FUNDAÇÃO OSWALDO CRUZ CENTRO DE PESQUISAS AGGEU MAGALHÃES ESPECIALIZAÇÃO EM GESTÃO DE SISTEMAS E SERVIÇOS DE SAÚDE ANDREZZA RENATA ARAUJO DE FIGUERÊDO PRIORI PLANO DE INTERVENÇÃO PARA IMPLANTAÇÃO DO GERENCIAMENTO DE RISCO DIRECIONADA À ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AOS PACIENTES EM UMA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA RECIFE 2012
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FUNDAÇÃO OSWALDO CRUZ
CENTRO DE PESQUISAS AGGEU MAGALHÃES
ESPECIALIZAÇÃO EM GESTÃO DE SISTEMAS E SERVIÇOS DE SAÚDE
ANDREZZA RENATA ARAUJO DE FIGUERÊDO PRIORI
PLANO DE INTERVENÇÃO PARA IMPLANTAÇÃO DO
GERENCIAMENTO DE RISCO DIRECIONADA À ASSISTÊNCIA DE
ENFERMAGEM AOS PACIENTES EM UMA UNIDADE DE TERAPIA
INTENSIVA
RECIFE
2012
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ANDREZZA RENATA ARAUJO DE FIGUERÊDO PRIORI
PLANO DE INTERVENÇÃO PARA IMPLANTAÇÃO DO GERENCIAMENTO DE
RISCO DIRECIONADA À ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AOS PACIENTES EM
UMA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA
Monografia apresentada ao Curso de Especialização em Gestão de Sistemas e Serviços de Saúde do Departamento de Saúde Coletiva, Centro de Pesquisas Aggeu Magalhães, Fundação Oswaldo Cruz, para obtenção do título de especialista em Gestão de Sistemas e Serviços de Saúde.
Orientador (a): Msc. Cláudia Germânia Alencar de Castro
RECIFE2
2012
IRINEIDE MARIA DE SALLIX DE MOURA
2
Catalogação na fonte: Biblioteca do Centro de Pesquisas Aggeu Magalhães
Priori, Andrezza Renata Araújo de Figuerêdo.
Plano de Intervenção para Implantação do
Gerenciamento de Risco Direcionada a Assistência de
Enfermagem aos Pacientes em uma Unidade de Terapia
Intensiva. / Andrezza Renata Araújo de Figuerêdo. - Recife:
2012.
39 p.
Monografia (Curso de Especialização de Sistema e
Serviços de Saúde) - Centro de Pesquisas Aggeu
Magalhães, Fundação Oswaldo Cruz, 2012.
Orientadora: Cláudia Germânia Alencar de Castro.
1. Saúde. 2. Humanização da Assistência. 3.
Acolhimento. I. Barbosa, Valquíria Farias Bezerra. II.
Título.
CDU xxx.xx
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RECIFEANDREZZA RENATA ARAUJO DE FIGUERÊDO PRIORI
PLANO DE INTERVENÇÃO PARA IMPLANTAÇÃO DO GERENCIAMENTO DE
RISCO DIRECIONADA A ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AOS PACIENTES EM
UMA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA
Monografia apresentada ao Curso de Especialização em Gestão de Sistemas e Serviços de Saúde do Departamento de Saúde Coletiva, Centro de Pesquisas Aggeu Magalhães, Fundação Oswaldo Cruz, para a obtenção do título de especialista em Gestão de Sistemas e Serviços de Saúde
Aprovada em: ___ / ___ / _____
BANCA EXAMINADORA
___________________________________
Msc. Cláudia Germânia A. de Castro Hospital Regional do Agreste
__________________________________
Drª Profª Tereza Maciel Lyra CPqAM/Fiocruz/PE
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Dedico a concretização deste trabalho aos meus pais, José e Lindomar Figuerêdo, por terem acreditado em minha competência profissional e incentivado a novos projetos de vida.
