Parte II – Economia Microeconomia Eugênia Cireno
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Fundamentos de Microeconomia
Análise da Demanda de Mercado
Análise da Oferta de Mercado
O Equilíbrio de Mercado
Capítulo 2: Demanda, Oferta e Equilíbrio de Mercado.
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Fundamentos de Microeconomia
Microeconomia (Teoria de Preços) – estuda ocomportamento das famílias e (Consumidores)das empresas e (Firmas)os mercados (Mercados específicos) nos quais operam.
4
Fundamentos de Microeconomia
Microeconomia analisa a formação de preços no mercado.
Os preços formam-se com base em dois mercados:
mercado debens e serviços
Mercado dos serviços dos fatoresde produção
preços dos bens e serviços
salários, juros, aluguéis e lucros
Remuneração
Remuneração
5
Fundamentos de Microeconomia
coeteris Paribus
Expressão latina traduzida como “ outras coisas sendo iguais ”, é usada para lembrar que todas asvariáveis, que não aquela que está sendo estudada,são mantidas constantes.
- “tudo o mais constante”.
6
Fundamentos de Microeconomia
coeteris Paribus
Analisar um mercadoisoladamente
Supor todos os demaismercados constantes
- O mercado em estudo não afeta e não é afetado pelos demais.
Verifica o efeito de variáveis isoladas, independentemente dosefeitos de outras variáveis.
Ex.: Preço sobre a procura de determinado bem
IndependenteOutras variáveis: renda do consumidor, gostos, preferências, etc.
7
Demanda (ou procura) é a quantidade de determinadobem ou serviço que os consumidores desejam adquirir,num dado período.
A Demanda não representa a compra efetiva, mas aintenção de comprar, a dados preços.
A escala de demanda indica quanto (quantidade) oconsumidor pode adquirir, dadas várias alternativas depreços de um bem ou serviço.
Análise da Demanda de Mercado
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Fundamentos da Teoria da Demanda
Baseia-se na teoria do Valor Utilidade.
Dada uma Renda
Dados os preços de mercado
ConsumidorAo demandar umbem ou serviço
Maximizando a utilidade (satisfação) que atribui ao bem ou serviço.
Análise da Demanda de Mercado
9
Utilidade Total e Utilidade Marginal
Aumenta quanto maior aquantidade consumida dobem.
Satisfação adicional (na margem)obtida pelo consumo de mais umaunidade do bem
É decrescente porque o consumidor vai saturando-se desse bem, quanto mais o consome.
Análise da Demanda de Mercado
10
Quantidade que o consumidordeseja consumir.
Utilidade Total e Utilidade Marginal
Utilidade
Total
Quantidade
Consumida
Utilidade
Marginal
Quantidade
Consumida
tmag
UU
q
Análise da Demanda de Mercado
11
Paradoxo da Água e do Diamante
Por que a água, sendo mais necessária, é tão barata,e o diamante supérfluo, tem preço tão elevado ?
Ex: UtilidadeMarginal
ÁguaGrande Utilidade Total Baixa Utilidade Marginal(encontrada em abundância)
Diamante Grande Utilidade Marginal(escasso)
Análise da Demanda de Mercado
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Variáveis que afetam a Demanda:
• Riqueza (e sua distribuição)
• Renda (e sua distribuição)
• Preço do bem
• Preço dos outros bens
• Fatores climáticos e sazonais
• Propaganda
• Hábitos, gostos, preferências dos consumidores
• Expectativas sobre o futuro
• Facilidades de crédito (disponibilidade, tx. juros, prazos)
Análise da Demanda de Mercado
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Variáveis que afetam a Demanda
qdi = f( pi , ps , pc , R, G): Função Geral da Demanda
qdi = quantidade procurada (demandada) do bem i
pi = preço do bem ips = preço dos bens substitutos ou concorrentespc = preço dos bens complementares R = renda do consumidorG = gostos, hábitos e preferências do consumidor
Obs.: Para estudar o efeito de cada uma das variáveis, deve-se recorrer à hipótese coeteris paribus.
Análise da Demanda de Mercado
14
Relação entre a quantidade demandada e o preço do próprio bem
Supondo ps , pc , R e G constantes
Função Convencional
Lei Geral da Demanda
Tudo o mais constante (coeteris paribus), a quantidade demandada deum bem ou serviço varia na relação inversa de seu preço.
0d
i
i
q
p
d
i iq f p
Análise da Demanda de Mercado
15
Relação entre a quantidade demandada e o preço do própriobem.
Efeito preço total:
Efeito substituição
Efeito renda
O bem fica mais barato relativamente aosconcorrentes, fazendo com que a qtd.demandada aumente.
Com a queda do preço, o poder aquisitivodo consumidor aumenta, e a qtd.demandada do bem deve aumentar.
Análise da Demanda de Mercado
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Representa o efeito do preço deum bem sobre a quantidade do bemque os consumidores estãodispostos a comprar e não a compraefetiva (coeteris paribus).
Como o preço e a quantidadedemandada têm relação negativa, acurva de demanda se inclina parabaixo.
Ex: Gráfico- Curva de Demanda – Função Linear
0 5 10 15 20
Preço doLivro(R$)
Qtd adquiridade livros
Ex.Renda de R$ 2 mil
qdi = 25 – 0,25pi
qdi = a – b.pi
80
60
40
20
Análise da Demanda de Mercado
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Relação entre a quantidade demandada e preços de outros bens eserviços
Bem substituto: o consumo de um bem substitui o consumo ouconcorrente do outro.
Dois bens para os quais, tudo o mais mantidoconstante (coeteris paribus), um aumento nopreço de um deles aumenta a demanda pelooutro. Ex.: Manteiga e margarina.
Supondo pi , pc , R e G constantes d
i sq f p
Análise da Demanda de Mercado
∆𝑞𝑖d
∆𝑃𝑖> 0
18
Relação entre a quantidade demandada e preços de outros bens e serviços
Ex.: 1. Carne de vaca,
frango e peixe.
2. Cerveja Antarctica
e Brahma.
3. Coca-cola e Pepsi.
Bem substitutoou concorrente
0 5000 10000 15000 20000
Preço daCoca(R$)
80604020
Qtd. consumida de Coca
(Supondo um aumentono preço do guaraná)
D0
D1
Análise da Demanda de Mercado
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Relação entre a quantidade demandada e preços de outros bens e serviços
Bens complementares = são bens consumidos em conjunto.
qdi = f( pc ) Supondo pi , ps , R e G constantes
∆qdi
∆pc
< 0Bens para os quais o aumento no preço deum dos bens leva a uma redução na demandapelo outro bem. Ex.: Computador e software.
Análise da Demanda de Mercado
20
Relação entre a quantidade demandada e preços de outros bens e serviços
1. Camisa social e
gravata;
2. Pneu e câmara;
3. Pão e manteiga;
4. Sapato e meia;
5. Litro de gasolina e
automóvel.
Bens complementares:
10000 20000 30000 40000
Preço do litrode gasolina (R$)
86420
Qtd. de litros de gasolina
(Supondo um aumentono preço dos automóveis)
D0
D1
Análise da Demanda de Mercado
21
Relação entre a demanda de um bem e renda doconsumidor (R)
qdi = f( R ) Supondo pi , ps , pc e G constantes
Em relação à renda dos consumidores, há três situaçõesdistintas:
qdi
R> 0
Bem Normal: tudo o mais constante, umaumento na renda provoca um aumentona quantidade demandada do bem.
Análise da Demanda de Mercado
22
qdi
R< 0
Bem Inferior: tudo o mais constante, um aumentona renda provoca uma diminuiçãona quantidade demandada do bem.Ex: Passagem de ônibus, carne de segunda.
qdi
R= 0
Bem de consumo saciado: se aumentar a rendado consumidor, não aumentará a demanda dobem.Ex: demanda de alimentos básicos, como o açúcar,sal, arroz.
