Patrício José Moreira Pires Utilização de Cascalho de Perfuração de Poços de Petróleo para a Produção de Cerâmica Vermelha TESE DE DOUTORADO Tese apresentada ao Programa de Pós-graduação em Engenharia Civil da PUC-Rio como requisito parcial para a obtenção do título de Doutor em Engenharia Civil. Orientador: José Tavares Araruna Júnior Rio de Janeiro, Julho de 2009
173
Embed
Patrício José Moreira Pires Utilização de Cascalho de ... Petróleo para a Produção de Cerâmica Vermelha . Tese apresentada ao Programa de Pós-graduação em Engenharia Civil
This document is posted to help you gain knowledge. Please leave a comment to let me know what you think about it! Share it to your friends and learn new things together.
Transcript
Patrício José Moreira Pires
Utilização de Cascalho de Perfuração de Poços de
Petróleo para a Produção de Cerâmica Vermelha
TESE DE DOUTORADO
Tese apresentada ao Programa de Pós-graduação em Engenharia Civil da PUC-Rio como requisito parcial para a obtenção do título de Doutor em Engenharia Civil.
Orientador: José Tavares Araruna Júnior
Rio de Janeiro, Julho de 2009
DBD
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0510757/CB
Patrício José Moreira Pires
Utilização de Cascalho de Perfuração de Poços de
Petróleo para a Produção de Cerâmica Vermelha
Tese apresentada ao Programa de Pós-graduação em Engenharia Civil da PUC-Rio como requisito parcial para a obtenção do título de Doutor em Engenharia Civil. Aprovada pela Comissão Examinadora abaixo assinada.
Prof. José Tavares Araruna Júnior Presidente/Orientador
Departamento de Engenharia Civil - PUC-Rio
Prof. Tácio Mauro Pereira de Campos Departamento de Engenharia Civil - PUC-Rio
Prof. Gustavo Ferreira Simões Departamento de Engenharia Civil - UFMG
Prof. Jonas Alexandre Departamento de Engenharia Civil - UENF
Prof. Paulo César de Almeida Maia Departamento de Engenharia Civil - UENF
Prof. José Eugênio Leal Coordenador Setorial do Centro Técnico Científico – PUC-Rio
Rio de Janeiro, 03 de julho de 2009
DBD
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0510757/CB
Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução total ou parcial do trabalho sem autorização da universidade, do autor e do orientador.
Patrício José Moreira Pires
Engenheiro Civil formado pela UFPB. Concluiu o mestrado em Engenharia Civil em 2004, com o Desenvolvimento de um sistema de Dessorção Térmica In Situ para Remediação de Materiais Contaminados por Hidrocarbonetos de Petróleo pela PUC-Rio. Atua na área de Geotecnia Ambiental como engenheiro de pesquisas da PUC-Rio.
Ficha Catalográfica
CDD: 624
Pires, Patrício José Moreira
Utilização de cascalho de perfuração de poços
de petróleo para a produção de cerâmica vermelha /
Patrício José Moreira Pires ; orientador: José Tavares
Araruna Júnior. – 2009.
173 f. ; 30 cm
Tese (Doutorado em Engenharia Civil)–
Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, Rio
de Janeiro, 2009.
Inclui bibliografia
1. Engenharia civil – Teses. 2. Cascalho de
DBD
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0510757/CB
Agradecimentos
Ao Professor Araruna pela valiosa orientação deste trabalho. Meu muito obrigado
por sua amizade, confiança e pela agradável convivência ao longo dos últimos
sete anos.
Ao incentivo financeiro da PUC-Rio, Petrobrás e a Agência Nacional do Petróleo.
Aos professores Franklin Antunes e Cláudio Amaral por estarem sempre presentes
e dispostos a ajudar.
Agradeço ao professor Tácio por poder utilizar da estrutura do laboratório de
Geotecnia e Meio Ambiente no desenvolvimento deste trabalho e por sua
amizade.
Aos professores da UENF, Jonas Alexandre e Paulo Maia pela fundamental ajuda
na condução deste trabalho.
Aos funcionários do Laboratório de Geotecnia e Meio Ambiente: Amaury, Josué,
Willian, David e “Seu José”.
Aos amigos das repúblicas: Aelington, Laerte, Júlio Holtz, Diego Orlando, Pecin,
Zé Silvestre, Magnus, Anderson Rezende e Erblai. A esses meu respeito e
agradecimento pela tão fundamental companhia.
Aos amigos de pós-graduação Rafael Gerard, Hugo Marcato, Saliba, Joabson,
Guilherme Slongo, Mônica, Taíse, Tonho, Hugo Portocarrero, Saré, Ataliba, Ciro,
DBD
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0510757/CB
Leonardo Bello, Michelle, Álvaro, Gisele, Débora, Patrícia Carla e Leandro.
Impossível citar todos que igualmente tiveram sua importância no desenvolver
deste trabalho.
Aos amigos da minha terrinha. Leonardo Andrade, Uraíto, Wibergson, Airton,
Aroldo, Jairo Pontes, Paulo Márcio, Reno, Luis, Junior, Messias, Jussara Sibele e
Renata. Mesmo distantes tiveram sua contribuição.
A Camilla, Gabriella, Tito Lívio e Ciro José, por existirem e me motivarem a ir
em frente.
A Ranieri, meu irmão e meu grande amigo e a Leda, minha doce cunhada, grandes
incentivadores deste trabalho. A vocês minha admiração e um muitíssimo
obrigado.
A minha querida irmã Lisieux, e Tito Lívio, meu cunhado e grande amigo, pelo
acolhimento, por acreditarem e pela força. Sem vocês não teria chegado aqui.
A Romero, meu irmão do coração e a sua esposa Tecla. Pela torcida e pelas
grandes risadas e momentos de descontração.
Meu muitíssimo obrigado a Dé (Neta). A sua contribuição em minha formação faz
com que você também seja responsável por mais esse degrau em minha vida.
A minha doce mãe Dona Terezinha. A mulher mais linda do mundo. O maior
amor da minha vida. Dizer obrigado é muito pouco por tudo que a senhora e meu
pai me deram. Meu eterno agradecimento e respeito.
A Juliana, meu amor. Não resta dúvida que você foi à melhor parte desta pesquisa.
Obrigado pela paciência, ajuda e companhia. A nossa estória está apenas
começando.
A Deus por ter colocado toda essa gente em minha vida e por iluminar o meu
caminho.
DBD
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0510757/CB
Resumo
Pires, Patrício José Moreira Pires; Araruna Jr., Jose Tavares. Utilização de
Cascalho de Perfuração de Poços de Petróleo para a Produção de Cerâmica Vermelha. Rio de Janeiro, 2009. 173p. Tese de Doutorado – Departamento de Engenharia Civil, Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro.
O presente trabalho sugere uma alternativa inovadora para o tratamento e
disposição do cascalho de perfuração, um dos mais complexos resíduos da
indústria de petróleo contendo, em geral, altas taxas de sais solúveis e
hidrocarbonetos. Estas características o tornam um resíduo nocivo ao meio
ambiente. Neste trabalho é avaliada a incorporação de cascalho de perfuração na
massa argilosa para produção de cerâmica vermelha. O método consiste no
processamento industrial, realizado a elevadas temperaturas, a fim de se obter um
material sólido, resistente e inerte. A incorporação de cascalho de perfuração na
produção de cerâmica vermelha apresentou-se como uma alternativa
economicamente viável e tecnicamente segura para o tratamento e destinação final
deste resíduo. Uma vez que o processo de queima, inerente a produção de peças
cerâmicas, encapsula e reduz a baixos teores os constituintes perigosos do
cascalho de perfuração. Os resultados obtidos neste trabalho serviram de subsídios
para a concessão de licença ambiental para utilização da técnica desenvolvida na
remediação de cascalho de perfuração no Estado da Bahia.
Palavras-chave
Cascalho de perfuração; encapsulamento; cerâmica vermelha.
DBD
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0510757/CB
Abstract
Pires, Patrício José Moreira Pires; Araruna Jr., Jose Tavares (advisor). The
use of Drilling cutting for Red Ceramics Production . Rio de Janeiro, 2009. 173p. Doctorate Thesis – Departamento de engenharia Civil, Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro.
This thesis presents an innovative treatment technique for drilling cuttings,
one of the most complex wastes of the oil industry. This waste is considered
hazardous due to its high salt and hydrocarbons content and poses serious threats
to the environment. The treatment process involves the incorporation of drilling
cuttings to the clayey soil mass used for making bricks. It consists on applying
high temperatures, over 8000C, to the clayey soil mass in order to obtain a solid,
resistant and inert material. The results of the experimental programme have
shown that this innovative process is technical safe and economical viable. As a
result, Petrobras obtained an environmental license in the city of Mata de São
João , State of Bahia, to produce in a large scale red bricks using drilling cuttings
incorporated to the clayey soil mass.
Keywords
Drilling cutting; solidification/stabilization; red ceramic.
