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2009 marca a 30 entrega do Prmio Profissionais do Ano
painelAno XII n 177 dezembro/2009 Associao de Engenharia,
Arquitetura e Agronomia de Ribeiro Preto
A E A A R PASSOCIAO DE ENGENHARIA ARQUITETURA E AGRONOMIA DE
RIBEIRO PRETO
Jos BAtIstAliderana entre os empresrios e criador de programas
inovadores
MARcos LAndELLum dos maiores especialistas em cana-de-acar do
pas
FERnAndo RIvABEnum dos arquitetos mais requisitados pela
indstria da construo
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H dcadas a AEAARP vem lutando para a efetiva regulamentao de um
sistema de pres-tao de assistncia tcnica para habitao popular de
interesse social. Isso vem de quase 50 anos. Nos anos de 1960, com
o surgimento de inmeros loteamentos na cidade, quando da criao da
COHAB-RP, os associados da AEAARP j se sensibilizavam com a questo.
A Associao firmou convnio com a ento Caixa Econmica Estadual para
receber pedidos de projetos de famlias carentes eram famlias que no
se enquadravam nas exigncias da COHAB e, obviamente, no teriam
acesso a financiamento pblico para aquisio da casa prpria.
Passados todos esses anos, nos deparamos com a Lei Federal
11.888, de 24/12/2008, que garante esse tipo de atendimento a
famlias de baixa renda. A partir da aprovao, em novembro ltimo, da
discutida e controversa Lei do Puxadinho, temos participado
ativamente de um grupo de trabalho multidisciplinar, convocado pelo
secretrio municipal do Planejamento, que est debatendo a implantao,
no mbito municipal, da referida Lei de Assistncia Tcnica Gratuita a
famlias de baixa renda criando, dessa forma, base para uma legislao
municipal que seja legtima e que atinja os objetivos, sob o amparo
da Lei Federal, independentemente de sua paternidade.
O assunto foi abordado no ltimo final de semana de novembro,
durante o Seminrio sobre Assistncia Tcnica Habitao Social,
realizado no Centro Universitrio Baro de Mau, promovido pelo
Sindicato dos Arquitetos e apoiado pela AEAARP, dentre outras
entidades. Um projeto do vereador Andr Luiz da Silva foi discutido
e a proposta do Executivo Munici-pal tambm entrou nas discusses. O
debate foi altamente produtivo porque reuniu, alm da AEAARP,
representantes de conselhos municipais, Executivo, Legislativo e
secretarias municipais, federao, conselho e sindicato de classes,
educadores, Defensoria Pblica, representantes de moradores etc.
Nossa preocupao era uma s: conseguir encaminhamento para aprovao
de uma lei consistente e que tambm refletisse o consenso de todos
os segmentos envolvidos com a questo. Num regime democrtico, o
consenso imprescindvel. A imposio, condenvel. Chegar a esse
consenso deveria ser a barreira mais difcil a transpor. Mas o
discurso de todos os envolvidos nos debates do Seminrio citado
estava to afinado quanto uma orquestra. O que significa que uma lei
que consiga refletir o pensamento desse grupo, mais que legtimo,
ser, obviamente, a mais prxima das necessidades da populao-alvo, j
que representa o pensamento de um grupo heterogneo e
especializado.
Assim, no dia primeiro de dezembro, a Cmara Municipal aprovou o
Projeto de Lei de autoria do Executivo, com emenda do vereador Andr
Luiz, que delineou, sombra da Lei Federal, os contornos necessrios
a essa lei municipal. Resta agora prefeita promulgar ou no, com ou
sem vetos, a emenda.
Havendo a promulgao, no prazo de 60 dias, a lei dever ser
regulamentada. A, entra em ao o citado grupo de trabalho a que
pertencemos, pois o mesmo poder, legitimamente e com propriedade,
fornecer ao Executivo municipal, material valioso para que tenhamos
uma lei na medida certa do desenvolvimento social justo e
maduro.
Assim, conclamamos populao interessada, entidades diretamente
ligadas ao assunto, especialistas e Poder Executivo municipal a
acompanhar com iseno o assunto, pois pouqussimas vezes um tema de
tamanha importncia para o desenvolvimento da cidade e qualidade de
vida dos que mais precisam esteve to perto de ser solucionado com
tanta legitimidade. Que tenhamos todos serenidade para que questes
particulares ou partidrias no comprometam um trabalho que vem sendo
feito com boa-f e profissionalismo.
Eng. civil Roberto MaestrelloPresidente da AEAARP
Eng. civilRoberto Maestrello
Editorial
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30AssociAode engenhAriA ArquiteturA e AgronomiA de ribeiro
Preto
ndice
Expediente Rua Joo Penteado, 2237 - Ribeiro Preto-SP - Tel.:
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RiccioppoDiretor Financeiro: Ronaldo Martins TrigoDiretor
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Gesto Ambiental e afins: Gustavo Barros Sicchieri
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Leonel de CastroElpidio Faria Junior Manoel Garcia FilhoEricson
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Prmio 05Prmio Profissionais do Ano chega 30 edio
AssistnciA tcnicA 09seminrio discute assistncia tcnica
gratuita
Ponto de VistA 10o espao pblico, lugar da sociabilidade
democrtica, convvio e intercmbio social
indicAdor Verde 14
Artigo 14resduos da produo de biocombustveis na alimentao
construo sustentVel 16certificao AQuA chega aos edifcios e
conjuntos habitacionais no Brasil
tecnologiA 18chega ao Brasil tecnologia capaz de recuperar
gasolina evaporada durante abastecimento
creA 20Vistoria em estdios de futebol
reciclAgem 21cemPre cria comit para discutir reciclagem de
eletroeletrnicos
PesQuisA 22setor de equipamentos para construo confirma Brasil
como um dos principais mercados do mundo
sustentABilidAde 24Abertas inscries para mostra de tecnologias
sustentveis 2010
BiBliotecA 25Arquitetura: do oriente mdio ao ocidente
notAs e cursos 26
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30prmio
Revista Painel 5
Prmio Profissionais do Ano
chega 30 edio
O Prmio Profissionais do Ano da AEAARP comemora trs dcadas nesta
edio e renova a cada ano seu compromisso de homenagear
engenheiros, arquitetos e agrnomos comprometidos com a profisso
e referenciados no mercado. Em 2009, os trs profissionais eleitos
para a homenagem so: o engenheiro civil Jos Batista Ferreira, o
arquiteto
Fernando Rivaben e o agrnomo Marcos Landell, completando assim,
50 homenageados ao longo desses 30 anos.
Institudo em 1979, o Profissionais do Ano reverencia o conjunto
do trabalho desenvolvido por aqueles que so homenageados. O
livro
AEAARP 60 anos Histrias e Conquistas, lanado em 2008, conta que
em 1979, quando foi instituda a premiao, a Companhia Habitacional
de
Ribeiro Preto (COHAB) incentivou e patrocinou a homenagem. O
prmio de 150 UPC (Unidade Padro de Capital) foi dedicado ao
engenheiro
Mahomed Cozac. Na primeira edio, 13 profissionais concorreram e
Cozac recebeu a honraria.
A cerimnia de entrega do prmio acontece no dia 11 de dezembro
Dia do Engenheiro e do Arquiteto na Sociedade Recreativa de Ribeiro
Preto.
Para o engenheiro civil Roberto Maestrello, presidente da
AEAARP, trata-se de uma premiao legtima, votada democraticamente
por representantes da categoria e que valoriza no apenas o nome,
mas
o trabalho tico que, em ltima instncia, constri a cidade e
produz alimentos e energia no campo.
So profissionais que prestaram servios relevantes comunidade,
bem conceituados como tcnicos, cumpridores da tica profissional
e se destacaram nos diversos campos da classe.16 de novembro de
1979, Livro de Ata 5, Pg. 38
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Para o engenheiro civil, a experincia e o histrico profissional
so essenciais para uma carreira de sucesso. Jos Ba-tista Ferreira
um homem de hbitos simples. Essa sua origem e essncia. Ele nasceu
na Fazenda Mata Cavalo, na Serra da Canastra, Minas Gerais. Batista
visita o lugar com frequncia e um dos exemplos da simplicidade com
a qual leva a vida o fato de rever parentes que ainda moram em
fazendas banhadas por lindas cachoeiras do Parque Nacional da Serra
da Canastra. At mesmo a energia eltrica ele ajudou a fazer chegar
at a zona rural daquele lugar.
Caula da famlia, com seus sete irmos mudou-se para Franca ainda
criana, em 1958. O objetivo dos pais era investir na educao dos
filhos. Todos se tornaram referncia em diferentes profisses, dentre
elas, fsica nuclear, odontologia, medicina, moda e esttica. A perda
do pai aos 11 anos de idade o colocou cedo no mercado de trabalho,
comeando naquela poca como marceneiro.
Graduou-se engenheiro em 1979; em seguida, Administrao de
Empresas e especializaes, como a de Gerente de Cidades, curso que
trouxe para Ribeiro pela FAAP e que teve a primeira turma na AEAARP
quando presidiu a entidade.
