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ORIENTE MÉDIO Aspectos humanos Bruno Rangel
24

Oriente médio com primavera

Jul 05, 2015

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Bruno Rangel
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Page 1: Oriente médio com primavera

ORIENTE MÉDIOAspectos humanos

Bruno Rangel

Page 2: Oriente médio com primavera

Localização

Page 3: Oriente médio com primavera
Page 4: Oriente médio com primavera

Diversidade étnica

Línguas principais:

Árabe Clássica (padrão)

Árabe Dialetal (regional)

Persa

Turco

+ Hebraico, Pachto, Curda, etc.

Densidade demográfica:

Áreas úmidas

Densidade demográfica:

Áreas úmidas

Grandes cidades:

Istambul (Turquia): 8,7

Teerã (Irã): 7,0

Ancara (Turquia): 3,5

Bagdá (Iraque): 4,5

URBANIZAÇÃO

Grandes cidades:

Istambul (Turquia): 8,7

Teerã (Irã): 7,0

Ancara (Turquia): 3,5

Bagdá (Iraque): 4,5

URBANIZAÇÃO

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O Islã

• Religião monoteísta que mais cresce no Planeta;

Breve cronologia:• 570: nascimento de Maomé.• 610: Maomé tem a primeira visão do arcanjo Gabriel.• 622: Hégira - início do calendário muçulmano.• 630: Maomé destrói os ídolos da Caaba; nascimento do Islão.• 632: Ascenção de Maomé aos céus a partir da Cúpula do

Rochedo, em Jerusalém ou, segundo informes da historiografia ocidental, “morte de Maomé em Medina”.

• Saiba muito mais: http://www.culturabrasil.org/alcorao.htm

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Os Árabes e o Islã

• Antes de mais nada, vale a regra: “Nem todo muçulmano é árabe, e nem todo árabe é muçulmano”• Ao contrário do que se pode supor, o Islã não é uma

unidade.• Como outras religiões, também o Islamismo possui diferentes

correntes

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As 3 grandes divisões do Islã: OS SUNITAS

• Os Sunitas compreendem a maioria do mundo muçulmano, compreendendo algo próximo a 84% do total• Aceitam não apenas o Corão como livro sagrado, mas

também a Sunna

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As 3 grandes divisões do Islã: OS XIITAS

• Os Xiitas são o segundo maior ramo do Islã.• Países que tem a maior parte da população Xiita:

• Irã, Azerbaijão e Bahrein

• Os Xiitas consideram apenas o Corão como livro sagrado do Islã.• São considerados apóstatas pelos Sunitas

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As 3 grandes divisões do Islã: OS KHARIJITAS

• Os Kharijitas respondem pela menor parte do mundo islâmico.• Defendiam que qualquer homem, mesmo um escravo,

poderia ser um Califa

• Foram bastante populares entre os Beduínos

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Domínio do Islã (submissão à Deus)

Cresce na carência de modelos sociais e econômicos e “resistência”.

Maior “fidelidade”!

Cresce na carência de modelos sociais e econômicos e “resistência”.

Maior “fidelidade”!

Pilares:

1 – Oração: 5 vezes ao dia

2 – Afirmação de fé

3 – Caridade (10 %)

4 – Jejum de Ramadã

5 – Peregrinação a Meca

Pilares:

1 – Oração: 5 vezes ao dia

2 – Afirmação de fé

3 – Caridade (10 %)

4 – Jejum de Ramadã

5 – Peregrinação a Meca

Profeta Maomé

(570 – 632 d.C.)

Países teocráticos

Profeta Maomé

(570 – 632 d.C.)

Países teocráticos

Islã x Islã!

Sunitas x Xiitas

Radicais x moderados

Hamas X Al Fatah

Islã x Islã!

Sunitas x Xiitas

Radicais x moderados

Hamas X Al Fatah

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Mundo Muçulmano

Fiéis por país:

1º) Indonésia: 200 milhões.

2º) Paquistão: 158 milhões.

3º) Índia: 135 milhões.

4º) Bangladesh: 132 milhões.

5º) Egito: 72 milhões.

6º) Nigéria: 68 milhões.

7º) Turquia: 67 milhões.

8º) Irã: 64 milhões.

Fiéis por país:

1º) Indonésia: 200 milhões.

2º) Paquistão: 158 milhões.

3º) Índia: 135 milhões.

4º) Bangladesh: 132 milhões.

5º) Egito: 72 milhões.

6º) Nigéria: 68 milhões.

7º) Turquia: 67 milhões.

8º) Irã: 64 milhões.

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Sunitas: 80%

Crença nos califas (moderados).

Sunitas: 80%

Crença nos califas (moderados).

Xiitas: 20% (Irã e Iraque)

Crença apenas em Maomé (dissidentes).

Xiitas: 20% (Irã e Iraque)

Crença apenas em Maomé (dissidentes).