DBD
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0510757/CB
Sumário
1.Introdução 19
1.1. Organização da tese 21
2 Revisão Bibliográfica 23
2.1. A perfuração de poços de petróleo 23
2.1.1. Um sistema de força 24
2.1.2. Sistema de suspensão 25
2.1.3. Sistema rotativo 26
2.1.4. Sistema de circulação 26
2.2. Fluido de perfuração 27
2.2.1. Os fluidos de perfuração à base de água 28
2.2.2. Os fluidos de perfuração à base de óleo 29
2.2.3. Os fluidos de perfuração sintéticos 30
2.3. Cascalho de perfuração 30
2.3.1. Propriedades físicas e mineralógicas 31
2.3.2. Propriedades químicas 33
2.3.3. Técnicas utilizadas na disposição e tratamento do cascalho de
perfuração 36
2.4. Incorporação de resíduos na produção de cerâmica vermelha 43
3 Programa Experimental - Coleta e Caracterização dos Materiais 50
3.1. Trabalho de campo – coleta de materiais 51
3.1.1. Primeira Etapa - Materiais provenientes do Recôncavo Baiano
para produção de peças cerâmicas 51
3.1.2. Segunda Etapa - Materiais provenientes de Alagoas e Sergipe
para produção de peças cerâmicas 54
3.1.3. Terceira Etapa – Material do Recôncavo Baiano para teste de
degradação acelerada 58
3.1.4. Quarta Etapa – Material do Recôncavo Baiano para
incorporação em pavimentos. 59
3.1.5. Resumo dos materiais estudados 60
DBD
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0510757/CB
3.2. Caracterização dos materiais destinados a produção de peças
cerâmicas 61
3.2.1. Caracterização física 62
3.2.2. Caracterização Química 66
3.2.3. Caracterização mineralógica 73
4 Programa Experimental – Produção de Cerâmica Vermelha 74
4.1. Metodologia para modelagem das peças cerâmicas 74
4.2. Propriedades tecnológicas 76
4.2.1. Absorção de água 76
4.2.2. Porosidade aparente 77
4.2.3. Retração linear 77
4.2.4. Massa específica aparente 78
4.2.5. Tensão de ruptura à flexão 78
4.3. Modelagem das peças cerâmicas 79
4.3.1. Peças confeccionadas com materiais do Recôncavo Baiano 79
4.3.2. Peças confeccionadas com materiais de Alagoas e Sergipe 81
4.3.3. Propriedades tecnológicas das peças confeccionadas 82
4.3.4. Comparativo dos resultados obtidos com dados da Indústria
Cerâmica 88
4.3.5. Classificação de resíduos NBR-10.004. 90
4.3.6. Degradação acelerada das peças cerâmicas para avaliação de
sua durabilidade 93
4.3.7. Teste de Queima 102
5 Conclusões e Sugestões 107
5.1. Conclusões 107
5.2. Sugestões 109
Referências Bibliográficas 110
I Anexo 116
I.I. Resultados das análises do extrato lixiviado e solubilizado para os
cascalhos de perfuração utilizados. 116
DBD
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0510757/CB
I.II. Resultados das análises do extrato lixiviado e solubilizado para
os solo utlizados. 130
I.III. Resultados das análises do extrato lixiviado e solubilizado para
as peças cerâmicas incorporadas com cascalho de perfuração 137
II Anexo 164
II.I. Difratogramas 164
III Anexo 172
Licença de operação para produção de cerâmica vermelha com
incorporação de cascalho de perfuração a massa argilosa. 172
DBD
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0510757/CB
Lista de Figuras
Figura 1 1 – Dique de armazenamento temporário no Campo de
Carmópolis (SE) 20
Figura 2 1 – Sonda 108 da Petrobras em operação no Recôncavo
Baiano. 24
Figura 2 2 – Desenho esquemático de uma sonda rotativa, (Thomas,
2001). 25
Figura 2 3 – Cascalho de perfuração estocado após processo de
perfuração do poço MG-112, Campo de Miranga, Pojuca-Ba. 32
Figura 2 4 – Composição mineralógica do Cascalho do Mar Vermelho
(Al-Ansary et al. 2007). 32
Figura 2 5 – Central de Resíduos do Alto Jericó - Sergipe. 37
Figura 2 6 – Sistema de controle de sólidos da MI-Swaco. 38
Figura 2 7 - Cascalho de perfuração produzido após o processo de
recuperação do fluido de perfuração. 39
Figura 2 8 – Fase líquida destilada do cascalho de perfuração. 39
Figura 2 9 – Aterro controlado de Mabruk, Líbia (Morillon, 2002). 40
Figura 2 10 – Gráfico de percentagem de substituição da areia por
cascalho de perfuração versus resistência a compressão uniaxial
simples e perca de resistência de peças cerâmicas. Chen (2007). 41
Figura 2 11 - Peças cerâmicas produzidas por Chen (2007). 42
Figura 2 12 – Resultados de degradação de peças cerâmicas
incorporadas com resíduo de granito (Xavier, 2005). 45
Figura 2 13 – Tensão de ruptura a flexão para peças cerâmicas
incorporadas com resíduo galvânicas. Balaton et al.(2002). 48
Figura 3 1 – Dique de disposição do cascalho de perfuração do poço
FGA 2. 51
Figura 3 2 - Detalhe da exploração na Cerâmica FEDERBA. 52
Figura 3 3 - Matéria-prima da cerâmica FEDERBA. 53
DBD
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0510757/CB
Figura 3 4 - Talude de corte onde foram coletadas as amostras de
solos argilosos. 54
Figura 3 5 - Dique de armazenamento de cascalho de perfuração no
Campo de Carmópolis - SE. 55
Figura 3 6 - Depósito de matéria prima na Cerâmica INCELT. 56
Figura 3 7 - Coleta de amostra na Cerâmica INCELT. 57
Figura 3 8 - Vista do Poço ANB-03. 57
Figura 3 9 - Depósito de material argiloso. 58
Figura 3 10 – Jazida no Município de Candeias – Formação Barreiras. 59
Figura 3 11 – Escória de Aciaria (CST,2009). 60
Figura 3 12 - Organograma das fases de caracterização dos materiais 62
Figura 3 13 – Curvas de distribuição granulométrica dos materiais
provenientes do Recôncavo Baiano. 63
Figura 3 14 – Curvas de distribuição granulométrica dos materiais
provenientes de Alagoas e Sergipe. 64
Figura 4 1 - Preparação, moldagem e queima de peças cerâmicas. 75
Figura 4 2 – Peças após processo de secagem, Materiais Santo
Amaro Verde e Vermelho. 80
Figura 4 3– Peças após processo de queima, Materiais Santo Amaro
Verde e Vermelho. 80
Figura 4 4– Peças após processo de secagem e queima, Material
FEDERBA. 81
Figura 4 5 – Peças após a queima confeccionadas com materiais de
INCELT e Bandeira. 82
Figura 4 6 - Prensa servo-controlada INSTRON modelo 5500R. 85
Figura 4 7 – Ensaio de tensão de ruptura a flexão das peças cerâmicas.85
Figura 4 8 – Gráfico de Tensão de ruptura a flexão versus
deslocamento – Material FEDERBA. 87
Figura 4 9 – Gráfico de Tensão de ruptura a flexão versus
deslocamento – Material Bandeira. 87
Figura 4 10 – Gráfico de Tensão de ruptura a flexão versus
deslocamento – Material INCELT. 88
DBD
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0510757/CB
Figura 4 11 – Equipamento de Degradação da UENF. Laboratório de
engenharia Civil – LECIV. 94
Figura 4 12 – Amostras dentro da câmara de degradação. 95
Figura 4 13 – Distribuição das propriedades tecnologias das peças
cerâmicas produzidas com o material FEDERBA após processo de
degradação. 97
Figura 4 14 – Histogramas de tensão de ruptura a flexão das peças
cerâmicas. 98
Figura 4 15 – Histogramas da porosidade das peças cerâmicas. 99
Figura 4 16 – Histogramas da absorção de água das peças
cerâmicas. 100
Figura 4 17 – Histograma da massa específica aparente das peças
cerâmicas. 101
Figura 4 18 - Estrutura do 2,3,7,8 tetraclorodibenzodioxina e furano 103
Figura 4 19 – Sistema instalado para teste de queima. 103
Figura 4 20 – Resina XAD-2 para amostragem de Dioxina e Furanos. 104
DBD
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0510757/CB
Lista de Tabelas
Tabela 2 1 – Composição Química do Cascalho de Perfuração
produzido no Mar do Norte (Page et al., 2003). 34
Tabela 2 2 – Comparação entre o cascalho produzido no Mar do norte
e no Mar Vermelho Al-Ansary et al. ( 2007). 35
Tabela 2 3 – Valores determinados no extrato solubilizado por Alves
et al. (2005). 46
Tabela 3 1 – Materiais coletados no Recôncavo Baiano e nos estados
de Alagoas e Sergipe 60
Tabela 3 2– Densidade dos Grãos dos Materiais Estudados 63
Tabela 3 3 - Quadro de distribuição granulométrica dos materiais
estudados. 64
Tabela 3 4 - Limites de Consistência 65
Tabela 3 5 – Classificação dos solos estudados 66
Tabela 3 6 - Valores de pH 67
Tabela 3 7 – Composição química dos materiais provenientes do
Recôncavo Baiano. 67
Tabela 3 8 - Composição química dos materiais provenientes de
CP-ANB Base Água Quartzo, lepidomelana (mica), biotita.
Os difractogramas estão apresentados no Anexo II deste trabalho.
DBD
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0510757/CB
4 Programa Experimental – Produção de Cerâmica Vermelha
O presente capítulo descreve o programa experimental que objetivou validar
a incorporação do cascalho de perfuração de campos do Recôncavo Baiano,
Alagoas e Sergipe para a produção de cerâmica vermelha.
Inicialmente, será apresentada a metodologia de incorporação. Em seguida,
os resultados obtidos são apresentados e discutidos com base em resultados
relatados na literatura brasileira e internacional.
4.1. Metodologia para modelagem das peças cerâmicas
A metodologia empregada na confecção das peças cerâmicas é apresentada
na Figura 4-1, essa seguiu os procedimentos adotados na produção de corpos de
prova cerâmicos para realização de ensaios tecnológicos.
