UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLOGIA DEPARTAMENTO DE COMPUTAÇÃO ALBERTO SANTOS BARBOSA ANDERSON FREIRE DOS SANTOS CLARYANNE ALMEIDA GUIMARÃES DANIEL DIAS SANTA ROSA RAFAEL BATISTA SANTOS CONCEPÇÃO DE UM PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO NO CPD DA SECRETARIA DE ESTADO DA CASA CIVIL DE SERGIPE PETIC 2010 - 2012 ARACAJU 2009
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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLOGIA
DEPARTAMENTO DE COMPUTAÇÃO
ALBERTO SANTOS BARBOSA
ANDERSON FREIRE DOS SANTOS
CLARYANNE ALMEIDA GUIMARÃES
DANIEL DIAS SANTA ROSA
RAFAEL BATISTA SANTOS
CONCEPÇÃO DE UM PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO
DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO
NO CPD DA SECRETARIA DE ESTADO DA CASA CIVIL
DE SERGIPE
PETIC 2010 - 2012
ARACAJU
2009
ALBERTO SANTOS BARBOSA
ANDERSON FREIRE DOS SANTOS
CLARYANNE ALMEIDA GUIMARÃES
DANIEL DIAS SANTA ROSA
RAFAEL BATISTA SANTOS
CONCEPÇÃO DE UM PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO
DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO
NO CPD DA SECRETARIA DE ESTADO DA CASA CIVIL
DE SERGIPE
Trabalho realizado como forma de
avaliação na disciplina Sistemas de
Informação Empresarial, do curso de
Pós-Graduação em Gerência de Projetos
de Tecnologia da Informação.
Prof. PhD. Rogério Patrício Chagas do Nascimento
ARACAJU
2009
LISTAGEM DE TABELAS
Tabela 1 - Salários básicos dos atuais cargos ........................................................................... 11 Tabela 2 - Locais de armazanamento de dados ........................................................................ 19
2.1. Data Warehouse ........................................................................................................... 6 2.2. Data Mining ................................................................................................................. 6 2.3. Certificação Digital ...................................................................................................... 7 2.4. Videoconferência ......................................................................................................... 8 2.5. Voz sobre IP (VOIP) .................................................................................................... 8 2.6. Storage .......................................................................................................................... 9
4.1. Cenário Atual das Pessoas ......................................................................................... 11 4.2. Cenário Desejado das Pessoas ................................................................................... 13 4.3. Cenário Atual dos Dados ........................................................................................... 16 4.4. Cenário Desejado dos Dados ..................................................................................... 16 4.5. Cenário Atual de Software ......................................................................................... 17 4.6. Ambiente Desejado de Software ................................................................................ 18 4.7. Cenário Atual de Hardware ........................................................................................ 19 4.8. Cenário Desejado de Hardware .................................................................................. 20 4.9. Cenário Atual de Telecomunicação ........................................................................... 21 4.10. Cenário desejado de telecomunicações .................................................................. 21
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS ........................................................................................... 22 REFERÊNCIAS ........................................................................................................................ 23
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1. INTRODUÇÃO
Plano estratégico de informática pode ser entendido por ter como objetivo maior a
preparação de planos de aplicações e sistemáticas. Identificar todas as necessidades
relacionadas à informação para os canais de decisão e ainda propor soluções, identificar quais
as prioridades, os custos e benefícios. Pode ser definido como instrumento básico para
orientar o desenvolvimento de uma instituição. Um Plano Estratégico de Tecnologia da
Informação e Comunicação, PETIC, utiliza esse mesmo conceito. É destinado à área de
tecnologia e comunicação de uma organização. Pode ser considerado como uma remodelagem
da parte de tecnologia da instituição. Utiliza projetos, sistemas de informação e do
conhecimento, pessoas e Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) para dar suporte às
decisões, às ações, aos projetos e processos da organização. Abrange as áreas de hardware,
software, redes e telecomunicações, dados e pessoas.
O ponto chave da elaboração de um PETIC de uma instituição é garantir o
crescimento e desenvolvimento ordenado da mesma. O papel da TIC tem sido cada vez mais
abrangente. Os gestores das empresas e instituições a utilizam com a finalidade de reduzir
custos, aperfeiçoar e controlar suas atividades.
O Centro de Processamento de Dados (CPD) da Secretaria de Estado da Casa
Civil de Sergipe (SECC-SE) não possui planejamento a respeito das informações
organizacionais e tecnológicas. O objetivo deste trabalho é apresentar o PETIC para o CPD.