Análise da Demanda de Mercado
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Relação entre a demanda de um bem e renda do consumidor (R)
Essa classificação depende da classe de renda dos consumidores.
Para consumidores de baixa renda não existem muitos bens inferiores.Com a renda mais elevada, maior nº de produtos passa a ser classificadocomo bem inferior.
Análise da Demanda de Mercado
24
Bem normal Preço da carnede 1ª (R$)
Qtd. de carne de 1ª
(Supondo um aumentona renda do consumidor)
D0
D1
Relação entre a demanda de um bem e renda do consumidor (R)
Análise da Demanda de Mercado
25
Bem inferior Preço da carnede 2ª (R$)
Qtd. de carne de 2ª
(Supondo um aumento na renda do consumidor)
D1
D0
Relação entre a demanda de um bem e renda do consumidor (R)
Análise da Demanda de Mercado
26
Preço do arroz (R$)
Qtd. de arroz
(Supondo um aumento narenda do consumidor)
Bem saciado
Relação entre a demanda de um bem e renda do consumidor (R)
Análise da Demanda de Mercado
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Relação entre a demanda de um bem e hábitos dos consumidores (G).
qdi = f(G ) Supondo pi , ps , pc e R constantes
Hábitos, preferências ou gostos (G) podem ser alterados,“manipulados” por propaganda e campanhas promocionais,incentivando ou reduzindo o consumo de bens.
Análise da Demanda de Mercado
28
Campanha dotipo “beba maisleite”
0 5 10 15 20
Preço doBem (R$)
Quantidade adquirida do bem
80604020
ReduçãoAumento
D1-Cigarro
D0 D1-Leite
Campanha dotipo “o fumoé prejudicialà saúde”
Desloca p/direita
Desloca p/esquerda
Relação entre a demanda de um bem e hábitos dos consumidores (G).
Análise da Demanda de Mercado
29
Curva de Demanda de Mercado de um Bem ou Serviço
A demanda de Mercado é igual ao somatório das demandas individuais.
A cada preço, a demanda de mercado é a soma das demandasdos consumidores individuais.
mercado consumidores individuais
1
para i 1,2,3,...
n
i
D d
n
Análise da Demanda de Mercado
30
0 50 100 150 200
Preço doBem (R$)
80604020
Qtd - Consumidor A
Preço doBem R$)
0 100 200 300 400 Qtd - Consumidor B
Curva de Demanda de Mercado de um Bem ou Serviço
Análise da Demanda de Mercado
31
Curva de Demanda de Mercado de um Bem ou Serviço
0 150 300 450 600
Preço doBem R$)
Total do Mercado
80604020
Análise da Demanda de Mercado
32
Importante:
variações na demanda variações na quantidade demandada
Variações na demanda: dizem respeito ao deslocamento da curva dademanda, em virtude de alterações em ps, pc, R, G (ou seja, mudança nacondição coeteris paribus).
Variações na quantidade demandada: refere-se ao movimento ao longoda própria curva de demanda, em virtude da variação do preço do própriobem pi, mantendo as demais variáveis constantes (coeteris paribus).
Análise da Demanda de Mercado
33
RendaPreços de bens relacionadosGostosExpectativasNúmero de compradores
Desloca a curva de demanda
Variações na Quantidade Demandada
Preço do próprio bem Movimento ao longo da curva de demanda
Variações na Demanda
Análise da Demanda de Mercado
34
Movimento ao longo da curva Deslocamento da curva
Variação na quantidade demandada
0 5 10 15 20
Preço doCigarro (R$)
80604020
No. Cigarros fumados/dia.
Ex.: Imposto queaumenta o preçodo cigarro.D
0 5 10 15 20
Preço doCigarro (R$)
80604020
No. Cigarros fumados/dia.
Ex.: Política de combate ao fumo.
DD’
Análise da Demanda de Mercado
Variação na Demanda
Excedente do consumidor: bem-estar gerado pela diferença entre adisposição máxima a pagar (preço de reserva) e o preço efetivamenteefetivamente pago por um bem ou serviço.
35
Preço
Análise da Demanda de Mercado
D
PE
quantidadeq
E. C.
36
Paradoxo (Bem) de Giffen: é uma exceção à “Lei Geral daDemanda”, em que a curva é positivamente inclinada (relaçãodireta) entre a quantidade demandada e o preço do bem.
Análise da Demanda de Mercado
Preço da batata
(R$)
Quantidade demandada de batata
37
Paradoxo (Bem) de Giffen
Comunidade Inglesa muito pobre. Ocorreu uma queda no preço da Batata.Como a população gastava a maior parte da rendacom esse produto, o seu poder aquisitivo aumentoue como estavam saturados de batata, passaram a gas-tar com outros produtos.
O preço da Batata caiu, bem como a quantidadedemandada (curva positivamente inclinada).
Análise da Demanda de Mercado
38
Formato da Curva de Demanda
Calculada estatisticamente e empiricamente, através de modeloseconométricos.
Funções: Tipo linear, potência, hiperbólica, etc.
qdi = 3 – 0,5.pi + 0,2.ps – 0,1.pc + 0,9.R
Coeficientesem relação a qd
i
<0 >0 <0 >0
Obs: a variável “Gosto” não é observável empiricamente.
Análise da Demanda de Mercado
39
Análise da Oferta de Mercado
Oferta é a quantidade de determinado bem ou serviço que osprodutores desejam vender, em função dos preços, em umdeterminado período.
Considera-se que os produtores são racionais, já que estãoproduzindo com o lucro máximo, dentro da restrição de custos deprodução.
40
Análise da Oferta de Mercado
Variáveis que afetam a Oferta de um bem ou serviço
0 , , , ,i i fp nq f p p p T M
0 quantidade ofertada do bem i
preço do bem i
preço dos fatores e insumos de produção (matéria-prima, mão-de-obra, etc.)
preço de outros n bens, substitutos na produção
tecnologia
metas e
i
i
fp
n
q
p
p
p
T
M
objetivos do empresário
41
Análise da Oferta de Mercado
Tudo o mais constante (coeteris paribus), se o preçodo bem aumenta, estimula as empresas a produziremmais. Para produzir mais, os custos serão maiores, e opreço do bem deve ser aumentado.
Função Geral da Oferta
Como os empresários reagem, quando se altera o preço dobem ou serviço, coeteris paribus.
Aumentando a quantidade ofertada
0
0i
i
q
p
42
Análise da Oferta de Mercado
0 5 10 15 20
Preço doLivro(R$)
80604020
Quantidade oferecida de livros
O
Função Geral da Oferta
43
Análise da Oferta de Mercado
Relação entre a oferta de um bem e preço do fator (Insumo) de produção(Pfp)
Supondo pi , pn , T, M constantes
Preço do Fator de produção (pfp). Se o preçodo fator mão-de-obra aumenta, diminui a oferta dobem, coeteris paribus, (haverá um deslocamento). Omesmo vale para os demais fatores de produção, comoterra, matérias-primas, etc.
0
0i
fp
q
p
0
i fpq f p
44
Análise da Oferta de MercadoDeslocamentos da curva
0 5 10 15 20
Preço doLivro(R$)
80604020
Quantidade oferecida de livros
ReduçãoAumento da oferta.
O O’O”a)
b)
a) Aumento do preço do
fator de produção,
coeteris paribus, há
uma redução na oferta
do bem.
b) Redução do preço do
fator de produção,
coeteris paribus, há um
aumento na oferta do
bem.
45
Análise da Oferta de MercadoRelação entre a oferta de um bem e preço de outros bens, substitutos naprodução (pn)
Supondo pi , pfp , T, M constantes
Preço de outro bem substituto na produção (pn). Ex.: Seo preço do bem substituto aumenta, e dado o preço dobem (coeteris paribus), os produtores diminuirão aprodução do bem, para produzir mais do bemsubstituto.
