Benditas sejam, para sempre, as histórias, Mesmo as que ninguém me chegou a contar, Mas que eu inventei com o fascinado engenho de uma infância debruada a ouro nos esconderijos da fala que silêncio algum ousou vencer. José Jorge Letria, Produto Interno Lírico, 2010 Mais um período, mais um trimestre do ano letivo em curso, mais algumas experiências pedagógicas e de âmbito cultural: uns a dar vida a ideias que já foram sonhos; outros a aprenderem através de vivências significativas e motivadoras. A propósito, lembro-vos algumas atividades que pelo engenho dos professores dinamizadores e empenho dos alunos que nelas participaram enriquecem a história deste Agrupamento. Entre as várias iniciativas que foram leva- das a cabo, permitam-me destacar a mobilidade ao País de Gales no âmbito do Projeto Comenius, a Manta de histó- rias, a Semana da Leitura, a Semana da Saúde e a imple- mentação da Rádio Escola. Ainda neste enquadramento, saliento o lançamento do novo sistema de mailing e parti- lha documental, que certamente permitirá otimizar a comunicação entre professores e alunos. Ao nível da organização interna, não poderia deixar de destacar o trabalho da equipa de autoavaliação, cuja quali- dade está bem ilustrada na página web do Agrupamento. Devo recordar o seu contributo para a aferição daquilo que está envolvido em todo o esforço de coordenação necessário a uma implementação coesa dos ideais que norteiam o nosso Projeto Educativo. Concluo esta minha breve reflexão com a certeza de que, para que tais iniciativas fossem uma realidade bem- sucedida, mais uma vez pudemos contar com a criativida- de e o espírito de iniciativa dos profissionais deste Agru- pamento. Estão todos de parabéns, pois contribuíram para o desenvolvimento da nossa narrativa! O Diretor, Adérito Luís Vieira Ferreira EDITORIAL Jornal Os Pacitos EDIÇÃO 2º PERÍODO ANO LETIVO 2011/2012 Editorial O Cantinho dos Pequenos Escritores Os Jornalistas na Aula de Português O 1.º Ciclo Projeto Saúde Atividades da Biblioteca Outras Atividades Passatempos Coordenação: Prof. Dulce Cunha Design Gráfico: Prof. Luís Pereira Publicação: Prof. Filipe Costa Produção de Texto: Fábio Carvalho, Mónica Lucena e Paulo Seixal Fotografia: Beatriz Carneiro, Bruna Ribeiro e Inês Neto Passatempos: José Ferreira e Rui Cunha Produção Técnica: Miguel Neto e Pedro Pinto Contributos: [email protected]Eis-nos de novo em época de balanço… OBJETIVOS: - Aproximar os alunos da era da comunicação, dos seus recursos e modos de trabalho; - Estimular a prática de um “jornalismo escolar” crítico e imagina- tivo; - Aumentar a importância da utiliza- ção dos jornais escolares e das novas tecnologias da comunicação no pro- cesso de ensino/aprendizagem; - Fazer do jornal escolar um instru- mento cívico para a discussão de temas relevantes da sociedade para a comunidade escolar e para a promo- ção de relações entre a escola e o meio envolvente (designadamente com a autarquia, com as famílias, as coletividades e as instituições); - Desenvolver a capacidade de inves- tigação; -Desenvolver competências a nível da comunicação; - Estimular a criatividade, o gosto pela leitura, pela escrita e pelo trabalho de equipa; - Aprofundar o conhecimento da atividade jornalística; -Promover a utilização das Tecnolo- gias da Informação e da Comunica- ção; - Desenvolver valores, atitudes e práticas que contribuam para a forma- ção dos alunos enquanto cidadãos conscientes e participativos numa sociedade democrática; - Motivar toda a comunidade educati- va para a participação com trabalhos realizados para o jornal.
Jornal EScolar do Agrupamento Vertical de Paços de Ferreira
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Benditas sejam, para sempre, as histórias,
Mesmo as que ninguém me chegou a contar, Mas que eu inventei com o fascinado engenho
de uma infância debruada a ouro nos esconderijos
da fala que silêncio algum ousou vencer.