Para isso, foram usados como base outros planos estratégicos, a exemplo do PETIC escrito
para o Departamento de Informática (DComp) da Universidade Federal de Sergipe (UFS).
Faremos uma análise da situação atual do CPD da SECC e mostraremos os conceitos e
aplicações de tecnologias, sistemas, funcionalidades e políticas pesquisadas. Por fim,
apresentaremos um cenário ideal, aplicando esses conceitos.
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2. TECNOLOGIAS EMERGENTES
Neste capítulo serão apresentadas novas tecnologias que podem ser adotadas pela
SECC, no intuito de melhorar a qualidade dos serviços oferecidos.
2.1. Data Warehouse
Um Data Warehouse (ou armazém de dados, ou depósito de dados no Brasil) é um
sistema de computação utilizado para armazenar informações relativas às atividades de uma
organização em bancos de dados, de forma consolidada. O desenho da base de dados favorece
os relatórios, a análise de grandes volumes de dados e a obtenção de informações estratégicas
que podem facilitar a tomada de decisão (Wikipedia, 2009).
O Data Warehouse possibilita a análise de grandes volumes de dados, coletados dos
sistemas transacionais (OLTP). São as chamadas séries históricas que possibilitam uma
melhor análise de eventos passados, oferecendo suporte às tomadas de decisões presentes e a
previsão de eventos futuros. Por definição, os dados em um data warehouse não são voláteis,
ou seja, eles não mudam, salvo quando é necessário fazer correções de dados previamente
carregados. Os dados estão disponíveis somente para leitura e não podem ser alterados
(Wikipedia, 2009).
A implementação do Data Warehouse passou a se tornar realidade nas grandes
corporações. Pela sua capacidade de sumarizar grandes volumes de dados e de possibilitar
análises os Data Warehouses são atualmente o núcleo dos sistemas de informações gerenciais
e apoio a decisão das principais soluções de mercado.
2.2. Data Mining
O Data Mining é uma forma atual de buscar questionamentos e informações, dos
dados armazenados no banco de dados. É o processo não-trivial de identificar, em dados,
padrões válidos, novos, potencialmente úteis e ultimamente compreensíveis.
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A tecnologia do Data Mining, juntamente com suas ferramentas, permite a
“mineração” dos dados com a finalidade de lhes gerar um real valor, transformando-o em
informação e conhecimento (Rocha, Martins, 2003).
Uma empresa que emprega a técnica do Data Mining é capaz de fazer um estudo dos
hábitos dos seus clientes, identificá-los e entender os comportamentos habituais. Quando
acontece repetições de padrões de comportamento, as ferramentas do Data Mining indicam a
presença de oportunidades aquele público consumidor. O diferencial do Data Mining está no
fato de as descobertas de padrões ocorrerem por uma lógica de algoritmos, com base em uma
rede neural de raciocínios. Trata-se de ferramenta de descobertas matemáticas feitas sobre os
registros corporativos já processados contra descobertas empíricas. (Rocha, Martins, 2003)
2.3. Certificação Digital
Os computadores e a Internet são largamente utilizados para o processamento de dados
e para a troca de mensagens e documentos entre cidadãos, governo e empresas. No entanto,
estas transações eletrônicas necessitam da adoção de mecanismos de segurança capazes de
garantir autenticidade, confidencialidade e integridade às informações eletrônicas. A
certificação digital é a tecnologia que provê estes mecanismos.
O certificado digital é um documento eletrônico assinado digitalmente. Um exemplo é
Governo Federal: Presidente da República e Ministros têm utilizado certificados digitais na
tramitação eletrônica de documentos oficiais, que serão publicados no Diário Oficial da
União. Um sistema faz o controle do fluxo dos documentos de forma automática, desde a
origem dos mesmos até sua publicação e arquivamento. Trazendo assim inúmeros benefícios
como: disponibilização de diversos serviços com uma maior agilidade, facilidade de acesso e
grande redução de custos.
A certificação digital oferece as seguintes garantias: Autenticidade do emissor e do
receptor da transação ou do documento; Integridade dos dados contidos na transação ou no
documento; Confidencialidade entre as partes; Não-repúdio das transações efetuadas ou
documentos assinados.
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2.4. Videoconferência
Videoconferência é uma discussão entre pessoas que estão em lugares diferentes
através do contacto audiovisual, dando a sensação de que se encontram no mesmo local. A
comunicação não necessariamente é entre um grupo, mas também pessoa à pessoa.
