UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS ESCOLA DE ENGENHARIA
Leonardo Vincius Labuto PAREDE SECA SISTEMA CONSTRUTIVO DE
FECHAMENTO EM ESTRUTURA DE DRYWALL Monografia apresentada Escola de
Engenharia da Universidade Federal de Minas Gerais para concluso do
Curso de Especializao em Construo Civil Minas Gerais Janeiro 2014
II Leonardo Vincius Labuto PAREDE SECA SISTEMA CONSTRUTIVO DE
FECHAMENTO EM ESTRUTURA DE DRYWALL Monografia apresentada Escola de
Engenharia da Universidade Federal de Minas Gerais para concluso do
curso de Especializao em Construo Civil Orientadora: Prof. Dr.
Cristiane Machado Parisi Jonov. ESCOLA DE ENGENHARIA DA
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA DE
MATERIAIS E CONSTRUO rea de Concentrao: Construo Civil Urbana
Residencial e Comercial Belo Horizonte Janeiro de 2014 III
DEDICATRIA : DedicoestetrabalhoDeus,aminhafamlia,amigoseFibra
EngenhariaLTDAquesempremederamapoioduranteocursode
EspecializaoemConstruoCivilenospercalosencontrados nesse perodo. IV
AGRADECIMENTOS:
ExpressomeuapreoProfessoraCristianeMachadoParisiJonovpelo
acolhimento,compreensoeajudanaorientaodotrabalho,aqualdemonstra
comprometimento e preocupa-se com o aprendizado dos seus alunos e
em despertar
abuscapeloconhecimentopelopuroprazerdecrescerintelectualmentee
pessoalmente,podendocontribuirparaasociedadecadaumcomseulegado,no
simplesmente por ser obrigao do seu valoroso ofcio. V RESUMO
Oestudoemquestotrata-sedeumarevisobibliogrficaacercadosistemadefechamento
verticalinternoemestruturasdeDrywall,focadoprincipalmentenautilizaodaschapasdegesso
acartonado. Motivou-se diante da necessidade de difundir novas
tcnicas, alternativas economicamente e tecnicamente viveis em
substituio aos fechamentos convencionais, apresentao das boas
prticas
construtivas,formadeutilizaoemanutenodatcnicaestudada,almdadesmistificaoem
relaodurabilidadeefragilidadedosistemaestudado,notrabalhoconsegue-seidentificarvrias
vantagens em relao ao fechamento convencional de alvenaria de
tijolos e blocos, tais como: estrutura mais leve, o que reduzgastos
comestrutura e fundaes,a superioridadena eficincia do isolamento
termoacstico,trata-sedeumaestruturacomcustoglobalreduzidoumavezquepossuibaixssima
geraoderesduosecomelevadaprodutividadenaexecuo.Aofinalapresentadoumestudode
casooqualserefereaumapatologiaocorridaeseutratamentoindicado,eporfimchega-se
conclusoquecomautilizaoeodomniodastcnicascorretas,ofechamentoemDrywallcom
chapas de gesso acartonado torna-se uma alternativa altamente
atraente e vivel. VISUMRIO 1. Introduo
...........................................................................................................................................
1
2.Objetivo...........................................................................................................................................
2 3.Justificativa
.....................................................................................................................................
3 4.Metodologia
....................................................................................................................................
3 5.Vedaes verticais internas
.............................................................................................................
4 5.1.Ensaios normalizados
...............................................................................................................
5 5.2.Tipos de chapas e utilizaes
...................................................................................................
6 5.2.1.Transporte e armazenamento
..........................................................................................
11 5.3.Estruturas / Perfis de ao
galvanizado....................................................................................
13 5.3.1.Transporte e armazenamento
..........................................................................................
15 5.4.Materiais de tratamentos de juntas entre placas
.....................................................................
16 5.4.1.Tipos de Massas e fitas
...................................................................................................
19 5.4.2.Transporte e armazenamento
..........................................................................................
21 5.5.Elementos construtivos de fixao e acessrios
.....................................................................
21 5.6.Materiais termo-acsticos
......................................................................................................
23 5.7.Acessrios para fixao de cargas suspensas
.........................................................................
27 5.8.Equipamentos e ferramentas
..................................................................................................
29 6.Processo Construtivo
....................................................................................................................
30 6.1.Locao e instalao das guias
...............................................................................................
32 6.2.Locao e instalao dos
montantes.......................................................................................
33 6.3.Colocao das chapas de gesso na estrutura de Drywall
....................................................... 34
6.4.Colocao das instalaes eltricas e hidro-sanitrias
........................................................... 35
6.5.Colocao da l mineral
.........................................................................................................
39 6.6.Vo de portas, fechamentos da estrutura e tratamento de
juntas. .......................................... 40
6.7.Impermeabilizao
.................................................................................................................
43 6.8.Acabamentos finais
................................................................................................................
44 6.9.Fixaes de objetos suspensos
...............................................................................................
47 7.Estudo de
caso...............................................................................................................................
49 8.Vantagens x desvantagens
............................................................................................................
52 9.Concluso
......................................................................................................................................
54 10.Bibliografia
...................................................................................................................................
56 VII LISTA DE FIGURAS Figura 1 - Comparativo de consumo de chapas
de gesso acartonado para sistemas Drywall no Brasil por regies e no
mundo. (http://www.knauf.com.br/?id=40 e
http://www.knauf.com.br/?id=79, 2013) 1 Figura 2 - Esquema de vedao
vertical em gesso acartonado. (KNAUF, 2010)
.................................. 5 Figura 3 - Placas e sistemas
de construo com placas OSB (Oriented Strand Board) (CENTERPLASTER,
2013).
..................................................................................................................
6 Figura 4 Sistema construtivo com placas OSB (Oriented Strand
Board). ......................................... 6 Figura 5 A
diferenciao visual do tipo de aplicao das placas dar-se- pelas
cores das mesmas, as brancas so as Standard (ST), verdes so
resistentes umidade (RU) e rosas resistentes ao fogo
(RF)..................................................................................................................................................................
7 Figura 6 - Tipos de Bordas (ASSOCIAO BRASILEIRA DE FABRICANTES DE
CHAPAS DE DRYWALL, 2013).
................................................................................................................................
8 Figura 7 - Transporte adequado de forma manual e atravs de
carrinhos para as chapas de gesso (TANIGUTI, 1999)
...............................................................................................................................
11 Figura 8 - Armazenagem das chapas de gesso empilhadas (LABUTO,
2013) .................................... 12 Figura 9 -
Empilhamento de perfis estruturais (TUPARLON PERFIS TUBULARES,
2013) ............ 16 Figura 10 - Ilustrao de armazenagem correta,
item (a) e incorreta, item (b) (KANAUF, 2013). ..... 16 Figura 11 -
Tratamento de juntas recomendados pela Associao Brasileira de
fabricantes de chapas de gesso acartonado.
(http://www.knauf.com.br/?id=248, 2013)
......................................................... 18 Figura
12 - Tratamento de cabeas dos parafusos.
(http://www.knauf.com.br/?id=248, 2013) ........... 19 Figura 13
Massas para tratamento de juntas. (ASSOCIAO BRASILEIRA DODRYWALL,
2013)
.....................................................................................................................................................
20 Figura 14 Fitas para tratamento de juntas. (KNAUF, 2010)
.............................................................. 20
Figura 15 - Armazenamento dos baldes de massa, correto item (a),
incorreta item (b). (KNAUF, 2009)
.....................................................................................................................................................
21 Figura 16 - L de vidro e l de rocha utilizado na estrutura de
Drywall para aumento do conforto termo-acstico.
......................................................................................................................................
25 Figura 17 - Exemplos de configuraes de paredes drywall com
materiais termo-acsticos. (Associao brasileira de fabricantes de
chapas de gesso acartonado, 2010)
....................................... 26 Figura 18 - Paredes em
drywall com material em l de vidro como
.................................................... 26 Figura 19 -
Paredes em drywall com reforo estrutural para receber armrios /
pias e louas sanitrias. (MITIDIERI,
2013)...............................................................................................................................
28 Figura 20 - Locao do posicionamento das paredes. (KNAUF, 2009)
............................................... 32 Figura 21 -
Marcao do posicionamento das guias atravs de cordo ou fio traante.
(KNAUF,
2009)...............................................................................................................................................................
32 Figura 22 - Colocao dos montantes nas guias (KNAUF, 2009)
........................................................ 33 Figura
23 - Fixao dos montantes nas guias (KNAUF, 2009)
............................................................ 33
Figura 24 - elevao de 10 mm em relao ao piso para evitar que as
placas recebam umidade. (LABUTO, 2010)
..................................................................................................................................
34 Figura 25 - Fechamento de um dos lados da parede de Drywall.
(KNAUF, 2009) .............................. 35 Figura 26 -
Instalao de caixa de luz especficas no sistema Drywall com placas
de gesso
acartonado...............................................................................................................................................................
36 Figura 27 - Modelos de caixa de instalao eltrica em chapas de
gesso acartonado .......................... 36 Figura 28 - Instalao
de caixa de luz convencionais no sistema Drywall com placas de
gesso acartonado.
............................................................................................................................................
37 Figura 29 - Passador de tubulao em paredes de gesso acartonado
(ASTRA, 2010) ......................... 37 VIII Figura 30 -
Passagem de tubulao PEX no montante com passador para proteger a
tubulao contra desgastes da parede e possveis cortes.
(http://www.dbgraus.com.br/dB_arquivos_html/pex.htm, 2013)
.....................................................................................................................................................
38 Figura 31 - Exemplos de parede com suporte de madeira (a),
especial de perfis (b) e bancada com instalaes sanitrias (c).
(Sistemas Plascostil Manual de Especificao e Instalao, 2013)
.......... 39 Figura 32 - Colocao de l mineral dentro da estrutura
de gesso acartonado para reduo de rudos e melhor eficincia na
manuteno da temperatura entre os ambientes (KNAUF, 2009)
...................... 39 Figura 33 - Colocao de l mineral dentro
da estrutura de gesso acartonado para reduo de rudos e melhor
eficincia na manuteno da temperatura entre os ambientes (LABUTO,
2013) .................... 40 Figura 34 - Corte da chapa no vo de
porta. (KNAUF, 2009)
.............................................................. 40
Figura 35 - Corte da chapa no vo de porta. (LABUTO, 2013)
........................................................... 41
Figura 36 - Nivelamento entre janela e porta de gesso acartonado em
estruturas de Drywall no Condomnio do residencial Antoni Gaudi em
Belo Horizonte - MG (LABUTO, 2007) ..................... 41 Figura
37 - Vista do reforo dos vrtices da porta com trespasse de 20cm
(MITIDIERI, 2012). ........ 42 Figura 38 - Aplicaes da primeira
camada de massa na junta vertical (figura a), fita de papel micro
perfurada (figura b) e ltima camada de massa por cima da fita de
papel (Figura c) (KNAUF, 2009) 43 Figura 39 - Aplicaes do sistema
impermeabilizante em placas contidas em reas midas (MITIDIERI,
2012)...............................................................................................................................
