©João Pires Planeamento e Projecto de Redes (09/10) 179 Capítulo 7 Redes de Acesso Planeamento e Projecto de Redes
©João Pires Planeamento e Projecto de Redes (09/10) 179
Capítulo 7
Redes de Acesso
Planeamento e Projecto de Redes
©João Pires Planeamento e Projecto de Redes (09/10) 180
Estrutura Geral da Rede de Acesso (I)
• A rede local ou de acesso corresponde à componente da rede telefónica pública que liga a central local aos equipamentos de assinante (telefones, modems, etc.).
• Do repartidor de central local saem vários cabos de pares simétricos, sendo cada cabo constituído por centenas ou mesmo milhares de pares. Estes cabos são separados em feixes, e cada feixe vai alimentar uma determinada área de serviço.
Central Local
Limite da áreade serviço
Interface deárea de serviço Área de serviço
Grupos de casas
Cabo de pares simétricos
As áreas de serviço podem ter diferentes dimensões, desde umas dezenas de quilómetros nas áreas urbanas até algumas
centenas nas áreas rurais
©João Pires Planeamento e Projecto de Redes (09/10) 181
Estrutura Simplificada da Central Local
• Na central local pode-se identificar o repartidor principal, as interfaces de linha de assinante (ILA), os multiplexadores, e o comutador.
• O repartidor principal funciona como terminação dos cabos de alimentação e faz a interligação entre os pares e a ILA.
• A ILA é usada para passar de dois para quatro fios e para fazer a conversão A/D e D/A, alimentar o telefone (-48 v), etc.
ILA
ILA
ILA
MUX/DMUX
Cabo de pares simétricos
Repartidorprincipal
Comutador
Cordão 2 fios4 fios
Interface de linhade assinante
Para desligar o telefone de um assinante basta
remover o cordão existente no repartidor principal que liga o par
simétrico à ILA
O comutador faz a comutação com base em sinais TDM (2 Mb/s). Por isso é necessário agregar os sinais a 64 kb/s
gerados pelas ILA através de um multiplexer.
©João Pires Planeamento e Projecto de Redes (09/10) 182
Estrutura Geral da Rede de Acesso (II)
• A rede de acesso convencional das redes telefónicas públicas eraconstituída por uma infra-estrutura de pares de fios de cobre entrelaçados (pares simétricos) que ligavam a central telefónica local ao telefone do assinante.
Comutador
RP
SRSR
SR
PD
PD
PD PDPD
PD
Cabo de alimentacão(centenas de pares)
Cabos de pares simétricos
Cabo de distribuição(dezenas de pares)
Central Telefónica Local
RP: Repartidor principal SR: Armário de sub-repartição PD: Ponto de distribuição
Sub-rede de alimentação ou primária
Sub-rede de distribuição
Ponto de Terminação de
Rede (PTR)
©João Pires Planeamento e Projecto de Redes (09/10) 183
Definições• Repartidor Principal (RP): repartidor situado numa central de telecomunicações, de
onde partem todos os cabos de pares simétricos que compõem a rede de acesso primária e onde terminam as ligações para todos os equipamento de agregação em cobre. (comutador, DSLAM, etc. ).
• Armário Sub-repartidor (SR): elemento de rede que permite introduzir flexibilidade na rede, na medida em que permite sub-dividir um cabo de maior capacidade em vários cabos de menor capacidade.
• Ponto de Distribuição (PD): elemento de rede onde se ligam os cabos individuais dos Pontos de Terminação de Rede (acessos de cliente).
• Os pares simétricos podem ser:– Pares Repartidor Principal (PR): conjunto de todos os pares que partem do Repartidor Principal;– Pares Úteis à Exploração (PE): são os pares ligados ao RP que terminam em Pontos de Distribuição;– Pares Úteis Distribuídos (PDU): são os pares ligados aos Pontos de Distribuição;– Pares Úteis Sem Distribuição (PSDU): são pares que saem do RP, mas não ligam aos PDs (reserva);– PDUs Ocupados (PO): são os pares úteis distribuídos que ligam aos clientes;– PDUs Vagos (PV): são os pares úteis distribuídos que não ligam aos clientes.
©João Pires Planeamento e Projecto de Redes (09/10) 184
EXEMPLO
Flexibilidade &
Eficiência &
Racionalização
PR=PE+PSDU
PDU=PO+PV
Regra geral:
PDU>PR>PE
Rede Primária
Rede Secundária
RPSR
PD
PD
RGE
RGE
RGE
500 pares
100 pares
100 pares
50 pares
50 pares
200 pares
150 pares
150 pares
PE/PR PDU
PR=PE=500
PDU=500
PSDU=0
Rede Primária
Rede Secundária
RPSR
PD
PD
RGE
RGE
RGE
300 pares
100 pares
100 pares
50 pares
50 pares
200 pares
150 pares
150 pares
PE/PR PDU
PR=PE=300
PDU=500
PSDU=0
Exemplo de uma Rede de Acesso(fonte: Maria Céu Azurara, Planeamento de Redes Fixas, PT/IST, 2007)
©João Pires Planeamento e Projecto de Redes (09/10) 185
PASSADO
Dimensões (Alt.*Larg.*Prof.) (mm):1.400*1.100*300
Armários SR(fonte: Maria Céu Azurara, Planeamento de Redes Fixas, PT/IST, 2007)
©João Pires Planeamento e Projecto de Redes (09/10) 186
PRESENTE
Vista Posterior
BE
BL
(xD
SL)
Vista Anterior
Dimensões (Alt.*Larg.*Prof.) (mm):1.825*1.920*620
Armários SR(fonte: Maria Céu Azurara, Planeamento de Redes Fixas, PT/IST, 2007)
©João Pires Planeamento e Projecto de Redes (09/10) 187
PA
ACRL
GR
Área Central (AC)
Rede Local (RL)
Grupo Redes (GR)
1.853
1.045
51
Organização Geográfica/Hierárquica da Rede Telefónica(fonte: Maria Céu Azurara, Planeamento de Redes Fixas, PT/IST, 2007)
©João Pires Planeamento e Projecto de Redes (09/10) 188
Grupo de Redes (GR): Área geográfica e respectivas infra-estruturas de telecomunicações associadas, composta por um conjunto de Redes Locais que têm em comum uma determinada gama de numeração (indicativo).
Rede Local (RL): Área geográfica e respectivas infraestruturas de telecomunicações associadas, composta por um conjunto de Áreas de Central que têm em comum uma determinada gama de numeração.
Área de Central (AC): Unidade administrativa mínima de exploração da PT, correspondente a uma área geográfica bem definida e constituída pelas respectivas infra-estruturas de telecomunicações associadas (um ou mais comutadores/concentradores, repartidores associados e respectivas linhas de rede, …), que localiza igualmente o Ponto de Atendimento principal de uma determinada Área de Central.
Organização Geográfica/Hierárquica da Rede Telefónica (II)(fonte: Maria Céu Azurara, Planeamento de Redes Fixas, PT/IST, 2007)
©João Pires Planeamento e Projecto de Redes (09/10) 189
Rede de Acesso com Concentração
• Na evolução da rede alguns armários de sub-repartição foram substituídos por unidades remotas com capacidade para realizar concentração. Os cabos de alimentação foram substituídos por fibra óptica ou então por ligações via rádio (fixed wireless access).
Comutador
MUX
PD PDPD
PD
Central Telefónica Local
MUX: multiplexador UR: Unidade remota CD: Caixa de distribuição
Sub-rede de alimentação ou primária
URUR
UR
Sub-rede de distribuição
Fibra óptica
SR
PD
PD
Cabo de alimentacão(centenas de pares)
Cabo de distribuição(dezenas de pares)
©João Pires Planeamento e Projecto de Redes (09/10) 190
Sub-rede de Transporte com SDH
• Na sub-rede de transporte a informação é multiplexada e transmitida em formato digital normalmente sobre fibra óptica. Como alternativa à topologia física em estrela da sub-rede de transporte pode-se usar uma topologia em anel fazendo uso da SDH (Synchronous Digital Hierarchy).