0
i nq f p
0
0i
n
q
p
46
Análise da Oferta de MercadoDeslocamentos da curva
0 5 10 15 20
Preço doLivro(R$)
80604020
0
Quantidade oferecida de livros
ReduçãoAumento da oferta.
O O’O”a)
b)
a) Aumento do preço do
bem substituto,
coeteris paribus, há
uma redução na
oferta do bem.
b) Redução do preço do
bem substituto,
coeteris paribus, há
um aumento na oferta
do bem.
47
Análise da Oferta de Mercado
Relação entre a oferta de um bem e tecnologia (T)
Supondo pi , pfp , pn , M constantes
Tecnologia (T). Um aumento na tecnologia,coeteris paribus, aumenta a oferta do bem.
0
0iq
T
0
iq f T
48
Análise da Oferta de Mercado
Relação entre a oferta de um bem e os objetivos e metas do empresário (M)
Supondo pi , pfp , pn , T constantes
Objetivos e Metas dos empresários. Poderá haver interesse doempresário de aumentar ou reduzir a produção.
0
iq f M
0
0iq
M
49
Análise da Oferta de Mercado
Curva de Oferta de Mercado de um Bem ou Serviço
A Oferta de Mercado é igual ao somatório das ofertas das firmasindividuais, que produzem um dado bem ou serviço.
Obs: a cada preço, a oferta de mercado é a soma das ofertasdas firmas individuais.
mercado firmas individuais
1
para j 1,2,3,...
n
j
O q
n
50
Análise da Oferta de Mercado
80604020
0
Curva de Oferta de Mercado de um Bem ou Serviço
0 5 10 15 20
Preço doBem (R$)
80604020
Quantidade oferecida pela Firma A
O
0 10 20 30 40
Preço doBem (R$)
Quantidade oferecida pela Firma B
O
51
Análise da Oferta de Mercado
0 15 30 45 60
Preço doBem (R$)
80604020
Quantidade oferecida pelo mercado
O
Curva de Oferta de Mercado de um Bem ou Serviço
52
Observações sobre a oferta de um Bem ou Serviço
Variação da oferta: deslocamento da curva de oferta, em virtude de alterações em pfp, pn,T, M (ou seja, mudança na condição coeteris paribus).
Variações na quantidade ofertada: refere-se ao movimento ao longo da própria curva deoferta, em virtude da variação do preço do próprio bem pi , mantendo-se as demaisvariáveis constantes (coeteris paribus).
Análise da Oferta de Mercado
Importante:variações da oferta variações da quantidade ofertada
53
Análise da Oferta de Mercado
Variações na quantidade ofertada
Preços dos InsumosPreços dos Bens SubstitutosTecnologiaObjetivo do empresárioNúmero de Vendedores
Desloca a curva de oferta
Preço Movimento ao longo da curva de oferta
Variações na oferta
Excedente do produtor: ganho em bem-estar pelo fato doprodutor receber no mercado um preço maior que aquelemínimo que viabilizaria sua produção.
54
0 15 30 45 60
Preço doBem (R$)
80
60
40
20
Quantidade oferecida
O
E. P.
55
O Equilíbrio de MercadoO Equilíbrio de Mercado (Oferta e Demanda) de um Bem ou Serviço
O preço em uma economia demercado é determinado tanto pela oferta como pela demanda.
O equilíbrio se encontra onde ascurvas de oferta e de demanda se cruzam. Ao preço de equilíbrio, a quantidade oferecida é igual a quantidade demandada(quantidade de equilíbrio).
0 5 10 15 20
Preço doBem
80604020
Quantidade do Bem.
Oferta
Demanda
Equilíbrio
56
O Equilíbrio de Mercado
Lei da Oferta e da Demanda
O preço de qualquer bem se ajusta de forma a equilibrar a oferta e a demanda desse bem(Mecanismo de Preço).
Não há excesso de oferta, nem excesso de demanda:
quantidade que os consumidores querem comprar = quantidade que os produtores desejam vender
O Equilíbrio de Mercado (Oferta e Demanda) de um Bem ou Serviço
57
O Excesso de Oferta
Situação em que a quantidadeoferecida (Ex.: 15 unidades)é maior que a quantidadedemandada (Ex.: 5 unidades).
Excesso do Bem
Fornecedores reduzem preços
Mercado atinge o Equilíbrio0 5 10 15 20
Preço doBem
80604020
Quantidade do Bem.
O
D
Excesso de Oferta
O Equilíbrio de Mercado
58
O Excesso de Demanda
Situação em que a quantidadedemandada (Ex.: 15 unidades)é maior que a quantidadeoferecida (Ex.: 5 unidades).
Escassez do Bem
Fornecedores aumentam preços
Mercado atinge o Equilíbrio0 5 10 15 20
Preço doBem
80604020
Quantidade do Bem
O
D
Excesso de Demanda
O Equilíbrio de Mercado
59
O Excesso de Oferta / Demanda / O Equilíbrio
Excesso de Demanda
O Equilíbrio de Mercado
Equilíbrio
0 5 10 15 20
Preço doBem
80604020
Quantidade do Bem
O
D
Excesso de Oferta
60
Como um aumento na demanda afeta o equilíbrio.
Ex: as pessoas passam a cultivaro hábito de leitura (coeteris paribus).
1. O “hábito” aumenta a demanda.
A oferta permanece inalterada,
pois este determinante não afeta
diretamente as livrarias.
2. A curva de demanda se desloca
para a direita.
3. O preço e a quantidade são
aumentados (novo ponto de
equilíbrio).
0 5 10 15 20
Preço doLivro
80604020
Quantidade de livros
O
D2
D1
O Equilíbrio de Mercado
61
Como um redução na oferta afeta o equilíbrio.
Ex: Um terremoto destrói várias editoras.
1. O terremoto afeta a curva de
oferta. A curva de demanda
permanece inalterada, pois o
terremoto não muda diretamente a
quantidade demandada pelos
compradores.
2. A curva de oferta se desloca para a
esquerda (a qualquer preço a
quantidade ofertada é menor).
3. O preço aumenta e a quantidade
diminui (novo ponto de
equilíbrio).
0 5 10 15 20
Preço doLivro
80604020
Quantidade de livros
O’
D
O
O Equilíbrio de Mercado
62
Uma Mudança simultânea na Oferta e na Demanda
Ex: As pessoas passam a cultivar o hábito de leitura e ao mesmo tempo, um terremoto destruindo várias editoras.
1. Ambas as curvas se deslocam.
2. A curva de Demanda se desloca para
direita e a de Oferta para a esquerda.
3. Há dois resultados possíveis
dependendo da extensão dos
deslocamentos das curvas. (a) A
quantidade o preço aumentam. 0 5 7 10 15 20
Preço doLivro
80654020
Quantidade de livros
O1
D2
D1
65
O2
1o1o Caso
O Equilíbrio de Mercado
63
Uma Mudança simultânea na oferta e na demanda
Ex: As pessoas passam a cultivar ohábito de leitura e ao mesmo tempo,um terremoto destruindo váriaseditoras.1. Ambas as curvas se deslocam.
2. A curva de Demanda se desloca
para direita e a de Oferta para a
esquerda.
3. Há dois resultados possíveis
dependendo da extensão dos
deslocamentos das curvas. (b) A
quantidade diminui e o preço
aumenta.
0 5 7 10 15 20
Preço doLivro
806540
20
Quantidade de livros
O1
D2D1
65
O2
1o2o Caso
O Equilíbrio de Mercado
64
O Equilíbrio de MercadoExercícios sobre Equilíbrio de Mercado
1. Dados D = 22 – 3p (função demanda)
S = 10 + 1p (função oferta)
a) Determinar o preço de equilíbrio e a respectiva quantidade.
b) Se o preço for R$ 4,00, existe excesso de oferta ou de
demanda ? Qual é a magnitude desse excesso ?