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AGRADECIMENTOS
Em especial, ao meu esposo Pedro Humberto Priori, pelo incentivo ao meu
crescimento profissional, companheirismo, paciência, por se fazer presente em mais
um momento vitorioso de minha vida e por me entender como ser humano.
Aos queridos Izaías e Suzana, e ao pequeno Pedro, pelo acolhimento e
carinho dedicados quando estive fora de meu lar, um obrigada grandioso.
À professora doutora Kátia Regina Medeiros, que me mostrou o caminho da
pesquisa, mesmo nos efêmeros momentos de orientação inicial.
À orientadora, mestre Cláudia Germânia Alencar de Castro, pela paciência,
atenção e disponibilidade de me acompanhar neste árduo processo de criação deste
plano.
À minha amiga Patrícia Tatiana, agradeço pelos momentos de descontração,
de incentivo, mesmo nos momentos de fraqueza, esteve presente ainda que
estivesse distante. Sua alegria é contagiante e motivadora.
As amizades que se formaram no decorrer do curso e sem esquecer Fabiana
Amorim e Ricardo Jorge, como foram divertidas nos momentos juntos.
Ao gestor de enfermagem do Hospital Regional do Agreste, Enfº Dr. José
Rogério, pelo estímulo e ajuda ao projeto de implantação do plano.
Aos incansáveis, Nancy e Semente, por brilhante execução de suas tarefas,
por tão distinta dedicação, enfim, por sempre estarem presentes e compartilhando
de nossas angústias, medos e de alegrias.
Aos professores que contribuíram para o aprofundamento de nossos
conhecimentos como gestores da saúde pública de nosso país
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PRIORI, Andrezza Renata Araujo de Figuerêdo. Plano de intervenção para implantação do gerenciamento de risco direcionada a assistência de enfermagem aos pacientes em uma unidade de terapia intensiva – PE. 2012. Monografia (Curso de Especialização em Gestão de Sistemas e Serviços de Saúde) - Centro de Pesquisa Aggeu Magalhães, Fundação Oswaldo Cruz, Recife, 2012.
RESUMO
Em se tratando da complexidade das organizações de saúde, fica evidente que gerenciar unidades de saúde, no improviso, não garante eficiência nos serviços. Cada vez mais se discute qualidade na gestão dos serviços de saúde. A utilização de indicadores nesta área não é usada apenas para formação de séries históricas das organizações, mas também para realizar comparações externas do desempenho institucional. O modelo de gestão em saúde tem o importante papel de fazer com que o sistema funcione numa lógica organizacional, programando, executando e avaliando as ações de promoção, proteção e recuperação da saúde. Para que haja segurança e mais humanização na assistência prestada à saúde dos indivíduos é necessário o incremento de eficiência e eficácia nos processos de gestão. A melhoria da segurança em saúde requer que os sistemas se conscientizem da importância em transformar a cultura organizacional, a fim de melhorar a segurança do indivíduo. A assistência à saúde em instituições hospitalares expõe o paciente a eventos iatrogênicos, que necessita ser gerenciada para atenuar a probabilidade desses eventos. No contexto organizacional da saúde e com o olhar na qualidade e segurança do paciente, percebe-se a importância da implantação e implementação do gerenciamento de risco em toda Instituição Hospitalar. Objetivando desenvolver e avaliar a qualidade da assistência à saúde, foram criados e aperfeiçoados programas voltados às instituições de saúde com a finalidade de valorizar e garantir suas ações assistenciais. Com base neste contexto, propõe-se neste estudo um plano de intervenção para implantação do gerenciamento de risco direcionado a assistência de enfermagem aos pacientes críticos, em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) de uma Instituição Hospitalar Pública, tendo como finalidade detectar precocemente situações que gerem danos ao indivíduo e que estruturar um instrumento que viabilize a equipe de enfermagem, habilidade na construção de mecanismos apropriados para a utilização de recursos que reafirme seu papel no processo de segurança do paciente. Palavras Chaves: Gerenciamento de Risco, Assistência de Enfermagem, Unidade de Terapia Intensiva.
