado eternamente por
Deus". 7 - Jesus possui duas naturezas que no se transformam nem se
misturam. "Cristo possuidor de uma ntegra natureza divina e de uma
ntegra natureza humana: a prova est nos milagres e no padecimento".
8 - Cada uma das naturezas em Cristo possui uma prpria vontade
fsica e uma prpria operao fsica. "Existem tambm duas vontades
fsicas e duas operaes fsicas de modo indivisvel, de modo que no
seja conversvel, de modo inseparvel e de modo no confuso". 9 -
Jesus Cristo, ainda que homem, Filho natural de Deus. "O Pai
celestial quando chegou a plenitude, enviou aos homens seu Filho,
Jesus Cristo". 10 - Cristo imolou-se a si mesmo na cruz como
verdadeiro e prprio sacrifcio. "Cristo, por sua natureza humana,
era ao mesmo tempo sacerdote e oferenda, mas por sua natureza
Divina, juntamente com o Pai e o Esprito Santo, era o que recebia o
sacrifcio". 11 - Cristo nos resgatou e reconciliou com Deus por
meio do sacrifcio de sua morte na cruz. "Jesus Cristo quis
oferecer-se a si mesmo a Deus Pai, como sacrifcio apresentado sobre
a ara da cruz em sua morte, para conseguir para eles o eterno
perdo". 12 - Ao terceiro dia depos de sua morte, Cristo ressuscitou
glorioso dentre os mortos. "ao terceiro dia, ressuscitado por sua
prpria virtude, se levantou do sepulcro". 13 - Cristo subiu em
corpo e alma aos cus e est sentado direita de Deus Pai.
"ressuscitou dentre os mortos e subiu ao cu em Corpo e Alma". 14 -
Tudo o que existe foi criado por Deus a partir do nada. "A criao do
mundo do nada, no apenas uma verdade fundamental da revelao Crist,
mas tambm que ao mesmo tempo chega a alcan-la a razo com apenas
suas foras naturais, baseando-se nos argumentos cosmolgicos e
sobretudo na argumento da contingncia". 15 - Carter temporal do
mundo. "O mundo teve princpio no tempo ". 16 - Conservao do mundo.
"Deus conserva na existncia a todas as coisas criadas ". 17 - O
homem formado por corpo material e alma espiritual. "a humana como
comum constituda de corpo e alma". 18 - O pecado de Ado se propaga
a todos seus descendentes por gerao, no por imitao. "Pecado, que
morte da alma, se propaga de Ado a todos seus descendentes por
gerao e no por imitao, e que inerente a cada indivduo". 19 - O
homem cado no pode redimir-se a si prprio.
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"Somente um acto livre por parte do amor divino poderia
restaurar a ordem sobrenatural, destruda pelo pecado". 20 - A
Imaculada Conceio de Maria. "A Santssima Virgem Maria, no primeiro
instante de sua conceio, foi por singular graa e privilgio de Deus
omnipotente em previso dos mritos de Cristo Jesus, Salvador do
gnero humano, preservada imune de toda mancha de culpa original".
21- Maria, Me de Deus. "Maria gerara a Cristo segundo a natureza
humana, mas quem dela nasce, ou seja, o sujeito nascido no tem uma
natureza humana, mas sim o suposto divino que a sustenta, ou seja,
o Verbo. Da que o Filho de Maria propriamente o Verbo que subsiste
na natureza humana; ento Maria verdadeira Me de Deus, posto que o
Verbo Deus. Cristo: Verdadeiro Deus e Verdadeiro Homem". 22 - A
Assuno de Maria. "A Virgem Maria foi assumpta ao cu imediatamente
depois que acabou sua vida terrena; seu Corpo no sofreu nenhuma
corrupo como suceder com todos os homens que ressuscitaro at o
final dos tempos, passando pela descomposio". 23 - A Igreja foi
fundada pelo Deus e Homem, Jesus Cristo. "Crist