i MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO FACULDADE DE GEOCIÊNCIAS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM GEOCIÊNCIAS Fernanda Silva Santos Petrologia das sucessões vulcânicas do Grupo Colíder na região entre Guarantã do Norte e a Serra do Cachimbo, Mato Grosso, Brasil Orientador: Prof. Dr. Ronaldo Pierosan CUIABÁ 2018
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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO
FACULDADE DE GEOCIÊNCIAS
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM GEOCIÊNCIAS
Fernanda Silva Santos
Petrologia das sucessões vulcânicas do Grupo Colíder na região
entre Guarantã do Norte e a Serra do Cachimbo, Mato Grosso,
Brasil
Orientador:
Prof. Dr. Ronaldo Pierosan
CUIABÁ
2018
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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO
REITORIA
Reitora
Profª. Drª. Myrian Thereza de Moura Serra
Vice-Reitor
Prof. Dr. Evandro Aparecido Soares da Silva
PRÓ-REITORIA DE PÓS-GRADUAÇÃO
Pró-Reitora
Profª. Drª. Ozerina Victor de Oliveira
FACULDADE DE GEOCIÊNCIAS
Diretor
Prof. Dr. Paulo César Corrêa da Costa
Diretor Adjunto
Prof. Dr. Carlos Humberto da Silva
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM GEOCIÊNCIAS
Coordenador
Prof. Dr. Ronaldo Pierosan
Vice-Coordenador
Prof. Dr. Jayme Alfredo Dexheimer Leite
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DISSERTAÇÃO DE MESTRADO
N° 98
Petrologia das sucessões vulcânicas do Grupo Colíder na região
entre Guarantã do Norte e a Serra do Cachimbo, Mato Grosso,
Brasil
Fernanda Silva Santos
Orientador:
Prof. Dr. Ronaldo Pierosan
Dissertação apresentada ao Programa de Pós-
Graduação em Geociências da Faculdade de
Geociências da Universidade Federal de Mato
Grosso como requisito parcial para a obtenção
do Título de Mestre em Geociências.
CUIABÁ
2018
S586p Silva Santos, Fernanda.
Petrologia das sucessões vulcânicas do Grupo Colíder na região de Guarantã do Norte e a Serra do Cachimbo, Mato Grosso, Brasil. / Fernanda Silva Santos. -- 2018
57 f. : il. color. ; 30 cm.
Orientador: Ronaldo Pierosan. Dissertação (mestrado) – Universidade Federal de Mato Grosso,
Instituto de Ciências Exatas e da Terra, Programa de Pós-Graduação em Geociências, Cuiabá, 2018.
Inclui bibliografia.
1. Grupo Colíder. 2. Sucessão Inferior. 3. Sucessão Superior. I. Título.
Dados Internacionais de Catalogação na Fonte.
Ficha catalográfica elaborada automaticamente de acordo com os dados fornecidos pelo(a) autor(a).
Permitida a reprodução parcial ou total, desde que citada a fonte.
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Petrologia das sucessões vulcânicas do Grupo Colíder na região entre Guarantã
do Norte e a Serra do Cachimbo, Mato Grosso, Brasil
BANCA EXAMINADORA
Prof. Dr. Ronaldo Pierosan
Orientador(UFMT)
Prof. Dr. Paulo César Corrêa da Costa
Examinador Interno (UFMT)
Prof. Dr. Carlos Augusto Sommer
Examinador Externo
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Dedicatória
Dedico este trabalho ao meu amigo Bruno Henrique (in memorian)
e a minha família que sempre me apoiou.
Sem vocês não sou ninguém, obrigada por tudo.
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Agradecimentos
Agradeço primeiramente a Deus, por me permitir chegar até aqui sem Ele nada nunca seria
possível.
Ao meu Orientador Prof. Dr. Ronaldo Pierosan agradeço pela dedicação, disponibilidade,
tempo e conhecimento generosamente transmitido desde a graduação. Poder continuar a trabalhar
com o senhor foi um grande presente. Muito obrigada!
Agradeço à Universidade Federal de Mato Grosso pelo apoio logístico para realização dos
trabalhos de campo, ao Laboratório de Laminação da FAGEO/UFMT pela confecção das lâminas
delgadas, ao Programa de Pós-Graduação em Geociências e à FAPEMAT (Proc. nº 140759/2014)
pelo apoio financeiro na aquisição dos dados e à CAPES pela concessão da bolsa de mestrado, a
Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) em especial ao Prof. Dr. Mauro Geraldes pelos
dados geocronológicos, ao Grupo de Pesquisa Magmatismo de Mato Grosso (MAGMATO) por todo
suporte necessário.