Os materiais argilosos foram inicialmente destorroados, em um moinho de
bolas, conforme pode ser visto na Figura 4.1(a). Em seguida, foi adicionado à
matriz argilosa o cascalho de perfuração e a água, conforme ilustra a Figura 4.1
(b), a fim de alcançar um teor de umidade equivalente à metade do limite de
liquidez mais dois por cento (LL/2 + 2%).
Realizada essa mistura, o material foi homogeneizado em um laminador,
visto na Figura 4.1 (c). Após a passagem no laminador, a massa homogênea
composta por solo e cascalho de perfuração foi posta no alimentador da extrusora
ilustrada na Figura 4.1 (d). Neste processo, a massa argilosa é compactada e
forçada por um eixo helicoidal, através de bocal com formato retangular. Como
resultado obtém-se um corpo de prova prismático com as dimensões do bocal
empregado e comprimento é obtido a partir do corte com um fio metálico de
0,5mm de diâmetro. A fim de minimizar a perda de umidade das peças extrudadas
o intervalo de tempo entre a extrusão e o corte da peça deve ser mínimo.
DBD
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0510757/CB
Capítulo 4 - Programa Experimental – Produção de Cerâmica Vermelha 75
a) Moinho de bolas b) Mistura de solo e cascalho de perfuração
c) Laminador d) Extrusora
e) Peças após extrusão f) Forno
Figura 4-1 - Preparação, moldagem e queima de peças cerâmicas.
As peças recém modeladas foram enumeradas, pesadas e suas dimensões
determinadas. A seguir foram colocadas em uma bandeja metálica, vista na Figura
4.1 (e), onde permaneceram por 24 horas em temperatura ambiente. Decorrido
este intervalo, as peças foram colocadas em uma estufa a 110ºC. O processo de
secagem teve a finalidade de evitar que as peças ficassem fissuradas ou
empenassem no processo de queima.
Após 24 horas em estufa, as peças foram novamente pesadas e as suas
dimensões determinadas com a finalidade de verificar a contração linear de
secagem e a determinação do teor de umidade.
DBD
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0510757/CB
Capítulo 4 - Programa Experimental – Produção de Cerâmica Vermelha 76
A queima dos corpos de prova foi efetuada em um forno elétrico
automático visto na Figura 4.1 (f). Para os materiais do Recôncavo Baiano, a
temperatura no interior do forno foi elevada a uma taxa de 1°C/minuto até atingir
a temperatura de 700ºC. Esta temperatura foi escolhida com base em um
levantamento realizado entre 110 cerâmicas sindicalizadas no Município de
Campos dos Goytacazes (RJ). Ao atingir 700ºC, estabelecia-se um patamar de
queima por três horas. Decorrido este intervalo o forno era desligado, promovendo
uma queda gradativa e lenta da temperatura interna do forno, até que o valor da
temperatura correspondesse ao da temperatura ambiente.
Na segunda etapa de produção de peças cerâmicas utilizando materiais dos
estados de Alagoas e Sergipe adotou-se uma temperatura de queima de 900°C.
Essa temperatura atende a Resolução nº 316 do Conselho Nacional do Meio
Ambiente (CONAMA, 2006), que estabelece que tratamento térmico é todo e
qualquer processo cuja operação seja realizada acima da temperatura mínima de
800°C.
4.2. Propriedades tecnológicas
As peças cerâmicas confeccionadas foram analisadas e determinadas
segundo as suas propriedades físicas, químicas e mecânicas. Os resultados obtidos
foram comparados com valores de referência utilizados nas indústrias de
cerâmica. As propriedades tecnológicas foram determinadas pelos métodos de
ensaios estabelecidos nas normas ASTM C 373 (1977a), ASTM C 674 (1977b) e
metodologia proposto por Souza Santos (1992), descritos a seguir. Essas normas e
métodos estabelecem a média de apenas cinco determinações para cada
propriedade.
4.2.1. Absorção de água
A determinação da absorção de água dos corpos de provas produzidos foi
realizada de acordo com a norma ASTM C 373 (1977a), empregando a seguinte
relação:
DBD
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0510757/CB
Capítulo 4 - Programa Experimental – Produção de Cerâmica Vermelha 77
100xM
MMAA
s
su⎟⎟⎠
⎞⎜⎜⎝
⎛ −=
Equação 4-1
onde AA é a absorção de água dada em porcentagem, Mu é a massa após a queima
úmida do corpo de prova e Ms é a massa queimada seca do corpo de prova em
gramas.
4.2.2. Porosidade aparente
A porosidade aparente foi determinada para as temperaturas de queima dos
corpos de prova de acordo com a norma ASTM C 373 (1977a), de acordo com:
100xMMMM
PAiu
su⎟⎟⎠
⎞⎜⎜⎝
⎛−−
= Equação 4-2
onde PA é a porosidade aparente em porcentagem, Mu é a massa úmida do corpo
de prova após a saturação, Ms é a massa seca do corpo de prova e Mi é a massa do
corpo de prova submerso em água.
4.2.3. Retração linear
A retração linear dos corpos de prova cerâmicos secos e queimados foi
determinada seguindo o procedimento estabelecido por Souza Santos (1989), que
estabelece que a retração linear pode ser calculada através das seguintes
expressões:
1000
10 xL
LLRs ⎟⎟⎠
⎞⎜⎜⎝
⎛ −= Equação 4-3
1001
111 xL
LLRq ⎟⎟⎠
⎞⎜⎜⎝
⎛ −= Equação 4-4
DBD
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0510757/CB
Capítulo 4 - Programa Experimental – Produção de Cerâmica Vermelha 78
onde Rs é a retração linear em porcentagem após secagem a 110ºC, L0 é o
comprimento úmido inicial do corpo de prova, L1 é o comprimento do corpo de
prova após secagem a 110ºC, Rq é a retração linear em porcentagem após a
queima e L11 é o comprimento do corpo de prova após queima.
4.2.4. Massa específica aparente
A massa específica aparente foi determinada seguindo os procedimentos
descritos em ASTM C 373 (1977a). A massa específica aparente foi calculada
empregando a seguinte expressão:
VMAEM =... Equação 4-5
onde M.E.A. é a massa específica aparente da peça cerâmica, M é a massa da peça
cerâmica queimada ou seca, V é o volume da peça cerâmica queimada ou seca.
4.2.5. Tensão de ruptura à flexão
Para a determinação da tensão de ruptura à flexão de 3 pontos dos corpos de
prova utilizou-se uma prensa servo-controlada da marca INSTRON, modelo
5500R. Os ensaios foram realizados nas dependências do Instituto Tecnológico da
PUC-Rio (ITUC). A velocidade de aplicação de carga foi de 0,5mm/min e a
distância entre cutelos foi de 9,0cm. Este ensaio foi baseado na norma ASTM C
674 (1977b), que indica que a tensão de ruptura à flexão pode ser calculada
através da seguinte expressão:
22..3
bhLPTRF = Equação 4-6
sendo TRF a tensão de ruptura à flexão, P a carga no instante da ruptura, L é a
distância entre os apoios do corpo de prova, b é a largura do corpo de prova e h é
a altura do corpo de prova.
DBD
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0510757/CB
Capítulo 4 - Programa Experimental – Produção de Cerâmica Vermelha 79
4.3. Modelagem das peças cerâmicas
As peças cerâmicas foram confeccionadas para diferentes teores de cascalho
de perfuração. No total foram confeccionados 17 tipos de materiais para os
diferentes solos incorporados e para os diferentes teores de cascalhos de
perfuração.
Foram produzidas neste trabalho um total de cerca de 1300 peças cerâmicas.
As peças foram empregadas nas determinações das propriedades tecnológicas
antes e após o processo de queima, no programa de degradação acelerada, e na
realização das análises químicas para classificação de resíduo segundo a NBR
10.004.
A Tabela 4-1 apresenta a lista das peças cerâmicas produzidas com as
misturas de solo e cascalho. Tabela 4-1 – Peças cerâmicas confeccionadas.
Procedência Material Teor e tipo de cascalho incorporado
1 FEDERBA 10% de CP-01 2 FEDERBA 20% de CP-01 3 FEDERBA 30% de CP-01 4 Sto Amaro Vermelho 10% de CP-01 5 Sto Amaro Vermelho 20% de CP-01 6 Sto Amaro Vermelho 30% de CP-01 7 Sto Amaro Verde 10% de CP-01 8 Sto Amaro Verde 20% de CP-01
Recôncavo Baiano
9 Sto Amaro Verde 30% de CP-01 10 Bandeira 5% de CP-223D 11 Bandeira 10% de CP-223D 12 Bandeira 5% de CP-ANB Base Água 13 Bandeira 10% de CP-ANB Base Água 14 INCELT 5% de CP-129 15 INCELT 10 de CP-129 16 INCELT 5% de CP-1549
Alagoas / Sergipe
17 INCELT 10% de CP-1549
4.3.1. Peças confeccionadas com materiais do Recôncavo Baiano
Os materiais Santo Amaro Verde e Santo Amaro Vermelho não se
mostraram adequados para confecção de peças de cerâmica, uma vez que, após o
processo de secagem se apresentavam flambadas e após a queima, deformadas,
quebradiças e com muitas fissuras. As peças confeccionadas com o material Santo
DBD
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0510757/CB
Capítulo 4 - Programa Experimental – Produção de Cerâmica Vermelha 80
Amaro Verde tinham dimensões de 111,7 x 2,86 x 1,86 mm (comprimento x
largura x altura), já as peças modeladas com o material Santo Amaro Vermelho,
foram modeladas para as dimensões de 76,5 x 22,5 x 19,8 mm (comprimento x
largura x altura).