Batista comeou a carreira na pre-feitura de Franca. A passagem
mais marcante de seu histrico profissional, e exatamente a que o
trouxe para Ribeiro Preto, na Schahin Engenharia, onde ingressou
como estagirio e chegou a diretor regional e de obras habitacionais
aos 34 anos. H 16 anos criou a Costallat Engenharia nome em
homenagem esposa, Maria Ferro Costallat Ferrei-ra, com quem tem
dois filhos, Flvia, jornalista e estudante de Arquitetura, e
Gabriel, estudante de Engenharia.
Em sua viso, a engenharia faz profis-sionais que tm como essncia
a simpli-
Jos Batista Ferreira
cidade e a obstinao. uma das mais lindas profisses. O engenheiro
geral-mente um profissional obstinado pelo trabalho. So pessoas
simples e amigas de todos, do ajudante-de-obras at o pro-prietrio
da construtora, avalia.
Batista diretor regional do Sindicato da Construo Civil do
Estado de So Paulo (SindusCon-SP) e j est cumprin-do seu terceiro
mandato consecutivo. Ele representa e defende a indstria, uma das
maiores do pas e que tem forte influncia na economia brasileira,
com os olhos voltados para a sociedade e os avanos econmicos e
sociais.
Nosso setor forte porque constri ativos. um segmento que no
suporta desaforos do mercado especulativo de capitais. Passamos por
uma euforia no mercado imobilirio no ano passado para imveis de
classes mais altas, e hoje vivemos um bom interesse por obras mais
populares. Porm, essas obras precisam de polticas pblicas para boa
continuidade e atender a de-manda da sociedade, analisa.
frente do sindicato, implantou o programa de maior sucesso nos
ltimos tempos, o ConstruSer, que nasceu em Ribeiro e, a partir de
2009, foi para todas as diretorias regionais do SindusCon.
Em sua viso, a engenharia vive o me-lhor momento dos ltimos 25
anos. Ca-minharemos firmes e com uma curva de crescimento contnuo,
podendo repetir momentos eufricos, mas no acredito em grandes
quedas. Teremos um PIB da construo sempre maior que o PIB do
Brasil. Em Ribeiro Preto, ressalta a participao de grandes empresas
de engenharia na execuo de obras priva-das e pblicas. So
responsveis pelo progresso da cidade, principalmente na zona sul. A
prefeitura tem vindo a reboque dessa velocidade imposta pelas
empresas de engenharia da cidade.
Com a famlia
Primeira comunho
Com a equipe da Schahin
Casa onde nasceu
6 AEAARP
prmio
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Fernando Rivaben
Ele um dos arquitetos mais requi-sitados pela indstria da
construo civil na atualidade. Pelo menos 30 torres de edifcios de
apartamentos com a assinatura de Fernando Rivaben esto, neste
momento, em construo na cidade de Ribeiro Preto. Nessa conta no
esto includos os edifcios que ocupam vrias quadras da Aveni-da Joo
Fiusa e da Rua do Professor, endereos que foram valorizados nos
ltimos anos por empreendimentos arrojados, muitos deles com a sua
assinatura e resultado de uma slida parceria com a construtora
Copema. Em seu portfolio h tambm importan-tes obras para as
construtoras Stfani Nogueira, Trisul, Cyrela, Klabin, Gafisa e
Goldfarb.
Os trabalhos de Rivaben seguem a arquitetura contempornea, com
linhas claras e bem definidas. Sua preocupa-o viabilizar a utilizao
de materiais inovadores nas construes, tendo como prioridade o
conforto do usurio final o morador das unidades que ele projeta
desenhando, ainda, no papel e que s depois passa para o computador.
fundamental para o arquiteto saber desenhar, pensar
tridimensionalmente, independentemente da ferramenta de trabalho,
avalia.
O seu pai, Ferrucio Rivaben, chegou ao Brasil com trs anos de
idade, acompa-nhando a famlia italiana que imigrou para trabalhar
nas lavouras de caf. A av, Anna Basei, descrita pelo arquiteto como
uma mulher forte. Na linguagem atual poderia ser tambm uma
empreen-dedora. Sob o suti, ela carregou casulos de bicho-da-seda,
tradio da famlia italiana que tecia a seda pura no Vneto, na
provncia de Treviso. Sem que os seus patres soubessem, ela
continuou o ne-gcio da famlia em territrio brasileiro e, dessa
forma, iniciou uma indstria
que chegou a ser a segunda maior do pas nesse setor. Rivaben
conta que a av tida como uma das precursoras da sericicultura no
pas.
Ferrucio tinha oito irmos, e a maioria se dedicou indstria. Ele
foi traba-lhar no Instituto de Sericicultura, em Campinas. L fazia
desenho tcnico de construo, organizava a disposio dos estandes das
feiras que eram promo-vidas pelo Instituto e fazia ilustraes. Da
nasceu o arquiteto Fernando e foi na mesma cidade que ele se
formou, na PUC, e comeou a vida profissional.
Seus projetos ficam em segundo plano somente quando o assunto so
as cavalgadas e a propriedade rural em Batatais onde cria cavalos
da raa manga-larga. Ele, a esposa Zelena e os trs filhos, Fbio,
Eduardo e Fernando, participam pelo menos uma vez por ano de
cavalgadas de longa distncia. Os roteiros prediletos so justamente
os histricos, em regies que preservam a arquitetura, como as
cidades mineiras de Caxambu, Tiradentes e Ouro Preto e a histrica
cidade de Petrpolis, no Rio de Janeiro. Eles levam os prprios
animais e integram um grupo que chega a ter uma centena de
cavaleiros.
Um de seus sonhos ter pelo menos um dos filhos seguindo sua
carreira, porm, Fbio, formou-se na ESPM, em Propaganda e Marketing,
Eduardo estu-da Direito e faz estgio hoje no escritrio Brasil
Salomo e Fernando ainda est no oitavo ano do ensino mdio.
Fernando almeja fazer projetos sus-tentveis, que usem madeira
100% certificada e materiais reciclados e que ultrapassem as
obrigaes legais, como as reas para permeabilidade da gua de chuva e
sua reutilizao, entre outros. Todos ns deveramos fazer projetos
dessa forma, pensando no futuro, diz.
Revista Painel 7
Na infncia
Com os filhos e esposa
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8 AEAARP
prmio
Marcos Guimares de Andrade Landell nasceu em Campinas. As
visitas a uma propriedade rural da famlia, no interior paulista,
podem ter lhe inspirado a cursar Agronomia. Graduou-se na
UNESP-Jaboticabal, onde fez tambm mestrado e doutorado com
concentrao na rea de Produo Vegetal. Casado com a profes-sora
Adriana Garcia Pacheco Landell, tem trs filhos Gabriel, Estevo e
Joo.
A vida profissional comeou no IAC (Ins-tituto Agronmico) em
Campinas em 1982. Mas no final da dcada de 1980, iniciou em Ribeiro
Preto um projeto de seleo regional de variedades de cana-de-acar
para a agroindstria. Landell passou a trabalhar na reorganizao do
IAC, na rea de pesquisas sobre cana-de-acar, e criou o Grupo
Fitotcnico de Cana-de-acar, em 1992, que existe at hoje.
Nos primeiros anos de 1990, estava coordenando o trabalho que
levaria a um novo desenho para pesquisa sobre cana-de-acar do IAC o
Instituto, criado em 1887, o mais antigo da rea agrcola na Amrica
Latina e hoje tem atuao em 11 estados e um projeto de seleo de
novas variedades no Mxico. O Programa Cana IAC um dos maiores
programas de desenvolvimento de varie-dades do Brasil. At hoje, 17
variedades foram lanadas.
Em 2005 o governo paulista entendeu que tnhamos feito um bom
trabalho na reorganizao do Instituto e criao de uma rede virtual de
pesquisa pois no tnhamos um espao fsico. E, por meio da Secretaria
da Agricultura, foi criada uma estrutura fsica, conta Landell.
Des-de ento, a Fazenda Experimental IAC em Ribeiro tem um centro de
pesquisa de quase 200 hectares um laboratrio a cu aberto.
Um dos sonhos do pesquisador era coordenar um livro completo
sobre a cultura da cana-de-acar. H um ano o
livro Cana-de-Acar foi lanado com a participao de dois colegas
do IAC na coordenao (Leila Dinardo-Miranda e Antnio Carlos
Vasconcelos). A obra tem 72 autores e 41 captulos Landell assina um
dos captulos e ser traduzida para o ingls. Trata-se de um dos
trabalhos mais completos sobre o cultivo da planta.
Sonho que est a caminho ver a obra chegar a outros pases e
colaborar, en-to, para a insero do etanol na matriz energtica do
mundo.
Sonho que ainda no se realizou par-ticipar do desenvolvimento do
novo tipo de cana que ser produzida no cenrio que se desenha quando
o etanol virar commodity.
Sobre a vida pessoal Marcos Landell conta que no estudou msica,
mas toca violo. H sete anos, junto com o amigo Jos Maria da Costa,
comeou a dedicar-se composio de msicas para versculos cristos.