• Outra alteração de relevo consiste em introduzir também ligações ópticas em partes da rede de distribuição. Como soluções em fibra têm-se :FTTCab, FTTC, FTTB, FTTH, dependendo da distância entre a ONU e o assinante (NT).
Central local
Unidade remota
URADMADM
Par de fibras defibras de serviço
ADMADM
ADMADM
ADMADM
UR
ONU NT
ONU NT
Sub-rede de transporte Sub-rede de distribuição
Unidade óptica de rede
Unidade de terminação de rede
Utilizador
Par simétricoFibra ópticaFibra óptica de serviço
Fibra óptica de protecção
ONU: Optical Network Unit NT: Network Termination
©João Pires Planeamento e Projecto de Redes (09/10) 191
Funcionamento das Unidades Remotas
• As unidades remotas podem funcionar em modo concentrado ou não concentrado.
Mux/ Demux Comutador
12
N
1 2 3 N
Trama
tempo
Central LocalUnidade remota
Comutador
12
N
1 2 3 K
Trama
tempo
Central LocalUnidade remota
Con
cent
rado
r
Modo não concentrado
Modo concentrado
Neste modo se se considerar como exemplo N=30, o número de time-
slots disponíveis na trama TDM também é igual a 30.
N/K
Factor de concentração
K<NComo exemplo podem-se
considerar 240 assinantes e 30 time-slots. Tem-se um
factor de concentração de 8.
Vai introduzir bloqueioOs time-slots são atribuídos de acordo com as necessidades
©João Pires Planeamento e Projecto de Redes (09/10) 192
Acesso à Internet
• O acesso pode ser directo (utilizadores empresariais), ou indirecto (utilizadores domésticos). O acesso indirecto usa a rede telefónica para aceder ao ISP (Internet Service Provider).
POP#n
POP
Modem nabanda de voz
Rede telefónica(Comutação de circuitos)
Rede de bandalarga (ATM)
ISP#1
ISP#2
ISP#n
Canal virtual permanente
Central local
O acesso indirecto pode ser de banda estreita ou de banda larga. O acesso de banda estreita é feito através de modems que operam na banda da voz. O acesso de
banda larga pode ser feito usando ADSL, ou outras soluções (ex: PON).
Par simétrico
O utilizador liga-se ao POP (point of presence) da rede telefónica. Este por sua vez liga-se aos POP dos ISPs através de circuitos alugados, ou canais virtuais
permanentes estabelecidos por uma rede ATM.
Acesso à Internet
Serviço telefónico
©João Pires Planeamento e Projecto de Redes (09/10) 193
Acesso de Banda Larga
• O acesso de banda larga baseado no ADSL faz uso da infra-estrutura de pares simétricos existente entre o assinante e a central. A ligação aos ISPs é feita normalmente usando o ATM, estando-se a evoluir para a Ethernet.
Comutadorlocal
DSLAM
Rede de circuitos
Acesso à rede IP através da rede ATM
Modem ADSL
Filtro Filtro
Par simétrico
Estação local Instalações do cliente
No acesso de banda larga a rede de acesso inclui para além do modem ADSL , osmultiplexadores de acesso DSLAM (Digital Subscriber Line Access Multiplexer), situados
no mesmo edifício onde se encontra a central local.
Cada DSLAM interliga várias centenas de modems ADSL à rede IP através de uma rede de banda larga ATM
Para ser possível continuar a usar o par simétrico para serviços de banda estreita, usa-se um filtro para separar a banda entre os 0- 4 kHz do resto da banda.
©João Pires Planeamento e Projecto de Redes (09/10) 194
Desagregação do Lacete Local
• A desagregação do lacete local descreve a obrigação do operador histórico de alugar a sua infra-estrutura de acesso a operadores alternativos. A desagregação pode ser completa ou parcial.
DSLAMModem xDSL
FiltroFiltro
Par simétrico
Estação do operadorhistórico
Instalações do cliente
R
P
DSLAM
Modem xDSL
Comutadorlocal
Operadorhistórico
Operadoralternativo
Repartidorprincipal
Na desagregação completa o operador alternativo tem acesso completo ao par simétrico do operador histórico. Na desagregação parcial o operador
alternativo têm só acesso à banda base, ou a um sinal com a banda base filtrada.
Desagregação completa
Par simétrico
O operador alternativo instala
no edíficio do operador histórico o seu comutador
local e a sua DLSAM
©João Pires Planeamento e Projecto de Redes (09/10) 195
Vantagens/Desvantagens da Desagregação
• O conceito de desagregação do lacete local foi criado dos Estados Unidos em meados da década de 90, de modo a aumentar a concorrência no sector das telecomunicações.
• A política de desagregação do lacete local pode dissuadir os operadores alternativos de investirem em novas tecnologias para a rede local, e também desmotiva o operador histórico de fazer grandes investimentos.
1) Qualquer infra-estrutura de acesso baseada na FTTH criada de raiz não fica sujeita à obrigação de desagregação.
2) Em qualquer infra-estrutura de acesso FTTH que resulte da substituição da infra-estrutura de cobre existente, somente a banda base destinada ao tráfego da voz terá de ser partilhada.
Nova política definida pela FFC (Federal Communications Commission) nos Estados
Unidos no último trimestre de 2004.
Fiber-to-the-Home
©João Pires Planeamento e Projecto de Redes (09/10) 196
Evolução da FTTH nos Estados Unidos
Fonte: RVA LLC, MarketResearch & Consulting
Decisão da FCC (Federal Communication Commission) de desregulamentar o acesso FTTH
©João Pires Planeamento e Projecto de Redes (09/10) 197
Técnicas de Duplexagem
• Duplexagem por divisão na frequência (FDD)As direcções de transmissão são separada no domínio da frequência.
• Duplexagem por divisão no comprimento de onda (WDD)As direcções de transmissão são separadas no domínio do comprimento de onda.
• Duplexagem por divisão no tempo (TDD)As direcções de transmissão são separadas no domínio do tempo. Esta técnica também se designa por TCM (Time CompressedMultiplexing)
• Cancelamento de eco (EC)Separa os dois sentidos de transmissão usando um híbrido associado a um cancelador de ecos.
©João Pires Planeamento e Projecto de Redes (09/10) 198
FDD e WDD
• Na duplexagem por divisão na frequência ou FDD (Frequency DivisonDuplexing) A comunicação nos dois sentidos é feita em bandas diferentes.
• Na duplexagem por divisão no comprimento de onda ou WDD (Wavelength Division Duplexing) a comunicação bidireccional sobre fibra óptica é garantida usando comprimentos de onda diferentes nos dois sentidos.
Frequênciaf2f1
Comunicação no sentido descendenteComunicação no
sentido ascende
Banda de guarda
MUX
DEMUX
Sentido descendente
Sentido ascendente
λ1
λ2
Fibra óptica
Usa-se nas aplicações de fibra óptiva no acesso, quer nas ligações ponto-a-ponto, quer nas ligações ponto-multiponto.
©João Pires Planeamento e Projecto de Redes (09/10) 199
Duplexagem por Divisão no Tempo
A→B B→A
A→B B→A
Δt
Δτ N/Db0 τg
A→B
Tempo
Central Local (A)
Assinante (B)
ΔL
Tempo de guarda
Bloco de N bits
SwitchT/R
Transmissor
Receptor
SwitchT/R
Transmissor
Receptor
Lacete de assinante (2 fios)
Assinante Central LocalDébito de transmissão no lacete
Dbo >2Db
Db
Débito da sequência binária
Δt=N/Db
Duração do bloco de N bits
Tempo de propagação na linha
Δτ= ΔL /vg
Δt=2N/Db0+2Δτ+2τg
Durante Δt é necessáriogarantir uma comunicação
bidireccional
©João Pires Planeamento e Projecto de Redes (09/10) 200
Duplexagem EC
• Na duplexagem por cancelamento de eco (EC) a comunicação é feita nos dois sentidos usando o mesmo meio de transmissão (usualmente par simétrico).
• A separação dos dois sentidos é feita no receptor usando um híbrido e um cancelador de ecos.
• O híbrido é um dispositivo que converte ligações de 2 fios em quatro fios. Como este dispositivo não é ideal vai originar ecos, que vão interferir com o sinal recebido. O par também pode originar ecos.