Ao Programa de Pós-Graduação em Geociências da UFMT, a todos os professores que
contribuíram na minha formação e aos membros da banca examinadora que gentilmente aceitaram o
4.1.2 Grupo Colíder ................................................................................................................................ 29
5.1.2 Dacitos a riolitos ............................................................................................................................ 32
5.2 Sucessão Superior ................................................................................................................................ 33
Intrusiva Teles Pires; Grupo Beneficente e Formação Capoeiras. A disposição espacial e temporal
dessas unidades está representada no mapa geológico da figura 3 e nas seções geológicas da figura 4.
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Figura 3. Mapa geológico da região entre Guarantã do Norte e a Serra do Cachimbo.
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Figura 4. Seções geológicas esquemáticas da região entre Guarantã do Norte e a Serra do Cachimbo (legenda como na
figura 3).
4.1.1 Suíte Intrusiva Matupá
A Suíte Intrusiva Matupá, na área mapeada, é constituída por monzogranitos inequigranulares
médios a grossos a equigranulares médios. Os granitoides afloram na porção sul da área, são
intrudidos por outros da Suíte Intrusiva Teles Pires e estão parcialmente encobertos pelas rochas
vulcânicas do Grupo Colíder.
4.1.2 Grupo Colíder
O Grupo Colíder é a unidade dominante na área mapeada e está dividido em três sucessões:
inferior, intermediária e superior. O empilhamento estratigráfico indica uma Sucessão Inferior (Sinf)
constituída por uma intrínseca associação de ignimbritos ricos em cristais, ignimbritos com lapili
acrescionário, ignimbritos soldados e tufos cineríticos estratificados, distribuídos na porção sul e
centro-sul da área. Esses litotipos estão sobrepostos por arenitos vulcanoclásticos estratificados e
pelitos subordinados, agrupados na Sucessão Intermediária (Sint) e com valores de S0 em torno de
N063°E/19°NE. Sobrepondo os arenitos vulcanoclásticos da Sint, ocorrem traquitos e riolitos
efusivos, além de ignimbritos reomórficos subordinados, englobados na Sucessão Superior (Ssup).
As ocorrências dessas rochas se concentram na porção norte da área, compondo morros de relevo
acentuado e a escarpa da Serra do Cachimbo.
4.1.3 Suíte Intrusiva Paranaíta
Os granitoides da Suíte Intrusiva Paranaíta consistem de corpos intrusivos de pequena
dimensão (1,0 km² a 55 km²) distribuídos na porção centro-sul da área. Esses corpos intrudem
essencialmente os granitoides da Suíte Intrusiva Matupá e a Sinf do Grupo Colíder. Estão
parcialmente encobertos pelos arenitos vulcanoclásticos da Sucessão Intermediária. Os granitoides
da Suíte Intrusiva Paranaíta estão agrupados em uma associação de fácies constituída por
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monzogranitos a sienogranitos porfiríticos a equigranulares, de caráter essencialmente isotrópico,
com extensivas feições de mistura de magma como enclaves máficos microgranulares e enclaves
félsicos leucodioríticos.
4.1.4 Suíte Intrusiva Teles Pires
Os granitoides da Suíte Intrusiva Teles Pires consistem de corpos intrusivos de maior
dimensão (>100 km²) que afloram nas porções oeste e nordeste da área. Esses granitoides intrudem a
Suíte Intrusiva Matupá, as três sucessões do Grupo Colíder e os corpos intrusivos da Suíte Intrusiva
Paranaíta. São constituídos por sienogranitos e feldspato alcalino granitos equigranulares médios ou
grossos, de caráter essencialmente isotrópico. Microgranitos ocorrem frequentemente e algumas
vezes estão associados às bordas dos corpos e outras intrinsecamente associados aos termos grossos.
4.1.5 Grupo Beneficente
As rochas sedimentares do Grupo Beneficente ocorrem em porções restritas da área mapeada
cobrindo parcialmente as rochas vulcânicas da Ssup do Grupo Colíder, no extremo norte da área. O
Grupo Beneficente é constituído dominantemente por arenitos médios a grossos, bem litificados, com
estratificação plano-paralela ou cruzada acanalada e S0 com mergulhos N032°W/06°NE.
4.1.6 Formação Capoeiras
As rochas sedimentares da Formação Capoeiras ocorrem restritamente nas porções centro e
leste da área mapeada e recobrem parcialmente as rochas vulcânicas das sucessões inferior e
intermediária do Grupo Colíder. São constituídas por rochas pouco litificadas que consistem de
quartzo arenitos e arenitos arcoseanos finos a médios, com estratificação cruzada planar e acanalada,
onde a S0 mergulha de N004°-073°E/07°-15° NE, além de siltitos e conglomerados polimíticos
subordinados.
5. PETROGRAFIA
Os estudos petrográficos estão concentrados na caracterização dos dacitos, traquitos, riolitos
e ignimbritos das sucessões inferior e superior, a fim de servir como subsídio de informações para a
caracterização litoquímica e geocronológica.