A Figura 4-2 apresenta as peças modeladas com os solos Santo Amaro
Verde e Santo Amaro Vermelho após o processo de secagem e a Figura 4-3 após o
processo de queima.
Santo Amaro Verde Santo Amaro Vermelho
10% de CP-01
20% de CP-01
30% de CP-01
Figura 4-2 – Peças após processo de secagem, Materiais Santo Amaro Verde e
Vermelho.
Santo Amaro Verde Santo Amaro Vermelho
10% de CP-01
20% de CP-01
30% de CP-01
Figura 4-3– Peças após processo de queima, Materiais Santo Amaro Verde e Vermelho.
DBD
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0510757/CB
Capítulo 4 - Programa Experimental – Produção de Cerâmica Vermelha 81
A Figura 4-3 mostra que as peças modeladas com um maior teor de
incorporação de cascalho apresentam um melhor aspecto sendo menos
quebradiças.
As peças modeladas com o material FEDERBA se apresentaram mais
adequadas para produção de materiais cerâmicos com a incorporação de cascalho
de perfuração. A Figura 4-4 apresenta as peças confeccionadas com o material
FEDERBA, após o processo de secagem e queima.
Após Secagem Após a Queima
10% de cascalho
20% de cascalho
30% de cascalho
Figura 4-4– Peças após processo de secagem e queima, Material FEDERBA.
4.3.2. Peças confeccionadas com materiais de Alagoas e Sergipe
As peças confeccionadas com os materiais provenientes de Alagoas e
Sergipe apresentavam dimensões médias de 110 x 28 x 18 mm, (comprimento x
largura x altura), com bom aspecto, sem fissuras e sem empenos, tanto antes como
depois do processo de queima. A Figura 4-5 apresenta as peças modeladas após o
processo de queima. Essas peças foram produzidas com os materiais INCEL e
Bandeira com um teor de incorporação de cascalho de perfuração de 5% (cinco) e
10% (dez).
DBD
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0510757/CB
Capítulo 4 - Programa Experimental – Produção de Cerâmica Vermelha 82
Bandeira + 5% de CP-223D Bandeira + 10% de CP-223D
Bandeira + 5% de CP-ANB Base Água Bandeira + 10% de CP-ANB Base Água
INCELT + 5% de CP-129 INCELT + 10% de CP-129
INCELT + 5% de CP-1549 INCELT + 10% de CP-1549
Figura 4-5 – Peças após a queima confeccionadas com materiais de INCELT e Bandeira.
4.3.3. Propriedades tecnológicas das peças confeccionadas
A Tabela 4.2 apresenta os valores médios obtidos nas determinações dos
parâmetros físicos das peças cerâmicas. Para uma maior representatividade dos
valores determinados foi considerada uma média de 12 determinações para a
definição dos parâmetros, as normas técnicas (e.g., ASTM C 373 (1977a), ASTM
C 674 (1977b)) recomendem que os valores sejam determinadas a partir de um
lote mínimo de 5 corpos de prova.
Os valores do teor de umidade medidos nas peças confeccionadas estão
próximos ao estipulado no momento da mistura dos materiais, ou seja, metade do
limite de liquidez mais dois por cento (LL/2 + 2%). Para o material FEDERBA o
valor estipulado é 24%, para o material Bandeira o valor estipulado é 24,7% e
para o material INCELT, o valor estipulado é 27%. A diferença observada entre
os valores do teor de umidade pode ser atribuída à perda de água no processo de
extrusão e no intervalo de tempo compreendido entre a extrusão e a pesagem das
peças, uma vez que a umidade é determinada após a modelagem das peças.
DBD
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0510757/CB
Capítulo 4 - Programa Experimental – Produção de Cerâmica Vermelha 83
Tabela 4-2 – Valores Obtidos nas Determinações dos Parâmetros Físicos das Peças
Cerâmicas.
Contração linear Peças Confeccionadas Umidade
secagem queima Absorção de
água Porosidade Massa
específica aparente
Material % de cascalho % cm/m % % g/cm3
10% de CP-01 22,65 7,63 0,41 14,31 35,10 1,686 20% de CP-01 22,84 6,92 0,40 15,22 35,70 1,681 FEDERBA 30% de CP-01 22,90 6,92 0,27 13,21 34,10 1,687
5% de CP-223D 21,32 6,02 0,79 14,10 26,70 1,795 10% de CP-223D 21,82 4,78 1,39 15,40 28,66 1,787 5% de CP-ANB
Base Água 21,18 5,43 0,94 13,22 25,30 1,805 Bandeira
10% de CP-ANB Base Água 21,46 4,78 1,19 12,75 24,53 1,808
5% de CP-129 17,24 5,43 2,02 10,57 21,41 1,887 10 de CP-129 18,75 6,10 1,52 11,22 22,56 1,889
5% de CP-1549 20,01 6,18 1,62 11,38 22,60 1,879 INCELT
10% de CP-1549 18,82 5,91 1,73 11,14 21,96 1,844
As peças confeccionadas com o material INCELT apresentam uma maior
diferença entre o valor determinado e o esperado para a umidade. Neste material,
o processo de secagem foi conduzido apenas a uma temperatura de 60ºC tentando
simular o processo existente na indústria cerâmica. A esta temperatura a água livre
não foi totalmente eliminada o que acarretou na diferença de valores observada.
A temperatura em que os corpos de prova foram submetidos durante o
processo de secagem não é suficiente também para eliminar a água adsorvida dos
materiais argilosos. É necessária uma temperatura ligeiramente superior a 1100C
para que isto ocorra. No entanto, quando se aquece a temperaturas superiores a
4500C, começa o processo que resulta na perda da água de constituição estrutural.
Nesta faixa de temperatura o material argiloso vai perdendo a suas características
físicas. Esta transformação se encerra por volta de 6000C. A partir desta
temperatura, a sílica reage com a alumina formando silicatos de alumínio (mulita),
um material de textura mais grosseira e com maior porosidade.
A faixa de variação dos valores de contração linear de secagem ficou em
torno de 4,78cm/m a 7,63cm/m. Verificou-se que as peças confeccionadas com os
materiais FEDERBA e Bandeira e com um maior teor de incorporação de
cascalho tiveram um melhor desempenho. Em relação à contração linear de
queima, observou-se o inverso, as peças confeccionadas com os materiais
Bandeira e INCELT apresentaram uma maior contração quando houve uma maior
incorporação de cascalho. Para o material FEDERBA os valores obtidos são
DBD
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0510757/CB
Capítulo 4 - Programa Experimental – Produção de Cerâmica Vermelha 84
semelhantes, tendo uma ligeira redução da contração para as peças com 30% de
incorporação de cascalho.
As peças produzidas com o material Bandeira tiveram maiores valores de
absorção e porosidade quando comparadas com as peças produzidas com o
material INCELT. Para estes materiais as peças cerâmicas tiveram a mesma
temperatura de queima. Uma possível explicação reside no fato do material
Bandeira possuir uma maior fração arenosa que o material INCELT e um menor
teor de finos. A maior presença de quartzo no material Bandeira também ajuda a
explicar o ocorrido, posto que este mineral não sofre alteração no processo de
queima até 900°C.
Os valores de massa específica aparente apresentaram, para as peças de um
mesmo material, valores semelhantes, sendo a diferença somente registrada na
segunda casa decimal. Ao contrário dos valores de absorção e porosidade, os
valores da massa específica determinados para o material INCELT foram
superiores as dos demais materiais. Como os materiais utilizados apresentam uma
mineralogia semelhante, era esperado que as peças com menor porosidade e
absorção possuírem maior massa específica.
A Tabela 4-3 apresenta os valores dos desvios padrões obtidos nas
determinações das propriedades tecnológicas. Observa-se que estes valores são
muito baixos indicando uma boa repetibilidade do método de confecção e queima
das peças.
Tabela 4-3 – Desvios Padrões das Determinações dos Parâmetros Físicos das Peças
Cerâmicas.
Contração linear Peças Confeccionadas Umidade
secagem queima Absorçãode água Porosidade Massa específica
aparente
Material % de cascalho % cm/m % % g/cm3
10% de CP-01 0,06 0,28 0,28 0,31 0,31 0,01 20% de CP-01 0,45 0,32 0,35 1,09 0,29 0,01 FEDERBA 30% de CP-01 0,12 0,18 0,16 0,22 0,39 0,00
5% de CP-223D 0,07 0,10 0,38 0,38 0,69 0,01 10% de CP-223D 1,64 0,11 1,27 0,39 0,67 0,05 5% de CP-ANB
Base Água 0,12 0,16 0,35 0,46 0,70 0,02 Bandeira
10% de CP-ANB Base Água 0,14 0,14 0,41 0,27 0,59 0,01
5% de CP-129 0,32 1,35 1,91 0,59 1,06 0,05 10 de CP-129 0,26 0,22 0,33 0,07 0,12 0,01
5% de CP-1549 0,18 0,72 0,73 0,45 0,84 0,01 INCELT
10% de CP-1549 0,24 0,27 0,29 0,21 0,43 0,01
DBD
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0510757/CB
Capítulo 4 - Programa Experimental – Produção de Cerâmica Vermelha 85
As peças cerâmicas foram submetidas a ensaio de flexão a fim de
determinar a tensão de ruptura à flexão. Os ensaios foram realizados nas
dependências do Instituto Tecnológico da PUC-Rio (ITUC) empregando uma
prensa servo-controlada da marca INSTRON, vista na Figura 4-6. Os ensaios
foram realizados em conformidade com a ASTM C 674 (1977b).
