Top Banner
Poetas do Século XX Sophia de Mello Breyner • Manuel Alegre • Alda do Espírito Santo Agrupamento de Escolas da Batalha Batalha, Março de 2014 Trabalho realizado por: Cristino Malheiro Nº 7 10ºB Francisco Pinheiro Nº 13 10ºB João Sousa Nº18 10ºB José Bastos Nº 19 10ºB Português 10º ano Prof.ª Rosário Cunha
16

Poetas do séc.xx Sophia de Mello Breyner

Jun 06, 2015

Download

Education

Rosário Cunha
Welcome message from author
This document is posted to help you gain knowledge. Please leave a comment to let me know what you think about it! Share it to your friends and learn new things together.
Transcript
Page 1: Poetas do séc.xx  Sophia de Mello Breyner

Poetas do Século XX • Sophia de Mello Breyner

• Manuel Alegre• Alda do Espírito Santo

Agrupamento de Escolas da BatalhaBatalha, Março de 2014

Trabalho realizado por:Cristino Malheiro Nº 7 10ºBFrancisco Pinheiro Nº 13 10ºBJoão Sousa Nº18 10ºBJosé Bastos Nº 19 10ºB

Português 10º anoProf.ª Rosário Cunha

Page 2: Poetas do séc.xx  Sophia de Mello Breyner

Índice

• Sophia de Mello Breyner ……………………………………………………………………........ 3 - Biobibliografia……………………………………………………………………………. 4 - Temáticas da Poesia……………………………………………………………………. 5 - Em Todos os Jardins………………………………………………………………….. 6 - Em Todos os Jardins (Análise)……………………………………………………. 7 - O Terror de Te Amar………………………………………………………………….. 8• Manuel Alegre ………………………………………………………………………………………… 9 - Biobibliografia…………………………………………………………………………… 10 - Temáticas da Poesia…………………………………………………………………….11 - As Facas ..………………………………………………………………………………….12• Alda do Espírito Santo………………………………………………………………………………13 - Biobibliografia……………………………………………………………………………14 - Ilha Nua…………………………………………………………………………………….15• Bibliografia……………………………………………………………………………………………...16

Page 3: Poetas do séc.xx  Sophia de Mello Breyner

Sophia de Mello Breyner Anderson

Uma das mais importantes poetisas portuguesas; escritora de vários contos, incluindo de literatura infantil.

Page 4: Poetas do séc.xx  Sophia de Mello Breyner

Sophia de Mello Breyner Anderson

• Porto, 6 de Novembro de 1919 – Nasce Sophia de Mello Breyner (descendência dinamarquesa – O seu bisavô teria, em 1895, desembarcado no Porto e comprado a Quinta do Campo Alegre, atual Jardim Botânico do Porto)

Ditadura Militar/ Estado Novo• 1936-1939 – Dedica-se ao estudo de Filosofia Clássica na Universidade de Lisboa• 1944 – É publicado o seu primeiro livro Poesias • 1946 – Casa-se com Francisco Sousa Tavares com o qual terá 5 filhos (entre eles o jornalista Miguel Sousa Tavares)• 1958 – Publica A Menina do Mar e A Fada Oriana• 1962 – É publicado o seu livro de poesia Livro Sexto• 1964 – Recebe o Grande Prémio de Poesia pela Sociedade Portuguesa de Escritores

25 de Abril de 1974• 1975 – É eleita para a Assembleia Constituinte • 1999 – Recebe o Prémio Camões (1ª mulher)• 2003 – Recebe o Prémio Rainha Sofia• Lisboa, 2 de Julho de 2004 – Falece aos 84 anos

Page 5: Poetas do séc.xx  Sophia de Mello Breyner

Sophia de Mello Breyner Anderson

Temáticas da Poesia

Natureza – harmonia com a Natureza, fuga à multidão quotidiana, mistério (cultura nórdica) Criação Poética – culto do estado de entusiasmo poéticoArte – homenagem a artistas, interpretação de obras de arteAntigo – exaltação da antiguidade da Natureza, assuntos históricos, Antiguidade ClássicaDesigualdade/Injustiça – revolta perante a injustiça, critica à podridão e ditadura, exaltação e dignificação das vítimasVida – reencontro com o tempo passado, fuga do quotidianaMorte – exaltação lírica, dor, loucura, desilusão pela ausência do ser amadoAmor – posse da Natureza, fraternidade humana, paixãoEspera – espera de alguém por entre a brumaInfância – saudades da infância e juventude

Page 6: Poetas do séc.xx  Sophia de Mello Breyner

Em todos os jardins

Sophia de Mello Breyner Anderson

Tema: Natureza/ MorteAssunto: o sujeito poético

evidência o seu desejo em unir-se à Natureza e regressar às

suas origens, após a sua morte.

