Poesia de Solidão. 01 Depusestes. Conto a minha saudade nas cartas, Não havendo meios de calar-me, Pelas súplicas do nosso tempo, Pois o vento não separa meus prantos. Sabes de minha dor em teus olhos, Sentindo o meu coração sangrando, Derrama-se, o silêncio em Fel. Colhendo-me pelas noites escravas. Cá, em meu peito morastes sem fim, Se depusestes em não me amar; Atrelado como uma estaca. E vou neste chão caindo infernal, Despetalado por minha alma! Sentindo o aroma do meu espírito. Ednaldo F. Santos Poema de Solidão. 02 Falso Amigo. Sozinha, minhas palavras abrem; Pergunto sempre ao meu coração, Trazendo um boque no vaso vazio. E nos meus olhares sabem quem sou. Procurando apenas a liberdade, Se neste caminho ainda fico; Tento esquecer, como fui prometida. E enfeito ela com minhas indecisões. As vezes me vejo no espelho, E uma leve brisa me descreve, Como um começo de uma noite. Pelos lábios fechados do tempo, Buscando a minha incidência! Pois o dia, é o meu falso amigo. Ednaldo F. Santos
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Poesia de Solidão. 01
Depusestes.
Conto a minha saudade nas cartas,
Não havendo meios de calar-me,
Pelas súplicas do nosso tempo,
Pois o vento não separa meus prantos.
Sabes de minha dor em teus olhos,
Sentindo o meu coração sangrando,
Derrama-se, o silêncio em Fel.
Colhendo-me pelas noites escravas.
Cá, em meu peito morastes sem fim,
Se depusestes em não me amar;
Atrelado como uma estaca.
E vou neste chão caindo infernal,
Despetalado por minha alma!
Sentindo o aroma do meu espírito.
Ednaldo F. Santos Poema de Solidão. 02
Falso Amigo.
Sozinha, minhas palavras abrem;
Pergunto sempre ao meu coração,
Trazendo um boque no vaso vazio.
E nos meus olhares sabem quem sou.
Procurando apenas a liberdade,
Se neste caminho ainda fico;
Tento esquecer, como fui prometida.
E enfeito ela com minhas indecisões.
As vezes me vejo no espelho,
E uma leve brisa me descreve,
Como um começo de uma noite.
Pelos lábios fechados do tempo,
Buscando a minha incidência!
Pois o dia, é o meu falso amigo.
Ednaldo F. Santos
Poema de Solidão. 03
Petulante.
Testemunho o clarão da madrugada,
No jeito, do lume das estrelas,
Tornando-me, sua prisão preferida.
Apagando todo o meu coração.
Porque, fostes embora sem palavras,
Incrédula a noite espia-me,
E minhas lágrimas, acompanhando-me.
Deixando o meu corpo todo aberto.
Se tuas mãos me querem faceiras,
Mas, tu, estais, de num, momento petulante,
Aderes, este meu corpo em tremores.
Sentindo toda a minha calma,
Pois agora abristes a janela!
Enganando, minha alma, sozinha.
Ednaldo F. Santos
Poema de Solidão. 04
Postergado.
Sobre os lençóis da vida, me toca,
E o sol tocando nossas faces.
De rubro espinho em roseira.
Toda verdade escolhida do saber.
Dias lindos de manhãs primaveris,
De lembranças o passado infiel,
Eh-Amor, fostes tu o derradeiro.
Nos olhares, da tua alma insana.
És do meu crescer teu encontrar,
Sobre o leito de flores vazias?
Infames, deste teu amor, postergado.
Onde eu busco o grivo da alma,
A flama que arde neste meu destino.
Trazendo-te nesta minha confidência.
Ednaldo F. Santos
Poema de Solidão. 05
Salutante.
Confiança tem poder;
Entender contém prevalecer.
Ajo do mesmo modo,
mas não reproduzo segredos.
E porquê, o dizer fique comigo?
Nas voltas que o mundo retoma!
__Ah carinho que foi-se dito!
( Toque este peito, mil vezes.)
