Há 13 anos o Aeroporto Leite Lopes tem habilitação para operar voos de carga em rotas internacionais, mas esbarra nas obras necessárias para ampliar a infraestrutura Não basta ser internacional EVENTO Cobertura da 8ª Semana de Engenharia AGRONOMIA As mudas pré-brotadas de cana-de-açúcar CONTRA A CORRUPÇÃO AEAARP adere à campanha painel
Veículo de divulgação oficial da Associação de Engenharia, Arquitetura e Agronomia de Ribeirão Preto (AEAARP).
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Há 13 anos o Aeroporto Leite Lopes tem habilitação para operarvoos de carga em rotas internacionais, mas esbarra nas obrasnecessárias para ampliar a infraestrutura
Não basta serinternacional EVENTO
Cobertura da8ª Semana de Engenharia
AGRONOMIAAs mudas pré-brotadas de
cana-de-açúcar
CONTRAA CORRUPÇÃOAEAARP adere à campanha
painelAno XVIII nº 248 novembro/ 2015
A E A A R P
Associação de Engenharia, Arquitetura e Agronomia de Ribeirão Preto
O AEROPORTO, DE NOVO
Vivo em Ribeirão Preto há mais de 40 anos. E desde que me mudei para cá, logo depois
de terminar a faculdade, acompanho de perto as discussões acerca do Aeroporto Leite
Lopes. O enredo todos nós conhecemos e talvez nem mesmo a Biruta instalada lá seja
capaz de indicar para que lado os ventos dessa discussão, aparentemente interminável,
sopra desta vez.
Estão superados os debates acerca da mudança do local, sobre a possível criação de um
novo aeroporto e também a internacionalização. O Leite Lopes é um terminal habilitado
para operação internacional há 13 anos e todos os levantamentos técnicos indicam a
permanência e o inves�mento naquele local.
Observem que enquanto os laudos técnicos não são emi�dos e os pareceres não são
concluídos, não há decisão polí�ca que seja capaz de ultrapassar esta barreira. Nesta
edição da revista Painel, voltamos ao tema na reportagem principal, tantas vezes pautas
na AEAARP e nesta publicação.
A matéria descreve as obras que estão programadas para o Leite Lopes e demonstra
que esses inves�mentos não podem estar sujeitos às disputas. Afinal, a técnica deve
sobrepujar a polí�ca. É neste campo, o da técnica, que devem ser tomadas as decisões
de Estado, aquelas que independem de pessoas e ideologias e se perpetuam. Aeroportos
abandonados em todo o mundo – sim, inves�mentos incorretos não acontecem só no
Brasil – são exemplos disso. Quando o interesse polí�co sobrepõe-se à técnica, a chance
de cometer erros aumenta.
Nesta edição também estão relatadas as palestras proferidas na 8ª Semana de En-
genharia, a úl�ma semana técnica promovida pela Associação neste ano de 2015. Há
também a cobertura fotográfica do Almoço dos Agrônomos, um dos eventos sociais mais
tradicionais do nosso calendário. A cada período procuramos criar ambientes como este
dos colegas agrônomos, que proporcionem o diálogo, fortaleçam a amizade e possibilitem
contatos de trabalho.
É assim que mais um encontro social, o Happy Hour, começa a se firmar como tradição
na AEAARP. Todos os meses cerca de 100 pessoas atendem ao nosso convite e se reúnem
com os amigos na sede da AEAARP.
Esta edição da Painel é, portanto, a síntese da missão à qual a Associação de propõe:
fortalecer os debates técnicos que influenciam na qualidade de vida e no desenvolvimento
da cidade, aprimorar os laços de amizade e companheirismo entre os associados e ofe-
recer conhecimento técnico que influencie nas carreiras de estudantes e profissionais.
Eng. civil Carlos AlencastrePresidente
Eng. civilCarlos Alencastre
Editorial
Expediente
Horário de funcionamentoAEAARP CREADas 8h às 12h e das 13h às 17h Das 8h30 às 16h30Fora deste período, o atendimento é restrito à portaria.
ÍndiceESPECIAL 05A culpa é de quem?
