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Paracoccidioides brasiliensis, Histoplasma capsulatum e Coccidioides spp. Prof. Marcia Ribeiro Pinto da Silva MIP/Instituto Biomédico/UFF
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Paracoccidioides Brasiliensis, Histoplasma Capsulatum e Coccidioides Spp Atualizado Maio de 2012

Aug 03, 2015

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Paracoccidioides brasiliensis, Histoplasma capsulatum e

Coccidioides spp.Prof. Marcia Ribeiro Pinto da Silva

MIP/Instituto Biomédico/UFF

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Fungos causadores de micoses sistêmicas apresentam uma série de características em comum

• Distribuição geográfica definida

• Agentes são encontrados no solo e em dejetos de animais

• A principal porta de entrada são as vias aéreas superiores

• Sintomas semelhantes a outras doenças de origem microbiana como a tuberculose.

• Dimorfismo

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PARACOCCIDIOIDOMICOSEPARACOCCIDIOIDOMICOSE

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FORMA DE LEVEDURA FORMA DE MICÉLIO

35-37ººCC 25-27ººCC

Dimorfismo térmico:

Paracoccidioides brasiliensis

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Epidemiologia

• Distribui-se pelas regiões tropicais e subtropicais da América Latina.

• Não foram registrados casos no Chile, Nicarágua, El Salvador, Guiana, Suriname e algunas ilhas do caribe.

ESTIMA-SE QUE APROXIMADAMENTE10 MILHÕES DE PESSOAS FORAMINFECTADAS E QUE MAIS DE 2%PODERÃO DESENVOLVER A DOENÇA(McEwen et al., 1995) – Superestimado.

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Epidemiologia

• Isolado do solo (4 vezes)– Primeira vez ocorreu na

Venezuela a partir de solo de plantação de café.

• Países que apresentam maior incidência da doença têm tradição cafeeira.

• Trato digestivo de alguns animais.• Tatu – suspeita-se que possa

ser um reservatório do fungo na natureza e a sua distribuição geográfica coincide com a da paracoccidioidomicose.

• Detecção molecular de genes relacionados ao P. brasiliensis em órgãos de animais silvestres atropelados nas estradas do interior do Estado de São Paulo:

– Tatu – Cobaia– Porco-espinho– Quati– Furão

Habitat natural ainda permanece desconhecido

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Epidemiologia

• Afeta primariamente o sexo masculino e pessoas com mais de 30 anos.

– Proporção de 15:1 (homem:mulher).– A menor incidência em mulheres parece estar relacionada

a fatores hormonais.

• Indivíduos com atividade econômica ligada a agricultura são mais susceptíveis ao contato com fungo, entretanto tem sido relatado casos de pacientes que viveram toda a vida em região urbana.

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Paracoccidioidomicose

• Contágio: Inalação de conídeos – trato respiratório

• Parasita X Hospedeiro: Diferentes formas clínicas

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Formas Clínicas

• PCM – Infecção: ausência de sintomas e reação positiva à paracoccidioidina – raramente diagnosticada

• PCM – Doença: Aguda (juvenil)- mais severa, evolução rápida, atinge jovens de ambos os sexos

Crônica (adulto) – Duração prolongada, lesões unifocais ou multifocais, prevalência em adultos do sexo masculino

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Paracoccidioidomicose doença

• Aguda ou subaguda (tipo juvenil)– 3 a 5% dos casos.– Rápida disseminação do

fungo.– Acomete indivíduos

jovens (menos de 30 anos)

– Forma mais grave e de pior prognóstico.

• Crônica (tipo adulto)– Unifocal ou multifocal.– Processo inflamatório

menos acentuado– Pode levar meses e anos

para se tornar aparente.– Representa mais de 90%

dos casos.– Mais frequente em

indivíduos masculinos na faixa etária de 29 a 40 anos.

