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MALÁRIA Docente: Nidia Menegazzo Discentes: Ana Paula Alencastro Diego Fernando Munhoz
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Plasmodium,malaria

Jun 26, 2015

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TRabalho sobre a doença malaria,com o cilco do plasmodio e tratamento, epidemiologia no Brasil e no mundo.
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Page 1: Plasmodium,malaria

MALÁRIA

Docente: Nidia Menegazzo

Discentes: Ana Paula Alencastro Diego Fernando Munhoz Evanir Machado

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Plasmodium sp.

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MALÁRIA OU PALUDISMO

Doença tropical e parasitária que mais causa problemas sociais e econômicos no mundo.

É causada por parasitas do gênero Plasmodium, transmitida pela picada do mosquito do gênero Anopheles infectado.

Relatos datados de 1700 a.C. na China e 1570 a.C. no Egito “febre do Nilo”

Descoberta em 1890 por Charles Louis Laveram

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MALARIA NO BRASIL

No Brasil, no fim do século XIX, a malária estava presente em todo o território nacional, particularmente na costa litorânea, poupando apenas alguns segmentos dos estados sulinos.

A Amazônia e todo o planalto central viviam imersos na maleita, no entanto, apesar das estimativas indicarem 6 milhões de casos de malária por ano no início do século XX no Brasil, a situação da malária era estável, sem notórios surtos epidêmicos.

Porém, no fim do século XIX, explodiu uma grande epidemia na Amazônia.

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MALARIA NO BRASIL

Uma grande epidemia amazônica de malária, testemunhada por Oswaldo Cruz e Carlos Chagas.

Fora dessas explosões epidêmicas, a malária no Brasil seguia um curso sem intempéries no século XX.

Ela ainda estava presente nas grandes capitais, mas sem grandes surtos epidêmicos

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EPIDEMIOLOGIA

A malária é reconhecida como grave problema de saúde pública no mundo, ocorrendo em quase 50% da população, em mais de 109 países e territórios.

Já desapareceu da Europa e da América do Norte, onde vicejou até a metade do século XX. Na última década, apenas cerca de 400 casos anuais de malária foram registrados no Canadá, e 900 nos Estados Unidos¹.

No Brasil, ocorrem anualmente 300 a 500 mil casos por ano

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EPIDEMIOLOGIA

Plasmodium vivax é a espécie prevalente no Brasil (aproximadamente 80% dos casos)

Estados com maior número de casos de malária: Pará e Amazonas. A Região da Amazônia Legal concentra 99,7% dos casos de malária 50 casos por 1.000 habitantes.

O total de casos no Brasil passou de 610 mil, em 2005, para 290 mil, em 2011.

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EPIDEMIOLOGIA

Em 2008 no Brasil, aproximadamente 97% dos casos de malária se concentraram em seis estados da região amazônica: Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia e Roraima.

Os outros três estados da região amazônica Maranhão, Mato Grosso e Tocantins foram responsáveis por menos de 3% dos casos de malária no país.

A maioria dos casos ocorre em áreas rurais, mas há registro da doença também em áreas urbanas (cerca de 15%).

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EPIDEMIOLOGIA

Com relação aos elos humanos:

Não são todos os pacientes da Malária que apresentam gametócitos circulantes e nem toda fase da doença,

Numa população com imunidade natural ou imunidade adquirida ativa ou passivamente – variações anuais irregulares, porém endêmicas,

Numa população sem qualquer tipo de imunidade, quando introduzido um gametóforo e existindo o Anopheles poderá haver uma epidemia,

Transmissão doméstica – pode ocorrer fora da habitação – repouso noturno – maioria das infecções.

-

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EPIDEMIOLOGIA

Com relação ao mosquito:

Não são todas as espécies de Anopheles que são boas transmissoras, distribuição geográfica do plasmódio está ligada a presença do vetor, depende da geografia do ambiente, tipo de terreno, vegetação, temperatura, umidade do ar.

