A História do Paisagismo no Brasil e no Mundo Prof.: José Carlos Arquitetura e Urbanismo – 5°Período M02 Patrícia Vinhote Fontenelle
A História do Paisagismo
no Brasil e no Mundo
Prof.: José Carlos
Arquitetura e Urbanismo – 5°Período M02
Patrícia Vinhote Fontenelle
ORIGEM DO PAISAGISMO
Desde a pré-história o homem está intimamente ligado a natureza e seus elementos, sendo este fator preponderante para sua sobrevivência.
O Homem Pré-Histórico e a origem do Paisagismo
Hoje, o Paisagismo surge como necessidade fundamental á existência do homem nos centros urbanos, servindo para atenuar problemas da vida moderna e proporcionar equilíbrio ao ecossistema criado, conseqüências advindas de suas interferências que geraram imensas áreas construídas, pavimentadas, industrializadas, etc.
O Paisagismo no centro urbano.
CONCEITO O Paisagismo é a arte de planejar a paisagem,
tentando reproduzir a paisagem natural proporcionando melhoria na qualidade de vida do homem e da sociedade.
Ao longo da história, os jardins passaram por uma complexa evolução até atingirem a concepção atual do espaço verde funcional.
Paisagismo: projeto harmônico.
A HISTÓRIA DO PAISAGISMO NO
MUNDO
UMA VIAGEM PELA HISTÓRIA DOS JARDINS
Antiguidade Pode-se observar que antes
mesmo das primeiras civilizações, existiu o "Jardim do Paraíso", onde Deus colocou Adão e Eva. Em Gênesis I e II, é descrito como um parque "que Deus plantou e onde se cultivavam árvores de todas as espécies, agradáveis para se contemplar e alimentar". Assim, as árvores foram veneradas pela fertilidade, vitalidade e o alimento que representavam.
Representação, Jardim do Paraíso.
MESOPOTÂMIA
Os textos mais antigos sobre jardins datam do terceiro milênio a.C., escritos pelos babilônicos, descrevendo os “jardins sagrados”, onde os bosques eram plantados sobre os Ziggurats.
Assim nasceu os Jardins Suspensos da Babilônia
Exemplo de Ziggurats.
EGITO No Egito quando a prosperidade deu espaço
para as artes da arquitetura e escultura, também o paisagismo acompanhou o desenvolvimento.
Jardins simétricos rigorosamente e afinados com os quatro pontos cardeais.
Jardins Egípcios na Antiguidade.
PÉRSIA Os persas absorveram a cultura egípcia e
acrescentaram flores ornamentais. Os jardins procuravam recriar uma imagem do
universo, constituindo-se de bosques povoados por animais em liberdade, canteiros, canais e elementos monumentais, formando os “jardins-paraísos” que se encontravam próximos aos palácios do rei.
Jardins Persas.
GRÉCIA Os gregos amavam a vida ao ar livre e mesmo
tendo influências egípcias a topografia acidentada fez em seus jardins ambientes assimétricos, mais próximos do que encontramos na natureza.
Desenvolviam-se, inclusive, em recintos fechados, onde eram cultivadas plantas úteis, principalmente maçãs, pêras, figos, romãs, azeitonas, uva e até horta.
Colunas e esculturas faziam uma transação harmoniosa entre ambientes internos e externos.
Jardins Gregos.
CHINA Na China as atividades com
jardinagem datam de 2.000 a.C, onde se encontram paisagens muito antigas de rara beleza e flora riquíssima.
Os parques das casas dos antigos imperadores valorizavam a vegetação existente, sendo a tarefa do jardineiro ordenar o que a natureza oferece.
Acreditava-se que no norte da China havia um lugar para os imortais.
Como o Imperador Wu não conseguiu encontrá-lo, decidiu então criá-lo na fantasia.
Dessa maneira surgiu o jardim “lago-ilha”.
IDADE MÉDIA
Na idade média os jardins deram lugar a igrejas rudes e pesadas.
Tudo precisava ser funcional e alamedas em cruz ditavam a direção da religião dominante.
Pomares em mosteiros e ervas em praças era comum.
O estilo gótico retratava bem os jardins medievais.
Jardim Medieval
MONACAIS Representava uma reação ao luxo da
tradição romana. Era dividido em 4 partes: o pomar, a horta, o jardim de plantas medicinais e o jardim de flores. Existiam áreas gramadas cercadas e arbustos, viveiros de peixes e pássaros, além de local para banho.
Jardim Manocais
MOURISCOS
Com influência árabe, os jardins espanhóis trouxeram um frescor dos “jardins da sensibilidade” do século VI, que se caracterizavam pela água, cor e perfume, com os objetivos de sedução e encantamento.
A cerâmica e o azulejo eram bastante utilizados. Jardim Mouriscos
RENASCIMENTO A primavera dos jardins
veio com o Renascimento, assim como em todas as manifestações artísticas, esta época houve uma renovação do pensamento, principalmente na Itália, França e Inglaterra.
Países que cultivam com naturalidade a cultura da jardinagem.
Jardins Italianos
Jardim Francês
Jardim Inglês
Jardins Holandeses
A HISTÓRIA DO PAISAGISMO NO BRASIL
BRASIL No Brasil, a mais antiga manifestação do paisagismo
ocorreu na primeira metade do século XVII, em Pernambuco, por obra de Maurício de Nassau, durante a invasão holandesa, da qual restou uma grande quantidade de laranjeiras, tangerinas e limoeiros plantados e raros desenhos pouco nítidos de Frans Post.
Vista de Olinda, Frans Post.
A história documentada do paisagismo iniciou-se com a chegada de Dom João VI em 1807, que destinou ao Jardim Botânico a vocação de fomentar espécies vegetais para a produção de carvão, matéria-prima para a fabricação de pólvora.
O paisagismo ganhou forças com os preparativos para o casamento de D. Pedro I com a arquiduquesa da Áustria.
Em 1858, D. Pedro I contratou o engenheiro agrônomo Glaziov que, pela primeira vez, usou árvores floríferas no paisagismo.
Começava o uso de: sibipiruna, pau-ferro, cássias, paineira, jacarandá, suinã, cedro, embaúva, oiti, mirindiba, quaresmeira e ipês
Hoje, no Brasil, percebemos uma grande mistura paisagística, não poderia ser diferente pela quantidade de imigrantes que formam este país.
Passeio Público
Aterro do Flamengo
REFERÊNCIAS PAIVA, P. D. O.; ALVES, S. F. N. S. C.
Paisagismo I: histórico, definições e caracterizações. Lavras: UFLA/FAEPE, 2002. 139 p. (Textos Acadêmicos
* Daniel Camara Barcellos é engenheiro florestal, pós-graduando em Ciência Florestal e em Fontes Alternativas de Energia. http://members.xoom.com/graodeareia
(FARIA, 2005; PAIVA e ALVES, 2002; VILAS BOAS, 1999).
A História do Paisagismo
no Brasil e no Mundo
Prof.: José Carlos
Arquitetura e Urbanismo – 5°Período M02
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