O trabalho j rendeu um CD, intitulado Mesa Rica, com tiragem de
5 mil exem-plares. A gravao teve a participao de msicos da
Orquestra Sinfnica de So Paulo e outros, como o instrumentis-ta
Dino Barioni, e teve a produo/regn-cia do maestro Lus Eduardo
Corbani. O CD tem sido distribudo a amigos e foi feito para que as
pessoas tenham mais contato com a f e a esperana crist.
O segundo CD j est a caminho e deve ser finalizado em dois ou
trs meses. Nossa inteno multiplicar isso como semente, levando
coisas boas s pesso-as que nos so mais queridas e prximas. Eu gosto
disso e minha casa sempre es-teve aberta s pessoas que se
interessem em compartilhar, cantar, orar e falar sobre o assunto.
Para mim, esses momentos junto a minha famlia e amigos/irmos so
como um jardim cultivado com todo o esmero onde a vida intensamente
cultivada.
Marcos Guimares de Andrade Landell
Capa do CD lanado por Landell e o amigo Jos Maria da Costa
Filhos Gabriel e Estvo com a
me Marlia, em Ouro Preto
Landell em dia de campo
Landell, Adriana e o
s filhos
Gabriel, Estvo e J
oo
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Revista Painel 9
O vereador Andr Luiz da Silva (PCdoB) esteve na AEAARP para
apre-sentar o Projeto de Lei de sua autoria que trata da Assistncia
Tcnica Gratui-ta s famlias de baixa renda. Roberto
assistncia tnica
Seminrio discuteassistncia tcnica gratuita
Maestrello recebeu o parlamentar e o arquiteto Maurlio Ribeiro
Chiaretti, di-retor regional do Sindicato dos Arquite-tos do Estado
de So Paulo (SASP).
A entidade e o sindicato promoveram o I Seminrio Regional de
Assistncia Tcnica Habitao Social, do qual participou o engenheiro
Roberto Ma-estrello, presidente da Associao. O evento, que
aconteceu no Centro Uni-versitrio Baro de Mau, fez um diag-nstico
da questo e traou metas para aprovar a lei municipal.
O evento tambm discutiu o projeto elaborado pelo Executivo
municipal.
Estiveram presentes, ainda, represen-tantes da Secretaria de
Planejamen-to e Gesto do municpio, Federao Nacional dos Arquitetos
e Urbanistas, Associao Brasileira de Ensino de Ar-quitetura e
Urbanismo, CONFEA, Caixa
Andr Luiz, Maestrello e Chiaretti
Maestrello no Seminrio de Assistncia Tcnica
Econmica Federal, Sindicato dos Enge-nheiros do Estado de So
Paulo, Institu-to dos Arquitetos do Brasil, Secretaria Municipal de
Assistncia Social, Con-selho Municipal de Urbanismo e Conse-lho
Municipal de Moradia Popular.
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10 AEAARP
ponto de vista
lugar da sociabilidade democrtica, convvio e intercmbio
social
O espao pblico,N a c i d a d e
contempor-nea os espaos climatizados e
direcionados ao entretenimento, ligados lgi-
ca do consumo cultural ou de produtos industrializados de massa,
como os shopping centers e hipermercados, so os novos espaos do
convvio e da atrao. A tradicional praa, os largos e, at mesmo, as
ruas foram levados para dentro desses novos espaos, onde tudo
controlado, at mesmo nosso olhar e, ao mesmo tempo, deixa de fora o
caos urbano, a violncia, a sujeira das ruas e seus indigentes(2),
um espao urbano pouco favorvel vida comunitria.(3)
Ao priorizar o transporte individual e as vias expressas, a
cidade contempornea altera o modo de apropriao do espao pblico. Faz
isso tambm ao eliminar os pontos de encontro, romper as antigas
relaes de vizinhana (casa, rua e pra-a) e propiciar a perda da
sociabilidade. Segundo Carlos(4), o espao contempo-rneo redefine o
limite entre os espaos pblico e privado e os modos de viver, abre
caminho para a construo dos espaos semipblicos, em substituio rua,
e d lugar aos shopping centers, que se proliferam e tornam-se os
centros de lazer, e transforma o espao pblico em espao de circulao,
comunicao e consumo(5) .
Como explicar, ento, os espaos, ainda to vivos, de nossas praas
e parques urbanos? Segundo Bachelard(6), porque todo espao
realmente habitado traz a essncia da noo de casa e, por isso, nos
apropriamos dele. Nesse mesmo sentido, Artigas(7) entende a casa
como a cidade e a cidade como a casa. Para Morales(8), a cidade o
espao onde o pblico e o privado misturam-se, lugar ao mesmo tempo
pblico e privado, onde
nasce o espao coletivo. Desta forma, a cidade seria o lugar da
unidade na di-versidade, abrigo de uma pluralidade de identidades s
possvel de ser imaginado atravs da superao da diversidade dos
habitantes em favor dessa unidade: a cidade como abrigo da
humanidade(9).
O espao pblico, segundo Segre(10), deve ser concebido como um
espao urbano acessvel onde se produz o en-contro da diversidade, um
reflexo direto da essncia da cidade que provm da presena e
coexistncia de uma multi-plicidade de pessoas, ofcios, comuni-dades
e culturas que se complementam mutuamente. A diversidade de usos e
usurios no cotidiano das cidades , portanto, essencial para que o
espao pblico (ruas, praas e parques urbanos) mantenha-se vivo, para
que nos mante-nhamos vivos.
Esse processo, tambm, pode ser observado na cidade de Ribeiro
Preto
Parque Luis Carlos Raya. Foto Carlos Natal
Rose Elaine T. Bor
ges
-
Praa Omlton Visconde
Revista Painel 11
com a presena de shopping centers e hipermercados, mas, tambm,
de praas e parques urbanos que fazem parte inte-grante da histria
da cidade e, por isso, de nossas vidas. Falaremos um pouco sobre
alguns desses espaos pblicos.
Na regio central temos, entre tantas ou-tras: a Praa Sete de
Setembro, a Praa XV de Novembro, a Carlos Gomes e a Praa Shmidt
que, apesar de estarem localiza-das na regio central apresentam
caracte-rsticas completamente diferentes.
O entorno da Praa Sete de Setembro caracterizado pela
diversidade de usos e usurios, na escala do bairro. No entanto,
percebemos, tambm, a presena de moradores de outros bairros em
busca dos servios oferecidos no local, como, por exemplo, da
sorveteria do J. A Praa Sete, como conhecida, possui coreto,
jardins com rvores que proporcionam sombra, pergolados, passeio
para cami-nhadas e mobilirio urbano adequado, como bancos,
lixeiras, telefone pblico e pontos de nibus e txi. A diversidade de
usos presentes no local propicia a diversidade de usurios durante o
dia e noite. O que faz com que os moradores do local se apropriem
da praa, cuidan-do diretamente dela, como o jardim de roseiras que
recebe os cuidados dirios de uma moradora do local e, ao mesmo
tempo, cobram a constante manuteno do poder pblico.
O entorno da Praa Carlos Gomes/XV de Novembro caracterizado pela
diver-sidade de usos e usurios, na escala da cidade. A praa,
localizada no centro da cidade junto ao calado, oferece facili-dade
de acesso para veculos e pedestres, seu entorno apresenta uma
diversidade de usos com a predominncia de presta-o de servio e
comrcio, mas, tambm, de importantes equipamentos voltados s
atividades culturais
como o Theatro Pedro II e o Museu de Arte de Ribeiro Preto. A
praa possui jardins com rvores que proporcionam sombra, passeio
para caminhadas, re-as para apresentaes musicais, peas de teatro e
eventos importantes para a cidade, como a Feira do Livro. Conta,
tam-bm, com mobilirio urbano adequado como bancos, lixeiras,
telefone pblico e pontos de nibus e txi. A diversidade de usos
presentes no local propicia uma diversidade de usurios durante o
dia e noite. Enfim, uma grande referncia de lugar para todos os
moradores da cidade.
O entorno da Praa Shmidt tambm caracterizado pela diversidade de
usos e usurios, na escala da cidade. No entanto, apenas esses dados
no so suficientes para garantir qualidade ao espao da praa, uma vez
que a praa est localizada numa rea limtrofe da cidade, junto
Avenida Jernimo Gon-alves, um importante corredor virio, que
dificulta a acessibilidade ao pedestre entre a Cervejaria Antrtica,
atualmente desativada, e o Terminal Rodovirio e Urbano de Ribeiro
Preto. Outro aspecto importante a ser considerado a desti-nao de
outro uso dado praa com a instalao da Unidade Bsica de Sade.
Inicialmente, a praa seria o elo entre o centro da cidade e a Vila
Tibrio, porm, da forma como encontra-se configurado seu entorno, a
Praa Shmidt no conse-gue promover essa articulao. Segundo
Jacobs(11), uma praa ou parque que esteja preso a qualquer tipo de
inrcia funcional de seu entorno, fica vazio por boa parte do tempo.
