Os Benefcios da Musculao na Terceira Idade
Os Benefcios da Musculao na Terceira Idade
Fernando Colombo Pouco tempo atrs quando se falava do idoso a
primeira imagem que vinha em nossa mente era de um velho vestindo
pijama, sentado em uma cadeira, esperando a morte chegar. Hoje a
terceira idade est dando um basta no sedentarismo e dando exemplo
de vida mostrando que com o passar dos anos a disposio no
acaba.
Com isso as academias de ginsticas esto abrindo cada vez mais
espao para trabalhar com atividades voltadas para terceira idade,
descobrindo um novo mercado com grande potencial. Tanto que hoje
existem academias especializadas, com trabalhos voltados somente
para a terceira idade.
Entre as diversas atividades que as academias oferecem a
musculao uma das mais recomendadas e procuradas nas academias.
So inmeros os benefcios proporcionados pelos exerccios de
musculao. Mesmo para quem nunca realizou atividades fsicas pode
iniciar um programa e ainda alcanar bons resultados.Mais lembre-se
o ideal antes de iniciar qualquer atividade fsica procurar um mdico
especialista para fazer uma avaliao fsica.
No processo de envelhecimento acaba ocorrendo uma diminuio da
massa muscular, densidade ssea, fora e flexibilidade. O metabolismo
acaba ficando mais lento e diminuindo, com isso a tendncia ganhar
mais gordura, porm esses efeitos podem ser minimizados com a
musculao.
Outro grande benefcio da musculao o auxlio na preveno
osteoporose, alm do entrosamento social, que ajuda a reduzir a
depresso.
Alm desses benefcios, a musculao no aumenta tanto a freqncia
cardaca e a presso arterial quanto os exerccios aerbicos, como
andar, correr ou pedalar.
Na musculao o risco de acidentes e leses muito pequeno desde que
se tenha um controle da carga e tenha um professor especializado
para fazer um acompanhamento.
No entanto, alguns cuidados so necessrios para iniciar um
treinamento de musculao.No inicio os exerccios devem ser feitos no
mximo trs vezes por semana com durao mdia de 40 min. e acompanhados
de alongamento no inicio e final do treino.
Outro cuidado que deve ser levado em conta com a alimentao, bem
como a hidratao. Durante o treino a gua e os sais minerais so
gastos com os exerccios e devem ser repostos com alimentao adequada
e ingesto de gua durante e aps o treino.
"O estilo de vida fisicamente ativo auxilia os idosos a manter
interpendncia, melhora seus limites e habilita-os a integrao
social, melhorando sua qualidade de vida".
Fernando Colombo
Leia mais em:
http://www.webartigos.com/articles/14288/1/Os-Beneficios-da-Musculacao-na-Terceira-Idade/pagina1.html#ixzz1Wok8bl58Musculao:
Atividade fsica para a melhoria da qualidade de vida do idoso
INTRODUO: TEMA EM ESTUDO A cada dia ouvimos falar cada vez mais
a respeito de envelhecimento com mais sade. O ser humano possui
algumas etapas de sua vida que podem ser divididas em infncia,
adolescncia, fase adulto por ltimo, no menos importante a velhice.
Essa ltima poder ser vivida com mais dignidade se o indivduo
utilizar algumas estratgias que permitam a melhoria de sua
autonomia motora, melhores condies de executar suas atividades
dirias e consequentemente mais qualidades de vida. Segundo Colombo
(2005 p.127), afirma que:
No processo de envelhecimento acaba ocorrendo uma diminuio da
massa muscular, densidade ssea, fora e flexibilidade. O metabolismo
acaba ficando mais lento e diminuindo, com isso a tendncia ganhar
mais gordura, porm esses efeitos podem ser minimizados com a
musculao.
Este envelhecimento se dar naturalmente, por ser um processo
orgnico, dinmico, progressivo e irreversvel, que se instala em cada
pessoa, desde o seu nascimento acompanhando-o at a morte. Shephard
(2003) e Farrinatti (2008) corroboram com o pensamento de que o
envelhecimento um processo natural e que ocorre uma srie de
alteraes no organismo ao longo da vida, provocando mudanas nas
funes e estrutura do corpo tornando mais suscetvel a uma srie de
fatores prejudiciais, que podem ser internos e externos. Neste
sentido, percebe-se que nas etapas divididas da vida do ser humano,
a velhice que mais apresenta essas modificaes em sua estrutura
corporal, provocando manifestaes de incapacidade funcional. Sendo
assim, atualmente muitos estudos esto sendo dirigidos para a
melhoria da qualidade de vida da populao idosa, como: prticas de
atividades fsicas, danas, artesanatos, grupos de convivncias entre
outros. Nos exerccios fsicos, a musculao na terceira idade, uma
modalidade que vem sendo mito discutido nas academias, por trazer
melhores possibilidades e proporcionando maior independncia e
movimentos mais dinmicos e firmes. Esta apresenta exerccios
condicionantes que proporciona desenvolvimento dos movimentos,
manuteno musculoesqueltica, aumento da capacidade funcional e
substancial melhora da qualidade de vida dos idosos. 1.2
JUSTIFICATIVA Tendo contato direto com pessoas da terceira idade em