!Pois a saudade tem algares!
Obriga-me...!
(...)Os lados da noite,
e um sombrio amor presenciado.
-Tempo?"
Obriga-me, ser indiferente.
Mas não oferecido de vossa dor!!!
__Todo nulo aborrecimento.
( E, este seu dia salutante
esperado, sem minha volta!)
Ednaldo F. Santos
Poema de Solidão. 06
Posse.
Diante da posse deste meu coração,
Tenho de presença há paixão carnal,
Nas orgias do mundo pelas vielas.
Nos lugares mais imundos possíveis.
Lá atrás, um ser dizia-me, resta-te,
De carinhos na memória finjo,
Encontrar todo o meu percurso.
Alguns valores do nelo malogrando-te?
Esta linha que se dobra em valha,
Careço nas respostas desiguais,
De tempo é meu júbilo troféu...
Quando de solidão vós me achares,
Serei dele, uma pequena miséria?
Porquê tudo, tem que ser, numa verdade!
Ednaldo F. Santos Poema de Solidão. 07
Arbítrio.
Lança-me neste meio universo,
Soma-te por tuas sensações ligeiras,
Retalhando o meu ser moribundo.
Entre o fundo do abismo azulado.
Que nos teus dias eu morro eterno,
Lembrado por ti, e mas do infinito,
Serena de condessa nas estrelas.
Ilhado pelas rochas do mar selvagem.
Do meu corpo, jogado pras águias,
Invernante neste ardente arbítrio!
Enquanto hão nos rastros atenções.
Caminhas ó solidão de saudades,
Tu, arfes aos céus, toda temeridade!
E não mais me deixe aqui sozinho.
Ednaldo F. Santos
Poema de Solidão. 08
Faço.
Pouco faço, mais tudo eu desejo,
Não lembro quem sou, mas sai de mim!
E não brinco com a vida desenganada,
Neste lago que se chama ilusão.
Brindo meu copo de sonhos perfeitos,
Mas derramo uma gota a mais,
Se a tarde, o sol se põe na sombra,
Quisera meu ser, nascer sobre eles.
Deste todo desejo de nascer-me,
Relança-me no futuro do passado,
Imputando-me o bem querer viver.
Se sou somente saudade ardente,
Banho-me de risos e sorrisos...
Então me vens esconder, mais o quê?
Ednaldo F. Santos Poema de Solidão. 09
Prisão.
Por onde andas, que eu me perco,
E as vezes conto, que fico sozinha,
E passo o tempo neste meu quarto,
Sem rumo e sem destino procurado.
Terminando, em uma paixão inexplicável,
Abandonada, pois sinto o querer,
Imaginando algo, do que havíamos.
Sou, quem, mais queres, digas, por favor.
E as respostas, para que, servirão-te?
Nesta prisão, procures minhas lágrimas,
Se não posso, convencer-te adiante.
Esquartejando toda minha saudade,
Sofrer ou te perder de repente...
Pois são açoites com a noite fria.
Ednaldo F. Santos
Poema de Solidão. 10
Busca.
Quantas vezes me pergunto de Ti,
O silêncio me descuida um pouco,
E pareço perdido neste mundo.
Pois é difícil de amar você amor.
Pedaços de mim, se soltam comigo,
Como vou deixar meu momento,
De tardes que vão me acalentando.
Ficando difícil de viver sozinho.
Quantas diferenças tenho comigo;
Nestas margens de nuvens constantes
Em vezes que me deixam confuso.
Se vão bem distante no persuadir,
Mude o seu coração, por favor;
E a busca não escolhe minhas opções.
Ednaldo F. Santos
Poema de Soldão. 11
Amotino.
Contenhas minha sede mulher,
Alimentes, este peito carente,
Que por ti, chora a noite inteira,
Malditas, são as horas perdidas.
A lua, escondida nas estrelas,
Minha alma, trilhando em brilhos,
Verdade, onde serei o deleite.
Amo-te, na densa primavera.