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PRIORI, Andrezza Renata Araujo de Figuerêdo. Intervention plan for the implementation of risk management directed nursing care to patients in an intensive care unit - PE. 2012. Monograph (Specialization in Management Systems and Services Health) - Research Center Aggeu Magalhães. Fundação OswaldoCruz. Recife, 2012.
SUMMARY In terms of complexity of health organizations, it is evident that managing health facilities in the improvisation, does not guarantee efficiency in services Increasingly quality is discussed in the management of health services. The use of indicators in this area is not only used for the formation of historical organizations, but also to make external comparisons of institutional performance. The model of health management has an important role to make the system work in an organizational logic, programming, implementing and evaluating health promotion, health protection and recovery. To be safe and more humane assistance in the health of individuals is necessary increase efficiency and effectiveness in management. Improving security requires that health systems become aware of the importance of transforming organizational culture in order to improve the safety of the individual. Health care in hospitals exposes patients to iatrogenic events that need to be managed to mitigate the likelihood of these events. In the organizational context of health and with look at the quality and safety of the patient realizes the importance of the establishment and implementation of risk management throughout the hospital. Aiming to develop and evaluate the quality of health care, were created and refined programs directed at health institutions in order to enhance and ensure their care actions. Based on this context, it is proposed in this study an action plan for implementation of risk management directed nursing care to critical patients in an intensive care unit (ICU) of a public hospital, with the purpose early detection of situations that generate damage to the individual and to design a tool that makes possible the nursing staff, ability to build appropriate mechanisms for the use of resources to reaffirm its role in patient safety.
Keywords: Risk Management, Nursing Care, Intensive Care Units.
algo subjetivo. Está relacionada a um “standard”, ou seja, “fazer a coisa certa já da
primeira vez”, e melhor na seguinte.
Com o objetivo de desenvolver e avaliar a qualidade foram criados e
aperfeiçoados programas voltados às instituições de saúde que visam “acreditar” as
organizações de saúde (D’INNOCENZO et al., 2010). Um estabelecimento
assistencial é considerado “acreditado” quando a disposição e organização dos
recursos e atividades conformam um processo cujo resultado final é uma assistência
de qualidade satisfatória (JOINT COMMISSION INTERNATIONAL, 2003).
A avaliação da qualidade constitui uma prática atual de organizações públicas
e privadas, em materiais, produtos, processos ou serviços, onde na área de Saúde
os serviços de enfermagem possuem indicadores de qualidade para mensurar
qualitativamente e quantitativamente estes indicadores quanto a estes serviços
(CORREIA; CAIXETA; BARROS [sd]). Segundo RIPSA, (2008) indicadores são
medidas-síntese que contêm informação relevante sobre determinados atributos e
dimensões do estado de saúde, bem como do desempenho do sistema de saúde.
Quando vistos em conjunto, devem refletir a situação sanitária de uma população e
servir para a vigilância das condições de saúde.
O tema qualidade da assistência à saúde tem várias origens e todas
decorrem do aumento e inovações da procura por serviços de saúde, custos
crescentes e recursos limitados para manter estes serviços, os direitos humanos e
conscientização dos usuários, reivindicações de gestores e profissionais de saúde
por condições dignas de trabalho (MOTA et al;, 2007). Segundo os atores Duarte e
Ferreira (2006, p. 64) reportando-se a Donabedian (1990), verificam que o tema
qualidade já aparecia em pauta no setor da saúde em meados de 1990. Assim
como, adotam o conceito que “qualidade no campo da saúde deve ser entendida
como obtenção dos maiores benefícios, com os menores riscos e custos para os
usuários”.
