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Parênquima, Colênquima e Esclerênquima Profª Maria do Socorro Pereira
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Parênquima, Colênquima, Esclerênquima

Feb 10, 2016

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Victor Ferreira

tecidos vegetais simples.
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Page 1: Parênquima, Colênquima, Esclerênquima

Parênquima, Colênquima e

Esclerênquima

Profª Maria do Socorro Pereira

Page 2: Parênquima, Colênquima, Esclerênquima

Parênquima

• Integra o Sistema Fundamental do Corpo

do Vegetal

• Parênquima – do grego para, ao lado de,

+ enchein, vazar, derramar – que significa

‘esparramado ao lado de’

• Desenvolve-se a partir do Meristema

Fundamental no ápice caulinar e radicular,

no Corpo Primário da Planta

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Parênquima

• Também podem se originar do Procâmbio

ou Câmbio, nos Tecidos Vasculares, e do

Felogênio na Casca

• Evolutivamente considerado um Tecido

Simples, por ocorrer em grupos vegetais

ou não (Algas), menos especializados,

acredita-se ter surgido em Algas

Charophyceae (com células interligadas

através de plamodesmos)

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Parênquima

• Filogeneticamente, também precursor de

outros tecidos, fósseis evidenciam que

plantas primitivas eram parenquimáticas,

e possivelmente apresentavam as

mesmas características de Hepáticas e

Musgos atuais, nas quais o parênquima é

envolvido na fotossíntese

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Parênquima

Constituição:

• Células vivas, considerado potencialmente

meristemático – conserva a capacidade

de divisão celular, mesmo após completa

diferenciação

• Por isso, é responsável pelos processos

de cicatrização, regeneração de lesões

mecânicas

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Parênquima

Constituição:

• Em situações mais extremas, as células

parenquimáticas podem desenvolver

paredes secundárias lignificadas

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Parênquima

Constituição:

• Células em geral isodiamétricas

• Paredes delgadas, compostas de

celulose, hemicelulose e substâncias

pécticas

• Tamanho e número de vacúolos

dependerá da função que as células

desempenham

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Parênquima

Ocorrência:

• Distribuído em quase todos os órgãos da

planta

• Medula e no Córtex da Raiz e do Caule

• Periciclo

• Tecidos Vasculares

• Pecíolo e Mesófilo da Folha

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Parênquima

Ocorrência:

• Peças Florais

• Partes carnosas dos Frutos

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Parênquima

Funções:

• Fotossíntese

• Reserva

• Transporte

• Secreção e Excreção

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Parênquima

Classificação:

• 03 tipos básicos de Parênquimas

– Preenchimento ou Fundamental

– Clorofiliano

– Reserva

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Parênquima de Preenchimento ou

Fundamental

• Presente na região cortical e medular do

Caule, Raiz, Pecíolo e nas nervuras

salientes das Folhas

• Com células de formas variáveis –

poliédricas, cilíndricas ou esféricas

• Pode conter cloroplastos, amiloplastos,

cristais e várias substâncias secretadas,

como compostos fenólicos e mucilagem

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Page 16: Parênquima, Colênquima, Esclerênquima

Parênquima Clorofiliano

• Principal tecido fotossintetizante do corpo

do vegetal

• A forma e disposição que as células

apresentam é para favorecer e facilitar a

realização do processo fotossintético

• O vacúolo é grande, empurrando os

cloroplastos junto à parede, formando

uma camada uniforme na periferia

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Parênquima Clorofiliano

Ocorrência:

• Principal – mesófilo

• Mas também em caules jovens, e outros

órgãos que eventualmente realizem

fotossíntese

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Parênquima Clorofiliano

Principais Tipos:

• Parênquima Paliçádico – comum no

mesófilo, com um ou mais estratos

celulares, muitos cloroplastos e pouco

espaço intercelular

– Células mais compridas que largas

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Parênquima Clorofiliano

Principais Tipos:

• Parênquima Lacunoso – mesófilo

• Células de formato irregular com

projeções laterais, conectadas às células

adjacentes, delimitando espaços

intercelulares com amplitude variada

• Também podem ser conectadas ao

parênquima paliçádico

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Células de Transferência

• Células parenquimáticas com

invaginações na parede, ampliando a área

da membrana plasmática, o que facilitaria

o movimento de solutos a curtas

distâncias

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Page 25: Parênquima, Colênquima, Esclerênquima

Células de Transferência

• Ocorrem em associação com o Xilema e

Floema das nervuras pequenas ou de

menor calibre, e nos cotilédones

• Nas folhas de muitas Eudicotiledôneas

herbáceas

• Traços foliares dos nós (Eudicotiledôneas

e Monocotiledôneas)

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Células de Transferência

• Em vários tecidos de estruturas de

reprodução – placenta, saco embrionário

e endosperma

• Estruturas glandulares – nectários,

glândulas de sal, glândulas de plantas

insetívoras e carnívoras

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Drosera sp.

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Parênquima de Reserva

• Principal função é armazenar substâncias

provenientes do metabolismo das plantas

• Distribuídos em vários órgãos: raiz,

rizomas, alguns tipos de folhas, em frutos

e sementes

• Em espécies que habitam ambientes

xéricos ou aquáticos, armazenando água

e ar respectivamente

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Parênquima de Reserva

Classificação:

• Parênquima amilífero – grãos de amido

• Batata inglesa, batata doce e mandioca,

rizomas de várias espécies de

Monocotiledôneas e Eudicotiledôneas

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Parênquima de Reserva

Classificação:

• Parênquima aerífero ou aerênquima –

armazena ar entre as células

• Grandes e numerosos espaços

intercelulares – LACUNAS – onde o ar é

acumulado

• Comum em plantas aquáticas

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Parênquima de Reserva

Classificação:

• Parênquima aquífero – armazena água

• São células volumosas, com grande vacúolo e paredes finas (barras espessadas de celulose, lignificadas ou não), geralmente desprovidas de cloroplastos

• São ricas em mucilagem, aumentando a capacidade de reter água (hidrófila)

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Parênquima de Reserva

Classificação:

• Parênquima aquífero

• Encontrado em folhas e caules de plantas

suculentas

• Folhas e raízes de plantas epífitas e

xerófitas

• Nos órgãos de espécies sujeitas a

estresse salino – Rhizophora mangle

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Page 38: Parênquima, Colênquima, Esclerênquima

Colênquima

• Derivado da palavra grega colla, que

significa cola ou substância glutinosa,

referindo-se ao espessamento fino e

brilhante característico das células do

colênquima

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Colênquima

• Constituído de células vivas, origina-se no

meristema fundamental

• E a plasticidade da parede possibilita o

crescimento dos órgãos, sendo portanto,

um tecido de sustentação dos órgãos

jovens em crescimento

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Colênquima

• Parede celular constituída de celulose,

grande quantidade de substâncias

pécticas e água (60% do peso é água)

• Também podem ser paredes espessadas

(irregular), com campos de pontoações

• Podendo conter cloroplastos (nº variado) e

diminuir nas células mais especializadas

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Colênquima

• Ocorrem em órgãos ou regiões que ainda

estão sofrendo distensão

• Caules de plantas herbáceas

• Pecíolos das folhas

• Nas nervuras de maior porte

• No bordo das folhas

• Raízes aquáticas e aéreas

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Colênquima

• Se dispõe em posição superficial, na

forma de cordões, ou constituindo um

cilindro contínuo nos diferentes órgãos da

planta:

• Abaixo da epiderme, no pecíolo e nas

nervuras, na periferia dos caules, no eixo

de inflorescências, nas peças florais,

frutos e raízes

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Colênquima

• As células são tipicamente alongadas,

mas também podem se apresentar curtas

ou isodiamétricas

• Com o envelhecimento das células, o

padrão do espessamento pode ser

alterado e o lume fica arredondado

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Page 45: Parênquima, Colênquima, Esclerênquima

Colênquima

• Classificação é conforme o tipo de

espessamento da parede celular:

• Colênquima angular – espessamento na

seção longitudinal e nos ângulos, nos

pontos que se encontram três ou mais

células, e em seção transversal, os

ângulos das células assumem formato

triangular

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Colênquima

Colênquima angular:

• Comum em caules e pecíolos de

Cucurbitaceae, Asteraceae

• Nos pecíolos de folhas de Nymphaea

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Colênquima

• Colênquima lamelar, tangencial ou em

placas – espessamento em todas as

paredes tangenciais externas e internas

das células

• É pouco comum, ocorre em caules jovens

e pecíolos de Sambacus (sabugueiro),

Taraxacum (dente-de-leão), Rhamnus

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Colênquima

• Colênquima lacunar – espessamentos nas

paredes que delimitam os espaços

intercelulares bem desenvolvidos. Ocorre

nos eixos das inflorescências de Dhalia e

nos pecíolos de espécies de Asteraceae

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Colênquima

• Colênquima anelar ou anular –

espessamento uniforme, ficando o lume

celular circular em seção transversal

• Tipo frequente de colênquima observado

na nervura principal das folhas de

Eudicotiledôneas

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Esclerênquima

• Dá resistência e sustenta as partes da

planta que não estão se alongando

• Assim como Parênquima e Colênquima

tem origem no meristema fundamental

• O termo do grego “skleros” = “duro”

• Parede secundária espessada e

comumente lignificada

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Esclerênquima

• A lignina é um polímero complexo, de várias substâncias (especialmente fenólicas), característico deste tecido, chegando a atingir 18-35 % do seu peso seco

• A deposição das camadas de parede secundária vai reduzindo o lume celular e a formação dessa parede secundária acontece após a célula ter atingido o seu tamanho final

• Devido a lignina as paredes do esclerênquima apresentam vários tipos de pontoações

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Esclerênquima

• Tecido de sustentação presente na

periferia ou nas camadas mais internas do

corpo primário ou secundário do vegetal

• Podem estar presentes nas raízes, caules,

folhas, eixos florais, pecíolos, frutos e nos

vários estratos das sementes

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Esclerênquima

São reconhecidas dois tipos de células:

• As fibras e as esclereídes

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Esclerênquima

Fibras:

• São células muitas vezes mais longas que largas, com as extremidades afiladas, lume reduzido, devido à presença de paredes secundárias espessas, com variado grau de lignificação e poucas pontoações

• De alto valor comercial

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Esclerênquima

Esclereídes:

• São células que se encontram isoladas ou

em grupos esparsos

• Possuem paredes secundárias espessas

• Muito lignificada

• Com numerosas pontoações simples, que

podem ser ramificadas ou não

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Esclerênquima

Esclereídes:

• São classificadas pela sua morfologia: Braquiesclerídes ou Células pétreas,

Macroesclereídes, Osteoesclereídes,

Astroesclereídes, Tricoesclereídes

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Esclerênquima

• Braquiesclerídes ou

Células pétreas: são

isodiamétricas, ocorre na

polpa de Pyrus (pêra) e no

marmelo, onde aparecem

em grupos entre as células

parenquimáticas

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Esclerênquima

• Macroesclereídes:quando alongadas, colunares (ramificados ou não), como as esclereídes presentes no envoltório externo (testa) das sementes das leguminosas:

Pisum e Phaseolus

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Esclerênquima

• Osteoesclereídes:

esclereídes alongadas,

com as extremidades

alargadas, lembrando a

forma de um osso, como

as esclereídes

observadas sob a

semente das

leguminosas

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Esclerênquima

• Astroesclereídes: na

forma de uma estrela,

com as ramificações

partindo de um ponto

mais ou menos central,

como as das folhas de

Nymphaea sp.

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Esclerênquima

• Tricoesclereídes:esclereídes alongadas, semelhante a tricomas, ramificados ou não, como nas raízes de Monstera deliciosa (banana de macaco) e nas folhas de Musa sp.

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• Imagens obtidas em sites disponíveis em

rede e/ou referências bibliográficas