UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA CENTRO DE TECNOLOGIA CURSO DE ENGENHARIA CIVIL PERFIS GEOLÓGICO-GEOTÉCNICOS DA LINHA DE TRANSMISSÃO 500 KV, CIUDAD DEL ESTE – VILLA HAYES, OBTIDOS COM USO DO PROGRAMA GEOVISUAL TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO Verónica Daniela Torres Agüero Santa Maria, RS, Brasil 2016
91
Embed
PERFIS GEOLÓGICO-GEOTÉCNICOS DA LINHA DE …coral.ufsm.br/engcivil/images/PDF/2_2015/TCC_VERONICA DANIELA... · CURSO DE ENGENHARIA CIVIL PERFIS GEOLÓGICO-GEOTÉCNICOS DA LINHA
This document is posted to help you gain knowledge. Please leave a comment to let me know what you think about it! Share it to your friends and learn new things together.
Transcript
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA
CENTRO DE TECNOLOGIA
CURSO DE ENGENHARIA CIVIL
PERFIS GEOLÓGICO-GEOTÉCNICOS DA LINHA DE TRANSMISSÃO 500 KV, CIUDAD DEL ESTE – VILLA
HAYES, OBTIDOS COM USO DO PROGRAMA GEOVISUAL
TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO
Verónica Daniela Torres Agüero
Santa Maria, RS, Brasil
2016
PERFIS GEOLÓGICO-GEOTÉCNICOS DA LINHA DE TRANSMISSÃO 500 KV, CIUDAD DEL ESTE – VILLA
HAYES, OBTIDOS COM USO DO PROGRAMA GEOVISUAL
Verónica Daniela Torres Agüero
Trabalho de conclusão de curso apresentado ao
Curso de Engenharia Civil da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM, RS), como requisito parcial para obtenção do grau de
Engenheira Civil.
Orientador: Prof. MSc. Talles Augusto Araújo (UFSM)
Co-orientadora: Dra. Eng. Civil Josiele Patias
Santa Maria, RS, Brasil
2016
Universidade Federal de Santa Maria
Centro de Tecnologia
Curso de Engenharia Civil
A Comissão Examinadora, abaixo assinada, aprova o Trabalho de Conclusão de Curso
PERFIS GEOLÓGICO-GEOTÉCNICOS DA LINHA DE TRANSMISSÃO
500 KV, CIUDAD DEL ESTE – VILLA HAYES, OBTIDOS COM USO DO PROGRAMA GEOVISUAL
elaborado por
Verónica Daniela Torres Agüero
como requisito parcial para obtenção do grau de Engenheira civil
COMISSÃO EXAMINADORA:
__________________________________ Prof. MSc. Talles Augusto Araújo
(Presidente/Orientador)
_________________________________ Prof. MSc. Magnos Baroni
(UFSM)
_________________________________ Prof. Évelyn Pániz
(UFSM)
Santa Maria
2016.
AGRADECIMENTOS
À Itaipu Binacional, que abriu suas portas para a realização deste trabalho.
Aos meus pais, Norma e Juan, com cujo apoio incondicional consegui chegar
até aqui, por me apoiarem em cada decisão difícil e por acreditarem em mim quando
nem eu mesma acreditava.
À Universidade Federal de Santa Maria e a todos os meus professores, pela
oportunidade de fazer parte desta instituição e pelos conhecimentos repassados
durante a graduação.
Ao meu orientador, Prof. MSc. Talles Augusto Araújo, um agradecimento
especial, por todo o apoio, pois graças à sua persistência e aos seus incentivos
realizei este trabalho na área de Geotécnica.
À Dra. Engenheira Civil Josiele Patias Supervisora, do Estágio
Supervisionado e Co-orientadora do meu Trabalho de Conclusão de Curso, obrigada
pelos grandes ensinamentos transmitidos ao longo do semestre, por todo o
empenho e toda a dedicação empregados na elaboração deste trabalho.
Ao professor Jorge Kazuo Yamamoto, por doar seus conhecimentos e seu
tempo para a realização deste trabalho.
À Geóloga Débora De Oliveira Fernandes, pelo suporte no pouco tempo qυе
lhe coube e pelo incentivo e conhecimento transmitidos.
Aos meus tios, Manuel e Marlene, que foram os primeiros a me adotarem
como filha nesta jornada, obrigada por terem mais que fornecido um lar, mas por
terem vivido este sonho comigo. E aos meus primos, Bernardo, Bárbara, Manuel e
Bianca, por todo o carinho com que me brindaram durante toda minha trajetória.
Sem o apoio de vocês, o hoje não seria o mesmo.
Ao Leonaldo Lópes Jr., pelos momentos felizes, amor e carinho, também pela
compreensão e pelo amparo nos momentos difíceis.
Aos meus colegas de faculdade, pelos anos vividos juntos, pela parceria,
noites longas de estudos, as longas conversas e por todos os momentos de alegria
que dividiram comigo.
E, por fim, agradeço a todos amigos e familiares e a todos que, de alguma
forma, fizeram parte desta trajetória, que me incentivaram e acreditaram em mim.