HíbridoCanceladorde ecos
∑
Emissor
Receptor
y(t)
r(t))(ˆ tr-
+ x(t)
ecosLacete de assinante
(2 fios)
O cancelador de ecos é filtro adaptativo cujo objectivo é gerar uma réplica do eco ř(t),a qual vai ser subtraída do sinal z(t)= x(t)+r(t) . No caso ideal em que a réplica é perfeita tem-se um cancelamento total do eco.
©João Pires Planeamento e Projecto de Redes (09/10) 201
Tecnologias x-DSL
• O x-DSL é uma designação genérica para um conjunto de tecnologias deacesso de banda larga que operam sobre o par simétrico (cobre) e são derivadas do lacete digital do assinante ou DSL (Digital Subscriber Line).
IDSL DSL para aplicações em redes ISDN (RDIS). Suporta o acesso básico (2B+D) a 160 kbit/s e o acesso primário (30B+D) a 2.048 Mbit/s.
ADSL
ADSL2+
DSL assimétrico (Asymmetric DSL): Canal até 8 Mbit/s no sentido de cliente ou descendente (downstream) e até 800 kbit/s no sentido da rede ou ascendente (upstream).
SHDSL
DSL assimétrico 2+(Asymmetric DSL 2+): Canal até 24 Mbit/s no sentido de descendente e até 1.5 Mbit/s no sentido ascendente. A largura de banda usada duplica em comparação com o ADSL, passando de 1.1 MHz, para 2.2 MHz.
Symmetrical High Bit Rate DSL: Suporta débitos (simétricos) desde 192 kbit/s até 2.12 Mbits/s sobre 1 par simétrico, e desde 384 kbit/s até 4.62 Mbit/s sobre 2 pares. Não pode coexistir com o serviço telefónico.
VDSL2 Very High Bit Rate DSL 2: Canal até 100 Mbit/s no sentido descendente e até 50 Mbit/s no sentido ascendente. Usa uma largura de banda até 30 MHz.
DSLBonding DSL Bonding: Agrega várias linha DSL para suportar débitos mais elevados.
©João Pires Planeamento e Projecto de Redes (09/10) 202
ADSL (Asymmetrical DSL)
• O ADSL é uma tecnologia que permite uma transmissão assimétrica.A duplexagem pode ser por divisão na frequência ou por cancelador de eco.
0 4 25 138 150 1104Frequência (kHz)
Espe
ctro
Transmissão descendente
Transmissão ascendente
Voz (telefonia)
FDD 6 Mb/s :descendente 640 kbit/s: ascendente
Espe
ctro
Transmissão descendente
Transmissão ascendente
Voz (telefonia
0 4 25 138 150 1104Frequência (kHz)
EC8 Mb/s :descendente
800 kbit/s: ascendente
• Um sistema ADSL consiste em modems ADSL colocados em ambas as extremidades do par simétrico. A técnica de modulação mais usada é a modulação multi-tom discreto ou DMT (discrete multitone).
©João Pires Planeamento e Projecto de Redes (09/10) 203
Acesso em ADSL• A separação dos sinais telefónicos e ADSL é feita usando um filtro tanto nas
instalações de assinante como na central local.
• O tráfego proveniente de vários utilizadores é agregado através de um DSLAM (Digital Subscriber Line Access Multiplexer) o qual é usado para multiplexaros sinais provenientes de várias linhas DSL, num sinal de débito elevado.
• A rede de agregação corresponde a um novo nível de agregação. Tradicionalmente era baseada em comutadores ATM e em DSLAMs ATM (saídas STM-N). Está-se a evoluir para uma rede IP suportada em Ethernet. Neste caso usam-se DSLAMs IP com portos de saída em GbE ou 10 GbE.
DSLAM
Comutador telefónico
Multiplexador de Acesso ADSL
Rede telefónica
Acesso à rede IP, em ATM ou Ethernet
Splitter+filtro
Modem ADSL
Splitter+filtro
Par simétrico
Instalação de assinante (ATU-R)
Central local (ATU-C)
PC
ModemRede de
agregação
Rede de agregação
ATR-C (ADSL transceiver unit, central office ATR-R (ADSL transceiver unit, remote terminal
©João Pires Planeamento e Projecto de Redes (09/10) 204
Agregação ATM• Nas soluções baseadas no ATM podem-se ter arquitecturas com circuitos
virtuais (VC, virtual circuits) extremo-a-extremo, ou arquitecturas baseadas na agregação de VC.
PVC: Permanent virtual circuits
Na solução extremo-a-extremo faz-se uso de um PVC (ATM) para interligar um utilizador a um ISP. Este PVC é comutado por vários comutadores ATM antes de atingir o ISP. Na solução agregada vários PVC são agregados num dispositivo agregador em vez de serem simplesmente comutados. Reduz-se assim o numero de PVC que são terminados no ISP.
S. Mervana, C. Le, “Design andImplementation of DSL-based Access Solutions,”Cisco Press
DSLAMSwitchAgregadorSwitch
ATM
VC extremo-a-extremo Agregação de VC
©João Pires Planeamento e Projecto de Redes (09/10) 205
Rede ADSL
Fonte: José S. Brás, A Oferta de serviços de 3Play nas Redes Fixas, PT Comunicações, IST, Maio 2008
BRAS: Broadband Remote Access Server
©João Pires Planeamento e Projecto de Redes (09/10) 206
Very High-speed DSL (VDSL)
• O VDSL1 pode ser simétrico ou assimétrico.
1.5 km1.6 Mb/s13 Mb/s
0.3 km6.4 Mb/s54 Mb/s1 km3.2 Mb/s26 Mb/s
AlcanceDébito (Ascendente)
Débito (Descendente)
1.5 km6.5 Mb/s6.5 Mb/s
0.3 km25 Mb/s25 Mb/s1 km13 Mb/s13 Mb/s
AlcanceDébito (Ascendente)
Débito (Descendente)
0 .12 0.3 0.7 1 12 30
Sentido ascendente
Voz (telefonia)
Sentido descendente
f1 f2
RDISEs
pect
ro
Frequência (Hz)
Assimétrico Simétrico
Plano de frequências para o VDSL com duplexagem DDF
O VDSL1 usa no percurso descendente uma banda que vai até 12 MHz. Por sua vez o VDSL2 usa uma banda com uma frequência máxima de 30 MHz, permitindo 100 Mb/s. O VDSL2 também
substitui o ATM pela Ethernet (PCS:64/65).
©João Pires Planeamento e Projecto de Redes (09/10) 207
x-DSL ( Largura de banda/distância)
0
10000
20000
30000
40000
50000
60000
70000
80000
0 1000 2000 3000 4000 5000 6000 7000 8000Dist (m)
Déb (kbps)VDSL2 ADSL2+ ADSL
Note-se que o ADSL só permite débitos de 8 Mb/s até distâncias da ordem dos 3 km e o ADSL 2+ só permite 24 Mb/s para distâncias inferiores a 0-8-0.9 km. Para distâncias superiores a 1.6 km, o ADSL2+ conduz a melhores resultados do que o VDSL2.
Fonte: José S. Brás, A Oferta de serviços de 3Play nas Redes Fixas, PT Comunicações, IST, Maio 2008
©João Pires Planeamento e Projecto de Redes (09/10) 208
Diagrama dos Segmentos Funcionais
Fonte: Alexandre Ribeiro, “Redes de Acesso” Siemens, 2007
CPE (Customer Premises Equipment): equipamento requerido nas instalações do utilizador. Ex: modem ADSL (ATU-R), router, etc. Uma das funções do SPE consiste em encapsular o tráfego IP para ser transportada através da rede ADSL. A maior parte das soluções de encapsulamento usa ATM.
NSP (Network Serviçe Provider): responsável por oferecer serviços aos utilizadores domésticos e empresariais. Ex: Internet, VPN, VoD, IPTV, VoIP.
NAP (Network access provider): deve garantir que o CPE permite aceder aos serviços que o NSP tem para oferecer. Inclui: DLAM, componente de agregação e rede de núcleo
Elemento de rede de agregação
©João Pires Planeamento e Projecto de Redes (09/10) 209
Funções e Tipos de DSLAM
• Os DSLAMs são responsáveis por ligar os utilizadores à NAP, incluem modems xDSL e realizam comutação de circuitos virtuais.