Com relação ao homem suscetível:

Raças negras – mais R – sem grupos determinantes do grupo sanguíneo Duffy – R a penetração do merozoito.Malformações hemoglobínicas – mais R – Anemia falciforme e Talassemia

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AGENTES ETIOLÓGICOS

Reino: Protista Filo: Apicomplexa Gênero: Plasmodium

Plasmodium vivax (1890) –terçã benignaPlasmodium falciparum (1897) -terçã malignaPlasmodium malariae (1881) –quartã benignaPlasmodium ovale (1922) –terçã benigna

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VETOR

Mosquitos fêmea do gênero Anopheles conhecidos também como mosquito prego ou carapanã

Reservatório

Humanos portadores de gametócitos

Fêmea de Anopheles darlingi

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VETOR

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BIOLOGIA DO PARASITA

No hospedeiro vertebrado:

EsporozoítaTrofozoítaEsquizonteMerozoítaGametócitos

MicrogametócitoMacrogametócito

No hospedeiro invertebrado:

• Microgameta/ macrogameta• Zigoto *• Oocineto *• Oocisto *• Esporozoíta• Formas evolutivas* Estágios

diplóides

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BIOLOGIA DO PARASITA

Formas infectivas:esporozoítas

Formas hepáticas sedesenvolvem nas células do

fígado

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OOCINETO (MÓVEL)

Células epiteliais doestômago do mosquito

ESPOROZOÍTA (MÓVEL)

Glândula salivar doMosquito

hepatócitos

MEROZOÍTA (IMÓVEL)

Eritrócitos/reticulócitos

Estágios invasivos de Plasmodium

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Plasmodium falciparum Plasmodium vivax

Trofozoita jovem

Trofozoita maduro

Esquizonte Rosácea

Gametócitos

MORFOLOGIA

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Formas sanguíneas dentro das hemácias

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Plasmodium vivax

Parasita principalmente os reticulócitos hemácias jovens

O número de merozoítos por esquizonte varia de 14- 24.

Formas encontradas no sangue: Merozoítas Trofozoítas Pré esquizontes Esquizontes Gametócitos

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Plasmodium falciparum

Parasita hemácias jovens e madurasCada ciclo esquizogônico pode ser originados até

36 merozoítas

Formas aderidas nos vasos sanguíneos: Esquizontes Merozoítas Gametócitos

Formas encontradas no sangue: Trofozoítas Esquizontes (formas graves)

Na malária causada pelo P. falciparum é

que ocorrem os casos mais graves, muitos

deles requerendo internação e com evolução, às vezes

fatal.

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Plasmodium malariae

Os merozoítas parasita hemácias madurasOs esquizontes originam de seis a 12

merozoítas cada ciclo

Formas encontradas no sangue: Merozoítas Trofozoítas Pré esquizontes Esquizontes Gametócitos

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Plasmodium ovale

Os merozoítas parasita hemácias jovensOs esquizontes originam de seis a 12

merozoítas cada ciclo

Formas encontradas no sangue: Merozoítas Trofozoítas Pré esquizontes Esquizontes Gametócitos

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CICLO BIOLÓGICO DA MALÁRIA

Dois processos distintos:

Reprodução assexuada: também denominada de esquizogônica que se desenvolve no hospedeiro vertebrado.

Reprodução sexuada: também chamada de esporogônica, cuja evolução se faz no hospedeiro invertebrado.

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No homem:

Reproduçãoassexuada

Esquizogonia:tecidual e

Eritrocítica

No mosquito:

Reproduçãosexuada eassexuada

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CICLO BIOLÓGICO DO PLASMÓDIO

Nas espécies de plasmódios que afetam o ser humano, o ciclo de vida é essencialmente o mesmo.

Apresenta uma fase sexuada exógena, com a multiplicação dos parasitos em certos mosquitos de gênero Anopheles.

Fase assexuada endógena com a multiplicação no hospedeiro humano.

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TRANSMISSÃO

Ocorre pela inoculação das formas esporozoítas de Plasmodium durante a picada da fêmea do mosquito do gênero Anopheles.