A ASTM C 674 (1977b) determina que seja aplicada uma taxa de
deslocamento de 0,5mm/min. Os ensaios eram encerrados quando da ruptura por
completo de cada vigota, como ilustra a Figura 4.7.
Figura 4-6 - Prensa servo-controlada INSTRON modelo 5500R.
Figura 4-7 – Ensaio de tensão de ruptura a flexão das peças cerâmicas.
A
DBD
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0510757/CB
Capítulo 4 - Programa Experimental – Produção de Cerâmica Vermelha 86
Tabela 4-4 apresenta os valores médios da tensão de ruptura a flexão obtida
para as peças de cerâmica vermelha resultantes da incorporação dos cascalhos de
perfuração. Para a determinação do valor médio foi considerado o número de
cinco amostras conforme a recomendação normativa.
Observa-se na Tabela 4.4 que os valores médios de tensão de ruptura são
menores para as peças confeccionadas com o material FEDERBA e maiores para
as peças confeccionadas com o material INCELT. Observa-se, também, um valor
relativamente elevado para o desvio padrão das peças confeccionadas com o
material Bandeira e com o cascalho CP-ANB Base Água.
Tabela 4-4 - Valores de Tensão de Ruptura a Flexão das Peças Cerâmicas.
Peça Confeccionada Tensão de Ruptura a Flexão (MPa) Material % de cascalho Valor Médio Des. Padrão
10% de CP-01 4,09 0,50 20% de CP-01 4,76 0,43 FEDERBA 30% de CP-01 6,95 0,41
5% de CP-223D 7,65 0,39 10% de CP-223D 6,44 0,60
5% de CP-ANB Base Água 10,22 2,53 Bandeira
10% de CP-ANB Base Água 7,65 2,53 5% de CP-129 16,62 1,34 10 de CP-129 17,27 1,77
5% de CP-1549 18,50 0,92 INCELT
10% de CP-1549 16,37 1,99
As Figura 4-8, 4-9 e 4-10 apresentam os gráficos dos ensaios de tensão de
ruptura à flexão.
Os resultados mostrados nas Figuras 4.10 indicam que, além de serem mais
resistentes, as peças confeccionadas com o material INCELT mobilizam a
resistência máxima a um maior nível de deslocamento, ou seja as peças
confeccionadas com o material INCELT apresentam um menor módulo de
deformabilidade.
DBD
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0510757/CB
Capítulo 4 - Programa Experimental – Produção de Cerâmica Vermelha 87
Para os valores determinados, Tabela 4-18, a toxidade total equivalente
encontrada foi de 0,88ng/m3. Esse valor foi obtido pelo somatório do produto do
Fator de toxidade equivalente (FTEQ) pelo valor determinado de cada congênere.
A resolução do CONAMA n° 316, artigo 38, item III, refere-se que todo e
qualquer sistema de tratamento térmico não deve ultrapassar o limite máximo de
0,50 ng/m3 de 2,3,7,8 TCDD tetracloro-dibenzo-para-dioxina. Logo a toxidade
total equivalente encontrada ultrapassou o valor desta Resolução.
Um teste adicional de queima foi realizado em uma indústria cerâmica
localizada no Polo Petroquímico de Camaçari. A finalidade deste teste foi detectar
DBD
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0510757/CB
Capítulo 4 - Programa Experimental – Produção de Cerâmica Vermelha 106
os níveis de dioxinas e furanos emitidos pela queima de uma mistura argilosa
incorporada com 5% de cascalho de perfuração.
Infelizmente, o teste não obteve resultados. A medição de dioxinas e furanos
realizada no experimento controle, onde não havia a incorporação de cascalho de
perfuração, detectou a presença destes compostos indicando que o forno da
referida indústria já estava contaminado o que impossibilitou a realização do teste
com a incorporação de cascalho de perfuração.
DBD
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0510757/CB
5 Conclusões e Sugestões
5.1. Conclusões
O objetivo principal deste trabalho foi alcançado, uma vez que a incorporação de
cascalho de perfuração na produção de cerâmica vermelha apresentou-se com uma
alternativa economicamente viável e tecnicamente segura para o seu tratamento e
destinação final.
Os resultados obtidos neste trabalho, relativos à incorporação de cascalho de
perfuração a massas argilosas na produção de cerâmica vermelha, serviram de subsídios
para a concessão de licença ambiental do processo no Estado da Bahia. Os termos para
utilização da técnica de encapsulamento avaliada neste trabalho se encontram no corpo
da licença ambiental que se encontra no Anexo III deste trabalho. A incorporação do
cascalho na produção de cerâmica vem sendo praticado pela Petrobras desde março de
2007, como alternativa de destino final do cascalho de perfuração. O custo total do
processo, já incluindo o transporte, é estimado em cerca de R$ 75,00 por tonelada.
Ressalta-se que o processo aqui desenvolvido agrega valores posto que a Cerâmica Real
Ltda, situada em Mata de São João (BA), que atualmente processa o resíduo vende o
produto final ao preço de mercado.
Adicionalmente, a utilização do cascalho de perfuração na produção de cerâmica
vermelha é uma alternativa ambientalmente correta, tanto pela destinação final do
resíduo de perfuração como também pelo aumento da vida útil das jazidas de argila.
A incorporação de até 30% de cascalho de perfuração não teve influência
significativa na variação das propriedades tecnológicas das peças cerâmicas produzidas.
Não foi observado um padrão de redução ou de acréscimo nas propriedades
determinadas, sendo que as pequenas variações observadas podem ser atribuídas à
heterogeneidade das massas argilosas utilizadas.
O cascalho de perfuração apresentou-se como um material de fácil utilização
pela indústria cerâmica. Não houve uma necessidade de alteração na planta industrial
para o recebimento e utilização deste resíduo no processamento industrial.
DBD
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0510757/CB
Capítulo 5 - 5 Conclusões e Sugestões 108
Os ensaios de degradação acelerada conduzidos na Universidade Estadual do
Norte Fluminense apresenta uma pequena tendência de perda de resistência. Entretanto,
a perda observada não constituiu em um fator limitante à utilização do processo
desenvolvido. Adicionalmente, não se constatou uma correlação direta entre a perda de
resistência e o teor de cascalho de perfuração incorporado às massas argilosas.
Em relação às demais propriedades tecnológicas (i.e., absorção de água,
porosidade e massa específica), não se percebeu um padrão de aumento ou redução em
seus valores em decorrência do processo de degradação acelerada.
Utilizar-se de cascalho de perfuração na produção de cerâmica vermelha, não
significa apenas fazer o re-uso direto do resíduo de perfuração incorporado em
diferentes teores as massas argilosas utilizadas pela indústria cerâmica a qual acarretará
em redução de custos com matéria prima. O cascalho de perfuração em geral é
classificado segundo a NBR-10.004, como resíduo Classe II-A, não inerte. Por se tratar
de um resíduo Classe II-A, a sua utilização na produção de cerâmica vermelha deve ser
entendida também como um tratamento térmico. Neste sentido, é necessário que se
observe as seguintes recomendações:
1. Sistematizar o controle e o tratamento das emissões gasosas produzidas
no processo de queima, semelhantemente ao que ocorre em outros
sistemas de tratamentos térmicos;
2. Adequação da temperatura de queima nos fornos das indústrias
cerâmicas para garantir a temperatura mínima de 800°C, conforme
recomendação da resolução n°316 do Conselho Nacional de Meio
Ambiente, CONAMA, sobre sistemas de tratamentos térmicos;
3. Determinação das propriedades tecnológicas dos lotes de cerâmicas
vermelhas produzidas com a incorporação de cascalho de perfuração,
bem como a classificação deste de acordo com a NBR-10.004;
4. Fazer uso de cascalho de perfuração que tenha sofrido um “pré-
tratamento” para recuperação do fluido de perfuração, e desta forma
garantir uma menor emissão de poluentes;
5. Efetuar a classificação mineralógica do cascalho de perfuração evitando
a possibilidade de utilizar resíduos com argilo-minerais expansivos.
6. A realização de ensaios de degradação para aferir o desempenho da
cerâmica com incorporação de cascalho.
DBD
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0510757/CB
Capítulo 5 - 5 Conclusões e Sugestões 109
5.2. Sugestões
As peças cerâmicas produzidas neste trabalho, incorporadas de cascalho de
perfuração, foram classificadas segundo a sua periculosidade de acordo com a NBR-
10.004. Tal norma trata-se de classificação de resíduos. Entretanto o material cerâmico
aqui produzido deve ser considerado como um produto resultante de co-processamento.
Para esse tipo de material ainda não há uma norma para sua devida classificação. Logo
tendo em vista que as técnicas de co-processamento bem como as técnicas de reuso de
materiais são alternativas que tem se mostrado promissoras para tratamento de alguns
resíduos industriais, sugere-se a elaboração de uma norma brasileira para melhor
enquadramento dos materiais produzidos com uso destas técnicas.
DBD
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0510757/CB
Referências Bibliográficas
ABNT (1986). NBR-7185 - determinação da massa específica aparente, “in situ”, com emprego do frasco de areia. Associação Brasileira de Normas Técnicas. Rio de Janeiro, 07p.
ABNT (1984). NBR-06508 - Grãos dos Solos que Passam na Peneira de 4,8mm – Determinação da Massa Específica. Associação Brasileira de Normas Técnicas. Rio de Janeiro, 08p.
