Perspectivas para a inflação Relatório Trimestral de Inflação Carlos Viana de Carvalho Setembro de 2018
Perspectivas para a inflação
Relatório Trimestral de Inflação
Carlos Viana de Carvalho
Setembro de 2018
2
Índice
I. Introdução
II. Cenário básico
i. Atividade econômica
ii. Cenário externo
iii. Inflação
III. Projeções condicionais
4
Missão do Banco Central
• Assegurar a estabilidade do poder de compra da moeda e um sistema financeiro
sólido e eficiente
• O cumprimento da missão de assegurar a estabilidade de preços se dá por meio do
regime de metas para a inflação, definidas pelo Conselho Monetário Nacional
(CMN)
Introdução
5
Princípios básicos
• Inflação baixa, estável e previsível: melhor contribuição da política monetária para ocrescimento sustentável
• Inflação alta e volátil:
• gera distorções, aumenta riscos, encurta horizontes de planejamento, prejudica
investimentos e o crescimento econômico
• regressiva
• em resumo, reduz crescimento potencial, afeta geração de empregos e renda, e
piora distribuição de renda
Introdução
7
i. Atividade econômica: • continuidade da recuperação, em ritmo mais gradual que o antevisto no início do ano• alto nível de ociosidade dos fatores de produção
ii. Cenário externo: • permanece desafiador• riscos associados à normalização das taxas de juros em algumas economias avançadas e
incertezas referentes ao comércio global• redução do apetite ao risco em relação a economias emergentes
iii. Inflação: • medidas de inflação subjacente em níveis apropriados dos componentes mais sensíveis ao
ciclo econômico e à política monetária• expectativas Focus para 2018 e 2019 em torno de 4,1%; 4,0% para 2020; e 3,9% para 2021
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Média móvel 3 meses Mensal
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Índice de atividade econômica – IBC-BrAtividade econômica
Fonte: BCB
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IBC-Br (julho) Var %
Mês* 0,57
Trimestre* -0,76
T/T-4 0,56
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ampliado restrito
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ConsumoAtividade Econômica
Fonte: IBGE
PMC – Volume do comércio varejista
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Consumo das famílias – PIB
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PMS – Volume do setor de serviçosValor adicionado no setor de serviços – PIB
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Setor de serviçosAtividade econômica
Fonte: IBGE
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Evolução do créditoAtividade econômica
Recursos direcionados
Total Pessoa física Pessoa jurídica
Recursos direcionados
Recursos livres
Concessões de crédito média móvel 3 meses dessazonalizada em R$ bilhões
Recursos livres
Saldo das operações de créditovariação % interanual deflacionada
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População ocupada Força de trabalho (PEA)
População ocupada Taxa de desemprego
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Mercado de trabalhoAtividade econômica
Fonte: IBGE (PNAD Contínua)%
Var
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mes
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%)
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Boxe – Projeções para o PIB de 2018 e 2019
• Crescimento de 1,4% em 2018 e de 2,4% em 2019 (1,0% em 2017)
Oferta:
• Agropecuária: 1,5% em 2018 e 2,0% em 2019 (13,0% em 2017)
• Indústria: 1,3% em 2018 e 2,9% em 2019 (0,0% em 2017)
• Serviços: 1,3% em 2018 e 2,0% em 2019 (0,3% em 2017)
Demanda:
• Investimentos: 5,5% em 2018 e 4,6% em 2019 (-1,8% em 2017)
• Consumo das Famílias: 1,8% em 2018 e 2,4% em 2019 (1,0% em 2017)
• Consumo do Governo: -0,3% em 2018 e 0,5% em 2019 (-0,6% em 2017)
• Exportações Líquidas: -0,8 p.p. em 2018 e 0,1% em 2019 (0,0 p.p. em 2017)
Boxe
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Expectativas Focus para o PIBAtividade econômica
Fonte: BCB (Focus)
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(%
)
Focus: expectativas até 14/set
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Boxe – Paralisação do setor de transporte de cargas e expectativas para o PIBBoxe