43 Figura 40 - Aplicaes do sistema impermeabilizante em placas
contidas em reas midas
(MITIDIERI,2012)............................................................................................................................
44 Figura 41 - Lixamento das regies das juntas eliminando rebarbas
e salincias (figura a), aplicao de massa corrida (figura b),
lixamento da massa corrida aplicada (figura c) e pintura da
superfcie. (KNAUF, 2009/2013)
...........................................................................................................................
45 Figura 42 - Colocao das cermicas sobre a argamassa aplicada
diretamente na chapa de gesso acartonado (figura a), suportes
metlicos destinados a pias e sanitrios (figura b e c), fixao das
peas sanitrias em suportes (figura d, e, f).(KNAUF, 2013).
............................................................ 46
Figura 43 - Estrutura finalizada em rea molhada com rea de visita
para registros (LABUTO,
2008)................................................................................................................................................................
46 Figura 44 - Estrutura finalizada em rea molhada com visita para
registros em PVC (LABUTO, 2013).
....................................................................................................................................................
47 Figura 45 - Parafuso e bucha para cargas de at 10 kg (figura a),
parafuso e bucha para cargas de at 18 kg (Figura b) e parafuso e
bucha para cargas de at 30 kg (PLACO DO BRASIL, 2013). ............
47 Figura 46 Planta pavimento tipo Apartamentos de 2 e 3 quartos
(LABUTO, 2013) ..................... 49 Figura 47 Tratamento de
juntas Apartamento de 2 quartos (Coluna 01) (LABUTO, 2013)
.......... 50 Figura 48 Tratamento de juntas com possibilidade de
fissurao no encontro de pilares ................. 51 Figura 49
Tratamento de juntas indicado para evitar fissurao no encontro de
pilares e ................ 51 IXLISTA DE TABELAS Tabela 1 -
Propriedades Fsicas e Geomtricas das chapas de Drywall (PLACO
CENTER PIRACICABA, 2013).
............................................................................................................................
8 Tabela 2 - Parmetros de norma para as caractersticas geomtricas e
fsicas das chapas de gesso acartonado
(http://www.demc.ufmg.br/dalmo/drywall.ppt, 2013).
...................................................... 10 Tabela 3
- Tipos de perfis comumente utilizados no Brasil
..................................................................
14 Tabela 4 - Comparao entre os perfis nacionais e importados
(TANIGUTI, 1999) ........................... 15 Tabela 5 -
Diferenas entre tolerncias dimensionais permitidas para os perfis
metlicos segundo a ASTM C645 e BS 7634 (ASTM, 1995b; BSI 1990) e
tolerncias brasileiras. (TANIGUTI, 1999) .... 15 Tabela 6 - Tipos
de Parafusos. (Manual de Instalao Sistemas Knauf Drywall, 2013)
...................... 22 Tabela 7 - Acessrios comumente utilizados
nas estruturas de perfis metlicos (ASSOCIAO BRASILEIRA DE
FABRICANTES DE CHAPAS DE GESSO ACARTONADO, 2013) .................
23 Tabela 8 - Desempenho termo-acstico das paredes de Drywall com
gesso acartonado ..................... 24 Tabela 9 - Comparativo de
desempenho acstico entre alvenaria e Drywall com placa de gesso
acartonado
.............................................................................................................................................
25 Tabela 10 - Fixao de cargas em paredes (KNAUF, 2009)
................................................................ 27
Tabela 11 - Equipamentos e ferramentas utilizados (ASSOCIAO
BRASILEIRA DE FABRICANTES DE CHAPAS DE GESSO ACARTONADO, 2013)
................................................ 29 Tabela 12
Elementos de fixao e/ou suporte para cargas suspensas (MITIDIERI,
2012) ............... 48 Tabela 16 - Vantagens do Drywall com
chapas de gesso acartonado em relao alvenaria de tijolos (ADAPTADO
KNAUF, 2009)
.............................................................................................................
52 Tabela 17 - Desvantagens do Drywall com chapas de gesso
acartonado em relao alvenaria de tijolos (LABUTO, 2013).
......................................................................................................................
53 1 1.Introduo
Otrabalhopropostoabordaatravsdepesquisasbibliogrficas,aaplicabilidadedeplacaspr-fabricadasemfechamentosedivisriasinternasdeedificaesqueutilizamosistemaDrywall,tais
comoOSB(OrientedStrandBoard),cimentciaeporfimadegessoacartonadoaqualfocodo
estudodevidograndeutilizaodestemtodonopasfrenteaosdemais.AsplacasOSBe
cimentcias so mais utilizadas em estruturas de Steel Frame, alguns
profissionais preferem utilizar a
cimentciaemreasmolhadasporsuportaremmaisaumidadequeaschapasemgessoacartonado
RU, no entanto, uma vez as chapas RU utilizadas conforme a norma
satisfaz perfeitamente quanto ao desempenho e durabilidade na
estrutura. A expresso Drywall originada da lngua inglesa significa
Parede Seca, trata-se de uma tcnica alternativa e competitiva
construo com alvenaria convencional amplamente e conservadoramente
utilizadanomercadobrasileiro.OBrasilencontra-secomumatrasotecnolgicoconstrutivode
aproximadamente 100 anos quando comparado a pases da Europa e
Amrica do Norte que se utiliza
detaltecnologiadesenvolvidainicialmenteem1895porAugustineSackettcomplacasdegesso
acartonado,noBrasilcomeouaserdifundidanadcadade1970,comeandoaserutilizadoe
difundido na segunda metade da dcada de 1990, em maior escala no
sculo XXI (figura 1). Da vem
ainseguranaerepulsadoclientefinalsobreoproduto,suaqualidadeeeficincia,oquelimitaa
expanso e difuso desse mtodo construtivo. (MITIDIERI, 2009) Figura
1 - Comparativo de consumo de chapas de gesso acartonado para
sistemas Drywall no Brasil por regies e no mundo.
(http://www.knauf.com.br/?id=40 e http://www.knauf.com.br/?id=79,
2013) 2 No entanto, a utilizaodo Drywall demanda mo de obra tcnica
qualificada, planejamento, organizao, e do ponto de vista tcnico e
prtico, torna-se uma excelente opo construtiva, uma vez
queoprocessoseco,rpido,leve(emtornode6a7vezesmaislevequeaalvenariadetijolos),
economizando-seassimnasfasesprojetiva,executiva,estruturaledefundaodaobra,quaseno
gera entulhos, contra em torno de 30% da alvenaria convencional,
podemos verificar ainda a preciso
damontagem,mobilidade,acabamentoperfeito,melhordesempenhoacstico,reparossimples,pois
asinstalaeseltricas,hidrulicasehidrosanitriassoadequadamenteembutidasemseuinterior,
fornecendo completo acesso s prumadas. (KNAUF,
http://www.knauf.com.br/?id=250, acessado dia 20 de dezembro de
2013)
AexecuodoDrywalldar-se-basicamenteutilizando-seaschapasOSB,cimentcias,egesso
acartonado, no entanto, as chapas mais utilizadas so as de gesso
acartonado conforme citadas abaixo: -Standard (ST); -Resistente
umidade (RU); -Resistente ao fogo (RF). 2.Objetivo Estudos das
tipologias e aplicaes das placas de gesso acartonado para
estruturas de Drywall em
fechamentosedivisriasverticaisinternasnaconstruocivil,suasvantagensedesvantagens
projetivas e executivas em relao alvenaria de blocos cermicos com a
mesma finalidade, tornando mais slidas as informaes sobre essa
tecnologia, tendoem vistaasua baixa utilizao no mercado nacional
dada a falta ou divulgao de informaes. Ao longo do trabalho tais
elementos sero discutidos, bem como sero apresentados dois estudos
de caso sobre uma obra a qual ocorreu uma patologia e outra a qual
foi implantada essa tecnologia no mercado nacional. 3
3.Justificativa A cada dia h uma preocupao cada vez maior em relao
organizao e limpeza dos canteiros
deobras,modeobraqualificada,agilidadenaexecuodosprocessosconstrutivoscom
produtividade, custos diretos e indiretos, qualidade do produto
final e reduo de perdas de materiais. A utilizao dogesso acartonado
em estruturas de Drywall pode ser um grande contribuinte para
queseatinjadeformamaisintensaessesobjetivos,umavezquesuaspropriedadesatendemgrande
parte destas caractersticas e ainda racionaliza o consumo dos
demais materiais estruturais, pois bem
maislevequeaalvenariadeblocos,permitindoquesejamdimensionadasestruturasmaisesbeltase
fundaes mais simples que suportem um carregamento muito menor que
as estruturas convencionais proporcionam. Com as explanaes contidas
no trabalho espera-se quebrarpreconceitos, sanar dvidas quanto
eficincia,aplicabilidade,vantagens,desvantagenserelaocustoxbenefcio,almdaimportncia
de seguir as normas pertinentes para confeco de uma estrutura
coesa, econmica e durvel. 4.Metodologia Este estudo tem como
objetivo o conhecimento de eventos das tecnologias utilizadas
atualmente,
oentendimentodeseusproblemasesuacontextualizao.Partindodehipteses,aprofunda-seno
estudo, atravs do levantamento de dados e aplicao prtica.
Oestudoemquestoserembasadoemnormastcnicas,artigostcnicos,dissertaesde
mestrado, fabricantes das placas de gesso acartonado e livros.
Primeiramente,serapresentadaumabreveanalisehistricasobreoDrywall,bemcomoo
inicio da sua utilizao no Brasil e no exterior atravs de revises
bibliogrficas e pesquisas.
Posteriormente,serodiscutidosmtodosconstrutivos,asvantagensedesvantagensdasua
utilizao,necessidadesdeexecuodeobrasdessetipo.Emseguidaapresentaodosestudosde
4
casorelatandoumapatologiaeumparaleloentreestetipodeexecuoemrelaoalvenariade
blocos cermicos.
Finalmenteseroapresentadososdadosobtidoseumasucintaconclusosobreautilizaoe
viabilidade dos sistemas de Drywall com placas de gesso acartonado.
5.Vedaes verticais internas
OsistemadevedaoverticalinternamaisutilizadanoBrasiladealvenariadetijolos
cermicos,noentanto,aexecuodamesmafaz-seatravsdeumprocessoextensoecomplexo,o
qualdependedevriosprofissionaisparaexecutarummesmoservio.Naconfecode1,0m2de
alvenaria necessita-se de 02 (dois) serventes, um para o operador
de betoneira e um para o pedreiro de
alvenaria,01(um)operadordebetoneiraparafazeramassa,01(um)tcnicoresponsvelpara
calcularotraodaargamassadeassentamento,01(um)pedreiroparaoassentamentodostijolos,
enquanto a confeco de 1,0 m2 dos fechamentos internos com placas de
gesso acartonado depende de apenas 01 (um) profissional qualificado
e um ajudante, por ser um processo mais extenso e com mais etapas a
possibilidade de ocorrer uma falha nas alvenarias de tijolos muito
mais acentuada que nas de Drywall com gesso acartonado.
