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Os Desafios para os Jovens Pesquisadores Brasileiros Prof. Dr. Adriel F. da Fonseca Vice-Coordenador do Programa de Pós-Graduação (Mestrado) em Agronomia UNIVERSIDADE ESTADUAL DE PONTA GROSSA DEPTO DE CIÊNCIA DO SOLO E ENG. AGRÍCOLA
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Os Desafios para os Jovens Pesquisadores Brasileiros

Jan 07, 2022

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Page 1: Os Desafios para os Jovens Pesquisadores Brasileiros

Os Desafios para os Jovens Pesquisadores

Brasileiros

Prof. Dr. Adriel F. da FonsecaVice-Coordenador do Programa de Pós-Graduação

(Mestrado) em Agronomia

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE PONTA GROSSA

DEPTO DE CIÊNCIA DO SOLO E ENG. AGRÍCOLA

Page 2: Os Desafios para os Jovens Pesquisadores Brasileiros

Estratégia de apresentação

A formação dos jovens cientistas

Desafios dos primeiros projetos

Conciliação da produção científica vs. exigência dos órgãos CNPq e CAPES

Modelo atual para avaliação da qualidade do pesquisador

Considerações finais

Page 3: Os Desafios para os Jovens Pesquisadores Brasileiros

A formação dos jovens cientistas brasileiros

Qualidade do sistema educacional brasileiro vs. maturidade pessoal

Maturidade e qualidade dos jovens universitários

Iniciação à Ciência

O que é?

Quais os mecanismos para incentivar o despertar de um pesquisador

Page 4: Os Desafios para os Jovens Pesquisadores Brasileiros

A formação dos jovens cientistas brasileiros

Décadas de 1970 e 1980

Iniciação científica raro

Mestrado 3-4 anos

Doutorado 5-8 anos

Década de 1990 e 2000

País precisava aumentar o número de doutores

Alternativa

Implementação do PIBIC

Page 5: Os Desafios para os Jovens Pesquisadores Brasileiros

A formação dos jovens cientistas brasileiros

Objetivos do PIBIC

Despertar vocação científica e incentivar novos talentos potenciais entre estudantes de graduação

Contribuir para reduzir o tempo médio de titulação de mestres e doutores

Propiciar à instituição um instrumento de formulação de política de iniciação à pesquisa para alunos de graduação

Page 6: Os Desafios para os Jovens Pesquisadores Brasileiros

A formação dos jovens cientistas brasileiros

Objetivos do PIBIC

Estimular uma maior articulação entre a graduação e pós-graduação

Contribuir para a formação de recursos humanos para a pesquisa

Contribuir de forma decisiva para reduzir o tempo médio de permanência dos alunos na pós-graduação

Page 7: Os Desafios para os Jovens Pesquisadores Brasileiros

A formação dos jovens cientistas brasileiros

Objetivos do PIBIC

Estimular pesquisadores produtivos a envolverem alunos de graduação nas atividades científica, tecnológica e artística-cultural

Tempo?

Page 8: Os Desafios para os Jovens Pesquisadores Brasileiros

A formação dos jovens cientistas brasileiros

Objetivos do PIBIC

Proporcionar ao bolsista, orientado por pesquisador qualificado, a aprendizagem de técnicas e métodos de pesquisa, bem como estimular o desenvolvimento do pensar cientificamente e da criatividade, decorrentes das condições criadas pelo confronto direto com os problemas de pesquisa

Tempo?

Page 9: Os Desafios para os Jovens Pesquisadores Brasileiros

A formação dos jovens cientistas brasileiros

Indicadores atuais dos “bons cursos”

Mestrado

24 meses

Doutorado

36 meses

Page 10: Os Desafios para os Jovens Pesquisadores Brasileiros

A formação dos jovens cientistas brasileiros

Críticas ao modelo atual da CAPES

O tempo de titulação deverá ser similar para todas as áreas?

E o tempo necessário para o amadurecimento científico do aluno?

Poderemos formar, no “atacado”, mestres e doutores?

Qualidade vs. quantidade

Page 11: Os Desafios para os Jovens Pesquisadores Brasileiros

A formação dos jovens cientistas brasileiros

O que se espera de um pós-graduando, segundo o “sistema atual”

Produção científica é o mais importante

Inovação, se possível

Elevada produção x baixo tempo para titulação = conceito de qualidade

Seria isso o mais importante?

E os nossos periódicos nacionais?

