Pergunta: Exemplifique de modo sucinto um dos efeitos do surgimento de inovações tecnológicas tendo em vista o conceito de sociedade em rede e empresas em rede. Ou A partir das definições de Sociedade em Rede e de Empresas em Rede propostas por Castells (2009), discuta o papel das inovações associadas às novas tecnologias de informação e comunicação. Procure evidenciar os efeitos destas inovações na mudança de paradigmas tecnoeconômicos e os decorrentes efeitos sobre a composição e resultados do trabalho, conhecidos como desmaterialização. A resposta deve conter: Conceito de Sociedade em Rede e Empresa em Rede Conceito de desmaterialização e efeitos, e.g. Benetton. Interações entre inovação na alteração de paradigmas Tecnologia nos movimentos sociais e no transito de informações Resposta: Conceitua-se uma sociedade em rede por uma sociedade compartimentalizada, onde não mais existem os valores, culturais e materiais em uma unidade. Onde essas divisões interagem de forma sinérgica, gerenciadas por uma instituição maior, conduzidas a um objetivo, influenciadas pelo fluxo de informação e onde o maior valor se encontra em seu centro. Podemos então conceituar uma empresa em rede, a qual se subdivide em departamentos, grupos, espalhados, muitas vezes pelo mundo, com o intuito de baratear e aperfeiçoar seus recursos para no espírito do capitalismo, maximizar seus lucros. Para facilitar a definição e seu entendimento citamos o exemplo dado pela professora, a empresa Benetton, que se dividiu em alguns setores: o departamento criativo, que cria a coleção na Itália, de onde vem o maior valor agregado pela fama de qualidade, o desenho da coleção, criado em computador que é transmitido para um empresa na Califórnia que faz os tecidos conforme o projeto e um terceiro setor no Sudoeste Asiático que corta os tecidos e costura as peças. Desse exemplo é possível conectar um efeito desse tipo de produção e que tem papel
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Transcript
Pergunta:
Exemplifique de modo sucinto um dos efeitos do surgimento de inovações
tecnológicas tendo em vista o conceito de sociedade em rede e empresas em
rede.
Ou
A partir das definições de Sociedade em Rede e de Empresas em Rede
propostas por Castells (2009), discuta o papel das inovações associadas às
novas tecnologias de informação e comunicação. Procure evidenciar os efeitos
destas inovações na mudança de paradigmas tecnoeconômicos e os
decorrentes efeitos sobre a composição e resultados do trabalho, conhecidos
como desmaterialização.
A resposta deve conter:
Conceito de Sociedade em Rede e Empresa em Rede
Conceito de desmaterialização e efeitos, e.g. Benetton.
Interações entre inovação na alteração de paradigmas
Tecnologia nos movimentos sociais e no transito de informações
Resposta:
Conceitua-se uma sociedade em rede por uma sociedade compartimentalizada, onde
não mais existem os valores, culturais e materiais em uma unidade. Onde essas
divisões interagem de forma sinérgica, gerenciadas por uma instituição maior,
conduzidas a um objetivo, influenciadas pelo fluxo de informação e onde o maior valor
se encontra em seu centro. Podemos então conceituar uma empresa em rede, a qual
se subdivide em departamentos, grupos, espalhados, muitas vezes pelo mundo, com o
intuito de baratear e aperfeiçoar seus recursos para no espírito do capitalismo,
maximizar seus lucros. Para facilitar a definição e seu entendimento citamos o
exemplo dado pela professora, a empresa Benetton, que se dividiu em alguns setores:
o departamento criativo, que cria a coleção na Itália, de onde vem o maior valor
agregado pela fama de qualidade, o desenho da coleção, criado em computador que é
transmitido para um empresa na Califórnia que faz os tecidos conforme o projeto e um
terceiro setor no Sudoeste Asiático que corta os tecidos e costura as peças. Desse
exemplo é possível conectar um efeito desse tipo de produção e que tem papel
importante na sociedade, à desmaterialização, que atribui um maior valor no fluxo da
informação e do conhecimento, dependendo cada vez menos no fluxo da matéria,
assim diminuindo os custos de maneira geral. Esse efeito de desmaterialização causa
uma diminuição nos postos de trabalho, que pode não acompanhar um aumento no
nível de qualificação da mão de obra. Essa desmaterialização é facilitada pelo
aumento no surgimento de inovações, pois novas tecnologias aumentam a
flexibilidade desse processo e barateiam a produção. O surgimento de novas
tecnologias que além de alterar o modo de produção e a infraestrutura industrial,
também altera o modo como a sociedade interage e reage, com uma mudança
significativa no tipo de manifestação, e protestos, que não mais se dão de maneira
global, mas sim localizada, sem objetivo claro, temporário, explorado pela mídia,
sendo esse um dos exemplos do tipo de consequência da mudança de paradigma
técnico-industrial causado pelo surgimento de inovações.
Pergunta:
Discorra brevemente sobre o surgimento do conceito de campo criado por
Bourdieu, com base na possibilidade de interpretação enfatizando o conteúdo
literário ou o contexto social e literário. Explique sucintamente o que é a ideia de
campo e diferencie um campo heterônomo de um campo autônomo.
Em sua questão vc destaque a necessidade de enfatizar o conteúdo literário ou o
contexto social e literário, mas nos apontamentos que vc espera na resposta não há
argumentos nesse sentido. A questão então me parece um pouco fora de ritmo...
A resposta deve conter:
-Interpretação internalista e externalista;
-O que é o campo;
-Características do campo;
-Campo não está livre de todas as questões sociais, porém busca não se sujeitar a
todas as demandas político-econômicas;
-Capital científico acumulado por seus agentes;
-Diferenças ente um campo heterônomo e autônomo:
*Autônomo: escapar às leis sociais externas, refratá-las e reinterpretá-las; quanto mais
um campo é autônomo e próximo de uma concorrência pura e perfeita, mais a censura
é puramente científica e exclui a intervenção de forças puramente sociais.
*Heterônomo: os problemas exteriores, principalmente os problemas políticos
interferem nele ativamente; concorrência imperfeita, sendo mais lícito para os agentes
fazer intervir forças não-científicas nas lutas científicas.
Resposta:
Em primeiro lugar, notadamente, é possível realizar uma análise com pretensões
científicas sobre todas as produções culturais, a filosofia, a história, a arte, a literatura
e assim por diante. Sobre todas essas temáticas, podemos encontrar interpretações
internalistas e externalistas, o primeiro modo de interpretação resume-se na análise e
estudo dos textos, enquanto o segundo tipo de interpretação considera de extrema
importância a conexão da literatura com o contexto social e econômico. Esse tipo de
interpretação é feita igualmente no âmbito científico.
Assim, nesse contexto antagônico, Bourdieu propôs a ideia de campo. A hipótese dele
consiste em supor que, entre esses dois polos, há um local em que estão inseridos os
agentes e as instituições que produzem, reproduzem ou difundem a arte, a literatura
ou a ciência. Esse local seria o campo, podendo ser um campo literário, artístico,
jurídico ou científico. O campo forma um microcosmo dotado de leis próprias, porém
que leva em consideração a importância da questão da “demanda social”.