5.1 Sucessão Inferior
5.1.1 Ignimbritos riolíticos
Os ignimbritos da Sinf são de aspecto porfirítico e apresentam significativas variações quanto
ao conteúdo e dimensão dos fragmentos de cristais, vidros, litoclastos e constituintes da matriz. Essas
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variações indicam a ocorrência de diversos depósitos ignimbríticos, cujo grau de exposição não
permite o mapeamento e individualização das unidades de fluxo, tampouco seu empilhamento
estratigráfico. Devido as significativas variações, os ignimbritos foram separados petrograficamente
em ignimbritos ricos em cristais e ignimbritos hemicristalinos soldados.
A matriz dos ignimbritos é de composição quartzo-feldspática variando desde termos
holocristalinos micro e criptocristalinos, constituídos por fragmentos tamanho cinza, nos ignimbritos
ricos em cristais, até termos hemicristalinos, constituídos por fragmentos de vidro e de cristais
tamanho cinza. Nos termos holocristalinos, a matriz é maciça com distribuição homogênea dos
constituintes (Fig. 5A). A matriz dos termos hemicristalinos possui fragmentos achatados de vidro
(fiamme) que lhes conferem uma foliação proeminente (estrutura eutaxítica), gerada pela soldagem
(Fig. 5B) do depósito. A intensidade da estrutura eutaxítica varia desde incipiente, onde os fragmentos
de vidro são pouco abundantes, até bem desenvolvida, nos termos mais ricos em vidro. A soldagem
dos ignimbritos gera, localmente, feições reomórficas de achatamento e dobra da foliação da matriz
hemicristalina contra as bordas dos fragmentos de cristais, gerando a textura parataxítica. Essas
feições são características e diagnósticas de processos de soldagem sin- e pós-deposicionais. Também
é observada, nas porções hemicristalinas, textura micropoiquilítica gerada por processo de intensa
desvitrificação.
Os fragmentos de cristais e os fenocristais variam em tamanho de 0,5 a 3,0 mm e em
abundância de 10 a 35 % (Fig. 5C), sendo constituídos por quartzo, plagioclásio, feldspato alcalino,
biotita e, localmente, hornblenda e titanita. O elevado conteúdo de fragmentos de cristais e de
fenocristais sugere que o magma, no momento de sua erupção, se encontrava em estágio avançado de
cristalização. Além disso, processos de elutriação podem ter acentuado o enriquecimento em
fragmentos mais densos dos ignimbritos ricos em cristais.
O quartzo contém formas subédricas quando ocorre como fenocristal, e com terminações
angulosas quando como fragmentos, bordas de corrosão recorrentes e dimensões entre 0,1 e 1,0 mm.
Em polarizadores cruzados exibe extinção ondulante fraca. O plagioclásio possui formas subédricas
a euédricas, geminação polissintética característica e os processos de saussuritização, argilização e
sericitização estão bem marcantes. O feldspato alcalino é do tipo sanidina, com geminação Carlsbad,
ocorre como cristais subédricos a euédricos e localmente pode se observar intercrescimento pertítico.
Suas dimensões variam de 0,1 a 4,0 mm.
A biotita ocorre com pleocroismo em tons de marrom, possui hábito lamelar, é subédrica e de
dimensões que variam de 0,1 a 2,5 mm. A hornblenda possui pleocroismo em tons de verde-claro a
escuro (Fig. 5D). Por vezes nota-se alguns cristais maclados. Possui dimensões que variam de 0,1 a
1,0 mm. A titanita é de pleocroismo marrom e formas subédricas a euédricas, sendo essas de hábito
losangular, com tamanho de até 0,5 mm e ocorre associada a biotita.
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Os litoclastos são subordinados e constituídos por fragmentos de rochas vulcânicas cognatas
(Fig. 5E) com dimensões entre 1,0 e 4,0 mm, em quantidades inferiores a 5 % da rocha. Localmente,
observa-se a presença de agregados esféricos de cinzas vulcânicas, com dimensões em torno de 2,0
cm, que podem ser classificados como lápili acrescionários.
Ocorrem minerais secundários originados através de processos de alteração hidrotermal,
ocasionando assim a sericitização (micas brancas), argilização (argilominerais) e saussuritização
(epidoto, mica branca e calcita). Essas alterações ocorrem principalmente no centro e nas bordas dos
cristais de feldspatos e provavelmente foram originados por atividade hidrotermal. Os minerais
opacos ocorrem dispersos pela lâmina, com formas euédricas a subédricas.
5.1.2 Dacitos a riolitos
Os dacitos ocorrem de forma subordinada na Sinf e consistem de rochas efusivas
holocristalinas de cor rosada, estrutura maciça e textura porfirítica com fenocristais de plagioclásio e
quartzo em matriz cripto e microcristalina (Fig. 5F). Possuem textura porfirítica sendo que a dimensão
dos fenocristais varia de 0,5 a 2,0 mm. A matriz possui composição quartzo-feldspática, com textura
felsítica e compõe aproximadamente 95 % da rocha.