• Participantes do Focus reduziram suas projeções para o PIB após a paralisação do setor de transporte decargas – tanto para o 2º trimestre, afetado diretamente pela paralisação, quanto para o restante do ano
• Não é possível atribuir as revisões exclusivamente à paralisação, mas as mudanças estão em linha com aavaliação de que o evento teve impacto na atividade econômica e nas expectativas
• A atual trajetória projetada para o PIB é consistente com recuperação em ritmo mais gradual do que seesperava no início do ano
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1-jan 1-fev 1-mar 1-abr 1-mai 1-jun 1-jul 1-ago 1-set
%
Fonte: BCB
Expectativa FocusVariação anual do PIB de 2018
Divulgação PIB 4T2017
Divulgação PIB 1T2018
Paralisação de caminhoneiros
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jan-17 abr-17 jul-17 out-17 jan-18 abr-18 jul-18 out-18
Pré-greve Pós-greve AtualFonte: BCB
Mensalização das expectativas FocusSéries com ajuste sazonal
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3T17 4T17 1T18 2T18 3T18 4T18
Pré-greve (18/mai) Pós-greve (29/Jun)
Atual (14/Set)
Fonte: BCB
Expectativa Focus para evolução do PIBCom ajuste sazonal (1995 = 100)
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SFN – direcionado SFN – livre Mercado de capitais (debêntures + NP)
Custo de captação das empresas que se financiaram no mercado de capitais
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Boxe
Boxe – Custo do financiamento às pessoas jurídicas
• Os custos de captação nos mercados externo e de capitais dos grupos de empresas selecionados tornaram-se maisatrativos ou equivalentes às taxas médias de juros cobradas no segmento de recursos direcionados do SFN a partir de2017, favorecendo o processo de substituição de fontes de financiamento, conforme assinalado em edições anterioresdo Relatório de Inflação
• Apresenta estimativas dos custos de captação no mercado externo e de capitais doméstico desde dezembro de 2013
• Os custos médios mensais de captação no mercado externo iniciaram trajetória de queda ao final de 2015. No mercado de capitais, o comportamento dos custos de emissão repercutiu, sobretudo, o atual ciclo da política monetária
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SFN – direcionado SFN – livreSetor externo Setor externo s/ prot. camb.
Custo de captação das empresas que se financiaram no setor externo
Méd
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% a
. a.)
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Perspectiva de crescimento globalCenário externo
Fonte: Bloomberg
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PIB
(%
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México Turquia Africa do Sul Argentina Rússia Brasil
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CDS soberano: ambiente mais desafiador para economias emergentesCenário externo
Fonte: Bloomberg
Pon
tos-
bas
e
até 14/set
Credit Default Swap soberano de 5 anos
21
Boxe – Projeção para o Balanço de Pagamentos de 2018 e 2019
2018
• Elevação da estimativa para o deficit emtransações correntes, influenciada pelasimportações fictas de plataformas de petróleo.
• Ingressos líquidos estimados em US$72 bilhõespara o IDP devem financiar as transaçõescorrentes de forma confortável.
2019
• Crescimento do deficit em transações correntespara 2019 reflete a expectativa de maiordinamismo para a atividade econômica.
• Ingressos líquidos de US$80 bilhões em IDP, etaxa de rolagem de 100% seguem apontandocondições favoráveis de financiamento.
Boxe
US$ bilhões
Discriminação 2017 2018 2018 2019
RI Junho1/ RI Setembro1/ RI Setembro1/
Transações correntes -9,8 -11,5 -14,3 -34,1
Balança comercial 64,0 61,0 55,3 41,6
Exportações 217,2 228,0 231,0 237,0
Importações 153,2 167,0 175,7 195,4
Serviços -33,9 -35,6 -32,5 -36,3
Renda primária -42,6 -39,4 -39,9 -42,1
Conta financeira -6,2 -11,1 -13,8 -33,7
Investimentos ativos 62,9 63,0 61,9 64,7
Investimentos passivos 74,9 87,6 89,1 104,4
IDP 70,7 70,0 72,0 80,0
Ações totais 5,7 3,0 3,0 5,0
Títulos no país -5,1 - - -
Emprést. e tít. LP -5,7 -5,5 -5,9 -0,6
Memo:
Transações correntes/PIB (%) -0,5 -0,6 -0,8 -1,7
IDP/PIB (%) 3,4 3,6 3,8 4,0
Taxa de rolagem (%) 97,1 90,0 90,0 100,01/ Projeção.