No Brasil, o inseto vetor é conhecido como: pernilongo, mosquito prego e carapanã

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Os possíveis mecanismos determinantes das diferentes

formas clínicas da doença baseiam-se,fundamentalmente, na interação dos seguintes fenômenos patogênicos:

Destruição dos eritrócitos parasitados;Toxicidade resultante da liberação de citocinas;Seqüestro dos eritrócitos parasitados na rede

capilar;Lesão capilar por deposição de imunocomplexos;

PATOGENIA

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PATOGENIA

Recaídas – alguns anos depoisOcorre nas infecções por P. vivax e P. ovale

formashipnozoítas no fígado (permanecem em estado delatência por períodos que variam de 1 mês a 1-2

anos)

Recrudescências- (cura clínica aparente) - 1 a 2 meses

Parasitemia reaparece (acompanhada de sintomatologia), após um período de “cura aparente” resposta inadequada ao tratamento (sobrevivência de formas eritrocíticas em nível muito baixo), P. falciparum

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Período de incubação:

P. falciparum –> 9-14 dias; P. vivax –> 12-17 dias; P. malariae –> 18-40 dias; P. ovale –> 16-18 dias;

QUADRO CLÍNICO

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Fase inicial sintomática: Mal-estar, cefaléia, cansaço, mialgia e febre

malárica;

Acesso malárico (Paroxismo):calafrios e tremores, temperatura em

elevação;febre alta, sensação de calor e cefaléia

intensa;queda da temperatura, sudorese.

QUADRO CLÍNICO

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Os acessos maláricos se repetem com intervalos

diferentes, de acordo com a espécie do plasmódio:

P. falciparum, P.vivax e P.ovale - com intervalos de 48 horas (malária terçã);

P. malariae - os acessos se repetem a cada 72 horas (malária quartã)

QUADRO CLÍNICO

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Os acessos maláricos são acompanhados de intensa debilidade física, náuseas e vômitos.

Ao exame físico o paciente apresenta-se pálido e

com baço palpável. A anemia, apesar de frequente, apresenta-

se em graus variáveis; Durante a fase aguda da doença é comum

a ocorrência de herpes simples labial.

MALÁRIA NÃO COMPLICADA:

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Ocorre em adultos não imunes, crianças e gestantes;

Podem preceder as seguintes formas clínicas:

Malária cerebral;Insuficiência renal aguda;Edema pulmonar agudo;Hipoglicemia;Icterícia;Hemoglobinúria.

MALÁRIA GRAVE E COMPLICADA:

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Diagnóstico Clínico• Anamnese

• Sinais e sintomas (presuntivo)

Diagnóstico Laboratorial• Esfregaço Delgado e gota espessa

DIAGNÓSTICO

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DIAGNÓSTICO LABORATORIAL

Testes rápidos de detecção de antígenos:(imunocromatográficos):ParaSight-F (PfHRP2), ICT Malaria (PfHRP2),ICT Malaria Pf/Pv (pLDH), OpitMAL (pLDH),Malar-Check Pf

Testes para detecção de anticorpos:Imunofluorescência indiretaELISA

PCR

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ICT Malaria P.f. (ICT Diagnostics)

Anticorpo marcadocom ouro coloidal

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ICT Malaria P.f./P.v.

Detecta a presença de PfHRPII e de um antígeno

gênero-específico pan-malárico presente em todas

as 4 espécies de Plasmodium humanos

Não é capaz de diferenciar entre infecções

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OptiMAL® Rapid Malaria Test

Detecta isoformas da enzima lactato desidrogenase (pLDH) Uma isoforma é específica para P. falciparum e a outra ocorre

nas 4 espécies de plasmódios humanos

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DIAGNÓSTICO LABORATORIAL

Diagnóstico microscópico:Preparo do esfregaço

Fino Espesso (Gota espessa)

fixação Coloração de Giemsa (esfregaçodesemoglobinizado

Coloração de Giemsa

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COLETA DO MATERIAL

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DIAGNOSTICO

GOTA ESPESSA

ESFREGAÇOSANGUÍNEO

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GOTA ESPESSA

DIAGNÓSTICO MICROSCÓPICO

Exame de 100 campos microscópicosmétodo semi-quantitativo ® “cruzes”+ = 1 parasita/campo++ = 2-20 parasitas/campo+++ = 21-200 parasitas/campo++++ = mais de 200 parasitas/campo

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Plasmodium sp.