Comocrescimentovertentedosetor,omercadodeparou-secomumaelevadafaltademode
obraparaasdiversasetapasesetoresdasobrasciviseaindav-seobrigadaabuscaralternativas
construtivasquenosreduzamoscustosdeconstruo,masqueaperfeioeereduzaasetapas,o
queocorrecomosistemaestudado,poisdependedeumamenorquantidadedeprofissionais
envolvidos, quase no gera perdas e/ou resduos, o que torna a
construo seca, altamente produtiva e gil. Drywall no Brasil uma
marca registrada da empresa Lafarge Gypsum e no deve ser referida
ao sistema de gesso acartonado em vedaes verticais, pois elas so
apenas um tipo de vedao vertical ao qual o sistema Drywall permite
que seja realizado (figura 2). 5
umtipodevedaoverticalutilizadanacompartimentaoeseparaodeespaosinternosem
edificaes,leve,estruturada,fixaoudesmontvel,geralmentemonoltica,demontagempor
acoplamentomecnicoeconstitudoporumaestruturadeperfismetlicosoudemadeirae
fechamento de chapas de gesso acartonado. (SABBATINI, 1998a) Figura
2 - Esquema de vedao vertical em gesso acartonado. (KNAUF, 2010)
5.1. Ensaios normalizados Solicitaes transmitidas por portas:
ensaio que simula por diversas vezes o movimento de abertura e
fechamento das portas para verificar a resistncia estrutural e
mecnica dos componentes. Impacto de corpomole: ensaio que simula o
impacto de um corpo mole contra a parede, como por exemplo, o de
uma pessoa para verificar a resistncia mecnica da mesma a tal
situao. Impactodecorpoduro:ensaio que simula o impactode um corpo
durocontraaparede, como por
exemplo,odeummvel,umapedra,ouseja,qualquercorporgidoparaverificarasresistncias
estrutural e mecnica do sistema. 6 5.2. Tipos de chapas e utilizaes
As chapas OSB (Oriented Strand Board) foram concebidas no final da
dcada de 70 nos Estados Unidos para atender ao segmento construtivo
do Steel Frame e Wood Frame como contraventamento
dasestruturas(figura3),ograndeboomaconteceunadcadade90quandoficaramevidentesa
qualidade do produto final, resistncia mecnica e custo/benefcio,
mas apenas em 2000 foi instalada a primeira planta industrial do
Brasil no Paran iniciando as atividades em 2002. Figura 3 - Placas
e sistemas de construo com placas OSB (Oriented Strand Board)
(CENTERPLASTER, 2013).
Aschapascimentcias(Concretoreforadocomfibrassintticas-CRFS)surgiu
concomitantemente na dcada de 70 com as chapas OSB, no entanto, a
sua utilizao tornou-se mais
frequentenosltimosanosdevidoaoaumentodaconstruosecaeracionalizada,trata-sedeum
sistemaconsagradonohemisfrionorteoqualfoilargamenteutilizadoemforrosedivisrias,bem
comoemreasmolhadasondeoempregodogessoacartonadonoeraomaisindicado.NoBrasil,
estetipodefechamentofoiutilizadoinicialmentecomoforrodebeirais,atualmenteestsendo
empregadoembanheiros,cozinhasefechamentosexternosdevidosasuaresistnciaestruturalea
bom comportamento em ambientes midos (figura 4). Figura 4 Sistema
construtivo com placas OSB (CELTA GESTAO E SERVIOS, 2013) 7 As
chapas de gesso acartonado so compostas por Sulfato de Clcio
bi-hidratado (CaSO4 . 2H2O),
denominadoGipsita,eaditivos,ofatodasuafrmulapossuirduasmolculasdegua(20%dasua
composio)fazcomqueasplacaspossuamelevadaresistnciaaofogo,nocasodeincndio,as
chamascalcinamocartoeaguavaisendoliberadagradativamentenaformadevapor.Para
temperaturas de at mil graus Celsius, uma chapa standard (12,50mm
de espessura) suporta intacta at 30 minutos de exposio s chamas,
impedindo ainda que o calor passe para o outro lado, bem como
resiste ainda aos jatos dgua dos bombeiros, caos seja necessria uma
resistncia maior exposio ao fogo e/ou calor, devemos utilizar
chapas RF que so especficas para tal finalidade. Chapas resistentes
ao fogo (RF): trata-se da chapa de cor rosa, a qual possui fibra de
vidro em sua
composio,materialqueconferemumamaiorresistnciaaofogo.ComduaschapasRF(12,5mm
cada),umaemcadaladodoperfildeaogalvanizado(espessuramnimade70mm)consegue-se
atingir 90 minutos de resistncia ao fogo, caso o esperado seja uma
resistncia de 120minutos basta aumentar a espessura das placas RF
para 15mm, segundo a Associao Drywall. (figura 5)
Chapasresistentesumidade(RU):trata-sedachapadecorverde,aqualpossuisiliconeemsua
composiooqualcapazdereduziraabsorodegua,emumperododeduashorasachapa
standard absorve de 30 a 40% do seu peso de gua, enquanto no mesmo
perodo por norma a RU deve absorver abaixo de 5% do seu peso em
gua. (figura 5) Chapas Standard (ST): trata-se da chapa branca,
composta apenas por Gipsita, destinada ao uso em reas secas.
(figura 5) Figura 5 A diferenciao visual do tipo de aplicao das
placas dar-se- pelas cores das mesmas, as brancas so as Standard
(ST), verdes so resistentes umidade (RU) e rosas resistentes ao
fogo (RF).8
Fazendoumaanalogiaentreachapadegessoacartonadoeoconcretoarmadolargamente
utilizadonaconstruocivilbrasileira,ogessodaschapastrabalhafornecendoresistncia
compressocomo o concreto e o carto aderido ao mesmo, resistncia
trao como o ao devido
flexo.Essacombinaofazcomqueachapasetornemuitoresistente,aresistnciaintrnseca.A
unio destes dois elementos torna a placa muito resistente, porm a
resistncia conferida depende de alguns aspectos tais como: o tipo
de placa, borda, espessura, dimenso e peso.
Asplacascombordarebaixada(BR)sodestinadasaotratamentodejuntaeasplacascom
borda quadrada so destinadas ao uso em forros removveis e
divisrias, conforme figura 6. Figura 6 - Tipos de Bordas (ASSOCIAO
BRASILEIRA DE FABRICANTES DE CHAPAS DE DRYWALL, 2013). Tabela 1 -
Propriedades Fsicas e Geomtricas das chapas de Drywall (PLACO
CENTER PIRACICABA, 2013). NomeDescrioTipo de Borda Espessura (mm)
Dimenso Padro (mm)Peso (Kg/m2) LarguraComprimento
STStandard(1)Rebaixada BR(4)8,0120024006,1 STStandard(1)Rebaixada
BR(4)9,5120024008,0 STStandard(1)Rebaixada BR(4)12,5120018009,5
STStandard(1)Rebaixada BR(4)12,5120020009,5 STStandard(1)Rebaixada
BR(4)12,5120024009,5 STStandard(1)Rebaixada BR(4)12,5120028009,5
STStandard(1)Rebaixada BR(4)12,5120030009,5 STStandard(1)Rebaixada
BR(4)12,560020009,5 STStandard(1)Rebaixada BR(4)12,560025009,5
STStandard(1)Rebaixada BR(4)15,01200240012,0 STStandard(1)Quadrada
BQ(5)12,5124325009,5 RFResistente ao fogo(2)Rebaixada
BR(4)12,51200240010,0 RFResistente ao fogo(2)Rebaixada
BR(4)15,01200240013,0 RUResistente umidade(3)Rebaixada
BR(4)12,51200240010,0 RUResistente umidade(3)Rebaixada
BR(4)15,01200240012,5 Notas: (1) Placas Placo Standard (ST):
destinadas a reas secas. (2) Placas Placo Resistentes ao Fogo (RF):
destinadas a reas com exigncias especiais de resistncia ao fogo. 9
(3) Placas Placo Resistentes Umidade (RU): destinadas a ambientes
sujeitos a ao da umidade, por tempo limitado (de forma
intermitente). (4) Borda Rebaixada (BR): para tratamento de junta.
(5) Borda Quadrada (BQ): para uso em forros removveis e divisrias.
Os perfis metlicos, chapas e estruturas para drywall devem ser
produzidos em conformidade com as normas tcnicas da ABNT:
NBR15217:2009
-PerfisdeaoparasistemaconstrutivoemchapasdegessoparaDrywall
Requisitos e mtodos de ensaio. NBR 14715-1:2010 - Chapas de gesso
para Drywall - Requisitos. NBR 14715-2:2010 - Chapas de gesso para
Drywall Mtodos de ensaio. NBR157581:2009
-SistemasconstrutivosemchapasdegessoparaDrywallProjetose
procedimentos executivos para montagem; Parte 1: Requisitos para
sistemas usados como paredes. NBR157582:2009
-SistemasconstrutivosemchapasdegessoparaDrywallProjetose
procedimentos executivos para montagem; Parte 2: Requisitos para
sistemas usados como forros. NBR157583:2009
-SistemasconstrutivosemchapasdegessoparaDrywallProjetose
procedimentosexecutivosparamontagem;Parte3:
Requisitosparasistemasusadoscomo revestimento. NBR 12775:1992
Placas de gesso para forro Determinao das dimenses e propriedades
fsicas Mtodo de ensaio. Paracompletar a impermeabilizao daschapas
RU, devem ser feitasuma pelcula base de
emulsoacrlicanoestirenadaouborrachasinttica,atendendoaNBR13321:1996ouNBR
9396:1986. 10
Asplacascimentciaspossuemnormalizaobrasileira,jasplacasOSBaindanopossuem
normalizaoespecficaesendoassim,utiliza-seumanormalizaoestrangeiracomoanorma
europeia (EN) citada abaixo: NBR 15498:2007 Placa plana cimentcia
sem amianto Requisitos e mtodos de ensaio EN 324-1 Wood-based
panels (Caracterizao dimensional) EN 317 Particleboards and
fibreboards (Ensaio de inchamento das bordas) EN 310 Wood-based
panels (Determinao da resistncia ao mdulo de elasticidade flexo
esttica) Tabela 2 - Parmetros de norma para as caractersticas
geomtricas e fsicas das chapas de gesso acartonado
(http://www.demc.ufmg.br/dalmo/drywall.ppt, 2013). 11 5.2.1.
