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PARNASIANISMO Profª Andriane
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Parnasianismo

Apr 12, 2017

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PARNASIANISMOProfª Andriane

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ParnasianismoO Parnasianismo foi contemporâneo do

Realismo e do Naturalismo, estando, portanto, marcado pelos ideais cientificistas e revolucionários do período.

Juntamente com as escolas referidas acima, o Parnasianismo constitui o grupo dos movimentos literários que reagiram diretamente contra os princípios do Romantismo:

REALISMO: ataca a subjetividade romântica.

NATURALISMO: ataca a idealização romântica.

PARNASIANISMO: ataca o sentimentalismo.

O Espelho de Vênus - Sir Edward Burne-Jones, Inglaterra, 1877, Óleo Sobre Tela; A. 120 Cm; L. 200 Cm

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ParnasianismoO termo "parnasianismo" deriva de uma antologia, Le Parnasse

contemporain (O Parnaso contemporâneo), publicada em fascículos, de março a junho de 1860, com os versos de alguns poetas franceses.

Esses poetas eram Théophile Gautier, Laconte de Lisle, entre outros. Eles defendiam a necessidade de se tratar os temas poéticos de modo mais objetivo, pondo fim às “lamúrias” do Romantismo. Segundo esses poetas, a arte não existe para a humanidade, para a sociedade ou para a moral, mas para si mesma. Em outras palavras: a finalidade da arte era, para ele, a própria arte. Essa será a principal característica da estética parnasiana.

Théophile Gautier Laconte de Lisle

ARTE PELA ARTE

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ParnasianismoO Parnaso é um monte da Grécia central onde na

Antiguidade acreditava-se que habitariam o deus Apolo ( deus das artes, do sol, e da profecia) e as musas.

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ParnasianismoO Parnasianismo pode ser associado à Belle Époque - época dourada das elites europeias. O

cancan, os cabarés e cafés parisienses, os janotas que bebem licor e as prostitutas de alta classe formam a imagem frenética de um mundo enriquecido e alegre.

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ParnasianismoUma certeza inabalável preside esse mundo: a de que ele é eterno e superior. Assim, o Parnasianismo será a tradução

poética de um período de euforia e de relativa tranquilidade social, no qual a forma se sobreporá às ideias.

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ParnasianismoDesde a década de 1870, as ideias parnasianas já

estavam sendo divulgadas.No final desse década, o jornal carioca “Diário do

Rio de Janeiro” publicou uma polêmica em versos que ficou conhecida como Batalha do Parnaso. De um lado, os adeptos do Realismo e Parnasianismo, e de outro, os seguidores do Romantismo.

O marco inicial do Parnasianismo brasileiro foi em 1882 com a publicação de “Fanfarras” de Teófilo Dias.

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Modelo Parnasiano● Opção por uma poesia descritiva: uso de imagens que representam de modo mais imparcial

fenômenos naturais, fatos históricos;

● Preocupação com a técnica de composição: o metro, o ritmo, a rima, a estrofação. Tudo

precisava ser harmonizado de modo que se obtivesse a PERFEIÇÃO FORMAL.

● Tentativa de se manter uma postura impassível diante do objeto do poema, para evitar o

excesso de sentimentalismo romântico.

● Resgate de temas da Antiguidade clássica;

● Defesa da “arte pela arte”: a poesia deveria ser composta como um fim em si mesma;

● Busca da palavra exata que, muitas vezes, beirava o preciosismo.

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Teófilo Dias (1854-1889)Teófilo Odorico Dias de Mesquita foi um advogado, jornalista e poeta brasileiro.Sua formação inicial deu-se de 1861 a 74, em São Luís, capital do estado, no Instituto de

Humanidades. Mudou-se então para o Rio de Janeiro, onde morou, albergado no Convento de Santo Antônio,

por cerca dois anos (1875-76). Neste período na então capital do país relaciona-se com muitos intelectuais, como Alberto de Oliveira, Artur de Oliveira, Aluísio Azevedo, Benjamin Constant, José do Patrocínio e Machado de Assis.