Onde me amotino de saudades,
Entre os prantos das orquídeas.
Solo, porquê, tu fostes, ingrato.
Ah!Como esquecer teus carinhos,
No tempo roubado de minha vida!
Donde jamais, esquecerei, seu nome.
Ednaldo F. Santos
Poema de Solidão. 12
Liso Espelho.
Esta minha alma que me alucina;
Na ferida, que me contenho sozinha.
Minhas lágrimas arde sem teus lábios!
Neste universo de tantas palavras.
Um frio que deixo viver comigo,
Dentre os prazeres do meu amor,
Nesta cama caio de horas cruéis.
Sob o liso espelho de minha face.
A janela se abrindo na solidão,
Trilha os meus carinhos escondidos!
Pelo meu corpo se formam vergões.
No luar que tenho sem a primavera,
E, derrama por minhas veias correntes!
Neste meu sonho de cama vazia.
Ednaldo F. Santos
Poema de Solidão. 13
Espinheiro.
A esperança que colhe o Narciso,
Surtas seus brilhos na taça do poeta!
Pintando o seu muro converso,
Refugias o tempo no casulo!
Aça nos sóis, da turva obreira,
No punhal de sua sombra astral;
Soa o verde trigo plantado;
Andando nos gritos das querências.
Sob a escrava nascente das águas,
Cominam as suas madeixas soltas,
Se empolga na sua quietude.
Cá, vão as tormentas cruas famintas,
Engolindo, a estação das borboletas;
No colgue do seu crivo espinheiro.
Ednaldo F. Santos
Poema de Solidão. 14
Bosque de Algum.
Diante as paisagens das estrelas,
Meu ser flutua pelos universos,
Terminando em lugar de algum;
Dentre minhas vestes se rasgando!
Ás sombras nas nuvens alvoreciam,
De colírios sobre minhas vistas;
De suplícios por uma vereda,
Se agia pela magia reinada!
Cá, ouço de estampar os girassóis,
Abaixados pela hora atrevida,
De respingos, no esperar do amanhã.
No tocar de seus tempos instigantes,
Atando-me ao nevoar do sol em luto,
Sangra-me, pelo bosque de algum.
Ednaldo F. Santos
Poema de Solidão. 15
Minhas Palavras.
minhas palavras de amores,
perguntando onde fostes, por deixar-me, sozinho,
iguais, as espumas estouradas.
Ednaldo F. Santos
Poema de Solidão. 16
Inaudito Silêncio.
Inaudito silêncio me fez entender,
Que na terra e no mar, vou encontrar!
O haver, n'alma o desejo de amar.
Semeado dentre lagunas infinitas.
Lua, Lua, fiquei enamorado,
Por certos encantos de uma Flor.
Ferido fui, no destino arrematado.
Lá estava eu, embaixo do celeiro.
Pingo na rosa, rosa no palheiro,
Asas no tempo, de corça sem dono.
Sob os temporais aos desamores.
Ah saudade, foste tu, minha amiga;
Um acalento na minha realidade.
E algodões me sacudindo favores.
Ednaldo F. Santos
Poema de Solidão. 17
Carinhos Refeitos.
Abandona-me pelos céus ávidos,
Oh!Amor das suas palavras retiro-me;
Como o sol atravessando a escuridão.
Soam por meu viver estando sozinha!
Confessas, teu amor sobre mim,
Aos prantos que se perdem nas faces,
Com a lua desigual em nossas almas?
O meu coração carente, senti só você.
O calar-me nesta sua boca molhada?
As chuvas são as mínguas d'águas!
À cor em tinto negro, o mel do viver.
Das areias cresço aos brilhos perdidos;
Sob as tormentas da flor, sou carência!
Nestes meus carinhos refeitos, d'amores.
Ednaldo F. Santos
Poema de Solidão. 18
Alamedas .
Sonda meu coração escondido;
Neste começo, sou desespero,
De lua girante a contar mais;
Fazem das noites, o meu confessar.
Senhor nestas alamedas tortas?