“A imaginação é mais importante que a ciência, porque a
ciência é limitada, ao passo que a imaginação abrange o
mundo inteiro”. (Albert Einstein)
RESUMO
Trabalho de Conclusão de Curso Curso de Engenharia Civil
Universidade Federal de Santa Maria
PERFIS GEOLÓGICO-GEOTÉCNICOS DA LINHA DE TRANSMISSÃO 500 KV, CIUDAD DEL ESTE – VILLA HAYES, OBTIDOS COM USO
DO PROGRAMA GEOVISUAL
AUTORA: VERÓNICA DANIELA TORRES AGÜERO
ORIENTADOR: PROF. MS. TALLES AUGUSTO ARAUJO
Data e local da de defesa: Santa Maria, 13 de janeiro de 2016.
Neste trabalho será apresentada uma metodologia para a obtenção de perfis geológico-geotécnico com base em dados da resistência dos solos (NSPT), interpolação de valores de NSPT com equações multiquádricas, com conceitos de goestatística e a utilização do sistema GeoVisual. A metodologia foi aplicada para a obtenção de perfis geológico-geotécnico dos terrenos de fundação da linha de transmissão de 500kv que liga Cidade del Este e Villa Hayes. No trabalho são apresentados 34 seções ou trechos de 10 km de perfis da fundação de 248 torres, abrangendo um total de 347 km de linha. Para gerar os perfis da linha foram utilizados 2.706 valores de NSPT de 248 sondagens de simples reconhecimento. Entende-se que os perfis gerados possuem uma importância significativa tanto no meio acadêmico, como no meio técnico profissional, pois suas informações agregam conhecimento nas áreas de Geologia e de Geotécnia, o que é de suma importância para o entendimento do meio físico das regiões Oriental e Ocidental do Paraguai e do trecho de obras da linha de transmissão de 500kv. Também são apresentados tópicos bibliográficos sobre a geologia da região Ocidental da República do Paraguai A linha de transmissão de 500kv, objeto do estudo de caso, parte da Subestação da Margem Direita (SEMD) da UHE ITAIPU em Cidade del Este até a Subestação de Villa Hayes (SEVH), sendo considerada a terceira maior obra de infraestrutura do Paraguai. A linha de transmissão possui 348 km de extensão e 759 torres autoportantes construídas com estruturas metálicas e tem como objetivo transmitir energia limpa e renovável às comunidades ao longo da linha, gerando, assim, mais fontes de trabalho e ajudando no desenvolvimento da sociedade paraguaia.
Palavras-chave: Perfis geológico-geotécnicos, linhas de transmissão, Sistema
GeoVisual.
RESUMEN
Trabajo de Conclusión de Curso
Curso de Ingenieria Civil Universidad Federal de Santa Maria
PERFIL GEOLÓGICO-GEOTÉCNICOS DE LA LINEA DE TRANSMICIÓN 500 KV, CIUDAD DEL ESTE – VILLA HAYES,
OBTENIDOS CON USO DEL PROGRAMA GEOVISUAL
AUTORA: VERÓNICA DANIELA TORRES AGÜERO
ORIENTADOR: PROF. MS. TALLES AUGUSTO ARAUJO
Fecha y local: Santa Maria, 13 de janeiro de 2016.
En este trabajo será presentado una metodología para la obtención de perfiles geológico-geotécnicos con base en los valores de la resistencia de suelos (NSPT), con conceptos de geoestatística, interpolación de valores con ecuaciones multicuadricas y la utilización del sistema GeoVisual. La metodología fue aplicada para la obtención de perfiles geológico-geotécnicos de los terrenos de fundación de la línea de transmisión de 500 kV que liga Ciudad del Este y Villa Hayes. En el trabajo son presentados 34 sesiones de 10 km de perfil de fundación, de 248 torres de alta tensión, abarcando un total de 347 km de línea de transmisión. Para reproducir los perfiles de la línea fueron utilizados 2.706 valores de NSPT de 248 sondajes de simple reconocimiento. Los perfiles generados poseen una importancia significativa tanto en el medio académico, como en el medio técnico profesional, pues sus informaciones agregan conocimiento en áreas de Geología y Geotécnia, lo que es muy importante para el entendimiento del medio físico de las regiones Oriental y Occidental del Paraguay y del camino de obras a lo largo de la línea de transmisión de 500 kV. También son presentados tópicos bibliográficos sobre la geología de la región Oriental y Occidental de la República del Paraguay. La línea de transmisión de 500 kV, se inicia en la Subestación de Margen Derecha (SEMD) de Itaipu Binacional ubicada en Ciudad del Este, hasta la Subestación Villa Hayes ubicada en Villa Hayes, siendo considerada la tercera mayor obra de infraestructura del Paraguay. La línea de transmisión posee a lo largo de los 347 km de extensión, 759 torres auto-portantes construidas con estructuras metálicas y tiene por objetivo transmitir energía limpia y renovable a las comunidades a lo largo de la línea, generando así mas fuentes de trabajo y ayudando a el desenvolvimiento de la sociedad Paraguaya.
Palavras-chave: Perfil Geológico-Geotécnico, línea de transmisión, Sistema
GeoVisual.