uma academia de ginstica, pode-se perceber que as atividades
relacionadas musculao, proporcionam melhor desempenho em seus
movimentos, na elevao de sua autoestima, assim como na superao do
preconceito existentes nas salas destinadas a esta prtica, onde
comum encontrar corpos sarados e torneados, objetivando a busca de
um prottipo corporal perfeito. Enquanto acadmico do curso de Educao
fsica os questionamentos comearam a surgir perante esta realidade,
aonde a prtica de atividade fsica vai alm da busca das medidas
perfeitas, mas sim, de uma melhor qualidade de vida procurada por
esta nova clientela. Corroborando com o pensamento de Spirduso,
(2005) onde a atividade fsica para os idosos vista como um meio
prazeroso de prevenir e de manter a sade e que, a autoconfiana
atingida a partir de programas adequados que favoream o organismo e
contribuam para a manuteno da autonomia, alm de que segundo as
literaturas a falta de atividades fsicas contribui para a acelerao
de doenas como: diabetes, doenas cardiovasculares, dificulta a
resistncia muscular alm de acelerar o processo de depresso no
idoso, que, acaba se isolando da sociedade. Sendo assim, surgiu o
interesse de investigar a contribuio da musculao como atividade
fsica em que a prtica desta alm de favorecer uma melhor qualidade
de vida, tambm trabalha a questo da incluso neste segmento social
que onde os frequentadores eram a maioria jovens. Os idosos j
possuem outra viso a respeito da atividade fsica. Esto cada vez
mais descobrindo os benefcios trazidos por esta prtica, esto
mantendo sua independncia em suas atividades ,assim como
redescobrindo seu valor na sociedade, habilitando-os na integrao
social e melhorando sua qualidade de vida. Porem sabendo que a
musculao favorece ao idoso a minimizao da perda da massa muscular,
da densidade ssea, da flexibilidade e a fora, justifica-se este
trabalho, como um estudo mais aprofundado e concreto desta
modalidade, ultrapassando os
referenciais da literatura e sim por meio do contato direto com
esta classe que tem muito a ensinar por meio da superao de seus
limites, assim como pela viso da musculao como objeto de
favorecimento a uma vida saudvel. 1.3 A FORMULAO DA SITUAO PROBLEMA
Os idosos deste novo sculo sofrem constantemente as influncias do
stress causado pela vida moderna, afinal eles fazem parte de uma
populao que alheia sua experincia de vida com a serenidade e
sabedoria que s os anos vividos podem trazer. Entretanto, estes
mesmos idosos, em funo de sua estrutura fsica mais fragilizada pelo
tempo, esto mais suscetveis aos problemas que um organismo mais
jovem suportaria. Esta situao do cotidiano da vida moderna reflete
ao nosso questionamento, incentivando ao estudo do seguinte
questionamento: De que maneira a musculao poder influenciar a vida
do idoso, proporcionando uma minimizao das limitaes em funo da
degenerao orgnica e fisiolgica que acomete todos os indivduos que
envelhecem, alm da obteno da conquista de um envelhecer com mais
sade e melhor qualidade de vida?
1.4 HIPTESES A prtica da musculao poder proporcionar ao idoso,
maior independncia na realizao de suas atividades dirias. Como a
prtica da musculao, os idosos tero maior benefcio na manuteno da
densidade mineral ssea, evitando possveis quedas, complicaes
cardiovasculares e pulmonares.
1.5 OBJETIVOS 1.5.1 Objetivo geral Analisar como a prtica da
musculao, poder influenciar na qualidade de vida, minimizando os
fatores de degenerao orgnica e fisiolgica que so acometidos o
indivduo da terceira idade.
1.5.2 Objetivos especficos Conhecer quais as principais mudanas,
evidenciadas pelos idosos, em seus movimentos corporal com a prtica
da musculao. Identificar se houve melhoria das atividades do dia a
dia, com a prtica da musculao.
Explicar como se d o processo de aquisio de melhoria motora om a
prtica da musculao.
2 MARCO TERICO 2.1 O ENVELHECIMENTO HUMANO O envelhecimento
humano inerente a sua prpria natureza. Independente de sua condio
social, o homem desde o momento que nasce, comea um processo
irreversvel de envelhecimento, uma contagem regressiva para o fim
de um ciclo de vida que, dependendo da forma como este homem
interage com o meio em que vive, poder ser vivido com mais ou menos
sade e qualidade de vida. Felizmente os estudiosos deste tema esto
tornando o assunto sobre envelhecimento mais atraente para o grande
pblico.
Agora, felizmente do ponto de vista da informao e do
esclarecimento corretos, mais e mais espao vem sendo dedicado ao
estudo do envelhecimento, embora se mantenha (infelizmente) o
enfoque que com frequncia beira o ridculo e segue contribuindo com
os preconceitos e esteretipos (imagens prefixadas e geralmente
distorcidas) contra as pessoas idosas. Mas, a colocao negativa a
parte, j frequente hoje a publicao de matrias de grande importncia
cientfica e social sobre o envelhecimento e a velhice nos jornais e
revistas de grande circulao [...] JORDO (1997, p.17).