Idealmente, o campo precisa se libertar das imposições externas e ter condições de
reconhecer apenas suas próprias determinações internas. Porém, o campo científico
não deve ser apenas uma "ciência pura", livre de necessidades sociais, nem uma
"ciência escrava", sujeita a todas as demandas político-econômicas. Devemos
reconhecer que todo campo é um campo de forças e um campo de lutas para
conservar ou transformar esse campo de forças.
A estrutura de um campo se dá pelo volume de capital científico dos seus agentes
(indivíduos ou instituições), que determinará a sua influência e importância em meio às
outras instituições e corporações.
Os campos podem ter características mais autônomas ou heterônomas. Uma
manifestação da autonomia do campo é a sua capacidade de escapar às leis sociais
externas, refratá-las e reinterpretá-las. A heteronomia de um campo manifesta-se,
essencialmente, pelo fato de que os problemas exteriores, principalmente os
problemas políticos interferem nele ativamente. Quanto mais um campo é heterônomo,
mais a concorrência é imperfeita e é mais lícito para os agentes fazer intervir forças
não-científicas nas lutas científicas. Ao contrário, quanto mais um campo é autônomo
e próximo de uma concorrência pura e perfeita, mais a censura é puramente científica
e exclui a intervenção de forças puramente sociais.
Quanto mais a autonomia adquirida por um campo for limitada e imperfeita e mais as
defasagens forem marcadas entre as hierarquias temporais e as hierarquias
científicas, mais os poderes temporais que se fazem, com frequência, os
transmissores dos poderes externos poderão intervir em lutas específicas.
Quando poderes externos intervêm nas lutas internas, eles impedem o pleno
desenvolvimento das trocas racionais.
Pergunta:
Explique, baseando-se na visão de Bourdieu, o que é um campo científico, como
é estruturado, como se dá a relação entre os agentes participantes do campo e
quais as formas de poder ligados a ele. Descreve sucintamente qual o paradoxo
relacionado com os campos científicos e o Estado.
A resposta deve conter:
-O que é campo;
-Como o campo é estruturado;
-Relações entre os agentes;
-Duas formas de poder ligado aos campos;
-Paradoxo: Campos são autônomos mas são financiados pelo Estado;
Resposta:
Segundo a proposta de Bourdieu, campo científico é um espaço relativamente
autônomo que obedece as suas próprias leis pré-estabelecidas; é um mundo social e,
como tal, faz imposições, solicitações que são, no entanto, relativamente
independentes das pressões do mundo social global que o envolve. A autonomia do
campo está na sua capacidade de refratar, retraduzindo sob uma forma específica as
pressões ou as demandas externas. Todo campo, como o campo científico por
exemplo, é um campo de forças e de lutas para conservar ou transformar do mesmo.
A estrutura do campo científico é determinada pela distribuição do capital científico
(que é uma espécie particular do capital simbólico que consiste no reconhecimento
atribuído pelo conjunto de pares concorrentes no interior do campo científico), num
dado momento e como esse capital científico está distribuído entre os diferentes
agentes engajados nesse campo. Em torno dessas estruturas há lutas tanto na
representação quanto na realidade pois quanto mais pessoas ocupam uma posição
favorecida na estrutura, mais elas tendem a conservar ao mesmo tempo a estrutura e
a sua posição, nos limites, no entanto de suas disposições, que são mais ou menos
apropriadas à sua posição. Os Agentes são fundamentais na estrutura do campo. A
relação existente entre eles e o campo científico é que as oportunidades que um
agente singular tem de submeter às forças do campo aos seus desejos são
proporcionais a sua força sobre o campo, isto é, ao seu capital de crédito científico ou,
mais precisamente, à sua posição na estrutura da distribuição do capital. Os agentes
caracterizados pelo volume de seu capital determinam a estrutura do campo em
proporção ao seu peso, que depende do peso de todos os outros agentes, isto é, de
todo o espaço.
As formas de poder ligadas ao campo científico correspondem a duas espécies de
capital científico. Um poder que pode se chamar temporal, poder institucional e
institucionalizado está ligado a ocupação de posições importantes nas instituições
científicas, e ao poder sobre os meios de produção e de reprodução. O outro poder, é
o poder específico, o do prestigio pessoal que se consegue através da acumulação de
capital científico.
O paradoxo existente entre os campos científicos e o Estado é que os campos
científicos devem sua autonomia ao financiamento do Estado, logo, colocados numa
relação de dependência de um tipo particular. O paradoxo encontra-se além dessa
dependência independente uma vez que o estado que assegura as condições
mínimas de autonomia também pode impor constrangimentos geradores de
heteronomia e de se fazer de expressão ou de transmissor das pressões de forças
econômicas.
Pergunta:
Enunciado 1
Descreva com suas palavras de maneira sintética o que é inovação. Após isso
explique o funcionamento da inovação a partir da análise do “empresário
inovador” feita pelo Schumpeter. E então explique o que se pressupõe ao fazer
essa análise e o problema dela ao ter como base um empresário como fonte e
disseminador da inovação e o risco de produzir uma inovação para ele. A partir
disso explique o papel do Estado para incentivar a ocorrência de inovações e
exemplifique ao menos uma maneira dele estimular isso.
Enunciado 2
Descreva com suas palavras de maneira sintética o que é inovação. Após isso
explique o funcionamento da inovação a partir da análise do “empresário
inovador” feita pelo Schumpeter e diga o principal problema dessa
interpretação. Explique o papel do Estado para incentivar a ocorrência de
inovações cintando ao menos uma maneira dele estimular isso.
Enunciado 3
Qual é o papel do Estado para incentivar a ocorrência de inovações cintando ao
menos uma maneira dele estimular isso? Considerando os conceitos de
inovação, empresário inovador de Shumpeter e os problemas acarretados dessa
definição.
Enunciado 4
Segundo a visão Schumpteriana do desenvolvimento tecnológico, descreva o
que é inovação através da análise do "empresário inovador". Quais são os
fatores-chave que a propiciam?
A resposta deve conter:
A resposta deve conter:
-Uma definição coerente de inovação
-A definição sucinta de “empresário inovador” de Shumpeter
-Problema de que para que a inovação ocorra devesse disseminar a técnica, o que
não é desejado pelo empresário.
-O risco que ao se investir em uma inovação, pois está comprometendo uma parcela
de seu capital para isso.
-Associar o risco do investimento na inovação com o que o Estado deve fazer para
contornar esse risco, dando ao menos um exemplo.