Hoje, com o avanço dos processadores e da compressão de dados, surgiu um novo tipo
de videoconferência, a conferência desktop, não sendo necessária a utilização de câmeras
especiais e equipamentos modernos, basta possuir uma webcam e um microfone instalados
em uma máquina padrão onde a compressão e descompressão são efetuados via software.
Vantagens do uso da videoconferência:
Economia de tempo, evitando o deslocamento físico;
Economia de recursos, com a redução dos gastos com viagens;
Mais um recurso de pesquisa, já que a reunião pode ser gravada e
disponibilizada posteriormente.
2.5. Voz sobre IP (VOIP)
Voz sobre IP, também chamado VoIP, telefonia IP, telefonia Internet, telefonia em
banda larga e voz sobre banda larga é o roteamento de conversação humana usando a Internet
ou qualquer outra rede de computadores baseada no Protocolo de Internet, tornando a
transmissão de voz mais um dos serviços suportados pela rede de dados.
Em uma viajem é possível levar um telefone VoIP, e onde você conectá-lo à Internet
pode-se receber ligações, contanto que a conexão seja rápida e estável o suficiente. O fato de
a tecnologia ser atrelada à Internet também traz a vantagem de poder integrar telefones VoIP a
outros serviços como conversação de vídeo, mensageiros instantâneos, compartilhamento de
arquivos e gerenciamento de listas telefônicas. Estar relacionado à Internet também significa
que o custo da chamada independe da localização geodésica e dos horários de utilização,
ambos os parâmetros usados na cobrança na telefonia fixa e móvel, e cujos valores variam de
operadora a operadora.
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2.6. Storage
Storage é um gabinete de discos, onde os servidores são conectados, e assim, torna-se
possível definir, acrescentar e diminuir o volume de armazenamento para cada servidor,
otimizando a utilização dos discos.
O Storage traz vários benefícios como (TechDec, 2009):
Economia: Utiliza-se apenas a capacidade necessária para cada servidor, sem
necessidade de adquirir um disco inteiro para o mesmo, e tampouco uma
controladora RAID para cada servidor.
Alta Disponibilidade: Com controladoras e switches redundantes, este
equipamento não tem um ponto único de falha, garantindo disponibilidade
contínua da massa de dados.
Performance: Com uma grande capacidade de memória Cache, Barramentos
Fiber Channel e outros recursos, o tempo de acesso torna-se muito reduzido.
Segurança: Com facilidade de administração e de implementação de políticas
de backup, as soluções de STORAGE garantem um nível de segurança muito
superior aos que podem ser implementados em servidores comuns.
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3. APRESENTAÇÃO FORMAL DA ORGANIZAÇÃO
A Secretaria de Estado da Casa Civil está localizada no Palácio Governador Augusto
Franco. No Palácio do Governo está alocada boa parte da assessoria do governo, que é
dividida em três secretarias: Secretaria de Estado da Casa Civil – SECC, a Secretaria de
Estado da Comunicação Social – SECOM e Secretaria Especial de Articulação Política e
Relações Institucionais - SEAPRI, além disso, é local de Trabalho do Governador e seu vice.
A SECC ocupa quase todo o palácio, e está dividida em várias Coordenadorias,
Diretorias, Setores e Órgãos. Ela tem por finalidade prestar assessoramento direto ao
Governador do Estado no desempenho de suas atribuições, especialmente na supervisão e
execução das atividades administrativas da Governadoria, no que se refere à Secretaria
Particular do Governador e à Assessoria Especial de Assuntos e do Cerimonial, competindo-
lhe ainda:
Executar as atividades de suporte às unidades que compõem a Governadoria
nos aspectos de recursos humanos, administrativos, materiais, orçamentários e
financeiros;
Manter registro dos atos administrativos assinados pelo Governador do Estado
e processá-los para publicação;
Coordenar as atividades de recebimento e expedição de correspondência,
controle e arquivamento de processos e documentos da Secretaria;
Exercer a supervisão dos órgãos e entidades que a integram;
Exercer outras atividades correlatas;
O Gabinete do Secretário de Estado da Casa Civil – GS/SECC tem a finalidade de:
Executar as atividades e preparar a agenda do Secretário;
Expedir e arquivar os documentos recebidos pela Casa Civil;
Coordenar fluxo de informação; informar as ordens do Secretário aos demais
setores;
.
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4. MÉTODOLOGIA APLICADA
Para poder aplicar o Planejamento Estratégico de TIC foi realizado um estudo
sobre o CPD da SECC, abordando cinco grandes áreas (Dados, Hardware, Gestão de Pessoas,
Software e Telecomunicações).