65
O Equilíbrio de MercadoExercícios sobre Equilíbrio de Mercado
2. Dados: qdx = 2 – 0,2.px + 0,03.R
qox = 2 + 0,1.px
e supondo a renda R = 100, pede-se:
a) Preço e quantidade de equilíbrio do bem x.
b) Supondo um aumento de 20% da renda, determinar o
novo preço e a quantidade de equilíbrio do bem x.
66
O Equilíbrio de Mercado
3. Num dado mercado, a oferta e a procura de um
produto são dadas, respectivamente, pelas seguintes
equações:Qo = 48 + 10.pQd = 300 – 8.p
Onde Qo, Qd e P são respectivamente, quantidade ofertada, quantidade demandada e opreço do produto.
Qual será a quantidade transacionada nesse mercado, quando ele estiver emequilíbrio ?
Exercícios sobre Equilíbrio de Mercado
67
Demanda, Oferta e Equilíbrio de Mercado
Resolver os exercícios do livro texto referente ao capítulo 2
68
Conceito
Elasticidade-Preço da Demanda
Elasticidade-Preço Cruzada da Demanda
Elasticidade-Renda da Demanda
Elasticidade-Preço da Oferta
Exercícios
Capítulo 3: Elasticidades
69
Elasticidades
Conceito:
É a alteração percentual em uma variável, dada uma variação percentual emoutra, coeteris paribus.
Sinônimo de sensibilidade , resposta, reação de umavariável, em face de mudanças em outras variáveis.
70
Elasticidades
Exemplos na Microeconomia
Elasticidade-preço da demanda : variação percentual na quantidadedemandada, dada a variação percentual no preço do bem, coeteris paribus.
Elasticidade-renda da demanda : variação percentual na quantidadedemandada, dada uma variação percentual na renda, coeteris paribus.
Elasticidade-preço cruzada da demanda: variação percentual na quantidadedemandada, dada a variação percentual no preço de outro bem, coeterisparibus.
Elasticidade-preço da oferta: variação percentual na quantidade ofertada,dada uma variação percentual no preço do bem, coeteris paribus.
71
Elasticidades
Elasticidade-preço da demanda:
É uma variação percentual na quantidade demandada, dada umavariação percentual no preço do bem, coeteris paribus. Mede asensibilidade, a resposta dos consumidores, quando ocorre umavariação no preço de um bem ou serviço.
A Elasticidade-preço da demanda é sempre negativa. Seu valor éexpresso em módulo (por exemplo, |Epd | = 1,5 que equivale a Epd =-1,5 ).
1 0
1 0
0
%
%
d
i
d d d
i o i i ipd d
ii i
i
q q q
q q q p qE
p p pp q p
p p
72
ElasticidadesElasticidade-preço da demanda
Exemplo: Calcule a Elasticidade-preço da demanda em um pontoespecífico.
P0 = preço inicial = R$ 20,00P1 = preço final = R$ 16,00Q0 = quantidade demandada,
ao preço p0 = 30Q1 = quantidade demandada,
ao preço p1 = 390 15 30 39 50
Preço doBem (R$)
302016
8
Quantidade demandada
D
p1
p0
73
ElasticidadesElasticidade-preço da demanda
Solução:VariaçãoPercentual (%)
Interpretação: para uma queda de 20% no preço,a quantidadedemandada aumenta em 1,5 vezes os 20%, ou seja, 30%, coeterisparibus.
1 0
0
1 0
0
16 200,2 20%
20
39 300,3 30%
30
0,31,5 1,5
0,2pd pd
p pp
p p
q qq
q q
E E
74
ElasticidadesElasticidade-preço da demanda
Classificação: demanda elástica, inelástica e de elasticidade unitária.
Demanda elástica (|Epd|>1): significa que uma variaçãopercentual no preço leva uma variação percentual naquantidade demandada em sentido contrário.Por exemplo: |Epd |=1,5
Significa que, dada uma variação percentual, por exemplo, de 10%no preço, a quantidade demandada varia, em sentido contrário,em 15%, ou seja, 50% a mais, coeteris paribus. Isso revela que aquantidade é bastante sensível à variação de seu preço.
75
ElasticidadesElasticidade-preço da demanda
Demanda Inelástica (|Epd|<1): significa que uma variação
percentual no preço leva uma variação percentual naquantidade demandada em sentido contrário, porém muitopequana.
Por exemplo: |Epd|=0,4
Neste caso, os consumidores são pouco sensíveis a variações depreço: uma variação de, por exemplo, 10% no preço leva a umavariação na demanda desse bem de apenas 4% (em sentidocontrário) coeteris paribus.
76
Elasticidades
Demanda de elasticidade unitária (|Epd|=1 ou Epd=-1): nestecaso uma variação percentual no preço, implica na mesmavarição percentual na quantidade demandada em sentidocontrário.
Por exemplo: |Epd|=0,4
Se o preço aumenta em 10%, a quantidade cai também em10%, coeteris paribus.
Elasticidade-preço da demanda
77
ElasticidadesElasticidade-preço da demanda
Fatores que afetam:
• Disponibilidade de bens substitutos: quanto mais bens substitutos, mais
elástica é a demanda, pois dado um aumento de preços, o consumidor tem
mais opções para “fugir” do consumo desse bem;
• Essencialidade do bem: neste caso, quanto mais essencial é um bem, mais
inelástica é a sua demanda, geralmente são bens de consumo saciado, como
por exemplo, sal açúcar, passagem de ônibus;
• Importância relativa do bem no orçamento do consumidor: quanto maior
o peso do bem no orçamento, mais elástica é a demanda.
• Horizonte de tempo: quanto maior o horizonte de tempo, mais elástica é a
demanda, pois um intervalo de tempo maior permite que os consumidores de
determinada mercadoria descubram mais formas de substituí-la, quando seu
preço aumenta.
78
ElasticidadesElasticidade-preço da demanda
Interpretação geométrica
A elasticidade-preço dademanda varia, ao longo deuma mesma curva de demanda.Quanto maior o preço do bem,maior a elasticidade.
Preço doBem (R$)
Quantidade demandada
a
b
c
|Epd|ponto b > 1 (elástica)
|Epd|ponto a = 1 (unitária)
|Epd|ponto c < 1 (inelástica)
79
PreçodoSal(R$)
Qtd adquirida de sal
PreçodoCD´s(R$)
Qtd adquirida de CD´s
Inclinação acentuada: as comprasvariam pouco com o aumento dospreços. (Insensível aos preços:inelástica)
Inclinação pequena: as comprasvariam muito com o aumento dospreços. (Sensível aos preços:elástica)
ElasticidadesElasticidade-preço da demanda
80
PreçodoBem(R$)
Qtd adquirida do Bem
Inclinação infinita: as comprasnão variam com o aumento dos preços.Perfeitamente Inelástica: Epd=0(Ex.: Bens Essenciais)
Inclinação zero: as compras variam muito com o aumento dos preços.Sensível aos preços.Perfeitamente Elástica: Epd=(Ex.: Mercados perfeitamente competitivos)
Elasticidades
Elasticidade-preço da demanda: casos extremos
PreçodoBem(R$)
Qtd adquirida do Bem
81
ElasticidadesRelação entre a Receita Total do vendedor (ou dispêndiototal do consumidor) e Elasticidade-preço da demanda
Receita TotalRT = preço unitário x quantidade comprada do bem
O que pode acontecer com a receita total (RT), quando varia o preço de um bem?
Resposta: vai depender da elasticidade-preço da demanda
*RT p q
a) Se a Epd for elástica: % qd > % p
• se p aumentar, qd cairá, e a RT diminuirá;• se p cair, qd aumentará, e a RT aumentará.
b) Se Epd for inelástica: % qd < % p
• se p aumentar, qd cairá, e a RT aumentará.• se p cair, qd aumentará, e a RT cairá.
c) Se Epd for unitária: % qd = % p
• Tanto faz p aumentar ou cair, que a receita total (RT)permanece constante.