A mudana de comportamento a sociedade atual, no que diz respeito
a conhecer com mais propriedade os benefcios e os malefcios de
forma de administrar a velhice, no que diz respeito aos exerccios
fsicos tem levado a populao a chegar a idades avanadas com um grau
muito maior de sade do que no passado. A literatura sustenta a
ideia de que uma vida ativa pode melhorar as funes mentais, sociais
e fsicas no envelhecimento. Em que a adoo de modos de vida ativos
durante toda a vida, leva a uma velhice produtiva. A Organizao
Mundial da Sade reconhece o valor do exerccio como estratgia para
valorizao do envelhecimento, publicando em 1997 um conjunto de
recomendaes para promoo da atividade fsica desta populao, texto que
ficou conhecido sob a denominao de "Recomendaes de Heidelberg"
(WHO, 1996). Por sua vez, os vnculos sociais dos idosos, as
influncias culturais a que esto submetidos, bem como seu prprio
comportamento social, da mesma forma, podem funcionar como fatores
capazes de contribuir para sua boa sade.
muito fcil constatar que os idosos soci veis, participantes,
ativos ou que enfrentam barreira bem menores de preconceitos ou
estere tipos, tendem a ser mais saud veis e alegres que, por
vontade pr pria ou circunstancias familiares e o culturais vivem
doentes, tristes, solitrios, discriminados ou desinteressados das
coisas que se passam ao seu redor. Estes, os mais ativos e
participantes, via de regra fazem exerccio fsico a sua onde de
satisfao e elevao de autoestima, to necessria para o bem estar de
qualquer indivduo (JORDO, 1997). 2.2 A MUSCULAO DEPOIS DOS 60 ANOS
Muito se fala nos dias de hoje sobre academias de ginsticas,
exerccios fsicos, treinamento de foras, corpos definidos e
saudveis. Contudo, esta relao feita diretamente com pessoas jovens
e adultas, no incluindo nesta relao s pessoas mais velhas. Porm no
so apenas os jovens e atletas as pessoas capazes de usar seu
equipamento de treinamento e fora e, de fato muitas pessoas dizem
que acreditam nisso. Essas pessoas que passam diante de uma
academia de musculao gostariam de estar em boa forma para usar tais
equipamentos. Elas precisam entender que no precisam ser fortes
para realizar estes exerccios e que na realidade so realizados para
a melhoria da mesma. A musculao recebe atualmente um destaque
especial, principalmente em decorrncia da evoluo cientfica que
apresentou nas ltimas dcadas com a publicao de pesquisas e artigos
sobre seus benefcios e segurana na prtica (PONTES, 2003, citado por
COSTA 2004). Segundo Thomas e Wayne (2001), muitos estudos
revelaram que os exerccios de treinamento e fora aumentam a
musculatura e diminuem a gordura simultaneamente, resultando em um
percentual de gordura corporal baixo, mantendo uma constituio fsica
mais saudvel. Entretanto a idade no determina a possibilidade ou a
impossibilidade da prtica destes exerccios de fora (GRAVES E
FRANKLIN, 2006). As pesquisas com homens e mulheres dos 60 a 80
anos, revelaram muitas melhorias fsicas em consequncia de um
programa bsico de treinamento de fora. De fato, o Journal of the
American Medical Association relatou ganhos significativos de fora
muscular e funo fsica em pessoas com 90 anos que praticavam
exerccios e treinamento de fora. (THOMAS & WAYNE, 2001)
Ainda, segundo Thomas e Wayne (2001), existem doze razes para
que cada adulto com mais de 50 anos torne o treinamento de fora uma
parte regular e fundamental de sua vida: Manuteno da Musculatura,
manuteno do metabolismo, ganho de tecido muscular, aumento de padro
metablico, reduo de gordura corporal, aumento da densidade mineral
ssea, melhorias do metabolismo da glicose, acelerao da passagem de
alimentos, reduo da presso arterial, melhoria dos lipdios
sanguneos, conservao ou melhoria da sade da regio lombar das
costas, reduo de vida. Como pode se observar, so inmeras as
vantagens e benefcios que podem ser obtidos com a prtica da
musculao na terceira idade, proporcionando ao idoso uma melhor
qualidade de vida. 3 METODOLOGIA 3.1 TIPO DE PESQUISA A presente
pesquisa indica a necessidade de um estudo do tipo explicativo,
pois se trata da influncia da musculao na autonomia motora dos
idosos. Neste sentido, identificar os fatores que determinam ou
contribuem com a qualidade de vida na terceira idade, a partir da
prtica da musculao. 3.2 ABORDAGEM DA PESQUISA A pesquisa envolver
uma dimenso terica quanto uma dimenso emprica. Na abordagem terica
sero tomados de emprstimos, as diversas teorias que auxiliaram a
esclarecer as questes que surgiram no decorrer o desenvolvimento a
mesmas. Na mesma sero utilizadas abordagens tanto qualitativa,
quanto quantitativa. A pesquisa qualitativa se justifica, em
possibilitar ao pesquisador o contato direto o a situao a ser
estudada, na obteno de dados descritivos sobre as pessoas
envolvidas no estudo, nos processos interativos, procurando
entender cada fenmeno segundo as perspectivas dos colaboradores da
situao do estudo. Este mtodo permitir uma maior flexibilidade, a
qual possibilitar expressar ideias e opinies no que se refere ao
contexto do estudo.
Na pesquisa quantitativa, sero analisados os dados da coleta de
dados, em virtude da necessidade em medir, fazer comparaes, para
descrever e explicar o fenmeno. Vale ressaltar que como afirma Luna
(1998, p.47), onde demonstra que no h compatibilidade na utilizao
de ambas as abordagens porque tanto uma como outra atendem
basicamente aos mesmos requisitos que so: a existncia de perguntas
que se quer responder; a elaborao de passos que permitem responder
s questes propostas e a necessidade da indicao do grau de
confiabilidade para as respostas obtidas.. Sendo assim as duas
formas de abordagem tende juntas a enriquece o estudo em questo.