LISTA DE FIGURAS
Figura 1: Esquema ilustrativo da montagem da sondagem SPT. Fonte:
UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ, 2007. ....................................................... 20
Figura 2: Perfil de sondagem de simples reconhecimento. Fonte: AGUIAR, 2013. .. 21
Figura 3: Janela de entrada do Sistema GeoVisual. ................................................. 26
Figura 4: Exemplo de arquivo no formato GeoEas, entrada de dados no Sistema
Figura 15: Perfil geológico-geotécnico trecho 0 a 60 km ........................................... 59
Figura 16: Perfil geológico-geotécnico trecho 60 a 120 km ....................................... 62
Figura 17: Perfil geológico-geotécnico trecho 120 a 150 km ..................................... 64
Figura 18: Perfil geológico-geotécnico trecho 150 a 180 km ..................................... 66
Figura 19: Perfil geológico-geotécnico trecho 180 a 240 km ..................................... 68
Figura 20: Perfil geológico-geotécnico trecho 240 a 300 km ..................................... 70
Figura 21: Perfil geológico-geotécnico trecho 300 a 340 km ..................................... 72
Figura 22 Trecho das torres 193/1 e 178/2 ............................................................... 73
Figura 23: Perfil Topográfico do trecho da escarpa ................................................... 74
Figura 24: Mapa Geológico do Paraguai ................................................................... 75
Figura 25: Localização da escarpa ............................................................................ 76
Figura 26: Trechos das torres sem sondagens ......................................................... 77
Figura 27: Ilustração do trecho das torres 300/1 e 318/2, e com rocha superficial na
cidade de Nueva Colombia. ...................................................................................... 78
Figura 28: Perfil topográfico do trecho de 187 km ..................................................... 79
Figura 29: Departamento de Cordillera, Rocha aflorando ......................................... 79
Figura 30: Departamento de Cordillera, Rocha aflorando - estaca 304/2 ................. 80
Figura 31: Perfil geológico geotécnico da Torre 334/2 ............................................. 85
Figura 32: Perfil geológico geotécnico da Torre 333/2 ............................................. 86
Figura 33: Perfil geológico geotécnico da Torre 178/2 ............................................. 87
Figura 34: Perfil geológico geotécnico da Torre 177/1 ............................................. 88
LISTA DE GRÁFICOS Gráfico 1: Curva acumulativa com percentil 50%. ..................................................... 50 Gráfico 2: Gráfico em que aproximadamente 40% das amostras tem um valor inferior ao NSPT 10. ................................................................................................................ 51 Gráfico 3: Gráfico em que aproximadamente 70% das amostras tem um valor inferior ao NSPT 20. ................................................................................................................ 51 Gráfico 4: Gráfico em que aproximadamente 92% das amostras tem um valor inferior ao NSPT 30. ................................................................................................................ 52 Gráfico 5: Gráfico em que aproximadamente 98% das amostras tem um valor inferior ao NSPT 40. ................................................................................................................ 52 Gráfico 6: Gráfico em que aproximadamente 98% das amostras tem um valor inferior ao NSPT 50. ................................................................................................................ 53 Gráfico 7: Gráfico em que aproximadamente 99,70% das amostras tem um valor inferior ao NSPT 60. .................................................................................................... 53
LISTA DE TABELAS
Tabela 1: Número de peneiras e aberturas em milímetros. Fonte: CHIOSSI, 1979. . 15
Tabela 2: Sistema Unificado de Classificação de solo. Fonte: PRANDINIi;
Figura 14: Barra com a escala de cores que representam intervalos de valores de NSPT.
Em alguns dos perfis gerados, existem trechos incompletos. Assim, para uma
maior compressão do relevo do terreno, esses trechos foram preenchidos com o
perfil topográfico, retirados do Google Earth, sendo os trechos:
1. Inexistência de sondagens, entre as torres 290/3 a 321/3;
2. Escarpa existente, entre as torres 178/2 e 193/1.
A seguir, é apresentada a análise do perfil geológico geotécnico geral,
dividido em diferentes trechos, que inicia na Subestação de Villa Hayes (SEVH),
como indica a seta no perfil da figura 15, e finaliza na Subestação da Margem Direita
(SEMD), no perfil da figura 21.
56
4.2.1 Trecho do quilômetro 0 ao quilômetro 60:
Pode-se notar que, em relação à topografia, no trecho do quilômetro 0 ao
quilômetro 26, existe uma planície ou um platô, conforme mostra o perfil da figura
15.
Segundo o mapa da geologia do Paraguai, da figura 6, este trecho está
inserido na região que pertence, em parte, ao grupo Misiones, caracterizado pela
existência de arenitos que possuem propriedades muito boas quando apresentam
silicificação e litificação. (SPINZI, 1982). Por outro lado, na continuidade do trecho
(km 30 ao km 60), os terrenos pertencem, possivelmente, à formação dos
Sedimentos Ordovicianos, Silurianos e Devonianos.