Transporte e armazenamento
Buscandomanteraqualidadeecaractersticasdaschapasdegessoanteaaplicao,deve-seter
um cuidado especial noseu transporte e armazenamento. Deve-se no
transporte das chapas, verificar
senospalletshcantoneirasnospontosdecontatodascordasefitasdeamarraocomomaterial,
utilizadasparaamovimentaodoprodutoafimdeproteg-logarantindosuaintegridadeatasua
chegadaobra.Nomomentodedescarganaobra,inspecionaraintegridadedaschapasantesdo
inciodadescarga,casohajadisponibilidadetcnicaospalletsdevemsertransportadospor
empilhadeirasoucarrinhosecasonohaja,aschapaspodemsertransportadasumaauma
manualmente na posio vertical, ou cintadas duas a duas, por um
operrio, caso a chapa em questo
sejamuitopesadamesmapodesertransportadapordoisoperriosealocadasprximoaolocalde
aplicao (figura7). Figura 7 - Transporte adequado de forma manual e
atravs de carrinhos para as chapas de gesso (TANIGUTI, 1999) A
estocagem deve seguir os seguintes requisitos: - As placas devem
ser estocadas em lugar seco e abrigado da luz e calor; - Estocar as
pilhas em solo plano (no estocar diretamente no cho) e de
preferncia prximo aos locais de aplicao; - Colocar as chapas sempre
sobre apoios com largura mnima de 100 mm espaados a cada 400 mm
(mximo); - O comprimento dos apoios deve ser igual largura das
chapas; - Manter o alinhamento das chapas evitando sobras ou pontas
salientes na pilha que facilitaro a quebra; - Evitar o uso da pilha
como apoio ou plataforma para qualquer atividade; - Pilhas de
chapas que estejam estocadas em locais potencialmente sujeitos a
chuvas ou goteiras 12 devem ser cobertas por plstico
preferencialmente transparente que, alm de proteger contra umidade,
permite que qualquer pessoa rapidamente identifique tratar-se de
placas de gesso acartonado, tomando os cuidados devidos.
Aspilhasdevempossuiralturamximade1,60mcomapoiostransversaisespaadosacada
40cmconformecitado,porm,podesernecessrioestocarempilhasmaiores,oquepermitido
desdequeserespeiteumaalturatotalmximade5,0meacada1,20mdealturasejamcolocados
novos apoios transversais q que eles estejam rigorosamente
alinhados com os da base inferior (figura 8). Figura 8 -
Armazenagem das chapas de gesso empilhadas (LABUTO, 2013) 13 5.3.
Estruturas / Perfis de ao galvanizado As chapas de gesso so
aparafusadas e/ou pregadas em estruturas formadas por guias e
montantes,
estesporsuavezpodemserdemadeira,aogalvanizadosoumistos,quesodeaocomreforos
com placas de madeira, como no caso de fixao de batentes, instalaes
hidrulicas, caixas de luz e objetos com massa superior a 30kg. No
Brasil a grande maioria dessas estruturas formada por perfis em U
(guias) ou em C (montantes) (tabela 3), pois possuem vantagens em
relao s estruturas de madeira, apresentam uma menor variao
geomtrica, entre as peas de mesma finalidade, uma menor
massa,tornandoassimaestruturamaisleve,noumcombustvelparacasosemqueaestrutura
venhaaincendiar-seenosofreataquesdepragascomooscupinsefungosnocasodamadeira,
sendo assim, ser o foco da informao neste tpico de estudo.
Osperfisutilizadossoindustrializadosnacionaisouimportados,soconformadosporum
processocontnuofrioatravsdeumaseqnciaderolos(calandragem)apartirdechapasdeao
revestidas com uma camada de zinco, esse processo de revestimento
chama-se galvanizao. Os perfis formados devem possuir uma espessura
mnima de 0,5mm e o seu revestimento zincado deve seguir a
denominaoZ275eaNBR7008:2003quedirimeparmetrosparaavaliaramassamnimade
revestimentos de 275g / m em ensaio triplo total nas duas faces. No
sistema Drywall as travessas horizontais so as denominadas guias
(superior e inferior) so fixadas na laje superior e no piso, as
quais so responsveis por direcionar as divisrias, enquanto os
montantes fazem o papel de estruturao e travamento da divisria,
mesmo os perfis das guias e os
dosmontantesseremsemelhantesparaumleigo,umaformafcildediferenciarambosque
normalmenteosdemontantepossuemalgumasaberturas,asquaissoparafacilitarasinstalaes
eltricas e hidrulicas. 14 Tabela 3 - Tipos de perfis comumente
utilizados no Brasil (ASSOCIAO BRASILEIRA DE FABRICANTES DE CHAPAS
DE GESSO ACARTONADO, 2013) Os perfis importados com as especificaes
do pas de origem como os dos Estados Unidos da
AmricaeFrana,possuemcertificados,jforamtestadoseensaiadospordiversasvezesemseus
pasesenomundo,dadaalargautilizaodosistemadeDrywallaolongodedcadas,tendosua
qualidade aprovada e intrnseca ao produto, h a necessidade de se
obter maiores e mais consistentes
informaessobreosperfisnacionaisatravstantodaexperinciaprofissional,comolaboratorial.
(Taniguti, 1999). Os perfis nacionais utilizados so em alguns
aspectos como a espessura, inferior aos
importadosegeometriaumpoucodiferente,taisinformaessodesumaimportnciapartindodo
princpioquesetratadeumcomponenteestruturalqueinterferediretamentenocomportamentoe
desempenho da estrutura confeccionada (tabelas 4 e 5). 15 Tabela 4
- Comparao entre os perfis nacionais e importados (TANIGUTI, 1999)
Largura Nominal (mm) Comprimento (mm) Espessura (mm) Camada de
Galvanizao (g/m) Produto Nacional 48, 70, 75 e 90 Guias: 3000
Montantes: 2490, 2790 e 2990 0,5250 Produto Importado 48, 70 e
90-0,6250 Tabela 5 - Diferenas entre tolerncias dimensionais
permitidas para os perfis metlicos segundo a ASTM C645 e BS 7634
(ASTM, 1995b; BSI 1990) e tolerncias brasileiras. (TANIGUTI, 1999)
GUIASMONTANTES ASTM C645 BS 7634 Fabricante Brasileiro ASTM C645 BS
7634 Fabricante Brasileiro Comprimento+25,40mm -6,35mm + 3,00mm
-3,00mm + 5,00mm - 5,00mm +3,18mm -6,35mm + 3,00mm -3,00mm +5,00mm
-5,00mm Largura+ 3,18mm 0,4mm 0,5mm 0,79mm 0,4mm 0,5mm Altura-
0,75mm 0,5mm- 0,4mm 0,5mm ngulo- 4,76mm 1 1 1,59mm 1 1 5.3.1.
Transporte e armazenamento
Osperfismetlicosdevemsertransportadosmanualmente,verticalmenteedamesmaforma
que acondicionado em fbrica, evitar balanos e colises que possam
causar deformaes ou tores
nosperfis,devemserdepositadosemumlocalplano,semcontatocomargamassas,cimentos,cale
demais produtos que possam reagir com o ao galvanizado, devem ser
separados guias de montantes,
etamanhos,colocadosnaposiohorizontalesempreperfismenoresapoiadossobreosperfis
16 maiores (figuras 9 e 10), tomando cuidado sempre para evitar uma
sobrecarga sobre os perfis e assim um amassamento. Figura 9 -
Empilhamento de perfis estruturais (TUPARLON PERFIS TUBULARES,
2013) Figura 10 - Ilustrao de armazenagem correta, item (a) e
incorreta, item (b) (KANAUF, 2013). 5.4. Materiais de tratamentos
de juntas entre placas O tratamento de juntas entre as placas de
Drywall uma das etapas maisimportantes do sistema
formado,asuaconcepoinfluidiretamentenaqualidadefinaldoacabamentoenocustofinalda
estrutura.Podemosclassificarotratamentoemtrsnveis:(A,BeC),nveisAeBrecomendados
pelaKNAUFeonvelComnimorecomendadopelaAssociaoBrasileiradeFabricantesde
Chapas de Gesso Acartonado e pela Associao Brasileira de Normas
Tcnicas (ABNT), que garanta resistncia mecnica, proteo ao fogo e
termoacstica (figura 11). 17 Nvel A Acabamento de qualidade
superior: as juntas devem ser tratadas normalmente incluindo o
lixamento, alm da preparao da superfcie com produtos que garantam
maior planicidade. Este nvel de acabamento proporciona superfcies
com excelente desempenho mesmo com incidncia de luz rasante
(natural ou artificial). Utilizao - Vedaes em ambientes com
necessidade de alta qualidade no acabamento. Nvel B Acabamento
tecnicamente correto: as juntas devem ser tratadas normalmente
incluindo o lixamento. Este nvel de acabamento proporciona
superfcies de boa planicidade, atendendo a exigncias tteis e
visuais. Utilizao - Vedaes em ambientes de uso comum. Nvel C
Acabamentotecnicamentenecessrio:Acabamentotecnicamentenecessrio:asjuntaseos
parafusos devem ser tratados com fita e massa de rejunte sem
necessidade de lixamento. Este nvel de
acabamentoatendesexignciasmnimasderesistnciasmecnicas,proteoaofogoeisolamento
termoacstico. Utilizao - Vedaes que recebero revestimentos cermicos
ou outros materiais de grande espessura
(absorventeacsticos,mrmores,granito,madeiras,etc.),ouaindaemvedaessemmaiores
necessidades de acabamento (depsitos, reas tcnicas, etc.). 18
Figura 11 - Tratamento de juntas recomendados pela Associao
Brasileira de fabricantes de chapas de gesso acartonado.
(http://www.knauf.com.br/?id=248, 2013)
Quandonohouverbordarebaixada(BR)hanecessidadederealizarumajuntadetopono
encontrodaschapasemambososlados(superioreinferior)enocortelateral,essajuntased
realizando o biselamento afim de eliminar quaisquer tipos de
materiais soltos, desde pedaos de papel
acartoegesso.Valelembrarqueapsorecobrimentodasfitascommassa,deve-seaplicaruma
demo de massa de cada lado do eixo da fita com cerca de 30 cm de
largura e que essa demo termine
niveladacomachapaparanodardiferenadenvelequeascabeasdosparafusosdevemser
19
tratadascomamesmamassadotratamentodejuntascomduascamadascruzadasemduasdemos,
sendo que a segunda s poder ser aplicada aps a secagem da primeira
camada. Figura 12 - Tratamento de cabeas dos parafusos.
(http://www.knauf.com.br/?id=248, 2013) 5.4.1. Tipos de Massas e
fitas Massa de rejunte em p rpida: curto tempo de secagem entre
demos, utilizada para tratamento de juntas; Massa de rejunte em p
lenta: longo tempo de secagem entre demos, utilizada para
tratamento de juntas; Massa de rejunte pronta para uso: j vem
preparada, basta misturar mecanicamente; Massa de colagem:
utilizada para colagem das placas em estruturas de alvenaria ou
concreto.