3.3 LOCAL E INFORMANTES DO ESTUDO. O estudo ser desenvolvido na
academia Companhia Atlhtica, situada na Avenida Municipalidade n
489, no bairro do Reduto, na cidade de Belm, estado do Par. Sero
informantes 05 (cinco) alunos praticantes da musculao de ambos os
sexos na faixa etria entre 60 e 80 anos. Apenas aqueles alunos que
possurem idade superior a 60 anos e inferior a 80 anos que faro
parte da pesquisa. Alunos com 60 anos incompletos ou aqueles que j
tiverem completado 80 anos tambm no participaro da pesquisa.
3.3 COLETA DE DADOS: ETAPAS, TCNICAS E INSTRUMENTOS. A coleta de
dados ser realizada a partir de algumas etapas de trabalho.
Etapa 1: Ser desenvolvido um levantamento a partir de referncias
bibliogrficas, no que se refere a prtica da musculao para melhorar
a autonomia na vida dos idosos; Etapa 2: Observao de aspectos
fsicos do indivduo em primeiro contato com a musculao e depois da
prtica constante; Etapa 3: Baseado na etapa 2 confeccionar um
questionrio de perguntas, tomando como relevncia as anotaes feitas
nas observaes; Etapa 4: aplicao dos questionrios aos sujeitos
envolvidos; Etapa 5: Anlise e discusso dos resultados.
3.4 ASPECTOS TICOS
A pesquisa ser realizada de forma individual, haja vista que se
pretende realizar o estudo da influncia da atividade fsica na
melhoria do envelhecimento, se preocupa diretamente em preservar
quais motivos conduziram tais pessoas a frequentarem a academia.
Sero apresentados detalhadamente os objetivos da pesquisa para os
participantes e, aps os devidos esclarecimentos, os mesmos sero
convidados a assinar o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido
(TCLE) que tempo objetivo permitir que a pessoa que est sendo
convidada a participar de um projeto de pesquisa compreenda os
procedimentos, benefcios e direitos envolvidos, visando permitir
uma deciso autnoma. Apenas aqueles alunos que possurem idade
superior a 60 anos e inferior a 80 anos que faro parte da pesquisa.
Alunos com 60 anos incompletos ou aqueles que j tiverem completado
80 anos tambm no participaro da mesma.
3.5 ORAMENTO
Obs.: Esta pesquisa no acarretar nus a esta Instituio 3.6
CRONOGRAMA DE ATIVIDADES
REFERNCIAS COLOMBO, Fernando Os Benefcios da Musculao na
Terceira Idade publicado 10/02/2009 disponvel em
http://www.webartigos.com. Acessado em 26 de abril de 2011 COSTA,
Allan Jose silva da. Musculao e qualidade de vida. In Revista
Virtual EFArtigos. Vol. 02, n03 Natal, 2004. disponvel em
http////:
www.efartigos.hpg.com.br, acessado em 30 de maio de 2011 s
10:00hs. FARINATTI, P.T.V. Atividade fsica, Envelhecimento e
Qualidade de vida. So Paulo: Manole, 2008. GRAVES James E. e
FRANKLIN Barry A. Treinamento Resistido na Sade e Reabilitao, Rio
de Janeiro: Revinter, 2006. JORDO, Antnio. Gerontologia bsica. So
Paulo: Lemos, 1997 LUNA, S.V. O falso conflito entre Tendncias
Metodolgicas. Caderno de Pesquisa, n 66,1988. SHEPHARD, Roy J.
Envelhecimento, atividade fsica e sade. Traduo de Maria Aparecida
da Silva Pereira. So Paulo: Phorte, 2003. SPIRDUSO, Wennen Wyrick.
Dimenses Fsicas do Envelhecimento Barueri, SP: Manole, 2005. THOMAS
R. Baechie; WAYNE L. Westcott. Treinamento de Fora para a Terceira
Idade. So Paulo: Manole, 2001. WORLD HEALTH ORGANIZATION. The
Heidelberg guidelines for promoting physical activity among older
persons. Guidelines series for healthy ageing - I 1996
http://www.who.int/hpr/ageing/heidelberg_eng.pdf acessado em 31 de
maio 2011, s 17:00 hs.
ANEXO
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO.
(Modificado com autorizao da Prof Dra. Joelma Alencar da Escola
Superior da Amaznia)
As informaes obtidas sero analisadas e no sero divulgadas
qualquer informao que possa levar a sua identificao.
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO.
Ttulo: Musculao: Atividade fsica para a melhoria da qualidade de
vida do idoso.
GARANTIAS
Todos os informantes sero comunicados que haver garantia de
total anonimato, pois suas falas sero codificadas e tabuladas no
processo de anlise. No haver necessidade de utilizar consentimento
esclarecido por escrito. garantida s pacientes, a liberdade de
deixar de participar do estudo, sem qualquer prejuzo continuidade
de seu tratamento na Instituio. Os praticantes de musculao tem
direito a se manter informada a respeito dos resultados parciais da
pesquisa. No h despesas pessoais para o participante em qualquer
fase do estudo.
Este trabalho ser realizado com recursos prprios do autor, no
tendo financiamento ou co-participao de nenhuma instituio de
pesquisa. Tambm no haver nenhum pagamento por sua participao. O
pesquisador utilizar os dados e o material coletado somente para
esta pesquisa.