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FORMAS CLÍNICAS

• Formas residuais ou sequelas: Não apresenta doença em atividade

-Enfisema pulmonar e estenose de laringe ou traquéia

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Paracoccidioidomicose doença

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Aguda ou Juvenil (Disseminada)

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Formas clínicas da PCM

Crônica Unifocal

Principais sintomas:

-Febre-Tosse-Emagrecimento-Alteração radiográfica

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Crônica Multifocal

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DIAGNÓSTICO

• Suspeita clinica ?• Exame direto KOH 10%: Material: pus,

escarro, biopsia e secreções• Cultivo• Histopatológico• Sorológico

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-Pus -Escarro -Pele

-Punção

Baseia-se no exame microscópico direto do espécime clínico.Pus, escarro, raspados de lesões, biópsias, etc..

Diagnóstico Laboratorial

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Exame direto

• Material processado com 10% de KOH – Exame direto

Calcoflúor

– Células leveduriformes de 2 a 40 até 60 m, de parede birrefringente, com três ou mais brotamentos, que se ligam à célula mãe por base estreita.

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Exame direto: Pus e escarro (KOH)

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Cultivo-Isolamento: Meio Sabouraud+cloranfenicol ou

Mycosel – 20 a 60 dias a temperatura ambiente (inferior a 29°C)

-Conversão para levedura: 10-20 dias a 370C Meio BHI ou Sabouraud + cloranfenicol

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• Cultura: Sabouraud ou Mycosel a 25ºC.

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Características Macro/Microscópicas a 25o C

• Colônias brancas lisas, produzindo micélio aéreo curto.

• Microscopicamente observa-se hifas septadas, poucos conídios, alguns clamidosporos terminais e intercalados.

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• Cultura: BHI ou Sabouraud + cloranfenicol a 37ºC.

A transformação de micélio para levedura é necessária.

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Características Macro/Microscópicas a 37o C

• Colônias cerebriformes e brilhantes.

• Microscopicamente observa-se células arredondadas, com brotamentos, semelhantes às estruturas verificadas em parasitismo.

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Histopatologia

• Permanece umas das mais importantes ferramentas de diagnóstico na micologia.– Rápida, baixo custo e capaz de identificar o agente

infeccioso.

• Colorações utilizadas– Grocott-Gomori– H&E (Hematoxilina-eosina)

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Histopatológico – Prata

• Grocott-Gomori

– Parede celular marrom para preto com um fundo esverdeado.

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Histopatológico – H&E

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Sorologia

Importante no auxílio ao diagnóstico e no acompanhamento do tratamento clínico

• Imunodifusão dupla

– Auxilia no diagnóstico e no acompanhamento clínico dos pacientes.

– Apresenta quase 100% de especificidade e sensibilidade.

– Casos de falso negativo e falso positivo (H.capsulatum) já foram relatados.

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Sorologia• Reação de fixação de complemento

– Reação de precipitação em gel de agarose• Imunodifusão dupla

– Hemaglutinação passiva– ELISA, Western blot e Dot Blot– Imunofluorescência

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Tratamento

• De acordo com a forma clínica e estado imunológico do paciente são adotados diferentes esquemas terapêuticos.– Sulfonamidas (sulfadiazina / sulfametoxazol-trimetoprim),

anfotericina B, cetoconazol, itraconazol, fluconazol.

• Avaliação clínica micológica e sorológica dos pacientes deve ser feita, periodicamente, por longo prazo.

• Dose de manutenção, por um período aproximado de dois anos, após cura clínica, micológica e sorológica, tem sido preconizada.

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Histoplasmose

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Histoplasmose

• Micose profunda pulmonar• Pode ocorrer disseminação via linfática ou

hematogênica• Preferência pelo sistema retículo-endotelial• Ag. Et.: Histoplasma capsulatum• Fungo termodimórfico

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Histoplasmose

Histoplasma capsulatum var. capsulatum

Histoplasma capsulatum var. duboisii

Histoplasma capsulatum var. farciminosum – histoplasmose equina

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• Doença cosmopolita – Com predomínio nas Américas – vales dos rios Mississipi, Ohio e Missouri nos USA (90% da população positiva para IDR) e na Serra do mar no Brasil –Rio de Janeiro

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Epidemiologia

• Potenciais locais de contatoGalinheirosPombaisPrédios urbanos habitados por morcegos ou pombosPorões e sótãosGrutas e CavernasTúneis e Minas abandonadasÁrvoresOcos de árvoresFolhagem

O fungo cresce em solo rico em fezes de aves e morcegos

• H. capsulatum var. duboisii– Casos são relatados na África e

na Europa

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Contágio

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Atividades com significativo risco de infecção por H. capsulatum

- Geólogos- Arqueólogos- Veterinários- Excursionistas- Escoteiros

- Animais (cão, gato, cavalo, gado)

-População de grandes cidades como São Paulo?