Fitadepapel:aplicadaapsaprimeiracamadademassa,paraevitarefacilitaraextrusode
eventuais formaes de bolhas de ar;
Fitaparareforodecanto:produzidaempapelmicroporosocominsertometlicoinoxidvel
prximo a faixa central, utilizada para proteo contra quebras dos
cantos das paredes de drywall. Fita para isolamento acstico:
utilizada para prover o isolamento entre o permetro e a estrutura.
20 Figura 13 Massas para tratamento de juntas. (ASSOCIAO BRASILEIRA
DODRYWALL, 2013) Figura 14 Fitas para tratamento de juntas. (KNAUF,
2010) 21 5.4.2. Transporte e armazenamento A estocagem dos sacos de
massa deve ser feita em pilhas de at vinte sacos intercalados, sob
estrados acima do cho, em local seco e arejado, os baldes de massa
pronta devem ser empilhados de trs em trs em local seco e arejado,
o transporte dos sacos e baldes podem ser realizado manualmente
ouatravsdecarrinhos,verificarnorecebimentoaindaadatadevalidadedomaterial,umavezque
segundoosfabricantes,adatadevalidadede180diasapsadatadefabricao,eseorecipiente
encontra-se inviolvel.
Figura 15 - Armazenamento dos baldes de massa, correto item (a),
incorreta item (b). (KNAUF, 2009) 5.5. Elementos construtivos de
fixao e acessrios A fixao das chapas de gesso pode ser realizadacom
pregos ou parafusos, vai depender do tipo de estrutura de suporte a
qual ela ser fixada, se for a perfis de madeira, podem ser
utilizados pregos ou parafusos, caso seja em perfis metlicos (como
a maioria das estruturas no Brasil), dever ser feita
comparafusos.Noquedizrespeitomontagemdaestruturadeperfismetlicosqueporseramais
utilizadaseraabordadanestetpico,elapodeserrealizadacomrebitesmetlicose/ouparafusos,
vale ressaltar que todos os acessrios sejam construtivos ou no
(tabela 7), metlicos, devem possuir uma resistncia corroso vermelha
de no mnimo 48h na cmara Salt-Spray em teste de laboratrio,
paraobteressaresistnciacorrosoelesdevemreceberumtratamentocomzincopadroZ275,
seguindo ainda a mesma norma dos perfis metlicos (NBR 7008:2003) ou
possuir um tratamento por
meiodefosfatizaooucamadadecdmio,porm,otratamentoantioxidanteutilizadonodeve
prejudicaraadernciadomaterialdetratamentodasjuntasedevemterumaductilidadesuficiente
22
parasofrerumadeformaopordobradeat15graussemquesofraqualquertipodefraturaou
fadiga. (KNAUF, 2009) O tipo de cabea do parafuso define em que
tipo de material ele pode ser utilizado, bem como
apontadomesmodefinequetipodechapaelepodeperfurar,dessaformaficafcilidentificare
escolher o parafuso que atenda s necessidades construtivas de cada
situao. O parafuso escolhido escolhido de acordo com a quantidade
de placas a serem perfuradas e pelas suas espessuras, ele deve
ultrapassar todas as chapas a serem fixadas e ainda ultrapassar o
perfil metlico em no mnimo 10 mm (tabela 6). Tabela 6 - Tipos de
Parafusos. (Manual de Instalao Sistemas Knauf Drywall, 2013) 23
Tabela 7 - Acessrios comumente utilizados nas estruturas de perfis
metlicos (ASSOCIAO BRASILEIRA DE FABRICANTES DE CHAPAS DE GESSO
ACARTONADO, 2013) 5.6. Materiais termo-acsticos
Osmateriaistermo-acsticossocompostosporlmineral,encontradosemfeltrosoupainise
disponveis em l de vidro ou l de rocha basltica (figura 16) so
instaladas entre as chapas de gesso
deumaparedeeaumentamsensivelmenteodesempenhodeumfechamento(tabela8),trabalhando
em conjunto com a estrutura absorvendo uma maior parcela do som
emitido no ambiente e mantendo com maior uniformidade a temperatura
do mesmo, fornecendo assim uma sensao maior de conforto para o
usurio.
Aescolhadeumdestesmateriaisparautilizaonomuitofcil,umavezqueosfabricantes
nacionaisnofornecemdadosconsistentesquepossambalizaraescolha,noentantoverifica-seum
desempenho prticomuitoprximoum do outro com pequenas
variaes,segundo aIsover (SAINT
GOBAIN,1996)emumcomparativorealizadoentreambasaslsminerais,concluiu-sequealde
vidro sobressaiu ante a l de rocha no quesito resilincia (recupera
a espessura original, aps a retirada
daforaquecausouadeformao),obteveumdesempenhoinferiornaresistnciaaofogo(alde
rochaconsideradaincombustvelenquantoaldevidrono)enaresistnciagua(repelente
guanaformalquidadevidoaosaditivosadicionados)etrmica(apresentambaixacondutividade
24
trmica),ambospossuemcaractersticasdeabsorvedoresacsticoscomdesempenhossemelhantes
obteve desempenho similar, normalmente no Brasil a escolha se d
principalmente pelo custo de cada uma, implantando-se a mais vivel
economicamente. Tabela 8 - Desempenho termo-acstico das paredes de
Drywall com gesso acartonado (ASSOCIAO BRASILEIRA DOS FABRICANTES
DE CHAPAS PARA DRYWALL, 2013) 25 Tabela 9 - Comparativo de
desempenho acstico entre alvenaria e Drywall com placa de gesso
acartonado (Manual de desempenho acstico em sistemas Drywall
Associao Brasileira do Drywall, 2011.) Figura 16 - L de vidro e l
de rocha utilizado na estrutura de Drywall para aumento do conforto
termo-acstico. (Revista Equipe de Obra n 43 Editora Pini, 2012) 26
Figura 17 - Exemplos de configuraes de paredes drywall com
materiais termo-acsticos. (Associao brasileira de fabricantes de
chapas de gesso acartonado, 2010) Figura 18 - Paredes em drywall
com material em l de vidro como isolantestermo acsticos. (LABUTO,
2013) 27 5.7. Acessrios para fixao de cargas suspensas
desumaimportnciaqueascargasaseremcolocadasnasparedesdegessoacartonado,tais
como:televiso,aparelhodesom,luminrias,quadros,moblia,louassanitrias,extintores,dentre
outros,sejamprevistasemprojetoealocadasconformeanecessidade,paraqueaoexecutara
estruturadaparede,sefaamosreforosqueforemnecessriosparaevitarproblemasfuturosde
retrabalhoouinconformidadedamesmaapresentandofissuras,trincaseatmesmosernecessriaa
substituio das chapas. No projeto do estudo de cargas suspensas,
dever ser previsto onde so necessrios reforos, quais tipos de
buchas e parafusos devem ser utilizados (tabela 10), bem como a
posio de execuo (figura 19). Osmateriais utilizados podem ser
plsticosou metlicos, assimcomo os parafusoseacessrios utilizados na
confeco da estrutura, todos os metlicos devem receber tratamento
anticorrosivo para que no oxidem ao longo dos anos e comprometam o
bom funcionamento da estrutura. Tabela 10 - Fixao de cargas em
paredes (KNAUF, 2009) 28 Figura 19 - Paredes em drywall com reforo
estrutural para receber armrios / pias e louas sanitrias.
(MITIDIERI, 2013) 29 5.8. Equipamentos e ferramentas
OsistemadeDrywallcomchapasdegessoacartonadoextremamenteprecisoquantosuas
dimenseseaplicao,esensvelmanipulao,portantotorna-seessencialdisponibilidadede
ferramentaseequipamentosespeciaisquepermitameviabilizamamanipulaodestematerial
atendendo as condies impostas de projeto e executivas (tabela 11).
Asferramentaseequipamentossonecessrioseutilizadosemtodasasetapasdeconfecodo
fechamento,nocontrolegeomtrico,transporte,locao,cortedosmateriais,elevaodaschapas,
fixao e tratamento de juntas. Tabela 11 - Equipamentos e
ferramentas utilizados (ASSOCIAO BRASILEIRA DE FABRICANTES DE
CHAPAS DE GESSO ACARTONADO, 2013) 30 ` 6.Processo Construtivo
Ocuidadocomamontagemcorreta,atendendoeseguindopassoapassoarecomendaodos
fabricanteseasnormaspertinentes,fundamentalparaumaestruturacomcomportamento
satisfatrio quando em solicitao e/ou utilizao, bem como a
durabilidade.
Primeiramentedeve-severificaretomarocuidadoparaquetodasasetapasdaobraondesejam
executados os fechamentos de gesso acartonado que envolvam a
utilizao de gua ou possa vir a ter a
presenadeumidade,comomateriaisutilizadosaindanocuradosouexpostoschuva,jtenham
sidofinalizadoseisolados.Deve-seaindacertificar-sequeasinstalaeshidro-sanitrias,eltricas,
telefonia,tvecabeamentoestruturadoestejamdefinidosecorretamenteposicionadoscasoestejam
presentes nos projetos de instalaes, para evitar erros de montagem
e gastos com retrabalho. 31 O processo construtivo bsico do
fechamento com chapas de gesso acartonado est subdividido em sete
etapas as quais so elas: 1.Locao das guias; 2.Fixao das guias;
3.Locao dos montantes; 4.Colocao dos montantes; 5.Fixao das placas
de gesso; 6.Tratamento das juntas; 7.Acabamento final. As etapas
acima descrevem um processo bsico de montagem de um fechamento,
porm pode ser
necessriaumadivisriamaiselaborada,ondesetemquepreverainstalaodeumaporta,
instalaeseltricas,telefnicas,hidro-sanitrias,cabeamentoestruturado,arcondicionado,moblia,
etc.
Aconfecodessaestruturatorna-semaiscomplexa,onerosa,cuidadosaedemandaummaior
tempo de execuo, assim como compatibilidade dos projetos e
profissionais envolvidos. Um projeto mais elaborado contendo
algumas instalaes das citadas segue as seguintes etapas: 1.Locao
das guias; 2.Fixao das guias; 3.Locao dos montantes; 4.Fixao dos
montantes; 5.Locao das placas de suporte de carga definidas em
projeto (reforo); 6.Fixao das placas de suporte de carga definidas
em projeto; 7.Fixao das chapas de gesso em um lado da estrutura;
8.Colocao e fixao das instalaes eltricas e hidro-sanitrias;
9.Instalao da l mineral; 10. Corte das chapas de vo de porta; 11.
Instalao das caixas de luz; 12. Tratamento de juntas; 13.