Page 12: Os Desafios para os Jovens Pesquisadores Brasileiros

A formação dos jovens cientistas brasileiros

O que se espera de um pós-graduando, segundo o “sistema atual”

Créditos: apenas conceito A, podendo ser aceito acidentalmente B

Experimento: inovador e que resulte em publicações

Ideal: média de um artigo (A1, A2 ou B1) por ano

Page 13: Os Desafios para os Jovens Pesquisadores Brasileiros

A formação dos jovens cientistas brasileiros

O que se espera de um pós-graduando, segundo o “sistema atual”

Créditos: apenas conceito A, podendo ser aceito acidentalmente B

Experimento: inovador e que resulte em publicações

Ideal: média de um artigo (A1, A2 ou B1) por ano

Page 14: Os Desafios para os Jovens Pesquisadores Brasileiros

Sistema de Avaliação daCAPES

Ciências Agrárias I

Comentários dos Coordenadores e Resumo dos Principais Assuntos da Reunião de Manaus (8 a 10/11/2010)

Page 15: Os Desafios para os Jovens Pesquisadores Brasileiros

EVOLUÇÃO DOS PROGRAMAS

0,0

5,0

10,0

15,0

20,0

25,0

30,0

35,0

40,0

45,0

50,0

2 3 4 5 6 7

CONCEITOS

PR

OG

RA

MA

S (

%)

2003

2006

2009

Page 16: Os Desafios para os Jovens Pesquisadores Brasileiros

Fator de Impacto

“O fator de impacto é mais representativo do

que o número absoluto de publicações de um

cientista”.

Page 17: Os Desafios para os Jovens Pesquisadores Brasileiros

FI - Razão entre o número de citações feitas no corrente ano

a itens publicados neste periódico nos últimos dois anos e o

número de artigos publicados nos mesmos dois anos pelo

mesmo periódico (Journal Citation Reports, 1998).

Page 18: Os Desafios para os Jovens Pesquisadores Brasileiros
Page 19: Os Desafios para os Jovens Pesquisadores Brasileiros
Page 20: Os Desafios para os Jovens Pesquisadores Brasileiros
Page 21: Os Desafios para os Jovens Pesquisadores Brasileiros

CONCEITO

PROGRAMA INSTITUIÇÃO 2001-2003 2004-2006 2007-2009

Genética e Melhoramento de Plantas ESALQ 7 7 7

Genética e Melhoramento de Plantas UFV 7 6 6

Recursos Genéticos Vegetais UFSC - - 6

Fitopatologia UFV 6 6 7

Fitopatologia ESALQ 6 5 6

Ciência do Solo UFRRJ - 6 6

Ciência do Solo UFLA - - 6

Solos e Nutrição de Plantas UFV 6 6 5

Solos e Nutrição de Plantas ESALQ 6 7 7

Fitotecnia ESALQ 6 5 6

Energia Nuclear na Agricultura CENA 6 7 6

Fisiologia Vegetal UFV 6 6 7

Entomologia ESALQ - 6 6

Entomologia UFV 5 7 7

Microbiologia Agrícola UFV 6 6 6

“É preciso ampliar a qualidade da Pós-Graduação – Agrárias”