82
Elasticidades
83
Elasticidades
Conclusão:
Demandainelástica
É vantajoso aumentar o preço(ou diminuir a produção)
Até ondeEpd = -1
Pois, embora a quantidade caia, o aumento de preço mais que compensa a queda naquantidade, e a RT aumenta.
Ex.: Produtos agrícolas (principalmente os essenciais). Se, o aumentodo preço for muito elevado pode acabar caindo no ramo elástico dademanda e assim, gerando a queda na receita total (RT).
84
ElasticidadesElasticidade-preço cruzada da Demanda
Variação percentual na quantidade demandada, dada avariação percentual no preço de outro bem, coeteris paribus.
EpdAB > 0 A e B são substitutos (o aumento do preço
de y aumenta o consumo de x, coeteris paribus).
EpdAB < 0 A e B são complementares (o aumento do
preço de y diminui o consumo de x, coeteris paribus).
AB B Apd
A B
p qE
q p0AB
pdE
85
ElasticidadesElasticidade-renda da Demanda
Variação percentual na quantidadedemandada, dada uma variação percentual narenda do consumidor, coeteris paribus.
ERd>1 Bem superior (ou bem de luxo): dada uma variação da renda,
o consumo varia mais que proporcionalmente.
Erd >0Bem normal: o consumo aumenta quando a renda aumenta.
ERd<0Bem inferior: a demanda cai quando a renda aumenta.
ERd=0 Bem de consumo saciado: variações na renda não alteram o
consumo do bem.
Rd
R qE
q r
Obs.: Normalmente, a elasticidade-renda da demanda de produtos manufaturados ésuperior à elasticidade-renda de produtos básicos, como alimentos.
86
ElasticidadesElasticidade-preço da oferta
Epo>1Bem de oferta elástica.
Epo<1 Bem de oferta inelástica.
Epo=1 Elasticidade-preço de oferta unitária.
Variação percentual naquantidade ofertada, dada umavariação percentual no preço dobem, coeteris paribus.
0
0
pd
qpE
q p
Preçodo
Bem
Quantidade do Bem.
Epo > 1 Epo = 1
Epo < 1
88
Introdução
Incidência de um Imposto sobre Vendas
Fixação de Preços Mínimos na Agricultura
Externalidades
Bens públicos
Exercícios
Capítulo 4: Aplicação da Análise Econômica em Políticas Públicas
Oferta, Demanda e Políticas do Governo
• Em um mercado competitivo livre deregulamentos governamentais, as forças demercado estabelecem os preços e as quantidadesde equilíbrio.
• Mesmo que as condições de equilíbrio sejameficientes, pode ser que nem todos fiquemsatisfeitos.
• Um dos papéis do economista é utilizar suasteorias para auxiliar no desenvolvimento depolíticas.
Controle de Preços
São aplicados, em geral, quando os formuladores depolíticas acreditam que o preço de mercado de umbem ou serviço é injusto para o comprador ou para ovendedor. Resultam em preços fixados pelo governo:
Preço Máximo• Teto legal máximo para o preço de venda de um bem.
Preço Mínimo• Piso legal mínimo para o preço de venda de um bem.
Preço Máximo
Quando o governo fixa um preço máximo,aparecem duas possíveis consequências:
• O preço máximo não é compulsório se for fixadoacima do preço de equilíbrio.
• O preço máximo é compulsório se for fixadoabaixo do preço de equilíbrio, provocando umaescassez.
Preço Máximo Não Compulsório
$4
$3
q0
p
Demanda
Oferta
Preço Máximo
100Quantidade de
equilíbrio
Preço de equilíbrio
Preço Máximo Compulsório
$3
q0
p
2
Demanda
Oferta
Preço máximo
Escassez
125
Quantidadedemandada
75
Quantidadeofertada
Preço de equilíbrio
$4
P1
Quantidade de gasolina
0
Preço dagasolina
Q1
Demanda
Oferta
Preçomáximo
1. Inicialmente o preço máximo não é compulsório…
Preço Máximo Compulsório
P1
Quantidade degasolina
0
Preço dagasolina
Q1
Demanda
S1
Preçomáximo
S2 2. …mas quando a ofertacai...
P2
3. …o preço máximo torna-se compulsório...
4. …provocando a escassez.
Preço Máximo Compulsório
Quando o governo impõe um preçomínimo, aparecem duas possíveisconsequências.
i. O preço mínimo não é compulsório se fixado abaixodo preço de equilíbrio.
ii. O preço mínimo é compulsório se fixado acima dopreço de equilíbrio, provocando um excedente.
Preço mínimo
$3
q0
p
100Quantidade de
equilíbrio
Preço de equilíbrio
Demanda
Oferta
Preço mínimo2
Preço mínimo não compulsório
$3
q0
p
Preço deequilíbrio
Demanda
Oferta
Preço mínimo$4
120Quantidade
ofertada
80Quantidadedemandada
Excedente
Preço mínimo compulsório
Um preço mínimo impede a oferta e a demanda de moverem-sena direção do preço e quantidade de equilíbrio. Quando o preçode mercado atinge o piso, não pode prosseguir na queda, e opreço de mercado se torna igual ao mínimo.
Um preço mínimo compulsório provoca um excedente porqueQS>QD. Somente uma parte da produção é vendida ao preçomínimo, ou então somente alguns vendedores conseguem vendersua produção ao preço mínimo.
Exemplos: um exemplo importante de preço mínimo é o saláriomínimo. A legislação trabalhista determina piso para o salário queo empresário pode pagar; garantia de preços mínimos paraprodutos agrícolas.
Efeitos de um preço mínimo
100
Quantidade demão-de-obra
0
Salário
Salário deequilíbrio
Demanda de
mão-de-obra
Oferta de
mão-de-obra
Mercado de trabalho livre
Emprego de equilíbrio
Salário mínimo
101
Saláriomínimo
Quantidade demão-de-obra
0
Salário
Demanda demão-de-obra
Oferta demão-de-obra
Quantidadeofertada
Quantidadedemandada
Excedente de mão-de-obra(desemprego)
Mercado de trabalho com salário mínimo compulsório
Salário mínimo
Os governos utilizam impostos para arrecadar receita paraobjetivos públicos, porém apresentam impactos como:
desestímulo a atividade do mercado;
queda na quantidade vendida;
compradores e vendedores compartilham o ônus do imposto.
Incidência tributária é o estudo da distribuição do ônus de umimposto.
Como se divide o ônus de um imposto?
Como os efeitos dos impostos sobre os vendedores se comparam com
os efeitos sobre os compradores?
Impostos e Incidência Tributária
As respostas para esta questões dependem da elasticidade da demanda e da elasticidadeda oferta.
Impacto de um Imposto de $ 0,50 sobre os Compradores
3.00
Quantidade0
Preço
100
D1
Oferta, S1
Um imposto sobreos compradoresdesloca a curva dedemanda para baixoem montante igualao imposto ($ 0,50)
D2
3.00
0 10090
$3.30
Preço pago pelos
compradores
D1
D2
Equilíbriocom
imposto
Oferta, S1
Equilíbrio sem imposto
2.80
Preço recebido pelos
vendedores
Preçosem
imposto
Imposto ($0,50)
Impacto de um Imposto de $ 0,50 sobre os Compradores
Preço
Quantidade
3.00
0 10090
S1
S2
Demanda, D1
Preçosem
imposto2.80
Preçorecebido
pelosvendedores
$3.30
Preço pagopelos
compradores
Equilíbrio sem imposto
Um imposto sobre os vendedores
desloca a curva de oferta para cima
em montante igual ao imposto
($0,50).Imposto ($0,50)
Equilíbriocom imposto
Impacto de um Imposto de $ 0,50 sobre os Vendedores
Preço
Quantidade
Imposto Sobre a Folha de Pagamento
106
Quantidade demão de obra
0
Salários
Salário sem imposto
Demanda demão de obra
Oferta demão-de-obra
Cunha tributária
Salário pago pelas
empresas
Salário recebido pelos trabalhadores
Oferta Elástica, Demanda Inelástica
Quantidade0
Preço
Demanda
Oferta
Imposto
1. Quando a ofertaé mais elástica quea demanda...
2. ...a incidência doimposto recai maispesadamentesobre os
consumidores...