José Jorge Letria, Produto Interno Lírico, 2010
Mais um período, mais um trimestre do ano letivo em
curso, mais algumas experiências pedagógicas e de âmbito cultural: uns a dar vida a ideias que já foram sonhos;
outros a aprenderem através de vivências significativas e
motivadoras. A propósito, lembro-vos algumas atividades que pelo
engenho dos professores dinamizadores e empenho dos
alunos que nelas participaram enriquecem a história deste
Agrupamento. Entre as várias iniciativas que foram leva-das a cabo, permitam-me destacar a mobilidade ao País
de Gales no âmbito do Projeto Comenius, a Manta de histó-
rias, a Semana da Leitura, a Semana da Saúde e a imple-mentação da Rádio Escola. Ainda neste enquadramento,
saliento o lançamento do novo sistema de mailing e parti-
lha documental, que certamente permitirá otimizar a
comunicação entre professores e alunos. Ao nível da organização interna, não poderia deixar de
destacar o trabalho da equipa de autoavaliação, cuja quali-
dade está bem ilustrada na página web do Agrupamento. Devo recordar o seu contributo para a aferição daquilo
que está envolvido em todo o esforço de coordenação
necessário a uma implementação coesa dos ideais que norteiam o nosso Projeto Educativo.
Concluo esta minha breve reflexão com a certeza de que,
para que tais iniciativas fossem uma realidade bem-
sucedida, mais uma vez pudemos contar com a criativida-de e o espírito de iniciativa dos profissionais deste Agru-
pamento.
Estão todos de parabéns, pois contribuíram para
o desenvolvimento da nossa narrativa!
O Diretor,
Adérito Luís Vieira Ferreira
EDITORIAL
Jornal Os Pacitos
E D I Ç Ã O 2 º P E R Í O D O A N O L E T I V O 2 0 1 1 / 2 0 1 2
Editorial
O Cantinho dos
Pequenos Escritores
Os Jornalistas na
Aula de Português
O 1.º Ciclo
Projeto Saúde
Atividades da
Biblioteca
Outras Atividades
Passatempos
Coordenação: Prof. Dulce Cunha
Design Gráfico: Prof. Luís Pereira
Publicação: Prof. Filipe Costa
Produção de Texto: Fábio Carvalho, Mónica Lucena e Paulo Seixal
Fotografia: Beatriz Carneiro, Bruna Ribeiro e Inês Neto
A inaudita guerra nas Ilhas dos Açores A deusa Clio adormece novamente e, novamente, se encruzilham duas épocas diferentes. Des-
ta vez, foi o dia 31 de dezembro do ano 1001 e do dia 31 de janeiro do ano 2001. Tudo se passou numa tarde quando as pessoas acabavam de almoçar e voltavam ao seu traba-lho, quando particularmente na ilha de S. Jorge, se depararam com pessoas que usavam apenas uma espécie de saia feita de folhas. Era Inverno e, por isso, as pessoas do século XXI pensavam
que aquilo talvez fosse uma manifestação contra algo que não apoiavam. Mas não era! Era mesmo uma época totalmente diferente da deles. Distinguiu-se, então, um homem que era alto, robusto mas que tinha uma cara um pouco diferente do normal. Tinha uns olhos muito grandes e azuis que
só de olhar fazia impressão; um nariz pequeno, uma boca muito pequena também e as orelhas demasiado grandes. O seu cabelo era tão loiro, tão loiro que as pessoas do século XXI diziam que era pintado (coisa que no século XI era impossível). Com aquela confusão, as pessoas ficaram
baralhadas. Por que estariam aquelas pessoas assim vestidas? Uma das crianças da nossa geração, que acabara de almoçar com a sua avó, viu aquela situação
e, perguntou com um pouco de medo: - Avó, que fazem estas pessoas assim vestidas em pleno inverno?
- Não sei, mas devem ser umas pessoas que não estão de acordo com algo eleito pelo Governo. São muito apoiantes das suas ideias para estarem assim vestidos com este frio de rachar!
- Posso ir lá falar com ele? – Pergunta Tomás. - Não, nós vamos é já lá para dentro, para a beira da lareira. Então, Tomás determinado em fazer algo, começou a correr.
A sua avó implorava para que voltasse, mas ele continuava, até que chegou perto do homem robusto e perguntou-lhe: - Por que está assim vestido? Não tem frio?