Donabedian (1999), ainda dizia que a qualidade do cuidado na saúde é
decorrente de três fatores: estrutura, processo e resultados.
Estrutura: são as características mais estáveis da assistência de
saúde. Envolve desde a estrutura fica e disponibilidade de equipamentos até a
capacitação de indivíduos que prestam assistência. Atributos do local onde o
cuidado é prestado como recursos materiais (equipamentos, recursos financeiros);
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recursos humanos (quantidade e qualificação do pessoal); estrutura organizacional
(organização do pessoal, métodos, normas e formas de pagamento).
Processo: envolve todas as atividades desenvolvidas entre
profissionais de saúde e os pacientes. Fornece as bases para a valorização da
qualidade que é de onde se obtém os resultados da assistência.
Resultado: consequência da ação realizada, refletindo as mudanças
observadas no estado de saúde do paciente. É o efeito de cuidado no estado de
saúde do paciente e da população, incluindo a melhoria do conhecimento sobre a
doença, as mudanças de comportamento que venham a melhorar o estado de saúde
e o grau de satisfação do paciente (DONABEDIAN, 1999; FELDMAN, 2004).
Ainda considerando Donabedian, em 1993, no Seminário Internacional
(1994), afirmou que qualidade do cuidado de saúde é definida por sete atributos que
nomeou como “os Sete Pilares da Qualidade”:
Eficácia: significa o melhor que se pode fazer nas condições mais
favoráveis, dado o estado do paciente e mantidas constantes as demais
circunstâncias.
Efetividade: medida de melhoria na saúde, alcançada ou alcançável
nas condições usuais da prática cotidiana.
Eficiência: medida de custo com o qual uma dada melhoria na saúde é
alcançada.
Otimização: relação entre custo e benefício mais favorável. É
importante à medida que os efeitos do cuidado da saúde não são avaliados em
forma absoluta, mas relativamente aos custos.
Aceitabilidade: significa adaptação do cuidado aos desejos,
expectativas e valores dos pacientes e de suas famílias. Vai depender da
efetividade, eficiência e otimização, além da acessibilidade do cuidado, das
características da relação médico-paciente e das amenidades do cuidado.
Legitimidade: aceitabilidade do cuidado da forma em que é vista pela
comunidade ou pela sociedade em geral.
Equidade: determina-se o que é justo ou razoável na distribuição do
cuidado e de seus benefícios entre os membros de uma população.
Observa-se que as organizações responsáveis pelo desenvolvimento de
programas e ações de saúde que atendem às reais exigências das diferentes
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situações dos usuários procuram melhorar a qualidade dos serviços prestados.
Desde o período de Nightingale que se busca por qualidade dos serviços de saúde,
onde se adotou métodos e padrões sanitários que reduziram a mortalidade
(TEIXEIRA et al., 2006).
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3 OBJETIVOS
3.1 Objetivo Geral
Propor um plano de intervenção para implantação do gerenciamento de risco
direcionado a assistência de enfermagem aos pacientes críticos, em uma Unidade
de Terapia Intensiva (UTI) de uma Instituição Hospitalar Pública, tendo como
finalidade detectar precocemente situações que gerem danos ao indivíduo.
3.2 Objetivos Específicos
Identificar os principais fatores de risco associados à assistência de
enfermagem prestada ao paciente crítico;
Correlacionar os principais fatores de risco com indicadores de
qualidade preestabelecidos:
Criar um instrumento para notificação e monitoramento da freqüência
diária dos indicadores de qualidade relacionados à assistência de enfermagem ao
paciente crítico, a ser aplicado na UTI, por um período de um ano;
Analisar os resultados obtidos a partir do instrumento utilizado para
notificação e monitoramento da freqüência diária dos indicadores de qualidade
relacionados à assistência de enfermagem ao paciente crítico;
Capacitar a equipe de enfermagem de uma UTI para inserção do
controle de qualidade da assistência prestada ao paciente crítico.