3. ...do que sobre os produtores.
Preço sem imposto
Preço pago peloscompradores
Preço recebido pelosvendedores
Oferta Inelástica, Demanda Elástica
0
Demanda
Oferta
Preço sem imposto
Imposto
1. Quando a demanda é maiselástica que a oferta...
2. ...a incidência do imposto recaimais pesadamentesobre os produtores...
3. ...do que sobreos consumidores.
Preço pago peloscompradores
Preço recebido pelosvendedores
Quantidade
Preço
109
Introdução
Conceitos Básicos
Produção com um Fator Variável e um Fixo
(uma análise de curto prazo)
Produção a Longo Prazo
Exercícios
Capítulo 5: Produção
110
Introdução
Teoria da Firma
Curva de Oferta
Teoria da Produção
(relações entre a quantidade produzida e asquantidades de insumos utilizados)
Teoria dos Custos de produção
(inclui os preços dos insumos)
111
Produção – Conceitos BásicosProdução: o processo pelo qual uma firma transforma os fatores deprodução adquiridos em produtos ou serviços para a venda no mercado.
Insumos
• Mão-de-obra
• Capital Físico
• Área, Terra
• Matérias-primas
Processo de Produção
Produtos
• Bens & Serviços
Finais
•Eficiência técnica: dados os diferentes processos de produção, é aquele que
produzirá uma mesma quantidade de produto porém, com menor quantidade de
insumo;
•Eficiência econômica: dados os diferentes processos de produção, é aquele que
permite produzir uma mesma quantidade de produto porém, com o menor custo de
produção.
112
Função de produção: é a relação técnica entre a quantidade físicade fatores de produção (N, K, M, T) e a quantidade física doproduto (q) em determinado período de tempo.
Produção – Conceitos Básicos
, ,q f N K Monde:
N = mão-de-obra utilizada / tempoK = capital físico (máquinas e equipamentos) / tempoM = matéria-prima utilizada / tempo
Observação: função de produção função de oferta
•Função de oferta: relaciona a produção com os preços dos fatores de produção.
•Função de produção: relaciona a produção com as quantidades físicas dos
fatores de produção.
113
Fatores de produção fixos: permanecem inalterados quando aprodução varia.
Ex: o capital físico e as instalações da empresa
Fatores de produção variáveis: se alteram conforme a quantidadeproduzida varia.Ex: mão de obra e matérias-primas utilizadas
Curto prazo (CP): período no qual existe pelo menos um fator deprodução fixo;
Longo prazo (LP): todos os fatores de produção são variáveis.
Produção – Conceitos Básicos
114
Produto total (PT): é a quantidade total produzida, em determinadoperíodo de tempo.
Produção: Produto Total, Produtividade Média e Produtividade Marginal
PT q
Produtividade média (PMe): é a relação entre o nível do produto ea quantidade do fator de produção, em determinado período detempo.
(produtividade média da mdo)
(produtividade média do capital)
N
K
PTPMeN
PTPMeK
115
Produção: Produto Total, Produtividade Média e Produtividade Marginal
Produtividade marginal (PMg): é a variação do produto, dada umavariação de uma unidade na quantidade de fator de produção, emdeterminado período de tempo.
= ou (produtividade marginal da mdo)
= ou (produtividade marginal do capital)
N
K
PT q dqPMg
N N dN
PT q dqPMe
K K dK
116
Produção: Produto Total, Produtividade Média e Produtividade Marginal
PT
PT
NNPMe
NPMg
N
N
PMe
PMg
N60
6
K N PT Pme N PMg N
10 0 0
10 1 3 3.0 3
10 2 8 4.0 5
10 3 12 4.0 4
10 4 15 3.8 3
10 5 17 3.4 2
10 6 17 2.8 0
10 7 16 2.3 -1
10 8 13 1.6 -3
OBS:
O formato das curvas PMgN ePMeN dá-se em virtude da Lei dosRendimentos Decrescentes.
117
Lei dos rendimentos decrescentes: ao aumentar o fator variável (N),sendo dada a quantidade de um fator fixo, a PMg do fator variávelcresce até certo ponto e, a partir daí, decresce, até tornar-senegativa.”Ex.: Atividade agrícola (Fator fixo: área cultivada).
Obs: essa lei só é válida se for mantido um fator fixo (portanto, só vale a curto prazo).
Produção: Lei dos Rendimentos Decrescentes
118
Isoquanta: significa de igualquantidade. Pode ser definidacomo sendo uma linha na qualtodos os pontos representaminfinitas combinações de fatores,que indicam a mesma quantidadeproduzida. Uma firma podeapresentar várias isoquantas deprodução (mapa de produção).
A escolha de uma isoquanta,corresponde à escolha que ofornecedor deseja produzir,dependendo dos custos deprodução e da demanda peloproduto.
Produção: Isoquanta de produção
K
N
1 1.000q
50 80 150
2
4
6
2 2.000q
3 3.000q
119
Definição: análise das vantagens e desvantagens que a empresa tem,
a longo prazo, em aumentar sua dimensão, seu tamanho,
demandando mais fatores de produção.
• Rendimentos crescentes de escala: neste caso uma aumento de 10% na
quantidade de mão-de-obra ou 10% na quantidade de capital, implica em um
aumento de mais de 10% na produção;
• Rendimentos decrescentes de escala: Ocorre quando todos os fatores de
produção crescem numa mesma proporção, e a produção cresce numa
proporção menor;
• Rendimentos constantes de escala: se todos os fatores de produção
crescerem numa mesma proporção, a produção cresce na mesma proporção,
neste caso, a produtividade média dos fatores de produção são constantes.
Produção: Rendimentos de escala ou economia de escala
121
Capítulo 5: Custos de Produção
Introdução
Custo de oportunidade X Custos Contábeis
Conceito de Externalidade
Custos de Curto Prazo
Custos de Longo Prazo
Maximização do Lucro Total
Exercícios
122
Avaliação privada: avaliação financeira, específica da empresa. Porexemplo, o aumento da produção de um determinado bem(automóvel);
Avaliação social: custos (ou benefícios) para toda a sociedade,derivados da produção da empresa. Por exemplo, a poluiçãoadvinda do aumento de automóveis (externalidade negativa).
Externalidades: alterações de custos e benefícios para asociedade, derivadas da produção da empresa, ou então asalterações de custos e receitas da empresa, devidas a fatoresexternos à empresa.
•Externalidades positivas•Externalidades negativas
Custos de Produção: Avaliação privada e avaliação social
123
Custo Fixo Total (CFT): mantém-se fixa, quando a produção varia.Ex.: Aluguéis, depreciação, etc.
Custo Variável Total (CVT): varia com a produção, ou seja, dependeda quantidade produzida.Ex.: gastos c/ folha de pagamento, despesas com matérias-primas, etc.
Custo Total (CT): soma do custo variável total com o custo fixo total.
Custos de Produção: Custos a Curto Prazo
CT CVT CFT
CVT f q
124
Custos de Produção: Custos a Curto Prazo
Custos Totais ($)
q
CFT
CVT
CT CVT CFT
OBS:
Lei dos Rendimentos Decrescentes = Lei dos Custos Crescentes
125
Custo Fixo Médio (CFMe):
Custo Variável Médio (CVMe):
Custo Médio (CMe ou CTMe):
CTMe = CVMe + CFMe
Custos de Produção: Custos a Curto Prazo
CFTCFMe
q
CVTCVMe
q
CTCTMe
q
126
Custos de Produção: Custos a Curto Prazo
Custos Médios ($)
qCFMe
CVMe
CTMeO formato de U das curvasCTMe e CVMe “a curtoprazo” também se deve à leidos rendimentosdecrescentes, ou lei doscustos crescentes.
