-
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UX:-H 13J,5
- objetivamente, sem optar entre eles. Seriam encarados como
amateria da hist6ria, que ja existiria latente nos documento~
ant:sdo historiador ocupar-se destes. Sua coordena
-
. d dos 1rec;os e salarios. Entretanto, 0riadores, eSlinlulando
0 estl~ 0 .~ ussaa com as ciencias sociais.grande 1l10Vllllcnto de
contato e diSC, ,', da decada de 1930,
d' - 1ais de uma vez - a paL.mudou de IrefC;la(~--::, n. do
~struturalismo lingiiistico e antropol&-sob novas 111ucnClas.
'., A im ortancia de Fer-giCO~l~~t
de;ll~g~-a~~~~e~~~s~~I~~u~see~~t~~~dament;l, no. sent}do denanu ram
e.. ,tudo das estruturas - a1cm dosarientar os Illstonadores. para
0 c.s t , .. ' Ao contato das Qulras
0 :las clclos conJun urals.acontcCll11Cnto., e l. ,., _ elos
fatos' recorrell-., . , I 1omem a Illstona Il1teressou se P
,ClcnClas to 1, . ' .' d 1930 aproximadamente1.\ I, 'lI1gulares - a
partir e, ,les, a,) ~Il (1 lOS S .' que pudCSSCIll r."
11Cl~lsrealidades consclcnlcs, Juntame~tc com as , , I os'. '.1
tcn1poralleos - por exemp 0, '
f "I ;1 C(111SC'lcnClauos con 'IeI' UgICO, "cidos ~conjunturais
de longa durac;ao."
As linhas de jorc;a da evolUl;ao recente dahistorica
. ,. f' .s e con-(.) t' ch eVO!U"10 recente da hlstona 01, pOI
-1110or,.,.' '.' - . do homem'
, , . . '0.1 _ 0 contato com as demals ClenclUS :1111\1-,
I . 1'1' '/ 're CcullulIlIlJlle c " ~ , "1';III1CI11":, AIIII"
to,l. ( /L, VI M'lanc es (i'llistoire wcia!c e, finallllente, .ans,
'. 'c';-\\); 1962' os principais arti~os de Jean Mcuvrd"I,{(i/la
,pewl. Madlld, Tc. ,,' '. \... [:/ d's d'histoire
t!cutIU/lIIG/te,
I . 'linIUOS em UI1I IVIO. -" U L"'1 dill, rcccll!Clllen e, Ie "
I C I' 1971'('01 l'
-
pontos de contato e influencias mutuas; tenhamos presente,
porexemplo, as poIemicas de Hamilton com os historiadores
franceses.Nos Estados Unidos foi onde surgiu, pela primeira vez, 0
que PierreVilar dcnominaria mais tarde., na Fran"a, de "econometria
retros-pectYva". A New Economic History nao limita suas ambi~6es
aoestudo de ser~es estatisticas ou, quando muito, a correla~ao
entreeIas: tenta aplicar retrospectivamente a teoria e os metodos
daciencia econ6mica e, assim, reconstituir as economias
passadasmediante urn sistema de equa~6es. uma histaria feita por
econo-mist as profissionais, nao por historiadores. Na Fran~a. uma
"hista-ria quantitativa" semelhante - embora muito menos rica -
surgiu , ...na decada de 60' deste seculo, tambem feita por
economistas: a I,cscola de Jean M~rczewski. Nos Estados Unidos,
como na Franc;a,os economistas-historiadores dedicados a
econometria retrospectiva 'manifestam certo desprezo pelo que, as
vezes, chamam de "histariaecon6mica tradicional", escrita pOr'
historiadores-economistas, nao alevam em conta. 0
As tecnicas e metodos quantitativos, primeiramente aplicadosit
hist6ria >.econ6mica e depois a histaria demografica e
SOC~fll,ten- idem a conquistar sempre noyos campos de trabalho -
evoluc;aoque e facilitada e aceJerada pela difusao do emprego dos'
compu-tadores. Atualmente tenta-se, >por exemplo, desenvolver
uma se-mfmtica quantitativa aplicada ahist6ria.