Os fenocristais de quartzo são anédricos a subédricos, incolores e possuem extinção ondulante
e dimensões que variam de 0,5 a 2,0 mm. Textura micropoiquílitca incipiente é observada nos grãos
de quartzo intercrescido com os feldspatos. O plagioclásio é anédrico a subédrico, com tamanhos que
variam de 1,0 a 1,5 mm e possuem evidência de atuação de intensos processos de alteração, sendo
eles sericitização saussuritização, dificultando uma boa identificação das maclas polissintéticas.
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Figura 5. Aspectos microscópicos das rochas vulcânicas da Sucessão Inferior do Grupo Colíder. (A) Matriz maciça com fragmento de cristal de plagioclásio; (B) fragmentos achatados de vidro (fiamme) gerando uma foliação proeminente (estrutura eutaxítica) em ignimbrito hemicristalino; (C) fragmentos de cristais de quartzo, plagioclásio e feldspato alcalino em matriz holocristalina de ignimbrito rico em cristais; (D) hornblenda maclada em matriz hemicristalina de ignimbrito rico
em cristais; (E) litoclastos de rochas vulcânicas cognatas; (F) dacito com fenocristais de quartzo em matriz felsítica.
5.2 Sucessão Superior
5.2.1 Riolitos
Os riolitos são porfiríticos com matriz quartzo-feldspática afanítica micro a criptocristalina e
hemicristalina. Possuem foliação de fluxo recorrente que varia de fraca a bem desenvolvida.
Vesículas alongadas estão paralelas a foliação, com até 4,0 mm de comprimento e 0,2 mm de largura,
preenchidas com minúsculos prismas compostos de zeolitas e quartzo poiquilítico (Fig. 6A). A porção
vítrea da matriz está altamente desvitrificada, formando esferulitos de 0,5 a 0,7 mm, axiolitos e textura
micropoiquilítica bem desenvolvida (Fig. 6B). Os esferulitos estão fortemente desvitrificados e
consistem de um intercrescimento radial de quartzo, feldspato alcalino e material criptocristalino. Os
fenocristais presentes são de quartzo, plagioclásio e feldspato alcalino, variando em abundâncias de
10 a 30 % da rocha.
Os fenocristais de quartzo são anédricos a subédricos com dimensões que variam de 0,1 a 2,5
mm. Em algumas porções notam-se golfos de corrosão. O plagioclásio ocorre em cristais subédricos
tabulares a anédricos com dimensões que variam de 0,5 a 1,5 mm e estão intensamente alterados por
processos de sericitização, saussuritização e argilização. Os fenocristais de feldspato alcalino são de
sanidina subédrica a euédrica com dimensões entre 0,5 a 3,0 mm, localmente ocorre textura
micrográfica (Fig. 6C) caracterizada pelo intercrescimento de quartzo e feldspato alcalino com
aspecto cuneiforme. Pode-se observar localmente textura rapakivi constituída pelos fenocristais de
feldspato alcalino manteados por plagioclásio. O anfibólio, caracterizado como hornblenda, possui
formas anédricas a subédricas, com pleocroismo verde a marrom. Altera-se para clorita podendo notar
a cor de interferência característica desse mineral. Em quantidades acessórias ocorrem muscovita e
biotita, sendo a primeira incolor em luz natural e a segunda com pleocroismo em tons de marrom.
Ambas são anédricas a subédricas de hábito lamelar e suas dimensões variam de 0,1 a 2,5 mm.
5.2.2 Ignimbritos Reomórficos
Os ignimbritos reomórficos pertencentes a Ssup são de composições quartzo-feldspáticas e
consistem de uma rocha de aspecto porfirítico, hemicristalina, constituída por fragmentos de cristais
tamanho cinza e componentes vítreos. A matriz possui fragmentos achatados de vidro formando
fiammes e consequentemente, estrutura eutaxítica bem marcante, onde a soldagem desenvolve o
alinhamento dos fiammes em uma foliação planar paralela ao acamamento (Fig. 6D). A foliação é
planar a ondulada, marcada pela intercalação de lâminas milimétricas de material vítreo e
criptocristalino, fragmentos de tamanho cinza fina e pelos fiammes alongados. A soldagem desses
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ignimbritos gera feições reomórficas de achatamento e dobra da matriz hemicristalina contra as
bordas dos fragmentos de cristais caracterizando uma textura parataxítica. Essas feições indicam
cisalhamento sin- e pós-deposicionais, caracterizando a atuação de processos reomórficos.
