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Painéis Passeio Pelo Tempo

Mar 06, 2016

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Cepimar

Painéis da exposição Passeio pelo Tempo
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Em 1662, o Duque de Rouanez acatou a sugestão do filósofo Blaise Pascal e criou um serviço de carruagens públicas em Paris, com horários, tarifas e itinerários previamente definidos. Foi o primeiro sistema organizado de transporte coletivo de passageiros de que se tem notícia.

Em pouco tempo, os carros puxados por animais, receberam o apelido de carrosses à cinc sols, em referência à moeda da época. As carruagens levavam até oito passageiros.

Carrosse à cinq sols, 1662. Maquette, [Paris], s/d.

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No Brasil, o primeiro serviço de carruagens para o transporte coletivo de passageiros foi implantado pelo sargento-mór Sebastião Fábregas Suringe, em 1817. Os coches e seges levavam os súditos de D. João VI do Centro do Rio de Janeiro até os palácios reais da Quinta da Boa Vista e Santa Cruz, para a cerimônia do beija-mão. Nos anos que seguiram, vários serviços de diligências coletivas se espalharam pela Corte e por outras cidades brasileiras.

Cerimônia do Beija Mão. [Rio de Janeiro], s/d.

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Em 1825 o sr. Stanilas Baudry, dono de uma casa de banhos na periferia de Nantes, na França, colocou em circulação uma viatura puxada por cavalos para dar condução gratuita aos seus clientes. O serviço fez tanto sucesso que o sr. Baudry passou a cobrar

Suas viaturas saíam da frente da chapelaria do sr. Omnes, Nantes, onde havia uma tabuleta com os dizeres Omnes-omnibus. Os passageiros adotaram o trocadilho e passaram a chamar os veículos de "ônibus". Em latim, omnibus quer dizer para todos.

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O primeiro ônibus do Brasil foi importado por Jean Lecoq em 1837. Era um carro vermelho, com dois andares, puxado por burros. No mesmo ano, a Regência Imperial concedeu autorização para a instalação da Companhia de Ônibus do Rio de Janeiro, cujos carros passaram a circular no final de 1838. Depois dela, surgiram companhias de transporte público em muitas cidades brasileiras, que operavam com ônibus e gôndolas. As gôndolas eram carros menores, simples, menos sofisticadas e mais baratas que os ônibus.

Ônibus das décadas de 1830 e 1840, semelhante ao modelo importado por Lecoq. [Paris], s/d.

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As primeiras linhas regulares de ônibus movidos a vapor surgiram na França e na Inglaterra em 1834 e aumentaram a eficiência do transporte de passageiros. Preocupados com a concorrência do novo serviço, os antigos cocheiros colocavam obstáculos nas estradas para impedir o tráfego dos ônibus. Conta-se que por isso aconteceu o primeiro acidente, na linha inglesa entre Glasgow e Paisley, quando uma das caldeiras do ônibus explodiu fazendo várias vítimas.

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Em 1871, Francisco Antônio Pereira Rocha apresentou uma locomotiva movida a vapor, unida a um reboque de dois andares para passageiros que rodava pelas ladeiras de Salvador sem o auxílio de trilhos. A maxambomba - como ficou conhecida - admirou a todos com suas rodas de borracha e agilidade.

Maxambomba. Bico de pena, s/d.

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Em 1860, Etienne Lenoir criou uma máqu ina capaz de f u n c i o n a r c o m g á s d e iluminação, para substituir o uso do vapor.. Era um tempo de g r a n d e s i n o v a ç õ e s tecnológicas. Em 1877, surgira o motor de quatro tempos, desenvolvido por Nikolaus Otto. Ô

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1898.

Logo depois, em 1886, Karl Benz patenteou um veículo movido a gás que foi considerado o primeiro automóvel útil do mundo. Novos combustíveis eram desenvolvidos para os motores a explosão. Nos últimos anos do século XIX, o engenheiro Daimler apresentou o primeiro ônibus com motor a gasolina do mundo.

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Naquela ocasião, o empresário Otávio da Rocha Miranda iniciou o tráfego dos primeiros auto ônibus do Brasil, movidos por gasolina. A gasolina foi o combustível mais usado nos ônibus até a década de 1950, quando surgiram os primeiros ônibus movidos a óleo diesel fabricados no Brasil.

Em 1908, o Rio de Janeiro e s t a v a e m f e s t a , comemorando o centenário da abertura dos portos ao comércio com as nações amigas. Junto com os festejos, acontecia a Expos ição Nac iona l , onde se r iam apresentados os mais valiosos produtos das artes e ofícios brasileiros.

Ônibus a gasolina da Empresa Auto Avenida. Miniatura, s/d.

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Desde fins do século XIX, e n g e n h e i r o s b u s c a v a m alternativas para aumentar a eficiência e baratear o preço de implantação do transporte público. Assim surgiram ônibus com motores elétricos.

Os ônibus movidos por baterias - electrobus - rodaram na Inglaterra, na versão com dois andares, por volta de 1903. Ao mesmo tempo, os trólebus captavam a eletricidade de cabos aéreos através de lanças e não usavam trilhos. Em 1901, Nithard apresentou suas experiências com trólebus em Lion, na França.

Ônibus elétrico. Paris, 1901.

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A Companhia Municipal de Transporte Coletivo - CMTC - foi criada em São Paulo em 1947. Logo no início de suas atividades, a companhia importou 30 trólebus de fabricação norte americana e inglesa e os colocou em circulação nas ruas da Capital paulista em 1949. Foi a primeira experiência desse tipo no Brasil. Depois disso, muitas cidades brasileiras adotaram os trólebus em suas frotas urbanas. Em 1958, a empresa brasileira Trólebus Villares apresentou o protótipo do ônibus elétrico fabricado com tecnologia nacional.

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