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Dimorfismo:

Fase filamentosa (25ºC) Fase leveduriforme (37ºC)

2 tipos de estruturas de propagação assexuada: Microconídeos e Macroconídeos

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Modo de infecção:• Inalação de propágulos (microconídios)

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Patogenia

fezes de aves e morcegos

inalação dos conídios

infecção primária no pulmão (benigna evolui para a cura)

Parasita intracelular de macrófagos e linfócitos

pneumonia intersticial ou para uma forma progressiva

formas subcutâneas; muco cutâneas;

pulmonar crônica; forma articular

ou ainda, forma disseminada

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Manifestações clínicas:

• Assintomática (acima de 90%);• Pulmonar aguda (5%): sintomatologia gripal;• Pulmonar crônica: sintomatologia de

tuberculose;• Disseminada: rara → AIDS; crianças (até 2

anos);• Cutânea por inoculação primária (rara), ex:

acidentes de laboratório.

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Assintomática

• 90-95% dos casos de histoplasmose

• Não tem sintomas clínicos

• IDR – Histoplasmina positiva

• Alguns casos: focos de calcificação nos

pulmões – Sintomas semelhante a um

processo gripal - Cura espontânea

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Forma pulmonar

• Aguda Sintomas de gripe podem persistir e torna-se

mais graves: tosse, febre alta, perda de peso, eritema

• Crônica Defeito anatômico estrutural que favorece a

instalação do foco inicial da doença - Enfisema

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Forma disseminada

• 1 para cada 50.000 casos de infecção pulmonar

• Mais freqüente em pacientes com AIDS e outras patologia como linfomas e leucemias

• Mortalidade nos imunossupremidos chega a 90%

• Sintomas clínicos: Febre, perda de peso, hepatoesplenomegalia, linfoadenopatia, leucopenia, anemia e lesões cutâneas da pele

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Manifestações clínicas: disseminada:

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Diagnóstico

• Epidemiológico• Clínico• Micológico

– Exame direto– Histopatológico– Cultura

• Sorológico• Pesquisa de antígenos• Teste cutâneo

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Material biológico

• Escarro• Sangue• Medula óssea• Lavado brônquio-alveolar• Líquor• Tecido (pele, parênquima cerebral, osso, fígado,

linfonodos, etc)• Urina

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Exame direto

• Exame direto – esfregaços

• Escarro tratado com KOH: muito difícil de encontrar o fungo

• Material de biopsia: melhor material –Coloração por Giemsa, Wright, Gram

• Fungo visto no interior de macrófagos

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Lavado brônquio-alveolar

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Esfregaço de escarro corado ao Grocott, mostrando os elementos leveduriformes unibrotantes

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Esfregaço de sangue periférico de paciente com histoplasmose disseminada mostrando elementos leveduriformes de H. capsulatum no interior de um monócito.

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Cultura• O isolamento pode ser feito em

ágar Sabouraud + cloranfenicol, Mycosel e ágar infusão de cérebro-coração bovino (BHI)

• De 22 a 28o C crescem cultivos com textura algodonosa, de desenvolvimento lento, com micélio aéreo (6-12 semanans).

• 37o C utilizando-se meios ricos com ágar infuso de cérebro-coração acrescidos ou não de sangue, cresce na forma de levedura, com colônias cremosas, úmidas, brilhante e lisas.

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Micromorfologia

• A análise da cultura na fase filamentosa observa-se hifas delicadas, septadas, macroconídios lisos ou equinulados, microconídios lisos.

• Na fase leveduriforme pode ser observado brotamentamento, o que raramente se observa nos tecidos.