- Eu estou assim porque é a única peça de roupa que tenho, eu e todas estas pessoas. Sim, estou com frio. Sabes onde posso encontrar um sítio mais quente? – Interrogou o homem. - Sei sim, na casa da minha avó! Ela tem a lareira acesa. Acompanhe-me por favor.
E então lá foram os dois e claro Tomás explica à avó tudo sobre ele, e ambos ajudaram o sujei-
to dando-lhe roupa mais acolhedora. Bebeu um chá quente e deixaram-no permanecer perto da lareira.
No preciso momento em que a criança tencionava perguntar-lhe o
nome, Poof! Desapareceu. Era a deusa Clio que acabara de acordar, depressa desembaraçou o nó e apagou da memória o episódio. Clio ficara proibida de beber ambrósia durante 888 anos. Trocara também de ativida-
de com a sua irmã Delphia e passara agora a ter uma função que não a deixara adormecer mais.
A obra Pedro Alecrim conta a história de um menino chamado Pedro que andou na escola durante seis anos. Quando fez o sexto ano teve que deixar a escola, pois o seu pai faleceu e lá
em casa havia pouco dinheiro. O seu amigo Nicolau também deixou a escola por problemas financeiros. Foi para casa do irmão Casimiro em Gaia e arranjou emprego num café. O Pedro também arranjou um trabalho: passou a ser apren-diz de ferreiro do tio Trindade.
Ana Rita
O QUE MAIS GOSTEI
A parte da história que eu mais gostei foi quando o Pedro queria tocar cavaquinho, porque eu também gostaria de aprender.
Marco António
Gostei quando o Pedro e o Nicolau tanto queriam ganhar a lotaria que trabalharam muito
para comprar o bilhete. Quando chegou a altura do sorteio ficaram muito tristes… Ainda não era desta que iam realizar os seus sonhos!
Daniel
Quando o Pedro e o Nicolau pensavam que tinham peixes numa poça, só que os peixes trans-formaram-se em rãs!!! Eram girinos.
Sandro
A parte da história que gostámos mais foi quando o Pedro recebeu a carta do Nicolau que contava como estava a ser a sua nova vida em Gaia, porque achámos que eram muito amigos. O Luís também escreveu ao Pedro e assim sentiam menos saudades uns dos outros.
Andreia e Patrícia
Quando o Luís pôs um rato de plástico em cima da sua mesa e a professora saiu a correr da
sala assustada. Rui
Gostámos bastante da parte em que o Luís desabafou com o Pedro. O Luís foi muito corajoso
ao contar que os pais se tinham separado, principalmente ele que costumava esconder o seu sofri-mento, dizendo piadas de mau gosto sobre os colegas.
Eduardo José, Adriana e Cristiano
Gostámos bastante da maneira como o Pedro e o Luís escreveram as suas cartas. O Pedro escreveu da direita para a esquerda e o Luís acrescentou sílabas (linguagem dos Pês). Também gos-
támos da carta que o Nicolau escreveu ao Pedro a contar a sua vida no Café Búfalo, pois estava bastante engraçada.
Eu gostei do final da história que é quando o tio Trindade diz que vai ensinar o Pedro a tocar cavaquinho e arranja-lhe emprego como aprendiz de ferreiro.
Licínia
OPINIÕES SOBRE ESTA OBRA
Não gostei que o livro não tivesse ilustrações. Também não gostei quando o pai do Pedro mor-reu. Gostei quando o Nicolau foi trabalhar para um café que era o que ele queria e o Pedro começou a aprender a tocar cavaquinho.
Licínia
Gostei porque a história tem várias partes engraçadas. Fala-nos da vida, na riqueza e
na pobreza e também da amizade. Sandro
Gostei porque a história é contada de uma maneira que parece realidade. Conta-nos
tristezas e alegrias. Ana Sofia
A edição mais antiga é mais interessante porque tinha ilustrações. Leandro e João
Achámos que a história é interessante e tem um pouco de tudo – diversão, alegria e tristeza. Eusébio, Beatriz, Marco Paulo e Eduardo Filipe
Gostei de conhecer um novo livro. Gostei principalmente da história da vida de duas persona-
gens: o Pedro e o Nicolau.
Bruno
Tive pena quando o pai do Pedro morreu e interessei-me mais pela história a partir daí para ver o que ia acontecer com o Pedro.