A no~ao de estrutura surgiu nos estudos hist6ricos muito antes.
rde se ter desenvolvido a antropologia estruturalista de Claude
Levi-Strauss; 0 marxismo a usava desde o seculo XIX e na
primeirametade deste seculo varios historiadores dedicaram-se as
estruturas.so'ciais, embora nem sempretenham usado, explicitamente,
0 termo estrutura (J aures, Georges Lefebvre). Mas nao ha duvida de
queo advento do estruturalismQ for"ou os historiadores a
refl.etirem:>(lbre 0 proprio conceito de estrutura, por eles
usado as vezes comrigor insuficiente. Na decada passaoa, certas
oposi,,6es (antropologia- Ih ist6ria, sincroruia-d1.acronia,
estrutura-acontecimento, etc) pare-
\.r'
. . t ,.5 Jacob M. Price; Principales tendencias de la
investigaci6n cuantllatlva ~ '.lcdente en el campo de la historian,
Trad. de Cecilia Rabell, em Pers- y' .I'l!ctivas de la 1ristoria
econ6mica cuantitativa en America Lalina, ~exico.t-I Colegio de
Mexico (ComisiOn de HistMia Econ6mica del ConseJo La-Ililoamericano
de Cicncias Sociales), 1970, pp. 9-33 (mimeografado).
ciam absorver todas as atenc;6es. Porem, tratava-se de um
debatefreqUeniemente mal colocado e peJo menos parcialmente falso,
nofundo. A evoJu"iio posterior da antropologia e da historia,
mostrouq\je muitas das supostas incompatibilidades estavam
relacionadas como eslagio de evolu~ao de uma historia ainda nab
completamentecomprometida com 0 estudo das estruturas - e de uma
anlropolo-gia que vacilava em abordar 0 dificil problema da genese
e evolu-
- rapi, (~ob ~ ~lre
-
sistematica - houve mudanl;a de imensa importancia. as
referidoshistoriadores - pOl' muito tempo. uma pequena minoria,
mesmoem palses como a Fran~a - simplesmente transferiam seu
princi-pal centro de interesse do inefavel "fato individual" dos
positivistaspara os dados cuja integral;ao em series homogeneas e
posslvel; doepisodio para os elementos escolhidos (ou construfdos)
segundo'0 criteria de seu carater recorrente, que os faz
comparaveis noamago de urn dado perfodo de tempo. As mudanl;as que
assimcomeC;avam a penetrar, lentamente, a consciencia dos
historiadore'i
a visao que tinham de sua disciplina - eram primordia is.Em
primeiro lugar, a ilusao da ingenuidade ou objetividade
do historiador diante;le "fatos" reais e substantivos que a ele
seimpunham, do exterior, ja nao podia ser mantida. Vma serie
dedados qualquer - sobre prec;os, salarios, exportal;ao,
prodlll;ao,elc. - so tern sentido quando construfda para responder
a certasperguntas muito precisas. Em outras palavras, a hist6ria
sistemati-'camcnte quantificada pressup6e 'que as hip6teses de
trabalho doshistoriadores, dantes implfcitas e inconfessadas,
tornem-seexplfci-tas, c1aramente colocadas. Renunciando it sua
feliz inocencia 0historiador [eve de tomar conhecimento de algo.
fundamental: danecessidade, ou mclhor, da inevitabilida.de de
selecionar, recortar,construir seu objeto. em funl;ao de suas
hip6teses, de seu marcote6rico e metodologico.
POl' outro lado, a construl;ao do objeto de estudo em
serieshomogeneas e coerentes levava a varias conseqiiencias
importantesno referente aos metodos. Quando se raciocina em termo
de seriesde dados que se sucedem no tempo, esboc;ando curvas que
sac arcprescntac;ao gnifica de ciclos de expansao e depressao (isto
e,das palpitac;6es da vida economica) 0 mais importante nao e cad
aurn dos dados, individual mente, mas 0 proprio desenho da
curva,sua evoluC;ao no tempo - prefcrencialmente nalonga dura~ao -;
0dado define-se pelo valor relativo que apresenta quartdo
comparado.aos que 0 precedem e seguem. A crftica interna, antes
ocupada em.demonstrar a veracidade ou falsidade das afirmac;5es
contidas nostestemunhos cscritos, agora deve dedicar-se it
demonstrac;iio "dahomogeneidade e da coerencia intcrna das series
de dados, recolhidasou construldas pelo histo~iador, e de sua
pertinencia em relac;ao aship6teses de trablaho propostas; as
extrapolac;6es ou intcrpolac;6esde dados tern de ser justificadas
pOl' estll perspectiva.
Enfim., uma Vlsao nova perrnitia que os historiadores da
eco-homia incorporasscm a sua area de cstudos a problem{ltica,
0,apare/ho conceilual, a tcoria, os mctodos e as tecnicas da
cienciaccon6mica. as dados reunid.os em scrie podiam ser
manipuladosconforme procedimentos estatisticos e matcmaticos de
varia vel com-plcxidadc.
