Patologia e Patologia e Dietoterapia nas Dietoterapia nas Enfermidades Enfermidades Pulmonares Pulmonares Nutti.MSc. Maria de Nutti.MSc. Maria de Lourdes M.Camargo Lourdes M.Camargo
Jan 19, 2016
Patologia e Dietoterapia nas Patologia e Dietoterapia nas Enfermidades PulmonaresEnfermidades Pulmonares
Nutti.MSc. Maria de Lourdes Nutti.MSc. Maria de Lourdes M.CamargoM.Camargo
Nutrição nas Doenças Nutrição nas Doenças PulmonaresPulmonares
Pulmões: FunçõesPulmões: Funções
• Troca de gasesTroca de gases
• Filtrar, aquecer e umidificar o ar inspiradoFiltrar, aquecer e umidificar o ar inspirado
•Regulam o balanço corporal de ácido-baseRegulam o balanço corporal de ácido-base
Queixas Principais:
Dispnéia Queixa mais comum
Distúrbios crônicos Dispnéia de inicio insidioso
Paciente atribui a velhice ou despreparo físico
Outras queixas:• Tosse• Presença de escarro• Hemoptise• Dor torácica
Efeitos da desnutrição sobre a Efeitos da desnutrição sobre a função respiratória:função respiratória:
Desnutrição Atua como fator agravante da disfunção respiratória por comprometer:
• A função muscular
• O drive respiratório
• Mecanismos imunológicos de defesa do pulmão
Desnutrição Problema comum no paciente hospitalizado
A desnutrição é muito comum em Pacientes com doenças pulmonares crônicas
Correlação expressiva entre desnutrição e mortalidade nesses pacientes
No processo de Desnutrição
Perda de massa muscular diafragmática é maior que a perda da massa corporal total
Diminui a resposta ventilatória
Pacientes com função respiratória limítrofe
DESNUTRIÇÃO
Insuficiência respiratória
Precipitar:
Retardar:
Desmame da Ventilação Mecânica
Déficits afetam:
Proteínas e ferro níveis de HB
Capacidade do sangue de carrear oxigênio
Níveis de Ca, Mg, P e K Comprometem a função muscular respiratória
Hipoproteinemia Contribui para o edema pulmonar
A perda de peso por ingestão inadequada de energia
Diagnóstico precário em pessoas com doenças pulmonares
A desnutrição que leva a imunodeficiência
Coloca qualquer paciente em alto risco para desenvolver infecções respiratórias
Por outro lado:
Efeitos da doença pulmonar sobre o estado nutricional:
Aumento do Gasto Energético:
• Aumento do trabalho respiratório
• Infecção crônica
• Tratamento medicamentoso
Doenças respiratórias:
Impõem consideráveis demandas sobre os músculos respiratórios:
Custo energético da respiração:
• 2% da TMB (indivíduos normais)
• 20% da TMB (indivíduos com doenças respiratórias)
Efeitos da doença pulmonar sobre o estado nutricional:
Redução na ingestão:
• Restrição de líquidos
• Dispnéia
• Diminuição da saturação de oxigenio
• Anorexia
• Desconforto gastrointestinal
Efeitos da doença pulmonar sobre o estado nutricional:
Limitações adicionais:
• Fadiga
• Falta de recursos financeiros
• Padrões alimentares deficientes
• Metabolismo alterado
Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC):
Estado mórbido, caracterizado por obstrução ao fluxo de ar, devido a enfisema ou bronquite crônica
As lesões pulmonares são irreversíveis
• Pacientes são hipermetabólicos
• Pacientes estáveis e eutróficos = TMR em 10 a 15%
Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC):
Obstrução das vias aéreas:
Secreções excessivas
Contração do músculo liso brônquico
Destruição do parênquima pulmonar
Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC):
Pacientes com enfisema• Magros ou caquéticos• São mais velhos e tem uma hipóxia mais leve• Valores normais de Hematócrito• O cor pulmonale (diminuição da capacidade de funcionamento das câmaras direitas do coração, por doença pulmonar) se desenvolve mais tarde
Enfisema – Características:
• Falta de ar cada vez maior durante os últimos 3 ou 4 anos
• Tosse ausente ou produtiva de pouca expectoração branca
• Evidência de recente perda de peso
Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC):
Pacientes com bronquite crônica• Peso normal ou sobrepeso• Hipoxemia mais severa• Valores de hematócrito• O cor pulmonale se desenvolve precocemente• Produção excessiva de muco na árvore brônquica
Bronquite Crônica – Características:
• Tosse crônica com expectoração por vários anos
• Exacerbações agudas com expectoração purulenta
• Falta de ar aos esforços
• Ocorrência de cianose
Tabagismo:
• Responsável por 80% de todas as mortes relacionadas com a DPOC
• Fumantes de 2 maços/dia – Risco 4,5 vezes maior de desenvolver DPOC