No trecho de perfil do quilômetro 0 ao quilômetro 26, da figura 15, observa-se,
na barra de gama de cores, à direita, que a interpolação dos valores NSPT dão a
indicação de uma variação de aproximadamente de 11,9 a 58,1. As pequenas áreas
em azul, no perfil e na base das camadas de solos, denotam a presença de valores
altos de NSPT, como até aproximadamente 58,1. Esses valores, segundo a norma
NBR6484 (2011), são de solos com consistência que variam de rija a dura em
termos de argila e siltes argilosos; já em relação a areias e a siltes arenosos, a
compacidade é de terreno compacto a muito compacto (NBR6484, 2001). Esses
altos valores de NSPT são comuns na base das camadas de solos residuais e no
contato de solos saprofíticos com a rocha decomposta.
Para a verificação da correta interpolação do banco de dados com o sistema
GeoVisual, a autora realizou uma comparação de uma seção do perfil geológico com
os valores dos boletins de sondagens das torres no ponto localizado no quilômetro
14, indicado na figura 15, pois é neste ponto que o perfil acusa valores de 11.8 até
valores muito altos como 58,10. Conforme as figuras em anexo das torres 334/2 e
333/2, estes boletins de sondagens indicam valores a partir do NSPT 11 até 57, o que
sugere que o sistema GeoVisual realiza as interpolações do banco de dados com
exatidão.
Nos trechos de perfil do quilômetro 26 ao quilômetro 30, da figura 15, e do
quilômetro 30 ao quilômetro 56 observa-se a ocorrência de um terreno mais
íngreme, com a sua elevação atingindo aproximadamente 80 metros em relação ao
terreno anterior, os quais se desenvolvem em locais com afloramentos rochosos.
57
Neste e trecho não foram feitas interpolações com dados de sondagens rotativa,
pois as imagens do perfil em cor homogeneamente rosa foram retiradas do Google
Earth, para um maior entendimento da sequência do perfil.
Entre o quilômetro 56 e o quilômetro 60, da figura 15, verifica-se, novamente,
um perfil com a presença de solos nas camadas superficiais. Neste trecho, o terreno
se eleva e nota-se que os valores de NSPT variam de valores baixos até muito altos
com aproximadamente 54,8, o extrato (camada) na cor vermelha acusa valores
menores de NSPT, com solos de menor consistência e subjacente e na sequencia as
camadas mudam para solos que varia de rijo a duro e cores esverdeadas e azul.
Esses perfis vão acompanhados do perfil topográfico do terreno, sendo
apresentados em cor homogeneamente rosa, devido à ausência de sondagens, o
que representa o comportamento do relevo do trecho. Pode-se observar, na figura
15, a existência de picos mais acentuados, o que sugere a presença de serras no
local.
58
Figura 15: Perfil geológico-geotécnico trecho 0 a 60 km.
Torre 334/2 Torre 333/2
(m)
(m)
(Km)
(Km)
59
4.2.2 Trecho do quilômetro 60 ao quilômetro 120:
Em relação aos dados interpolados, observando o trecho da figura 16, nota-se
que há maior presença de cores entre laranja e verde, que corresponderiam a
valores de NSPT entre 11,9 e 51,5. Analisando esses valores de acordo com a norma
NBR6484 (2011), pode-se inferir que, em geral, o solo desse trecho possui uma
consistência que varia de rija a dura. A gama de cores varia de 3 a 54,8, em que se
pode notar a predominância de cores entre vermelho e laranja, o que seriam valores
mais baixos de NSPT. Os valores baixos de NSPT caracterizam solos fofos e poucos
compactos, ou moles a muito moles, segundo a norma NBR6484 (2011).
No trecho que abarca o quilômetro 60 ao quilômetro 90, da figura 16, e do
quilômetro 110 ao quilômetro 120 pode-se observar uma topografia acidentada com
alguns morretes, com uma elevação de 30 metros. Já no trecho do quilômetro 90 ao
quilômetro 110, o perfil apresenta uma planície de 110 km. Este trecho atravessa
sedimentos do quaternário segundo o mapa da geologia do Paraguai, da figura 6,
cuja topografia local se caracteriza pela presença de esteiros, devido ao depósito de
aluviões do quaternário segundo (GONZALEZ, 2000).
60
Figura 16: Perfil geológico-geotécnico trecho 60 a 120 km.
(Km)
(Km)
(m)
(m)
61
4.2.3 Trecho do quilômetro 120 ao quilômetro 150:
No perfil da figura 17, nota-se a predominância da cor verde, cujos valores
de NSPT se encontram entre 21,8 a 44,9, o que significa que o solo se comporta de
maneira dura quando se trata de argila e siltes argilosos, e de maneira compacta a
muito compacta, quando se trata de areias e siltes arenosos (NBR6484, 2001).
Entretato, em alguns pontos, observa-se uma variação entre o amarelo e o laranja
mais acentuado, o que evidencia valores baixos a médios de NSPT, os quais se
encontram na faixa de 8,6 a 18,5, com características de consistência média a rija
em argilas e siltes argilosos, e pouco compacta a medianamente compacta para
areias e siltes arenosos (NBR6484, 2001). Ademais, em outros pontos, aparece a
cor azul, o que denota valores altos de NSPT, variando entre 54,8 a 68. Neste trecho
o perfil apresenta uma topografia não muito acidentada, com suaves morretes e com
uma elevação de cerca de 50 metros. Com relação a geologia este trecho da figura
17 atravessa a formação San Miguel do Grupo Independência, composto por
arenitos e conglomerados de origem glacial (GONZALEZ, 2000).