Acabamento final. 32 6.1. Locao e instalao das guias
Umaboalocaoecuidadosainstalaodasguiassovitaisparanoseincorreremerrosna
montagem da estrutura (figura 20), as guias so os componentes
responsveis pelo direcionamento da
estruturaaserexecutada,qualquertipodeerronasualocaopodeprejudicaracomposiodo
espaopreterido,asinstalaeseltricasehidro-sanitrias,emalgunscasosdeformaincorrigvel,
umavezqueaestruturanoaceitacamadasdeargamassapararegularizaoe/oucorreode
esquadros,prumosecortesparaqueasinstalaessejamembutidas,comoocorrenaestruturade
alvenaria. A locao dasguias deve ser feita tantono piso como nalaje
do teto, aps a marcao da
posiodasguias(figura21),deve-seefetuarocortedasmesmasdeacordocomanecessidade,
colocara fita para isolamento acstico,emseguidaproceder com a sua
fixao, a qualsed atravs
deparafusoscombuchasoucompistoladeplvoraparafixaocompinosdeao,oespaamento
que deve ser deixado entre as guias subseqentes de 60 cm, sendo que
nos vos de portas deve haver um pino em cada extremidade (KNAUF,
2010). Figura 20 - Locao do posicionamento das paredes. (KNAUF,
2009)
Figura 21 - Marcao do posicionamento das guias atravs de cordo
ou fio traante. (KNAUF, 2009) 33 6.2. Locao e instalao dos
montantes Os montantes so os perfis verticais instalados no
interior das guias (figura 22), devem passar pelo mesmo processo de
preparao das guias, possuir a altura do p direito do local de
montagem menos 10 mm para que se consiga a insero dos mesmos no
interior das guias, efetuar o corte das mesmas
deacordocomanecessidade,colocarafitaparaisolamentoacsticonosmontantesperimetrais,em
seguidaprocedercomasuafixaonasguiasdopisoedotetoemseguidatravandocomo
puncionador,deve-secolocarummontanteemumintervalonosuperiora40x60cm.A
quantificaodosmontantesaseremutilizadosdependerdopdireito,larguradoperfilmetlicoe
espessuratotaldadivisria.Casosejanecessriaumaestruturacomlarguraacimade0,90mm,ou
seja,acimadaslargurasdasguiasemontantesdisponveisnomercadonacional,equenosejam
produzidas peas especficas para atender tal necessidade, deve-se
conceber estruturas duplas, que so
capazesdeproporcionarumagrandevariaodeespessuras,casohajatalnecessidade,deve-se
respeitar o espaamento mximo entre montantes de 0,40 m. Figura 22 -
Colocao dos montantes nas guias (KNAUF, 2009) Figura 23 - Fixao dos
montantes nas guias (KNAUF, 2009) 34 6.3. Colocao das chapas de
gesso na estrutura de Drywall
Aschapasdegessoacartonadoapsdevidamentedimensionadas,devemsercortadasentre8,00
mm e 10,0 mm menores que o p direito (Figura 24) onde sero
instaladas e no devem tocar o piso, a fim de evitar que absorvam
umidade do piso, e este espao vazio deve ser preenchido com
mastique
quetrata-sedeumselanteflexveldepoliuretano,emseguidadevemserfixadasnosperfisda
estruturacom os parafusos queatendamas necessidades
conformecitadono tpico 2.4, utilizando a
parafusadeiraprpriaaqualnopermitequeacabeadoparafusoultrapasseocartoquerevesteo
gesso, os parafusos devem ter um comprimento tal que ultrapassem a
quantidade de chapas de gesso e
operfilcomumasobrade10mm(KNAUF,2009;PLACODOBRASIL,2009).Emestruturas
compostas por uma placa, os parafusos devem ser colocados a uma
distncia de 10 mm da borda e a
espaados250mmumdooutro,enocasodeestruturasformadasporduaschapas(estruturade
chapasduplas)aprimeirachapadeveserfixadacomparafusosdotipoTA25acada500mmea
segunda placa com parafusos tipo TA 35 a cada 250 mm (KNAUF, 2009).
de suma importncia que a colocao das chapas seja paginada no
projeto para verificar qual a
melhorposiodecolocao,verticalouhorizontal,essecuidadoprviotemcomointuitoverificar
qual forma permitir que se tenha uma estrutura com um menor nmero
de juntas, tendo em vista que uma junta o maior ponto de
fragilidade da estrutura. Achapa do lado oposto da parede fechando
a
estruturasdevesercolocadaquandotodasasinstalaeseltricasehidro-sanitriasestiverem
prontas,bemcomoacolocaodelmineralparaaumentaracapacidadedeisolamentotermo-acstica
da parede. Figura 24 - elevao de 10 mm em relao ao piso para evitar
que as placas recebam umidade. (LABUTO, 2010) 35 Figura 25 -
Fechamento de um dos lados da parede de Drywall. (KNAUF, 2009)
6.4. Colocao das instalaes eltricas e hidro-sanitrias
Asinstalaeseltricasehidro-sanitriasdevemsercolocadasnaestruturadaparedeapso
fechamento da primeira face da mesma com as chapas de gesso
acartonado (figura 26), elas devem ter sido dispostas na laje de
forma que as mangueiras estejam na chumbadas na laje na posio
correta de
projetoparaquecoincidamperfeitamentecomasguiasdaparedeeaquantidadedemangueirase
tubos que entrem na estrutura no prejudiquem o desempenho ou fixao
das guias do piso e da laje
superior.Parapeascommassasuspensaat10kg,pode-sefixardiretamentenachapadegesso,
entre 10 e 18 kg recomendado fixar aos perfis, e acima desse valor
deve-se aplicar um reforo ou at
mesmodistribuiracarga,umavezqueadistnciamximaentreosmontantesde60cmeacarga
suportada por cada um corresponde a 18 kg, sendo assim ao se
precisar suspender um painel ou objeto
com54kge1,80mdecomprimento,deve-sedistribuiracargaentretrsmontantes
(PLACOCENTERRIODEJANEIRO,2009),portanto,casosejanecessriodeve-secolocarum
reforoestruturalcomotravessasdeaogalvanizadoe/oudemadeiratratada(imuneainsetos,e
agentes biolgicos de deteriorao como fungos).
Paraasinstalaeseltricas,podem-seutilizardoistiposdeopesemcaixasaserfixada,a
convencionalutilizadanaconstruocivilatualmenteeaespecficaparaasestruturasdegesso
acartonado(Figura27),aconvencionalpodeserfixadadiretamentesobreosmontantesatravsde
parafusosespecficosourebites,pormafixaosedlateralmenteoquenormalmenteimpede
algunspontosdeentradadetubulao,reduzindooaproveitamentodainstalao(figura28),ouem
36 suportes fixados entre os montantes, enquanto a especfica
instalada diretamente sobre as chapas de gesso (figura 26) e o
aproveitamento completo, o acabamento superior assim como sua fixao
e
suportecomastravasespecficas,adesvantagemdasuautilizaotrata-sedadificuldadena
aquisio, uma vez que o produto importado e pode atrasar na entrega
e seu custo elevado devido a
suaespecificidade,oquefazcomqueboapartedosconstrutoresopteporutilizaraconvencional
adaptada. Figura 26 - Instalao de caixa de luz especficas no
sistema Drywall com placas de gesso
acartonado(http://www.suzuki.arq.br/unidadeweb/sistemas2/aula7/aula7.htm)
Figura 27 - Modelos de caixa de instalao eltrica em chapas de gesso
acartonado. (ASTRA, 2010) 37 Figura 28 - Instalao de caixa de luz
convencionais no sistema Drywall com placas de gesso acartonado.
(TANIGUTI, 1999)
Apassagemdatubulaoeltricasimplriadevidoflexibilidadedotuboconduteea
previsibilidadedesuapassagematravsdosmontantesumavezqueosmesmosjvmperfurados
para a passagem dos tubos, o maior problema est nos orifcios de
passagem dos tubos que podem ser
afiadososuficienteparadeterioraratubulao,comissodeve-secolocaropassadorplsticono
orifcio de passagem para a proteo e fixao do mesmo, o que aumenta
muito a vida til do sistema (figura 30). Figura 29 - Passador de
tubulao em paredes de gesso acartonado (ASTRA, 2010) 38 Os cuidados
comasinstalaes hidro sanitriasassemelham-seaos daeltrica (figura
30), as tubulaes devem estar bem planejadas para que as guias sejam
instaladas logo acima de onde ficaro
astubulaesparaqueasmesmasentremdeformacorretanaestrutura,bemcomoaespessuradas
paredes tambm devem atender as especificao das instalaes e mantas
que abrigar, para que no haja incompatibilidade entre aespessura da
parede e o dimetro das tubulaes de forma que no d
paraaplicaroisolamentotermoacsticoeassimeliminarosrudosprovenientesdastubulaes
quandoemservio.Acapacidadedeumaparededegessoacartonadoabrigarobjetossuspensosou
apoiados a mesma de at 30 kg distribudos sem que seja necessrio um
reforo estrutural, caso seja
umobjetoabaixodessamassa,mascomdimenseselevadas,devem-seutilizarmaispontosde
fixao respeitando o espaamento mnimo de 40 cm entre furos para
todos os casos. Nas instalaes hidro sanitrias os montantes devem
ser encaixados nas guias dois a dois, respeitando o espaamento
de0,60mou0,40mdeacordocomasolicitaorequeridanaestruturacomosacessriosepeas
instalados, consegue-seobter umagrande estrutura ainda,pois ela
todasolidarizadacom placasde 30 cm de comprimento pela largura
necessria, parafusada com no mnimo seis parafusos e espaadas no
mximo de 1,0 m de eixo a
eixo.Utilizandosuportesespeciaisreforadosparaestetipodeestrutura(figura31),setema
liberdade de fixar tanto bacias, caixas acopladas e objetos de
maior massa, e o desempenho da parede no tocante ao conforto
acstico podem melhorar substancialmente se as tubulaes e objetos
internos
foremenvolvidoscomlmineral,assimcomosetodoointeriordaparedeforpreenchidocomo
mesmo material.(Placo do Brasil, 2009) Figura 30 - Passagem de
tubulao PEX no montante com passador para proteger a tubulao contra
desgastes da parede e possveis cortes.
(http://www.dbgraus.com.br/dB_arquivos_html/pex.htm, 2013) 39
(a)(b)(c) Figura 31 - Exemplos de parede com suporte de madeira
(a), especial de perfis (b) e bancada com instalaes sanitrias (c).
(Sistemas Plascostil Manual de Especificao e Instalao, 2013) 6.5.
Colocao da l mineral A fixao da l mineral (figuras 32 e 33) se d
quando o fechamento de apenas um lado da parede foi executado e as
instalaes internas estiverem prontas, ela deve ter a mesma
espessura dos perfis ou
poucomaisespessaparaqueoseudesempenhonosejacomprometido,casoamantapossuauma
espessura menor que a dos perfis deve-se utilizar massa base de
gesso para fix-la estrutura ou at mesmo gancho. Figura 32 - Colocao
de l mineral dentro da estrutura de gesso acartonado para reduo de
rudos e melhor eficincia na manuteno da temperatura entre os
ambientes (KNAUF, 2009) 40 Figura 33 - Colocao de l mineral dentro
da estrutura de gesso acartonado para reduo de rudos e melhor
eficincia na manuteno da temperatura entre os ambientes (LABUTO,
2013) 6.6. Vo de portas, fechamentos da estrutura e tratamento de
juntas.