Os fragmentos de cristais variam em tamanho de 0,1 a 4,0 mm em abundância de 15 %, sendo
composto por quartzo, feldspato alcalino e plagioclásio. O quartzo ocorre com formas subédricas e
dimensões de 0,1 a 1,5 mm, exibindo extinção ondulante fraca. O feldspato alcalino consiste de
cristais euédricos e suas dimensões variam de 0,1 a 4,0 mm. O plagioclásio possui formas subédricas
e tamanhos de 0,5 a 10 mm com geminação polissintética característica e está sericitizado.
Os processos de desvitrificação são recorrentes e consistem da formação de axiolitos nas
bordas dos fiammes e de esferulitos no centro (Fig 6E). Os esferulitos consistem de um
intercrescimento radial de quartzo, feldspato alcalino e material criptocristalino.
5.2.3 Quartzo traquitos
Os quartzo traquitos são porfiríticos e possuem uma matriz felsítica. Os fenocristais são de
feldspato alcalino (10%) e de plagioclásio (2%) (Fig. 6F). A matriz afanítica é microcristalina de
composição quartzo-feldspática.
O plagioclásio, quando em fenocristais, apresenta-se subédrico tabular a euédrico com
dimensões que variam de 1,0 a 2,0 mm. Está parcialmente alterado para mica branca o que faz com
que as maclas estejam fortemente obliteradas. Os fenocristais de feldspato alcalino possuem
dimensões que variam de 0,5 a 4,0 mm e localmente evidenciam textura rapakivi bem desenvolvida.
Alteração sericítica é comum. A biotita ocorre restrita a matriz como cristais de dimensões entre 0,5
e 1,5 mm em quantidades inferiores a 5%. Os cristais de biotita estão parcialmente a completamente
substituídos por clorita e minerais opacos, no entanto, é possível identificar os planos de clivagem
preservados e as formas subédricas a anédricas.
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Figura 6. Aspectos microscópicos das rochas vulcânicas da Sucessão Superior do Grupo Colíder. (A) Vesículas alongadas paralelas à foliação e preenchidas por quartzo e zeolita em riolito; (B) porção vítrea da matriz altamente desvitrificada, formando esferulitos, axiolitos e textura micropoiquilítica bem desenvolvida em riolito; (C) textura micrográfica caracterizada por intercrescimento de quartzo e feldspato alcalino em riolito; (D) alinhamento dos fiammes em uma foliação planar paralela ao acamamento em ignimbrito reomórfico; (E) axiolitos nas bordas dos fiammes e esferulitos no centro caracterizando processos de desvitrificação em ignimbrito reomórfico; (F) fenocristais de feldspato alcalino e plagioclásio em matriz felsítica em quartzo traquito.
6. LÍTOQUÍMICA
Foram analisadas 23 amostras das sucessões Inferior (Sinf) e Superior (Ssup) do Grupo
Colíder na região entre Guarantã do Norte e a Serra do Cachimbo. Os dados litoquímicos estão
apresentados na tabela 1. Na Sinf os conteúdos de SiO2 variam 70,0 a 79,4 % enquanto na Ssup
variam de 67,0 a 78,5 %. Os valores de perda ao fogo são inferiores a 1,81 % indicando que os
processos de alteração hidrotermal e intempérica não foram significativos nas amostras analisadas.
Observam-se somatórios acima de 102% nas amostras DFR41 e FM11. Somatórios acima de 102%
podem estar relacionados à elevados teores de Fe oxidado levando a ganho de massa da amostra e
consequente aumento de perda ao fogo, conforme reportado pelo laboratório. De fato, as amostras
dessas rochas possuem abundantes películas de óxidos de Fe-Ti, especialmente em feldspatos.
Os conteúdos de álcalis (Na2O+K2O) dos riolitos de ambas as sucessões possuem valores
médios de 8,76 %, exceto as amostras DFR41 e FM21A que correspondem a 7,31 e 6,8 %,
respectivamente. Os quartzo traquitos da Ssup apresentam conteúdos de álcalis em torno de 10,9 %.
As razões K2O/Na2O para as rochas de ambas as sucessões geralmente variam de 1,09 a 1,95. As
amostras DFR41 e FM21A tem conteúdos de Na2O baixos, provavelmente devido à perda de sódio
por processos de alteração hidrotermal, conforme indicado pelos valores elevados de perda ao fogo.
A amostra FM21A possui baixo conteúdo de Na2O e elevado de SiO2 (79,4 %). As amostras GN034A
e GN035A apresentam razões K2O/Na2O acima de 2,0 o que é compatível com rochas ácidas de séries
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ultrapotássicas (Plá Cid e Nardi, 2006). Os elevados conteúdos de K2O da amostra GN018A são
justificados pela alteração potássica. Nos diagramas binários o K2O mostra um padrão de distribuição
disperso e o Na2O uma correlação negativa com SiO2, exceto para as amostras DFR41 e EV06A.