Normalmente, no vamos a um lugar quando no sabemos o que vamos
fazer quando chegarmos l, s vezes at nos esquecemos que aquele
lugar existe, passa despercebido. Ao observarmos as praas de
bairros
mais antigos prximos da rea central da cidade, como Vila Tibrio,
Campos Elseos e Vila Virgnia, entre outros, percebemos que no h
diversidade de uso e usurio. Isso ocorre em funo da predominncia do
uso residencial e de moradores mais idosos, estabelecendo uma relao
muito forte entre os mora-dores do local e a praa. Essa relao faz
com que os moradores se apropriem da praa, cuidando diretamente
dela e, ao mesmo tempo, cobrem a constante ma-nuteno por parte do
poder pblico.
Nas praas dos bairros mais novos e afastados da rea central da
cidade como Ipiranga, Jos Maria Sampaio, Sumarezinho, Jardim
Piratininga, Par-que Ribeiro Preto, Jardim Paiva, Vila Abranches e
Parque So Sebastio, tambm, observamos que no h diver-sidade de uso,
no entanto, percebemos que os moradores apresentam um perfil
diversificado. Nesses bairros, tambm, ocorre a predominncia do uso
residen-cial, mas o perfil diversificado dos mora-dores, com a
predominncia de crianas e adolescentes, faz com que as praas sejam
utilizadas em funo dos horrios dos compromissos dirios da famlia:
as escolas das crianas e adolescentes e o trabalho dos pais e,
principalmente, das mes, pois so elas que normalmente acompanham as
crianas nas praas. Nessas praas, importante a presena de
equipamentos especficos para crian-as como playground e pista de
skate para adolescentes. Mas, de qualquer forma, conforme
Jacobs(12), Espao e equipamentos no cuidam de crianas. Estes podem
ser complementos teis, mas apenas pessoas cuidam de crianas
-
AEAARP12
e as incorporam sociedade civilizada. Ainda, segundo Jacobs, O
playground deve ser bem administrado para ter xito na competio com
as ruas cheias de vida e aventura.
Recorro, novamente, ao ttulo deste artigo para falar um pouco
sobre os parques da cidade; ou melhor, desses espaos pblicos
entendidos como lugar da sociabilidade democrtica, convvio e
intercmbio social, segundo Sperling(13), espaos que permitem
encontrar a iden-tidade na diversidade; na pluralidade, o comum e a
promoo da liberdade.
Nesse sentido, a cidade de Ribeiro Pre-to proporciona aos seus
cidados espaos pblicos democrticos que possibilitam o convvio e o
intercmbio social, como o Parque Prefeito Luiz Roberto Jbali, o
Parque Municipal Morro do So Bento, o Parque Ecolgico Maurlio Biagi
e o
Parque Tom Jobim, entre outros existen-tes na cidade, que
abrigam uma grande diversidade de atividades e usurios.
O Parque Prefeito Luiz Roberto Jbali, mais conhecido como Parque
Curupira, localizado em um bairro prximo regio central da cidade,
possui rea aproxi-mada de 152.000,00 m2. Foi construdo sobre uma
rea de antiga explorao de basalto, oferece atividades voltadas ao
lazer recreativo e contemplativo e rea para receber eventos,
atraindo uma grande diversidade de usurios.
O Parque Municipal Morro do So Bento est localizado em um bairro
prximo da regio central e possui rea aproximada de 250.880,00 m2. O
parque um importante patrimnio natural do municpio de Ribeiro Preto
com vocao para conservar a integridade biolgica local em seus
aspectos ecolgicos e a
promoo da educao ambiental, alm de oferecer atividades voltadas
ao lazer recreativo, contemplativo, esportivo e cultural e abrigar
vrios equipamentos urbanos, como o Bosque Municipal Fbio Barreto
com o zoolgico, o complexo cul-tural Teatro Municipal e o Teatro de
Arena Jaime Zeiger, a Casa da Cultura Juscelino Kubitscheck de
Oliveira, Praa Alto do So Bento e o complexo esportivo Elba de Pdua
Lima - Tim, atraindo, tambm, uma grande diversidade de usurios
durante todo o ano.
O Parque Ecolgico Maurlio Biagi est localizado na regio central
da cidade ao lado dos terminais rodovirio e urbano e possui rea
aproximada de 43.000,00 m2. O Parque abriga a Cmara Municipal. Mas
a falta de manuteno e infraestrutura adequada levaram ao fechamento
do parque para sua revitali-zao. O projeto prev a implantao de um
lago ornamental, duas portarias, rea administrativa (inclusive um
posto poli-
Felipe Nader - 4 anos - que, em trabalho escolar, escolheu a
Praa Omlton Visconde como o melhor lugar da cidade, com a irm Ana
Laura e amiga Valentina Valini
Bosque Municipal. Foto Carlos Natal
Parque Tom Jobim. Foto Carlos Natal
-
(1) SEGRE, R. Espao pblico e democracia: experincias recentes
nas cidades de Amri-ca Hispnica. Arquitextos, texto especial 303.
So Paulo. Portal Vitruvius, maio2005.
-
bioc
ombu
stv
eisIndicador verde
Pneuo conselho nacional do meio Am-biente (conama) publicou
resoluo que obriga o mercado a armazenar adequadamente os pneus
velhos. o objetivo evitar a degradao ambiental e os riscos sade
pblica. dirigida a fabricantes e importadores de pneus novos, a
determinao alcana tambm os distribuidores, revendedores,
desti-nadores finais, consumidores e o Poder Pblico. os pneus
usados devem ser preferencialmente reutilizados, reforma-dos e
reciclados. uma vez descartados, o ideal que sejam depositados na
prpria fbrica ou em local prximo. A terceirizao do servio de coleta
pelo fabricante ou importador no os exime de responsabilidade. caso
descumpram a resoluo, a pena pode chegar sus-penso da liberao de
importao.
FrotaA frota de veculos cresceu at 240% em oito anos nas maiores
cidades do pas. entre 2001 e 2009, o Brasil ganhou mais de 24
milhes de carros, caminhes, motocicletas e outros veculos uma alta
de 76% na frota total. mas em algumas das maiores cidades
brasileiras, a expanso foi bem mais elevada: supera os 240%,
segundo dados do departamento nacional de trnsito (denatran).
Reciclagem de CD e DVDum novo mtodo de reciclagem de cds e dVds
pode tornar muito mais simples e rpido o reaproveitamento de discos
usados. A tcnica foi desenvolvida e patenteada por pesquisadores da
universidade da-Yeh, de taiwan, e consiste em um processo de
lixiviao, que limpa o revestimento dos discos sem inutiliz-los. o
mtodo consiste em lavar o cd ou dVd com lcool, para a parte
impressa, e cido ntrico, para a parte metlica do disco. o resultado
do processo, que leva poucos minutos, um disco virgem quase pronto
para ser reutilizado.
14 AEAARP
artigo
Alm dos biocombustveis possibilita-rem a diminuio dos nveis de
poluio, os resduos de matrias-primas utiliza-das na produo de
biocombustveis podem ser aproveitados na alimentao animal, que, por
conseguinte, estaro sendo utilizados na alimentao huma-na; ou seja,
a produo de energia no desatrelada de modo algum da produo de
alimentos. A seguir alguns exemplos da utilizao desses subprodutos
ou do prprio produto, como a cana e os farelos.
Algodo O farelo de algodo vem sen-do muito utilizado, obtendo-se
timos resultados em raes de vaca leiteira. A utilizao desse
alimento em raes para touros reprodutores no recomendada devido
possibilidade de efeito nocivo reproduo dos animais. uma
alternati-va interessante em raes para gado de corte destinado ao
abate, respeitando-se certos nveis de acordo com a idade do
animal.
Amendoim O farelo de amendoim um alimento de elevado teor
protico, porm, pode haver alguns fatores anti-nutricionais
presentes, como na maior parte das leguminosas. Destacam-se as
melhorias tecnolgicas no sistema produtivo, prticas agrcolas,
processos de secagem, armazenagem e seleo durante o beneficiamento
que tm aju-dado no controle da aflatoxina. Com a reduo dos teores
de aflatoxina, vem aumentando a utilizao do farelo de amendoim na
composio de raes, devido ao seu menor custo, comparado ao do farelo
de soja.
Cana-de-acar Existem variedades desenvolvidas especificamente
para alimentao animal, como forrageira na poca seca, e j grande sua
utilizao. Tambm pode haver aproveitamento dos ponteiros, de bagao
amonizado com uria ou tratado com hidrxido de sdio.
Girassol O farelo de girassol pode ser usado em vrias formulaes
para aves, bovinas e sunas a substituio parcial e at total do
farelo de soja pelo de girassol no prejudica o rendimento dos
animais. O produto pode ser considerado um ali-mento com teor de
protena mdio, baixo teor de lisina e alto valor em fibras.
Resduos da produo de
-
Composio das tortas/farelos das principais oleaginosas
utilizadas para produo de biodiesel (%)umidade Protena
BrutaFibra Bruta
extrato etreo
matria mineral
torta de Algodo 12,0 23,0 23,0 6,0 6,0Farelo de Algodo 12,0 38,0
16,0 0,6 6,5
Farelo de Amendoim 10,0 32,0 22,7 1,5 8,0Farelo de soja 12,5
48,0 3,5 1,1 7,0
Farelo de girassol 12,0 36,0 20,0 3,5 7,0Farelo de canola 10,0
36,5 15,0 1,5 7,0torta de mamona 12,0 29,5 - 8,6 7,5torta de dend
12,0 14,5 - 7,2 4,4
torta de Pinho-manso 12,0 57,0 4,3 - 6,7
Mamona A torta de mamona um produto com elevado teor de protena.