62
Figura 17: Perfil geológico-geotécnico trecho 120 a 150 km.
(Km)
(m)
63
4.2.4 Trecho do quilômetro 150 ao quilômetro 180:
A topografia do trecho da figura 18 é bastante acidentada, caracterizando-se
pela presença de uma escarpa. Neste caso, a escarpa acontece aproximadamente
na mudança de litologia do Grupo Independência para o Grupo Misiones, segundo a
localização das torres da figura 22, em comparação ao mapa de geologia do
Paraguai, da figura 6.
Nota-se que o perfil possui uma gama de cores entre o vermelho e o verde,
o que verifica a presença de valores de NSPT que variam de baixos a médios altos,
oscilando, aproximadamente, de 3 ao 28,4, que, em termo de argila e siltes argilosos,
o solo de comporta de maneira que varia de muito mole a rija, e, em termo de areias
e siltes arenosos, sua consistência vai de fofo a compacto (NBR6484, 2001). Esse
trecho se caracteriza pela presença de arenitos argilosos finos a muito finos, o que
corresponde ao Grupo Misiones, e a parte do Grupo Independência possui arenitos
e conglomerados (GONZALEZ, 2000).
Para a verificação da correta interpolação do banco de dados com o sistema
GeoVisual, a autora realizou uma comparação de uma seção do perfil geológico com
os valores dos boletins de sondagens das torres próximas do ponto localizado no
quilômetro 168 e 170 quilômetros, indicado na figura 18, pois é neste ponto que os
boletins de sondagens acusam valores de 4 até 30 NSPT. Conforme as figuras 31 e
32 em anexo das torres 178/2 e 171/2, estes valores dos boletins de sondagens
indicam que o sistema GeoVisual realiza as interpolações do banco de dados com
exatidão.
O trecho do perfil entre o quilômetro 153 e o quilômetro 168 não possui
informações de sondagens do tipo SPT e, devido a este fato antes referido, não
foram realizadas as interpolações dos dados das sondagens rotativas. Entretanto,
para um melhor entendimento do trecho, foi inserida uma imagem do perfil
topográfico retirada do Google Earth, que abarca o início da escarpa, até o seu topo.
64
Figura 18: Perfil geológico-geotécnico trecho 150 a 180 km.
Torre 178/2 Torre 177/1
(Km)
(m)
65
4.2.5 Trecho do quilômetro 180 ao quilômetro 240:
No perfil da figura 19, observa-se que a topografia do terreno se apresenta
levemente acidentada, com variações de elevação dos morretes de 170 metros em
relação aos terrenos adjacentes e com formações de platô o qual pode ser
visualizada claramente no trecho do quilômetro 224 ao quilômetro 234, da figura 21.
Este trecho da figura 19 se encontra sobre o Grupo Misiones, segundo o
mapa da geologia do Paraguai da figura 6, em cuja litologia se caracteriza pela
presença de arenitos argilosos que variam de finos a muito finos. (GONZALEZ,
2000). Ademais, semelhantes as análises anteriores, observa-se que no trecho
foram interpolados valores de NSPT que variam de baixos a médios, pois a gama de
cores do perfil varia entre o vermelho e o verde, oscilando de 3 a 28,4.
66
Figura 19: Perfil geológico-geotécnico trecho 180 a 240 km.
(Km)
(Km)
(m)
(m)
67
4.2.6 Trecho do quilômetro 240 ao quilômetro 300:
No perfil da figura 20, a topografia do terreno apresenta uma área acidentada
com variação de morros de aproximadamente 100 metros de altura. Ainda,
observam-se pequenos trechos com formação de platôs, como nos trechos do
quilômetro 240 ao quilômetro 245 e do quilômetro 281 ao quilômetro 284.
Nota-se a predominância de vermelho e de verde, o que denota, na escala de
cores, a presença de valores de NSPT, entre, aproximadamente, 3 e 48,2 o que,
segundo a tabela 5, são valores que acusam solos que variam de fofos a muito
compactos, em relação a areias e siltes argilosos, e de muito moles a duro, em
relação a argilas e siltes argilosos. Entretanto, há também a presença de cores entre
o azul claro e azul escuro, no trecho entre o quilômetro 269 e o quilômetro 272, o
que sugere valores de NSPT entre 51,5 e 68. Tais valores representam a existência
de solos no limite da resistência a penetração do amostrador tipo Terzaghi, cravado
a percussão.
O trecho da figura 20 ainda passa sobre o Grupo Misiones, onde a litologia se
caracteriza pela presença de arenitos argilosos que variam de finos a muito finos
segundo (GONZALEZ, 2000). Já a partir do quilômetro 270, muda para a Suíte
Magmática Alto Paraná; e na composição da litologia, caracteriza-se pela extensa
área de derrame de basaltos, os quais, em sua, maioria são rochas ígneas
originadas a partir de derrame de magmas, em que também se manifestam níveis
amigdaloides ou vesiculares (P & T consultora S.R.L, 2007).
68
Figura 20: Perfil geológico-geotécnico trecho 240 a 300 km.