Custos médios declinantes:Pouca mão-de-obra p/ grande capital.
Vantajoso absorver mão-de-obra e aumentar a produção,pois o custo médio cai.
Em certo ponto, satura-se a utilizaçãodo capital (que é fixo) e a admissão demais mão-de-obra não traráaumentos proporcionais de produção(custos médios ou unitários começama elevar-se).
127
Custo Marginal: diferentemente dos custos médios, os custosmarginais referem-se às variações de custo, quando se altera aprodução, ou seja, é o custo de se produzir uma unidade extra deproduto.
Custos de Produção: Custos a Curto Prazo
ou CT dCT
CMg CMgq dq
Custos Mg ($)
q
CMg OBS:
Os custos marginaisnão sãoinfluenciados peloscustos fixos(invariáveis a curtoprazo).
128
Custos de Produção: Relação entre Custo Marginal e os Custos Médios Total e Variável (Custos a Curto Prazo)
Custos Médios e
Marginais ($)
q
CMgCTMe
CVMe
Quando o custo marginal supera o custo médio (total ou variável), significa que o customédio estará crescendo. Ao mesmo tempo, se o custo marginal for inferior ao médio,o médio só poderá cair.Conclusão: quando o custo marginal for igual ao custo médio (total ou variável), omarginal estará cortando o médio no ponto de mínimo do custo médio.
129
No longo prazo não existem custos fixos, todos os custos
são variáveis, sendo assim, um agente econômico:
1. Opera no curto prazo e;
2. Planeja no longo prazo.
Os empresários têm um elenco de possibilidades de
produção de curto prazo, com diferentes escalas de
produção (tamanho), que podem escolher.
Custos de Produção: Custos a Longo Prazo
130
Custos de Produção: Custos a Longo PrazoSupondo 3 escalas de produção: I) 10, II) 15 e III) 30 máquinas. Neste caso, ascurvas de custo médio de longo prazo serão:
I. Produção de q1 CMeC1 < CMeC2 e CMeC3
II. Produção de q3 CMeC2 < CMeC1 e CMeC3
III. Se planeja produzir em:
- q2 CMeC2 = CMeC1
- q4 CMeC2 = CMeC3
- são as opções normalmente escolhidas.
Custos ($)
q
1
10
CMeC
K
2
15
CMeC
K 3
20
CMeC
K
1q 2q 3q 4q
131
A curva “cheia” é a curva de custo médio de longo prazo CMeLP) (Curva deEnvoltória ou curva de planejamento de longo prazo). Esta curva mostra omenor custo unitário.
Custos de Produção: Custos a Longo Prazo
Custos ($)
q
CMeLP
ótimoq
Lei dos rendimentos decrescentes(Curto Prazo)
Embora, as curvas de custo médio de longo e de curto prazo tenham o mesmo formato em U,elas diferem no sentido de que o formato a curto prazo deve-se a Lei dos rendimentosdecrescentes (ou custos crescentes), a uma dada planta ou tamanho, enquanto o formato dacurva de longo prazo deve-se aos rendimentos de escala, quando varia o tamanho da empresa.
Isocusto: conjunto de todasas combinações possíveis defatores de produção (K, L)que mantém constante ocusto ou orçamento total daempresa.
Dados os preços dos fatores,se a empresa aumenta acontratação de um fator,deverá reduzir a aquisição deoutro fator, se deseja manterconstante o orçamento gasto Inclinação negativa.
132
K
L
Isocusto
Custos de Produção: Custos a Longo Prazo
134
Capítulo 7: Estruturas de Mercado
Introdução
Mercado em Concorrência Perfeita
Monopólio
Oligopólio
Concorrência Monopolística
Estruturas do Mercado de Fatores
135
As várias formas ou estruturas de mercado dependem
fundamentalmente de 3 características:
a) número de empresas que compõem esse mercado;
b) tipo do produto (se as firmas fabricam produtos;
idênticos ou diferenciados);
c) se existem ou não barreiras ao acesso de novas
empresas nesse mercado.
Estruturas de Mercado: Introdução
136
As principais características são:
Mercado atomizado: mercado com infinitos vendedores e compradores (comoátomos”), de forma que um agente isolado não tem condições de afetar o preço demercado. Assim, o preço de mercado é um dado fixado para empresas econsumidores (são price-takers, isto é, tomadores de preços pelo mercado);
Produtos homogêneos: todas as firmas oferecem um produto semelhante,homogêneo. Não há diferenças de embalagem, qualidade nesse mercado;
Mobilidade de firmas: não há barreiras para o ingresso de empresas no mercado.
Racionalidade: os empresários sempre maximizam lucro e os consumidoresmaximizam satisfação ou utilidade derivada do consumo de um bem, ou seja, osagentes agem racionalmente.
Transparência do mercado: consumidores e vendedores têm acesso a todainformação relevante, sem custos, isto é, conhecem os preços, qualidade, os custos,as receitas e os lucros dos concorrentes.
Estruturas de Mercado: Concorrência Pura ou Perfeita
137
Estruturas de Mercado: Concorrência Pura ou Perfeita
OBS:
Uma característica do mercado em concorrência perfeita é que, alongo prazo, não existem lucros extras ou extraordinários (onde asreceitas supram os custos), mas apenas os chamados lucros normais,que representam a remuneração implícita do empresário (seu custode oportunidade, ou o que ele ganharia se aplicasse seu capital emoutra atividade.
138
Teoria Microeconômica( Teoria Neoclássica ou Teoria Marginalista)
Empresas têm como objetivomaior a maximização dos lucros(a curto ou a longo prazo)
LT = RT – CT
LT = Lucro total;RT = Receita total de vendas;CT = Custo total de produção.
Estruturas de Mercado: Concorrência Pura ou Perfeita(Maximização dos Lucros no Curto Prazo)
139
Deverá escolher o nível de produção para qual a diferença positiva
entre RT e CT seja a maior possível (máxima).
Definição:
• Receita Marginal (RMg): é o acréscimo da receita total pela
venda de uma unidade adicional do produto.
• Custo Marginal (CMg): é o acréscimo do custo total pela
produção de uma unidade adicional do produto.
Estruturas de Mercado: Concorrência Pura ou Perfeita(Maximização dos Lucros no Curto Prazo)
140
A maximização do lucro ocorre, em um nível de produção tal que areceita marginal da última unidade produzida seja igual ao customarginal desta última unidade produzida.
RMg = CMg
Se:
• RMg > CMg há interesse de aumentar a produção, pois cada
unidade adicional fabricada aumenta o lucro;
• RMg < CMg há interesse de diminuir a produção, pois cada
unidade adicional que deixa de ser fabricada aumenta o lucro;
• RMg = CMg há a maximização do lucro, sendo CMg
crescente.
Estruturas de Mercado: Concorrência Pura ou Perfeita(Maximização dos Lucros no Curto Prazo)
141
Estruturas de Mercado: Concorrência Pura ou Perfeita(Maximização dos Lucros no Curto Prazo)
Custos ($)
q
CMg CTMe
0RMg p RMe
0q
0p
A firma estarámaximizando o lucro noponto onde a taxa deintercâmbio dos fatorespermitida pela tecnologia(T.M.S.T.) é igual à taxa deintercâmbio permitidapelo mercado (preços dosfatores);
Essa combinação ótima defatores é, ao mesmotempo a que minimiza ocusto e maximiza a receita Dualidade
142
Estruturas de Mercado: Concorrência Pura ou Perfeita(Maximização dos Lucros no Curto Prazo)
K
L
Equilíbrio do produtor
K*
L*
143
Características básicas:
• uma única empresa produtora do bem ou serviço;
• não há produtos substitutos próximos;
• existem barreiras à entrada de firmas concorrentes.