A torta de mamona depois de ser desin-toxicada, pode ser utilizada
substituindo a de algodo e a de soja na alimentao animal, em
especial para bovinos. Por outro lado, hoje seu principal uso como
adubo orgnico, que um produto com baixo valor agregado se comparado
com sua aplicao como alimento animal.
Pinho-manso A torta de pinho-manso tem alto teor de protena e,
aps ser desintoxicada, pode ser utilizada na ali-mentao animal. No
Mxico j existem variedades no-txicas. preciso tomar cuidado
ainda.
Soja O farelo de soja e a soja integral so as principais fontes
de protena na nutrio animal. preciso processar o farelo de soja e
tambm a soja integral com calor antes de utiliz-los nas raes,
Jos Roberto ScarpelliniEng. agrnomo
e tambm na extrao do leo, eliminan-do-se assim toxinas nocivas.
Quando a soja pouco aquecida, continuam ati-vos inibidores de
digesto de protena; em caso de superaquecimento, o valor nutritivo
da soja reduzido pelos danos causados pelo excesso de calor.
Deve-se lembrar ainda que um subpro-
biocombustveis duto da indstria de carnes, o sebo bovi-no, est
sendo utilizado para produo de biocombustveis. Dessa forma, pode-se
afirmar que com os biocombustveis nada se perde, o que no usado em
energia, pode ser transformado em alimento.
RESIDUOS DA PRODUO DE bIOCOmbUStVEIS NA ALImENtAO
FON
TE: R
evis
ta B
iodi
esel
na alimentao
-
construo sustentvel
AEAARP16 AEAARP
Certificao AQUA chega aos edifcios e conjuntos
A Fundao Vanzolini, entidade de re-ferncia em certificao de
sistemas de gesto e produtos da construo civil h mais de 15 anos,
lana no Brasil o primei-ro Referencial Tcnico de Certificao da
Construo Sustentvel - Processo AQUA (Alta Qualidade Ambiental)
Ha-bitacional.
Desde 2007, a Fundao Vanzolini detentora exclusiva do Processo
AQUA para edifcios comerciais e de servios, ocasio em que firmou
acordo com o Centre Scientifique et Technique du Bti-ment (CSTB),
instituto francs, referncia mundial em pesquisas na construo civil,
e sua subsidiria Certiva, para adaptao dos referenciais tcnicos da
certificao francesa HQE (Haute Qualit Environnementale) ao Processo
AQUA no Brasil. Sendo que hoje j conta no pas com a adeso de 14
empreendimentos, sete dos quais j certificados.
Mas foi por meio de convnio, firmado em 2008, com a Cerqual,
integrante do Grupo Qualitel (organismo francs de certificao de
empreendimentos habi-tacionais sustentveis na Frana), que a Fundao
desenvolveu o Referencial Tcnico de Certificao (conjunto de
nor-mas) do Processo AQUA para Edifcios Habitacionais no Brasil,
disponibilizan-do-o agora ao mercado.
O Processo AQUA requer o atendi-mento a 14 categorias da
Qualidade Ambiental do Edifcio (QAE), baseadas em critrios de
desempenho, e exige tambm um Sistema de Gesto do Empreendimento
(SGE) que controla o projeto em todas as fases, incluindo avaliao
por auditoria presencial inde-pendente. O certificado, de nvel
interna-cional, emitido pela entidade em cada uma das trs fases do
empreendimento (programa, concepo e realizao) e visa demonstrar a
qualidade ambiental das edificaes. Na Frana, desde 1990,
Fundao Vanzolini lana a primeira certificao brasileira para
construo de empreendimentos residenciais sustentveis
j foram certificados 50 milhes de m2, o que significa que 800
mil unidades habi-tacionais tm alta qualidade ambiental.
O coordenador executivo do Processo AQUA na Fundao Vanzolini,
Manuel Carlos Reis Martins, explica que a Certi-ficao AQUA para os
empreendedores imobilirios significa que todos os cui-dados com a
gesto do projeto e com o processo de construo ficam documen-tados e
podem ser verificados. Isso inclui a eco-construo e a eco-gesto com
o gerenciamento dos impactos ambientais decorrentes da relao do
edifcio com seu entorno, a escolha integrada de produtos, sistemas
e processos constru-tivos, canteiro de obras de baixo impacto, alm
da gesto da energia, da gua, dos resduos e da manuteno (permanncia
do desempenho ambiental) do edifcio em uso. O Processo AQUA avalia
ainda o conforto acstico, higrotrmico, visual e olfativo da habitao
e promove a qua-lidade do ar, da gua e dos ambientes do
empreendimento habitacional.
Os empreendimentos AQUA so dife-renciados, j que hoje a
preocupao do pblico com os aspectos sustentveis grande. O comprador
sabe que ter uma habitao mais saudvel e confortvel, com valorizao
patrimonial, alm de menores custos no consumo de gua, energia e
conservao. Hoje existem muitos empreendimentos que se di-zem
sustentveis, mas no tm como demonstrar. A certificao AQUA traz um
diferencial: o empresrio consegue provar, atravs da certificao, que
construiu um edifcio ambientalmente correto, o que contribui para
gerar maior velocidade de vendas, define Martins.
A diferena entre a certificao pelo Processo AQUA e outras
existentes no mercado que ela prioriza a concepo do empreendimento.
Assim, o processo flexvel, pois permite ao empreendedor
traar o perfil ambiental pretendido e de-finir as solues de
projeto para chegar aos objetivos traados, estabelecendo a
organizao, os mtodos, os meios e a documentao necessria para
atender ao proposto. O AQUA, no entanto, rigoroso e exige o
atendimento a todos os critrios da Qualidade Ambiental do Edifcio,
alm de um sistema de gesto, o que no acontece com outras
certifica-es ambientais. Alm disso, no AQUA a avaliao e auditoria
so presenciais, enquanto que em outros sistemas o empreendedor
apenas envia um relat-rio do que fez instituio competente. Outra
grande vantagem que se trata de uma certificao brasileira de nvel
internacional, com certificado emitido em 30 dias, completa
Martins.
Entre os materiais e sistemas que po-dem ser adotados em uma
edificao residencial sustentvel esto o reapro-veitamento de gua; a
automao com vistas reduo de consumo de energia e ao conforto
ambiental; a utilizao de energia solar; a adoo de produtos e
materiais reciclveis, entre eles, a madei-ra certificada, pisos
sustentveis, telhas de material reciclado, entre outros.
habitacionais no Brasil
Fundao Vanzolini A Fundao Vanzolini membro
pleno brasileiro da IQNet (The Interna-tional Certification
Network). A IQNet responde por mais de 30% das certifi-caes de
sistemas de gesto no mun-do. Alm disso, membro fundador e tem
assento no Board da SBAlliance (Sustainable Building Alliance
www.sballiance.org), aliana mundial de empresas com preocupaes
ambien-tais e interessadas em certificados em construes
sustentveis, fundada em Paris, em abril de 2008. Mais detalhes no
site: www.vanzolini.org.br.
-
Avenida Meira Junior, 314 | Ribeiro - SPTel: (16) 3441-0100 |
Nextel: 7* 44632
AO ARMADO - TRELIA TELA - PREGO - ARAME
Adaptadas aos empreendimentos
habitacionais, as normas do Processo AQUA Habitacional
so semelhantes s dos edifcios comerciais e de
servios. Porm, guardam especificidades e alguns
detalhamentos que so compatveis com o uso
residencial. A adoo destes critrios garante notas
(excelente, superior e bom) necessrias para alcanar
os nveis que iro garantir a certificao em cada uma das
14 categorias do processo.
Normas do Processo AQUA para Edifcios Habitacionais
Nas cozinhas, deve haver a previso das dimenses mnimas para pia,
fo-go, geladeira e altura da bancada.
Dentro do item gesto de energia, a norma prev o uso de
equipamentos com o Selo Procel (Programa Na-cional de Conservao de
Energia Eltrica), alm de lmpadas econo-mizadoras e iluminao das
reas comuns com sensores de presena (a lmpada s acende se algum est
no ambiente).
Nas reas externas dos empreendi-mentos devem estar previstos
locais para coleta de resduos.
A produo de gua quente precisa obedecer aos requisitos de
distncia (10 m) entre a fonte de calor e pon-
Veja abaixo alguns exemplos:
tos de alimentao, para que haja eficincia e economia.
As caixas de descarga tm de ter capacidade de seis litros ou
menos, alm de dispor de mecanismos de du-plo acionamento e de
interrupo.
Os metais sanitrios necessitam contar com componentes
economi-zadores de gua.
Os medidores de consumo de gua devem ser individualizados e com
determinadas caractersticas pre-sentes na norma.