(Km)
(Km)
(m)
(m)
69
4.2.7 Trecho do quilômetro 300 ao quilômetro 340:
A topografia do trecho se apresenta acidentada, com morretes variando até
70 metros de altura, com presença de um platô em um pequeno trecho de 4 km,
entre o quilômetro 330 e o quilômetro 340 km. Pode-se observar, também, uma
pequena falha que indica o 330 km, o que se deve à falta de dados de sondagens do
trecho.
Destaca-se no perfil da figura 21 a presença de cores entre vermelho e verde,
o que indica valores de NSPT que variam de baixos a altos, entre 0 a 34. Entretanto,
em pequenas partes, destaca-se uma gama de cores entre o azul claro a uma azul
mais intenso, o que denota valores altos de NSPT, entre 51,5 e 68, no limite de
terrenos impenetráveis a percussão.
A litologia deste trecho abarca inteiramente o Grupo da Suíte Magmática Alto
Paraná, onde predominam as rochas ígneas, originadas a partir de magmas.
Ademais, manifestam-se níveis amigdalóides ou vesiculares (P & T consultora S.R.L,
2007).
70
Figura 21: Perfil geológico-geotécnico trecho 300 a 340 km.
(m)
(Km)
(Km)
(m)
71
4.3 Escarpa entre as torres 193/1 e 178/2
A figura 22 mostra um perfil geológico-geotécnico de terrenos inseridos no
Departamento de Caaguazú no Paraguai, no trecho onde estão localizadas as
torres 193/1 e 178/2. A figura 23 mostra uma imagem representativa deste trecho,
onde se verifica a presença de terrenos muito íngremes, na forma de escarpa. A
sobreposição desses terrenos e do trecho da linha de alta tensão no mapa
geológico do Paraguai permite inferir que, nesta região, ocorre a junção de duas
litologias diferentes: o Grupo Misiones e o Grupo Independência.
Figura 22: Trecho das torres 193/1 e 178/2. Fonte: GOOGLE EARTH, 2015.
Segundo Gonzalez (2000), o grupo Misiones se caracteriza, em sua
litologia, pela presença de arenitos na sua base, em cuja parte superior se
intercalam com basaltos do grupo Alto Paraná. A área da aparição da escarpa
pode-se atribuir à formação San Miguel, do Grupo Independência, o qual possui
arenitos de grãos finos.
A figura 23 representa um perfil que mostra a presença de uma escarpa no
trecho localizado entre as torres 193/1 e 178/2. Nesta figura, pode-se observar
claramente como o perfil de elevação do terreno vai mudando gradativamente,
com uma diferença de elevação de 248 metros entre uma torre e a outra.
72
Figura 23: Perfil Topográfico do trecho da escarpa. Fonte: GOOGLE EARTH, 2015.
Nas figuras 24 e 25, observa-se uma comparação entre a localização da
escarpa no mapa da geologia do Paraguai e a localização precisa da escarpa no
Google Earth, com fins de demonstrar a aproximação realizada em termos da
descrição que a litologia que compõe.
Possível comparação da localização da escarpa, com o mapa geológico do
Paraguai e a imagem do Google Earth, com a localização precisa da escarpa,
entre as torres 193/1 e 178/2:
73
Figura 24: Mapa Geológico do Paraguai. Fonte: MINISTERIO DE OBRAS PÚBLICAS E COMUNICAÇOES, 2014.
74
Figura 25: Localização da escarpa. Fonte: GOOGLE EARTH, 2015.
75
4.4 Trechos com ausência de sondagem à percussão
No Departamento de Cordilheira-Paraguai, encontra-se a presença de trechos
com inexistência de dados de sondagens à percussão, entre as torres 291/1 e 292/2,
com uma extensão de 152 km, e entre as torres 318/2 e 321/2, com uma extensão
de 2,4 km. Esses trechos são identificados como traçado na cor verde, nos extremos
da figura 26.
Figura 26: Trechos das torres sem sondagens. Fonte: GOOGLE EARTH, 2015.
Essa região é caraterizada pelo afloramento de rocha, o que impossibilitou a
realização de sondagens tipo SPT. Nesses locais, foram executadas sondagens do
tipo rotativa para investigação das características da rocha, as quais não foram
consideradas para este estudo.
4.5 Rocha Aflorando ou superficial
No Departamento de Cordilheira, onde estão localizadas as torres 300/1 até
318/2, com 187 km de extensão, como mostra a figura 27. Este trecho do mapa
geológico do Paraguai correspondente à formação Tobati, englobada no grupo
Caacupe (GONZALEZ, 2000).
76
Umas das cidades próximas a este trecho é Emboscada, conhecida como a
“cidade de pedra”, devido ao fato de os moradores, em sua maioria, trabalharem
com a extração de blocos de rocha para a construção civil (WIKIPEDIA , 2015). Com
isso, também se pode assegurar a presença de rocha aflorando na região e terrenos
coluvionares. Na figura 27, pode-se observar um exemplo de afloramento da rocha
no local e na figura 28, a visualização do perfil topográfico do trecho.
Figura 27: ilustração do trecho das torres 300/1 e 318/2, e com rocha superficial na cidade de Nueva Colombia. Fonte: GOOGLE EARTH, 2015.