Resposta:
Inovação é a implantação de novos métodos de administração, de divulgação ou de
tecnologias que tragam vantagens econômicas e que se disseminam passando a ser
utilizadas em todo o estrato que ela afeta levando a assim o desenvolvimento
econômico a um novo patamar. Uma das possíveis interpretações do funcionamento
da inovação é dada pelo Schumpeter através de sua análise utilizando o conceito de
“empresário inovador”, que seria o agente responsável por criar uma inovação que o
traga um lucro superior aos demais e que por trazer essa vantagem passe a ser
copiado pelos demais e assim disseminando esta informação elevando o patamar de
desenvolvimento e produção, ao usar essa interpretação está supondo a existência de
uma classe capitalista de empresários especiais com visão de futuro e capazes de
prever os impactos de suas ações. Esse papel de ser o personagem inovador é algo
que da maneira descrita acima não é desejada pelos empresários pois estes ao
criarem algo que os tragam vantagens perante aos demais a última coisa que ele
deseja é que essa sua informação que lhe é vantajosa seja disseminada para os
demais. Isso associado de produzir e implementar uma inovação é um investimento de
alto risco, pois para tal deve-se designar uma parcela de seu capital para inovar, e o
sucesso dessa inovação não é algo certo de se ocorrer, ou se que trazer-lhe
vantagens que compensem o seu investimento. Como consequência desses aspectos
incertos e de alto risco o Estado é essencial para que haja capital investido no
desenvolvimento e implementação de inovações. Esse auxilio ao progresso é feito
principalmente de três maneiras, seja por investimento direto na pesquisa de novas
tecnologias, disponibilizando credito para que o setor privado seja capaz de aumentar
sua produção, através da redução da taxa de juros ou mesmo do empréstimo direto
através de seus programas de investimento ao desenvolvimento, ou mesmo a partir de
incentivos fiscais para determinadas atividades que sejam aos olhos do governo
interessantes para o desenvolvimento
Pergunta:
Discorra objetivamente sobre a co-evolução das ideias sobre inovação e das
políticas industriais e tecnológicas apresentada por Cassiolato e por Lastres.
A resposta deve conter:
- Conceitos iniciais de inovação (visão linear);
- Conceitos novos de inovação (visão não-linear);
- Sistema nacional de inovação, políticas implícitas e explícitas;
- Dupla característica das novas políticas;
- Conceito de sistema de inovação.
Resposta:
Sabe-se que até mesmo economistas que colocaram o processo de inovação no
centro de suas teorias de desenvolvimento, como Joseph Schumpeter, não o
estudaram em profundidade. É apenas a partir do final dos anos 60 que, através de
diversos estudos empíricos houve um avanço da compreensão sobre o significado da
“inovação”. Até então, a visão linear da inovação era adotada, ela como ocorrendo em
estágios sucessivos e independentes de pesquisa básica, pesquisa aplicada,
desenvolvimento, produção e difusão.
Nas décadas seguintes, ocorreu uma revisão em tal conceituação: ampliou-se a
compreensão deste conceito. A inovação passou a ser vista não como um ato isolado,
mas sim como um processo de aprendizado não-linear, cumulativo, específico da
localidade e conformado institucionalmente.
Mais ainda: foi naquele momento (início dos anos 80) que se reconheceu, também nos
países avançados, que as decisões e estratégias tecnológicas são dependentes de
fatores muito mais amplos – como aqueles relativos aos setores financeiros, sistemas
de educação e organização do trabalho (sinalizando já uma definição de “sistema
nacional de inovação”). Para entender a dinâmica do desenvolvimento industrial e
tecnológico e propor políticas adequadas para sua mobilização, é fundamental
considerar e atuar sobre os condicionantes do quadro macroeconômico, político,
institucional e financeiro específico de cada país. A percepção fundamental que levou
a esta ênfase foi a observação de que esse contexto nos países menos desenvolvidos
(PMDs) constitui-se em importante “política implícita”, que pode dificultar e até anular
as políticas explícitas específicas.
Aqui deve-se destacar apenas a dupla característica das novas políticas: a inovação
passa a ser o mais importante componente das estratégias de desenvolvimento (e não
apenas das políticas de C&T ou das políticas industriais); e as políticas a ela
direcionadas passam a ser entendidas como “políticas direcionadas a sistemas de
inovação”.
O “sistema de inovação” é conceituado como um conjunto de instituições distintas que
contribuem para o desenvolvimento da capacidade de inovação e aprendizado de um
país, região, setor ou localidade – e também o afetam. Constituem-se de elementos e
relações que interagem na produção, difusão e uso do conhecimento. A ideia básica
do conceito de sistemas de inovação é que o desempenho inovativo depende não
apenas do desempenho de empresas e organizações de ensino e pesquisa, mas
também de como elas interagem entre si e com vários outros atores, e como as
instituições – inclusive as políticas – afetam o desenvolvimento dos sistemas.
Entende-se, deste modo, que os processos de inovação que ocorrem no âmbito da
empresa são, em geral, gerados e sustentados por suas relações com outras
empresas e organizações, ou seja, a inovação consiste em um fenômeno sistêmico e
interativo, caracterizado por diferentes tipos de cooperação.
Com relação a esse último ponto, conclui-se que esses sistemas contêm não apenas
as organizações diretamente voltadas ao desenvolvimento científico e tecnológico,
mas também, e principalmente, todas aquelas que, direta ou indiretamente afetam as
estratégias dos agentes.
Pergunta:
Discorra sobre as características do ensino de Ciência, Tecnologia e Sociedade
na Europa e na América, segundo Bazzo,
e, se possível, estabeleça parâmetros entre a sociedade e economia típicas
destas sociedades em relação a estas características.
Tópicos:
- Indicar o viés social dos estudo CTS europeu.
- Falar sobre algum programa científico adotado.
- Indicar que possui um lado mais teórico e vale-se das ciências sociais
- Indicar o viés prático dos estudos CTS americano
- Falar sobre a ênfase na tecnologia
- Discorrer sobre as consequências sociais e o papel da sociedade no
desenvolvimento da ciência
Resposta:
Na América do Norte, as tradições de CTS tem como característica central a
participação, direta ou indireta, dos cidadãos nas escolhas pertinentes à ciência e
tecnologia. Existem controvérsias em relação à ideia de uma participação geral
(plurarista) ou uma participação invididual. Em suma, o público afetado, consumidores,
a comunidade científica, associações, organizações não-governamentais, etc, devem
fazer o papel de reguladores da geração de conhecimento e novas tecnologias. Para
que estes sejam ouvidos, algumas ferramentas são imprescindíveis: audiências,
gestões negociadas, pesquisas públicas, etc. É válido ressaltar que cada região deve
ter seus próprios métodos de avaliação, uma vez que fatores culturais influenciam
extremamente a utilidade e validação de qualquer elemento avaliado, não permitindo
que a cópia seja uma ação interessante neste âmbito. Economicamente, podemos
verificar que os estudos de CTS são altamente influenciados por uma visão
tecnocrática. A idea de inovação permeia a concepção de que, embora os resultados
imediatos sejam descrescentes, no longo termo haverá progresso econômico. Esta
situação é fruto de uma sociedade que valoriza mais o crescimento bruto a longo
prazo, alcançando-o com o estudo e a mediação das atividades descritas no primeiro
parágrafo, em detrimento a ideias que visam a estabilidade social, mais proeminentes
nas tradições europeias.
Por outro lado, os estudos CTS no viés europeu tomam fortemente uma ênfase na
parte social do estudo científico. Isto é, o desenvolvimento da ciência passa a não ser
algo completamente abstrato e reservado apenas ao próprio universo acadêmico, mas
passa a integrar e estudar a trajetória da sociedade em que se encontra e é
desenvolvido. Tanto que foram criados programas de pesquisa baseado na ideia de
uma epistemologia evolucionista. Nesta, a tecnologia e a ciência estariam submetidas
a um processo de seleção natural, regrada justamente pela própria sociedade e seus
grupos sociais. Percebe-se claramente então que as ciências sociais possuem uma
grande importância na análise destas mudanças históricas. Ainda, por se tratar das
ciências discutindo sobre a própria ciência, este viés acaba por adquirir um caráter
mais teórico e descritivo.