A instalao de produo coletiva de gua por aquecimento solar deve
ser precedida de estudo tcnico detalhado, inclusive, com garantia
de resultados.
-
tecnologia
AEAARP18
tecn
olog
iaAquele odor forte de gasolina, expeli-
do durante o abastecimento, est com os dias contados. A OPW,
fornecedora multinacional de equipamentos para postos de servios,
traz para o Brasil um sistema de recuperao de vapores, com recursos
capazes de absorver e transformar em lquido os vapores do
combustvel eliminado no ar durante o abastecimento. A tecnologia no
s tem forte apelo ambiental como tam-bm traz outras vantagens
importantes, como preveno de acidentes em pos-tos de servios e
proteo sade dos frentistas e clientes, explica Fernando Whitaker,
diretor geral da OPW para Amrica Latina.
O sistema tem como um dos com-ponentes o VaporSaver, equipamento
que absorve gasolina evaporada direto do tanque de armazenamento do
com-bustvel e separa, por meio de uma membrana, partculas de
hidrocarboneto (componente da gasolina) do oxignio, que eliminado
no ar livre de poluio. Os hidrocarbonetos retornam ao tanque em
forma de lquido. A soluo conta ainda com outro componente, o CVS2,
que remove o excesso de vapor presente no tanque do automvel,
durante o abas-tecimento, evitando que estes vapores sejam
liberados na atmosfera.
Segundo as estimativas da OPW, um posto perde em mdia de 0,25% a
0,40% do volume total do seu estoque de gaso-lina com evaporao. Em
projeo mais modesta, um estabelecimento que vende 300 mil litros de
gasolina por ms perde, no mnimo, 750 litros do produto com
evaporao. Considerando um preo mdio da gasolina a R$ 2,40, a
economia gerada pelo Sistema de Recuperao do Vapor OPW pode chegar
a R$ 1.800,00 mensais ou R$ 21.600,00 ao ano, calcu-la Whitaker. A
economia gerada pode ultrapassar R$ 34 mil com este mesmo volume de
vendas. Em postos com maior
Alm de proteger a sade de frentistas e clientes, e preservar o
meio ambiente, o Sistema de Recuperao de Vapores, da OPW, pode
promover economia aos postos de combustveis
volume de comercializao do combus-tvel, esta economia
evidentemente ainda maior.
Equipamento absorve gasolina evaporada direto do tanque e
separa partculas de hidrocarboneto do oxignio
eliminado no ar livre.
O executivo observa que a soluo pode prevenir outros danos, j
que ao evitar a liberao desses vapores de com-bustvel na atmosfera,
tambm reduz o risco de acidente em postos, sem falar no afastamento
do trabalho por proble-mas de sade. Os vapores liberados na
descarga do combustvel no tanque e nas operaes de abastecimento nos
carros so a principal causa de exploses nos postos de servios. A
cada manuseio do produto liberada uma quantidade muito grande de
vapores, que, por serem incolor, nem percebida pelos frentistas e
donos de postos, conclui.
Sobre a OPWMultinacional de origem norte-america-
na, a OPW est entre as principais for-necedoras de equipamentos
e solues que garantam abastecimento seguro aos postos de servio. O
seu portfolio inclui bicos automticos, juntas giratrias e vlvulas
antitransbordamento. A OPW no Brasil foi certificada ISO 9002 em
1997, e atualmente possui a certificao ISO 9001, alm de contar com
produtos certificados por outros rgos. A com-panhia est presente em
mais de 100 pases, com fbricas em Itatiba-SP, EUA, China e Repblica
Checa.
Chega ao Brasil tecnologia capaz de recuperar gasolina
evaporada durante abastecimento
-
Revista Painel 19
-
fute
bol
Eng civil Jos Galdino Barbosa da Cunha Jnior
Chefe da UGI - Ribeiro Preto - CREA - SP
e mail [email protected]
Rua Joo Penteado 2237Jd. So Luis - Ribeiro Preto -SP Fone 16
3623.7627
20 AEAARP
crea
de manuteno para que o gestor do estdio possa administrar os
recursos para saber a criticidade das demandas encontradas e tambm
as prioridades estabelecidas.
Tudo isso s possvel dentro de cri-trios tcnicos estabelecidos
por profis-sionais do Sistema CONFEA/CREA.
Profissionais para vistoria de estdios de futebol foram
cadastrados em
novembro Um convnio de cooperao tcnica
firmado entre a Unio por intermdio do Ministrio do Esporte (ME)
, o CON-FEA e os 27 CREAs, em 22 de outubro, estabeleceu que cabe
aos Conselhos Regionais organizar, por meio de edi-tal, o
recrutamento e cadastramento de profissionais interessados e
legalmente habilitados para a prestao de servi-os de emisso de
laudos de vistoria de engenharia e laudos de es tabilidade
es-trutural nos estdios de futebol, confor-me determina a Portaria
n 124/07, do ME. Essa portaria estabelece os requisi-tos mnimos a
serem contemplados nos laudos previstos no Decreto Federal n
6795/09, o qual regulamenta o artigo 23 da Lei n 10.671/03 que
trata sobre o controle das condies de segurana dos estdios de
futebol.
Vistoria em estdios de
futebolO CREA SP e a AEAARP realizou
no dia 25, 26 e 27 de novembro o curso para requisitos mnimos
para realiza-o de laudo de vistoria em estdios de futebol de acordo
com a Portaria 124 de 17/07/2009 do Ministrio de Estado do
Esporte.
A Portaria 124 de 17/07/2009 do Mi-nistrio de Estado do Esporte,
prevista no Decreto 6.795 de 16/03/2009 e que regulamenta o Artigo
23 da Lei 10.671 15/05/2003 (Estatuto do Torcedor), traz uma grande
novidade para a categoria profissional.
De acordo com o pargrafo nico do Artigo 3 da referida portaria,
Os laudos de que trata o Anexo II do Decreto 6795, bem como o laudo
de estabilidade es-trutural de que trata o pargrafo nico do Artigo
2, sero elaborados por pro-fissionais legalmente habilitados e
pre-viamente cadastrados para esse fim no CREA local.
Esse curso realizado pela AEAARP foi ministrado em conjunto com
o CREA-SP dando a condio legal para habi-litao dos profissionais
que se inte-ressaram pela proposta de realizar um laudo de
vistoria.
A situao comeou sendo proposta pelo CREA-SP atravs do presidente
Jos Tadeu da Silva que, em parceria com a Federao Paulista de
Futebol (FPF), Confederao Brasileira de Fu-tebol (CBF), FAEASP,
Ibape, Sinaenco e outros, obtiveram uma regulamentao Federal atravs
do presidente da Repu-blica e do ministro do Esporte, tendo o
Sistema CONFEA/CREA a responsabili-dade de cadastrar e habilitar os
profis-sionais interessados (veja abaixo).
O laudo de vistoria, baseado na Nor-ma de Inspeo Predial ,
estabelece os aspectos mais importantes como a real situao de cada
estdio sob aspecto estrutural, eltrico, sistema de segu-rana, real
capacidade e o principal que ir estabelecer um manual e plano
Evento na AEAARP discute o tema com profissionais e
especialistas
-
Revista Painel 13
reciclagem
O Compromisso Empresarial para a Reciclagem (CEMPRE), organizao
no governamental que incentiva a reciclagem no Brasil, criou um
comit de trabalho para acompanhar as discusses sobre a reciclagem
de eletroeletrnicos no pas. O grupo integrado por empresas do
se-tor, fabricantes ou varejistas, associados ao Cempre, como a
Intel, a HP, a Dell, a Phillips, o Wal Mart, Carrefour e o Po de
Acar. O foco do grupo debater os avan-os e principais entraves da
reciclagem da categoria e trabalhar em parceira com autoridades
governamentais para inserir a questo de forma sustentvel na Poltica
Nacional de Resduos Slidos.
A criao de um comit para discutir separadamente o
reaproveitamento dos eletroeletrnicos justificada pelas
particularidades que a linha apresenta. A reciclagem desses
materiais envolve,
CEMPRE cria comit para discutir
por exemplo, uma tecnologia muito mais complexa e cara do que
aquela usada para as embalagens; a relao dos consumido-res com esse
tipo de produto tambm diferente e ainda h um enorme mercado
informal que comercializa produtos mon-tados e alimenta o descarte
irresponsvel dos eletroeletrnicos e das peas, diz Andr Vilhena,
diretor executivo do CEM-PRE. Segundo ele, este o primeiro comit
especfico para uma linha de produtos que a ong estabelece.
O comit defende o conceito da respon-sabilidade compartilhada
entre sociedade, governo e indstria para a reciclagem dos
eletroeletrnicos, o que implicaria em incentivos fiscais,
fiscalizao rigorosa para combater a pirataria, e a definio de
diretrizes nacionais, e no regionais, para a reciclagem dos
produtos.
Estabelecer quando o produto j passou
do tempo de vida til e virou resduo uma questo que precisa ser
bem definida inclusive para regular o transporte dos produtos
destinados reciclagem.