DECLARAO
Declaro que compreendi as informaes do que li ou que me foram
explicadas sobre o trabalho em questo. Discuti com a Dra. Joelma
Alencar sobre minha deciso em participar nesse estudo, ficando
claros para mim, quais so os propsitos da pesquisa, os
procedimentos a serem realizados, os possveis desconfortos e
riscos, as garantias de confidencialidade e de esclarecimentos
permanentes. Ficou claro tambm que minha participao no tem despesas
e que tenho garantia de acesso ao desenvolver a aptido fsica entre
os praticantes de musculao, inclusive se optar por desistir de
participar da pesquisa. Concordo voluntariamente em participar
desse estudo podendo retirar meu consentimento a qualquer momento
sem necessidade de justificar o motivo da desistncia, antes ou
durante o mesmo, sem penalidades, prejuzo ou perda de qualquer
benefcio que possa ter adquirido, ou no meu atendimento neste
servio.
Belm, ____, de ___________________de 2009.
__________________________________________ Assinatura do
representante legal __________________________________________
Assinatura de testemunha
___________________________________________ Pesquisador
responsvel
Modelo de Questionrio:
Nome:________________________________________________________ Idade
_________________________________________________________
Quais motivos o conduziram a academia para fazer musculao
Aumentar o bem estar corporal ( ) Melhorar a postura Manter-se
em forma Conhecer seus limites ( ) Prazer da prtica ( ) Melhorar a
aparncia ( ) Sentir-se realizado ( ) Por causa dos incentivos do
professor ( ) Por causa da ateno do professor ( ) Reduzir o nvel de
estresse ( ) Sensao de bem estar proporcionada pelo ambiente ( )
Liberar energias ( ) Facilidade de acesso ( ) Por causa da ateno
dos funcionrios do local ( ) Recuperar-se de atividades do trabalho
dirio ( ) Por causa da alegria proporcionada pelo ambiente ( )
Crculo de amizades ( ) Emagrecer ( ) Parecer mais jovem ( ) Por
causa do local de prtica ( ) Ficar mais forte ( ) Aumentar o
contato social ( ) Incentivo da famlia e amigos ( ) Ter status
social ( ) ( ) ( )
Sensao de bem-estar proporcionada pelo exerccio ( )
IMPORTNCIA DA ATIVIDADE FSICA NA TERCEIRA IDADE - UMA REVISO
LITERRIAIMPORTANCE OF THE PHISICAL ACTIVITY IN THE THIRD AGE - A
REVISION OF LITERATURE
RESUMO
O envelhecimento populacional uma realidade no nosso pas, assim
como em todo o mundo. Com o aumento do nmero de idosos ocorre um
aumento das doenas associadas ao envelhecimento, destacando-se as
crnico-degenerativas. A atividade fsica regular pode contribuir
muito para evitar as incapacidades associadas ao envelhecimento. O
presente estudo tem como objetivo mostrar as alteraes sofridas com
o processo do envelhecimento e os benefcios que a atividade fsica
pode trazer para esta populao. Trata-se de uma reviso de literatura
especializada, realizada no perodo de maio e junho de 2007, atravs
de consulta em livros e peridicos da Biblioteca da Universidade
Estadual do Sudoeste da Bahia, Campus de Jequi, e busca de artigos
cientficos no banco de dados do Scielo e Bireme, a partir das
fontes Medline e Lilacs. O estudo demonstra unanimidade no que
refere-se a realizao de exerccios fsicos de forma orientada e
supervisionada por profissionais como uma maneira de melhorar a
qualidade de vida do idoso.
Palavras Chave: atividade fsica, idoso, envelhecimento, terceira
idade
ABSTRACT
The population aging is a reality in our country, as well as in
the whole world. With the increase of the number of aged an
increase of the illnesses occurs associates to the aging, being
distinguished the chronic-degenerative ones. The regular physical
activity can contribute very to prevent the incapacities associates
to the aging. The present study it has as objective to show to the
alterations suffered with the process of the aging and the benefits
that the physical activity can bring for this population. One is
about a revision of literature specialized, carried through in the
period of May and June of 2007, through consultation in periodic
books and of the Library of the southwestern State University of
the Bahia, Campus of Jequi, and scientific article search in the
data base of the Scielo and Bireme, from the sources Medline and
Lilacs. The study it demonstrates unamimity in that accomplishment
of physical exercises of form guided and supervised for
professionals is mentioned to it as a way to improve the quality of
life of the aged one.
Words Key: physical activity, aged, aging, third age.
INTRODUO
O envelhecer refere-se a um fenmeno fisiolgico de comportamento
social ou cronolgico. um processo biossocial de regresso, observvel
em todos os seres vivos, expressando-se na perda da capacidade ao
longo da vida, devido a influncia de diferentes variveis como
genticas, danos acumulados e estilo de vida, alm de alteraes
psico-emocionais(1). Entende-se por idoso ou pessoa da terceira
idade, indivduos com mais de 60 anos de idade, institudo pelo
estatuto do idoso(2). O envelhecimento vem aumentando
consideravelmente, o que se atribui a um aumento da expectativa de
vida, a diminuio da taxa de natalidade, a um melhor controle de
doenas infecto-contagiosas (imunizao) e crnico-degenerativas(3). No
Brasil, a populao de idosos era de 15 milhes em 2002 e estima-se
que em 2020 o nmero de pessoas acima de 60 anos de idade ter
crescido 16 vezes em relao a 1950 (4) .
A velhice traz consigo a diminuio das aptides fsicas, declnio
das capacidades funcionais, diminuio da massa ssea e muscular,
diminuio da elasticidade e flexibilidade articular, aumento de
peso, maior lentido e doenas crnicas(5)(. Os benefcios da atividade
fsica para a sade e a longevidade so conhecidas desde o princpio
dos tempos. A atividade fsica regular pode contribuir muito para
evitar a incapacidade associada ao envelhecimento alm de acompanhar
inmeros benefcios para vida do idoso. Atualmente est comprovado que
quanto mais ativa uma pessoa menos limitaes fsicas ela tem (6)
.