AvanC;ando a partir d.e tais pontos, a historia
quantificada.diferenCiou-se, pouco a pouco, em tendencias ou
correntcs, organi-zando-sc em torno de duas atitudes basicas. De um
lade, a posiC;iioexplificada, principal mente, pela escola
hislarica francesa, au "escohdos. Anna/es", que se caracterizCl
pela rejl:il;ao de umCl divisaoradical entre historia econ6mica e
hist6ria gl0bal; par uma acen-tuada prudencia - quanto ao valor da
d0cumentade casos e nao apresentar-se como um dado a priori; pOl'
um grand"respt.ito a especificidade das difcrentes sncicc1ades e
cpocas, junt'l-mente com a cren
-
19) "hi:;t6ria quantitativa" (5. Kuznets; J. Man.:zewski,J. --
CI. Toutaijfl);
29) "New Economic Histqry (S. Engerman, A. Fishlow,B. F.
Hoselitz, R. W. Fogel, A. H. Conrad, J. R.Meyer, elc.).
Para designar uma tendcncia ja relativamenle antiga, a
expres-sao "hist6ria serial'" {oi criada no calor da polemica em
que seenfrentaram, Ila Mcada de 60 e na Fran
-
menos profundas. Os historiadorcs serialistas, fragmentan~o a
reali-Liadc cstudada em diverg~s niveis de analise, poem em
]ulgamentoa crcnc;a, herdada do' seculoXIX, de que em cada. periodo
c so-cicdadc os difercntcs niveis ou elementos evoluem
slmultaneamentca um ritmo id0ntico, pelo menos grosso modo. A
hist6r.i~ serialdClllonstra, ao contnirio, a existcncia de
importantes dlferenc;asde ritmo entre distintos setores economicos;
entre a evoJuC;ao. eco-nomica c as estruturas sociais; entre estas,
a vida politica, as men-talidades' alem das aludidas e as vezes
profundas diferenc;as regio-nais e s~toriais.l~ Estaconstatac;ao
torna-se possiveJ a medida emque, com 0 progresso da computac;ao -
que permite a analise serialdc qualquer corpus de dados cuja
program~c;ao seja poss!ve,l -a hist6ria serial, durante muito tempo
excIuslvamente eeonomlca einteressada no estudo '-(fos cicIos
conjunturais a partir de diversasvariaveis (prec;os, salurios,
movimento comercial, etc.) abrangenovos campos aos quais po de
dedicar-se e serve ao estudo da es-trutura e dos l11ovirnentos
sociais; dademografia; de certas variaveispoliticas ou ideol6gicas,
etc.
Pon~ll1, voltemos por um momenta a hist6ria serial, no
sentidoque teve primeiramenlc, isto e, vista como uma dada maneira
deeonceber e de fazer hisl6ria eeonomiea. Em seu conjunto, os
estu-dos da escola hist6rica franeesa caracterizam-se por um eerto
em-pirismo, hip6teses de cariiter operacional e sinteses de tipo
quali-talivo. Sendo os fenomenos economicos analisados no marco
deum delerminado periodo, em sua dimensao diacronica,
freqUente-mente atraves de indicadores. Durante muito tempo os
prec;os foramtom ados como indicadores ou term6metros da vida
economica, asvezes de modo demasiadamenle exclusivo;
estabeleciam-se, porexemplo, identidades automatic~s e grossciras
do tipo:. baixa dos pre-(,:os = depressao; eleva
-
conduzira a resultados mais arbitrarios do que no
primcirocaso.
3'1 "As fontes nao estruturalmente numericas, mas que 0
his-toriador trata de utiJizar de modo quantitativo, medianteum
procedimeno duplamente substitutivo; e necessario quecle Ihcs
atribua lima significa
- peri(}dicas (Purdue Mectings). Podernos situar em 1957 sua
cons-titui
-
dindll1islllO de nussa disciplina, ilustrado espetacularmcnlc
pclosvenigillosos progressos da hist6ria licmogrMica, nao deve
fazer es-qucccr os muitos problemas e conflitos import antes que
ainda con-tillllam 'sem sotuC;Jo; alguns dcles examinados no
capitulo segllinte.