Cursando a Faculdade do Largo de São Francisco, em São Paulo, conclui a formação em 1881. Ao largo da advocacia, exerce o jornalismo, colaborando com os jornais Província de São Paulo e A República, e ainda na Revista Brasileira, de José Veríssimo. Em 1878 participa da chamada "Batalha do Parnaso", formada por escritores que, no Rio e em São Paulo, reagiam contra o romantismo, sob influência de Artur de Oliveira.

Ingressa na política, pelo Partido Liberal, elegendo-se deputado provincial em 1885, em mandato que durou até o ano seguinte.

Obra: “Flores e Amores", 1874; “Cantos Tropicais", 1878; "Fanfarras", 1882; "Lira dos Verdes Anos", 1878; "A comédia dos deuses", 1888.

Caxias, 8 de novembro de 1854 — São Paulo, 29 de março de 1889

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A ESTÁTUA

Fosse-me dado, em mármor de Carrara,Num arranco de gênio e de ardimento,Às linhas do teu corpo o movimentoSuprimindo, fixar-te a forma rara, Cheio de força, vida e sentimento,Surgira-me o ideal da pedra clara,E em fundo, eterno arroubo*, se prostrara,Ante a estátua imortal, meu pensamento.

Do albor** de brandas formas eu vestiraTeus contornos gentis; eu te cobriraCom marmóreo cendal*** os moles flancos,

E a sôfrega avidez dos meus desejosEm mudo turbilhão de imóveis beijosAs curvas te enrolara em flocos brancos.

Do livro Fanfarras (1882). Poema integrante da série Flores Funestas

*êxtase, arrebatamento**brancura***tecido transparente e fino

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Vicente de Carvalho (1866-1924)

Nasceu em Santos e publicou seu primeiro livro de poesias, Ardentias, em 1885. Formou-se bacharel na Faculdade de Direito de São Paulo SP. Participou na Boemia Abolicionista, encaminhando escravos fugitivos para o Quilombo Jabaquara. Candidatou-se a deputado provincial no Congresso Republicano, em 1887, em São Paulo. Foi redator do Diário de Santos, e fundou o Diário da Manhã em Santos. Tornou-se Deputado no Congresso Constituinte do Estado em 1891, participando então na Comissão Redatora da Constituinte.

Foi eleito membro da Academia Brasileira de Letras em 1909. No período de 1914 a 1920 foi Ministro do Tribunal de Justiça do Estado, em Santos. Em 1924 publicou Luizinha, comédia em dois atos.

Obra poética: Ardentias (1885), Relicário (1888), Rosa, Rosa de Amor

(1902), Poemas e Canções (1908), Verso e Prosa (1909), Páginas Soltas (1911) e Versos da Mocidade (1912).

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SAUDADEBellos amores perdidos,

Muito fiz eu com perder-vos;

Deixar-vos, sim: esquecer-vos

Fôra de mais, não o fiz.

Tudo se arranca do seio,

— Amor, desejo, esperança...

Só não se arranca a lembrança

De quando se foi feliz.

Roseira cheia de rosas,

Roseira cheia de espinhos,

Que eu deixei pelos caminhos

Aberta em flor, e parti:

Por me não perder, perdi-te;

Mas mal posso assegurar-me

— Com te perder e ganhar-me,

Si ganhei, ou si perdi...

Poema publicado em Rosa, Rosa de Amor.

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Luís Delfino (1834-1910)Luís Delfino dos Santos nasceu em Desterro, Ilha de Santa Catarina, Brasil, e

1834 e faleceu no Rio de Janeiro, em 1910. Político e poeta brasileiro, considerado “o segundo poeta mais importante de Santa Catarina, superado apenas por Cruz e Sousa.” Formado em Medicina, foi também senador por Santa Catarina no início da República Velha.

Não publicou livros em vida, distribuindo-os em jornais e revistas da época. Sua obra é, no entanto, vasta — mais de mil poemas —e considerada perfeita. Foram reunidos em catorze volumes e publicados pelo filho, Tomás Delfino dos Santos, entre 1926 e 1943.