Primeiramente foi feito um levantamento sobre o cenário atual de cada uma das
áreas destacadas no intuito de identificar o comportamento e os seus principais problemas.
Posteriormente foram feitas pesquisas sobre novas tecnologias de cada uma das
áreas destacadas com a finalidade de resolver os problemas encontrados anteriormente,
mostrando o cenário desejado para o futuro.
4.1. Cenário Atual das Pessoas
Os salários básicos dos atuais cargos existentes no CPD são descritos abaixo:
Tabela 1 - Salários básicos dos atuais cargos
Cargo Atribuição Remuneração Assessor Especial Coordenador R$ 2.393,49 Consultor-Técnico Operacional Analista R$ 1.753,94 Assessor-Geral de Programas e Projetos Técnico R$ 1.196,73
Estes cargos já existiam na administração pública quando o CPD foi criado, e
foram definidos sem direcionamento a uma atribuição específica. O modo como os cargos
foram relacionados a atribuição teve como critério principal o valor da remuneração
vinculado ao nível de competência exigido para ocupar o cargo.
A falta de flexibilidade na definição de cargos e atribuições impede que seja feita
uma seleção específica para tais cargos, a seleção dos candidatos é feita conforme
Nomenclatura, Requisito e Denominação Sumária dos cargos.
O que implica numa mesma prova ser aplicada a todos os candidatos sem opção
de direcionamento por parte do CPD para as áreas mais carentes de mão-de-obra
especializada.
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O cargo Assessor Especial, que é designado quando se tem a atribuição de
Coordenador, tem como requisito curso de graduação na área de Tecnologia da Informação e
é desejável Pós-Graduação na área de Gerência de Projetos. Suas atividades são:
Dimensionar requisitos e funcionalidades de sistemas;
Especificar arquitetura;
Escolher ferramentas de desenvolvimento;
Especificar programas;
Estabelecer padrões;
Coordenar projetos e oferecer soluções para ambientes informatizados;
Pesquisar tecnologias em informática;
O cargo Consultor-Técnico Operacional, que é designado quando se tem a
atribuição de Analista, tem como requisito curso de graduação na área de Tecnologia da
Informação. Suas atividades são:
Desenvolver e implantar sistemas informatizados;
Dimensionar requisitos e funcionalidades de sistemas;
Especificar arquitetura;
Escolher ferramentas de desenvolvimento;
Codificar aplicativos;
Administrar ambientes informatizados;
Prestar treinamento e suporte técnico ao usuário;
Elaborar documentação técnica;
Já o cargo de Assessor-Geral de Programas e Projetos, que é designado quando se
tem a atribuição de Técnico, possui como requisito um curso médio profissionalizante ou
médio completo, este necessita também de um curso técnico em informática. Suas atividades
são:
Determinar interface gráfica e critérios ergonômicos de navegação;
Montar estrutura de banco de dados;
Projetar, implantar e realizar manutenção de sistemas e aplicações;
Selecionar recursos de trabalho, tais como requisitos de hardware para os
diversos setores do órgão.
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Assessorar nas atividades tecnológicas do órgão.
Não existe atualmente um plano de carreira na Secretaria de Estado da Casa Civil.
Por outro lado, há a possibilidade do trabalhador comissionado ser aprovado em um concurso
público e passar a receber uma respectiva gratificação além de seu próprio salário.
Quanto à política de capacitação, uma empresa do governo a Emgetis – Empresa
Sergipana de Tecnologia da Informação, visando atender a necessidade de desenvolvimento
profissional técnico-administrativo e a necessidade dos serviços de acordo com cada ambiente
organizacional, procura implementar cursos de capacitação para atender as demandas e
necessidades.
Quanto ao ambiente de trabalho no CPD, foi observado que o espaço físico é
extremamente limitado e apresenta alguns problemas relacionados à
ergonomia:
Não possui iluminação adequada;
As cadeiras adquiridas, não atendem aos requisitos ergonômicos;
Não há política de pausa ou ginástica laboral como forma de prevenção de
LER/DORT;
As mesas não possuem apoiador de teclado;
Não há apoiadores de pulso para mouse e teclado;
Não há apoio para pés.
4.2. Cenário Desejado das Pessoas
O governo do estado possui a Emgetis que se encarrega das gerências de maior
porte, deixando a cargo de cada órgão a gerência de seus assuntos restritos. Um exemplo disso
é a divisão de setores do CPD. Hoje dividido em suporte e desenvolvimento, o CPD deixa a
cargo da Emgetis resolver problemas relacionados a telefonia e redes. Atualmente são
serviços terceirizados.
