Top Banner
OTITES & AMIGDALITES Internato de Pediatria Acadêmica Brenda Lahlou Preceptor Wilson Salgado Jr.
45

OTITES & AMIGDALITES

Jan 21, 2018

Download

Health & Medicine

Brenda Lahlou
Welcome message from author
This document is posted to help you gain knowledge. Please leave a comment to let me know what you think about it! Share it to your friends and learn new things together.
Transcript
Page 1: OTITES & AMIGDALITES

OTITES&

AMIGDALITES

Internato de PediatriaAcadêmica Brenda LahlouPreceptor Wilson Salgado Jr.

Page 2: OTITES & AMIGDALITES

OTITES

Page 3: OTITES & AMIGDALITES
Page 4: OTITES & AMIGDALITES

OTITE EXTERNA

Inflamação do Conduto Auditivo Externo (CAE) (“afecções dermatológicas”)

Relação com esportes aquáticos ( Sazonal: verão)

Alcalinizãção do PH tecidual

Ângulo encontro membrana timpânica – parede inferior (retenção líquidos)

Microorganismos mais comuns:

Pseudomonas aeruginosa

Staphylococcus aureus

(Otite do Nadador)

Page 5: OTITES & AMIGDALITES

OTITE EXTERNA

Otalgia

Dor Intensa bem localizada(Dor à mastigação, Dor à compressão do Tragus)

Otoscopia Dolorosa (Edema CAE)

Otorreia

Ausência:

Febre /

Quadros de Resfriados Comuns (obstrução nasal, coriza, tosse)

Ao Exame: Pele Eriçada ; Eritema ; Edema (diminuição diâmetro)

DD: OMA

Page 6: OTITES & AMIGDALITES

OTITE EXTERNA Otalgia

Dor Intensa bem localizada

Otoscopia Dolorosa (Edema CAE)

Otorreia

Ausência:

Febre /

Quadros de Resfriados Comuns (obstrução nasal, coriza, tosse)

DD: OMA

Page 7: OTITES & AMIGDALITES

OTITE EXTERNA

Prevenção:

(Pessoas que se queixam “água fica presa no ouvido”):

Secadores de Orelha

Secador de cabelo manual + tração anterior Pavilhão auricular

Não usar Álcool (irritante, resseca > fissuras e dermatites)

(Distúrbios PH – alcalino - do CAE):

Soluções Acidificantes

Page 8: OTITES & AMIGDALITES

Tratamento:

Analgésico(acetaminofeno, ibuprofeno, codeína, diclofenaco)

Limpeza / Debridamento

Proteção da Orelha (contra entrada de água / shampoo / sabonete / etc)

Gotas Ótológicas com ATB (quinolona) + Corticoide (Hidrocortisona)

Quinolonas (ciprofloxacino, ofloxacino)

Aminoglicosídeos (neomicina, gentamicina, tobramicina, polimixina)

ATB Oral ou Sistêmico (não necessita)

Corticoide Oral ou Sistêmico (casos mais severos)

Ácido Acético (acidifica)

OTITE EXTERNA

Page 9: OTITES & AMIGDALITES

OTITE MÉDIA AGUDA

Definição (AAP e AAFP):

1. Início Abrupto

2. Presença de Efusão em Orelha Média

3. Sinais/Sintomas Locais & Sistêmicos

• Febre (< 38C),

• Otalgia (Criança manipula muito orelha),

• Dificuldade Sucção,

• Otorreia

• Irritabilidade, Anorexia, Vômitos, Diarreia, Sono alterado

• Abaulamento membrana Timpânica (mobilidade diminuída ou ausente)

• Níveis Hidroaéreos

• M.T. opaca ou eritematosa

Page 10: OTITES & AMIGDALITES

OTITE MÉDIA AGUDA

Epidemiologia:

Até 3 anos > 75% -90% terão 1 episódio

Com 2 anos > 25% terão OMA recorrente

Abaixo de 1 ano > Segunda doença mais diagnosticada

Abaixo de 10 anos > 42% das prescrições de ATB (resistência!!!)