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4 METODOLOGIA
Com o propósito de elaborar um plano de intervenção para o gerenciamento
de risco direcionado a assistência de enfermagem aos pacientes críticos, em uma
Unidade de Terapia Intensiva, foi escolhida como metodologia à pesquisa de campo,
com características descritivas, fundamentada numa abordagem qualitativa.
A pesquisa descritiva caracteriza-se pela observação, descrição e
documentação de aspectos de uma situação, sendo delineada para caracterizar um
fenômeno. Os fatos são observados, registrados, analisados e interpretados sem a
interferência do pesquisador (RODRIGUES, 2007).
A abordagem qualitativa baseada na análise de conteúdo é norteada por três
etapas: 1) a pré-análise; 2) a exploração do material; 3) o tratamento dos resultados
e interpretação. A primeira etapa envolve a fase de organização, através da
elaboração de indicadores que fundamentem a interpretação; a segunda etapa
caracteriza-se pela codificação dos dados a partir das unidades de registro; a
terceira e última etapa é a fase de categorização, que consiste na classificação dos
elementos, reagrupados em função de características comuns (CAREGNATO;
MUTTI, 2006).
O estudo será realizado na Unidade de Terapia Intensiva do Hospital
Regional do Agreste (HRA), localizado na BR - 232, Km 130, bairro Indianópolis, no
município de Caruaru em Pernambuco. Essa instituição oferece seus serviços
através do Sistema Único de Saúde, sob a responsabilidade e gerenciamento da
Secretaria de Saúde do Estado de Pernambuco.
O HRA é um hospital que presta assistência a diversas especialidades:
emergência geral com classificação de risco, pediatria cirúrgica, clínica médica e
oncológica, neurocirurgia e buco-maxilo-facial, cirurgia geral e traumato-ortopedia,
porém tem como perfil principal a assistência traumatológica. Sua demanda é
advinda por trinta e dois municípios do Agreste pernambucano da IV Regional de
Saúde.
O hospital possui um total de 214 leitos, sendo que 19 destes são reservados
a assistência em UTI. Esta unidade possui um quantitativo de 16 profissionais de
saúde, entre médicos, fisioterapeutas e equipe de enfermagem, e ainda não possui
um programa de gerenciamento de risco. A equipe de enfermagem representa 75%
da equipe multiprofissional dessa unidade. As características que compõe o perfil
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profissional deste grupo, no que se refere a tempo de profissão, experiência em UTI,
capacitações e treinamentos que agreguem conhecimentos, são bastante variadas.
Daí a possibilidade de registrar a ocorrência de eventos adversos das atividades
desenvolvidas neste setor.
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5 RESULTADOS
5.1 Metas
a) Realizar diagnóstico diário do setor, identificado os principais fatores de
risco que estão relacionados com a assistência de enfermagem prestada
ao paciente crítico;
b) Estabelecer correlação dos principais fatores de risco com os indicadores
de qualidade preestabelecidos;
c) Formular um instrumento para notificar e monitorar a frequência diária dos
principais indicadores de qualidade relacionados com a assistência de
enfermagem prestada ao paciente crítico numa UTI, por um período
mínimo de um ano;
d) Realizar análise dos resultados obtidos a partir do instrumento utilizado
para notificar e monitorar a frequência diária dos indicadores de qualidade
relacionados à assistência de enfermagem ao paciente crítico;
e) Realizar capacitação em 100% da equipe de enfermagem quanto à
inserção do controle de qualidade da assistência prestada, bem como o
treinamento do preenchimento das planilhas dos fatores de risco.
5.2 Plano Operativo
No primeiro momento do plano será realizada a identificação dos principais
fatores de risco que estão associados com a assistência de enfermagem prestada
ao paciente crítico, com a finalidade de diagnosticar os riscos mais acometidos ao a
este indivíduo. Estes fatores serão correlacionados aos indicadores de qualidade
preestabelecidos pela literatura.