O Al2O3, em ambas as sucessões, apresenta correlação negativa com o índice de diferenciação,
sendo que o padrão da Sinf represente, em sua maioria, conteúdos sutilmente mais elevados que da
Ssup. Os conteúdos de Fe2O3t variam de 0,95 a 3,48 % e apresentam correlação negativa com sílica,
exceto as amostras DFR33A, DFR33 e GN030A que têm valores mais elevados em relação ao trend.
As amostras DFR33A e DFR33 consistem de ignimbritos ricos em cristais e o elevado conteúdo de
Fe2O3t é explicado pela acumulação de minerais ferromagnesianos durante o processo de elutriação.
Esse processo de acumulação de minerais ferromagnesianos, especialmente hornblenda, é
corroborado pelos elevados conteúdos de MgO e CaO, também observados nessas amostras. As
amostras DFR41A, GN009A, GN030A e GN019A também dispõem de teores de Fe2O3t elevados
devido a processos hidrotermais associados a formação de óxidos e hidróxidos de Fe. O MgO possui
padrão de distribuição semelhante ao do Fe2O3t. O CaO varia de 0,03 a 2,03 % e apresenta correlação
negativa com o índice de diferenciação, exceto quando observados os baixos conteúdos deste
elemento nos quartzo traquitos. Os valores de TiO2 situam-se entre 0,13 e 0,59 % e apresentam um
padrão de distribuição com correlação negativa para a Sinf e disperso para a Ssup. Os teores de P2O5
variam de 0,01 a 0,12 % e ambas as sucessões formam um trend negativo, exceto as amostras
DFR33A, DFR33, GN30A e GN009A, que contem valores mais elevados em relação ao trend devido
a acumulação de apatita por processos de elutriação (Fig. 7).
Os conteúdos de Rb variam de 124 a 285 ppm e as rochas riolíticas apresentam correlação
positiva com a sílica (Fig. 8). O Ba das amostras de ambas as sucessões se correlaciona negativamente
com o índice de diferenciação, exceto para os quartzo traquitos e para a amostra DFR31 (1880 ppm).
Ambas as sucessões apresentam correlação negativa de Sr com SiO2, no entanto a Sinf possui
conteúdos relativamente mais elevados (até 393 ppm para a Sinf e até 198,5 para a Ssup). As rochas
riolíticas da Ssup possuem conteúdos de Th entre 21,2 e 29,6 ppm que se correlacionam positivamente
com a sílica, exceto os quartzo traquitos. As rochas riolíticas da Sinf têm conteúdo de Th
relativamente mais baixos que a Ssup, exceto a amostra FM21a (42,8 ppm), que apresenta um padrão
de distribuição disperso. Os conteúdos de Zr, Nb, Y e Yb da Sinf são relativamente mais baixos
quando comparados com a Ssup e ambos apresentam um padrão de distribuição disperso. O Eu varia
de 0,62 a 2,35 ppm e mostra um padrão disperso para ambas as sequências.
O padrão de distribuição dos ETR em diagramas multielementos (Fig. 9A, B) indica, para a
maioria das amostras da Sinf, um enriquecimento de ETR pesados com razões LaN/SmN em torno de
5,08 e um padrão fracionado para ETR pesados (média GdN/YbN = 1,72). As anomalias negativas de
Eu são moderadas com valores de Eu/Eu* próximos a 0,50. A amostra DFR32 contém mais elevado
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conteúdo de ETR pesados em relação ao envelope geral e a amostra FM21A possui enriquecimento
de ETR pesados, expressos pela razão GdN/YbN menor que 1 (0,85), que podem estar relacionado à
intensa diferenciação da rocha (SiO2 = 79,4%). Na Ssup, as rochas riolíticas dispõem de conteúdos
totais de ETR sutilmente mais elevados do que aqueles observados na Sinf. O fracionamento de ETR
leves e o padrão horizontalizado de ETR pesados das rochas riolíticas são expressos pelas razões
LaN/SmN (média = 5,08 e 5,28) e GdN/YbN (média = 1,65), respectivamente. As anomalias negativas
de Eu são moderadas (Eu/Eu* = 0,57) a fortes (Eu/Eu* 0,20). Os conteúdos de ETR pesados dos
quartzo traquitos (DFR57 e DFR58) são mais baixos quando comparados às rochas riolíticas.
Figura 7. Diagramas binários para elementos maiores (% em peso).
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Tabela 1. Dados litoquímicos de elementos maiores, menores (% em peso) e traços (ppm) das rochas vulcânicas da Sinf e Ssup do Grupo Colíder.