O exerccio fsico promove uma melhoria no funcionamento geral dos
sistemas viscerais (cardiovascular, respiratrio, digestivo nervoso,
muscular, etc.) e dessa forma permite melhor irrigao dos tecidos,
melhor performance do aparelho locomotor, alm de regularizar o
trnsito gastrintestinal, o sono, a funo cognitiva, no caso da
memria e de favorecer o controle de doenas crnico-degenerativas
como a Hipertenso Arterial, Diabetes Melitus, aumento do
HDL-Colesterol e diminuio do Triglicrides (7).
Tendo em vista a importncia deste assunto para a promoo da sade
e a preveno de doenas, este artigo prope uma reviso bibliogrfica
sobre o envelhecimento e a importncia da atividade fsica neste
perodo da vida. Mesmo sabendo da realidade que se encontra o pas
com um aumento do nmero de idosos na populao ainda no se adotou uma
poltica pblica visando melhorar a qualidade de vida do idoso
principalmente com a informao e orientao bsica como o incentivo a
prtica de atividade fsica regular para terceira idade. Que esse
artigo possa servir de estudo e estmulo para que profissionais que
trabalham com os idosos possam criar projetos nessa rea em suas
comunidades.
MATERIAIS E MTODOSEste artigo trata-se de uma reviso de
literatura especializada, realizada no perodo de maio e junho de
2007, atravs de consulta de livros e peridicos da Biblioteca da
Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia, Campus de Jequi, e
busca de artigos cientficos no banco de dados do Scielo e Bireme, a
partir das fontes Medline e Lilacs.
A busca nos bancos de dados foi realizada utilizando s
terminologias cadastradas nos Descritores em Cincias da Sade
criados pela Biblioteca Virtual em Sade desenvolvido a partir do
Medical Subject Headings da U.S. National Library of Medicine, que
permite o uso da terminologia comum em portugus, ingls e espanhol.
As palavras-chave utilizadas na busca foram: atividade fsica,
idoso, envelhecimento, terceira idade.
Os critrios de incluso para os estudos encontrados foram
abordagem da importncia da atividade fsica para o envelhecimento.
Foram excludos estudos que abordavam o envelhecimento em suas
outras variveis, mas no abordavam a prtica de exerccios fsicos.
Em seguida buscou-se analisar os trabalhos que correlacionava os
critrios de incluso e a ao da atividade fsica na sade e qualidade
de vida do idoso.
RESULTADOS E DISCUSSO
Os estudos que abordam o assunto so unnimes e concordam com a
importncia da atividade fsica para a vida do indivduo idoso.
Existe um consenso entre os estudos realizados(8) de que a
atividade fsica constante traz benefcios incontestveis para a
prolongao dos anos de vida com uma melhor qualidade. O idoso tem
perda de at 5% da capacidade fsica a cada 10 anos e pode recuperar
10% atravs de atividades fsicas adequadas(9). Estas atividades
tambm atuam como antidepressivos, sendo benficos para todas as
idades e sexo.
Cerca de 70% das pessoas acima de 60 anos no Brasil so
sedentrias(10) . Esta estatstica assustadora se considerar as
conseqncias deste sedentarismo, que variam desde o risco de infarto
do miocrdio at acidentes vasculares e o cncer. Este problema se
agrava nas pessoas de terceira idade, pois nesta fase o organismo j
no mais como antes. Seus corpos no so mais to flexveis e seus
movimentos no so mais geis, as articulaes perdem mobilidade e
elasticidade, as leses degenerativas como a osteoporose transforma
o osso de um estado consistente para esponjoso deformando-o s
vezes.
No aparelho bronco-pulmonar a deteriorao progressiva e
irreversvel, todo sistema respiratrio sofre alterao, inclusive os
pulmes que tem seu peso reduzido. No aparelho cardiovascular a
capacidade do corao diminui, a presso se eleva, diminuindo a
circulao sangunea, a pele se enruga, perde a maciez e se
resseca.
A velhice traz consigo a reduo das aptides fsicas, declnio das
capacidades funcionais, diminuio da massa ssea e muscular,
elasticidade, circulao e movimentos das articulaes; aumento de
peso, maior lentido e doenas crnicas. Enfim a expectativa da
aposentadoria sensao de inutilidade, sade frgil, diminuio da
flexibilidade, massa muscular, fora, estatura e leses degenerativas
variadas, dentre outros agravantes, fazem com que as pessoas da
terceira idade tenham que buscar um novo sentido para suas
vidas.
A prtica regular da atividade fsica acompanhada de inmeros
benefcios, porm alguns riscos devem ser considerados, sendo a
avaliao clnica fundamental para que os benefcios sejam maximizados
e os possveis riscos minimizados.
Dentre os benefcios podemos citar(11): > Melhora da
sensibilidade a insulina, levando a um melhor controle glicmico,
que pode prevenir o desenvolvimento de diabetes.> Lipoprotenas:
aumento da frao HDL, diminuio da LDL, reduo significativa dos
triglicrides, alm da reduo da atividade aterognica dos moncitos.