Pergunta:
Segundo Castells, devido às mudanças no ambiente econômico, institucional e
tecnológico a partir de meados dos anos 70, surgiram diferentes tendências de
evolução organizacionais a fim de aumentar a produtividade e competitividade
no novo paradigma tecnológico e na nova economia global. Discorra
brevemente sobre três dessas tendências, com base no conceito da nova
economia.
Tópicos para resposta:
Conceito de economia informacional, global e em rede;
Tendências de evolução organizacionais
Castells introduz uma nova economia que surgiu em escala global no ultimo quartel do
seculo XX, a economia informacional, global e em rede. “Informacional porque a
produtividade e a competitividade de unidades ou agentes nessa economia dependem
basicamente de sua capacidade de gerar, processar e aplicar de forma eficiente a
informação baseada em conhecimentos. É global porque as principais atividades
produtivas estão organizadas em escala global, diretamente ou mediante uma rede de
conexões entre agentes econômicos. É em rede porque nas novas condições
históricas, a produtividade é gerada e a concorrência é feita em uma rede global de
interação.
(...)O fundamento histórico dessa economia é constituído pela convergência e a
interação entre um novo paradigma tecnológico e uma nova lógica organizacional.
Essa lógica organizacional se manifesta sob diferentes formas em vários contextos
culturais e institucionais, e na maioria dos casos, evoluem das formas organizacionais
industriais, incapazes de executar suas tarefas sob as novas condições estruturais de
produção e mercado, o que se manifestou claramente na crise dos anos 70.” Algumas
delas são (falar sobre 3 delas):
1- Transição de produção "em massa" para flexível
“Quando a demanda de quantidade e qualidade se tornou imprevisível, quando os
mercados ficaram mundialmente diversificados e quando o ritmo da transformação
tecnológica tornou obsoletos os equipamentos de produção com objetivo único, o
sistema de produção em massa ficou muito rígido e dispendioso para as
características da nova economia. O sistema produto flexível surgiu como uma
possível resposta para superar essa rigidez.
Foi praticado e teorizado de duas formas diferentes: como especialização flexível,
onde segundo Piore e Sabel “a produção adapta-se a transformação continua sem
pretender descontrolá-la”, e a flexibilidade dinâmica, ou produção flexível em grande
volume, que permitem economias de escala e sistemas de produção personalizada
reprogramável.
Estas permitem a transformação das linhas de montagem típicas da grande empresa
em unidades de produção de fácil programação que podem atender as variações do
mercado (flexibilidade do produto) e das transformações tecnológicas (flexibilidade do
processo).”
2- Crise da grande empresa e flexibilidade das pequenas e médias empresas
“Algumas das mudanças implicaram no uso crescente da subcontratação de pequenas
e medias empresas, cuja vitalidade e flexibilidade possibilitavam ganhos de
produtividade e eficiência às grandes empresas, bem como à economia como um
todo. Então, ao mesmo tempo, é verdade que as empresas de pequeno e médio porte
parecem ser formas de organização bem adaptadas ao sistema produtivo flexível da
economia informacional e também é certo que seu renovado dinamismo surge sob o
controle das grandes empresas, as quais permanecem no centro da estrutura do
poder econômico na nova economia global.”
3- Novos métodos de gerenciamento: “Toyotismo”
“O enorme sucesso em produtividade e competitividade obtido pelas companhias
automobilísticas japonesas foi, em grande medida, atribuído a essa revolução
administrativa, de forma que na literatura empresarial “toyotismo” opõe-se ao
“fordismo”, como a nova fórmula de sucesso, adaptada à economia global e ao
sistema produtivo flexível. (...) Alguns dos elementos desse modelo são bem
conhecidos: sistema de fornecimento kan-ban (ou just in time), no qual os estoques
são eliminados ou reduzidos substancialmente mediante entregas pelos fornecedores
no local da produção, no exato momento da solicitação, e com as características para
a linha de produção; “controle de qualidade total” dos produtos ao longo do processo
produtivo, visando um nível tendente a zero de defeitos e melhor utilização dos
recursos; envolvimento dos trabalhadores no processo produtivo poe meio de trabalho
em equipe, iniciativa descentralizada, maior autonomia para a tomada de decisão no
chão de fábrica, recompensa pelo desempenho das equipes e hierarquia
administrativa horizontal, com poucos símbolos de status na vida diária da empresa.”
4- Formação de redes entre empresas
“Pequenas e médias empresas muitas vezes ficam sob o controle de sistemas de
subcontratação ou sob o domínio financeiro/tecnológico de empresas de grande porte.
No entanto, também frequentemente, tomam a iniciativa de estabelecer relações em
redes com várias empresas grandes e/ou com outras menores e médias, encontrando
nichos de mercado e empreendimentos cooperativos.”
5- Alianças corporativas estratégicas
“Tais alianças são muito diferentes das formas tradicionais de cartéis e outros acordos
oligopolistas porque dizem respeito a épocas, mercados, produtos e processos
específicos e não excluem a concorrência em todas as áreas (a maioria) não cobertas
pelos acordos. Foram especialmente relevantes nos setores de alta tecnologia, à
medida que os custos de P&D aumentaram muito, e o acesso a informações
privilegiadas tornou-se cada vez mais difícil em um setor em que a inovação
representa a principal arma competitiva.(...) A estrutura das indústrias de alta
tecnologia em todo o mundo é uma teia cada vez mais complexa de alianças, acordos
e joint ventures em que a maioria das grandes empresas está interligada. Essas
conexões não impedem o aumento da concorrência. Ao contrário, as alianças
estratégicas são instrumentos decisivos nessa concorrência, com os parceiros de hoje
tornando-se os adversários de amanhã, embora a colaboração em determinado
mercado esteja em total contraste com a luta feroz pela fatia de mercado em outra
região do mundo.”
6- Empresa horizontal e as redes globais de empresas
“A própria empresa mudou seu modelo organizacional para adaptar-se às condições
de imprevisibilidade introduzidas pela rápida transformação econômica e tecnológica.
(...) A empresa horizontal parece apresentar sete tendências principais: organização
em torno do processo, não da tarefa; hierarquia horizontal; gerenciamento em equipe;
medida do desempenho pela satisfação do cliente; recompensa com base no
desempenho da equipe; maximização dos contatos com fornecedores e clientes;
informação, treinamento e retreinamento de funcionários em todos os níveis. Essa
transformação do modelo corporativo, especialmente visível nos anos 90 em algumas
importantes empresas norte-americanas (como a ATT), acompanha a percepção dos
limites do modelo da “produção enxuta” experimentado na década de 1980.(...) Para
operar na nova economia global, caracterizada pela onda de novos concorrentes que
usam novas tecnologias e capacidades de redução de custos, as grandes empresas
tiveram de tornar-se principalmente mais eficientes que econômicas. As estratégias de
formação de rede dotaram o sistema flexibilidade, mas não resolveram o problema da
adaptabilidade da empresa. Para conseguir absorber os benefícios da flexibilidade das
redes, a própria empresa teve de tornar-se uma rede e dinamizar cada elemento de
sua estrutura interna: este é na essência o significado e o objetivo do modelo da
“empresa horizontal”, frequentemente estendida na descentralização de suas unidades
e na crescente autonomia dada a cada uma delas, até mesmo permitindo que
concorram estre si, embora dentro de uma estratégia global comum.(...)Muitos dos
debates e experimentos relativos à transformação das grandes organizações públicas
ou privadas, com ou sem fins lucrativos, são tentativas no sentido de combinar
capacidades de flexibilidade e coordenação para assegurar tanto a inovação como a
continuidade em um ambiente em rápido crescimento. A “empresa horizontal” é uma
rede dinâmica e estrategicamente planejada de unidades autoprogramadas e
autocomandadas com base na descentralização, participação e coordenação.”