-0,3
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-0,1
0,0
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IPCA mensal – Ocorrido x Projetado FocusInflação
Fonte: IBGE e BCB (Focus)
IPCA ocorrido > IPCA projetado Focus
IPCA ocorrido < IPCA projetado Focus
Dif
eren
ça e
ntr
e o
corr
ido
e p
roje
tad
o*
(p.p
.)
dados até agosto de 2018*projetado nas datas de referência do Top 5 de IPCA
24
Medidas de inflação subjacenteInflação
Fonte: IBGE e BCB
Faixa sazonal: padrão sazonal compatível com o intervalo da meta
0,0
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Faixa sazonal (3,0%–6,0%) 2016/2017 2017/2018
Núcleo médias aparadas
Var
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l (%
)
Var
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)
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Faixa sazonal (3,0%–6,0%) 2016/2017 2017/2018
Núcleo EX1
25
Medidas de inflação subjacenteInflação
Fonte: IBGE e BCB
Faixa sazonal: padrão sazonal compatível com o intervalo da meta
-0,1
0,0
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0,2
0,3
0,4
0,5
0,6
set
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Faixa sazonal (3,0%–6,0%) 2016/2017 2017/2018
Núcleo EX2
Var
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ensa
l (%
)
0,1
0,2
0,3
0,4
0,5
0,6
0,7
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fev
mar
abr
mai
jun jul
ago
Faixa sazonal (3,0%–6,0%) 2016/2017 2017/2018
Núcleo médias aparadas com suavização
Var
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)
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IPCA Médias aparadas com suavização Exclusão Dupla Ponderação
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Mensal Média móvel 12 meses
IPCA – Índice de difusãoIPCA e núcleos
26
IPCA, núcleos e índice de difusãoInflação
Fonte: IBGE%
dados até agosto de 2018
2
3
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Expectativas para o IPCA (mediana Focus) IPCA
IPCA e metas para a inflação
27
Preços ao consumidorInflação
Fonte: IBGE e BCB (Focus)
ago 184,19%
Var
iaçã
o e
m 1
2 m
eses
(%
)
Focus: expectativas em 14/set
meta 4,5%
meta 4,0%em 2020
meta 4,25%em 2019
4,00 (meta 4,00%)
28
Evolução das expectativas Focus para o IPCA 2018-2022Inflação
Fonte: BCB (Focus)
3,0
3,5
4,0
4,5
5,0
5,5
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2018 2019 2020 2021 2022 Focus: expectativas até 14/set
Var
iaçã
o e
m 1
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eses
(%
)
3,92 (meta 3,75%)
4,09 (meta 4,50%)4,11 (meta 4,25%)
3,75
29
Boxe
Boxe – Efeito da paralisação no setor de transporte de cargas sobre a inflação ao consumidor
• Estimativas da evolução dos preços em frequência diária evidencia que os efeitos altistas da paralisação nosetor de transportes foram temporários, dissipando-se após a normalização das condições de oferta
• Projeções dos participantes da pesquisa Focus, após o término da paralisação, reforçaram o carátertemporário, visto que expectativas para a inflação de junho e julho subiram, mas as relativas aoperíodo de agosto a dezembro recuaram
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Mar2018
Abr Mai Jun Jul Ago Set
Paralisação In natura
Tubérculos, raízes e legumes Hortaliças e verduras
Frutas
Preços de alimentos in naturaAbril/2018 = 100
0,1
0,3
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0,7
0,9