Nasaberturasdeixadasparaosvosdeportas,osperfismetlicosdevemserreforadosnos
vrtices em 20 cm (figura 37) e as chapas devem ser colocadas
normalmente e inteiras, ultrapassando
ovoparasomentedepoisseremcortadas(figuras34e35),visandonodeixarcomqueasjuntas
sejam alinhadas na estrutura criando pontos de fragilidade. Figura
34 - Corte da chapa no vo de porta. (KNAUF, 2009) 41 Figura 35 -
Corte da chapa no vo de porta. (LABUTO, 2013) Figura 36 -
Nivelamento entre janela e porta de gesso acartonado em estruturas
de Drywall no Condomnio do residencial Antoni Gaudi em Belo
Horizonte - MG (LABUTO, 2007) 42 Figura 37 - Vista do reforo dos
vrtices da porta com trespasse de 20cm (MITIDIERI, 2012). Aps todos
os procedimentos anteriores encerrados, procede-se com o fechamento
da estrutura com as chapas de gesso do lado posterior ao que j
estava fechado, com os mesmos cuidados descritos
noitem6.3,finalizandoacomposiodaestruturaeliberando-aparaotratamentodejuntase
acabamento.
Concludoofechamentodeve-serealizarotratamentodejuntasqueconsisteemaplicarcom
umadesempenadeirauma primeira camada demassa (Figura 38a) para
preencher o espao existente
entreambas,emseguidacolocarafitadepapelmicroperfuradopressionando-acomumaesptula
para uma melhor aderncia (figura 38b) a finalizao se d com a
aplicao de uma nova camada de massa por cima da fita de papel micro
perfurada protegendo-a e reforando o tratamento (figura 38c)
alargando ainda a camada de massa por 30cm alm do eixo da junta.
Vale lembrar que as cabeas dos
parafusosaplicadasnaestruturaepossveisimperfeiesdevemreceberotratamentocommassa
assim como as juntas. Na poro inferior das chapas (p) onde se
deixou um espao com cerca de 10 mm deve-se
preench-locomselantedepoliuretanoflexvel(Mastique)oqualsecomportabempresenadaumidade,
conferindo estabilidade placa e estanqueidade no ponto aplicado.
43
Figura 38 - Aplicaes da primeira camada de massa na junta
vertical (figura a), fita de papel micro perfurada (figura b) e
ltima camada de massa por cima da fita de papel (Figura c) (KNAUF,
2009) 6.7. Impermeabilizao Nas reas molhadas utilizam-se as chapas
RU (resistentes umidade), no entanto elas devem ser
impermeabilizadasparaquetenhamumdesempenhosatisfatrioquandoemservionotocante
durabilidade e resistncia. Para prover uma impermeabilizao adequada
se deve imprimir ao sistema uma pelcula base de emulso acrlica no
estirenada ou de borracha sinttica (figuras 39 e 40). Figura 39 -
Aplicaes do sistema impermeabilizante em placas contidas em reas
midas (MITIDIERI, 2012). 44 Figura 40 - Aplicaes do sistema
impermeabilizante em placas contidas em reas midas
(MITIDIERI,2012). 6.8. Acabamentos finais A estrutura de Drywall
com gesso acartonado assim como as de tijolos, blocos e concreto
podem receber quaisquer tipos de acabamentos desde todos os tipos
de pinturas, papel de parede, a cermicas
eporcelanatos,noentanto,antesdaaplicaodorevestimento,hanecessidadedeconferiralguns
itens, tais como: - placas esto devidamente fixadas na estrutura; -
juntas foram tratadas corretamente e uniformemente; - massas
aplicadas esto devidamente secas; - corrigir imperfeies nas chapas;
Os dois acabamentos comumente utilizados sobre as placas na
construo civil brasileira so a pintura e a cermica, para a aplicao
de pintura o procedimento a ser seguido realizar o lixamento
dassuperfciesondeforamaplicadasasmassas,utilizandolixasdegrana120e180comauxliode
umtacodemadeiraparaproporcionaruniformidadenoservioexecutado,eliminandosalinciase
rebarbas,emseguidaaplicarumademodeseladoroufundopreparador(baseacrlica)emtoda
superfcie(figura41),apsasecagemcompletapode-seaplicarumafinacamadademassacorrida
paracorrigirpossveisdefeitoseuniformizaracoloraodaschapas,apsasecagem,lixara
45 superfcie novamente e aplicar uma tinta de boa qualidade em
quantas demos forem necessrias at obter uniformidade de colorao na
superfcie, os servios podem ser conferidos com uma incidncia de luz
lateral com um holofote de 500W. (KNAUF, 2009)
Figura 41 - Lixamento das regies das juntas eliminando rebarbas
e salincias (figura a), aplicao de massa corrida (figura b),
lixamento da massa corrida aplicada (figura c) e pintura da
superfcie. (KNAUF, 2009/2013) Para acabamentos com cermicas na
superfcie das paredes, pode-se aplicar argamassa colante ACII ou
ACIII diretamente sobre a superfcie das placas, exceto na base de
placas utilizadas em reas
molhadasquedevemrecebertratamentocomimpermeabilizanteflexvel,eporcimadomesmoa
argamassa colante com a cermica (figura 42), porm, antes da aplicao
do revestimento devem ser
escolhidosossuportesparaaslouassanitriasepias,deixarumpoodevisitaparaoslocaisonde
contmosregistrosetentarsobreporoacabamentodeformaquesejamaisfcilsuaretiradasem
danificar o revestimento em caso de manuteno (figuras 43 e 44).46
Figura 42 - Colocao das cermicas sobre a argamassa aplicada
diretamente na chapa de gesso acartonado (figura a), suportes
metlicos destinados a pias e sanitrios (figura b e c), fixao das
peas sanitrias em suportes (figura d, e, f).(KNAUF, 2013). Figura
43 - Estrutura finalizada em rea molhada com rea de visita para
registros (LABUTO, 2008). 47 Figura 44 - Estrutura finalizada em
rea molhada com visita para registros em PVC (LABUTO, 2013). 6.9.
Fixaes de objetos suspensos A tcnica e/ou material a serem
utilizados para fixao de objetos suspensos, depender da massa
dosmesmos,paraobjetosdeat10kg(figura45a)osobjetospodemserfixadosdiretamentenas
chapasdegesso,utilizandobuchasplsticasoumetlicas,deexpansooubasculantes,paraobjetos
entre10kge18kg(figura45b),podemserfixadossobreosmontantesdasparedes,utilizando-se
buchasmetlicasbasculanteseparaobjetosat30kg(figura45c),deve-seexecutarreforosde
madeira ou metlico que distribua as cargas entre os montantes da
estrutura da parede, respeitando-se em todos os casos o espaamento
mnimo de 0,40 cm entre as buchas fixadas (PLACO DO BRASIL, 2013).
Figura 45 - Parafuso e bucha para cargas de at 10 kg (figura a),
parafuso e bucha para cargas de at 18 kg (Figura b) e parafuso e
bucha para cargas de at 30 kg (PLACO DO BRASIL, 2013). 48 Tabela 12
Elementos de fixao e/ou suporte para cargas suspensas (MITIDIERI,
2012) Segundo outro fabricante a KNAUF, para fixao em uma ou duas
placas de gesso, podem ser
colocadascargasdeat30kgutilizando-seotipodebuchaseparafusoscorretos,acimadissoe
dependendodasdimensesaplica-sereforometlico,demadeiratratadaousuportemetlico
especial, conforme tabelas 10 e 11. (KNAUF, 2013). 49 7.Estudo de
caso
OestudodecasoestabeleceumcomparativoentrealgunsparmetrosdaestruturaDrywallcom
chapasdegessoacartonadoeadealvenariadeblocoscermicosamplamenteutilizadosnamaioria
dos empreendimentos brasileiros. 7.1 Estudo de caso: Fissura em
parede de gesso acartonado em edificao residencial Edifcio:
Condomnio El Greco Cidade: Belo Horizonte Estado: Minas Gerais
Ficha tcnica:rea do terreno: 591,86 m rea construda: 2367,46 m
Tipologia:1torrecom12apartamentosde2e3quartos(65,98me101,63mtipos,201,81me
189,08 m apartamentos com rea privativa, 129,89 m e 204,68 m as
coberturas duplex) Incio: 11/2010 Trmino: 12/2013 Figura 46 Planta
pavimento tipo Apartamentos de 2 e 3 quartos (LABUTO, 2013) O
fechamento da estrutura foi executado seguindo procedimentos
estabelecidos por fabricantes
quedeterminamaslimitaesdosseusprodutoseasnormasbrasileiraspertinentes.Noentanto,na
vistoria final (checklist), verificou-se inconformidade em 1 (um)
quarto de 1 (uma) unidade autnoma 50
dacoluna01ondesituam-seosapartamentosde2(dois)quartos,foiidentificadaumatrincaem
quase toda a extenso vertical de um ponto da parede.