As barreiras de acesso podem ocorrer de várias formas:
• Monopólio puro ou natural: devido à alta escala de produção requerida,
exigindo um elevado montante de investimento. A empresa monopolística já
está estabelecida em grandes dimensões e tem condições de operar com
baixos custos. Torna-se muito difícil alguma empresa conseguir oferecer a
um preço equivalente à firma monopolista;
• Patentes: direito único de produzir o bem;
• Controle de matérias-primas chaves: como por exemplo, o controle das
minas de bauxita pelas empresas produtoras de alumínio;
• Monopólio estatal ou institucional: protegido pela legislação,
normalmente em setores estratégicos ou de infra-estrutura;
Estruturas de Mercado: Monopólio
144
Diferentemente da concorrência perfeita, como existem barreiras à entrada denovas empresas, os lucros extraordinários devem persistir também a longo prazoem mercados monopolizados. Porém, como em concorrência perfeita, o ponto deequilíbrio do monopolista (ponto de maximização do lucro), ocorre onde:
RMg = CMg
Estruturas de Mercado: Monopólio
($)
q
CMg
CMe
D RMe
0q RMg
0CMe
0RMe
RMg CMg
B
A
0 0. 0. . .RT RMe q área RMe A q
0 0 0 0. 0. . .CT CMe q área CMe B q
0 0 0
0 0. . .
LT RT CT RMe CMe q
áreaCMe RMe A B
0
145
Características básicas:
• muitas empresas, produzindo um dado bem ou serviço;
• cada empresa produz um produto diferenciado, mas com
substitutos próximos;
• cada empresa tem um certo poder sobre os preços, dado que os
produtos são diferenciados, e o consumidor tem opções de
escolha, de acordo com sua preferência.
OBS:
Como não existem barreiras para a entrada de firmas, a longo prazo há
tendência apenas para lucros normais (RT=CT), como em concorrência
perfeita, ou seja, os lucros extraordinários a curto prazo atraem novas firmas
para o mercado, aumentando a oferta do produto, até chegar-se a um ponto em
que persistirão lucros normais, quando então cessa a entrada de concorrentes.
Estruturas de Mercado: Concorrência Monopolística
146
Definido de duas formas:
• oligopólio conecentrado: pequeno nº de empresas no setor.
Ex. Indústria automobilística ou;
• oligopólio competitivo: um pequeno nº de empresas domina
um setor com muitas empresas. Ex.: Brahma e Antártica.
Características básicas:
• devido à existência de empresas dominantes, elas têm o poder
de fixar os preços de venda em seus termos, defrontando-se
normalmente com demandas relativamente inelásticas, em que
os consumidores têm baixo poder de reação a alterações de
preços;
• no oligopólio, assim como no monopólio, há barreiras para a
entrada de novas empresas no setor.
Estruturas de Mercado: Oligopólio
147
Tipos de oligopólio:• com produto homogêneo (por exemplo, alumínio e cimento);
• com produto diferenciado (por exemplo, automóveis).
OBS:
A longo prazo os lucros extraordinários permanecem, pois as barreiras à
entrada de novas firmas persistirão.
Formas de atuação das empresas:• concorrem entre si: via guerra de preços ou de promoções (forma de
atuação pouco freqüente);
• formam cartéis (conluios, trustes): cartel é uma organização (formal
ou informal) de produtores dentro de um setor, que determina a política
para todas as empresas do cartel. O cartel fixa preços e a repartição
(cota) do mercado entre as empresas.
Estruturas de Mercado: Oligopólio
148
Estruturas de Mercado: Oligopólio
Não existe um modelo geral de oligopólio, pois eles são muito
diferentes entre si. O modelo mais tradional parte da maximização
dos lucros pelo empresário, e neste caso a RMg = CMg.
Modelo de mark-up:
Mark-up = Receitas de Vendas – Custos Diretos de Produção
e neste caso o preço é calculado:
onde:p = preço do produto
c = custo unitário direto ou variável
m = taxa (%) de mark-up
1p m c
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Estruturas de Mercado: Teoria dos Jogos
Descrição de um jogo:
Jogadores: quem está envolvido;
Regras: quem joga e quando? O que ele sabe, quando joga? O que ele pode
fazer?
Resultados: para cada conjunto de ações possível, qual é o resultado do jogo.
Payoffs: quais são as preferências dos jogadores sobre os possíveis resultados
do jogo?
Estratégia dominante: é uma estratégia que é ótima para um jogador
independentemente da(s) estratégia(s) escolhida(s) pelo(s) outro(s)
jogador(es). Quando cada jogador possui uma estratégia dominante, dizemos
que a combinação dessas estratégias é um equilíbrio com estratégias
dominantes.
Dois parceiros em um crime são presos por um policial. Para cadaladrão, o policial propõe que ele confesse o crime e sirva detestemunha de acusação. Se um dos ladrões confessa o crime e ooutro não, aquele que confessou será posto em liberdade e ooutro cumprirá pena de 10 anos. Caso os dois confessem, ambosficarão presos por 3 anos. Se nenhum dos dois confessarem, apenalidade será de apenas um ano.
150
Estruturas de Mercado: Teoria dos Jogos (Exemplo: o dilema dos prisioneiros)
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Prisioneiro A
Prisioneiro B
confessa (-3,-3) (0,-10)
(-10,0) (-1,-1)
confessa não confessa
não confessa
Uma estratégia é dita estritamente dominada quando há uma outra estratégia
que gera sempre um melhor resultado independentemente da estratégia
escolhida pelo outro jogador.
Uma estratégia é dita fracamente dominada quando há uma outra estratégia
que gera sempre um resultado melhor ou igual independentemente da
estratégia escolhida pelo outro jogador.
Estruturas de Mercado: Teoria dos Jogos (Exemplo: o dilema dos prisioneiros)
O conjunto das estratégias escolhidas pelos jogadores de um jogoconstitui um equilíbrio de Nash se, para cada jogador, a suaestratégia é ótima dadas as estratégias adotadas pelos outrosjogadores.
• Todo equilíbrio com estratégias dominantes é um equilíbrio de Nash masnem todo equilíbrio de Nash é um equilíbrio com estratégias dominantes.
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Estruturas de Mercado: Teoria dos Jogos (Equilíbrio de Nash)
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Estruturas de Mercado: Resumo
Estrutura Objetivo da Empresa Número de FirmasTipo de
Produto
Entrada de
Novas
Empresas
Lucros a LP
Concorrência PerfeitaMaximização de Lucros
(RMg=CMg )Infinitas Homogêneo
Não existem
barreirasLucros Normais
MonopólioMaximização de Lucros
(RMg=CMg )Uma Único Barreiras
Lucros
Extraordinários
Concorrência MonopolísticaMaximização de Lucros
(RMg=CMg )Muitas Diferenciado
Não existem
barreirasLucros Normais
Modelo ClássicoMaximização de Lucros
(RMg=CMg )
Oligopólio Concentrado:
poucas empresas
Modelo de Mark-upMaximização Mark-up =
Rec. Vendas - Custos Dir.
Oligopólio Competitivo:
poucas dominam o
setor
Oligopópilo
Homogêneo
ou
diferenciado
BarreirasLucros
Extraordinários
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Concorrência perfeita: existe uma oferta abundante do fator deprodução (ex.: mão-de-obra não especializada), o que torna opreço desse fator constante.
Monopsônio: há somente um comprador para muitos vendedoresdos serviços dos insumos.
Oligopsônio: existem poucos compradores que dominam omercado para muitos vendedores. Ex.: Indústria de laticínios.
Monopólio bilateral: ocorre quando um monopsonista, na comprado fator de produção, defronta-se com um monopolista na vendadesse fator.
Estruturas de Mercado: fatores de produção