TECNOLOGIA 09Programa gratuito para cálculo de estruturas
ENGENHARIA 108ª Semana de Engenharia
CAMPANHA 17AEAARP contra a corrupção
EVENTO 18Orgulho de ser agrônomo
AGRONOMIA 22Melhorando o potencial produtivo da cana
FOCO 24
CREA-SP 25PPRA e PCMAT são privativos dos profissionais do CREA
NOTAS E CURSOS 26
A S S O C I A Ç Ã ODE ENGENHARIAARQUITETURA EAGRONOMIA DERIBEIRÃO PRETO
Eng. civil Arlindo Antonio Sicchieri Filho2º Vice-presidente
DIRETORIA OPERACIONALDiretor Administrativo: eng. agr. Callil João FilhoDiretor Financeiro: eng. agr. Benedito Gléria FilhoDiretor Financeiro Adjunto: eng. civil e seg. do trab. Luis Antonio BagatinDiretor de Promoção da Ética de Exercício Profissional: eng. civil Hirilandes AlvesDiretor Ouvidoria: eng. civil Milton Vieira de Souza Leite
DIRETORIA FUNCIONALDiretor de Esportes e Lazer: eng. civil Rodrigo Fernandes AraújoDiretor de Comunicação e Cultura: eng. agr. Paulo Purrenes PeixotoDiretor Social: arq. e urb. Marta Benedini VecchiDiretor Universitário: arq. e urb. Ruth Cristina Montanheiro Paolino
DIRETORIA TÉCNICAAgronomia, Agrimensura, Alimentos e afins: eng. agr. Jorge Luiz Pereira RosaArquitetura, Urbanismo e afins: arq. Ercília Pamplona Fernandes SantosEngenharia e afins: eng. Naval José Eduardo Ribeiro
CONSELHO DELIBERATIVOPresidente: eng. civil Wilson Luiz Laguna
Conselheiros TitularesEng. agr. Dilson Rodrigues CáceresEng. civil Edgard CuryEng. civil Elpidio Faria JuniorArq. e eng. seg. do trab. Fabiana Freire Grellet Franco do AmaralEng. agr. Geraldo Geraldi JrEng. agr. Gilberto Marques SoaresEng. mec. Giulio Roberto Azevedo PradoEng. elet. Hideo KumasakaEng. civil João Paulo de Souza Campos FigueiredoArq. Luiz Eduardo Siena MedeirosArq. e urb. Maria Teresa Pereira LimaEng. civil Ricardo Aparecido Debiagi
Conselheiros SuplentesEng. agr. Alexandre Garcia TazinaffoArq. e urb. Celso Oliveira dos SantosEng. agr. Denizart BolonheziEng. civil Fernando Brant da Silva CarvalhoArq. e urb. Fernando de Souza FreireEng. agr. Ronaldo Posella Zaccaro
CONSELHEIROS TITULARES DO CREA-SP INDICADOS PELA AEAARPEng. mec. Giulio Roberto Azevedo Prado e eng. civil e seg. do trab. Hirilandes Alves
REVISTA PAINELConselho Editorial: - eng. civil Arlindo Sicchieri, arq. urb. Celso Oliveira dos Santos,eng. mec. Giulio Roberto Azevedo Prado e eng. agr. Paulo Purrenes Peixoto [email protected]
Coordenação Editorial: Texto & Cia Comunicação – Rua Joaquim Antonio Nascimento 39,cj. 13, Jd. Canadá, Ribeirão Preto SP, CEP 14024-180 - www.textocomunicacao.com.brFones: 16 3916.2840 | 3234.1110 - [email protected]
Editora: Daniela Antunes – MTb 25679
Colaboração: Bruna Zanuto – MTb 73044
Publicidade: Departamento de eventos da AEAARP - 16 2102.1719Angela Soares - [email protected]
Tiragem: 3.000 exemplaresLocação e Eventos: Solange Fecuri - 16 2102.1718Editoração eletrônica: Mariana Mendonça NaderImpressão e Fotolito: São Francisco Gráfica e Editora Ltda.Foto da Capa: Bruna Zanuto
Painel não se responsabiliza pelo conteúdo dos artigos assinados. Os mesmos também nãoexpressam, necessariamente, a opinião da revista.
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AEAARP
ESPECIAL
A culpa
Governos federal, estadual e municipal comparPlham aresponsabilidade na execução da ampliação do Aeroporto Leite
Lopes, que exige obras no terminal, na pista e no entorno
Desde 2002, o Aeroporto Leite Lopes
está habilitado para o tráfego interna-
cional de cargas, segundo o Departa-
mento Aeroviário do Estado de São Pau-
lo (DAESP). De acordo com a Prefeitura
Municipal, Ribeirão Preto atrai 7% das
importações do país e as demandas de
pelo menos 250 municípios convergem
para a cidade, o que garan�ria a opera-
ção de um modal aéreo de cargas.