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Mar2018
Abr Mai Jun Jul Ago Set
Paralisação
Inflação acum. de Junho e Julho
Inflação acum. de Agosto a Dezembro
Expectativas para a inflação mensal Variação %
30
Boxe
Boxe – Propagação da inflação de alimentos: comparação internacional• Compara a transmissão de choques nos preços de alimentos para uma medida de núcleo da inflação, em
amostra de 26 países
• Resultados sugerem que preços de alimentos são mais relevantes para a trajetória do núcleo de inflação noBrasil do que nos demais países da amostra
• A análise sugere, ainda, que a magnitude dessa transmissão, no Brasil, está mais associada à persistência doprocesso inflacionário no país do que ao peso de alimentos na cesta de consumo
0,0
0,1
0,2
0,3
0,4
0,5
0,6
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
Brasil Emergentes Avançados
Resposta acumulada de núcleo a choque na inflação de alimentos (choque de 1 p.p.)Em p.p. da inflação trimestral
BrasilMédia -Amostra
Média -Emergentes
Média -Avançados
-0,3
-0,2
-0,1
0,0
0,1
0,2
0,3
0,4
0,5
0,6
-0,2 0,0 0,2 0,4 0,6 0,8
Imp
acto
acu
mu
lad
o n
o n
úcle
o (
12
t.)
Persistência núcleo
Persistência do núcleo x impacto acumulado no núcleo, choque unitário
31
Boxe
Boxe – Evolução da sazonalidade do IPCA
• Decompõe a alteração do padrão sazonal do IPCA em dois fatores: mudança no peso doscomponentes (efeito composição) e mudança no padrão sazonal dos componentes (efeito nível)
• Identifica subitens que exerceram maior contribuição para mudança na sazonalidade do IPCA, porefeito nível ou composição
Grupos: fator sazonal direta e indiretamente calculado%
Fontes: IBGE e BCB
-0,50
-0,30
-0,10
0,10
0,30
0,50
Abr2000
Fev2002
Dez2003
Out2005
Ago2007
Jun2009
Abr2011
Fev2013
Dez2014
Out2016
Ago2018
Direto Indireto
Passagem aérea%
Fontes: IBGE e BCB
0,20
0,30
0,40
0,50
0,60
0,70
0,80
-20
-15
-10
-5
0
5
10
15
20
25
30
Abr2000
Dez2001
Ago2003
Abr2005
Dez2006
Ago2008
Abr2010
Dez2011
Ago2013
Abr2015
Dez2016
Ago2018
Fator sazonal Peso (eixo d.)
Nível Composição
Desagregação por grupos 79,0% 21,0%
Desagregação por subitens 49,0% 51,0%
Participação na alteração do fator sazonal
32
Boxe – Variação passada e previsibilidade da taxa de câmbio
• Analisa o poder preditivo da mediana da expectativa de câmbio da pesquisaFocus quando comparado a um modelo de referência (passeio aleatório),após períodos com diferentes níveis de variação cambial
• Os resultados indicam que, historicamente, após períodos com grandesvariações cambais, o poder preditivo do Focus relativo ao benchmark sereduz/eleva para horizontes mais curtos/longos• Resultados são sugestivos, pois apenas apresentam significância estatística para
horizontes mais curtos
• Resumidamente, os resultados indicam que projeções de câmbio realizadasapós períodos de grande variação cambial podem ser uma fonte útil deinformação, particularmente para horizontes mais distantes
Boxe
33
Boxe – Repasse cambial sob a ótica de um modelo semiestruturalBoxe
• Analisa de que forma diferentes fatores afetam a magnitude do repasse cambial
• Estimadas 23 especificações de um modelo semiestrutural de pequeno porte
• Fatores considerados: hiato do produto, grau de ancoragem das expectativas de inflação, margem operacional das empresas,magnitude da depreciação cambial
• Os resultados reforçam a importância da ancoragem das expectativas de inflação para a condução da política monetária