Luís
Gostei muito da história porque refere a vida de uma criança da nossa idade que sofre o faleci-mento do pai, mas consegue superar esse acontecimento. Gosta de estudar, embora não possa conti-
nuar a fazê-lo devido à falta de dinheiro em casa. Dá-nos um exemplo de vida. Ana Rita
Batalha de Aljubarrota - resultado da batalha ao CONTRÁRIO!
Soa a trombeta castelhana, dando sinal de batalha. Som horrendo que parecia correr de norte a sul de Portugal. As mães aflitas apertavam os filhinhos ao peito e alguns dos rostos mudavam de cor. Tratava-se da luta entre espanhóis e portugueses, com grande fúria de ambas as partes. Imen-
sos e numerosos, os inimigos cresciam sobre a gente de Nuno Álvares Pereira e entre eles esta-vam os próprios irmãos do futuro Condestável. D. João gritava aos seus soldados para que defen-dessem a sua terra ameaçada, pois a liberdade da pátria dependia da coragem daqueles soldados.
D. João, vendo em risco os soldados portugueses,
precipita-se em auxílio do exército já cercado. Todos os seus soldados o acompanhavam e, sem medo de perder a vida, atiram-se para o meio dos
inimigos. O rei português e os seus soldados lutam desesperadamente, mas pelo facto dos castelhanos serem mais do que os portugueses, não resistem à
coragem dos espanhóis. São vencidos os lusitanos que fogem pelos campos de Aljubarrota.
Bruna, n.º 2, 9.º B
E D I Ç Ã O 2 º P E R Í O D O
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Ata do Consílio dos Deuses
Ata número um Aos vinte dias do mês de fevereiro do ano
de mil quatrocentos e oitenta e oito, pelas quinze horas, reuniram-se os deuses no Olimpo para tratar de assuntos relativos à viagem à Índia.
Deu-se início à reunião com Júpiter a refe-
rir que os portugueses eram um povo que já tinha travado muitas batalhas e realizado
enormes feitos. Lembrou, também, que se conquistassem o oriente, ficariam mais famo-sos do que os povos da antiguidade. Baco foi
o único deus a opor-se aos portugueses, pen-sando que estes iriam fazer esquecer os seus feitos no Oriente. Baco pensou, ainda , que
iria perder a sua glória perante os portugue-ses. Vénus manifestou-se dizendo que os por-
tugueses apresentavam semelhanças com os
romanos, devido à língua e às capacidades guerreiras. Marte, concordando com Vénus, chamou a atenção para a superioridade de
Júpiter para que condenasse Baco e a sua inveja e permitisse que os portugueses che-gassem à Índia com sucesso. Por fim , Júpiter
concordou com Vénus e Marte. Sem mais nada a tratar, deu-se por encerrada a reunião da qual se lavrou a pre-sente ata que, depois de lida e aprovada, vai
horas, no Olimpo, reuniram - se os deuses a fim de tratar de assuntos relativos à viagem dos portugue-ses. Deu-se início à reunião, após uma breve apre-
sentação dos deuses, com o discurso de Júpiter-
pai de todos os Deuses. No seu discurso, Júpiter fez questão de realçar
o mérito e o valor do povo português demonstra-do nos grandes feitos e vitórias alcançadas no pas-sado. Referiu, ainda, a coragem e a determinação
deste povo perante todas as adversidades que vão surgindo no seu empreendimento marítimo e, como tal, referiu-se que o povo português deveria
prosseguir no seu intento – a Índia. Perante o discurso de Júpiter levantou - se uma força opo-nente (Baco) e outras forças adjuvantes (Vénus e
Marte). Vénus, deusa do amor e da beleza, surgiu
como adjuvante, apoiando os portugueses, povo com o qual simpatiza por lhe fazer lembrar o povo romano, quer pela língua que é semelhante ao
latim, quer pela coragem que vão demonstrando e pelas importantes conquistas que realizaram. Marte, deus da guerra e velho apaixonado de
Vénus, teve uma intervenção decisiva em que incita Júpiter a não voltar atrás na sua decisão- a de aju-dar os portugueses na viagem à Índia. Após a dis-cussão, ficou decidido que os portugueses deve-
riam prosseguir a viagem. E nada mais havendo a tratar, deu-se por encer-rada a reunião, da qual se lavrou a presente ata
que, depois de lida e aprovada, vai ser assinada por todos os presentes.