O K e os elementos traço nos diagramas multielementos das figuras 9 C e D mostram padrões
de distribuição semelhantes para ambas as sucessões. As anomalias negativas de Ba, Sr e P são de
intensidades moderadas a fortes. Os padrões de distribuição desses elementos em diagramas
multielementos e binários indicam a atuação de processos de fracionamento de plagioclásio e apatita
nos magmas riolíticos. Os magmas quartzo traquíticos, por sua vez, possuem padrão distinto em
diagramas binários que sugerem se tratar de um pulso magmático diferente. As anomalias negativas
de Nb e Ta encontram-se com padrões moderados. Kelemen et al. (1993) sugerem que anomalias
negativas de Nb têm relação com fusão de manto superior em ambientes relacionados a arcos
magmáticos, comum em fontes de magmatismo pós-colisional. Os conteúdos de Ti indicam
anomalias negativas fortes. Esta informação, aliada à correlação negativa de TiO2 com o índice de
diferenciação na Sinf sugere processos de fracionamento de óxido de Fe-Ti, como ilmenita. No
entanto, essa correlação negativa não é observada na Ssup, sugerindo que os magmas de ambas as
sequências são originalmente pobres em Ti.
Figura 8. Diagramas binários para elementos traços (em ppm). Símbolos como na figura 1.
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O diagrama de classificação TAS de Le Bas et al. (1986) corrobora com a classificação
petrográfica, indicando uma dominância de riolitos e ignimbritos riolíticos nas sucessões inferior e
superior, com quartzo traquitos subordinados na Ssup. Além disso, o conteúdo de álcalis, quando
comparado aos teores de SiO2, indica um caráter subalcalino para as rochas riolíticas e alcalino para
as rochas traquíticas (Fig. 10 A). No diagrama R1 versus R2 de La Roche et al. (1980) as rochas da
Sinf concentram-se essencialmente no campo dos riolitos e as rochas da Ssup distribuem-se
dominantemente no campo dos álcali riolitos e subordinadamente nos campos de riolitos e quartzo
traquitos (Fig. 10 B). Considerando a classificação proposta por Frost et al., (2001); (Fig. 10 C)
observa-se que as amostras pertencentes a Sinf distribuem-se tanto no campo dos magmas ferrosos
como magnesianos, com razões de FeOt/(FeOt+MgO) entre 0,69 e 0,90. As amostras da Ssup
enquadram-se preferencialmente no campo dos magmas ferrosos, com razões entre 0,82 e 0,93,
exceto a amostra GN034A que ocupa o campo dos magmas magnesianos. Quanto aos índices de
Shand (1943) as amostras de ambas as sucessões possuem caráter metaluminoso a fracamente
peraluminoso, exceto para as amostras DFR41 e FM21A que contêm baixos teores de Na2O,
provavelmente devido à perda de sódio por processos de alteração hidrotermal o que faz com que as
mesmas apresentem valores de A/CNK acima de 1,3 (Fig. 10 D).
Figura 9. Diagramas multielementos de elementos maiores e traços, incluindo terras raras, para as Sinf e Ssup,
normalizados aos condritos de Boyton (1964); (A, B) e Thompson (1982); (C, D).
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Figura 10. A) Diagrama TAS (Le Bas et al., 1986). B) Diagrama de classificação R1 vs R2 (La Roche et al., 1980). C) Diagrama de classificação de séries magmáticas de Frost et al. (2001). D) Diagrama de Shand (1943).
De acordo com o diagrama FeOt/MgO versus Zr+Nb+Ce+Y e Zr versus 10000*Ga/Al de
tipologia de granitos proposto por Whalen et al. (1987) (Fig. 11 A,B) as rochas das Sinf e Ssup
ocupam o campo relacionado aos granitos tipo-A, com exceção de duas amostras da Sinf (DFR41 e
FM21a) que no primeiro diagrama plotam próximas ao limite dos campos FG e OTG com o campo
dos granitos tipo-A e no segundo onde a amostra DFR41 plota no campo dos granitos tipo-I e -S. A
afinidade com granitos tipo-A também é sugerida pelas razões de CaO/(FeOt+MgO+TiO2) inferiores
a 0,5 em todas as amostras, conforme demonstrado pelo diagrama de Dall’Agnol e Oliveira (2007)
(Fig. 11 C). A subdivisão de granitos tipo-A proposta por Eby (1992) indica que as amostras de ambas
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as sucessões possuem composições compatíveis com granitos tipo-A2 (Fig. 11 D). Eby (1992) sugere,
com base nas razões de Y/Nb e Yb/Ta, que o grupo A2 pode estar relacionado à fontes magmáticas
mantélicas associadas à ambientes de margem continental ativa ou arco de ilhas. Neste caso, as rochas
vulcânicas estudadas podem estar representando eventos magmáticos associados à ambiente pós-
colisional. No entanto, Whalen et al. (1987) e Haapala & Rämö (1992) relacionam à ambiente
anorogênico os granitos tipo-A do Lachlan Fold Belt e rapakivi do Batólito Finnish, respectivamente,
portadores dessas mesmas assinaturas geoquímicas.