Pergunta:
Baseado em Castells, qual a relação entre a inovação tecnológica e o contexto
sócio-cultural? Contextualize tal relação com base na evolução da tecnologia e a
aplicação deste na sociedade.
Tópicos:
- Definição de inovação tecnológica
- Dinâmica da Transformação tecnológica
- Disponibilidade de novas tecnologias
- Influência tecnológica para um "ajuste tecnológico"
Resposta:
Quando se trata de inovação tecnológica, para Castells, ela é vista como algo
desenvolvido com base em informações já definidas anteriormente, visando em novas
configurações de tecnologias, no qual podem alterar a maneira como se vê o contexto
sócio-cultural.
A inovação ocorre quando há utilização frequente de tal tecnologia/informação, como
dito anteriormente. Todavia, ao criar novas formas de aplicação para tal, elas tem
como intuito aperfeiçoar as prévias criações, e partindo destes que são criados novas
maneiras de reestruturação organizacional e socioeconômica, por exemplo.
O que era esperado era o contrário, no qual, a partir da necessidade, era originado
maneiras de se resolver problemas tais como crises por meio de "inovações". Porém,
como citado anteriormente, ideias já eram desenvolvidas e aplicadas corretamente,
levaram a reorganizações de sistemas tais como de telecomunicações, que cresceu o
suficiente para criar terreno para uma integração global, ou uma reestruturação
organizacional e econômica do capitalismo em si(especificamente, segundo Castells:
as principais empresas e governo dos países do G7).
Pergunta:
Segundo Castells, como se caracteriza a atual revolução tecnológica? Faça uma
ilustração disto com base no uso das novas tecnologias de telecomunicação
das últimas décadas, exaltando o papel da mente humana nesta revolução.
Tópicos:
- A atual revolução tecnológica e suas consequências
- Estágios do uso das novas tecnologias de comunicação
- Difusão de tecnologia
- A mente humana como uma força direta de produção
Resposta: A atual revolução tecnológica é caracterizada, para Castells, pela aplicação
de conhecimentos e informação para a geração de novos conhecimentos e de
dispositivos de comunicação/processamento de informação, em um ciclo de
realimentação cumulativo entre a inovação e seu uso.
Pode-se ilustrar esta análise através dos três estágios passados pelo uso das novas
tecnologias de comunicação desde a : a automação de tarefas, as experiências de
usos e a reconfiguração das aplicações. Nos dois primeiros estágios, o progresso da
inovação tecnológica baseou-se em aprender "usando" ( terminologia utilizada por
Rosenberg). No terceiro estágio, os usuários aprenderam a tecnologia "fazendo", o
que acabou resultando na reconfiguração de redes e na descoberta de novas
aplicações. Assim, o ciclo de realimentação entre a introdução de uma nova
tecnologia, seus usos e seus desenvolvimentos em novos domínios torna-se muito
mais rápido no novo paradigma tecnológico. Consequentemente, a difusão da
tecnologia amplifica seu poder de forma infinita, à medida que os usuários apropriam-
se dela e a redefinem.
As novas tecnologias da informação não são simplesmente ferramentas a serem
aplicadas, mas processos a serem desenvolvidos. Isso demonstra que usuários e
criadores podem tornar-se a mesma coisa. Dessa forma, os usuários poodem assumir
o controle da tecnologia como no caso da Internet. Logo, pela primeira vez na história,
a mente humana é uma força direta de produção, não apenas um elemento decisivo
no sistema produtivo.
Pergunta:
Explique a crítica de Schumpeter ao modelo de fluxo circular da renda e, então,
o ciclo que foi proposto pelo mesmo. Como suas críticas se relacionam com o
processo de inovação e qual é o papel do crédito nesse mecanismo e no
processo de desenvolvimento econômico? VOCÊ TEM DUAS QUESTÕES. E NAS
RESPOSTAS, HÁ MAIS DO QUE UMA QUESTÃO SUBJACENTE.
Tópicos importantes:
• Explicação da visão convencional /Fluxo circular da renda ESSA RESPOSTA, POR
SI SÓ É UMA QUESTÃO. NO ENTANTO, SO FALAR DO FLUXO NÃO FAZ
CONEXÃO COM A CIÊNCIA E A TECNOLOGIA. SE RESTRINGE APENAS A UM
ASPECTO DA SOCIEDADE QUE É O FUNCIONAMENTO DA ECONOMIA
CONVENCIONAL.
• Oposição a esse modelo pois pressupõe que a economia é estática, não se altera.
IDEM ACIMA
• Ganho de produtividade pode mudar as empresas e a economia AQUI É UM
POSSÍVEL ARGUMENTO PARA A COMPREENSÃO DA TECNOLOGIA, QUE
ATENDERA A SEGUNDA QUESTÃO.
• Ciclo de Schumpeter: ciclo de duas fases SO FAZ SENTIDO SE FOR PARA
DISCUTIR O PAPEL DA TECNOLCOGIA E DA INOVAÇÃO NO
DESENVOLVIMENTO.
• Novas combinações de fatores produtivos relacionadas ao mecanismo das
inovações. BEM PONTUAL. ESSE ARGUMENTO PODERIA SER UMA PERGUNTA
INTEIRA QUE TERIA OS DOIS PONTOS ABAIXO COMO RESPOSTA.
• A inovação só gera desenvolvimento econômico se for difundida e avançar por vários
setores.
• Para isso, precisa de crédito e regulação.
Pergunta:
Qual a relação entre os conceitos de invenção, inovação e desenvolvimento
econômico? Que fatores podem influenciar tal relação?
Pontos a serem abordados:
- conceitos de invenção, inovação e desenvolvimento econômico.
- fatores necessários para que uma invenção se torne uma inovação, e para que uma inovação
resulte em desenvolvimento econômico.
- fatores apresentados por Bordieau que explicam a dificuldade de uma invenção tornarse
uma inovação.
A pergunta é aberta, aceitando diferentes cruzamentos entre teóricos e a resposta é
“fechadinha”. Se eu fosse o aluno e respondesse somente com a opinião do Bazzo, vc
me daria nota baixa porque o Bazzo dá respostas diferentes do Bourdieu... Que lhe
parece a seguinte questão: A fonte da inventividade e da criatividade humana são
incógnitas para muitos cientistas e tem preocupado estudiosos das mais diversas
áreas do saber. A questão se torna ainda mais complexa se considerarmos o relativo
consenso que indica ser a inovação um dos fatores chaves do desenvolvimento
econômico. As teorias, porém, não são suficientes para compreender a forma como a
invenção é criada. Embora alguns autores já tenham apresentado explicações
bastante razoáveis para explicar como a invenção se torna inovação. Buscando
confrontar as análises de Schumpeter e Bordieu, discuta as relações entre a invenção,
a inovação e o desenvolvimento econômico.