• Tradicionalmente a interligação dos DSLAMs à rede core era feita usando ATM, a qual por sua vez era baseada em switches ATM.
• Nos IP-DSLAM os circuitos virtuais são terminados , o tráfego IP é extraído, sendo este entregue a uma rede IP/MPLS.
• Os IP-DSLAM têm a vantagem de poderem fazer agregação de tráfego, eliminando a necessidade de se usarem elementos de redede agregação.
• Os IP-DSLAM têm ainda a vantagem de poderem fazer multicast e deste modo têm um papel muito importante nas redes IPTV.
©João Pires Planeamento e Projecto de Redes (09/10) 210
Agregação ATM• Nas soluções baseadas no ATM podem-se ter arquitecturas com circuitos
virtuais (VC, virtual circuits) extremo-a-extremo, ou arquitecturas baseadas na agregação de VC.
PVC: Permanent virtual circuits
Na solução extremo-a-extremo faz-se uso de um PVC (ATM) para interligar um utilizador a um ISP. Este PVC é comutado por vários comutadores ATM antes de atingir o ISP. Na solução agregada vários PVC são agregados num dispositivo agregador em vez de serem simplesmente comutados. Reduz-se assim o numero de PVC que são terminados no ISP.
S. Mervana, C. Le, “Design andImplementation of DSL-based Access Solutions,”Cisco Press
DSLAMSwitchAgregadorSwitch
ATM
VC extremo-a-extremo Agregação de VC
©João Pires Planeamento e Projecto de Redes (09/10) 211
Arquitectura Centralizada
Fonte: Alexandre Ribeiro, “Redes de Acesso” Siemens/IST, 2007
©João Pires Planeamento e Projecto de Redes (09/10) 212
Arquitectura Distribuída
Fonte: Alexandre Ribeiro, “Redes de Acesso” Siemens/IST, 2007
IP-DSLAM: acumula as funcionalidades do DSLAM e do elemento de rede agregador
©João Pires Planeamento e Projecto de Redes (09/10) 213
Agregação ATM versus IP
Fonte: José S. Brás, A Oferta de serviços de 3Play nas Redes Fixas, PT Comunicações, IST, Maio 2008
BRAS: Broadband Remote Access Server
©João Pires Planeamento e Projecto de Redes (09/10) 214
– Interfaces para o antigo e para o novo “mundo”– Migração ao ritmo desejado pelo SP (Service Provider)– Garantia (pelo menos) da manutenção de serviços & receitas– Consolidação de plataformas de Rede/Redução de OPEX
Access
Gateway
Access Services
and Technologies
Metro/Aggregation/Edge and
Core Networks
POTS
ISDN
TDM
ADSL/2/2+
SHDSL
VDSL/2
Ethernet
WiMAX
GPON
etc.
SDH
PDH
TDM
ATM
Ethernet
IP
WDM
etc.
Convergência no Acesso (fonte: Maria Céu Azurara, Planeamento de Redes Fixas, PT/IST, 2007)
©João Pires Planeamento e Projecto de Redes (09/10) 215
IP DSLAM Multiserviço
Fonte: Nokia Siemens Networks
©João Pires Planeamento e Projecto de Redes (09/10) 216
IP-DSLAM Surpass hix5625
Carta ADSL2+
Carta VDSL2
GbE (conector óptico)
100/1000 Base T (RJ45)
Esta carta poderá ser duplicada se se usar protecção de carta
Interface óptica
Capacidade do equipamento15 cartas ADSL2+ (72 portos) 15×72=1080 15 cartas SHDL (48 portos) 15 ×48=720 15 cartas VDSL2 (24 portos) 15 ×24= 360
Uplinks
4 portos GbE ou 4 portos 100/1000 Base T
©João Pires Planeamento e Projecto de Redes (09/10) 217
Cenário de Rede (I)
Fonte: Nokia Siemens Networks
©João Pires Planeamento e Projecto de Redes (09/10) 218
Cenário de Rede (II)
Fonte: Alexandre Ribeiro, “Redes de Acesso” Siemens /IST, 2007
©João Pires Planeamento e Projecto de Redes (09/10) 219
Equipamento NSN (I)
Fonte: Alexandre Ribeiro, “Redes de Acesso” Siemens/IST, 2007
©João Pires Planeamento e Projecto de Redes (09/10) 220
Equipamento NSN (II)
Fonte: Alexandre Ribeiro, “Redes de Acesso” Siemens /IST, 2007
©João Pires Planeamento e Projecto de Redes (09/10) 221
Evolução dos Débitos no Acesso
Fonte: Heavy Reading (“TheRace to the Home: FTTH Technology Option”, NetEvents Hong Kong)
A linha a azul representa a evolução do débitos do acessos sobre cobre usando: 1) modems, com débitos entre 1.2 kb/s (1990) e 56 kb/s (1996); 2) x-DSL, que permitiu evoluir os débitos até cerca de 2 Mb/s (2005).
A linha a verde extrapola a taxa de crescimento histórica: um factor crescimento de 2.29 ao ano. A linha a vermelho admite uma aceleração do crescimento a partir de 2004, para um factor de 3 ao ano.
100 Mb/s 1 Gb/s
©João Pires Planeamento e Projecto de Redes (09/10) 222
Fibra Óptica: A Solução
• Dentro de 3 a 5 anos débitos de 100 Mb/s no acesso será algo trivial.
• Se as taxas de crescimento de tráfego se mantiveram serão de esperar, daqui a 10 anos, débitos no acesso de 1 Gb/s.
• As tecnologias x-DSL, especialmente ADSL, estão a atingir os limites: limitações de banda e assimetria.
• A solução está na generalização da utilização de fibraóptica na rede de acesso.
©João Pires Planeamento e Projecto de Redes (09/10) 223
Arquitecturas de Rede
• Ponto-a-ponto (P2P)Um porto OLT (conversão O/E+E/O) na central local por cada cliente.
• Ponto-Multiponto (P2MP)Um porto OLT na central por cada N clientes, com N tipicamente entre 8 e 64.
©João Pires Planeamento e Projecto de Redes (09/10) 224
Arquitecturas de Rede(II)
• P2P
• P2MP
Central Local (OLT)
ONU/ONT
ONU/ONT
ONU/ONT
ONU/ONT
Central Local (OLT)
ONU/ONT
ONU/ONT
ONU/ONT
ONU/ONT
Ponto de derivação
O ponto de derivação pode ser activo ou passivo
Fibra de alimentação
ONU: Optical Network Unit (designação IEEE) ONT: Optical Network Terminal (designação ITU-T )
A OLT (Optical Line Terminal) proporciona uma interface entre a componente óptica da rede e a rede do operador. Pode incluir interfaces 1GbE, 10 GbE, STM-N (SDH).
A ONU/ONT é um dispositivo que termina a componente óptica do lado do cliente. As ligações ao equipamento deste é feita usando Ethernet sobre par simétrico, x-DSL, ou cabo coaxial.
©João Pires Planeamento e Projecto de Redes (09/10) 225
Ponto-a-Ponto
• Duas fibras (Ex: IEEE 802.3z 1000BASE-LX)Uma fibra por cada direcção de transmissão (10 km @ 1 Gbps)
• Uma fibra (IEEE 802.3ah, 1000BASE-BX10-D e BX10-U)
Fonte: Cisco SFP Optics forGigabitEthernet Applications
1. 25 Gbps
1. 25 Gbps
Débito (linha)
-3 a -9
-3 a -9
Potência Óptica Tx (dBm)
10149013101000 Base-BX10-U
10131014901000 Base-BX10-D
Distância(km)
Rx_lambda(nm)
Tx _lambda(nm)
Norma
©João Pires Planeamento e Projecto de Redes (09/10) 226
Ponto-Multiponto
• Estrela Activa ( Ethernet Activa)O ponto de derivação é um nó activo, normalmente um switchEthernet , que é usado para agregar tráfego proveniente de diferentes ONUs/ONTs: Ethernet comutada+ ponto-a-ponto.
