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Para que raio serve a história?

Dec 22, 2014

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Education

Maria Gomes

Questionamento sobre a importância da História
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Sem consciência histórica sobre o nosso passado (e antepassados...) não perceberíamos quem somos.

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Cada indivíduo sente a angústia da procura de uma identidade pessoal, aspecto único e irrepetível da sua liberdade, cada vez mais restringida por comportamentos e normas coletivos.

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Interroga-se, então,

sobre si próprio, na busca das raízes que o justifiquem e o liguem a algum processo integrador:

– Quem sou? De onde venho?

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Sociedades e nações atravessam uma crise de valores.

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Este problema é hoje agravado com o fenómeno de aculturação provocada, quer pela globalização da sociedade, quer pela integração europeia.

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A sociedade atual experimenta o vazio inerente à perda ou enfraquecimento de rituais – dos religiosos aos familiares – que integravam naturalmente o indivíduo na comunidade.

Procissão S. Pedro - Valbom

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Estes rituais funcionavam como uma identidade herdade que era necessário projetar através do tempo.

Procissão Nª Srª de Fátima, R. Dr. Oliveira Salazar, anos 50

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A história pode e deve ter uma importante contribuição para a educação em geral e, em particular, para a educação de uma sociedade democrática permitindo aos jovens: aprenderem acerca da sua herança histórica, bem como da de outras pessoas e nações.

Quintã, final do séc XIX

Quintã, início do séc XX

Quintã, 2011

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O recurso ao estudo do meio funciona como um trabalho capaz de projetar ou sublimar necessidades identitárias, nem sempre consciencializadas a nível racional.

Procissão do Rosário , anos 80, S. Cosme S. Damião

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O estudo dos factos históricos culturais e patrimoniais surge, hoje, como uma estratégia capaz de levar os alunos a desenvolverem atitudes de cidadania observáveis na defesa e preservação do que constitui parte integrante e significativa do percurso temporal da sociedade em que se inserem.

Cinematógrafo, Escola Dramática de Valbom

Casa de lavrador da família Ramos das Neves.S. Miguel

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Estes bens patrimoniais devem ser encarados na sua vertente histórico-cultural, natural, física e biológica, como veículo de desenvolvimento cultural.

S. Pedro da Cova, Rio Ferreira

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Importante será despertar a sensibilidade A A A fruição destes bens permite aumentar a qualidade de vida das populações, pois estes constituem suportes da memória coletiva, quadro de referência e de valores.

Lomba, arquitetura do Rabelo

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Para algumas pessoas a História surge como fonte de identidade individual e pessoal, uma história que explica quem somos, de onde viemos, como família, comunidade, nação ou etnia. Outros ainda podem considerar o passado como uma forma de divertimento ou de preenchimento pessoal. Keith C. Barton

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Segundo José Matoso, recordar o passado coletivo é uma forma de lutar contra a morte, guardar a memória do agir coletivo, é demonstrar que o grupo existe, ou seja, não é um mero agregado de indivíduos mas sim um núcleo coerente capaz de se distinguir dos outros.

Cortejo etenográfico, S. Cosme

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A história habitua-nos a descobrir a relatividade das coisas, das ideias, das crenças e das doutrinas, a detetar situações análogas, a procurar soluções parecidas ou evoluções paralelas.

Leonardo da Vinci, Gioconda, 1503

Marcel Duchamp, A Gioconda com bigode e barba, 1919

Gil Wolman, A terra de Wolman, 1977

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Coloca-nos em situação ideal para interpretar a sociedade de que fazemos parte e ser nela interveniente activo.

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Entre os encarregados

de Educação não se nota

uma elevada consciência

histórica, embora,

concordem que a escola

que ensina o passado

facilita a compreensão

do presente e a

construção do futuro.

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A História é…Uma fonte de aventura que fascina e estimula a minha imaginação.

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um número de exemplos instrutivos que me podem ajudar hoje.

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Outros alunos evidenciam a História como Um meio de entendermos o presente e compreendermos a actualidade.

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Um meio de entender a minha vida como parte de mudanças históricas

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Temos consciência do papel da História, no atual mundo globalizado, como veículo capaz, não de uniformizar, mas de levar a compreender os outros.

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A História faculta, quando

abre os seus horizontes às

dimensões do mundo e da

Humanidade, uma visão

ampla e diversificada da

sociedade.

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O aluno que não gosta (de História) perde uma das possibilidades mais ricas e gratificantes de se entender como pessoa, de compreender a sociedade que é a sua no contexto multifacetado do mundo do seu tempo; de se posicionar com uma atitude crítica, curiosa e interessada face ao devir em que participa; perde alguma coisa essencial, não só à sua formação pessoal, mas também ao prazer de viver compreendendo.

Maria do Céu Roldão, Gostar de História

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Desenhos:• Susana CarromeuFotos:• Maria de Fátima Gomes, coleção particular