Análise Formal:

Soneto – 2 quadras e 2 tercetos 14 versos decassilábicosEsquema Rimático: abab baba cdc ede

(rima cruzada)

Em todos os jardins hei-de florir,Em todos beberei a lua cheia,

Quando enfim no meu fim eu possuirTodas as praias onde o mar ondeia.

Um dia serei eu o mar e a areia,A tudo quanto existe me hei-de unir,E o meu sangue arrasta em cada veia

Esse abraço que um dia se há-de abrir.

Então receberei no meu desejoTodo o fogo que habita na florestaConhecido por mim como um beijo.

Então serei o ritmo das paisagens,A secreta abundância dessa festa

Que eu via prometida nas imagens.

Referência aos elementos primordiais

da Natureza:TerraÁguaFogoAr

Page 7: Poetas do séc.xx  Sophia de Mello Breyner

Em todos os jardins hei-de florir,Em todos beberei a lua cheia,

Quando enfim no meu fim eu possuirTodas as praias onde o mar ondeia.

Um dia serei eu o mar e a areia,A tudo quanto existe me hei-de unir,E o meu sangue arrasta em cada veia

Esse abraço que um dia se há-de abrir.

Então receberei no meu desejoTodo o fogo que habita na floresta

Conhecido por mim como um beijo.

Então serei o ritmo das paisagens,A secreta abundância dessa festa

Que eu via prometida nas imagens.

Em todos os jardins (Análise)

Sophia de Mello Breyner Anderson

Anáfora: realça a totalidade da Natureza, com a qual o sujeito poético tenciona unir-se

Aliteração: reforça a ideia de morte/fim

Metáfora: destaca a união total do sujeito poético com a Natureza a ponto de se fundir com esta

Anáfora: descreve o desejo e as expetativas do sujeito lírico após a sua morte

Anástrofe: (hei- de me unir a tudo quanto existe)realça a totalidade da natureza ao colocar “a tudo quanto existe” em primeiro lugar , destacando-o

Metáfora: destaca a união total do sujeito poético com a Natureza a ponto de se fundir com esta

Page 8: Poetas do séc.xx  Sophia de Mello Breyner

Sophia de Mello Breyner Anderson O Terror de te Amar

Terror de te amar num sítio tão frágil como o mundo 

Mal de te amar neste lugar de imperfeição Onde tudo nos quebra e emudece 

Onde tudo nos mente e nos separa. 

Que nenhuma estrela queime o teu perfil Que nenhum deus se lembre do teu nome Que nem o vento passe onde tu passas. 

Para ti eu criarei um dia puro Livre como o vento e repetido 

Como o florir das ondas ordenadas. 

Tema: AmorAssunto: O sujeito poético exprime a

incerteza e fragilidade do amor

humano.

Page 9: Poetas do séc.xx  Sophia de Mello Breyner

Manuel Alegre

Político e escritor português; autor de várias obras de poesia, romances e alguns contos infantis.

Page 10: Poetas do séc.xx  Sophia de Mello Breyner

Manuel Alegre

Ditadura Militar/ Estado Novo•Águeda, 12 de Maio de 1936 – Nasce Manuel Alegre• 1947 – Casa-se com Mafalda Durão Ferreira (2 de filhos)• 1956 – Entra na Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra • 1957 – Torna–se Militante no Partido Comunista Português

Guerra Colonial • 1961 – É convidado a cumprir serviço militar • 1962 – É mobilizado para Angola• 1963 – É preso pela PIDEAcaba por regressar a Portugal• 1964 – Exila-se em Paris e depois em Argel• 1965 – É publicado o seu livro de poemas Praça da Canção• 1967 – É publicado o seu livro de poesia O Canta e as Armas