• Estrela Passiva (PON)O ponto de derivação é passivo, ou seja é constituído por um splitter/combinador óptico passivo: Passive Optical Network(PON).
©João Pires Planeamento e Projecto de Redes (09/10) 227
Soluções em Fibra (FTT-x)
• Na arquitectura FTTH (fibre to the home) a fibra óptica vai até às intalações do assinante, e deste modo a ONU realiza as funções da NT( Network Termination).
• Na arquitectura FTTC (Fibre To The Curb) ou FTTB (Fibre to theBuilding) cada ONU serve entre 10 a 100 casas, ou edifício ( <300 m do assinante). Neste caso há uma rede de distribuição adicional entre a ONU e a NT, em cobre (par simétrico, ou par coaxial) ou via rádio.
• A solução FTTCab ( Fibre To The Cabinet) a ONU está mais afastada do assinante (<1.5 km), requerendo também uma rede de distribuição adicional.
• Outra arquitectura alternativa, designada rede óptica passiva ou PON (Passive Optical Network), usa um repartidor óptico passivo para dividir o sinal proveniente da OLT por várias ONUs.
©João Pires Planeamento e Projecto de Redes (09/10) 228
Redes Ópticas Passivas para FTT-x
ONU
ADSL ( < 6 km )
FTTEx
ONUADSL2+ ( <1.5 km )
FTTCab/N
ONU VDSL1( < 300 m )
FTTC
ONT
FTTH/B
NT
NT
NTConcentrador (UR)
OLT
Central Local
Fibra óptica
Cobre
OLT: Optical Line Termination ONT: Optical Network Termination
FTTEx: Fibre-to-the-Exchange FTTCab/N: Fibre-to-the-Cabinet /Node FTTC: Fibre-to-the-Curb FTTB: Fibre-to-the-Building FTTH: Fibre-to-the-Home
8 Mbit/s@3 km
24 Mbit/[email protected] km
55 Mbit/[email protected] km
100 Mbit/[email protected] km VDSL2
©João Pires Planeamento e Projecto de Redes (09/10) 229
Tipos de PONs
• Como todos os ONUs partilham a mesma fibra de alimentação e o mesmo porto na OLT, é necessário usar técnicas de acesso múltiplo para evitar colisões na comunicação cliente-central.
• TDM/PON: O acesso múltiplo opera no domínio do tempo (TDMA: Time Division Multiple Access), ou seja não é permitido a duas ONUs transmitirem no mesmo instante.
• WDM/PON: O acesso múltiplo opera no domínio do comprimento de onda (WDMA: Wavelength Division MultipleAccess), ou seja não é permitido a duas ONUs transmitirem no mesmo comprimento de onda.
©João Pires Planeamento e Projecto de Redes (09/10) 230
PON vs P2P: dimensão das condutas
• Exemplo: rede FTTH com 20 000 clientes (Fonte FT, Globecom 08)
• Solução GPON com 1:64: 3 cabos de alimentação, cada cabo com 144 fibras e com um diâmetro de 13.5 mm.
• Solução P2P: 28 cabos, cada cabo com 720 fibras e com um diâmetro de 25 mm.
PON
P2P
A solução P2P requer uma conduta com uma área cerca de 20 vezes superior à PON
Sempre que o espaço disponível nas condutas seja um bem escasso a solução a adoptar deverá ser a PON. Nos outros casos a P2P deverá ser tida em conta no projecto.
Cabo de 13.5 mm
Cabo de 25 mm
©João Pires Planeamento e Projecto de Redes (09/10) 231
Detalhes da instalação FTTH
• Redes de fibra num prédio
Cabo vária dezenas de fibras
Caixa de distribuição do prédio
Caixa de distribuição do andar
Caixa de terminação
Fonte: Corning Caixa multi-operador
Fibra insensível a curvas
©João Pires Planeamento e Projecto de Redes (09/10) 232
Arquitectura TDM-PON
• A ligação descendente (OLT-ONU) é feita no comprimento de onda de 1490± 10 nm e a ascendente (ONU-OLT) no comprimento de onda de 1310 ±20 nm.
• As variantes da TDM-PON mais usadas são a GPON (Gigabit PON) e EPON (Ethernet PON). A primeira opera a um débito de linha agregado de 2.488/1.244 Gbps e a segunda a 1.25 /1.25 Gbaud.
Laser
Receptor
Laser
Receptor
Laser
Receptor
Laser
Receptor
Repartidor/combinador
OLTNó de repartição
ONU 1
ONU N
1310/1490 nm duplexorWDM
1490 nm
1310 nm
ONU k
As ONUs operam ao débito de linha agregado
O comprimento de onda de 1.55 μm, também é usado para soluções de vídeo “overlay”, como seja por exemplo televisão em RF.
Max de 10 ou 20 km
A componente de rede entre a OLT e ONU designa-se ODN (OpticalDistribution Network)
DuplexorWDM
©João Pires Planeamento e Projecto de Redes (09/10) 233
Dimensionamento Físico da PON
• Estrutura de uma PON
• Balanço de potências
1:N
OLT
Repartidoróptico passivo
ONU
ONU
La
Ld
ONUConectores
λa=1310 nm
λd=1490 nm
xirdasrmim
s ALDPALLMPP +Δ+++++≥ )()( maxλαValor mínimo da
potência média emitida
rP sensibilidade do receptor, Ms margem de funcionamento, Ax perdas extra (conectores, duplexores, etc.), Ar perdas de derivação, perdas devidas à dispersão, Ad perdas de inserção dos acopladores)( LDPi λΔ
(dB) log)(log10 210 NANA dr +=
xrascscs AALMPP +++−≤ αmaxValor máximo da potência média emitida
scP potência de sobrecarga, Msc margem de funcionamento para a potência máxima
Na ONU e na OLT terão de se usar duplexores de comprimento de onda para agregar/separar os diferentes comprimentos de onda.
©João Pires Planeamento e Projecto de Redes (09/10) 234
Sub-camada PMD (EPON)
• O débito de linha é igual a 1. 25 Gbaud (8B10B) ao que corresponde um débito de informação de 1 Gbit/s.
• Factor de repartição máximo é igual a 32 (típico 16).
• A atenuação máxima permitida no ODN é igual a 20 ou 24 dB, respectivamente para um comprimento de 10 ou 20 km para a ligação ascendente. Para a descendente esses valores reduzem-se para 19.5 e 23.5 dB.
• Para 20 km a largura de linha do laser é 0.3 nm para downstream (1490 nm) e 2.5 nm para upstream (1310 nm).
-27/4-24/4-24/7-24 /22 a 7-3 a 2-1 a 4-1 a 4
20 km10 km20 km10 km20 km10 km20 km10 km
Descendente Ascendente Descendente Ascendente
Sensibilidade do receptor/sobrecarga(dBm) (mínimos) (*)Limites da potência óptica (dBm)
(*) BER=10-12
©João Pires Planeamento e Projecto de Redes (09/10) 235
Sub-camada PMD (GPON) (ITU-T G.984.2)
• Os débitos binários típicos são 2.48832 Gb/s (descendente) e 1.24416 Gb/s (ascendente).
• Factor de repartição máximo é igual a 64.
• A atenuação máxima permitida no ODN é igual a 20 dB para a Classe A, 25 dB para a Classe B (29 dB Classe B+) e 30 dB para a classe C. A diferença máxima de atenuação entre ONUs é igual a 15 dB.
• A distância máxima é igual a 20 km usando um laser DFB na ligação ascendente, ou 10 km se se usar um laser Fabry-Perot.