O Leite Lopes foi incluído no Progra-
ma de Aviação Regional, que vai inves-
é de quem?
�r R$ 7,3 bilhões em 270 aeródromos
do Brasil. A Secretaria de Aviação Civil
(SAC), do Governo Federal, não soube
informar quanto será inves�do em Ri-
beirão Preto. Argumenta que os valo-
res serão conhecidos após a conclusão
do anteprojeto, que deveria ter ficado
pronto em 2015 e vai contemplar a am-
pliação e recuperação da pista de pou-
so e decolagem, ampliação do pá�o de
aeronaves para 22 posições, ampliação
do terminal de passageiros e reforma
Fonte: Daesp e SAC
Como é Como será
Pista 1.800 metros operacionais 2.100 metros operacionais
Terminal de passageiros 5.362m² 37.939 m²
Pá�o de aeronaves 10 posições 22 posições
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Revista Painel
Área Incorporada ao Sí�o AeroportuárioDeslocamento da Pista de PousoNovo Limite Síio AeroportuárioAdequação de Viário de Acesso ao AeroportoPassaem Inferior
Como será a passagemna Avenida ThomazAlberto WhatelyGaleria dupla de 400 metros
de comprimento
Duas pistas de 3,6 metros de
extensão
Calçadas para pedestres com
1,2 metros em cada sen�do
da seção contra incêndio.
Segundo o Daesp, o projeto básico
entregue à SAC prevê o deslocamento
em 500 metros da pista de pouso em
direção à Avenida Tomaz Alberto Wha-
tely, com a mesma distância de recuo
em relação ao bairro Quin�no Facci. A
obra obje�va ampliar a área operacio-
nal da pista (hoje ela tem 2.100 metros,
mas são usados apenas 1.800 metros),
deslocando a curva de ruído. O Daesp
considera esta a grande vantagem da
obra por conferir ganhos à operação. O
terminal de passageiros terá dois pavi-
À Prefeitura Municipal cabe a inter-
venção em duas ruas laterais (Rua Ame-
ricana e Rua Pouso Alegre) e a implanta-
ção de uma ciclovia no entorno.
Depois de cumpridas estas etapas, o
local estará apto à operação internacio-
nal de cargas, autorizada há 13 anos.
Isso não significa que sairão do Leite Lo-
pes voos regulares de passageiros para
o exterior. Neste caso, as empresas de-
mentos, pontes de embarque e a área
comercial será ampliada.
Ao Governo do Estado de São Paulo,
cabe a intervenção nas estruturas viá-
rias do entorno, como a implantação de
passagem inferior na Avenida Thomas
Alberto Whately, que será a�ngida pelo
deslocamento da pista, e as desapro-
priações no entorno. Segundo o Daesp,
este projeto foi elaborado pela empresa
Desenvolvimento Rodoviário S/A (Der-
sa) e dará fluidez ao tráfego da avenida,
reduzindo distâncias e tempo de deslo-
camento.
Fonte: Daesp
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AEAARP
PROJETOS ELÉTRICOS EMMÉDIA TENSÃO
CONSTRUÇÃO DE REDE DE DISTRIBUIÇÃO DE ENERGIAELETRICA AEREA
Automação 1.0 e 2.0Na automação residencial 1.0, os sis-
temas principais eram itens de confor-
to. Os custos eram altos restringido o
acesso à tecnologia. Exis�am protocolos
diferentes, gerando alta complexidade
na programação de equipamentos, pois
cada fabricante criava um protocolo par-
o crédito gerado pode ser compensado
em outras unidades consumidoras vin-
culadas ao mesmo Cadastro Nacional
da Pessoa Jurídica (CNPJ) e Cadastro de
Pessoa Física (CPF), em até 36 meses.
“Eu produzo energia fotovoltaica na
minha casa e passei a conta de ener-
gia elétrica dos meus pais para o meu
nome. Agora, o que eu produzo de ex-
cedente é aba�do na conta deles tam-
bém”, comentou o engenheiro.
Mesmo com energia excedente, as
concessionárias con�nuam cobrando
a taxa mínima. “Por isso, quando di-
mensionamos um sistema fotovoltaico,
projetamos uma produção de 90% do
valor médio consumido, pois a taxa mí-
nima sempre vai exis�r”. O engenheiro
explicou que o retorno do inves�mento
pode vir a par�r de três anos. “Isso va-
ria muito em função da tarifa, ou seja,
quanto maior a tarifa de energia, menos
tempo leva para pagar o inves�mento”.