ABNT (2004). NBR 10005 - Procedimentos para Obtenção de Extratos Solubilizados de Resíduos Sólidos. Associação Brasileira de Normas Técnicas.
Rio de Janeiro, 16p.
ABNT (2004). NBR 10006 - Procedimentos para Obtenção de Extratos Solubilizados de Resíduos Sólidos. Associação Brasileira de Normas Técnicas. Rio de Janeiro, 03p.
ABNT (2004). NBR 10007 - Amostragem de Resíduos Sólidos. Associação Brasileira de Normas Técnicas. Rio de Janeiro, 25p.
ABNT (2004). NBR 10004 - Resíduos Sólidos – Classificação. Associação Brasileira de Normas Técnicas. Rio de Janeiro, 71
ABNT (1986). NBR 6457 - Amostras de Solo – Preparação para Ensaios de Compactação e Ensaios de Caracterização. Rio de Janeiro, 09p.
ABNT (2004). NBR-6459: Solo – Determinação do Limite de Liquidez. Método de ensaio. Associação Brasileira de Normas Técnicas, Rio de Janeiro, 06p.
ABNT (1984) NBR-6508. grãos de solo que passam na peneira de 4,8mm – Determinação da massa específica. Método de ensaio. Associação Brasileira de Normas Técnicas, Rio de Janeiro, 08p.
ABNT (1981) NBR-7180. Solo – Determinação do limite de plasticidade. Método de ensaio. Associação Brasileira de Normas Técnicas, Rio de Janeiro, 03p.
ABNT (1984) NBR-7181. Análise Granulométrica. Método de Ensaio. Associação Brasileira de Normas Técnicas, Rio de Janeiro, 13p.
Al-Ansary, M. S.; Al-Tabbaa, A. Stabilisation/solidification of synthetic North Sea drill cuttings containing oil and chloride. Proceedings of the International RILEM Conference on Use of Recycled Materials in Building and Structures, Vol. 2, Barcelona, 2004, pp. 833–842.
Al-Ansary, M. S.; Al-Tabbaa, A. Coparison of Stabilised/Solidified Mixed of Model Drill Cuttings Based on the North Sea and Red Sea Areas. SPE Publication 106799. SPE E&P Environmental and Safety Conference held in Galvesion, Texas. U.S.A., 5-7 March 2007.
Alba, A., Fragachan, F. A., Ovalle, Shokanov, T., Environmentally Safe Waste Disposal: The Integration of Cuttings Collection, Transport, and Reinjection. SPE
DBD
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0510757/CB
Referências Bibliográficas 111
Publication 108912. SPE - International Oil Conference and Exhibition in Mexico held in Veracruz, Mexico, 27–30 June 2007.
Alexandre, J.. Caracterização das Argilas do Município de Campos dos Goytacazes para Utilização em Cerâmica Vermelha. Dissertação de Mestrado em Ciências de Engenharia – Campos dos Goytacazes – RJ. Universidade Estadual do Norte Fluminense – UENF. 164p, 1997.
Alexendre, J. Análise de Matéria-Prima e Composições de Massa Utilizada em Cerâmica Vermelha. Tese de Doutorado em Ciências de Engenharia – Campos dos Goytacazes – RJ. Universidade Estadual do Norte Fluminense – UENF. 174p, 2000.
Alexandre, J.; Albuquerque Jr,. F. S.; Xavie, G. C.; Análise das Alterações das Propriedades Mecânicas de Produtos Cerâmicos em Função do Tempo de Queima. Cerâmica Industrial, Ano 11, vol. 4, Julho/Agosto, 2006.
Alves, M. R. F. V.; Holand, F. S. R. Reciclagem de Borra Oleosa através de Incorporação em Blocos Cerâmicos de Vedação. Revista Cerâmica Industrial, Ano 10, Vol 3, Maio/Junho, 2005.
ASTM D3080 - 04 Standard Test Method for Direct Shear Test of Soils Under Consolidated Drained Conditions
ASTM (1977a). C 373. Standard Test Method for Water Absorption, Bulk Density, Apparent Porosity and Apparent Specific Gravity of Fired Whiteware Products. American Society Technology Materials.
ASTM (1977b). C 674. Standard Test Method for Flexural Properties of Ceramic Whiteware Materials. American Society Technology Materials.
AURIS Ltd, An assessment of the environmental impacts of decommissioning options for oil and gas installations in the UK North Sea for UKOOA . OPF 94/06, 1995.
Balaton, V. T.; Gonçalves, P. S.; Ferrer, L. M. Incorporação de Resíduos Sólidos Galvânicos em Massas de Cerâmica Vermelha. Revista Cerâmica Industrial, Ano 7, Vol 6, Novembro/Dezembro, 2002.
Barnes, G. R. Onsite Treatment of Oily Drilling Waste in Remote Areas. SPE Publication 88487. SPE Asia Pacific Oil and Gas Conference and Exhibition held Perth, Austrália, 18-20 October 2004.
Boutemeur, R.; Haddi, A.; Bali, A.; Boutemeur, N. Use of petroleum waste as sub-base material for road construction. Proceedings of the International Symposium on Advances in Waste Management and Recycling, Dundee, 2003.
Browning, K., Seaton, S. Drilling Waste Management: Case Histories Demonstrate That Effective Drilling Waste Management Can Reduce Overall Well-Construction Cost. SPE Publication 96775. SPE Annual Technical Conference and Exhibition held in Dallas, Texas, U.S.A., 9-12 October 2005.
CETESB (2001). Manual de Gerenciamento de Áreas Contaminadas / CETESB/GTZ. Segunda Edição. São Paulo, 389p.
DBD
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0510757/CB
Referências Bibliográficas 112
Chaineau, C. H.; Vidalie J. F.; Hamzah, U. S. ; Najib, M. Bioremediation of Oil-Based Drill Cuttings under Tropical Conditions. SPE Publication 81562. SPE 13th Middle East Oil Show & Conference to be held in Bahrain, 5-8 April 2003.
Chen, T.; Kung U, N. C.; Lin, S. An Innovative Utlilization of Drilling Wastes as Building Materials. SPE Publication 106913. SPE E&P Environmental and Safety Conference held in Galvesion, Texas. U.S.A., 5-7 Março 2007.
Cordah, 2001, "Research on the Re-use of Drill Cuttings Onshore," prepared by Cordah Limited, Aberdeen, Scotland, for Talisman Energy (UK) Limited. http://www.bmtcordah.com/.
Cordah Research, The use of oily wastes in civil engineering applications – Report on Work Package 2 Characterisation of North Sea oil and gas exploration and production wastes, forthcoming, 2002.
Cripps, S.J., Picken, G., Aabel, J.P., Andersen, O.K, Heyworth, C., Jakobbsen, M., Kristiansen, R., Marken, C., Paulsen, J.E., Shaw, D., Annand, A., Jacobsen, T.G., and Henriksen, I.B., Disposal of oil-Based Cittings, AKA rogaland Report, 1997/1998.
DNER ME (1994). ME-052/94. Solos e agregados miúdos – determinação da umidade com emprego do “Speedy”. Departamento nacional de estradas e rodagens. 04p.
DNIT (2006). Manual de pavimentação. Publicação IPR – 179. Ministério dos transportes. Departamento nacional de infra-estrutura de transportes, Instituto de pesquisas rodoviárias.
Dias, P.B.; Atem, E.C., Determinação Experimental de propriedades térmicas em Cerâmicas Vermelhas Contendo Resíduo Oleoso. Anais do 44º Congresso Brasileiro de Cerâmica. São Pedro – SP. 10p. (2000)
Domínguez, E.A.; Ullmann, R., “Ecological bricks” made with clays and steel dust pollutants. Applied Clay Science (Elsevier). San Ruan - Argentina. 13p. (1996).
Dondi, M. Caracterização Tecnológica dos Materiais Argilosos: Métodos Experimentais e Interpretação dos Dados. Revista Cerâmica Industrial, Ano 11, vol. 3, Maio/Junho, 2006.
Dyke, V., Drilling Fluids. Rotary Drilling Series, Unit II, Lesson 2. First Edition, Austin, Texas. 2000.
Durrieeu, J.; et al., D. Environmentally Friendly Invert Fluid Systems with Enhanced Rate of Biodegradation. SPE Plubication 61212. SPE International Conference on Health, Safety and Environment in Oil and Gas Exploration and Production, Stavanger, Norway, 26-28 June, 2000.
Economides, M.J.; et al. Petroleum Well Construction. 1 ed., New York, John Wiley & Sons. 1998.
EPA (2009). On-line Tools for Site Assessment Calculation. Disponível em http://www.epa.gov/athens/learn2model/part-two/onsite/gradient4plus-ns.html
Fernandes, A. C.; Souza e Campos, P. E.; Santana, P. R.; Moreno, M. M. T.; Carvalho, S. G. A Variação das Propriedades da Massa Cerâmica em Função das Características Físico-Químicas, Mineralógicas e Texturais de Argilas da Região
DBD
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0510757/CB
Referências Bibliográficas 113
de Santa Gertrudes – SP. Revista Cerâmica Industrial, Ano 3, Vol 4-6, Julho/Dezembro, 1998.
Fleri, M. A.; Whetstone, G. T. In situ stabilisation/solidification: Project lifecycle. Journal of Hazardous Materials, Vol. 141, 2007, p. 441–456.
Freeze, R.A. and Cherry, J.A. (1979). Groundwater. Prentice Hall, Inc., Upper Saddle River (NJ). 604p.