-28/-8-21/-1-21/-1-29/-8-28/-7 -24/-3 5 a 9 3 a 7 0 a 4 2 a 7 -2 a 3 -3 a 2
ClasseC
Classe B
ClasseA
ClasseC
ClasseB
ClasseA
Classe C
Classe B
Classe A
Classe C
Classe B
ClasseA
Descendente (2.5 Gbit/s)Ascendente (1.2 Gbit/s)Descendente (2.5 Gbit/s)Ascendente (1.2 Gb/s)
Sensibilidade do receptor/sobrecarga(dBm) (mínimos) (*)Limites da potência óptica (dBm)
(*) BER=10-10
©João Pires Planeamento e Projecto de Redes (09/10) 236
Orçamento de Potência
2.5 dB-1.0dBConectores ( 4 × 0. 25 dB)
3.5 dB- 5.0 dBPerdas na fibra (0.25 dB/km × 20 km)
8.5 dB-16.5 dBPerdas no splitter (1:32)
25.0 dB- 3.0 dBPerdas nos duplexores WDM (2 × 1.5 dB)
28.0 dBAtenuação máxima permitida
- 21 dBmONT (sensibilidade do receptor)
+7.0 dBmOLT (saída do laser)
Margem depotência (dB)
Saída/sensibilidade/perdas
Perdas dos componentes
Orçamento de potência para a GPON (descendente, 1490 nm) considerando componentes de Classes B
Notas: 1) Para o orçamento ascendente é necessário adicionar a penalidade associada ao facto do receptor operar em “burst mode” (tipicamente 1 dB). 2) Se se usasse um splitter 1: 64 a atenuação por ele introduzida seria igual a 19. 9 dB (log10 64 + 0.3 log2 64 ). A margem do sistema anterior não seria suficiente para compensar a atenuação adicional ( 3.4 dB). Para suportar este factor de derivação seria então necessário usar óptica de classe C.
Margem do sistema
©João Pires Planeamento e Projecto de Redes (09/10) 237
Aspectos da camada física da XG-PON
• A XG-PON espera-se que opere com um débito descendente de 10 Gb/s e ascendente de 2.5 Gbit/s.
• A implementação do canal descendente, que como está em estudo irá operar na banda (1575 -1580 nm) impõe alguns desafios.
A 10 Gb/s o efeito da dispersão da fibra óptica não pode ser ignorado. Assim, o laser da OLT não pode usar modulação directa, requerendo por isso modulação externa. Como na saída de um modulador externo a potência é reduzida requer-se a utilização de um amplificador óptico.
O facto de o débito aumentar quatro vezes quando se evolui da GPON para XG-PON faz com que a sensibilidade do receptor se degrade 6 dB. Em vez da sensibilidade de -21 dBm referida anteriormente ter-se-ia por isso -15 dBm (para um fotodetector PIN). Esta redução de sensibilidade pode ser parcialmente compensada usando um FEC (Forward Error Correction) que permite um ganho de 4 dB.
Tx
RxDuplexorWDM
Amplificador óptico
Se se considerar que na saída do amplificador se tem uma potência de 10 dBm, um receptor com uma sensibilidade de -15 dBm e que se usa um FEC que introduz um ganho de 4 dB, então o orçamemto de potência suporta 29 dB (Classe B+).
OLT
©João Pires Planeamento e Projecto de Redes (09/10) 238
Arquitectura da EPON (P2MP)
A sub-camada PCS é responsável pela codificação 8B10B, como no caso da GbE. Isto implica que embora à EPON corresponda um fluxo de informação bidireccional a 1 Gbit/s, a transmissão é feita no meio óptico a um débito de símbolo de 1.25 Gbaud/s. Como opção, esta sub-camada também pode implementar um código do blocos RS(255,239).
A sub-camada PMA é responsável por converter um fluxo de bits paralelo proveniente da sub-camada PCS num fluxo série.
A sub-camada PMD é responsável por definir as características ópticas do transceptor e pela ligação à fibra através do MDI.
A principal diferença entre a EPON e a Ethernet P2P é a presença da sub-camada MPMC. Esta sub-camada é responsável por executar um protocolo de acesso múltiplo que regula o acesso das diferentes ONUs ao canal ascendente.
©João Pires Planeamento e Projecto de Redes (09/10) 239
Formato da Trama (IEEE 802.3)
• A estrutura da trama EPON é idêntica à da Ethernet (IEEE 802.3),com excepção do campos preâmbulo/SFD.
• A trama começa com o SLD (Start LLID delimiter), que é delimitado de ambos os lados por 2 bytes com um padrão fixo. Segue-se o LLID e um campo CRC para proteger os campos SLD e LLID.
FCSDados+ Enchimento (Pad)
Comprimento / Tipo
Endereço de fonte
Endereço de destino
SFD
Preâmbulo
7 1 6 6 2 46-1500 4 octetos
0x5555 2 bytes
SLD 1 byte
0x5555 2 bytes
LLID 2 bytes
CRC 1 byte
8 bytes
Modo 1 bit
ID 15 bits
O primeiro bit do campo LLID (Logical Link Identifier) é um bit que indica o modo como o tráfego é enviado: difusão (1) ou unicast(0). No processo de difusão a mesma trama é enviada para todas as ONUs. Os 15 bits restantes são capazes de suportar 32 768 diferentes ONUs lógicas.
©João Pires Planeamento e Projecto de Redes (09/10) 240
Protocolo MPCP
• O protocolo MPCP (Multipoint Control Protocol) é usado pela EPON para regular o fluxo de tráfego e foi desenvolvido pelo grupo IEEE802.3ah. Usa dois tipos de mensagens REPORT/GATE.
• O MPCP é responsável por funções tais como auto-descoberta, registo de ONUs, alinhamento para as novas ONUs adicionadas à rede.
• O MPCP proporciona ainda um plano de controlo para coordenar a transmissão ascendente, o qual fiscaliza a ocupação das filas deespera nas ONUs e atribui largura de banda para transmissão ascendente a cada ONU em função dessa ocupação.
• A atribuição da banda é feita usando um algoritmo DBA (DynamicBandwidth Assigmnent), o qual usa as mensagens GATE (GRANT) e REPORT.
©João Pires Planeamento e Projecto de Redes (09/10) 241
Funções da OLT e ONU/ONT na EPON
• Como acontece na generalidade das PONs a OLT funciona como o controlador de rede.
• Todas a comunicações têm lugar entre a OLT e as ONUs, ou seja não há interacção directa entre as ONUs. Cada ONU é identificada pelo seu LLID(Logical Link Identifier).
• Funções da OLT:Processo de descoberta: Verifica se uma nova ONU se juntou ou abandonou a rede.
Controlo de registo: Controla o registo das novas ONUs adicionadas à rede.
Gestão de banda: Atribui a cada ONU uma banda apropriada no canal ascendente.
Processo de alinhamento (ranging) e sincronismo: Calcula o atraso temporal entre a OLT e cada ONU; gera mensagens de sincronismo (time-stamped) de modo a garantir que as ONUs e a OLT tenham uma referência temporal comum.
©João Pires Planeamento e Projecto de Redes (09/10) 242
Operação da EPON (descendente)
• No sentido descendente as tramas Ethernet transmitidas pelo OLT passam através de um repartidor (splitter) 1:N e chegam a cada ONU.
• Todas as tramas são difundidas pela OLT para todas as ONUs, as quais extraiem as tramas que lhe são destinadas com base na etiqueta LLID. Note-se que a LLID só está presente dentro de EPON. Antes de enviar as tramas para o cliente a LLID é eliminada pela ONU.
LaserOLT ONU 2
3 2 1 2 3 2 1 2
ONU 33 2 1 2
ONU 13 2 1 2
Trama Ethernet
1
2
3
2
Cada ONU extrai a trama que lhe é destinada usando a etiqueta LLID , e rejeita todas as outras tramas recebidas.
Repartidor (Splitter) Óptico
0& LLID=10& LLID=3
©João Pires Planeamento e Projecto de Redes (09/10) 243
Operação da EPON (Ascendente)
• No sentido ascendente há o problema da contenção. Duas tramas que cheguem simultaneamente ao OLT colidem. Para ultrapassar esse problema usa-se o protocolo MPCP.
• Para sincronizar as diferentes ONUs o protocolo MPCP baseia-se num esquema TDMA (Time Division Multiple Access) . Assim, a cada ONU é alocado um time-slot, com capacidade para transportar várias tramas Ethernet.