PROGRAMAS DE EXCELÊNCIA NA CIÊNCIAS AGRÁRIAS I

Page 22: Os Desafios para os Jovens Pesquisadores Brasileiros

Principais Instituições Brasileiras com Competência e Experiência em Pós-

Graduação e Pesquisa em Ciências Agrárias I

No Programas*

Conceito ≥ 5,0

No Programas*

Conceito ≥ 5,0

Instituição 2004-2006 2007-2009

Universidade Federal de Viçosa - UFV 9 11

Escola Sup. Agric. Luiz de Queiroz - ESALQ/USP 7 10

Universidade Estadual Paulista - UNESP 7 10

Universidade Federal de Lavras - UFLA 4 8

Universidade Fed. do Rio Grande do Sul - UFRGS 2 2

Universidade Fed. Rural do Rio de Janeiro - UFRRJ 2 1

Universidade Estadual de Maringá - UEM 2 2

Universidade Federal de Santa Maria - UFSM 1 3

Universidade Federal de Pelotas - UFPel 1 2

* Programas bem qualificados ≥ 5,0

Page 23: Os Desafios para os Jovens Pesquisadores Brasileiros

Outras Instituições com Competência e Experiência em Pós-Graduação e

Pesquisa em Ciências Agrárias I

No Programas*

Conceito ≥ 5,0

No Programas*

Conceito ≥ 5,0

Instituição 2004-2006 2007-2009

Universidade Estadual de Campinas - UNICAMP 1 1

Universidade Estadual do Norte Fluminense - UENF 1 2

Universidade Federal de Campina Grande - UFCG 1 -

Universidade Estadual de Londrina - UEL 1 1

Universidade Federal de Santa Catarina - UFSC 1 1

Universidade Federal Rural do Semi-Árido - UFERSA 1 1

Centro de Energia Nuclear na Agricultura - CENA/USP 1 1

Instituto Agronômico de Campinas - IAC - 1

Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPA - 1

Universidade do Estado de Santa Catarina – UDESC - 1

Universidade Federal do Paraná - UFPR - 1

Universidade Federal Rural de Pernambuco - UFRPE - 1

*Programas bem qualificados ≥ 5,0

Page 24: Os Desafios para os Jovens Pesquisadores Brasileiros

ConceitosTotal

REGIÃO 7 6 5 4 3

Sudeste 4

5

7

8

21

32

31

21

12

10

75 (46%)

76 (45,51%)

Sul -

-

-

1

8

12

18

15

8

8

34 (20,85%)

36 (21,56%)

Centro Oeste -

-

-

-

-

1

7

6

5

6

12 (7,35%)

13 (7,78%)

Nordeste -

-

-

-

2

3

11

14

17

13

30 (18,40%)

30 (17,96%)

Norte -

-

-

-

-

1

4

3

8

8

12 (7,35%)

12 (7,14%)

TOTAL 4

5

7

9

31

49

71

69

50

45

163

167

ÁREA: CIÊNCIAS AGRÁRIAS I

DISTRIBUIÇÃO REGIONAL DE PROGRAMAS POR CONCEITO

Page 25: Os Desafios para os Jovens Pesquisadores Brasileiros

O Que Pesa Atualmente na Avaliação

10%

40%

20%

30%

Corpo Docente

Produção

Intelectual

Critérios

Adicionais

Corpo Discente

Page 26: Os Desafios para os Jovens Pesquisadores Brasileiros

Desafios dos primeiros projetos

Sou Doutor. E daí?

Oportunidades?

Concursos ou Pós-Doutorado

Quais assuntos são importantes para serem pesquisados na região que estou atuando?

Sou capaz de trabalhar com temas dentro da minha formação e não continuar o que fiz no meu doutorado?

Page 27: Os Desafios para os Jovens Pesquisadores Brasileiros

Desafios dos primeiros projetos

Sou Doutor. E daí?

Captação de recurso

Como funcional?

Quais pré-requisitos?

Parcerias com a iniciativa privada?

Habilidade para concorrer nos editais universais

Possibilidades para integrar grupos de pesquisa consolidados na instituição

Page 28: Os Desafios para os Jovens Pesquisadores Brasileiros

Conciliação da produção científica vs. exigência dos órgãos CNPq e CAPES

Orientação de Mestrado

Requisitos

Orientação de Doutorado

Requisitos

Obtenção de Bolsa de Produtividade

Requisitos

Aprovação de grandes projetos?

Page 29: Os Desafios para os Jovens Pesquisadores Brasileiros

Conciliação da produção científica vs. exigência dos órgãos CNPq e CAPES

Conciliação qualidade de vida vs.pessoal – “pesquisador produtivo”

Conciliação “pesquisador produtivo” vs.satisfação financeira

Conciliação “pesquisador produtivo” vs.carreira

Por quanto tempo?

Page 30: Os Desafios para os Jovens Pesquisadores Brasileiros

Modelo atual para avaliação da qualidade do pesquisador Quais critérios são levados em

consideração?

Esses critérios refletem a capacidade da pessoa em realmente produzir ciência e inovação?

Se Albert Einstein fosse brasileiro e vivesse nos nossos dias, seria Bolsista de Produtividade do CNPq?

Page 31: Os Desafios para os Jovens Pesquisadores Brasileiros

Considerações finais

Mensagem para o aluno dentro do atual modelo da CAPES

Mensagem para os docentes que tem a oportunidade de integrar os sistemas de avaliação dos cursos de pós-graduação

Mensagem para os atuais discentes e futuros docentes

Reflexão

Page 32: Os Desafios para os Jovens Pesquisadores Brasileiros

Muito obrigado

[email protected]

Laboratório de Nutrição de Plantas (F29)

(42) 3220-3083