Considerado um parnasiano, mas sua poesia chega até ao simbolismo.

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Francisca Júlia (1871-1920)

Francisca Júlia da Silva Munster nasceu na antiga Vila de Xiririca, hoje Eldourado, no vale do Ribeira, São Paulo. Poeta do Impassível, valendo-se de uma linguagem e de figuras mitológicas e históricas próprias de um gosto parnasiano, encantou os seus contemporâneos. Seus últimos poemas já denotam algumas tendências ao simbolismo. Sobre seu túmulo está a estátua da “Musa Impassível”, de Victor Brecheret, em homenagem a um de seus poemas mais famosos.

Obra poética: Mármores (1895), Livro da Infância (1899),

Esfinges (1903), Alma Infantil (com Júlio César da Silva, 1912), Esfinges - 2º ed. (ampliada, 1921), Poesias (organizadas por Péricles Eugênio da Silva Ramos, 1962).

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Musa Impassível IMusa! um gesto sequer de dor ou de sinceroLuto jamais te afeie* o cândido semblante!Diante de um Jó, conserva o mesmo orgulho, e dianteDe um morto, o mesmo olhar e sobrecenho austero. Em teus olhos não quero a lágrima; não queroEm tua boca o suave o idílico descante.Celebra ora um fantasma anguiforme** de Dante;Ora o vulto marcial de um guerreiro de Homero. Dá-me o hemistíquio*** d'ouro, a imagem atrativa;A rima cujo som, de uma harmonia crebra,Cante aos ouvidos d'alma; a estrofe limpa e viva; Versos que lembrem, com seus bárbaros ruídos,Ora o áspero rumor de um calhau**** que se quebra,Ora o surdo rumor de mármores partidos.

Mármores (1895)

*desfigure**forma de cobra***cada uma das metades (iguais ou desiguais) em que a cesura ('pausa') divide o verso, especialmente o verso alexandrino.*** pedaço de rocha dura

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Tríade Parnasiana

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Olavo Bilac (1865-1918)Olavo Brás Martins dos Guimarães Bilac foi um jornalista, contista (vide ''Contos

Pátrios''), cronista e poeta brasileiro do período literário parnasiano, membro fundador da Academia

Brasileira de Letras. Criou a cadeira 15 da instituição, cujo patrono é Gonçalves Dias.

Conhecido por sua atenção à literatura infantil e, principalmente, pela participação cívica,

Bilac era um ativo republicano e nacionalista, também defensor do serviço militar obrigatório em um

período em que o exército usufruía de amplas faculdades políticas em virtude do golpe militar de 1889.

O poeta foi o responsável pela criação da letra do Hino à Bandeira, inicialmente criado para circulação

na capital federal da época (o Rio de Janeiro), e mais tarde sendo adotado em todo o Brasil. Também

ficou famoso pelas fortes convicções políticas, sobressaindo-se a ferrenha oposição ao governo militar

do marechal Floriano Peixoto. Em 1907 foi eleito "príncipe dos poetas brasileiros", pela revista Fon-

Fon. Bilac, autor de alguns dos mais populares poemas brasileiros, é considerado o mais importante de

nossos poetas parnasianos.

Rio de Janeiro, 16 de dezembro de 1865 — 28 de dezembro de 1918)

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Olavo Bilac - ObrasDentre os escritos de Olavo Bilac, destacam-se os seguintes:

● Através do Brasil;

● Conferências literárias (1906);

● Contos Pátrios;

● Crítica e fantasia (1904);

● Crônicas e novelas (1894);

● Dicionário de rimas (1913);

● Hino à Bandeira;

● Ironia e piedade, crônicas (1916);

● Língua Portuguesa, soneto sobre a língua portuguesa;

● Livro de Leitura;

● Poesias (1888);

● Tarde (1919) - Poesia, org. de Alceu Amoroso Lima (1957);

● Teatro Infantil;