• A exposição repetida ao cigarro resulta em inflamação crônica e tosse produtiva
Alterações causadas pelo fumo: a motilidade ciliar
• o número de células caliciformes
• Provoca hipertrofia das células mucosas
• Causa inflamação das paredes brônquicas e alveolares
• Condiciona o broncoespasmo
• Reduz a atividade dos macrófagos
• Contribui para as infecções respiratórias
• Limita a produção de surfactante
• Provoca fibrose, espessamento e ruptura das paredes alveolares
Existem evidências
Hipermetabolismo na DPOC é conseqüência da SIRS que nesses pacientes é crônica
Pacientes com DPOC apresentam:
• Níveis elevados de citocinas (ativam resposta imunológica)
• da síntese de proteínas de fase aguda
• Resistência periférica a insulina
Papel da Leptina:• Hormônio produzido pelo tecido adiposo, envolvido na homeostase do peso corporal
• Em animais, sua administração resulta em do consumo de alimentos e do gasto energético
• Níveis séricos elevados na DPOC agudizada, principalmente no uso de corticóides
• Melhora do quadro de agudização e dos corticóides = dos níveis de leptina
Pacientes com DPOC não agudizada
Ingestão normal ou quase normal
A não melhora do estado nutricional
Hipermetabolismo e a SIRS crônica (síndrome da resposta inflamatória sistêmica)
Se deve:
Conduta Nutricional na DPOC:
Componentes da Avaliação Nutricional:
HistóricoHistóricoHistória clínicaHistória clínicaHistória nutricionalHistória nutricional
ClínicoClínicoEstado respiratórioEstado respiratórioSaturação de oxigênioSaturação de oxigênioOlfato e paladarOlfato e paladarFunção gastrointestinalFunção gastrointestinal
NutricionalNutricionalPeso,estatura e pregasPeso,estatura e pregasHemoglobina e HematócritoHemoglobina e HematócritoEletrólitos e proteínas séricasEletrólitos e proteínas séricas
Sócio-econômicasSócio-econômicasRecursos financeirosRecursos financeiros
Conduta Nutricional na DPOC:
Objetivos Principais:
• Manter uma proporção apropriada de macronutrientes
• Corrigir o desequilíbrio de líquidos
• Controlar as interações droga nutrientes
• Impedir a osteoporose
Conduta Nutricional na DPOC:
ACREDITAVA-SE que o paciente deveria consumir uma dieta rica em gordura
Carboidratos x Lipídeos:
Para diminuir a carga de CO2
Gordura=0,7 Proteínas=0,83 Carboidratos=1,0
Quociente Respiratório
Carboidratos x Lipídeos:
• Evidências científicas que sustentam o uso de dietas ricas em gorduras são escassas e não convincentes
• Dados mais recentes pacientes tem menos dispnéia após um suplemento rico em HC do que após um rico em gordura
• O tempo de esvaziamento gástrico é significativamente maior após um suplemento rico em gordura
Estudos mostraramEstudos mostraram
Não parece apropriado utilizar GH (hormônio do crescimento, somatotrofina) para promover anabolismo em pacientes com DPOC e desnutriçãoEstudos com testosterona – Pacientes ganharam 3Kg ( massa magra)– Melhora da tolerância a exercícios– do consumo de broncodilatadores
Interação drogas-nutrientesInteração drogas-nutrientes
Broncodilatadores:
Albuterol e Terbutalina:– Ingerir com alimento, caso ocorra
desconforto do TGI– Gosto amargo na boca, dor/secura na
garganta, náuseas, vômitos, diarréia, dispepsia, nível sérico de glicose e nível sérico de K
Interação drogas-nutrientesInteração drogas-nutrientes
Broncodilatadores:
Teofilina:– Refluxo gastroesofágico, náuseas, vômitos, dor
epigástrica, sabor amargo na boca– Álcool diminui o clearance do fármaco– Fumo o metabolismo da droga, a meia-vida e o
nível sanguíneo do medicamento– a glicose, TGO (transaminase glutâmico
oxalacética e ácido úrico
Interação drogas-nutrientesInteração drogas-nutrientes
Corticosteróides:– Pode causar náuseas, vômitos, dispepsia, rash,
alterações gástricas o apetite com consequente ganho de peso– Retém sódio e água edema– Hiperglicemia com resistência a insulina– a perda urinária de K, Zn, Ca, P, Ácido úrico– Bloqueia o metabolismo renal da vitamina D– sérico do Na, Colesterol, Triglicerídeos– sérico do T3, T4, TSH, K, Mg, Ca, Zn, P
Interação drogas-nutrientesInteração drogas-nutrientes
Corticosteróides:– Monitorar função endócrino-renal– Atenção para os distúrbios
hidroeletrolíticos– Dieta pobre em carboidratos simples– Perfil lipidico na dieta visando prevenção
cardiovascular
FIMFIM
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