São divisões, nos rasos corações...
Avesso nos traços dos embaraços?
Ilustres nas goteiras pingadas...
Me escondo, por não saber de ti?
Fico perdido, por não voltares;
Aos prantos, nas descidas, do amor.
Com as despedidas, dos abraços?
Meus sonhos, estão inconscientes;
Nas saídas, deste seu coração...
Ednaldo F. Santos
Poema de Solidão. 19
Assim Sofro.
Meu anjo colibri, assim sofro?
Sem ao menos, esperar a noite;
Onde foi os abraços do viver;
Correntezas que o tempo levou.
O meu sangue todo derramado;
Nestes goles dos nossos lábios?
Intensos, pelos nossos encontros,
Foram horas benditas de amar!
O oceano vem, me encontrar;
Escondido, nesta sua alma,
No intenso prazer, de branco-tinto;
Tardas, minhas razões, sem ter ela?
Por esta vida injusta oh céus...
Pois, o meu copo trincou, por lembrar.
Ednaldo F. Santos
Poema de Solidão. 20
Transborda na Alma .
Sob o mar que transborda na alma?
Alcanço teus abraços entre mim!
Sou enamorado velejando...!
No acolher do sol na neblina.
Sabendo que nada vem comigo?
Ali tenho? O desejo de mais;
Escutando seu coração cruel?
Afundando meu tempo ao resto.
O tempo não apaga no olhar;
O corpo que está desnudado,
E, sem amar estou velejando.
Dizente do falar, me relendo?!
À vida!O berço balança,
Ao ninar, minhas lágrimas, em dor.
Ednaldo F. Santos
Poema de Solidão. 21
Leva e Traz .
Seu leva e traz enamora-me!
De cuidados entre as saudades,
Por este recanto do meu peito;
Ah, se fosse as minhas verdades?
Esquecer o desamor aberto...
Nas fechaduras do cadeado.
Sorri, e, me deixas nos mistérios,
Em algo que talvez eu o tenho...
Suave é a vida com ninguém;
E nós dois, em números ímpares.
Em ti, viajar sem fim, quero sim.
Solidão, será uma sensação.
Onde poderei enamorar-te,
Hoje, agora, através de mim!
Ednaldo F. Santos
Poema de Solidão. 22
Interferências .
Teus olhos me perdem na noite,
Em rotas deixadas pelo vento!
Redobra-me, oh meu sol girante,
Das águas do tempo procurado.
Dialeto pela amarga flor;
Pelo teu silêncio das luas...
Onde se vão, meus pensamentos.
Em jasmins de cores infinitas.
Acomodam entre minha alma?
De caminhos pelo anoitecer,
No som do lírio escaldante.
Nos refúgios dos horizontes,
Nossos corpos nus, nos desenhando!
As interferências do nascer.
Ednaldo F. Santos
Poema de Solidão. 23
Abandono .
No encontro a dois, ao mundo!
Aos terços desta alma cortiça;
Envolto da gentil primavera,
Vago dos céus aos infinitos;
Quando em meus ventos soprarem?
As pétalas do meu abandono;
Caio, pelos prantos, á haver-me!
Neste solo, amargo das flores.
Às estas horas atenuantes...
Donde serei, o teu cais negro;
Destas nossas vidas, ao nelo sol.
Pelo endosso da esperança?
Dependo, das ousadas saudades!
Que por nós, como grilhões, nos une.
Ednaldo F. Santos
Poema de Solidão. 24
Desesperos Noturnos .
O meu olhar fere-me em dor silenciando-me,
Por este tocar, dos meus lábios que buscam,
Meu conhecer contigo, desencontrado amor!
Sofrendo pelas linhas que sugerem meu corpo.
Defronte ao horizonte e eu aqui perto de mim;
Calada ao desviar-me meu viver, deixando-me!
Aproximo seu olhar pela chuva do meu espírito;
Deixando cada dia a saudade de ti, procurar-me.
Este mar azul de infinitos que não vejo acontecer;