● Tratado de Versificação, em colaboração com Guimarães Passos;

● Tratado de versificação (1910);

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LÍNGUA PORTUGUESAÚltima flor do Lácio, inculta e bela,És, a um tempo, esplendor e sepultura:Ouro nativo, que na ganga impuraA bruta mina entre os cascalhos vela...Amote assim, desconhecida e obscura,Tuba de alto clangor*, lira singela,Que tens o trom** e o silvo da procela***E o arrolo**** da saudade e da ternura!Amo o teu viço agreste e o teu aromaDe virgens selvas e de oceano largo!Amo-te, ó rude e doloroso idioma,Em que da voz materna ouvi: "meu filho!"E em que Camões chorou, no exílio amargo,O gênio sem ventura e o amor sem brilho!

No soneto “Língua Portuguesa”, o poeta brasileiro Olavo Bilac (1865-1918) escreve no primeiro verso “Última flor do Lácio, inculta e bela”, se referindo ao idioma Português como a última língua derivada do Latim Vulgar falado no Lácio, uma região italiana.

As línguas latinas (também chamadas de românicas ou neolatinas) são aquelas que derivaram do Latim, sendo as mais faladas: Francês, Espanhol, Italiano e Português.

O termo "inculta" se refere ao Latim Vulgar falado por soldados, camponeses e camadas populares. Era diferente do Latim Clássico, empregado pelas classes superiores. Para Olavo Bilac, a Língua Portuguesa continuava a ser bela, mesmo sendo originada de uma linguagem popular.

*som forte**canhão***forte tempestade****cantiga

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PROFISSÃO DE FÉNão quero o Zeus CapitolinoHercúleo e belo,Talhar no mármore divino Com o camartelo.

Que outro - não eu! - a pedra corte Para, brutal,Erguer de Atene o altivo porte Descomunal.

Mais que esse vulto extraordinário, Que assombra a vista,Seduz-me um leve relicário De fino artista.

Invejo o ourives quando escrevo:Imito o amorCom que ele, em ouro, o alto relevo Faz de uma flor.

Imito-o. E, pois, nem de Carrara A pedra firo:O alvo cristal, a pedra rara, O ônix prefiro.

Por isso, corre, por servir-me, Sobre o papelA pena, como em prata firme Corre o cinzel.

Corre; desenha, enfeita a imagem, A idéia veste:Cinge-lhe ao corpo a ampla roupagem Azul-celeste.

Torce, aprimora, alteia, lima A frase; e, enfim, No verso de ouro engasta a rima, Como um rubim.

Quero que a estrofe cristalina, Dobrada ao jeito Do ourives, saia da oficina Sem um defeito: (...)

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Alberto de Oliveira (1857-1937)

Antônio Mariano Alberto de Oliveira nasceu em Palmital de Saquarema, Rio de Janeiro, em

abril de 1857. Seus primeiros estudos foram realizados em escola pública. Formou-se em Farmácia

em 1884, frequentou o curso de Medicina, no qual conheceu Olavo Bilac, porém, ambos

abandonaram a faculdade.

Seu primeiro livro “Canções Românticas” é um compilado de poesias, publicado em 1878,

com propriedades ainda românticas, porém, com indícios de temática parnasiana. O Parnasianismo

esteve intrínseco em suas obras a partir das novas publicações, o que o levou a ser considerado o

mestre desta estética literária. O estilo parnasiano regozijava-se na estrutura descritiva e na

exaltação da forma rígida oriunda da Antiguidade Clássica no culto da “arte pela arte”.

O marco do reflexo das características parnasianas na obra de Alberto de Oliveira está no seu

segundo livro “Meridionais”, publicado em 1884. A partir dessa obra a temática parnasiana está cada

vez mais nítida em seus outros livros, como “Sonetos e Poemas” (1885).

O autor faleceu aos 19 de janeiro de 1937, em Niterói (RJ).

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Obras● Canções Românticas. Rio de Janeiro: Gazeta de

Notícias, 1878.