A segunda etapa a ser desenvolvida será a criação de um instrumento para
notificação e monitoramento da freqüência diária dos indicadores de qualidade
relacionados à assistência de enfermagem ao paciente crítico por um período
mínimo de um ano e, posterior avaliação dos resultados obtidos. Este instrumento
deverá ser aplicado no serviço após orientações para seu correto preenchimento,
evitando subnotificações dos dados.
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A disponibilização dos resultados do plano de intervenção servirá de subsídios
para formulação de estratégias direcionadas a melhoria da qualidade da assistência
prestada aos pacientes críticos da Unidade de Terapia Intensiva, servindo de piloto
para implantação em outros setores da Unidade hospitalar.
Na terceira e última etapa será aplicada uma capacitação para equipe de
enfermagem com o intuito de sensibilizar os profissionais quanto à importância da
prestação de uma assistência de enfermagem qualificada e com segurança. Esta
capacitação terá como foco principal a inserção da equipe de enfermagem no
contexto do controle de qualidade assistencial da saúde, buscando evitar a
ocorrência de iatrogenias.
5.3 Estratégias
Ação 1: Identificação dos fatores de risco associados a assistência de
enfermagem prestada ao paciente crítico
Atividades
Diagnóstico diário dos principais fatores de risco instalados na Unidade de
Terapia Intensiva;
Correlação dos principais fatores de risco com os indicadores de qualidade
preestabelecidos.
Indicador
% de diagnósticos identificados quanto aos fatores de risco relacionados à
assistência de enfermagem prestada ao paciente crítico;
% de indicadores de qualidade.
Ação 2: Criação de instrumento para notificação e monitorização dos principais
indicadores de qualidade relacionados à assistência de enfermagem
Atividades:
Instituir cronograma para levantamento do diagnóstico de acordo com os
indicadores de qualidade preestabelecidos;
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Disponibilizar as planilhas dos indicadores de qualidade para mensuração do
gerenciamento de risco;
Realização de capacitação dos enfermeiros quanto ao preenchimento das
planilhas de coleta de dados do gerenciamento de risco.
Indicador
% de indicadores de qualidade preenchidos na planilha de gerenciamento de
risco;
Número de planilhas distribuídas à equipe de enfermagem.
Ação 3: Análise dos resultados obtidos a partir do instrumento utilizado
Atividades
Monitorar mensalmente os dados obtidos a partir da planilha de
gerenciamento de risco;
Avaliação dos dados adquiridos após o período de um ano.
Indicadores
% de dados analisados
Ação 4: Capacitação dos enfermeiros da unidade de terapia intensiva
Atividades
Aperfeiçoamento da equipe de enfermagem quanto ao tema de controle de
qualidade.
Indicadores
% de enfermeiros quanto ao preenchimento das planilhas de coleta de dados
do gerenciamento de risco;
% da equipe de enfermagem quanto ao aperfeiçoamento sobre o tema de
controle de qualidade;
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5.4 Cronograma da Intervenção
5.4.1 Primeiro Ano
2012
ATIVIDADES JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ
1. Diagnóstico diário dos principais fatores de risco
instalados na unidade de terapia intensiva; X X X - - -
-
2. Correlação dos principais fatores de risco com
indicadores de qualidade preestabelecidos;
- - - X -
-
-
3. Criação de um instrumento para notificação da
freqüência diária dos indicadores de qualidade
relacionados à assistência de enfermagem ao
paciente crítico;
- - - - X -
-
4. Monitorização do instrumento com indicadores
de qualidade relacionados à assistência de
enfermagem ao paciente crítico por um período de
um ano;
- - - - - X
X
5. Analisar os resultados obtidos a partir do
instrumento utilizado para notificação e
monitoramento da freqüência diária dos
indicadores de qualidade relacionados à
assistência de enfermagem ao paciente crítico;
- - - - - -
-
6.Capacitar a equipe de enfermagem de uma UTI
para inserção do controle de qualidade da
assistência prestada ao paciente crítico.