Microcultivo

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Diagnóstico laboratorial:• Histopatologia: HE, PAS, Grocott-Gomori.

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Testes complementares:

-Sorologia: Pesquisa de anticorpos ou antígenosTestes de imunodifusão, ELISA

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Tratamento

• Apenas nos casos mais graves: forma pulmonar + imunossupressão

• Anfotericina B, cetoconazol e itraconazol

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Coccidioidomicose

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Coccidioidomicose

Micose sistêmica (profunda)

A mais infecciosa das micoses

Agente etiológico: dimórfico

Coccidioides immitis

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As duas especies de Coccidioides são morfologicamente identicas mas geneticamente e epidemiologicamente distintas

C. immitis é geograficamente encontrado na região do vale San Joaquin California

C. posadasii é encontrado do sudoeste dos EUA, Mexico e América do Sul.

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Habitat e modo de infecção:

Geofílico, clima semi-árido e desértico. Solo com pH alcalino, alta salinidade.

Homem, cães, gatos, bovinos, equinos, porcos, roedores silvestres

Homens e Cães – caçadores de tatu (Bahia, Piauí e Ceará)

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Epidemiologia

Reservatórios:

•Tocas de alguns roedores e marsupiais

•Sítios arqueológicos

•Regiões desérticas – tempestades de areia

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Ciclo biológico:

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Manifestações clínicas:• Assintomática: 60% dos casos.

• Pulmonar aguda autolimitada: evolui para a cura. Febre, sudorese noturna, dispnéia, anorexia, dor torácica.

• Pulmonar aguda residual (5%): diabéticos, alcoólatras, imunossuprimidos – infecção residual, na forma nodular ou cavitária – evoluem sem sintomatologia ou podem desenvolver formas crônicas e progressivas.

• Disseminada: principalmente na AIDS. (disseminação por via linfática ou hematogênica – (baço, fígado, linfonodo, ossos, pele, medula óssea, meninges, coração, aparelho uro-genital). Mulheres grávidas (progesterona)

• Cutânea por inoculação primária : ferimentos: cactos; endosporos em necrópsias; acidentes de laboratório.

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Manifestações clínicas: disseminada:

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Diagnóstico laboratorial:• Material clínico: escarro, aspirado brônquico; pus de abscesso, líquor,

biópsia, raspado de lesão cutânea.• Exame direto: KOH 10-40% • Histopatologia (PAS, HE, Grocott-Gomori) Esférulas de 10 a 80µm de

diâmetro contendo endosporos de 2 a 5 µm.• Sorológico: Detecção de anticorpos• Teste cutâneo: Coccidioidina (micélio) e Esferulinas (esférulas)

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Esférulas contendo endosporos Escarro KOH - aumento 400x

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Diagnóstico laboratorial:• Cultura: Desaconselhável: MUITO PERIGOSO! Sabouraud, 25ºC 5-10 dias: fase miceliana.

Colônias brancas, textura algodonosa, amarelo-acinzentada (maduras).

Confirmação da cultura: reversão in vivo

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Diagnóstico laboratorial:

• A forma parasitária é difícil de ser obtida in vitro

•Meio adequado para a reversão

•Microaerofilia

•20% de CO2

•40°C

•3-5 dias

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Tratamento:• Formas pulmonares residuais e disseminadas:

Anfotericina B e depois fluconazol ou itraconazol.

• Forma disseminada com comprometimento meningeal: Anfotericina B diretamente no fluido cérebro-espinhal. Itraconazol e fluconazol (no início).

• Na gestação: Anfotericina B.

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Referências bibliográficas:

• Mycology Online: Kaminski’s Digital Image Library. www.mycology.adelaide.edu.au. Acesso em 29/05/2005.

• SIDRIM & MOREIRA. Fundamentos Clínicos e Laboratoriais da Micologia Médica. Guanabara Koogan. 1999.

• SIDRIM & ROCHA. Micologia médica à luz de autores contemporâneos. Guanabara Koogan, 2004.

• Vilela, R. V. R. Data Fungi: Atlas de Micologia em Software. Biosoftware Sistemas Didáticos LTDA. Site: http://www.biosoftware.com.br.