A proposta é manter a Emgetis responsável por seus atuais papéis e sugerir a
criação de um setor de dados, tendo em vista a importância deste no apoio as decisões do
governador, já que a Casa Civil é um órgão de apoio ao governador do estado.
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Propomos, então, um novo modelo de estrutura para o CPD, onde os
coordenadores seriam responsáveis por manter a relação administrativa com o secretário do
órgão, informando-o sobre os recursos oferecidos e necessidades na área de TIC. O
Coordenador teria o perfil de gerente de relações da tecnologia-negócio e gerente de serviços.
A área de desenvolvimento atuaria no desenvolvimento de software e seria
responsável pelo desenvolvimento de soluções na área de sistemas de aplicativos, assim como
seus testes e manutenção. Quanto a distribuição de pessoal, propõe-se a seguinte
configuração:
01 Gerente de Projeto;
05 Analistas;
01 Estagiário.
O Coordenador da área de desenvolvimento acumularia o cargo de Gerente de
Projetos, sendo responsável pelo contato direto com o secretário da Casa Civil, isto é, definir
junto a este acerca dos projetos e suas prioridades, assim como o contato direto com os
analistas responsáveis por cada projeto.
A área de dados atuaria no suporte ao banco de dados, coordenando as atividades
de gerenciamento e atualização da estrutura do banco de dados, além de oferecer suporte aos
desenvolvedores sobre os SGBDs utilizados. Tarefas como a de configurar, monitorar e
otimizar o desempenho e zelar pela segurança dos dados (planejando estratégias de backup,
monitorando e controlando o acesso de usuários, alocando espaço e planejando necessidades
futuras de armazenamento) também seriam atribuições deste setor.
A equipe seria formada como segue:
01 Administrador de Banco de Dados;
01 Supervisor da Informação e Comunicação;
01 Analista na Tecnologia da Informação e Comunicação.
01 Estagiário.
O Coordenador da área de dados acumularia o cargo de Supervisor da Informação
e Comunicação.
A Emgetis atuaria na área de suporte as telecomunicações e teria como
atribuições: manter a infra-estrutura de rede do órgão, garantindo alta disponibilidade,
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segurança, confiabilidade, flexibilidade, escalabilidade e desempenho da mesma; efetuar
trabalhos de pesquisa e análise a fim de especificar soluções em telecomunicações, definir e
acompanhar a evolução da topologia das redes de telecomunicações e desenvolver/participar
de treinamentos da sua área de especialização. Equipe:
01 Gerente de Redes;
02 Analistas em Tecnologia da Informação e Comunicação;
03 Técnicos em Tecnologia da Informação e Comunicação;
01 Estagiário.
O coordenador do setor também acumularia o cargo de gerente de redes.
A área de suporte atuaria no suporte a hardware, mantendo em pleno
funcionamento e atualização os equipamentos de tecnologia de informação e comunicação
utilizados, além de solicitar orçamentos e participar da formação de aquisições de novos
equipamentos, bem como peças para manutenção corretivas/preventivas. Equipe:
03 Técnicos;
01 Contratado;
01 Estagiário.
Neste caso um técnico continuaria a assumir as atribuições de coordenador.
Um ponto importante para manter um ambiente de trabalho produtivo e
satisfatório é o da ergonomia. Sugerimos, a aquisição de alguns itens:
Cadeiras giratórias com apoio para braço e com regulador de altura;
Mesas reguláveis com apoio para teclado;
Apoiador de pulso para mouse e para teclado;
Apoiador para pés.
Além disso, como foi identificada a deficiência na iluminação e refrigeração do
ambiente de trabalho do CPD, propomos também a contratação de uma empresa especializada
em projetos de iluminação de interiores e contatar a empresa responsável pelos refrigeradores
de ar, para fazer a manutenção e possível troca de equipamentos.
Por fim, sugerimos uma campanha de conscientização dos funcionários, não só do
CPD mas do órgão inteiro, sobre doenças, como LER/DORT, que podem acometê-los caso se
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descuidem e não sigam as políticas de prevenção das mesmas acompanhada de Ginástica
Laboral e pausas de 10 minutos após 50 minutos de trabalho.
4.3. Cenário Atual dos Dados
O Sistema de Gerenciamento de Banco de Dados (SGBD) utilizado é o
PostgreSQL. É um SGBD relacional de plataforma livre. O servidor de Banco de Dados tem
espaço de armazenamento suficiente, mas existe um problema de o servidor não ser apenas de
banco de dados, e sim de várias outras coisas como: DNS, Logon, Aplicação, Arquivos,
Impressão e HTTP. Fazendo com que haja uma redução desempenho do SGBD, além de
trazer maior insegurança para os dados.