DemandaEm 2013, começou a implantação
dos primeiros sistemas de mini e mi-
cro geração e a procura pela tecnologia
começou a aumentar a par�r de 2014.
“Em 2014, ano de eleição, ainda havia
muita dúvida quanto a redução da tarifa
de energia”. Com o aumento da energia
elétrica, a par�r de 2015, a procura pela
instalação do sistema aumentou expo-
nencialmente. “Instalamos mais painéis
no primeiro semestre de 2015 do que
no ano passado inteiro”.
Alguns dos entraves para disseminar
a tecnologia, segundo o engenheiro,
são a falta de linhas de financiamento
e os altos impostos. “Nos Estados Uni-
dos, por exemplo, a construção de pré-
dios com sistemas fotovoltaicos garante
isenção de impostos, que acaba pagan-
do todo o sistema”, finaliza. Cláudio Calil
�cular. “Com isso, não era possível a inte-
gração dos vários equipamentos de uma
residência”. Os primeiros programas
também eram instáveis e incompletos,
contou Calil, e a mão de obra de instala-
ção e programação não era qualificada.
Com a automação residencial 2.0,
houve mudanças no mercado como,
por exemplo, a criação de protocolos
padrões – z-wave, zigbee, KNX – que são
menos vulneráveis do que os anterio-
res. “As empresas que queriam entrar
no mercado de automação, passaram a
u�lizar um dos padrões existentes, em
vez de criar um novo”, explicou.
Público-alvoPessoas de 25 a 35 anos, que estão
comprando a casa própria, têm sido o
público-alvo da automação residencial.
“Esses consumidores querem ter um
sistema de som, acessar câmeras de se-
gurança remotamente e se interessam
por aplica�vos que agilizam o dia-a-dia”.
Com a inserção da bandeira vermelha
na conta de energia elétrica, em 2015,
muitos consumidores buscam a automa-
ção como forma para reduzir o consumo
de energia elétrica. “Existem sistemas
que habilitam ou desabilitam aparelhos
que gastam mais energia como chuveiro,
máquina de lavar, ar-condicionado etc.”.
A automação residencial também é
muito procurada por pessoas que u�li-
zam o sistema assistência médica domi-
ciliar. Neste caso, existem sensores de
queda, acionamento do cuidador, bo-
tões de pânico espalhados pela casa e
aparelhos que geram relatórios diários
ou semanais, que são enviados para o
médico automa�camente.
TendênciasO setor de automação residencial
está atravessando momento de agita-
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AEAARP
ção devido ao crescimento do merca-
do, aumento da divulgação do tema e
da concorrência. “Novos produtos são
lançados o tempo todo e as tendências
de negócios na área também mudam
rápido”. Mul�nacionais como Google,
Apple, Microsoz, Samsung e LG estão
inseridas no mercado, oferecendo di-
versas tecnologias.
“A tendência é que o uso de equipa-
mentos móveis, como tabletes e celula-
res, sejam intensificados na automação
domés�ca”. Calil ressaltou que a pos-
sibilidade de controlar todos os equi-
pamentos elétricos de uma residência
remotamente contribuirá para a cons-
trução de casas mais sustentáveis.
Os próximos passos serão interligar a
automação com a nuvem, para que os
protocolos e programações da residên-
cia fiquem armazenados e possam ser
acessados de qualquer parte do mundo.
Norma�zação e cer�ficaçãoNo Brasil, não existem normas da As-
sociação Brasileira de Normas Técnicas
(ABNT) específicas para a automação.
Para o ano de 2016, está previsto que
a ABNT publique norma para áudio, ví-
deo e automação. A expecta�va de Ca-
lil é a de que seja a tradução da ANSI/
InfoComm, legislação norte-americana
específica para o setor criada em 1977
e que sofreu muitas alterações.
Associações que atuam como cer�fi-
cadoras de empresas do setor de auto-
mação estão trabalhando para a homo-
logação da norma. Calil contou que nos
Estados Unidos, o governo só contrata
serviços de automação de empresas
que sejam cer�ficadas pela InfoComm,
associação internacional criada em
1939 que determina normas de áudio,
vídeo e automação e é man�da por 97%
dos fabricantes líderes no segmento.