Pergunta:
Analisando a abordagem de Schumpeter, percebe-se que o autor explica a
inovação a partir da figura do empresário inovador. a) O que seria um
empresário inovador e quais são os seus motivos? b) Explique o processo de
inovação schumpeteriano.
Respostas:
a) Um empresário inovador é aquele que inventa um novo produto ou trabalha na
produção de algo que já existe a fim de se obter um menor custo (maior lucro). Os
motivos que levam um empresário a ser inovador seria uma participação mais efetiva
(ação enérgica), um desejo de conquista e a fundação de um reino privado.
b) A partir de um empresário inovador, é desenvolvido um novo produto (ou técnica), o
qual passa por uma fase de implementação da inovação. Após esse período, o
empresário começa a ter um lucro extra e então, temos uma difusão, onde outros
empresários começam a reproduzir aquilo que foi desenvolvido pelo empresário
inovador. Isso leva a uma transformação, tanto na sociedade como no processo
produtivo, o que, por fim, irá levar a um desenvolvimento como um todo.
Pergunta:
Aqui há também uma proposta muito sintética, conteudista, sem relfexões ou
conexões entre autores. Por outro lado, se o estudante quiser fazer cruzamentos entre
autores, torna-se uma questão muito ampla. Para ficar fechada e focada, que lhe
parece: “A concepção de revolução social, assim como de revolução tecnológica
depende das distintas concepções de mundo que condicionam as diferentes
perspectivas. Realizando uma análise a partir das Revoluções Industriais do século
XVIII e XIX, procure apresentar em tres palavras o carater distintivos destas
revoluções. Ao justificar sua escolha, descreva as características dessas revoluções
que permitam identificar as bases de uma revolução tecnológica.”
a) Quais são as três palavras bases que definem uma revolução? Justifique e
cite e explique duas características gerais de uma revolução tecnológica.
Respostas:
a) Palavras-chave: Intensidade, alcance, penetrabilidade.
b) 1 - a importância do conhecimento científico;
2 - a necessidade da existência de um conjunto de condições que permitam a sinergia
entre sistemas de produção e distribuição para que se instaure um novo sistema
tecnológico, posto que a inovação não é uma ocorrência isolada; 3 - a existência de
uma defasagem temporal entre a emergência de um novo sistema tecnológico, a sua
difusão e extensão pelo resto do mundo; 4 - a associação entre domínio do novo
sistema tecnológico e relações de poder; 5 - o estabelecimento de novos paradigmas
tecno-econômicos em cujo interior se desenvolvem novos fatores-chave que
permitirão novos paradigmas, derivado da relação entre o domínio da tecnologia e as
relações de poder.
Pergunta:
Boa questão, embora a resposta ainda esteja incompleta. Vc pede para partir da
teoria do desenvolvimento econômico e na resposta é preciso ter elementos sobre
ela. Veja em caixa alta na sua resposta preliminar.
TOMANDO COMO REFERÊNCIA A TEORIA DO DESENVOLVIMENTO
ECONÔMICO DE SCHUMPETER, EM QUE SENTIDO A OBRA DE BORDIEU
PROPÕE UMA EXPLICAÇÃO PARA A QUESTÃO DA INOVAÇÃO?
Resposta:
Na Teoria do desenvolvimento econômico, Schumpeter estabelece que o
desenvolvimento econômico, fundamentalmente, depende da capacidade de
produção de inovações tecnológicas PARA QUE? PARA AUMENTOS DE
PRODUTIVIDADE De tal modo, significa que à medida que se passa por um período
de depressão, verificando a exaustão de um paradigma tecnológico existente, há a
necessidade de superação deste paradigma FALAR DA DESTRUIÇÃO CRIATIVA É
NECESSÁRIO, SENÃO NÃO FAZ SENTIDO por outro afim que este consiga seja
capaz de gerar lucro extra. É PRECISO FALAR DA SEGUNDA ONDA INOVADORA.
Nesse sentido, Bourdieu foi capaz de elaborar uma possível explicação para o
fenômeno do surgimento da inovação. Em "Os usos sociais das Ciências", a partir da
noção de campos científicos da lógica que a regula, É PRECISO EXPLICAR A
LÓGICA DESSE CAMPO, Bordieu evidencia como a ciência é habilitada a produzir
em certa maneira inovação CIENCIA, O ESTOQUE DE IDEIAS, E CONDIÇÃO
NECESSÁRIA, MAS NÃO SUFICIENTE. ESSA PARTE NÃO FICA MUITO CLARA
NO SEU ARGUMENTO. PRECISA SER MELHOR DESENVOLVIDA. científica, que
posteriormente poderia a vir se tornar uma inovação tecnológica. Como os campos
científicos são espaços que gozam de autonomia parcial em relações as pressões
externas, há liberdade o suficiente para que se permita a existência de pesquisas que
confrontem as bases da própria ciência, estabelecida pelos conflitos de poder
internos, possibilitando de alguma maneira a existência de inovação.
Pergunta:
A questão fica aberta para discutir o papel das tecnologias de informação por vários
pontos de vista, uma vez que vc não restringiu, na pergunta, qual o viés que pretende
dar. No entanto, sua resposta provisória se atem apenas a concepção de Castells.
Veja que é possível que apareçam trocentas respostas diferentes....Outro reparo na
pergunta: vc está descrevendo o papel das tecnologias da informação e não das
redes.
Descreva o papel das redes na sociedade que vive a revolução das tecnologias
da informação. Relacione o conceito de desmaterialização e destaque seus
pontos positivos e negativos:
Resposta:
Como tendência histórica, as funções e os processos dominantes na era da
informação estão cada vez mais organizadas em torno de redes. Redes constituem a
nova morfologia social de nossa sociedade e a difusão da lógica de redes modifica de
forma substancial a operação e os resultados dos processos produtivos e de
experiência, poder e cultura. Tudo isso porque elas são estruturas abertas e capazes
de expandir de forma ilimitada, integrando novos nós desde que consigam comunicar-
se dentro da rede, ou seja, desde que compartilhem os mesmos códigos de
comunicação (por exemplo, valores ou objetos de desempenho). Nesse contexto é
que a rede é um instrumento apropriado para a economia capitalista voltada para a
inovação, globalização e concentração descentralizada; para o trabalho,
trabalhadores e empresas voltadas para a flexibilidade e adaptabilidade; para uma
cultura de desconstrução e reconstrução contínuas; para uma política destinada ao
processamento instantâneo de novos valores e humores públicos; e para uma
organização social que vise a suplantação do espaço e invalidação do tempo.
Desmaterialização consiste na conversão para forma eletrônica dos diferentes tipos
de conhecimentos codificados e informações e oferece a possibilidade de
dependência mínima de matéria e, assim, de redução dos custos associados tanto ao
consumo de recursos físicos e energéticos, quanto ao tempo e espaço de seu
desenvolvimento, produção e consumo.” (LASTRES & FERRAZ,1999, p. 41).