● Meridionais. Rio de Janeiro: Gazeta de Notícias, 1884.

● Sonetos e Poemas. Rio de Janeiro: Moreira Maximino,

1885.

● Relatório do Diretor da Instrução do Estado do Rio de

Janeiro: Assembléia Legislativa, 1893.

● Versos e Rimas. Rio de Janeiro: Etoile du Sud, 1895.

● Relatório do Diretor Geral da Instrução Pública:

Secretaria dos Negócios do Interior, 1895.

● Poesias (edição definitiva). Rio de Janeiro: Garnier,

1900. (com juízos críticos de Machado de Assis,

Araripe Júnior e Afonso Celso)

● Poesias, 2ª série. Rio de Janeiro: Garnier, 1905.

● Páginas de Ouro da Poesia Brasileira. Rio de Janeiro:

Garnier, 1911.

● Poesias, 1ª série (edição melhorada). Rio de Janeiro:

Garnier, 1912.

● Poesias, 2ª série (segunda edição). Rio de Janeiro:

Garnier, 1912.

● Poesias, 3ª série Rio de Janeiro: F. Alves, 1913.

● Céu, Terra e Mar. Rio de Janeiro: F. Alves, 1914.

● O Culto da Forma na Poesia Brasileira. São Paulo:

Levi, 1916.

● Ramo de Árvore. Rio de Janeiro: Anuário do Brasil,

1922.

● Poesias, 4ª série. Rio de Janeiro: F. Alves, 1927.

● Os Cem Melhores Sonetos Brasileiros. Rio de Janeiro:

Freitas Bastos, 1932.

● Poesias Escolhidas. Rio de Janeiro: Civ. Bras. 1933.

● Póstuma. Rio de Janeiro: Academia Brasileira de

Letras, 1944.

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Vaso Grego (Alberto de Campos)Esta de áureos relevos, trabalhadaDe divas mãos, brilhante copa, um dia,Já de aos deuses servir como cansada,Vinda do Olimpo, a um novo deus servia.

Era o poeta de Teos* que o suspendiaEntão, e, ora repleta ora esvasada,A taça amiga aos dedos seus tinia,Toda de roxas pétalas colmada**.

Depois... Mas, o lavor da taça admira,Toca-a, e do ouvido aproximando-a, às bordasFinas hás de lhe ouvir, canora*** e doce,

Ignota voz, qual se da antiga liraFosse a encantada música das cordas,Qual se essa voz de Anacreonte fosse.

* Anacreonte (poeta grego) celebra o vinho, o amor e os prazeres sensuais.**cheia***cantante

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Raimundo Correia (1859-1911)

Advogado e escritor, Raimundo da Mota de Azevedo Correia nasceu no Maranhão em 13 de maio de 1859 e morreu em 13 de setembro de 1911, em Paris.

Começou sua carreira como escritor romântico com seu livro Primeiros Sonhos e recebeu influência de grandes escritores românticos como Gonçalves Dias, Castro Alves, Fagundes Varela e Casimiro de Abreu.

Foi um escritor que pertenceu ao estilo de época chamado Parnasianismo, mas somente a partir do livro Sinfonias é que o poeta se assume realmente parnasiano. Como curiosidade, este livro tem prefácio de Machado de Assis.

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Obras● Primeiros Sonhos (1879)

● Sinfonias (1883)

● Versos e Versões (1887)

● Aleluias (1891)

● Poesias (189

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AS POMBASVai-se a primeira pomba despertada...Vai-se outra mais... mais outra... enfim dezenasDe pombas vão-se dos pombais, apenasRaia sanguínea e fresca a madrugada...E à tarde, quando a rígida nortadaSopra, aos pombais de novo elas, serenas,Ruflando as asas, sacudindo as penas,Voltam todas em bando e em revoada...Também dos corações onde abotoam,Os sonhos, um por um, céleres voam,Como voam as pombas dos pombais;No azul da adolescência as asas soltam,Fogem... Mas aos pombais as pombas voltam,E eles aos corações não voltam mais...