A política de backup não é das melhores. São feitas gerações de arquivos
contendo estrutura e dados do banco e tais arquivos são gerados pelo próprio SGBD. As
cópias são geradas diariamente, de forma agendada e automática, e mantidas em discos
rígidos, em duas máquinas distintas. Uma das máquinas que armazenam os backups de banco
de dados também é utilizada para homologação de sistemas (servidor de homologação) e a
outra é o próprio servidor de produção; Caso ocorra algum problema no setor como um
incêndio todos os dados serão perdidos.
Outro problema é que o banco de dados é único e não possui redundância. Caso o
servidor de banco pare de funcionar, todos os sistemas interligados a ele pararão até que o
problema seja resolvido.
Os sistemas web do órgão não possuem Certificação Digital (visa garantir
autenticidade, confidencialidade e integridade às informações). A validação de dados,
criptografia e geração de relatórios são feitas em nível de sistema.
4.4. Cenário Desejado dos Dados
O servidor de Banco de Dados deve ser separado das demais aplicações, para
poder melhorar o desempenho e a segurança dos dados. Além disso, deve possuir um outro
servidor de Banco de Dados como redundância do primeiro, para caso ocorra algum problema
os sistemas não parem de funcionar.
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Quanto à política de backup além do que já era adotado, deve ser feito um backup
diariamente em fitas e adquirido um cofre contra incêndio para guardá-los. Assegurando
assim que dificilmente os dados serão perdidos.
Os sistemas da SECC que funcionam na web são largamente utilizados para o
processamento e armazenamento de dados, e estas transações necessitam da adoção de
mecanismos de segurança capazes de garantir autenticidade, confidencialidade e integridade
às informações. Por isso é necessário a utilização da Certificação Digital.
Para auxiliar na avaliação do desempenho dos setores da SECC, poderá utilizar
tecnologia como Data Warehouse (DW).
4.5. Cenário Atual de Software
Atualmente, a Casa Civil possui duas categorias de software, a primeira são os
chamados softwares proprietários e a segunda são os sistemas produzidos localmente. Alguns
dos produtos proprietários são ditos de prateleira, ou produzidos sem a necessidade de atender
a uma demanda específica. Vale ressaltar, ainda, que entres estes alguns são softwares livres,
mais especificamente as ferramentas de apoio ao processo de desenvolvimento de sistemas.
No apoio a infra-estrutura o órgão conta com servidores utilizando sistema
operacional Microsoft Windows 2003 Server, com licença corporativa. Conta, ainda, com um
servidor virtual através do VMWare, ambiente que serve os sistemas que precisam ser
publicados na internet.
Em relação às estações de trabalho também utilizam o Microsoft Windows, sendo
na versão XP. Ainda tratando-se de estações de trabalho o ambiente conta com o Microsoft
Office, nas versões 2003 e 2007, além de incorporar o Microsoft Office Outlook 2007 como
software padrão de cliente de e-mail e colaboração.
A Casa Civil não possui ferramenta de controle das licenças de software, sendo
estas associadas à compra de equipamentos. Porém, pretende produzir localmente um sistema
para tal fim.
Tratando dos sistemas locais todos são produzidos em ambiente web e
disponibilizados através da intranet, sendo alguns casos na internet. O cargo chefe é o Portal
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de Serviços e Segurança, denominado SSA (Sistemas de Segurança de Aplicações), onde são
acoplados todos os outros sistemas.
Para produzir os sistemas a equipe de TI local utiliza a linguagem de programação
Java (com JSP) e alguns softwares, como seguem:
Servidor web: Jboss 4.2;
Banco de dados: PostgreSql 8.2;
IDE: MyEclipse;
Modelagem: ER Studio;
Relatório: IReport;
Controle de verão: Tortoise.
Os sistemas são produzidos sem uma completa documentação, contando apenas
com um padrão de interface e modelo de entidade relacionamento (DER). Porém, a equipe de
TI está viabilizando um estudo para levantar a melhor forma de manter uma documentação
precisa e que não comprometa muito recurso de tempo para produzir. Além disso, o estudo
conta com viabilidade de ferramentas de apoio desde a documentação até a codificação e
testes dos sistemas.