Segundo o comit, cerca de 30% do mercado eletroeletrnico no
Brasil so informais. A reduo da carga tributria que incide sobre o
setor poderia trazer esse mercado para a formalidade, gerando
empregos. Conceder benefcios fiscais s empresas que realizam a
logstica reversa seria uma forma de incentivar a indstria da
reciclagem no setor e potencializar ganhos registrados com a Lei do
Bem, de 2005, que prev incentivos fiscais a empresas que
desenvolvam inovaes tecnolgicas. Segundo o comit, com uma maior
formalizao em apenas dois anos cerca de 5 mil empregos diretos
poderiam ser criados no mercado dos eletroeletrnicos.
reciclagem de eletroeletrnicos
-
Tels: (16) 3630.1818Fax: (16) 3630.1633R. Roque Nacarato, 81
Ribeiro [email protected]
Tudo em material eltrico
Ligada em voc
Aps enfrentar uma crise econmica que exigiu a reestruturao de
toda lo-gstica mundial de produo, adequao de produtos e estratgias
comerciais criativas e diferenciadas, o setor de equi-pamentos e
mquinas para construo e minerao no Brasil surpreende e passa a ser
um dos principais alvos do mercado internacional, por onde pairam
as melho-res oportunidades de investimento.
O estudo Mercado Brasileiro de Equi-pamentos para Construo e
Minerao 2009, que analisa o comportamento e as vendas dos
equipamentos de construo, mostra que o nmero de equipamentos
vendidos em 2009 registrou uma queda de 24% em relao a 2008 (38.670
unida-des comercializadas no pas). O estudo realizado pelo terceiro
ano consecutivo pela Associao Brasileira de Tecnolo-gia para
Equipamentos e Manuteno (Sobratema).
preciso levar em conta que em 2008 tivemos um crescimento
espetacular e incomum (46% em relao a 2007), j que o setor vinha de
um longo perodo de estagnao com baixssima demanda interna por falta
de investimentos con-sistentes em obras de infraestrutura, diz o
professor da PUC de So Paulo e Ph.D em Economia, Rubens Sawaya, da
Insight Consultoria Econmica, uma das empresas que assina o
estudo.
Para atender rapidamente a demanda gerada pelas obras do PAC,
por exemplo, as empresas foram obrigadas a atualizar e ampliar suas
frotas e disponibilizar um mix de produtos de alta performance e
baixa manuteno, o que provocou uma corrida s compras em 2008,
completa o economista. Em 2009, percebemos que, alm do impacto
gerado pela crise mun-dial que trouxe queda de vendas em todo o
mundo, existiu no mercado brasileiro certo ajuste ou acomodao, pois
boa parte das empresas j havia atualizado suas frotas no ano
anterior.
Atravessar o conturbado ano de 2009
de aproximadamente 24%, decorrente da nova necessidade de
crescimento das frotas, principalmente em funo dos programas
governamentais.
Isso deve deixar o Brasil apenas atrs da ndia que, de acordo com
dados da OHR, deve atingir um crescimento em torno de 27%. J a
China e EUA apontam um crescimento menor, de aproxima-damente 7%,
enquanto os pases do Mercado Comum Europeu no registram
crescimento, mas sim uma estagnao econmica, diz o economista Rubens
Sawaya.
As vendas de equipamentos entre 2010 e 2014, em funo dos
investimentos atrelados no s s eleies de 2010, mas tambm ao pr-sal,
Copa do Mundo e Olimpadas, devem ultrapassar a casa de 300 mil
unidades, nmero que seria ain-da maior no fosse o expressivo
aumento na populao de equipamentos, que deve gerar uma estabilizao
no merca-do em 2013. J no ano seguinte, porm, est previsto o incio
de boa parte dos in-vestimentos para as Olimpadas de 2016, e as
vendas devem disparar novamente, atingindo a marca de
aproximadamente 80 mil equipamentos vendidos.
Novos equipamentosO estudo realizado pela Sobratema
acompanha e analisa o desempenho dos equipamentos utilizados em
obras de infraestrutura, construo civil e minerao. Nesse ano, alm
das escava-deiras, carregadeiras, retroescavadeiras, tratores de
esteira, motoniveladoras e caminhes fora-de-estrada, caminhes
rodovirios, tratores de pneus pesados, compressores, gruas,
guindastes, pla-taformas areas, a Sobratema incluiu um equipamento
relativamente novo no mercado brasileiro o telehander, tambm
conhecido como manipulador
AEAARP22
pesquisa
Setor de equipamentos para construo confirma Brasil como um dos
principais mercados do mundo
ileso certamente no seria possvel para nenhum setor da economia
e para o de equipamentos e mquinas no foi diferente como j previam
as projees apresentadas pelo estudo da Sobrate-ma em 2008. Contudo,
os resultados surpreendem, no pelos nmeros, que obviamente so
inferiores ao espetacular crescimento de 2008, mas principalmen-te
pela velocidade e fora com que o mercado se recupera, projetando-se
en-tre as principais economias mundiais, diz o presidente da
Sobratema, Afonso Mamede.
Vendas sobem 10% no Brasil e tm queda
acentuada nos EUA e EuropaOutros dados analisados pelo
estudo
de mercado levam em conta as vendas internas de equipamentos
para constru-o da linha amarela entre 2007 e 2009.
O Brasil registrou crescimento de 10% nesse perodo, resultado
excelente se comparado a mercados como EUA e Eu-ropa, que tiveram
uma reduo de 60%, ou at mesmo a China, pas emergente que vem
apresentando maior cresci-mento econmico nos ltimos anos e que
registrou uma queda inversamente proporcional ao crescimento
brasileiro (fontes: Sobratema e OHR Off-Highway Research).
As previses para 2010 apontam para uma recuperao nas vendas do
Brasil
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Revista Painel 21
Tels: (16) 3630.1818Fax: (16) 3630.1633R. Roque Nacarato, 81
Ribeiro [email protected]
Tudo em material eltrico
Ligada em voc
telescpico utilizado para movimentao e levantamento de carga,
podendo ser adaptado a diversas ferramentas de tra-balho, como
caambas, garfos (pallets), cesto de operao, entre outros.
O telehander foi a nica categoria a registrar nmeros positivos
de vendas em 2009, atingindo a marca de 350 equi-pamentos
vendidos.
Assim como nas edies anteriores, o estudo desenvolvido pela
Sobratema apresenta informaes obtidas junto aos fabricantes,
importadores, empresas usurias, associaes e entidades do se-tor e
as tendncias dos cenrios futuros, at 2014, dos mercados no Brasil.
Desde a primeira edio, a entidade reuniu para elaborao do estudo um
grupo de empresas do qual fazem parte as cons-trutoras Andrade
Gutierrez, Camargo Correa, Galvo Engenharia e Norberto Odebrecht, a
mineradora Vale, o dealer Atlas Copco - Lequip, o fabricante de
peas e componentes Carraro e a loca-dora de equipamentos Escad, uma
das maiores do setor, e conta com as consul-torias econmicas
Minimax Editora, do jornalista britnico Brian Nicholson, e da
Insight Consultoria Econmica.
SobratemaH mais de 20 anos a Sobratema
representa o setor de mquinas e equipamentos para obras de
construo e minerao. No seu quadro de associados esto usurios e
fabricantes de equipamentos para construo e minerao como grandes
construtoras, locadoras, empreiteiras e prestadores de servio alm
dos profissionais da rea (pessoas fsicas). Entre os fabricantes,
fazem parte do quadro de associados da Sobratema empresas como
Volvo, Caterpillar, Komatsu, Case, JCB, Liebherr, Atlas Copco,
Haulotte, Metso Minerals, Dynapac, New Holland, Ciber, Terex,
Hyundai entre outras.
www.sobratema.org.br
As vendas entre 2010 e 2014, em
funo das eleies de 2010, pr-sal,
Copa do Mundo e Olimpadas, devem ultrapassar 300 mil
unidades
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24 AEAARP
anncio grfica
sustentabilidade
Esto abertas as inscries para a Mos-tra de Tecnologias
Sustentveis, evento que rene metodologias, tcnicas, sis-temas,
equipamentos ou processos que contribuam para a construo de uma
sociedade sustentvel.
Neste ano, as tecnologias inscritas de-vem se enquadrar em trs
categorias:
- Tecnologias Verdes, nas subcatego-rias Recursos Naturais,
Energia, Biodi-versidade, gua, Resduos, e Emisses de Carbono
- Tecnologias Inclusivas, com projetos em Incluso Econmica,
Equidade, Aces-sibilidade, Sociodiversidade, Combate Pobreza,
Conhecimento Tradicional, Acesso e Garantia aos Direitos e Polticas
Pblicas
Abertas inscries para
- Tecnologias Responsveis, com foco em Integridade e Combate
Corrupo, Transparncia, Controle Social dos Agentes Pblicos e
Econmicos, Traba-lho Decente
As tecnologias que faro parte da Mos-tra sero selecionadas por
um comit curador constitudo por 11 entidades, tais como Associao
Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), Con-selho
Brasileiro da Construo Susten-tvel (CBCS), Financiadora de Estudos
e Projetos (FINEP), International Finance Corporate (IFC) e Rede de
Tecnologia Social (RTS).