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ESTÁGIO DE ANEL(Trofozoítas Jovens)

TROFOZOÍTASMADUROS

(Raros No Sangue Periférico)

P. FALCIPARUM

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ESQUIZONTES(Raros No Sangue

Periférico)

GAMETÓCITOS

P. FALCIPARUM

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P. VIVAX

ESTÁGIO DE ANEL(TROFOZOÍTAS

jovens)

TROFOZOÍTASMADUROS

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P. VIVAX

ESQUIZONTES

GAMETÓCITOS

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P. MALARIAE

ESTÁGIO DE ANEL

(Trofozoítas Jovens)

TROFOZOÍTASMADUROS

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ESQUIZONTES

GAMETÓCITOS

P. MALARIAE

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P. OVALE

ESTÁGIO DE ANEL(trofozoítas jovens)

TROFOZOÍTASMADUROS

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ESQUIZONTES

GAMETÓCITOS

P. OVALE

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PROFILAXIA E CONTROLE

Detecção e tratamento precoce dos infectados

Medidas de proteção individual e coletiva Telagem de janelas e portas Inseticidas de ação residual Impregnação de mosquiteiros com inseticida Desenvolvimento de novos fármacos Treinamento de Recursos Humanos Estruturação do sistema de saúde Desenvolvimento de Vacina

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DTT

O DDT era supostamente a fórmula mágica contra as doenças transmitidas por insetos como a malária.

Foi descoberto em 1873 e passou a ser muito usado em 1939, quando o químico suiço Paul Hermann Muller notou sua eficácia como pesticida durante a Segunda Guerra Mundial,

Depois da guerra, o seu uso explodiu: de 1942 a 1972 em torno de 1.35 bilhões de libras de DDT foram usados nos EUA.

O que não foi levado em consideração foram as consequências ambientais que todo esse pesticida causaria, de problemas de fertilidade e neurológicos em humanos e envenenamento de pássaros. O uso do pesticida caiu, e em 1972 o DDT foi banido nos EUA

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TRATAMENTO

Principais drogas antimaláricas

Esquizonticidas sanguíneos

Quinina, mefloquina, halofantrina, cloroquina, amodiaquina digestão de produtos da hemoglobina

Derivados de artemisina metabolismo das proteínas

Tetraciclina, doxiciclina e clindamicina síntese deProteínas

Esquizonticidas teciduais ou hipnozoiticidas

Primaquina inibe a respiração mitocondrial do parasita* também é gametocitocida

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TRATAMENTO

ESQUEMA RECOMENDADO NO BRASIL:

P. vivax – cloroquina (para as formas sangüíneas)e primaquina (para as formas hepáticas)

P. falciparum:

Malária não grave – associação quinina/doxiciclinaou quinina/tetraciclina

Em casos graves - artesunato/mefloquina ouquinina/clindamicina

Resistência à Cloroquina na maioria dos isoladosde P. falciparum

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Estratégiasde

vacinação

Bloqueio da

transmissão

Bloqueio da

infecção

Redução damorbidade/mortalidade

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REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

Profa. Dra. Irene Soares Disciplina Parasitologia Clínica, FCF/USP 1°semestre/2005

Manual de diagnóstico laboratorial da malária / Ministério da Saúde,

Secretaria de Vigilância em Saúde. – Brasília : Ministério da Saúde, 2005.

Disponível em: <Malaria - Patologia de Febres Hemorrágicas – FMUSP> www.fm.usp.br/pfh/mostrahp.php?origem=pfh&xcod=Malaria> acesso 06 de dezembro de 2013.

Disponível em: <www.uft.edu.br/parasitologia/pt_BR/.../malaria/patogenia/index.html> acesso em 06 de dezembro de 2013