Elllbora nao seja argllmento que ponha em duvida a valiclacledas
novas tendcncias, 0 peso ainda muito grande da hist6ria
tracli-cional em certas areas e, indiscutivelmente, um grave
problema;princi pal men te quando historiadores que se op5em a
mudanc;aaCllpam pastas-chaves nas instituic;5es academieas de
ensino e' depcsqllisa, constituindo-se em entraves ao progresso. Em
paises comoa r:ranc;a ou a J nglaterra, a posic;ao tradicionaI ja e
ins listen tavel,[)las nos Estados Unidos a existencia de um
importante setor depesquisa hist6.rica baseado em metodologia muito
adiantada naoimpede que predominem, quantitativamente, os trabalhos
de feitioantigo; 18 na America Latina da-se 0 'mesmo, mas em
propon;5csmais graves. Alem di~{:}, mesmoquando ha disposic;ao de
traba-lhar de acordo com padrocs atualizados, certos problemas
pn'iti-cos, tccnicos e de arganizac;aa podem constitllir-se em
obsUiculosmuito reais: 0 elevado custo das pesquisas quantificadas,
dignasde considerac;ao, que ex igem grande investimentos em pessoal
eeqllipamenlo; a dcficiencia de treinamento da maioria dos
historia-liores - mesmo no atinente ao manejo das tecnicas mais
elementa-res da estatistica - devido a falta de adaptac;ao das
estruturaslIniversitarias as alterac;5es da disciplina; 0 pequeno
nllmero deinstituic;5es nacionais ou internacionais destinadas a
apoiar e acoordenar as esforc;os individuais ou locais, a dar
alento a realiza-r;ao de trabalhos de equipe, assegurando a rapida
difusao dos resul-Lidos conseguidos, etc. Tais dificuldades surgem,
em certa medida,em todos as paises, mas sua gravidade c
especialmente notavel naarea latino-americana.
Por outro lado, cumpre reconhecer que 0 desenvolvimentodus
diferentes ramos do saber hist6rico obedece a ritmos hetero-g~neos.
A hist6ria social, por exemplo, move-se com cerlo atrasoEm relac;ao
a hist6ria economica e a demogrMica, apesar dos bri-lhantes exitos
consecutivos ao impulso recebido de Ernest Labrousse,no Congresso
de Roma (1955), e que seus discipulos acentuaram;da constitllic;ao
de uma hist6ria das mentalidades coletivas; de inte-
ress;\llies pcsquisas quantitalivas sobrc 1ll0Villlentos
sociais. A his-t6ri;l. polftica, ale agora, s6 foj perifericamenle
aretada pl:lo grandemOVlmento de rellovar;ilo melOdo16giea.
E 0 quc dizer de certa "hist6ria das idcias",
crono]lwicamenlereecnle em seu desenvolvil1lcnto mas dccididamellte
fc~ch:lda ;\sinov;lC;ocs do metodo?
Este nilo e Ulll livro de tcoria Oll de filosofia da his[(lrja.
0lcitlJr interessado cm tais tcmas dever;} procurar outras
fonles.]:J Que-remos, entretanto, lIestacar aq\li _..- cmbora
supcrficiallllente _11l1la questflO te6rica e epistemol6gica
fundamental, suscilada pcbrecente cvoluC;iio cIa cicncia
histlirica; alguns olltros problemas domeslllo g0nero scrao
ahordados no capitulo seguinte. A questaoque. I~OS ocupar,i a
ateIlc;ao agora pode .ser fon~llIlada assim: quepO~Ic;.ao cabe, na
atualidade"l hist6ria, dentro do cOlljullto maldcflOldo das
ciencias do homem?
l)igamos logo que \lma resposla clara e dcfinitiva a tal
per-gunta talvez seja impossive\. AtitucIcs e correntes mal
direrellcia-das, em alguns cas os contradit6rias, caracterizarn os
historiadoresde hoje; iStl~ e a r?picIez lias Illudanl;as que sorre
Ilossa cicncia,em seu conJl1l11o, fazcl11 com que nao seja tarcfa
suave tentarpet":cber, suas Jinhas de cvolw;ilo, oU' avaliar cLuais
dclas prevale-ccrao. So pod cmos falar de fellC!f'llcias implfcitas
Ilas rdcridas II1U-danr;as - e de evoluc;oes possiveis.
Em UIl1 Iivm recente,~O Jean Piaget propoe a divisao de "(odosos
estudos relativos aos hOll1cns ou ilS sociedacles" em quatm
gran-des grupos, dos quais s6 os dois primciros nos
intercssarao:
19) eieneias 110/1lo(,:ticas, que procuram dcscobrir "leis":
lin-gUistica, econol11ia, sociologia, demografia.,
antropologia,psicologia;
29) eleneias histi5ricas, que estudam a evolw;Jo temporal
detodas as manifeslac;5es da vida social;
19. CL Clrlos lVI. Rama, TeoriCl de la his{(nia, IlltrodUccluJI
a Ius eS/(ldios;!;;~orzcos, Madrid, Tecnos, 1968 (2a. edi
-
30) cicnciw jllridicas;49) disciplinas filos6ficas,
P'. b embora no conjunto a hist6ria ainda, surja como algol
OIS em, " ' " d vido a perslstente e centradistinto d~s cicnclas
nomotc~~~a:, r~cesso concreto de evolu';aopreocupa
- :sUio igllillmentc prescnles. Conl.ra as gcncraliza