Figura 11. (A, B) Diagramas de tipologia de granitos de Whalen et al. (1987); C) Diagrama de Dall’Agnol e Oliveira
(2007); D) Diagrama de Eby (1992).
7. GEOCRONOLOGIA
A amostra na qual foram obtidos os dados isotópicos U-Pb em zircão (DFR41) consiste de
um riolito pertencente a Sinf. A amostra foi coletada em ponto de afloramento próximo ao contato
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com granitoide da Suíte Intrusiva Paranaíta, sendo representativa de importante controle
estratigráfico. Os cristais de zircão são de dimensões entre 50 e 300 µm em seu maior eixo. O hábito
cristalino, em sua maioria, é euédrico e alongado com terminações bipiramidais e, subordinadamente,
apresentam formas subédricas subarredondadas (Figura 12).
Foram analisados 32 cristais de zircão cujos dados são apresentados na tabela 2. As razões
Th/U variam de 0,58 a 2,25 e podem ser consideradas, de acordo com Schoene (2014), características
de zircões de origem ígnea. Os conteúdos de Pb comum são inferiores a 0,39 % enquanto a
discordância das idades aparentes é inferior a 8 %. Para o cálculo da idade isotópica foram utilizados
14 grãos com grau de concordância elevado. A partir destes dados foi possível obter uma idade
concórdia de 1810±9 Ma, com MSWD de 0,80 (Figura 13). Esta idade é interpretada como idade de
cristalização do riolito e extrapolada como idade da Sucessão Inferior do Grupo Colíder.
Figura 12. Imagens de catodoluminescência dos cristais de zircão do riolito (amostra DFR41) da Sucessão Inferior do
Grupo Colíder.
Figura 13. Diagrama concórdia do riolito (amostra DFR41) da Sucessão Inferior do Grupo Colíder.
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Tabela 2. Dados isotópicos U-Pb LA-ICP-MS do riolito DFR41 da Sucessão Inferior do Grupo Colíder.
Ao 1° dia do mes de Agosto do ano de 2018, as 09:00 horas, no Audit6rio FAGEO, sob a presidencia do professor
Doutor Ronaldo Pierosan, orientador ,-teuniu-seem sessao publica a Banca Examinadora de defesa da Di serta ao de
Mestrado, a.Jdi scente Fernanda Silva Santos do. PROGRAMADE P6S-GRADUA<;:AO EM GEOCIENCIAS, visando a
obten ao de trtulo de MESTRE EM GEOCIENCIAS. A"Mestranda concluiu os creditos exigidos para obten ao do titulo
d.e Mestre, na Area de Conc ntra ao GEOLOGIA REGIONAL E RECURSOS MINER AIS, e foi aprovado no Exame de
Qualifica ao no dia 1 de Mar o de 2018, de acordo com os registros constantes na Secretaria do PROGRAMA DE
P6S-GRADUA<;:AO EM GEOCIENCIAS. Esta foi a 98Q sessao publica de [)J:!fesa de Disserta ao do Programa. Os
trabalhos foram instalados a.s 09: 00 horas pelo presidente da Banca Examinadora, constituida pelos professores
Doutores Ronaldo Pierosan {Presidente Banca"/ Orientador/ 91527112004), Paulo Cesar Correa da Costa (Examinador
lnte rno/51446120163,) Carlos Augusto Sommer (Examinador Externo/ UniversidadeFederal do Rio Grande do
Sul/45496978068). A p6s-graduanda procedeu a apresenta ao de seu trabalho, cujo titulo e "Petrologia das
sucessoes vulcanicas do Grupo Colider na regiao entre Guaranta do Norte e a Serra do Cachimbo , Mato Grosso,
Brasil.". E em seguida foi arguida pelos integrantes da banca. Os trabalhos de argui ao foram encerrados as f f: f() horas, e ap6s reuniao a Banca deliberou por sua Jf Pf.-0,tA<;;fo . Proclamando o resultado final pelo Presidente da
Banca Examinadora foram concluidos os trabalhos. 0 titulo de Mestre sera conferido sob condi ao de apresenta ao,
na Secretaria do Programa, da versao final corrigida na forma e no prazo estabelecido·no Regimento lnterno do
Programa (30 dias) juntamente com o Termo de Aprova ao do Orientador. Cumpridas as formalidades , as 11: Zo
horas, o presidente da mesa encerrou a sessao de defesa, e para constar eu, Matheus Matos Rocha Lopes Secretario
do PROGRAMA DE P6S-GRADUA<;:AO EM GEOCIENCIAS lavrei a presente ata que, ap6s Iida e aprovada, sera assinada
pelos integrantes da banca e aminadoraem 03 vias de igual teor.
2-. - /: ,,,..,. - - _ _ _ Doutor(a) Paulo Cesar Correa da Costa (Examinador lnterno)
.J
Recomenda lles daBanca :
Ciencia do(a) Discente:
CUIABA,25/07/2018.
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