- - - - - -
-
28
5.4.2 Segundo Ano
2013
ATIVIDADES JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ
1. Diagnóstico diário dos principais
fatores de risco instalados na
unidade de terapia intensiva;
- - - - - - -
2. Correlação dos principais fatores
de risco com indicadores de
qualidade preestabelecidos;
- - - - -
-
-
3. Criação de um instrumento para
notificação da frequência diária dos
indicadores de qualidade
relacionados à assistência de
enfermagem ao paciente crítico;
- - - - - -
-
4. Monitorização do instrumento com
indicadores de qualidade
relacionados à assistência de
enfermagem ao paciente crítico por
um período de um ano;
X X X X X X X X X X - -
5. Analisar os resultados obtidos a
partir do instrumento utilizado para
notificação e monitoramento da
frequência diária dos indicadores de
qualidade relacionados à assistência
de enfermagem ao paciente crítico;
X X X X X X X X X X X -
6. Capacitar a equipe de enfermagem
de uma UTI para inserção do controle
de qualidade da assistência prestada
ao paciente crítico.
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
X
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6 ORÇAMENTO FINANCEIRO
Descrição do produto Quantidade Valor unitário Valor total
Formulários de coleta de
dados
850 0,7 595,00
Impressos para capacitação 250 0,7 175,00
Canetas esferográficas 05 8,50 42,50
Lápis 05 1,20 6,00
Borrachas 02 2,50 5,00
Canetas piloto 06 3,00 18,00
Data show 01 2.500,00 2.500,00
Calculadora científica 01 30,00 30,00
Quadro branco 01 210,00 210,00
Total 2.986,50
30
7 CONSIDERAÇÕES GERAIS
O plano de intervenção voltado para implantação do gerenciamento de risco
numa Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) torna-se viável partindo da importância
da necessidade de sua aplicação como gerenciador dos riscos passíveis de ocorrer
em estabelecimentos de saúde. O cuidar do paciente precisa ser regido por
segurança, pois a assistência em saúde em instituições hospitalares está associada
à constante presença de eventos adversos. Logo se percebe que o gerenciamento
de risco visa à redução de probabilidade da ocorrência e frequência de iatrogenias.
A realização de ações eficazes está diretamente relacionada com a
diminuição de ocorrência de erros. Os instrumentos de avaliação de segurança da
cultura devem se concentrar em percepções e atitudes da equipe, na organização
de uma política não punitiva, na atividade de assessoria jurídica, na liderança
incentiva e premia do reconhecimento e notificação de eventos adversos e quase
acidentes, buscando resposta imediata para tratar os efeitos adversos gerados pelos
erros.
No contexto da assistência à saúde do outro, toda comunicação verbal e não-
verbal deve ser benéfica, efetiva, terapêutica. Os profissionais de saúde devem
incidir na prevenção e relato dos erros, como objetivo na prestação de segurança no
cuidar. Assim, como perceber que os relatos não podem vir a comprometer o
profissional, nem considerar punições para tal acontecimento. A equipe de
enfermagem deve dispor de ferramentas adequadas e se sentir habilitada na
utilização de recursos para implementação de soluções, reafirmando seu papel no
processo de segurança do paciente.
É sugerido, aos profissionais de enfermagem, maior envolvimento com a
segurança do indivíduo, a partir de intervenções conscientes que modifiquem e
sensibilizem o comportamento da equipe. Estas práticas realizadas de forma segura
garantem ao paciente uma assistência de enfermagem qualificada. Portanto, as
capacitações oferecidas aos componentes da equipe de enfermagem, envolvidas na
prestação da assistência direta ao paciente crítico, devem ser contínuas para que
haja elucidações dos problemas após a ocorrência do erro.
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REFERÊNCIAS
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