LaserOLT ONU 2
ONU 3
ONU 1
Trama Ethernet
1
2
3
2
Combinador3 333 3
2 2
1
1 2 2 33 3
Time-slot
Cada ONU armazena em memória as tramas recebidas dos utilizadores até que o seu time-slot chegue. Nesta altura envia todas as tramas armazenadas em rajada, à velocidadamáxima do canal. Se não houver tramas em número suficiente para encher um time-slot são enviados caracteres de 10 bit sem informação.
Os esquemas de alocação de time-slots podem ser estáticos ou dinâmicos. Neste último caso a dimensão do time-slot é ajustada em função da fila de espera na ONU.
0& LLID=1
Todas as tramas enviadas por uma ONU devem ser etiquetadas com o seu próprio LLID.
0& LLID=2
©João Pires Planeamento e Projecto de Redes (09/10) 244
Algoritmo DBA
• O conjunto dos N time-slots correspondentes aos N ONUs designa-se por ciclo. A duração de um ciclo é denominada por T. A duração de cada time-slot (janela de transmissão) é variável, sendo atribuída pelo DBA em função da ocupação das filas de espera da ONU.
• A cada ONU é atribuída uma janela de transmissão máxima de Wi, max (em bytes). O tempo de ciclo máximo, correspondente a N ONUs, é dado por
∑=
⎟⎟⎠
⎞⎜⎜⎝
⎛ ×+=
N
i
ig D
WT
1
max,max
8τ τg: intervalo de guarda (segundos),
D: Débito binário na linha
Os time-slots estão organizados sequencialmente, com um intervalo de guarda de modo a evitar colisões na OLT devido a flutuações no RTT (round-trip time). Este é dado por 2d/v, onde d é a distância entre a OLT e a ONU e v é a velocidade de propagação na fibra. Este tempo é calculado pela OLT através das mensagens Report/Grant (Gate).
Na figura uma OLT atribui permissão Gate a uma ONU logo após a recepção do seu Report. No ciclo seguinte essa ONU já vai transmitir na janela de transmissão atribuída pela OLT.Fonte: João Santos,
TFC, IST, 2006
©João Pires Planeamento e Projecto de Redes (09/10) 245
Serviços e Arquitectura da GPON
• A OLT serve como interface entre a PON e a rede do operador e suporta diferentes tipos de tráfego, tais como:
– IP sobre Fast, Gibabit, ou 10 Gbit Ethernet:– TDM sobre interfaces SDH;– ATM UNI entre 155-622 Mb/s.
• Por sua vez a ONT termina a PON e apresenta diferentes interfaces para o utilizador que suportam voz (POTS), VoIP, Ethernet, etc.
• A arquitectura da GPON é a seguinte:
Transmission convergence (TC) adaptation sub-layer
GPON TC framing sub-layer
GPON physical media dependent (PMD) layer
Transmissionconvergence(TC) layer
Cliente ATM Cliente TDM Cliente GEM
Qualquer tipo de tráfego dos clientes que não seja ATM ou TDM ( ex: Ethernet, IP, etc) é encapsulado em tramas GEM (GPON encapsulation method). Estas tramas têm comprimento variável e permitem transportar no máximo 1500 bytes de carga. Se houver necessidade de transportar pacotes de maior dimensão é necessário recorrer a fragmentação.
©João Pires Planeamento e Projecto de Redes (09/10) 246
Multiplexagem na GPON
Tráfego ATM
Tráfego GEM
Estrutura do segmento GEM
PLI 12 bits
Port ID 12 bits
PTI 3 bits
CRC 13 bits Campo de informação
Payload lengthindicator
Payload typeindicator
(As ligações são identificadas pelo porto o qual é identificado pelo Port ID)
O tráfego upstream é transportado nos T-Conts(Transmission Containers). Estes são identificados pelos Alloc-ID.
Fonte: João Santos, NSN
©João Pires Planeamento e Projecto de Redes (09/10) 247
GPON vs EPON
EthernetEthernet, ATM, TDMTráfego suportado
≈ 65-70% ≈ 93%Eficiência média (ε)
20/24 dB (10, 20 km)20/25/30 dB (Classe A, B, C)Atenuação máxima
≈ 45 Mb/s @ 1:16 (ε=72%)≈ 70 Mb/s @ 1:32 (ε=92%)Débito médio por ONU
10/20 km10/20 kmMáximo alcance
1:32 ; 1:16 (típica) 1:64Derivação máxima
1250 Mbaud (1 Gb/s Eth)155, 622, 1244, 2448 Mb/sDébito de linha ascendente
1250 Mbaud (1 Gb/s Eth )1244, 2448 Mb/sDébito de linha descendente
IEEE 802.3ahITU-T G984 Norma
EPONGPON
A eficiência refere-se à fracção do débito usada para transporte de dados. A menor eficiência da EPON resulta de tempos de guarda maiores e um maior cabeçalho dedicada para correcção de erros e outras funções (8B/10B). No cálculo do débito médio considerou-se um utilização completa e sem bloqueio da PON.
©João Pires Planeamento e Projecto de Redes (09/10) 248
Soluções de G-PON de Nova Geração
Fonte:http://cms.comsoc.org/SiteGen/Uploads/Public/Docs_Globecom_2009/EffenbergerXGPON1review.pdf
©João Pires Planeamento e Projecto de Redes (09/10) 249
Notas sobre XG-PON (10G-PON)
• Espera-se que a norma esteja pronta no fim de 2010.
• O débito descendente é cerca de 10 Gb/s, enquanto o débito ascendente é de 2.5 Gb/s para a XG-PON1 (ou 10 Gb/s futuramente: XG-PON2).
• Deve haver compatibilidade com a G-PON e E-PON. Para garantir essa compatibilidade pode-se ter o seguinte plano de lambdas:
• A atenuação máxima suportada estará situada entre 28.5 e 31 dB, para BER=10-12 .
1260 1280 1290 1310 1330 1480 1500 1530 1540
1570 1580
Lambda (nm)
G-PON G-PONXG-PON XG-PONVideo- RF
©João Pires Planeamento e Projecto de Redes (09/10) 250
Coexistência entre a GPON e a XG-PON1
Fonte: Huawei Technologies CO., LTD
©João Pires Planeamento e Projecto de Redes (09/10) 251
Soluções WDM-PON
• Nas PON baseadas em WDM (Wavelength DivisionMultiplexing) a cada ONU é atribuído um comprimento de onda (lambda).
• Tal como no caso do P2P cada ONU opera ao débito binário individual (e não agregado) e a privacidade da ligação está garantida sem necessidade de encriptação, como acontece na TDM-PON.
• As redes WDM-PON baseiam-se quer no DWDM (Dense-WDM), quer no CWDM (Coarse-WDM).
• As soluções DWDM operam na janela de 1550 nm e as principais variantes são: 1) broadcast & select; 2) wavelengthrouting
©João Pires Planeamento e Projecto de Redes (09/10) 252
Arquitectura DWDM-PON:broadcast & select
• Na arquitectura broadcast & select a banda de lambdas usada é difundida para todas as ONTs, para posteriormente cada ONT seleccionar o seu lambda próprio usando um filtro óptico.
• No sentido ascendente cada ONT emite no seu comprimento de onda próprio, as quais são combinadas passivamente no nó de repartição.
Matriz de Lasers
Matriz de Receptores
Laser
Receptor
Laser
Receptor
Laser
Receptor
Repartidor/combinador
OLT Nó de repartição
ONT 1
ONT N
ONT k
A electrónica de cada ONU opera ao débito individual da ONU
λ1, λ2, ........ ,λN
λN+1, λ N+2 ..,λ 2N
λ1, λ2, ........ λN,
FiltroλN+1
λN+k
λ 2N
λ1, λ2, ........ λN,
λ1, λ2, ........ λN,
©João Pires Planeamento e Projecto de Redes (09/10) 253
Arquitectura DWDM-PON:wavelength routing
• O derivador óptico é substituído por um encaminhador óptico tipoAWG (Arrayed Waveguide Grating).
• O encaminhador envia os diferentes comprimentos de onda para os diferentes ONTs. A utilização do AWG vai eliminar as perdas de derivação da solução broadcast & select.