Houvearemoodoacabamentofinaldaparedeeverificadoquesetratavadeumaligao
das placas com pilar de canto e que no tratamento de junta havia
sido realizado com de fita de papel microperfurada e massa de
rejuntamento especfica. Figura 47 Tratamento de juntas Apartamento
de 2 quartos (Coluna 01) (LABUTO, 2013)
Opilaremquestonorecebeumgrandeesforosolicitante,noentantoporserdeperiferia
elesofreaodiretadeinsolaoduranteboapartedodia,fazendocomqueomesmotenhauma
dilataolocalmaisacentuada,sendoassimdeve-semodificaroprocedimentoexecutivo
considerando tratamento de juntas diferenciado para pilares e
vigas, onde se adota encontros de topo
oua90evitandoassimoencontroemessasestruturaseasplacas(figuras48e49),elinhaentre
51 consequentemente a fissurao da junta, fazendo-se necessria nesse
caso, a utilizao da fita de canto
comreforometlicoparaminimizarasmovimentaesedeformaesdaestrutura.(MITIDIERI,
2012) Figura 48 Tratamento de juntas com possibilidade de fissurao
no encontro de pilarese vigas(MITIDIERI, 2012) Figura 49 Tratamento
de juntas indicado para evitar fissurao no encontro de pilares
eVigas (MITIDIERI, 2012)
desumaimportnciaotratamentocorretodasjuntasdaestrutura,amassaprpriaparao
tratamentodejuntasflexvelemenosporosaqueogesso,suportandobemasdeformaese
52
complementandoosistemaafitadepapelmicroperfuradoajudaaeliminarvazios,bolhaseconferir
aindamaiorcapacidadedeabsorodamovimentaoestrutura,proporcionandoaindamais
resistncia fissurao e um perfeito acabamento aps as demos de massa
e lixamento. 8.Vantagens x desvantagens Neste tpico sero apontadas
s vantagens e desvantagens da estrutura de Drywall com placas de
gesso acartonado em relao alvenaria de tijolos cermicos a qual
domina o mercado tradicionalmente, a fim de esclarecer alguma dvida
que possa perdurar ao findar-se este trabalho sobre a escolha da
utilizao de um dos mtodos. Tabela 13 - Vantagens do Drywall com
chapas de gesso acartonado em relao alvenaria de tijolos (ADAPTADO
KNAUF, 2009) DRYWALLALVENARIA Execuo rpida, limpa e sem
desperdciosExecuo demorada, alta gerao de resduos Versatilidade na
instalao devido sua leveza (baixo peso prprio) Parede limitada a
pontos especficos, sem grandes mobilidades (elevado peso prprio)
Montagem precisa, utiliza todos os materiais industrializados
Preciso na montagem depende da qualidade da mo-de-obra Acabamento
perfeito sem muitos cuidadosAcabamento exige um cuidado elevado
Ganho de espao no ambiente em torno de 4%Espao conhecido por ser a
tcnica mais utilizada Desempenho acstico superior com paredes mais
esbeltas Para se obter um desempenho um bom desempenho acstico
deve-se ter paredes muito espessas Reparos na parede e nas
instalaes simples e de fcil acesso Reparos nas paredes, instalaes e
acesos muito difceis e mais onerosos Fundaes e estruturas mais
leves e maior espaamento entre os pilares Por ser de 6 a 7 vezes
mais pesada que a de Drywall, precisa de uma fundao e estruturas
mais robustas 53 Desempenho acstico superior com paredes mais finas
Para obter um desempenho acstico maior que o padro, necessita de
paredes bem mais espessas que o de costume, que gera mais
carregamento e gastos com material Aumento dos custos globais com
um cronograma mais enxuto O aumento dos custos globais est
diretamente ligado quantidade de profissionais executando para
aumentar a velocidade desta etapa, e depende de outros
profissionais que no esto diretamente ligados a ela, um trabalho
mais braal e cansativo, com isso rende menos. Tabela 14 -
Desvantagens do Drywall com chapas de gesso acartonado em relao
alvenaria de tijolos (LABUTO, 2013). DRYWALLALVENARIA Alto custo em
eventuais reformas Para um volume de obra pequeno como reforma,
possui um custo bem inferior Necessidade de identificao prvia do
objeto a ser suspenso na estrutura Fixao simples e direta dos
objetos de utilizao domstica sem necessidade de anlise prvia Em
caso de vazamento na rede hidrulica, o mesmo se propaga de forma
rpida, principalmente em shafts Em caso de vazamento, o mesmo fica
mais fcil de identificar pontualmente e mais localizado Custo
elevado de acessrios e peas e pontos de venda Acessrios e peas
baratos e facilmente encontrados em comrcio de bairroResistncia
umidade, alto ndice de umidade pode gerar patologias nas placas e
necessitar a substituio imediata Boa resistncia a umidade, reparos
pontuais na estrutura, e demora na propagao de patologias
Necessidade de alto nvel organizacional para obter vantagens do
sistema Por seu baixo custo ante a estrutura de Drywall, um nvel
mdio de organizao a torna atraente 54 9.Concluso
Aausnciademaioresinformaesaomercadodeconsumidoreseatmesmoaoconstrutor
geraopreconceitoemrelaoaestetipodeestrutura.Asensaoquegrandepartedomercado
possui que se trata de uma estrutura frgil, com baixo desempenho
acstico e trmico, o que no
verdadecomocomprovaoestudorealizado.Hnecessidadedeinvestir-seemumacampanha
publicitriaforteedemassaquepermitadespertarnoconsumidoracuriosidadeeconhecimento
datecnologiaaplicada,seusbenefcioselimitaes,comisso,tersubterfgiosparaavaliarpor
qual tipo de estrutura optar em sua prxima construo e/ou reforma.
Haindaanecessidadedeserecrutardiversosprofissionaisnomercado,deajudantesparaa
montagem,montadoresetcnicos,aengenheiroseprofissionaisenvolvidoscomavendae
divulgao dos empreendimentos, realizar com eles um treinamento
tcnico e especfico para que eles possam desempenhar um bom trabalho
na execuo das estruturas e fechamentos, e ainda na
entregadamesmaorientarosconsumidoresfinaisquefarousufrutodamesma,dessaforma,
sendobemexecutadaebemutilizadaaolongodasuavidatil,asvantagens,facilidadese
eficincia se tornaro latentes a todos, gerando satisfao em todas as
esferas. No estudo,pode-se verificarque desde a elaborao do
projetoexecuo e utilizao desse
tipodeestrutura,hcuidadosquedevemsertomadosparaqueelasecomportebemedaforma
esperada, possui um desempenho termo-acstico superior de tijolos,
quando projetada junto com a estrutura, permite estruturas mais
econmicas, assim comasfundaes requeridas, por ter uma
massamuitomaislevequandocomparadadetijolos,comissotorna-seumagenteredutordo
custoda obra, seusinsumos possuemum custo mais elevado,
pormavaliando o custoglobal de
todasasetapasefatoresenvolvidos,taiscomo:projetos,mo-de-obra,insumoseretrabalho,
torna-se atraente e vantajosa.
Trata-sedeumprodutocommuitasvantagensemrelaoalvenariadetijolosamplamente
difundida e utilizada no mercado nacional, mas encontra-se
resistncia substituio da alvenaria
detijolospelofatodomercadobrasileiroseraltamenteconservadornotocanteaceitaoe
utilizao de novas tecnologias no mercado imobilirio, principalmente
quando envolve vedaes e estruturas. 55
Certamentemedidaqueotempoforpassando,osprofissionaissendoqualificadosea
divulgaodatecnologiaamplamentedifundida,elatomarcontadeumaboafatiadomercado,
concorrendodiretamenteousuperandoadetijolosconvencionalmenteeconservadoramente
utilizada no Brasil, concorrer no somente por possuir uma implantao
racional e vantagens na
suautilizao,masempreo,ocustoglobal(diretoeindireto)jaltamenteatraente,coma
difuso no mercado, os custos de implantao, peas e servios caem
ainda mais tornando-se uma excelente opo no somente construtiva,
mas como em reformas. 56 10. Referncias Bibliograficas NBR
9396:2007 - Elastmeros em soluo para impermeabilizao - Especificao
NBR 12775:1992 Placas de gesso para forro Determinao das dimenses e
propriedades fsicas Mtodo de ensaio. NBR 13321:2008 Membrana
acrlica para impermeabilizao NBR 14715-1:2010 - Chapas de gesso
para Drywall - Requisitos. NBR 14715-2:2010 - Chapas de gesso para
Drywall Mtodos de ensaio. NBR15217:2009
-PerfisdeaoparasistemaconstrutivoemchapasdegessoparaDrywall
Requisitos e mtodos de ensaio. NBR157581:2009
-SistemasconstrutivosemchapasdegessoparaDrywallProjetose
procedimentos executivos para montagem; Parte 1: Requisitos para
sistemas usados como paredes. NBR157582:2009
-SistemasconstrutivosemchapasdegessoparaDrywallProjetose
procedimentos executivos para montagem; Parte 2: Requisitos para
sistemas usados como forros. NBR157583:2009
-SistemasconstrutivosemchapasdegessoparaDrywallProjetose
procedimentosexecutivosparamontagem;Parte3:
Requisitosparasistemasusadoscomo revestimento. ABRAGESSO. Manual de
montagens de sistemas Drywall. So Paulo: Pini, 2004.
AssociaoBrasileiradefabricantesdechapasparaDrywall(ABRAGESSO).Disponvelem
http://www.drywall.org.br ASTRA. Disponvel em
http://www.astra.com.br 57 CASTRO, J. M.; BARCELLOS, D. J. G.;
PINHEIRO, G. G.; BERTH, A.; FIGUEIREDO, G.W. Drywall: cidade de
Belo Horizonte, s.d. / Trabalho do curso de especializao em
construo civil apresentado Universidade Federal de Minas Gerais.
Disponvel em: www.demc.ufmg.br/dalmo
CELTAGESTODESERVIOS.Disponvelem
http://www.celtagestao.com.br/images/folder_celta.pdf
CENTERPLASTER. Disponvel em http://www.centerplaster.com.br
DBGRAUS. Disponvel em
http://www.dbgraus.com.br/dB_arquivos_html/pex.htm Drywall Sem
Segredos. Revista Arquitetura e Construo. Agosto, 2009. JUNGLES, A.
E. Alternativas para reduo do desperdcio no canteiro de obras.
Disponvel para consulta em
http://www.gestcon.ufsc.br/index.php?option=com_content&view=article&id=15&Itemid=18
KNAUF. Disponvel em http://www.knauf.com.br KNAUF. Sistemas Drywall
Knauf Manual de Instalao, ago, 2009. KNAUF. Sistemas Drywall Knauf
Manual de Instalao, out, 2013. LAFARGE. Disponvel em
http://www.lafarge.com.br Manual de Drywall, Requisitos para
financiamento pela Caixa. Caixa Econmica Federal, 2007. MITIDIERI,
C.: Fechamentos internos. So Paulo, p.24-31, jan/fev 2000.
MITIDIERI, C.: Seminrio Patologias precoces de obra.2012 58 PLACO
DO BRASIL. Manual de Sistemas Placostil Instalao e Especificao,
fev, 2013. Portal Drywall. Disponvel em
http://www.portaldrywall.com.br REIS, R. S., MAIA, A. R., &
MELO, P. S. F., Diagnostico da utilizao de vedaes verticais em
painis de gesso acartonado pela indstria da construo civil no
mercado baiano. Salvador: Universidade Federal da Bahia Escola
Politcnica, 2003. Revista Equipe de Obra. Disponvel em
http://equipedeobra.pini.com.br/construcao-reforma/43/tratamento-acustico-conheca-os-principais-materiais-utilizados-em-forros-243498-1.aspx
RFB SERVICOS ENGESSO. Disponvel em
http://www.rfbengesso.com.br/prd_drywall.htm Sistema Lafarge
Gypsum: paredes pr-fabricadas em chapas de gesso, n.5, dez, 1997.
Sistema Placostil: paredes em chapas de gesso acartonado, n.6, dez,
1998. SUZUKI, R.T. Arquitetura. Disponvel em
http://www.suzuki.arq.br/unidadeweb/sistemas2/aula7/ aula7.htm
TANIGUTI,E.K.Mtodoconstrutivodevedaoverticalinternadechapasdegessoacartonado:
cidade de So Paulo. Guaratinguet, 1999. / Dissertao de mestrado
apresentada Escola Politcnica da Universidade de So Paulo Use
corretamente o gesso acartonado: Estrutura metlica e paredes de
vedao. Tchne-, Julho, 2003