77
Figura 28: Perfil topográfico do trecho de 187 km. Fonte: (GOOGLE EARTH, 2015).
Na época da construção da linha de alta tensão, os profissionais da Itaipu
realizaram as fiscalizações e pode-se confirmar a existência da rocha superficial no
local, conforme apresentado nas figuras 29 e 30, as quais que correspondem ao
local da estaca 304/2 (marcação da obra) com afloramento de rocha sã. Neste
trecho, de 182 km, foram realizadas sondagens rotativas, para caracterização das
rochas de subsuperfície e para a elaboração das soluções de fundação das torres.
Figura 29: Departamento de Cordillera, Rocha aflorando. Fonte: (ITAIPU BINACIONAL, 2015).
78
Figura 30: Departamento de Cordillera, Rocha aflorando - estaca 304/2. Fonte: ITAIPU BINACIONAL, 2015.
5 CONCLUSÃO
Com a revisão bibliográfica e o estudo de caso apresentados é possível
destacar a associação de vários assuntos teóricos tais como geoestatística,
krigagem e interpolação de dados com aspectos geológico-geotécnicos do território
Paraguaio, com destaque para as regiões Oriental e Ocidental onde foi implantada a
linha de transmissão de 500 kV, Ciudad del Este – Villa Hayes.
Os objetivos do presente trabalho foram plenamente atingidos, com a
elaboração e a apresentação dos perfis geológicos-geotécnicos do trecho da linha
de transmissão 500 kV, Ciudad del Este – Villa Hayes. Ademais, a pesquisa permitiu
a inserção da autora em um amplo e avançado campo de trabalho técnico-científico,
com grandes possibilidades de sua aplicação no mercado de trabalho e no ambiente
acadêmico.
Para o desenvolvimento dos perfis geológico-geotécnicos foi utilizado o
Sistema GeoVisual, o qual possibilitou a interpolação de 2706 valores de NSPT de
237 boletins sondagens de simples reconhecimento que foram um dos elementos
básicos do projeto das fundações das torres autoportantes da linha de transmissão
de kv. Com isso, foi possível a obtenção, de forma relativamente simples, perfis
geológico-geotécnicos de 347 km do terreno de fundação da referida linha de
transmissão implantada.
Entende-se que os perfis gerados possuem uma importância tanto no meio
acadêmico, como no meio técnico profissional, pois novas formas de obtenção de
perfis geológico-geotécnicos sempre são importantes para projetos que se
desenvolvem em grandes extensões territoriais. Os perfis gerados no estudo de
caso agregam conhecimento nas áreas de Geologia e de Geotécnia, o que é de
suma importância para o entendimento do meio físico local e de trechos de obras
nas regiões Oriental e Ocidental do Paraguai. Além disso, pode-se destacar que os
perfis gerados, com os devidos ajustes e detalhamentos, podem se constituir em
elementos técnicos para novos estudos e projetos ao longo do trecho.
Foi possível perceber o grande potencial do Sistema GeoVisual no tratamento
de bancos de dados, visto que ainda aos perfis gerados poderiam ser agregadas
novas informações, tais como a estratigrafia e/ou as classificações dos solos pelo
sistema SUCS, a presença do nível freático, a variação de parâmetros geotécnicos
80
(resistência ao cisalhamento, permeabilidade e/ou compressibilidade) dos solos,
dados de sondagens rotativas e outros. As análises estatísticas dos 2706 dados
utilizados indicaram que há um maior número de ocorrências de valores interpolados
de NSPT entre 8 e 16, o que permite-se concluir que, ao longo da linha de
transmissão de 500 kV, ocorrem solos nas camadas superficiais com uma
consistência que varia de média a rija, no que diz respeito a argilas e siltes argilosos
e, no caso de locais com ocorrências de areias e siltes arenosos, as compacidades
variariam entre pouco compactas a medianamente compacta (NBR6484, 2001).
Por fim, a autora destaca que a realização do estágio supervisionado e o
trabalho de conclusão de curso no último semestre do curso de Engenharia Civil da
UFSM e no mesmo ambiente (ITAIPU) foram proveitosos para a seleção do tema do
trabalho desenvolvido e por ter oportunizado a participação espontânea e profícua
da Dra. Eng. Josiele Patias na sua realização.