25 de Abril de 1974• 1974 – Regressa a Portugal e adere ao Partido Socialista• 1975 – Torna-se deputado• 1981 – Publica o livro de poemas Atlântico• 1989 – Publica o romance Jornada de África • 1995 – Publica o romance Alma Toma importantes cargos dentro do Partido Socialista• 1998 – Recebe o Grande Prémio da Poesia• 1999 – Recebe o Prémio Pessoa• 2006 e 2010 – Candidata-se à presidência da República

Page 11: Poetas do séc.xx  Sophia de Mello Breyner

Manuel AlegreTemáticas da Poesia

Liberdade Luta Sofrimento/ Dor Ação PortugalAmor

• Crítica à opressão e ditadura• Crítica às injustiças sociais• Exaltação ao dever de agir/lutar pela liberdade• Homenagem à nação

Page 12: Poetas do séc.xx  Sophia de Mello Breyner

Manuel Alegre

Quatro letras nos matam quatro facas que no corpo me gravam o teu nome. Quatro facas amor com que me matas 

sem que eu mate esta sede e esta fome. 

Este amor é de guerra. (De arma branca). Amando ataco amando contra-atacas 

este amor é de sangue que não estanca. Quatro letras nos matam quatro facas. 

Armado estou de amor. E desarmado. Morro assaltando morro se me assaltas. 

E em cada assalto sou assassinado. 

Quatro letras amor com que me matas. E as facas ferem mais quando me faltas. Quatro letras nos matam quatro facas. 

As Facas

Tema: AmorAssunto: O sujeito poético relaciona o sofrimento do amor com a dor causada pela faca.

Page 13: Poetas do séc.xx  Sophia de Mello Breyner

Alda do Espírito Santo

Escritora e política São -Tomense; autora do Hino Nacional do seu país e de vários livros de poesia

Page 14: Poetas do séc.xx  Sophia de Mello Breyner

Alda do Espírito Santo

• São Tomé e Príncipe,1926 – Nasce Alda do Espírito Santo • 1975 - Independência de São e Príncipe; Alda passa ocupar cargos importantes no governo ( Ministra da Educação e Cultura, Ministra de Informação e Cultura, Presidente da Assembleia Nacional)• 1976 – É publicado o seu livro de poemas O Jogral das Ilhas• 1978 - É publicado o seu livro de poemas É o nosso solo sagrado da terra• São Tomé e Príncipe, 9 de Março de 2010 – Falece aos 84 anos

Page 15: Poetas do séc.xx  Sophia de Mello Breyner

Coqueiros e palmares da Terra Natal Mar azul das ilhas perdidas na conjuntura dos séculos Vegetação densa no horizonte imenso dos nossos sonhos. Verdura, oceano, calor tropical Gritando a sede imensa do salgado mar No deserto paradoxal das praias humanas Sedentas de espaço e de vida Nos cantos amargos do ossobô *Anunciando o cair das chuvas Varrendo de rijo a terra calcinada Saturada do calor ardente Mas faminta da irradiação humana Ilhas paradoxais do Sul do Sará Os desertos humanos clamam Na floresta virgem Dos teus destinos sem planuras… 

* ossobô – pequena ave

Alda do Espírito SantoIlha Nua

Tema: NaturezaAssunto: descreve a beleza da sua Terra Natal contrastando-a com a ausência da presença humana.

Page 16: Poetas do séc.xx  Sophia de Mello Breyner

Bibliografia

http://pt.wikipedia.org/wiki/Sophia_de_Mello_Breyner_Andresenhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Manuel_alegrehttp://pt.wikipedia.org/wiki/Alda_do_Espírito_Santohttp://www.citador.pt/poemas/terror-de-te-amar-sophia-de-mello-breyner-andresenhttp://www.slideshare.net/sebentadigital/sophia-de-mello-breynerhttp://www.citador.pt/poemas/as-facas-manuel-de-melo-duarte-alegrehttp://www.prof2000.pt/users/jsafonso/port/sophia.htmhttp://www.buala.org/pt/mukanda/poemas-de-alda-espirito-santo

Sites:

Manual:

Dias Pinto, A.; Miranda, C.; Nunes, P.; Projeto Desafios 10ºano; 1ª edição; Carnaxide; Santillana-Constância; 2010.