> Composio corporal: com o envelhecimento h um aumento
percentual da gordura corporal e diminuio da massa muscular. A
atividade fsica reduz esta modificao. > Vrias das alteraes
cardiovasculares e pulmonares que ocorrem com o envelhecimento
normal podem ser minimizadas ou revertidas com a prtica regular de
atividade fsica. > Fatores hemostticos so influenciados de vrias
maneiras pela atividade fsica, com resultado lquido de reduo da
atividade pr-tromblica. > Aumento na capacidade fsica,
elasticidade e equilbrio, diminuindo o risco de quedas. >
Aumento da vaso dilatao dependente do endotlio, por aumento da
liberao de xido ntrico. O exerccio aerbico regular previne a perda
da vaso dilatao dependente do endotlio que ocorre com o
envelhecimento e restaura ao normal em adultos e idosos sedentrios
saudveis. > Melhora na imunidade, que pode diminuir a incidncia
de infeces e possivelmente de certos tipos de cncer. > Melhora
da funo autonmica, com aumento da sensibilidade dos baroreceptores
e da variabilidade da freqncia cardaca. > Efeitos benficos sobre
a presso arterial sistmica.> Um dos benefcios mais bem
documentados sobre o risco de doena coronariana e morte, havendo
uma relao inversa com a prtica de exerccio habitual. Isto vem sendo
demonstrado tanto para a prtica de exerccio programado, quanto para
as atividades de lazer ou inseridas nas rotinas do dia. Apesar do
exerccio moderado j apresentar benefcio sobre a mortalidade,
aparentemente h uma relao dose-resposta, com exerccios mais
vigorosos demonstrando um efeito ainda maior. > Atividade fsica,
especialmente se vigorosa facilita a interrupo do tabagismo, alm de
prevenir o ganho de peso que geralmente se associa. > Muito
importante para os idosos so as evidncias de preveno ou retardo do
declnio cognitivo. Dentre os inmeros benefcios que a prtica de
exerccios fsicos promove, um dos principais a proteo da capacidade
funcional em todas as idades, principalmente nos idosos. Por
capacidade funcional entende-se o desempenho para a realizao das
atividades do cotidiano ou atividades da vida diria (12). As
atividades da vida diria podem ser classificadas por vrios ndices.
As atividades da vida diria (AVD) so referidas como: tomar banho,
vestir-se, levantar-se e sentar-se, caminhar a uma pequena
distncia; ou seja, atividades de cuidados pessoais bsicos e, as
atividades instrumentais da vida diria (AIVD) como: cozinhar,
limpar a casa, fazer compras, jardinagem; ou seja atividades mais
complexas da vida cotidiana(13). Um estilo de vida fisicamente
inativo pode ser causa primria da incapacidade para realizar AVD,
porm, um programa de exerccios fsicos regulares pode promover mais
mudanas qualitativas do que quantitativas, como por exemplo,
alterao na forma de realizao do movimento, aumento na velocidade de
execuo da tarefa e adoo de medidas de segurana para realizar a
tarefa(12).
Alm de beneficiar a capacidade funcional, o exerccio fsico
promove melhora na aptido fsica. No idoso os componentes da aptido
fsica sofrem um declnio que pode comprometer sua sade. A aptido
fsica relacionada sade pode ser definida como capacidade de
realizar as atividades do cotidiano com vigor e energia e
demonstrar menor risco de desenvolver doenas ou condies crnico
degenerativas, associadas a baixos nveis de atividade fsica (14).
Os componentes da aptido fsica relacionados sade e que podem ser
mais influenciados pelas atividades fsicas habituais so a aptido
cardio-respiratria, a fora e resistncia muscular e a flexibilidade,
por isso so os mais avaliados, sendo preditores da condio da
sade.
A prtica de atividade fsica tambm promove a melhora da composio
corporal, a diminuio de dores articulares, o aumento da densidade
mineral ssea, a melhora da utilizao de glicose, a melhora do perfil
lipdico, o aumento da capacidade aerbia, a melhora de fora e de
flexibilidade, a diminuio da resistncia vascular(13). E, como
benefcios psico-sociais encontram-se o alvio da depresso, o aumento
da autoconfiana, a melhora da auto estima.
O tipo de exerccio fsico recomendado para idosos no passado era
mais o aerbio pelos seus efeitos no sistema cardiovascular e
controle destas doenas, alm dos benefcios psicolgicos(15).
Atualmente, estudos mostram a importncia dos exerccios envolvendo
fora e flexibilidade, pela melhora e manuteno da capacidade
funcional e autonomia do idoso(16).
Os riscos potenciais associados a atividade fsica so variados,
porm os benefcios para a sade so to grandes que superam em muito os
riscos potenciais. Entre eles podemos citar as leses ortopdicas (a
idade um dos fatores de risco para leses); Arritmias cardacas
(principalmente nos portadores de cardiopatia); Infarto agudo do
miocrdio (basicamente indivduos no treinados e portadores de
mltiplos fatores de risco em atividade fsica vigorosa); Morte sbita
(complicao muito rara, aproximadamente 1 chance para cada 1,5 milho
de episdios de exerccio) (17).
Todos os indivduos com 60 anos ou mais devem ser submetidos a
avaliao mdica peridica e o clnico ou geriatra que o acompanha deve
estar apto a liberar e recomendar a atividade fsica (18). O
programa de exerccios deve levar em considerao o bem-estar ,
regularidade, satisfao de quem o pratica. A escolha deve ser
adequada e bem dosada. As repeties, a intensidade do peso utilizado
(quando for o caso) deve estar de acordo com a capacidade
individual.