6 REFERÊNCIAS
AGUIAR, A. Fundações. Disponível em: < http://pt.slideshare.net/arnaldoaguiar75/aula3-fundacoes >. Acesso em: 7/11/2015. BUENO, B. D.; VILAR, O. M. Mecânica dos solos. São Carlos:1984. CHIOSSI, N. J. Geologia Aplicada a Engenharia. São Paulo: Departamento de Livros e publicações da escola de Politécnica da USP, 1979. EICHMAN JAKOB, A. A. A krigagem como método de análise de dados demográficos. Associacão Brasileira de estudos populacionais, 2002. Disponível em: <http://www.abep.nepo.unicamp.br/docs/anais/pdf/2002/GT_SAU_ST3_Jakob_texto.pdf>. Acesso em: 5/11/2015. FULFARO, V. Geologia del Paraguay Oriental. Asunción, 1996. GONZALEZ. Mapa Geológico del Paraguay - Proyecto PAR 86. Geologia del Paraguay, 2000. Disponível em: <http://www.geologiadelparaguay.com/Geo.htm>. Acesso em: 5/11/2015. GOOGLE EARTH. Imagem satelital. Acesso em: nov. 2015. GOUVEIA, G.; ALMEIDA, L.; NEIVA, F.; & CELLA, P. Modelamento Geomecânico 3D utilizando o Software LeapFrog Geo. 15º CONGRESSO BRASILEIRO DE GEOLOGIA DE ENGENHARIA E AMBIENTAL, 2014. GURGEL, J. Apostila de solo. Disponível em: <file:///D:/Archivos%20Personales/Downloads/apostila%20de%20solos.pdf> Acesso em: 7/11/2015. p. 52. HACHICH, W. Fundações: Teoria e Prática. São Paulo: Pini, 1996. HOLTZ, & KOVACS. An introduction to Geotechnical Engineering. Prentice: Hall, 1981. ITAIPU BINACIONAL. Aspectos Técnicos das Estruturas Civis. 2007. ITAIPU BINACIONAL. Sistema de transmisión en 500 KV del Paraguay. 2015. KAZUO YAMAMOTO, J. Representações gráficas e spaciais em Geologia - Aplicações no complexo alcalino de Anitápolis. São Paulo, 1986. LANDIM, P. M. GEOEAS: Introdução à análise Geoestatística. Rio Claro: Texto Didático, 2003. LANDIN, P. Apostila do de Geoestatisitica. Rio Claro: Texto Didático, 2000.
82
MINISTERIO DE EDUCACION Y CULTURA. Portal educativo del Paraguay. Disponível em: <http://www.portaleducativo.gov.py/index.php?title=Geologia3ercursoUnid6>. Acesso em: 7/11/2015. MINISTERIO DE OBRAS PÚBLICAS E COMUNICAÇOES. Vice Ministerio de Minas e Energía. Disponível em: <http://www.ssme.gov.py/vmme/index.php?option=com_user&view=login&Itemid=276>. Acesso em: 29/10/2015. NBR6484. NBR 6484. Em A. -A. Técnicas, Sondagem de Simples Reconhecimento do solo. Rio de Janeiro, 2001. P & T consultora S. R. L. Caracterización Geológicas del sistema acuífero Guaraní. Asunción: SNC-LAVALIN, 2007. PALMIERI, J.; VELÁZQUEZ, J. Geologia del Paraguay. Asunción: NAPA, 1982. PATIAS, J. Zoneamento Geotécnico com base em Krigagem ordinária e Equaçoes multiqádricas: Barragem de Itaipu. Tese de Doutorado, Escola de Engenharia de São Carlos, Universidade de São Paulo, 2010. PRANDINIi, F.; DOBEREINER, L.; FERNANDES, R. Geologia de Engenharia. São Paulo: ABGE, 1996. SCHNAID, F. Ensaios de campo e suas aplicações à engenharia de fundações. São Paulo: Oficina de Textos, 2000. SILVA, A. P. (2011). Notas de aula da disciplina de Geofisica e Mecânica. Geofisica e Mecânica. Lisboa, Portugal. SPINZI, A. M. Geologia del Paraguay Oriental y Consideraciones en Aplicaciones de Ingenieria. Ministerio de Obras Públicas y Comunicaciones Direccion de Recursos Minerales, Departamento de Geologia. 1982. STURARO, J. R.; Apostila de Geoestatistica básica, UNESP, Rio Claro: IGCE, 2015 apud SOULIÉ, 1984 UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARA. Investigaçoes Geotecnicas e de campo. Laboratorio de Mecânica dos Solos e Pavimentação. Disponível em: <http://www.lmsp.ufc.br/arquivos/graduacao/fundacao/apostila/02.pdf>. Acesso em: 22/10/2015. VARELA, M. Notas de aula da disciplina de Mecânica dos Solos. Mecânica dos Solos. Notas de Aula, 2014.
83
WIKIPEDIA. Emboscada (Paraguay). Dispinível em: <https://es.wikipedia.org/w/index.php?title=Emboscada_(Paraguay)&oldid=81445143>. Acesso em: abr. 2015. YAMAMOTO, J. K. Representações gráficas e Espaciais em Geologia - Aplicações no complexo alcalino de Anitápolis. Dissertação de Mestrado: São Paulo, 1986. YAMAMOTO, J. K. Sistema GeoVisual. São Paulo, 2000. YAMAMOTO, J. K.; LANDIM, P. M. Geoestatística, conceitos e aplicações. São Paulo: Oficina de Textos, 2013.
84
Anexo
85
Figura 31: Perfil geológico geotécnico da Torre 334/2. Fonte: ITAIPU BINACIONAL, 2015.
86
Figura 32: Perfil geológico geotécnico da Torre 333/2. Fonte: ITAIPU BINACIONAL, 2015.
87
Figura 33: Perfil geológico geotécnico da Torre 178/2. Fonte: ITAIPU BINACIONAL, 2015.
88
Figura 34: Perfil geológico geotécnico da Torre 177/1. Fonte: ITAIPU BINACIONAL, 2015.