Causada:

50% por bactéria

50% Viral ou Desconhecida

Meses Frios

Page 11: OTITES & AMIGDALITES

OTITE MÉDIA AGUDA

Fisiopatologia:

Resfriado comum

Congestão mucosa da Tuba Auditiva

Prejuízo Ventilação (pressão neg. na caixa timpânica)

Prejuízo Drenagem

Acúmulo de Secreções

Aspiração de Bactérias da Rinofaringe

Page 12: OTITES & AMIGDALITES

OTITE MÉDIA AGUDA

Membrana Timpânica Abaulada

Estágios (em qualquer direção):

Secreção Purulenta

Coloração Âmbar (efusão rosa ou mucoide) – OM com Efusão / Serosa

Níveis Líquidos (entrada de ar)

M.T. normal (reabsorção/drenagem)

Page 13: OTITES & AMIGDALITES
Page 14: OTITES & AMIGDALITES

OTITE MÉDIA AGUDA

Fatores de Risco

Infecções Respiratórias (vírus respiratório sincicial, parainfluenza virus, Influenza A e B, enterovirus, rinovirus, adenovirus, metapneumovirus humano)

Creches / Escolinhas

História Familiar de predisposição

Tabagismo domiciliar

Ingestão de Líquidos em Decúbito

Uso de Chupetas

Privação de Leite Materno

Page 15: OTITES & AMIGDALITES

OTITE MÉDIA AGUDABacteriologia:

Streptococcus pneumoniae (30%)

Haemophilus influenzae (não-tipável, usualmente bectalactamase +) (25%)

Moraxella catarrhalis (12%)

Streptococcus pyogenes beta-hemolítico do grupo A (GAS) (2%)

Infecção Viral (Virus Sincicial Respiratório, Adenovirus, Influenza A e B) (10 – 20%)

Coinfecção (65%)

D.D. : Otite Externa

OMA: meses frios / febre / vigência de IVAS

Page 16: OTITES & AMIGDALITES

OTITE MÉDIA AGUDAConduta:

80% Resolução ESPONTÂNEA

< 6 meses (HD confirmada) ATB

> 6 meses Wait & Watch - monitorar de perto (expectante Simples)

(se não tiver melhora rápida 48-72h > iniciar ATB)

HD certeza (6m - 2a ou severo) ATB

HD incerta / > 2a + Caso Severo ATB

Caso “não severo” Observar(febre < 39C, otalgia leve)

OMA Bilateral ATB (+ benefício)(História natural pior, quadros mais graves, mais jovens, bact+)

Otorreia Súbita ATB(24-28h)

Sem Possibilidade de Seguimento Adequado ATB

Anomalias Craniofaciais, Síndromes Genéticas, ATBImunodeficiências, Implante Coclear e <6m

Page 17: OTITES & AMIGDALITES

OTITE MÉDIA AGUDA

Antibiotioterapia:

(Academia de Pediatria dos Estados Unidos):

1. Amoxicilina (40 – 90 mg/kg 2x/dia)

2. Amoxicilina + Clavulanato // Cefuroxima // Cefdinir // Cefpodoxima(50mg/kg/dia + 6,4mg/kg/dia BID) // (30/mg/kg/dia BID) //

3. Ceftriaxona Intramuscular (3doses) // Clindamicina( 50mg/kg/dia IM MID – 3D )

(se não tiver boa resposta em 72h)

Vacinadas / Sem critério de risco:– amoxi+clavul 40mg/kg/dia

Não vacinadas / OMA bilateral / Otorreia: - amoxi+clavul 90mg/kg/dia

Otorrinolaringologista(Paracentese Timpânica, Cultura, Antibiograma)

Page 18: OTITES & AMIGDALITES

OTITE MÉDIA AGUDA

Antibiotioterapia:

(ALERGIA À PENICILINAS):

1. Macrolídeo (Azitromicina, Claritromicina)

2. Clindamicina

* Cefuroxima axetil (30mg/kg/dia BID) ou

Claritromicina (15mg/kg/dia BID)

Page 19: OTITES & AMIGDALITES

OTITE MÉDIA AGUDA

Sociedade Brasileira de Pediatria

Page 20: OTITES & AMIGDALITES

OTITE MÉDIA AGUDA

Tratamento Expectante com Prescrição Antecipada - Contraindicada

(Explanar sobre melhora espontânea)

Tratamento:

X

Page 21: OTITES & AMIGDALITES

OTITE MÉDIA AGUDA

Tratamento:

Analgésicos Sistêmicos!

Antitérmicos !