• No período recente, prepondera o efeito dos fatores que reduzem a magnitude do repasse cambial
-1,5
-1,0
-0,5
0,0
0,5
1,0
1,5
2,0
I I2003
III IV I I2004
III IV I I2005
III IV I I2006
III IV I I2007
III IV I I2008
III IV I I2009
III IV I I2010
III IV I I2011
III IV I I2012
III IV I I2013
III IV I I2014
III IV I I2015
III IV I I2016
III IV I I2017
III IV I I2018
III IV
Hiato do produto negativo Desancoragem das expectativas de inflaçãoMagnitude da depreciação Margem operacional das empresasSoma dos fatores
Estimativa média da contribuição dos fatores que afetam a magnitude do repasse cambialValores normalizados para que a soma das contribuições dos fatores seja igual a 1 no primeiro trimestre de 2003
35
Revisões e projeções de curto prazoProjeções condicionais
Fonte: IBGE e BCB
variação %
2018
Set Out Nov No trim.12 meses até nov
Selic e câmbio constantes 0,40 0,43 0,24 1,07 4,41
Selic e câmbio Focus 0,38 0,34 0,15 0,87 4,20
1/ Cenários na data de corte
variação %
2018
Jun Jul Ago No trim.12 meses até ago
Cenário do Copom1/ 1,06 0,27 0,20 1,54 4,23
IPCA observado 1,26 0,33 -0,09 1,50 4,19
Surpresa (p.p) 0,20 0,06 -0,29 -0,04 -0,04
1/ Cenário na data de corte do Relatório de Inflação de junho de 2018
IPCA – Projeções de curto prazo – Cenários do Copom1/
IPCA – Surpresa inflacionária
36
Projeções condicionais para a inflaçãoProjeções condicionais
Cenários Reportados
PeríodoMetas para a
Inflação
Selic e câmbio
constantes
Selic e câmbio Focus
Selic Focus e câmbio
constante
Selic constante e
câmbio Focus
2018 III 4,4 4,4 4,4 4,4
2018 IV 4,50 4,4 4,1 4,4 4,1
2019 I 5,0 4,5 5,0 4,5
2019 II 4,3 3,7 4,3 3,7
2019 III 4,5 3,9 4,5 3,9
2019 IV 4,25 4,5 4,0 4,4 4,1
2020 I 4,4 3,9 4,2 4,1
2020 II 4,3 3,8 4,0 4,1
2020 III 4,2 3,7 3,9 4,0
2020 IV 4,00 4,2 3,6 3,8 4,0
2021 I 4,2 3,6 3,8 4,0
2021 II 4,2 3,6 3,7 4,1
2021 III 4,2 3,7 3,7 4,2
2021 IV 3,75 4,2 3,8 3,7 4,3
Obs.: inflação acumulada em quatro trimestres (%)
37
Projeções condicionais para a inflaçãoProjeções condicionais
Cenário com Selic e
câmbio constantes
PeríodoRI de junho de
2018RI de setembro
de 2018
2018 III 4,3 4,4
2018 IV 4,2 4,4
2019 I 4,8 5,0
2019 II 3,9 4,3
2019 III 3,8 4,5
2019 IV 4,1 4,5
2020 I 4,2 4,4
2020 II 4,2 4,3
2020 III 4,1 4,2
2020 IV 4,1 4,2
2021 I 4,2
2021 II 4,2
2021 III 4,2
2021 IV 4,2
Obs.: inflação acumulada em quatro trimestres (%)
0
2
4
6
8
I2018
II III IV I2019
II III IV I2020
II III IV I2021
II III IV
38
Projeções condicionais para a inflaçãoProjeções condicionais
Var
iaçã
o e
m 4
tri
mes
tres
(%
)
Cenário com Selic e câmbio constantes
39
Projeções condicionais para a inflaçãoProjeções condicionais
Cenário com Selic e
câmbio Focus
PeríodoRI de junho de
2018RI de setembro
de 2018
2018 III 4,3 4,4
2018 IV 4,2 4,1
2019 I 4,7 4,5
2019 II 3,6 3,7
2019 III 3,6 3,9
2019 IV 3,7 4,0
2020 I 3,8 3,9
2020 II 3,8 3,8
2020 III 3,7 3,7
2020 IV 3,7 3,6
2021 I 3,6
2021 II 3,6
2021 III 3,7
2021 IV 3,8
Obs.: inflação acumulada em quatro trimestres (%)
0
2
4
6
8
I2018
II III IV I2019
II III IV I2020
II III IV I2021
II III IV
40
Projeções condicionais para a inflaçãoProjeções condicionais
Var
iaçã
o e
m 4
tri
mes
tres
(%
)
Cenário com Selic e câmbio Focus
41
Condução da Política Monetária – 1
• Em sua reunião em setembro (217ª Reunião), o Copom decidiu, porunanimidade, pela manutenção da taxa básica de juros em 6,50% ao ano.