Ela surge em um ambiente no quais novas tecnologias permitem o barateamento das
condições de produção e reprodução das diferentes formas de informação (apesar
dos ainda elevados riscos da inovação), com ampliação da utilização de técnicas
organizacionais flexíveis, horizontalizadas, voltadas para estratégias globais e
atuando em rede. Entre os efeitos mais perversos da desmaterialização estaria o
agravamento do processo de redução de postos de trabalho, que não é acompanhada
por processos de qualificação da mão de obra. Já como efeitos “positivos” podem
destacar as inovações tecnológicas como o surgimento de novos combustíveis,
redução do “lixo” etc.
Pergunta:
Seguindo as ideias de Schumpeter, qual é a relação entre o empresário inovador
e o alcance de novos patamares de inovação?
A resposta deve conter:
· motivação do empresário inovador – lucro/recompensa
· ciclo econômico de Schumpeter
· após a difusão da inovação – perda de lucro – desenvolvimento de novas formas de
obter lucro
· novos patamares de inovação
Nesta questão, a resposta está sintética e não consigo ter certeza se representa
corretamente o raciocínio necessário. Além disso, há uma aparente confusão... não
são novos patamares de inovação e sim de desenvolvimento. Se isso foi resultado de
um equivoco de digitação ou de compreensão, não consigo avaliar...
Pergunta:
A pergunta abaixo proposta por algum colega parece simples, mas não é. A resposta
envolve ter que explicar o que é lucro, o que é produção, o que é produtividade, o que
é produção material e o que é desenvolvimento. Exige explicar não apenas o
mecanismo de mercado, mais o mecanismo de crescimento. Além disso, sua possível
resposta não responde. Define uma coisa por outra, sem definir nenhuma. Procure
outro caminho de reflexão, pois esse não está ajudando. Procure ler o texto do
Rosemberg, quem sabe ajude mais....
Explique como a lucratividade pode influenciar no desenvolvimento econômico.
Resposta:
Apesar de a produtividade impulsionar no desenvolvimento econômico, ela não motiva o
investimento tecnológico. Nem mesmo a inovação tecnológica a motiva. As empresas e
nações estariam visando a lucratividade e a competitividade, ao realizarem seus
investimentos. Assim, a lucratividade influencia no desenvolvimento econômico por ser um
fator que traz mais investimentos para o desenvolvimento de novas tecnologias.
Pergunta:
Os desenvolvimentos científicos, tecnológicos e econômicos muitas vezes não
conduzem ao bem estar social. Aborte uma situação onde isso ocorre.
A resposta deve conter:
Pensei em associar, por exemplo, os alimentos transgênicos e o projeto que autoriza
a mudança dos rótulos desses produtos, > ausentando da sociedade o direito de
saber a procedência do alimento.
Questões que sugerem "aborde", são muito vagas. Vc pode abordar dos mais
diversos pontos de vista. Se ao fazer isso vc utilizar os conteúdos da disciplina para
discutir ciência, a sociedade, a influência da economia sobre o desenvolvimento etc,
pode ser uma questão que atenda aos objetivos da disciplina. Mas o enunciado assim
como está não é muito preciso.
Pergunta:
A proposta é bem “fechada”, mas cada item da resposta pode ser desenvolvido com
maior ou menor densidade. Por outro lado, não está claro como vai ser feita a
“conexão” entre os argumentos.
Segundo Schumpeter, quais são as consequências de uma inovação em todo o
processo produtivo? Explicite os acontecimentos até a geração do lucro
extraordinário e explique o papel do estado para a manutenção desse curso.
Resposta deve conter:
Mudança nas forças produtivas
Geração de crédito
Aumento do poder de compra
Geração de capital
Estado como coordenador de financiamentos e responsável por investimentos de
risco.
Pergunta:
Como o fim da propriedade intelectual no processo de inovação pode promover
o desenvolvimento social?
Resposta:
Esse tipo de debate pode ser muito controverso, se pensarmos que a garantia de propriedade
intelectual aumenta efetivamente o potencial criativo do pesquisador e até mesmo das
empresas, resultando em uma capacidade menor de inovação, de tal maneira que um ritmo
menor no processo inovativo gera consequentemente um menor número de melhorias de
processos industriais, estagnando a eficiência desses processos e resultando em uma menor
oferta de bens e serviços, se considerarmos uma demanda crescente, essa escassez na oferta
eleva os preços, privando o acesso de uma parcela da população a esses bens ou serviços.
A propriedade intelectual gera então um falsa escassez de bens ou consumos, caso as patentes
não existissem, o avanço tecnológico obtido do processo de inovação estariam plenamente e
igualitariamente distribuído entre as pessoas, que teriam acesso à um estoque de
conhecimento, como também entre empresas, permitindo uma concorrência mais acirrada. O
aumento da oferta decorrente da disputa pela hegemonia de um mercado força uma queda
nos preços, garantimos então que uma parcela maior da população terá acesso aos bens e
serviços inovadores.
Esta questão poderia ser uma pergunta para um mestrado. Tem um problema no enunciado,
pois ele já define sozinho um juízo de valor na pergunta. Na proposta de resposta os
argumentos são muito próximos do senso comum e não evidenciaram uma reflexão ampliada
pela disciplina. Pode ser melhor trabalhada, mas numa prova de um hora, demoraria muito
para se fazer uma argumentação coerente e consistente.
Pergunta:
Schumpeter, economista do século XX, baseia suas deduções na economia a
partir da racionalidade entre agentes econômicos no mundo capitalista. Baseado
nessa ideia:
a) CITE a palavra que, para Schumpeter, corresponde à essência do
capitalismo.
b) CITE como Schumpeter nomeia uma pessoa guiada por essa essência
e DESCREVA o processo pelo qual sua atividade é realizada de forma
a promover crescimento para o sistema capitalista.
Reparem que a proposta de CTS, como área de estudo e como disciplina, me
impediriam de propor uma questão desse tipo “Cite”. A disciplina propoe reflexão,
então não dá so para citar....
Resposta:
a) Inovação.
b) Schumpeter nomeia como Empresário Inovador a pessoa guiada por essa
essência. A atividade gerada por um Empresário inovador é fazer com que as
empresas que os possuam saiam de suas rotinas devido à invenção de novas
técnicas que levaram maior produtividade e lucro dessas instituições. Embora
haja obstáculos psicológicos e sociais quanto à aceitação dessa inovação,
considera-se que seus impactos sobre produção e lucro criou uma nova
estrutura produtiva capaz de chamar a atenção de concorrentes que, por sua
vez, irão copiar a ideia em busca de prosperidade. Segundo Schumpeter,
portanto, essa influência gera progresso econômico (e o que é progresso
econômico).
Pergunta:
Descreva quais fatores motivaram o surgimento do estudo de CTS baseando-se
nas controvérsias da imagem tradicional da Ciência e Tecnologia. Cite exemplos
que evidenciam a falha do estudo de C&T sem a inclusão de fatores ligados à
sociedade. Adorei a questão, mas a resposta não está à altura. A resposta, imagino, seja
pontual, apenas para lembrar. Mas a pergunta exige que seja explicado o positivismo, a
concepção de revoltas sociais, de materialismo e de concepção de tecnica, tecnolognia e
sociedade (para entender a sindrome de Frankstein, que por sinal tem que ser explicada
tbem).