Page 22: OTITES & AMIGDALITES

OTITE MÉDIA AGUDA

Page 23: OTITES & AMIGDALITES

Resistência Bacteriana ao ATB:

Resistência do Streptococcus pneumoniae à Penicilina(mecanismos geneticamente mediados)

9,9% de resistência à Penicilina (1999-2008)

80% de resistência ao SMX-TMP

13% de resistência à eritromicina e clindamicina

5,6% resistência à Ceftriaxona

Ausência de resistência ao cloranfenicol, ofloxacina, rifampicina, vancomicina

OTITE MÉDIA AGUDA

Page 24: OTITES & AMIGDALITES

OTITE MÉDIA AGUDA

Resistência Bacteriana ao ATB:

Resistência de 12% dos Haemophilius influenzae à Penicilina

Resisência de 92% de Moraxella Catharralis à Pencilina

(1997-1998) (produção de betalactamases)

Page 25: OTITES & AMIGDALITES

AMIGDALITES

Page 26: OTITES & AMIGDALITES

AMIGDALITE

Tonsilite – Inflamação Amígdalas / Tonsilas Palatinas

Anel de Waldeyer

Page 27: OTITES & AMIGDALITES

AMIGDALITES VIRAIS

< 3 Anos

Predomina:

Rhinovirus,

Adenovirus,

Influenza,

Parainfluenza,

Vírus Respiratório Sincicial,

Epstein-Barr

Coxsackie

Herpes Simplex

Page 28: OTITES & AMIGDALITES

AMIGDALITES VIRAISVIRAL BACTERIANA

- Inicio Gradual - Inicio Súbito

- Sintomas de leve intensidade - Dor faríngea,

- Dor de garganta e disfagia - Odinofagia

- Mialgia - Otalgia reflexa.

- Coriza hialina, espirros, obstrução nasal - Ausência de sintomatologia nasal ou

laringo-traqueal.

- Tosse, rouquidão

- < 3 anos - > 3 anos (pico de incidência entre 5 a 10

anos de idade, mas podem ocorrer em

crianças menores de 3 anos e em adultos

maiores de 50 anos)

- Febre baixa a moderada - Febre elevada (com queda do estado geral)

- Ausência de adenopatia ou adenopatia

difusa

- Adenomegalia dolorosa (limitada em cadeia

jugulo-digástrica)

- Tonsilas podem estar aumentadas, mas

frequentemente não há exsudato

- Hipertrofia e hiperemia de amígdalas

- Exsudato tonsilar purulento

- Conjuntivite - Petéquias no palato.

- Hiperemia difusa da faringe - Erupção escarlatiniforme

- Vesículas e úlceras - Sinais de alerta: Náuseas e vômitos

Sin

tom

as E

xtr

a-fa

rín

geo

s

Page 29: OTITES & AMIGDALITES

AMIGDALITES VIRAIS

Adenovírus Faringoamigdalite Exsudativa Prolongada + Conjuntivite

Epstein Barr Linfadenopatia Generalizada + Esplenomegalia

Coxsackie e Herpes Simplex Estomatite + Faringite + Lesões Vesicularesou Ulcerativas

Page 30: OTITES & AMIGDALITES

AMIGDALITES VIRAIS

Tratamento Sintomático

Repouso no período febril.

Estimular ingestão de líquidos não ácidos e não gaseificados e de alimentos pastosos, de preferência frios ou gelados.

Analgésico e antitérmico: acetaminofeno ou ibuprofeno.

Irrigação da faringe com solução salina isotônica morna.

Page 31: OTITES & AMIGDALITES

AMIGDALITES BACTERIANAS

Agentes Etiológicos Bacterianos (10 a 15%)

Streptococcus pyogenes (Estreptococo Beta-Hemolítico do grupo A)

(20 a 30% das faringotonsilites agudas em crianças em idade escolar e adolescentes)

Mycoplasma pneumoniae

Staphylococcus aureus

Haemophilus sp

Moraxella catarrhalis

Page 32: OTITES & AMIGDALITES

AMIGDALITES BACTERIANAS

GAS

Em geral infecções benignas autolimitadas, sem complicações

Complicações: faciíte necrotizante, complicações renais e cardíacas

Não supurativas

Escarlatina

Febre reumática

Glomerulonefrite

Síndrome do choque tóxico estreptocóccico

Supurativas

Abscesso periamigdaliano

Abscesso parafaríngeo

Infecções do espaço retrofaríngeo

Otite média

Sinusite Aguda

Page 33: OTITES & AMIGDALITES

AMIGDALITES BACTERIANAS

Epidemiologia

Pico – Inverno e Primavera

Crianças e Adolescentes (> 5 anos)