Podem inscrever-se na Mostra pessoas fsicas ou organizaes, com
uma ou mais tecnologias. As inscries so
Agenda A Mostra de Tecnologias
Sustentveis 2010 vai se realizar no mesmo perodo e local da
Conferncia Internacional Ethos 2010, entre 10 e 14 de maio de 2010,
no Hotel Transamrica, em So Paulo
Mostra de Tecnologias Sustentveis 2010
gratuitas e precisam ser feitas apenas via site
www.ethos.org.br/mostra2010. O prazo se encerra em 31 de janeiro de
2010.
-
nistraram at 1187, quando a cidade foi conquistada por Saladino.
Passou novamente a ser administrada pelos rabes, que, com exceo do
curto perodo de reconquista dos cruzados (de 1229 a 1224), a
governaram at 1260.
O livro ilustrado mostra detalhes das influncias com imagens
feitas pelo au-tor e vrias cidades do Oriente Mdio e da Turquia.
Piccini antecipa tambm, na obra, trechos de sua pesquisa atual, que
evidencia o dilogo da arquitetura flo-rentina com as culturas da
sia Central e mesmo do extremo Oriente, resultado das trocas
comerciais que se realizavam pela famosa Rota da Seda.
Arquitetura: do Oriente Mdio ao Oci-dente traz ainda um glossrio
de termos arquitetnicos em rabe, turco, armnio e portugus, e a
cronologia de 570 a 1198, com consultas dos perodos menciona-dos,
dinastias e datas histricas, alm de documentos datados em 1390,
1402, 1413 e 1463.
Uma revi-so profun-
da na histria da arquitetura do Renascimento
europeu. o que prope o arquiteto e pesquisador Andrea Piccini em
seu livro Arquitetura: do Oriente Mdio ao Ociden-te. Evidenciando a
forte influncia da cultura rabe-islmica e turco-islmica em Florena,
decorrente das trocas comerciais e das cruzadas, Piccini apre-senta
um novo paradigma muito alm das heranas greco-romanas para se
compreender as manifestaes arquite-tnicas no perodo na Itlia, bero
das inovaes renascentistas que ecoariam por toda Europa.
Na apresentao, Julio Katinsky, pro-fessor da FAU-USP, deixa
clara a rele-vncia do estudo de Piccini:
Seguindo essa tendncia, acredito que podemos considerar a Escola
da FAU (Faculdade de Arquitetura e Urbanismo)-USP, como foro
pri-vilegiado de uma nova histografia da Arte da Arquitetura entre
ns do Brasil. Para isso, os fundamentos foram oferecidos
principalmente por Caio Prado Jnior, Srgio Buarque de Holanda,
Florestan Fernandes, sem esquecer, obviamente, Liwis Morgan e
Claude Levi-Strauss. a essa escola que se filia o estudo de Andrea
Piccini.
O interesse do autor se desenvolveu ainda na universidade,
quando cursava a Faculdade de Arquitetura da Univer-sidade de
Florena e teve os primeiros contatos com a cultura arquitetnica
oriental:
Tudo comeou quando estava na Universidade: enquanto todos
estu-davam matrias tradicionais, eu j desenvolvi a curiosidade por
deta-lhes das residncias rabe-islmica e turco-islmica e suas
influncias. Como, por exemplo, Jerusalm, que foi anexada ao novo
imprio rabe e era um smbolo religioso, e se tornar um motor de
transmisso de elementos arquitetnicos. No ano de 1099, a cidade foi
conquistada aos rabes pelos cruzados, que a admi-
Arquitetura: do Oriente Mdio ao Ocidente
Sobre o autor Formado em Arquitetura pela
Fa c u l d a d e d e A r q u i t e t u r a d a Universidade de
Florena, Itlia mestre em Arquitetura na rea de Tecnologia do
Ambiente Construdo pela EESC/USP. Defendeu seu doutorado em
Engenharia Urbana no Departamento de Engenharia de Construo Civil
da Escola Politcnica/USP. mestre em Cultura Mdio Oriental na rea de
concentrao Literatura e Cultura Mdio Oriental, Departamento de
Lnguas Orientais da FFLCH/USP, onde acompanha como professor
convidado pesquisas e teses sobre arquitetura rabe no Oriente Mdio.
professor convidado e coordenador do Brasil no Centro de Pesquisa e
Documentao, Tecnologia, Arquitetura e Cidade nos Pases em
Desenvolvimento-Departamento Casa Citt-Faculdade de Arquitetura,
Politcnico de Torino-Itlia, para atividade de graduao e ps-graduao.
Membro do comit de Arte e Cultura da Cmara de Comrcio, Indstria e
Turismo Brasil-Turquia de So Paulo e do Instituto de Cultura rabe
de So Paulo (ICARBE).
biblioteca
TAPYR SANDRONI JORGE Engenheiro Eletricista
Rua Laudo de Camargo, 425 Jd. So LuizTel: 16 3623.9928 /
9992.9545
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TENSO
-
do o Colgio de Entidades Nacio-nais (Cden). Na COP-15 lide-ranas
de vrios pases vo dis-cutir cinco eixos fundamentais para encontrar
solues relativas ao aquecimento global: viso compartilhada,
mitigao, transferncia de tecnologias, adaptao e apoio finan-ceiro.
A expectativa que dessas discus-ses saia um novo acordo global.
Paralelamente COP, ocorrer tambm a 5 Reunio das Partes do Protocolo
de Kyoto, que deve definir as metas para o segundo perodo de
compromisso do do-cumento, que vai de 2013 a 2017.
Ao preparar sua ART, no se esquea de preencher o campo 31 com o
cdigo 046. Assim, voc destina 10% do valor recolhido para a AEAARP.
Com mais recursos poderemos fortalecer, ainda mais, as categorias
representadas por nossa Associao.
Contamos com sua colaborao!
notas e cursos
AEAARP26
NOVOS ASSOCIADOS
ARQUITETURALeonardo Rubens Cardinale de
Moura Cavalcanti
ENGENHARIA AGRONMICADenizart Bolonhezi
Marco Antonio AzzoliniNey Jose Ibrahim
ENGENHARIA CIVILCarlos Roberto Del Nero Muller
Francisco Carlos de Almeida Barros
ESTUDANTE - ENGENHARIA AMBIENTAL
Isabela Galon Murari
CopenhagueEntre os dias 7
e 18 de dezem-bro acontece em Copenhague, na D i n a m a r c a ,
a Conferncia da Organizao das Naes Unidas
(ONU) sobre mudanas climticas. A conferncia COP15 a 15 e tem
como objetivo chegar a um novo acordo sobre o clima para substituir
o Protocolo de Kyoto que expira em 2012. No entanto, vrios pases
permanecem divididos. Entre as
principais divergncias est a meta de cortes de emisses de gases
poluentes para pases desenvolvidos. Outro ponto a definio sobre o
volume de recursos que as naes mais ricas devero destinar para
ajudar os pases em desenvolvimento a reduzir suas emisses e
financiar projetos de adaptao.
No Brasil h um consenso para reduzir em 80% o desmatamento na
Amaznia at 2020. O Ministrio do Meio Ambiente defende a proposta de
reduo em 40% a estimativa de emisso de gases causado-res do efeito
estufa at 2020.
PECE/Poli abre inscries para Engenharia FinanceiraO Programa de
Educao Continuada
da Escola Politcnica da USP (PECE/Poli) abre inscries para o
curso de especiali-zao em Engenharia Financeira.
O curso abrange tanto aspectos tcnicos referentes rea entre
eles, os funda-mentos matemticos e computacionais utilizados na
gesto de ativos financeiros como de administrao e business que
englobam, por exemplo, a gesto de riscos.
Voltado para profissionais com formao superior e experincia nas
reas de econo-
mia, administrao e engenharia, entre ou-tras, o curso composto
de 14 disciplinas e tem durao mdia de dois anos.
As aulas, que tero incio em maro, se-ro ministradas nas
dependncias da Poli, na Cidade Universitria, em So Paulo, s
segundas, teras e quartas-feiras noite. O ingresso feito por meio
de processo seletivo, que inclui anlise de currculo e
entrevista.
Mais informaes podem ser obtidas no endereo www.pecepoli.com.br
ou pelo telefone (11) 2106-2400.
O plenrio do CONFEA aprovou a consti-tuio de uma misso com a
Socieda-de Brasileira de Meteorologia (Sbmet) para participao da 15
Conferncia das Partes (COP), realizada pela Conveno-Quadro das Naes
Unidas sobre Mu-dana do Clima, entre os dias 7 e 18 de dezembro, na
Dinamarca. Faro parte da misso o presidente do CONFEA, Marcos Tlio
de Melo, ou seu representante; o conselheiro federal, ar-quiteto
Jos Roberto Geraldine Jnior, coordenador do curso de Arquitetura e
Urbanismo do Centro Universitrio Baro de Mau, representando o
Plenrio do CONFEA, um representante do Colgio de Presidentes que
ainda ser definido e Alfredo Silveira da Silva, representan-
Geraldine Jr.
Sistema CONFEA/CREA na Conferncia de Copenhague