Resposta:
Baseada na descrição do Positivismo Lógico, seus problemas (mitos), e quais
problemas a sociedade começou a observar no fazer científico e nas consequentes
tecnologias que começaram a surgir sem considerar aspectos sociais (ex: energia
nuclear que foi usada para fabricação de bombas atômicas). Pode-se citar também as
revoltas sociais que começaram a surgir por conta do chamado "materialismo cru", e
também o surgimento da "Síndrome de Frankstein" neste contexto.
Pergunta:
A reflexão sobre o jogo político presente entre as tecnologias é conteúdo sim da prova.
Devo ter me expressado mal... Disse que não esperava perguntas diretas sobre
autores, mas sim reflexões a partir deles. Quanto a sua questão e proposta de
resposta, são coerentes. Todavia, poderiam gerar mais reflexão, não acha?
Segundo os conceitos (1), (2) e (3) de Winner. Discorra sobre as ideias de que
artefatos podem ter caráter político (evidenciado por Winner). Conceitos:
(1) Política: arranjos de poder e autoridade nas associações humanas assim
como as atividades que ocorrem dentro desses arranjos.
(2) Tecnologia: todos os artifícios práticos modernos.
(3) Tecnologias (no plural): peças ou sistemas de hardware, maiores ou
menores, de um tipo específico.
Tópicos que devem estar presentes na resposta:
- Como inovações podem ser relacionadas com a política;
- As duas formas como inovações podem ser inseridas em uma população (visão de
Engels e visão descentralizada);
- Citar que não há projetos atuais que evidenciem qual visão devemos adotar ao
implantas uma tecnologia (dentre as duas anteriores).
Resposta:
A inovação pode estar associada a algum artefato desenvolvido, mas, como podemos
observar, uma inovação só é o que é (uma inovação) quando adotada pelas pessoas
e/ou países. Entretanto, essa adoção não é tão simples, já que depende dos ideais e
necessidades dos que adotam. Isso no aspecto político é mais complicado ainda, já
que terá impacto em toda uma sociedade. Assim, direta ou indiretamente, inovações
ou até sistemas simples a serem adotados também podem ter caráter político - há as
tecnologias que são adotadas por uma comunidade e há outras que são denominadas
como “inerentemente políticas”, sendo que estas parecem exigir ou ser fortemente
compatíveis com tipos particulares de relações políticas.
Arranjos físicos podem ter propósitos políticos explícitos e implícitos e as coisas que
nós chamamos tecnologias são formas de construir ordem em nosso mundo. Assim,
inovações tecnológicas são similares a atos legislativos ou ações políticas básicas que
estabelecem uma estrutura de ordem pública que pode durar por muitas gerações. Por
esta razão, a mesma atenção cuidadosa que é dada às regras, papéis e relações da
política devem também ser dadas a coisas tais como a construção de rodovias, a
criação de redes de televisão, e a customização de aspectos aparentemente
insignificantes em novas máquinas. Desse modo, questões políticas e tecnológicas
são fortemente correlacionadas, já que afetam as vidas das pessoas, juntando-as ou
separando-as, mas principalmente afetando-as em seus padrões de vida, os quais
devem ser alterados em prol dos arranjos estabelecidos no todo.
Afinal, inovações afetam a vida das pessoas porque têm o caráter político. Então,
essas inovações precisam ser inseridas em uma população, sendo que isso pode ser
feito segundo: a visão de Engels, na qual deve-se haver subordinação dos
trabalhadores a uma “autoridade imperiosa” que verifica se as coisas acontecem
segundo um plano, isso evidenciando que conforme maior a especificidade de uma
tecnologia, maior é o autoritarismo para que esta seja implantada e funcione (poder
concentrado hierarquicamente); ou a visão de que as tecnologias não precisam ser
centralizadas, não necessitando de uma autoridade imperiosa, mas descentralizando
tecnicamente (razoável em relação à centralização de plantas em grande escala) e
politicamente (facilitando a administração de negócios, já que as pessoas lidam com
sistemas mais acessíveis, compreensíveis e controláveis).
Os dois tipos de interpretação que Winner delineou indicam como os artefatos podem
ter qualidades políticas. No primeiro caso, identificou formas pelas quais aspectos
específicos do projeto ou do arranjo de um dispositivo ou sistema podem prover um
meio conveniente de estabelecer padrões de poder e autoridade em um dado
contexto. No segundo caso, examinou formas pelas quais as propriedades intratáveis
de certos tipos de tecnologia são fortemente, talvez inevitavelmente, ligadas a
particulares padrões institucionais de poder e autoridade. Aqui, a escolha inicial sobre
adotar ou não adotar alguma coisa é decisiva tendo em vista suas conseqüências.
Não há projetos físicos ou arranjos alternativos que possam fazer uma diferença
significativa. E além disso, não há possibilidade genuína de intervenção criativa por
parte de diferentes sistemas sociais – capitalista ou socialista – que possam alterar a
intratabilidade da entidade ou que possam alterar significativamente a qualidade dos
seus efeitos políticos.
Pergunta :
Langdon Winner, em “Artefatos têm política?”, discorre acerca de duas
maneiras pelas quais as tecnologias podem estar relacionadas com a política,
relações de poder, hierarquia e autoridade. Identifique cada uma delas e
comente sobre suas principais diferenças.
Pergunta:
A partir do texto “Artefatos têm política?” de Langdon Winner, comente sobre a
necessidade de centralização de poder criada por tecnologias de geração de
energia como usinas nucleares e refinarias de petróleo, por exemplo.
Pergunta:
A questão é otima. A resposta confunde autenticidade com aceitação ou
representatividade...
Já percebe se que Ciência-Tecnologia-Sociedade precisam andar juntas, porém
nem sempre no campo científico elas são tratadas com a mesma disposição,
fatores externos, como investidores, acabam por agir intrinsecamente nas
pesquisar científicas, explique como isso pode abalar a sociedade como um
todo? Segundo Bourdieu, a autenticidade das pesquisas é algo de extrema
importância, você concorda com isso? Porque?
Respota:
As pesquisas científicas vem cada vez mais tomando rumos de acordo com fatores
externos, por exemplo, se há um investidor ou um patrocinador em torno dela, ela
tende a seguir orientações desses fatores. Isso acaba limitando as pesquisas, o
profissional não trabalha mais em prol da sociedade, uma vez que a ciência é para
todos, mas sim em prol do que gerará lucro de acordo com o meio externo.
Bourdieu defende, então, a autenticidade das pesquisas, essa autenticidade de fato
acaba sendo boa quando há uma pressão em torno do que o profissional precisa
pesquisar, porém para a sociedade, por vezes, acaba sendo prejudicial, pois o
conhecimento adquirido por aquele pesquisador acaba sendo privado a somente ele,
outros pesquisadores não podem adquirir daquele conhecimento e em cima dele
desenvolver e pensar em coisas novas, assim a sociedade acaba sendo prejudicada.