Escolas

Page 34: OTITES & AMIGDALITES

AMIGDALITES BACTERIANAS

Sinais e Sintomas

Odinofagia

Mal estar moderado

Febre alta

Náuseas Vômitos e Desidratação

Hiperemia - Mucosa Faringoamigdaliana

Edema

Exsudato

Adenopatia Cervical Dolorosa

Exantema Escarlatiniforme (pouco comum)

Sinal de Forchheimer

Page 35: OTITES & AMIGDALITES

AMIGDALITES BACTERIANAS

Page 36: OTITES & AMIGDALITES

AMIGDALITES BACTERIANAS

Diagnóstico Clínico !

Page 37: OTITES & AMIGDALITES

AMIGDALITES BACTERIANAS

Diagnóstico Etiológico definitivo:

Cultura de material da Orofaringe (p. ouro)

Teste Rápido para Detecção de antígeno estreptocócico (Imunoensaios, aglutinação Látex) (falsos negativos)

ASLO (anti-estreptolisina O)(estreptococco A C e G, varia idade e ATBs)

Page 38: OTITES & AMIGDALITES

AMIGDALITES BACTERIANAS

Quando Tratar?

Teste Rápido Positivo

Na Espera do Resultado da Cultura (controverso)

Cultura Positiva

Clínica sugestiva + Antígeno rápido positivo = Tratamento

Clínica sugestiva + Antígeno rápido negativo = Cultura

Clínica muito sugestiva - Sem exames = Tratamento

Clínica sugestiva + Antígeno rápido negativo + Cultura negativa = Rever o Diagnóstico

+ Sintomáticos

Page 39: OTITES & AMIGDALITES

AMIGDALITES BACTERIANAS

Page 40: OTITES & AMIGDALITES

AMIGDALITES BACTERIANAS

Princípios do Uso Racional de Antibióticos nas Amigdalites:

Basear o Diagnóstico em testes microbiológicos laboratoriais, juntamente com achado epidemiológicos e clínicos

Tratar apenas as infecções causadas pelo GAS ou outras etiologias bacterianas específicas

Selecionar a Penicilina/Amoxicilina, que continua sendo o ATB de eleição

Otimização do atendimento à criança com amigdalite

Disponibilidade de testes microbiológicos acurados

Eficácia da Estratégia Diagnóstica

Menor Utilização de ATB

Redução da Seleção de Bactérias Resistentes

Vantagem para a Saúde Pública

Page 41: OTITES & AMIGDALITES

AMIGDALITES BACTERIANAS

Sociedade Brasileira de Pediatria

Page 42: OTITES & AMIGDALITES

AMIGDALITES BACTERIANAS

Page 43: OTITES & AMIGDALITES

AMIGDALITES BACTERIANAS

Page 44: OTITES & AMIGDALITES

Referências

PITREZ, P. M. C.; PITREZ, J. L. B. Infecções àgudas das vias aéreas superiores – diagnóstico e tratamento ambulatorial. Jornal de Pediatria vol.79. 2003.

SAFFER, M.; BELLIZIA NETO, L. Otite Externa. IV Manual de Otorrinolaringologia Pediátrica da IAPO. Disponível em: <http://www.iapo.org.br/manuals/34-2.pdf > Acesso em 24/04/17

SHIRAMIZO, S. C. P. L. Protocolo Assistencial – Faringoamigdalites em Crianças e Adolescentes Diretrizes para Diagnóstico e Tratamento. Albert Einstein, Sociedade Beneficente Israelita Brasileira. 2012

SIH, T. Otites e Amigdalite - Painel de Atualização sobre a Dor Infantil . 2010. Disponível em: < https://www.medlink.com.br/sites/default/files/artigos/dor/otite-e-amigdalite.pdf>

Sociedade Brasileira de Pediatria. PRONAP - Programa Nacional de Educação Continuada em Pediatria – CICLO XIII. Fasc . 2: Otorrinolaringologia Pediátrica – Otite Média Aguda.

WECKX, L. L. M.; SAKANO, E. Antibióticos em Otorrinolaringologia Pediátrica. Antimicrobianos na Prática Clínica Pediátrica – Guia Prático para Manejo no Ambulatório, na Emergência e na Enfermaria. Mod B. Fasc XIV. PRONAP – Programa Nacional de Educação Continuada em Pediatria.

Page 45: OTITES & AMIGDALITES