No existe um mtodo ou programa rgido, por faixa etria por
exemplo. Existem divergncias a respeito dos exames que devam ser
realizados antes de iniciado um programa de exerccios fsicos, para
qualquer faixa etria(19). A Sociedade Americana do Corao recomenda
teste ergomtrico para homens sedentrios acima de 45 anos e mulheres
acima de 50 anos 20. Para a Sociedade Britnica de Cardiologia os
exames so dispensveis se o programa se inicia com esforo mnimo e
progredir de forma lenta. Qualquer indivduo que apresente qualquer
alterao de presso arterial ou funo cardio-respiratria
necessariamente precisa se submeter a um exame mdico geral antes de
iniciar qualquer programa de atividade fsica. Recomenda-se uma
avaliao funcional completa dando-se maior destaque aos aspectos
funcionais do aparelho locomotor (fora muscular, equilbrio,
postura, condies articulares), aparelho cardio-respiratrio (avaliao
da capacidade aerbica), alm de aspectos nutricionais e nvel de
hidratao.
Um programa de exerccios para a terceira idade deve constar de
aquecimento, exerccios de flexibilidade, atividades aerbicas,
perodo de recuperao. O primeiro e o ltimo perodos devem ter durao
mdia de 20 minutos j que a presso arterial e o nvel de ventilao
retornam nveis estveis lentamente.
Devemos relembrar aqui como classificamos os exerccios pelo
consumo energtico. Exerccios aerbios so aqueles de baixa
intensidade e longa durao: caminhar, nadar, pedalar. Estes
exerccios causam uma maior utilizao do transporte de oxignio para
que se queimem os carboidratos e as gorduras. Exerccios anaerbios
so aqueles de alta intensidade e por isso, necessariamente de curta
durao. So aqueles que se valem da ressntese de ATP e da transformao
anaerbia da glicose em cido lctico (18).
Para o idoso o objetivo bsico do exerccio regular ser a manuteno
ou melhora da capacidade cardio-respiratria e da capacidade
funcional msculo-articular, compensando uma deficincia ou
promovendo simplesmente momentos de prazer (1) be, osse, por meio
deste so.Este objetivo permite melhor aptido para as tarefas da
vida diria, mais rpida recuperao de doenas e equilbrio emocional.
No se pode, todavia, desconhecer ou ignorar as preferncias do
sujeito atendido, uma vez que o comprometimento com as atividades
que determinar o sucesso do programa prescrito e o grau de benefcio
alcanado pelo indivduo(21).
So mais indicados os exerccios aerbios: andar, nadar, pedalar,
danar, com freqncia mnima de 3 vezes na semana. Tcnicas
alternativas como a ioga e o tai chi chuan tem seu valor, j que so
habitualmente realizadas em grupos e conduzem a uma mobilizao geral
do corpo, acompanhada de exerccios de relaxamento e alongamento dos
grupos musculares e concentrao, para a repetio dos exerccios,
sempre realizados em ritmo lento e cadenciado(17).
Toda a atividade realizada em grupo mais prazerosa e permite um
exerccio de socializao e convivncia, tambm fundamentais para o
bem-estar do sujeito. A durao de cada prtica deve estar entre o
limite de 20 e o mximo de 40 minutos, observando-se os perodos de
repouso necessrios. Aps a atividade o perodo de resfriamento do
corpo e a hidratao para recompor as perdas hdricas so fundamentais,
assim como uma alimentao leve para reposio de energias. Devemos
ainda destacar ainda o cuidado com a preveno de instalao ou
agravamento de leses osteo-articulares. Estes cuidados preventivos
devem considerar os dados da avaliao funcional inicial. O uso de
calados e vestimentas adequados, hidratao constante, adoo de
alimentao equilibrada, respeito s limitaes de equilbrio e fora, uso
de atividades de pouco impacto articular, observao severa do uso
correto da medicao (quando for o caso) so aes preventivas que levam
ao sucesso do programa planejado (22).
CONCLUSO
Percebe-se, por meio deste estudo, que a prtica de atividades
fsicas de fundamental importncia para a qualidade de vida do idoso.
O captulo V do Estatuto do Idoso(23) refere-se educao, cultura,
esporte e lazer, no qual, o artigo 20 diz que o idoso tem direito a
educao, cultura, esporte, lazer, diverses, espetculos, produtos e
servios que respeitem sua peculiar condio de idade.
Seja o gerontlogo, o geriatra, o fisioterapeuta, o professor de
educao fsica, ou outro profissional que oriente a atividade fsica
para idosos fundamental considerarmos esse sujeito em sua
totalidade. O principal objetivo a ser alcanado a melhoria da
qualidade de vida, a maior independncia, fatores essenciais para
uma vida mais feliz.
H, portanto, o reconhecimento por parte de algumas polticas
pblicas da necessidade de se incrementar a prtica de atividades
fsicas desta populao. Entretanto, ainda so escassas as intervenes,
servios, espaos e equipes que promovam o reconhecimento que um
estilo de vida ativo fundamental na preservao da sade e manuteno da
capacidade funcional e independncia do idoso. importante que o
idoso incorpore, em seu modo de vida, hbitos saudveis atravs de
informaes e contedos que sejam capazes de modificar e acrescentar
atitudes favorveis para a manuteno e preveno de sua sade em seu
significado mais abrangente (fsica, mental, emocional, social e
espiritual).
Cabem, ento, aos profissionais da sade, educadores fsicos,
gestores pblicos, engajarem-se de maneira efetiva e eficaz na
mobilizao de recursos, na construo e viabilizao de projetos, que
atinjam a meta de uma populao idosa cada vez mais ativa e
conseqentemente com maior qualidade de vida.
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