Kabrick, R. M.; Rogers, L. A.; Innovative Treatment Alternatives for oily Wastes Generated During the Exploration and Production of Oil and Gas. SPE Publication 24564. 67th Annual Technical Conference and Exhibition of the Society of Petroleum Engineers held in Washington, DC, 4-7 October 1992.
McFarlene, K. and Nguyen, V. T., The deposition of drill cuttings on seabed, paper SPE 23372, 1991
Maia, P. C. A. Avaliação do Comportamento Geomecânico e de Alterabilidade de Enrocamentos. Tese de Doutorado – Rio de Janeiro-RJ. Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro. 351p, 2001.
MI Swaco, http://www.miswaco.com. Comunicação pessoal, fevereiro de 2009.
Modesto, C.; Bristot, V.; Menegali, G.; Brida M.; Mazzucco, M.; Mazon, A.; Borba, G.; Virtuoso, J.; Gastaldon, M.; Novaes de Oliveira, A. P.Obtenção e Caracterização de Materiais Cerâmicos a partir de Resíduos Sólidos Industriais. Revista Cerâmica Industrial, Ano 8, Vol 4, Julho/Agosto, 2003.
Moriillon. A.; Vidalie J. F.; Hamzah, U. S.; Hadinoto, E. K. Drilling and Waste Management. SPE Publication 73931. SPE International Conference on Health Safety and Environment in Oil and Gas Exploration and Production held in Kuala Lumpur, Malaysia, 20-22 March 2002.
Morillon-Jeanmaire, A.; Marcillat, Y.; thomas, F. ; Filippov, L. Salted Cuttings Stabiliazation. SPE Publication 73922. SPE International Conference on Helth Safety and Environment in Oil and Gas Exploration and Production held in Kuala Lumpur, Malaysia, 20-22 March 2002.
Nascimento, A.R., Ziolli, R.L., Araruna Jr., J.T., Pires, C.S. e Silva, T.B. (2008). Avaliação do Desempenho Analítico do Método de Determinação de TPH (Total Petroleum Hydrocarbon) por Detecção no Infravermelho. Eclética Química, São Paulo, 33(1), pp. 35-42.
Ndufor, P.N.; Idehen, K.I.; Environmental Impact of Oil and Gas Operation: A Case Study of Drilling-Mud Disposal in Niger Delta, Nigeria. SPE Publication 94291. SPE/EPA/DOE Exploration and Production Environmental Conference held in Galveston, Texas, U.S.A., 7 – 9 March 2005.
Nogueira, Cyro. Pavimentação Projeto. Ao Livro Técnico. 1ª Edição. Rio de Janeiro. 1961.
Ntukidem, J.; Omonigho, R.; Anighoro, S.; Thermal Desorption as an Alternative to Cutting Reinjection in Niger Dalta Waste Management Operations. SPE
DBD
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0510757/CB
Referências Bibliográficas 114
Publication 77556. SPE annual Technical Conference and Exhibition held In San Antonio, Texas, 29 September- 2 October 2002.
OSPAR. On The Use of Organic-phases Drilling Fluids (OPF) and the Discharge of OPF Contaminated Fluids. OSPAR Decision 2003/1. OSPAR Commission 2000.
Page, P. W.; Segret, G.; Johnson, D. ; Bradshaw, K. ; Jones, H. Satabilisation of Oil Based Mud Drill Cuttings Using Accelerated Carbonation Tecnology. SPE Publication 86728. The Seventh SPE International Conference on Health, Safety and Environment in Oil and Gas Exploration and Production held in Calgary, Alberta, Canada, 29-31 March 2004.
Page. P. W.; Greaves. Chris.; Lawson. R.; Hayes. Sean.; Boyle, F. Options for the Recycling of Drill Cuttings. SPE Publication 80583. SPE/EPA/DOE Exploration and Production Environmental conference held in San Antonio, Texas, U.S.A., 1012 March 2003.
Pinto, S. S.; Ciência e Tecnologia de Argilas. São Paulo: Edgard Blücher Ltda, Vol 1, 1989.
Pinto, S. S.; Ciência e Tecnologia de Argilas. Aplicações. São Paulo: Edgard Blücher Ltda, Vol 2, 1989.
Resoluções do CONAMA (2006). Ministério do meio ambiente – MMA. Conselho nacional do meio ambiente - CONAMA. Livro – ISBN: 857738-039-4. Resolução 316.
Ruchel, M., Luscombe, D. Dioxin Hotspots – Known and potential sources of dioxin pollution in Australia. Greenpeace Australia, dezembro 1998. disponível em: http://www.greenpeace.org.au) Acesso em: março de 2003.
Salles, R. O.; Maia, P. C. A.; Sayão, A. S. F. J. Degradação de Geotêxteis Tecidos após Exposição no Campo e no Laboratório. VI Congresso Brasileiro de Geotecnia Ambiental, ABMS. Recife – PE.
SCHAFFEL, S. B. A Questão Ambiental na Etapa da Perfuração de Poços Marítimos de Óleo e Gás no Brasil. Dissertação de Mestrado do Programa de Planejamento Energético, COPPE / UFRJ, 2002.
Senço, W. Pavimentação. Grêmio Politécnico. 1ª Edição. São Paulo.
Silva, J. R. R.; Portella, K. F. Caracterização Físico-Química de Massas Cerâmicas e suas Influências nas Propriedades Finais de Revestimentos Cerâmicos. Revista Cerâmica Industrial, Ano 10, Vol (5/6) Setembro/Dezembro, 2005.
SOUZA SANTOS, P., Ciência e Tecnologia das Argilas. 2ª Ed. São Paulo: Editora Edgard Blucher Ltda. Vol. 1, 1989
Supo, K.C.L. (2008). Desenvolvimento de um Permeâmetro de Cravação. Dissertação de Mestrado do Programa de Pós Graduação em Engenharia Civil da PUC-Rio. 91p.
Tuncan, A.; Tuncan, M.; Koyuncu, H. Use of petroleum-contaminated drilling wastes as sub-base material for road construction. Waste Manage. Resour. 18 (2000) 489–505.
DBD
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0510757/CB
Referências Bibliográficas 115
THOMAS, J. E., 2001, Fundamentos de Engenharia do Petróleo. 1ª ed., Rio de Janeiro, Interciência.
Vaqueiro, R. L. C., Araruna Jr. J. T. e Pires, P. J. M. The Use of Drilling Cuttings as Building Materials in Baiano, Brazil. SPE Publication 98550. SPE International Conference on Health, Safety, and environment in Oil and Gas Exploration and Production held in Abu Dhabi, U.A.E, 2-4 April 2006.
Veil, J. A. Drilling Waste Management: Past, Present, and Future, SPE Publication 77388. SPE Annual Technical Conference and Exhibition held in San Antonio, Texas, 29 september – 2 october 2002.
Wills, J. A Survey of Offshore Oilfield Drilling Wastes and Disposal Techniques to Reduce the Ecological Impact of Sea Dumping: Environmental Effects of DrillingWaste Discharges, Environmental Impact of Offshore Oil and Gas Exploration and Production, 2000. http://www.offshoreenvironment.com/drillingwasteconclusion.html. Younkin, W.; Suaznabar, C. Land Farm Design and Management in Bolivia: A Case-Study. SPE Publication 61284. SPE International Conference on Helth Safety and Environment in Oil and Gas Exploration and Production held in Stavanger, Norway, 26-28 June, 2000.
UKOOA, Joint Industry Project relating to the Disposal of Extant Cuttings Piles on the Seabed, 2002.
VEIGA, L.F., 1998, Estudo da Toxicidade Marinha de Fluidos de Perfuração de Poços de Óleo e Gás. Dissertação de Mestrado da Universidade Federal Fluminense. Niterói, Rio de Janeiro. 1998.
Xavier, G. C., Utilização de Resíduos da Serragem do Mármore e Granito na Confecção de Peças Cerâmicas Vermelhas. Tese de Doutorado em Ciências de Engenharia – Campos dos Goytacazes – RJ. Universidade Estadual do Norte Fluminense – UENF. 2006.
Xavier, G. C.; Saboya, F. A. J.; Maia, P. C. A.; Alexandre, J., Avaliação da Durabilidade de Cerâmicos Aditivados com Resíduo de Granito através de Ensaio de Desgaste. Anais do 49º Congresso Brasileiro de Cerâmica. São Pedro – SP. 2005.
DBD
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0510757/CB
I Anexo
I.I. Resultados das análises do extrato lixiviado e solubilizado para os cascalhos de perfuração utilizados.
Tabela I-1 – Análise de lixiviação do Cascalho de perfuração 129.
DBD
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0510757/CB
Anexo I 117
Tabela I-1 (cont) – Análise de lixiviação do Cascalho de perfuração 129.
DBD
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0510757/CB
Anexo I 118
Tabela I-2 - Análise de solubilização do Cascalho de perfuração 129.
DBD
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0510757/CB
Anexo I 119
Tabela I-3 – Análise de lixiviação do Cascalho de perfuração 1459.
DBD
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0510757/CB
Anexo I 120
Tabela 3 (cont.)– Análise de lixiviação do Cascalho de perfuração 1459.
DBD
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0510757/CB
Anexo I 121
Tabela I-4 - Análise de solubilização do Cascalho de perfuração 1459.
DBD
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0510757/CB
Anexo I 122
Tabela I-5 - Análise de lixiviação do Cascalho de perfuração 223D.
DBD
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0510757/CB
Anexo I 123
Tabela 5 (cont.) - Análise de lixiviação do Cascalho de perfuração 223D.