Energia EólicaEduardo Angelo, engenheiromecânicoDiretor de Divisão Siemens WindPower & RenawablesSão Paulo-SP
A energia eólica está deixando de ser
coadjuvante na matriz energé�ca mun-
dial, segundo o engenheiro mecânico
Eduardo Angelo. No úl�mo ano, só a
China implantou parques eólicos com
potência de 23 Gigawa�s (GW), lideran-
do o ranking dos países que mais inves-
tem neste �po de geração de energia.
Até 2020, o povo chinês contará com
200 GW de energia eólica. “Para ter no-
ção da grandeza desse número, a ma-
triz energé�ca brasileira total, incluindo
Eduardo Angelo
hidroelétrica, termoelétrica e outros,
tem cerca de 140 GW”, informou o en-
genheiro.
“A par�r de 2017, será acrescido na
matriz energé�ca mundial cerca de 60
GW por ano”. Segundo a Associação
Mundial de Energia Eólica, o Brasil,
África do Sul, México, Turquia, Nova
Zelândia e Austrália são os países que
têm perfil para que a tecnologia se de-
senvolva rapidamente. Hoje, o Brasil é
o líder da América La�na no setor e ga-
ran�u o 10° lugar entre os países com
maior capacidade instalada de energia
eólica, no ano de 2014. “Em 2008, o
Brasil �nha zero por cento de par�cipa-
ção em energia eólica. Hoje, tem mais
de cinco por cento e vai chegar a 11%,
até 2023”.
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Revista Painel
Instalação dos parquesOs parques precisam ser instalados em
áreas que tenham ventos com velocida-
de média acima de oito metros por se-
gundo. Antes da implantação do parque,
também é feito estudo para verificar se
há rota migratória de aves. “Com novas
tecnologias, conseguimos zerar o índice
de mortandade de aves em parques eóli-
cos”, comemorou o engenheiro.
É inevitável gerar gás carbônico du-
rante a construção de uma usina eólica.
Porém, cada equipamento compensa o
que gerou de poluição em sua fabrica-
ção em apenas cinco meses e meio de
operação.
Assista ao vídeo da MidAmerican Energy Company que mostra a constru-
ção de um parque eólico. O link está disponível no endereço eletrônico da
AEAARP, na área de No�cias, e foi exibido durante a palestra de Angelo.
www.aeaarp.org.braeaarp.org
Alunos do colégio Bassano Vaccarini expuseram maquetes de monumentos brasileiros
de engenharia e arquitetura , sob a orientação da arquiteta Marília Marchió.
Situação no BrasilEm 2015, o Brasil conta com aproxi-
madamente 7 GW de geração de energia
eólica instalada. Mas, segundo Angelo, o
país tem potencial para chegar a 300 GW.
75% das usinas eólicas do Brasil estão
instaladas no Nordeste e 25% no Sul. “Os
ventos são mais favoráveis e constantes
no Nordeste e no Sul é mais espalhado”.
O estado do Rio Grande do Norte é o lí-
der do país, com 2 GW instalados.
Existe o mito de que só é possível ins-
talar parques de energia eólica no lito-
ral. “O interior dos estados tem muito
potencial. Todos os parques eólicos da
Bahia estão instalados no interior”. An-
gelo afirmou que as construções trazem
desenvolvimento para a região, pois ge-
ram empregos locais, inves�mento em
capacitação profissional e perspec�va
de surgimento de novas carreiras. “Es-
�ma-se que são gerados 15 postos de
trabalho diretos e indiretos para cada
megawa� instalado”.
Em 2014, dos R$ 22 bilhões inves�-
dos na geração de energia no Brasil, R$
17,35 bilhões foram des�nados para a
eólica. Com o funcionamento dos par-
ques eólicos existentes no país, várias
usinas térmicas deixaram de operar,
proporcionando redução de custo com
energia de R$ 5 bilhões no úl�mo ano.
MercadoA eólica é uma energia compe��va. A
tarifa é mais barata do que várias outras
fontes de geração. “A energia gerada
dos ventos deixou de ser apenas um
apelo climá�co. Prova disso, são os lei-
lões que o governo vem promovendo”.
Para desenvolver a tecnologia, é ne-
cessário criar máquinas eficientes, tor-
res mais altas e pás mais longas. “Hoje,
temos torres de 120 metros e pás que
chegam a 60 metros”.
DesafiosA logís�ca para a construção dos
parques evolui, mas, segundo Angelo,
está longe do ideal. A cadeia produ�-
va da construção de usinas eólicas é o
maior desafio. “Muitas vezes, temos
de montar indústrias para fabricar as
torres, pás e outros equipamentos ne-
cessários próximas aos parques”. Outro
entrave são os tributos, determinante
na escolha do local onde será instalado
o parque. “Muitas peças ainda são im-
portadas e cada estado tem um valor de
importação. Os inves�dores buscam lo-
cais em que terão custos menores”.