4.6. Ambiente Desejado de Software
Como toda instituição governamental, seja na esfera estadual ou federal, a Casa
Civil também têm o propósito de aderir ao Software Livre para redução de custos,
primeiramente no apoio a infra-estrutura e posteriormente nas estações de trabalho. Sendo que
a segunda deverá ocorrer mediante aceitação prévia da área usuária.
Se tratando de produção de software o órgão insere em seu planejamento um
Módulo de Visualização de Dados do Sistema Integrado de Administração Financeira e
Contabilidade (SAFIC) do estado, que é tido como fundamental para gestão e controle de
gastos. Além deste, será viabilizado um módulo de comunicação instantânea dentro do
Sistema de Segurança de Aplicações (SSA), que servirá para divulgações internas e
conversação on-line entre os usuários, permitindo a utilização em grupo.
Para a produção dos novos sistemas a equipe de TI fará uso de novas tecnologias
de desenvolvimento web e novas ferramentas de apoio a tal desenvolvimento. Será substituída
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a linguagem Java com JSP para Java com JSF, além de adequação do NetBeans como IDE. A
equipe também se planeja para migração dos sistemas existentes para essas novas tecnologias.
4.7. Cenário Atual de Hardware
Na SECC existe hoje cerca de 100 computadores de diferentes configurações,
dependendo da necessidade do usuário. Os servidores de rede estão localizados na EMGETIS
(Empresa Sergipana de tecnologia da informação de Sergipe). A EMGETIS fica situada ao
lado da SECC, ligados através de fibra óptica de 100 Mbps em uma distância aproximada de
300m. A COINF (Coordenadoria de Informática) que fica na SECC é responsável para dar
suporte aos usuários e a EMGETIS é responsável por manter estes servidores no ar.
Existem 4 (quatro) servidores, localizados na EMGETIS, onde um servidor é
disponibilizado para SECC como servidor de DNS, Domínio, Aplicação, Banco de dados,
Arquivo, Impressão, Backup e Http, usando o Wndows Server 2003. Já o servidor de
Homologação se encontra na SECC.
Tabela 2 - Locais de armazanamento de dados
Local de
Armazenamento de
Dados
Localização
Aplicativo(s) Sistema Operacional
Servidor Atalaia EMGETIS Proxy, Firewall Linux
Servidor Aruana EMGETIS DNS, Logon, Aplicação, Banco de
Dados, Arquivos, Impressão, Backup e Http
Windows Server 2003
Servidor Abais EMGETIS E-mail Windows Server 2003
Servidor Orla EMGETIS Intranet Windows Server 2003
Servidor Pirambu SECC Homologação Windows Server 2003
Não tem nenhuma política de gerenciamento de energia na SECC. O uso de no-
breaks e geradores não existe na SECC.
A SECC utiliza padronização nos nomes das máquinas, não existe um controle de
versão dos softwares instalados nas máquinas, nenhum software de inventário. Existe um
sistema SHD (Sistema Help Desk), para controle dos chamados e problemas solucionados.
A aquisição de Hardware é dependente de licitações, Convênios com o
Governo Federal. Existe uma previsão todo ano de quanto vai ser gasto com a parte de TIC.
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4.8. Cenário Desejado de Hardware
A SECC possui sérios problemas com a questão dos servidores, pois possui uma
política de backup precária, não existem servidores de replicação de dados como foi dito
antes. Com isso sugerimos a compra de um Storage com solução de backup inclusa, para uma
melhor organização dos aplicativos gerando uma economia, desempenho, segurança.
Separando em diferentes servidores de banco de dados, aplicação, arquivos e impressão,
domínio e arquivos podem ficar no mesmo.
A SECC possui o domínio “casacivil.se.gov.br” já está registrado e será usado
como nosso domínio principal em nosso esquema. Todos os elementos ativos devem seguir a
seguinte regra para a formação do nome: dois caracteres alfabéticos minúsculos seguidos da
sigla do setor mais quatro caracteres numéricos seqüenciais. Os dois primeiros caracteres
identificam o tipo do equipamento e os quatro restantes o próprio equipamento:
Servidores: sv + [sigla do setor] + [n° do servidor: 0000-9999];
Estação de trabalho: et + [sigla do setor] + [n° da estação: 0000-9999];
Impressoras: im + [sigla do setor] + [n° da impressora: 0000-9999];
Scanners: sc + [sigla do setor] + [n° do scanners: 0000-9999];
Roteadores: rt + [sigla do setor] + [n° do roteador: 0000-9999];
Switches: sw + [sigla do setor] + [n° do switch: 0000-9999].