DBD
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0510757/CB
Anexo I 124
Tabela I-6 - Análise de solubilização do Cascalho de perfuração 223D.
DBD
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0510757/CB
Anexo I 125
Tabela I-7 - Análise de lixiviação do Cascalho de perfuração ANB 03.
DBD
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0510757/CB
Anexo I 126
Tabela 7 (cont.) - Análise de lixiviação do Cascalho de perfuração ANB 03.
DBD
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0510757/CB
Anexo I 127
Tabela I-8 - Análise de solubilização do Cascalho de perfuração ANB 03.
DBD
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0510757/CB
Anexo I 128
Tabela I-8 (cont.) - Análise de lixiviação do Cascalho de perfuração CP 01.
DBD
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0510757/CB
Anexo I 129
Tabela I-9 - Análise de solubilização do Cascalho de perfuração CP 01
DBD
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0510757/CB
Anexo I 130
I.II. Resultados das análises do extrato lixiviado e solubilizado para os solo utlizados.
Tabela I-10 - Análise de lixiviação do Solo INCELT.
DBD
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0510757/CB
Anexo I 131
Tabela 10 (cont.) - Análise de lixiviação do Solo INCELT.
DBD
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0510757/CB
Anexo I 132
Tabela I-11 – Análise de solubilização do Solo INCELT
DBD
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0510757/CB
Anexo I 133
Tabela I-12 - Análise de lixiviação do Solo Bandeira.
DBD
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0510757/CB
Anexo I 134
Tabela 12 (cont.) - Análise de lixiviação do Solo Bandeira.
DBD
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0510757/CB
Anexo I 135
Tabela I-13– Análise de solubilização do Solo INCELT
DBD
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0510757/CB
Anexo I 136
Tabela I-14- Análise de solubilização do Solo FEDERBA.
DBD
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0510757/CB
Anexo I 137
I.III. Resultados das análises do extrato lixiviado e solubilizado para as peças cerâmicas incorporadas com cascalho de perfuração
Tabela I-15 - – Análise de lixiviação das peças cerâmicas produzidas com 30% de CP01
e solo FEDERBA.
DBD
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0510757/CB
Anexo I 138
Tabela I-16 – Análise de solubilização das peças cerâmicas produzidas com 30% de
CP01 e solo FEDERBA.
DBD
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0510757/CB
Anexo I 139
Tabela I-17 – Análise de lixiviação das peças cerâmicas produzidas com 05% de CP 129
e solo INCELT.
DBD
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0510757/CB
Anexo I 140
Tabela I-17 (cont.) – Análise de lixiviação das peças cerâmicas produzidas com 05% de
CP 129 e solo INCELT.
DBD
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0510757/CB
Anexo I 141
Tabela I-18 – Análise de solubilização das peças cerâmicas produzidas produzidas com
05% de CP 129 e solo INCELT.
DBD
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0510757/CB
Anexo I 142
Tabela I-19 – Análise de lixiviação das peças cerâmicas produzidas com 10% de CP 129
e solo INCELT.
DBD
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0510757/CB
Anexo I 143
Tabela I-19 (cont.) – Análise de lixiviação das peças cerâmicas produzidas com 10% de
CP 129 e solo INCELT.
DBD
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0510757/CB
Anexo I 144
Tabela I-20 – Análise de solubilização das peças cerâmicas produzidas produzidas com
10% de CP 129 e solo INCELT.
DBD
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0510757/CB
Anexo I 145
Tabela I-21 – Análise de lixiviação das peças cerâmicas produzidas com 05% de CP
1549 e solo INCELT.
DBD
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0510757/CB
Anexo I 146
Tabela I-21 (cont.) – Análise de lixiviação das peças cerâmicas produzidas com 05% de
CP 1549 e solo INCELT.
DBD
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0510757/CB
Anexo I 147
Tabela I-22 – Análise de solubilização das peças cerâmicas produzidas com 05% de CP
1549 e solo INCELT.
DBD
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0510757/CB
Anexo I 148
Tabela I-23 – Análise de lixiviação das peças cerâmicas produzidas com 10% de CP
1549 e solo INCELT.
DBD
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0510757/CB
Anexo I 149
Tabela I-23 (cont.) – Análise de lixiviação das peças cerâmicas produzidas com 10% de
CP 1549 e solo INCELT.
DBD
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0510757/CB
Anexo I 150
Tabela I-24 – Análise de solubilização das peças cerâmicas produzidas com 10% de CP
1549 e solo INCELT.
DBD
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0510757/CB
Anexo I 151
Tabela I-25 – Análise de lixiviação das peças cerâmicas produzidas com 05% de CP
ANB e solo Bandeira.
DBD
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0510757/CB
Anexo I 152
Tabela I-25 (cont.) – Análise de lixiviação das peças cerâmicas produzidas com 05% de
CP ANB e solo Bandeira.
DBD
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0510757/CB
Anexo I 153
Tabela I-26 – Análise de solubilização das peças cerâmicas produzidas com 05% de CP
ANB e solo Bandeira.
DBD
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0510757/CB
Anexo I 154
Tabela I-27 – Análise de lixiviação das peças cerâmicas produzidas com 10% de CP
ANB e solo Bandeira.
DBD
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0510757/CB
Anexo I 155
Tabela I-27 (cont.) – Análise de lixiviação das peças cerâmicas produzidas com 10% de
CP ANB e solo Bandeira.
DBD
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0510757/CB
Anexo I 156
Tabela I-28 – Análise de solubilização das peças cerâmicas produzidas com 10% de CP
ANB e solo Bandeira.
DBD
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0510757/CB
Anexo I 157
Tabela I-29 – Análise de lixiviação das peças cerâmicas produzidas com 05% de CP
223D e solo Bandeira.
DBD
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0510757/CB
Anexo I 158
Tabela I-29 (cont.) – Análise de lixiviação das peças cerâmicas produzidas com 05% de
CP 223D e solo Bandeira.
DBD
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0510757/CB
Anexo I 159
Tabela I-30 – Análise de solubilização das peças cerâmicas produzidas com 05% de CP
223D e solo Bandeira.
DBD
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0510757/CB
Anexo I 160
Tabela I-31 – Análise de lixiviação das peças cerâmicas produzidas com 10% de CP
223D e solo Bandeira.
DBD
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0510757/CB
Anexo I 161
Tabela I-31 (cont.) – Análise de lixiviação das peças cerâmicas produzidas com 10% de
CP 223D e solo Bandeira.
DBD
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0510757/CB
Anexo I 162
Tabela I-32 – Análise de solubilização das peças cerâmicas produzidas com 10% de CP
223D e solo Bandeira.
DBD
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0510757/CB
Anexo I 163
Tabela I-33 Análise de dioxinas e furanos realizado na resina XAD – Teste de queima
realizado para as peças produzidas com o solo FEDERBA incorporado de cascalho de
perfuração CP 01-.
DBD
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0510757/CB
II Anexo
II.I. Difratogramas
DBD
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0510757/CB
Anexo II 165
Santo Amaro (Vermelho)
g
Lin (Counts)
0100
200
300
400
500
2-Th
eta
- Sca
le3
1020
3040
5060
7
d=11,20946
d=4,92683
d=3,29825
d=1,98779
d=4,20952
d=3,17910
d=6,14481
DBD
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0510757/CB
Anexo II 166
Santo Amaro (verde)
Lin (Counts)
0100
200
300
400
500
600
700
800
900
1000
2-Th
eta
- Sca
le3
1020
3040
5060
7
d=10,05779
d=8,51062
d=4,99094
d=4,24738
d=3,32753
d=1,99183
d=3,19047
DBD
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0510757/CB
Anexo II 167
FEDERBA
Lin (Counts)
0100
200
300
400
500
600
700
800
900
1000
2-Th
eta
- Sca
le3
1020
3040
5060
7
d=10,06215
d=7,89d=7,16695 d=6,90883
d=6,54053
d=3,94043
d=3,57375d=3,44653d=3,34200
d=2,97278d=2,91721
d=2,82375
d=2,64668
d=2,11165
d=1,96871
d=1,78755d=1,75419
d=4,98617
d=4,37654d=4,14578
d=2,38609
DBD
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0510757/CB
Anexo II 168
Cascalho CP-01
Lin (Counts)
0102030405060708090100
110
120
130
140
150
160
170
180
190
200
210
220
230
240
250
260
270
280
290
300
310
320
330
340
2-Th
eta
- Sca
le3
1020
3040
5060
7
d=9,67286
d=6,95009 d=6,74449
d=5,38144
d=3,39857d=3,30402
d=13,31818
d=3,53572
d=2,77037
d=8,21364
DBD
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0510757/CB
Anexo II 169
Material INCELT
Lin (Counts)
0100
200
300
400
500
600
2-Th
eta
-Sca
le2
1020
3
d=17.24595 d=16.73936
d=10.05931d=9.64672
d=7.21332
d=4.99439
d=3.57570
d=3.32406
DBD
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0510757/CB
Anexo II 170
Cerâmica Bandeira
Lin (Counts)
0102030405060708090100
110
120
130
140
150
160
170
180
190
200
2-Th
eta
- Sca
le2
1020
3
d=3.57312
d=7.15057
DBD
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0510757/CB
Anexo II 171
Cascalho – CP-129
Lin (Counts)
0102030405060708090
2-Th
eta
-Sca
le2
1020
3
d=10.14015
d=3.59470
d=3.33774
d=3.19591
d=5.00741
DBD
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0510757/CB
III Anexo
III.I. Licença de operação para produção de cerâmica vermelha com incorporação de cascalho de perfuração a massa argilosa.