• O Comitê entende que essa decisão reflete seu cenário básico e balanço deriscos para a inflação prospectiva e é compatível com a convergência dainflação para a meta no horizonte relevante para a condução da políticamonetária, que inclui o ano-calendário de 2019.
42
Condução da Política Monetária – 2
• Na ocasião, o Comitê comunicou que seu cenário básico envolve fatores derisco em ambas as direções:
• Por um lado, (i) o nível de ociosidade elevado pode produzir trajetóriaprospectiva abaixo do esperado.
• Por outro, (ii) uma frustração das expectativas sobre a continuidade dasreformas e ajustes necessários na economia brasileira pode afetarprêmios de risco e elevar a trajetória da inflação no horizonte relevantepara a política monetária. Esse risco se intensifica no caso de (iii)deterioração do cenário externo para as economias emergentes. OComitê julga que esses últimos riscos se elevaram.
43
Condução da Política Monetária – 3
• Contemplando os dois lados do balanço de riscos, o Copom concluiu que obalanço mostra-se assimétrico, tendo em vista que os últimos riscosdestacados se elevaram.
• O Comitê enfatiza que a continuidade do processo de reformas e ajustesnecessários na economia brasileira é essencial para a manutenção da inflaçãobaixa no médio e longo prazos, para a queda da taxa de juros estrutural epara a recuperação sustentável da economia. O Comitê ressalta ainda que apercepção de continuidade da agenda de reformas afeta as expectativas eprojeções macroeconômicas correntes.
44
Condução da Política Monetária – 4
• O Copom entende que deve pautar sua atuação com foco na evolução dasprojeções e expectativas de inflação, do seu balanço de riscos e da atividadeeconômica. Choques que produzam ajustes de preços relativos devem sercombatidos apenas no impacto secundário que poderão ter na inflaçãoprospectiva (i.e., na propagação a preços da economia não diretamenteafetados pelo choque). É por meio desses efeitos secundários que esseschoques podem afetar as projeções e expectativas de inflação e alterar obalanço de riscos. Esses efeitos podem ser mitigados pelo grau de ociosidadena economia e pelas expectativas de inflação ancoradas nas metas. Portanto,não há relação mecânica entre choques recentes e a política monetária.
• Em suas deliberações, os membros do Copom enfatizaram que essaprescrição requer manutenção do ambiente com expectativas ancoradas.
45
Condução da Política Monetária – 5
• O Comitê reitera que a conjuntura econômica ainda prescreve políticamonetária estimulativa, ou seja, com taxas de juros abaixo da taxa estrutural.Esse estímulo começará a ser removido gradualmente caso o cenárioprospectivo para a inflação no horizonte relevante para a política monetáriae/ou seu balanço de riscos apresentem piora.
• Na avaliação do Copom, a evolução do cenário básico e do balanço de riscosprescreve manutenção da taxa Selic no nível vigente. O Copom ressalta queos próximos passos da política monetária continuarão dependendo daevolução da atividade econômica, do balanço de riscos e das projeções eexpectativas de inflação.