Matriz de Lasers
Matriz de Receptores
Laser
Receptor
Laser
Receptor
Laser
Receptor
Repartidor/combinador
OLT Nó de repartição
ONT 1
ONT N
ONT k
Permite suportar mais de 80 lambdas o que corresponde a mais de 40 ONUs, com débitos individuais por ONU até 10 Gb/s
λ1, λ2, ........ ,λN
λN+1, λ N+2 ..,λ 2N
λ1
SplitterλN+1
λN+k
λ 2N
λN,
λk
combinador
AWG
Todas as ONTs operam com comprimentos de onda diferentes: ONTs coloridas
©João Pires Planeamento e Projecto de Redes (09/10) 254
Solução para ONTs não Coloridas
• Um possível solução para ultrapassar o problema das ONTs coloridas proposta pela NORTEL, usa nos ONTs lasers cujo comprimento de onda de emissão é determinado por um sinal de referência usando a técnica de “injection locking”.
• Os sinais de referência são gerados por uma fonte de luz de banda muito larga. Essa fonte de luz é um EDFA que gera ruído ASE (amplifiedspontaneous emission). Essa fonte está na OLT e o sinal óptico de banda muito larga vai ser filtrado pelo AWG e dividido em N fatias que são enviadas para os N ONTs.
A técnica de “injection locking” baseia-se na injecção do sinal de um laser (normalmente de baixa potência) (laser mestre) na entrada de um outro laser (laser escravo). Se o comprimento de onda de emissão do laser mestre estiver suficientemente próximo do comprimento de onda do laser escravo, a injecção faz com este último passe a oscilar exactamente no comprimento de onda do laser mestre.
Fonte: “Ethernet over WDM-PON technology overview”, Nortel, 2008
©João Pires Planeamento e Projecto de Redes (09/10) 255
CWDM-PON
• Usa componentes de baixo custo com os lambdas espaçados de 20 nm. Na segunda e terceira janela (1280-1600 nm) só são suportados 16 canais, ou seja 8 ONUs
• Exemplo de uma rede CWDM (Coarse-WDM) com 4 lambdas por cada direcção e 10 Gb/s por canal (Fonte: T. Shih et al., “A 40 Gb/s bidirectional CWDM-PON....”, OECC08)
CW
DM
M
UX
CW
DM
M
UX
WDM
15xx nm
13xx nm
WDM
CW
DM
M
UX
CW
DM
M
UX
WDM
WDM
WDM
WDM1510 nm1530 nm1550 nm1570 nm
1290 nm1310 nm1330 nm1350 nm
WDM
WDM
WDM
WDM
1290 nm
1510 nm
1310 nm
1530 nm
1550 nm
1330 nm1570 nm
1350 nmOLT Ponto de repartição ONU
10 km, 40 Gb/s
Mulriplexer de 13xx /15XX
©João Pires Planeamento e Projecto de Redes (09/10) 256
WDM-PON: Prós e Contras
• Suporta todos os serviços (Ethernet, TDM, ATM, etc.) de modo transparente.
• Suporta débitos por ONT muito elevados (até 10 Gb/s) numa topologia lógica ponto-a-ponto.
• Requer um número elevado de interfaces ópticas na OLT (16 no caso do CWDM-PON, e várias dezenas no caso da DWDM-PON).
• Requer interfaces ópticas coloridas na ONT, já que cada ONT processa lambdas diferentes ( problema CAPEX/OPEX), ou o desenvolvimento de ONTs colourless complexas.
• A variante DWDM requer lasers DFB muito estáveis devido ao espaçamento entre canais ser reduzido e por isso muito caros.
Prós
Contras
©João Pires Planeamento e Projecto de Redes (09/10) 257
WDM-PON: Cenários de Aplicação
• A variante DWDM conduz a soluções muito caras, não compatíveis com os requisitos de baixo custo da rede de acesso.
• A variante CWDM conduz a redes de dimensões reduzidas e por isso de fraco interesse prático.
• A WDM-PON não se afigura como alternativa viável, pelo menos a curto prazo, para aplicações de acesso óptico domésticas.
• As redes híbridas metro-acesso são talvez o cenário de aplicação mais apropriado para as soluções WDM.
©João Pires Planeamento e Projecto de Redes (09/10) 258
Redes Híbridas Metro- Acesso
• O objectivo destas redes consiste em integrar a componente de acesso de de metro numa única rede
• Permitem reduzir o número de OLTs, aumentar o alcance e o factor de derivação e reduzir o CAPEX e OPEX
Nó Metro
Central Local
OLTOADMOADM
OADMOADM
OADMOADM
OADMOADM
OLT
Rede Metropolitana Rede de Acesso
Ponto de repartição
Fibra óptica de serviço
Fibra óptica de protecção
OADM: Optical Add&Drop Multiplexer
ONT
ONT
ONT
Rede de Núcleo
Lambda
DWDM
©João Pires Planeamento e Projecto de Redes (09/10) 259
Protecção de PONs (ITU-T G983.1)
Os elementos mais críticos são a OLT fibra de alimentação e splitter
©João Pires Planeamento e Projecto de Redes (09/10) 260
Esquemas de Protecção de PONs (II)• Esquema a):Só introduz redundância de fibra entre a OLT e o splitter. Qualquer
falha na OLT, impede a rede de funcionar. Qualquer falha numa fibra entre o splittere a ONU/OLT, ou entre numa ONU/OLT só afecta um utilizador.
• Esquema b): Introduz redundância a nível de toda a PON. Este esquema de protecção, protege contra todo o tipo de falhas simples (OLT, fibra, splitter e ONU), e torna possível a existência de comutação de protecção sem afectar o tráfego. No entanto vai duplicar o custo da PON, fazendo com que tenha pouco interessa económico.
• Esquema c): Introduz redundância a nível a OLT e da fibra de alimentação. Qual falha nestas entidades conduz à comutação de toda árvore afectada, permitindo recuperar todo o tráfego. As ONUs/ONTs não estão protegidas. Não é possível comutação de protecção sem afectar o tráfego. O principal senão deste esquema reside no facto da OLT em stand-by (redundante) não poder ser usada.
• Esquema d) É o esquema que permite um maior nível de sobrevivência na medida em que permite suportar múltiplas falhas na rede de fibra. No entanto utiliza demasiado equipamento redundante e a gestão das interfaces não é fácil. Por isso esta solução também não é atractiva.
©João Pires Planeamento e Projecto de Redes (09/10) 261
Mercado FTTH/B por Tecnologia (previsão 2011)
FTTH Market by Technology, Dec 2011
23%
50%
1%
26%
GPONEPONOther PONActive
Fonte: Heavy Reading report, FTTH Worldwide Market & Technology Forecast, 2006-2011, June 2006
A tecnologia EPON será dominante nos países asiáticos.
A tecnologia GPON será dominante nos EU e Europa.
©João Pires Planeamento e Projecto de Redes (09/10) 262
Penetração das Soluções FTTH e FTTB em 2009
Fonte:Fiber-to-the-HomeCouncil, Fev. 2009
©João Pires Planeamento e Projecto de Redes (09/10) 263
Previsão para a Penetração da FTTH/B em 2011
Fonte: HeavyReading, “FTTH Worldwide Market & Technology Forecast, 2006-2011,” June 2006
Taxa de penetração média em 2011: 21 %
©João Pires Planeamento e Projecto de Redes (09/10) 265
Previsão para FTTH/B em 2011 na EU
Fonte: HeavyReading, “FTTH in Europe: Forecast & Prognosis, 2006-2011”
Taxa de penetração média em 2011: ≈ 15.5 %
©João Pires Planeamento e Projecto de Redes (09/10) 266
Banda Larga em Portugal
Evolução da banda larga em Portugal
circuitos alugados, fibra óptica, FWA
Fonte: ANACOM, 2010
Tráfego médio mensal por cliente de Internet em banda larga
Número de clientes de banda larga
• 54 mil clientes de fibra óptica no 1T10• Cada cliente de banda larga fixa gerou, em
média, 22.4 GB de tráfego mensal no 1T10• Cada cliente de banda larga móvel gerou, em
média, 1.0 GB de tráfego mensal no 1T10• Em média, um cliente de banda larga fixa
gerou 22.4 vezes mais tráfego que um cliente de banda larga móvel
Fonte: João Pedro, POSTIT, IST, 2010