A SECC não possui uma política em caso de falha de sistema ou de queda de
fornecimento de energia, com isso necessário a compra de um gerador para manter o
fornecimento de energia.
Implantação de uma política de segurança instrumento importante para proteger a
instituição contra ameaças à segurança da informação que a ela pertence ou que está sob sua
responsabilidade. Uma ameaça à segurança é compreendida neste contexto como a quebra de
uma ou mais de suas três propriedades fundamentais (confidencialidade, integridade e
disponibilidade). Gerando as normas de segurança da instituição para evitar problemas graves
no futuro para os Usuários. A criação de um normativo para novos usuários e sobre a
distribuição dos serviços disponibilizados.
Como foi dito na parte de software, para a produção dos novos sistemas a equipe
de TI fará uso de novas tecnologias de desenvolvimento web e novas ferramentas de apoio a
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tal desenvolvimento. A linguagem Java será com JSF, além de adequação do NetBeans como
IDE. Para que seja possível a realização dos sistemas serão incrementadas memórias RAM de
1GB em cada uma das máquinas de desenvolvimento dos sistemas.
4.9. Cenário Atual de Telecomunicação
O cenário atual da Secretaria de Estado da Casa Civil quanto à área de redes e
telecomunicações não é das mais precárias. O órgão dispõe de uma infra-estrutura de rede
com arquitetura em estrela, com X pontos de acesso a rede, utilizando uma banda de 8Mbps
de acesso a internet, um backbone de fibra óptica de 1Gbps e switches de 100Mbps, ideal para
suprir as necessidades dos usuários. Esta estrutura peca somente em seu único servidor de
rede, fornecendo serviços de Proxy, firewall, aplicação, banco de dados e armazenamento de
arquivos acarretando em uma baixa velocidade de transmissão em alguns serviços.
A secretaria possui uma estrutura de telefonia que utiliza PABX (Troca
automática de ramais privados), onde são criados grupos de ramais por setor para captura e
transferência automática de chamadas. Ligações destinadas à celular, o PABX utiliza
celulares conectados a ele reduzindo o custo das ligações.
4.10. Cenário desejado de telecomunicações
Já esta em andamento o planejamento da implantação da tecnologia VOIP em
todas as secretarias reduzindo significantemente o custo das ligações entre elas.
Neste mês de Junho, o governo junto com o BANESE, adquiriu uma nova sala
cofre com diversos servidores blade disponíveis para serem utilizados pelas secretarias e
demais órgão do governo que precisarem, dentre eles a Casa Civil, eliminando o problema do
único servidor.
Visto que todas as reuniões do governador são feitas no palácio dos despachos,
onde esta localizada a Casa Civil, sendo necessário o deslocamento de secretários de suas
respectivas secretarias, a utilização de videoconferência acarretaria numa economia no gasto
de tempo e custo com transporte para o local.
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5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Para o desenvolvimento deste PETIC foram feitas entrevistas com os
coordenadores e diretores dos setores e departamentos que são os responsáveis pelas
informações aqui descritas.
Este PETIC será entregue a equipe de TI da Casa Civil e da EMGETIS para as
devidas analises e avaliação da viabilidade da execução do plano.
Este documento servirá também de estudo de caso para as demais secretarias de
estado que necessitem de uma avaliação na TIC nelas existentes, tornando todo o estado com
um mesmo cenário e qualidade.
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REFERÊNCIAS
WIKIPÉDIA. Data Warehouse. Disponível em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Data_Warehouse. Acessado em: 20/06/2009.
ROCHA, Armando, MARTINS, Daniel Borges Marques. Conceitos Básicos Sobre Data Mining. Disponível em: http://www.frb.br/ciente/Textos%20CienteFico%202003.2/INFO/Banco%20de%20Dados/Conceitos%20B%E1sicos%20sobre%20Data%20Mining.pdf. Acessado em: 20/06/2009.
NUNES, Bruno Oliveira, dos SANTOS, Denisson Santana, at all. Estudo sobre o Plano Estratégico de Tecnologia da Informação e Comunicação para o Departamento de Computação da Universidade Federal de Sergipe. Disponível em: http://peticmonstrossa.blogspot.com/2009/06/manuscrito.html. Acessado em: 20/06/2009.
SILVA, Vagner Amaral. Proposta de um Guia para o Planejamento Estratégico de Tecnologia da Informação e Comunicação. Disponível em: http://petisque.blogspot.com/2009/03/artigo-em-andamento-tcc-wagner-amaral-e_10.html. Acessado em: 20/06/2009.