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AEAARP
A AEAARP aderiu à campanha 10 Me-
didas Contra a Corrupção encabeçada
pelo Ministério Público Federal (MPF)
que consiste em reunir assinaturas em
um abaixo assinado de apoio a propostas
legisla�vas de combate à corrupção. As
propostas versam sobre prestação de
contas, métodos para seleção de servi-
dores públicos, campanha pela denúncia
de atos de corrupção e conscien�zação e
proteção àqueles que denunciam.
Além disso, as medidas obje�vam au-
mentar penalidades aplicadas aos crimes
de corrupção e tornar hediondo aquele
contra a corrupção
CAMPANHA
AEAARPAssociação apoia oficialmente a campanha
do Ministério Público Federal
que envolver grandes valores. O MPF
quer também criminalizar a prá�ca de
caixa dois em campanhas eleitorais, per-
mi�r punição de par�dos polí�cos por
corrupção em condutas futuras, agilizar
o rastreamento do dinheiro desviado e
fechar brechas da lei por onde o dinheiro
desviado escapa.
As medidas estão separadas em 20
anteprojetos de lei que podem ser aces-
sados no endereço www.10medidas.
mpf.mp.br, onde também pode-se obter
uma cópia do documento e instruções
para coletar assinaturas.
Carlos Alencastre, presidente da AEA-
ARP, explica que o intuito da campanha
é tornar a corrupção um crime de alto
risco. Ele lembra que no Brasil os crimes
de colarinho branco e desvios come�dos
por polí�cos e agentes públicos são igno-
rados ou esquecidos pela população no
decorrer do tempo.
“Ferramentas de marke�ng, por exem-
plo, não podem ser soberanas à lei e colo-
car para debaixo do tapete falcatruas que
lesam a população”, diz Alencastre. A ade-
são da AEAARP à campanha foi aprovada
em reunião do Conselho Delibera�vo.
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Revista Painel
EVENTO
agrônomoOrgulho de ser
A AEAARP, por meio da comissão for-
mada por engenheiros agrônomos, res-
gatou uma das mais tradicionais festas
da en�dade. Em comemoração ao dia
do profissional de agronomia, o Almoço
dos Agrônomos aconteceu pela primei-
ra vez no dia 12 de outubro de 1975,
segundo o livro AEAARP 60 anos: histó-
rias e conquistas, e, como há 40 anos,
o evento de 2015 foi pautado pela in-
teração dos convidados, a amizade e a
alegria.Os agrônomos da ESALQ
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Revista Painel
Mais de uma centena de profissionais e seus familiaresreuniram-se na AEAARP para o Almoço dos Agrônomos
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AEAARP
Os agrônomos da UNESP-Jaboticabal
José Messias Cardoso, Marley de Barros Ferreira, Manoel
Eduardo Tavares Ferreira e Milena de Barros Ferreira
Dilson Rodrigues Cáceres, Theresa Maria de Martins, Jussara
Guarnieri, Paulo Cesar Guarnieri e Antonio Carlos Giovanini
Wilson Emilio da Costa Junior, Lairce Costa, Maria de
Fatima Helvany e Hamilton Luiz Helvany Dias
Regina Leipner de Oliveira, Marcelo Arantes de Oliveira,
Gilberto Marques e João Batista de Carvalho Ferreira
Leonardo Pereira, Giovanna Guimarães, Rita Pereira e Cesar Augusto Pereira
Luiz Fernando de Souza, Eliana Padilha, Maraisa Lima e Gilberto Marques Maria Gabriela, Alexandra Amarolli, Zilda Amarolli, Carlos Alberto Amarolli, Igor
Amarolli, Carlos Eduardo Amarolli, José Luiz Domingues, Sueli Domingues, Maria
Domingues e Hilda Domingues
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AEAARP
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Revista Painel
Comissão organizadora do Almoço dos Agrônomos
Os agrônomos da Faculdade de Agronomia de Espírito Santo do Pinhal-SP
José Garcia Alves Ferreira, Victor Gregolate, Paula Ribeiro e Ivete Ribeiro
Denise Pinheiro, Cleuza Janete Marques
da Silva e Rodrigo Pinheiro
Guido De Sordi e Mauricio Estellita Clarissa Chufalo e Luiz Ricardo Manfrim Roque