Após aprovação em assembleia pela ca- tegoria, o Sindicato dos Trabalhadores em Edifícios e Condomínios (Sindifícios) fechou com o patronal acordo que rea- justa os salários de todos os zeladores, porteiros, vigias, faxineiros, ascensoris- tas, garagistas, manobristas e folguistas de São Paulo em 8,5%. O acordo entra em vigor no dia 1º de outubro (data-ba- se) e vale até 30 de setembro/2015 para os pisos e para salários acima. Para Paulo Ferrari, o Paulinho, presidente da entidade, o acordo reflete a participa- ção da categoria, que compareceu em peso às assembleias. “E ainda saímos com a proposta de retomar as negocia- ções já em abril do próximo ano, evitan- do que as perdas sejam muito grandes. A categoria já pode fazer suas contas e exigir o reajuste. Caso o acordo não seja respeitado, denuncie ao Sindicato para que tomemos as medidas cabíveis”, es- clarece Paulinho. A cesta básica foi reajustada em 10%, mas o reajuste mais significativo foi no tíquete-refeição: 30%. Os trabalhadores brasileiros es- tão vivenciando, neste ano, um momento determinante para o fortalecimento das nossas lutas visando a concretização dos nos- sos objetivos. Primeiro, por es- tarmos em ano eleitoral, cabendo a nós escolher nossos represen- tantes nos Estados, no Congresso Nacional e no Palácio do Planalto, escolhas que determinarão os ru- mos a serem seguidos pelo País nos próximos anos. Segundo por- que os quadros econômico e so- cial que se insinuam para o curto e médio prazos não são lá muito animadores. Que o movimento sindical e a classe trabalhadora exercem, hoje, um protagonismo crucial nas lutas pela manutenção e pela am- pliação dos direitos conquistados ao longo dos anos, é incontestá- vel. E esse protagonismo tem de ser fortalecido cada dia, a cada obstáculo a ser transposto. Man- ter acesa essa chama é essencial para o nosso fortalecimento. Temos de combater, unidos, or- ganizados e determinados, a in- flação, os juros altos, a elevada carga de impostos e taxas e o su- cateamento do parque industrial brasileiro, que, consequentemen- te, trazem queda da produção e desemprego. Vamos manter nossos sentidos em alerta. A defesa da Pauta Tra- balhista, dos empregos e salários são prioridades absolutas. Trabalho M etalúrgicos promovem mobilização em Mogi A manifestação do Sindicato de São Paulo e Mogi será a 6ª da Campanha 2014 da categoria Miguel Torres: “Os trabalhadores metalúrgicos não abrem mão do aumento real” O Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes reali- za, nesta sexta-feira, 26, em Mogi das Cruzes, a 6ª manifestação de mobili- zação da Campanha Salarial 2014 da categoria. O ato será às 9 horas na Rua Tenente Onofre Rodrigues de Aguiar, alt. nº 200, V. Industrial. As manifestações anteriores foram realizadas nos dias 15 (Zona Norte da Capital); 16 (Zona Oeste); 17 (Zona Sul); 18 e 22 (Zona Leste), e envolveram em torno de 14 mil trabalhadores, que ma- nifestaram disposição de ir à greve por aumento real caso os patrões se mos- trem intransigentes. “As ações estão mostrando a dispo- sição de luta da categoria. Não vamos abrir mão da reposição integral da in- flação mais o aumento real, além da manutenção das cláusulas sociais da nossa CCT”, afirma o presidente do Sindicato, Miguel Torres. A Pauta de Reivindicações já foi en- tregue à Fiesp e aos demais grupos patronais, e o comando de negociação está aguardando a manifestação dos patrões para iniciar as negociações. A Campanha é unificada com outros 52 sindicatos de metalúrgicos filiados à Federação do Estado de São Paulo e à Força Sindical, envolvendo cerca de 750 mil trabalhadores. A data-base é 1º de novembro. ENCONTRO DE JOVENS METALÚRGICOS Também nesta sexta-feira (26) o Sin- dicato realizará o 3º Encontro de Jo- vens Metalúrgicos. O evento é organi- zado pelo Departamento da Juventude do Sindicato e será realizado das 8 às 14 horas no auditório da entidade, Rua Galvão Bueno, 782, Liberdade. O encontro visa mobilizar os jovens da categoria para a Campanha Salarial e promover uma maior integração com o Sindicato e suas ações. Os frentistas vão lutar contra qualquer intenção de se implan- tar bombas de autosserviço em postos de combustíveis de todo o País. A decisão foi tomada no dia 24, durante a abertura do VI Seminário Nacional dos Frentis- tas, no Rio de Janeiro. “É um absurdo o movimento re- trógrado das multinacionais, que querem impor ao Brasil um mo- delo ultrapassado de revenda de combustível no varejo”, segundo sindicalistas presentes ao Semi- nário, “uma vez que países como França, Estados Unidos e Ale- manha, que adotam o sistema de bombas self-service, estão revendo os seus conceitos”. A cultura de automatização, se co- locada em prática, vai colocar em risco mais de 500 mil empregos. Geraldino dos Santos, secretário de Relações Sindicais da Força Sindical, declarou que “o movi- mento sindical não vai admitir que trabalhadores de postos de combustíveis sejam demitidos por causa das bombas self- service”. Já Eusébio Pinto Neto, presidente do Sinpospetro-RJ e secretário-geral da Fenepospe- tro, disse que o Seminário trouxe um norte para a luta e o futuro da categoria. Ele afirmou que, “na década de 90, o projeto de im- plantação das bombas de autos- serviço não conquistou o apoio da população, que ficou ao lado dos frentistas”. Luiz Arraes, presidente da Fe- deração dos Frentistas de SP (Fepospetro), denunciou que “a manobra está sendo feita pelas grandes empresas de petróleo para acabar com a mão de obra nos postos de combustíveis”. Para o sindicalista Francisco So- ares, presidente da Federação Nacional dos Frentistas (Fene- pospetro), “o movimento sindi- cal é o grande guardião do País e promove o crescimento econô- mico da nação. A classe operária enfrentou várias batalhas para que hoje os direitos dos traba- lhadores sejam respeitados”. Foto: Arquivo Força A automatização coloca em risco o emprego de mais de 500 mil frentistas Paulinho: “Acordo foi reflexo da participação e empenho da categoria” Foto: Fabio Casseb Foto: Arquivo Sindifícios www.fsindical.org.br facebook.com/CentralSindical twitter.com/centralsindical Miguel Torres Presidente da Força Sindical Trabalhadores rejeitam bombas de autosserviço O momento é de luta, união e determinação Trabalhadores conquistam reajuste de 8,5% SINDIFÍCIOS FRENTISTAS Publieditorial OPINIÃO CAMPANHA SALARIAL 2014 Confira os novos valores: Zeladores Porteiros ou Vigias Garagistas, Manobristas e Folguistas Cabineiros ou Ascensoristas Faxineiros e demais R$ 1.043,90 R$ 1.132,63 R$ 999,97 R$ 1.084,97 R$ 999,97 R$ 1.084,97 R$ 999,97 R$ 1.084,97 R$ 956,05 R$ 1.037,31 PISOS ANTIGOS NOVOS Cesta básica: de R$ 172,80 para R$ 190,08 Tíquete-refeição: de R$ 5,40 para R$ 7,00