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A Primavera Árabe“Quando a liberdade eclode no espírito de um homem, dez não podem nada contra esse um” (Jean-Paul Sartre, As Moscas)

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Por que “primavera”?

• Jornalistas no mundo todo, passaram a designar o movimento de Primavera Árabe, em referência à Primavera dos Povos (1848)• Também o nome primavera

tem sido associado a um “despertar” do mundo árabe para a sua condição social e política atual

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Quais as causas?

• Entre as causas da Primavera Árabe podemos citar:• Altos índices de desemprego na região

• Crise econômica

• Pouca ou nenhuma representação política da população• Ditaduras

• Pouca liberdade de expressão

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“Na Primavera Árabe, os jovens de classe média e os jovens mais pobres querem viver os gostos da liberdade individual e do consumo do Ocidente. Querem se afirmar como indivíduos. E nisso, as redes sociais fazem o seu

papel. O modo de vida ocidental os atrai como atraiu os dos países comunistas, gerando as revoluções de 1989 que fizeram, no final, desaparecer

a URSS.”

Paulo Ghiraldelli Jr.

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Qual o tipo do movimento?

• Se é possível tipificar a Primavera Árabe, podemos situar ela entre os seguintes pontos:• Movimentos de caráter laico (inicialmente)

• Liberalizantes

• Pró-democracia

• Populares

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As Redes Sociais na Primavera Árabe...

• Alguns tem se referido à Primavera Árabe como uma “Revolução 2.0”, porque:• Uso de redes sociais na organização dos protestos

• Facebook

• Twitter

• Participação da rede de TV Al Jazeera, na cobertura dos movimentos;

• Uso, pelos regimes em crise, de sistemas de telefonia celular para a delação dos envolvidos nos protestos

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Na Líbia, os protestos começaram em fevereiro de 2011. Após reações violentas do governo de Muamar

Kadafi, eclodiu uma guerra civil. Os rebeldes, com a decisão do Conselho

de Segurança da ONU, foram favorecidos pelos bombardeios das

forças da OTAN as tropas e posições de Kadafi. Por fim, em 20 de outubro

de 2011, o ditador foi capturado e morto. Assumiu o governo o Conselho

Nacional de Transição.

O caso líbio é diferente dos outros países que foram varridos pela Primavera Árabe. Além dos anseios legítimos do povo líbio,

também concorreram para a queda de Kadafi os interesses dos Estados Unidos

e da União Européia, especialmente aqueles ligados ao petróleo e a posição

estratégica da Líbia.

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Após meses de impasses e conflitos, o

presidente do Iêmen, Ali Abdullah Saleh, no poder há 33 anos, assinou um acordo e

passou o cargo a seu vice, que irá convocar eleições. O acordo só foi possível com a

pressão, e intervenção, da Arábia Saudita, que fez uso da sua grande influência

financeira e diplomática para tentar deter a Primavera Árabe e marcar posição em

relação ao Irã.

Em 21 de fevereiro de 2012, a população do Iêmen foi convocada às urnas e escolheu o

sucessor de Saleh.

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Com o início dos protestos em janeiro de 2011, e seu recrudescimento a partir

de março, o ditador sírio Bashar Assad colocou o

exército para deter o avanço das manifestações, produzindo uma repressão brutal. Por outro lado, ele deu indicativos de aceitar algumas reivindicações da

oposição, como libertar presos políticos e permitir

a criação de novos partidos. Também derrubou a lei de

emergência, que existia há 48 anos, e prometeu

convocar eleições para 2012.

A situação na Síria se apresenta extremamente complexa, não permitindo intervenções militares. O governo sírio

tem na Rússia e no Irã aliados importantes, sendo que a China possui

grandes interesses econômicos no país. Além do mais, o governo sírio deu acolhida as lideranças do Hamas e assume uma posição de defesa do nacionalismo árabe, colocando-se

abertamente contra Israel.

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E assim foi...

• Após a Tunísia, foram verificados levantes em:• Argélia (governada até hoje sob estado de Emergência)• Líbia (Ditadura de Muammar Khadafi)• Jordânia• Iêmen (Presidente Saleh é ferido gravemente)• Arábia Saudita• Líbano• Egito (então governado por Hosni Mubarak)• Síria (O governo de Bashar al-Assad promove dura repressão)

• Também houve revoltas na Palestina, Omã, Mauritânia, Marrocos, Djibuti, Barein, Iraque e Kuwait

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O Mapa da Primavera

RevoluçãoMudanças no governoConflito armadoGrandes protestosPequenos protestos

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A ideologia ba`ath (ressurreição)

Baathismo: A ideologia Ba'ath ou Baath é uma tentativa de adaptação do socialismo aos preceitos islâmicos e ao contexto das sociedades árabes.

Base ideológica: O Pan-arabismo - Os baathistas são defensores do

secularismo (que é não interferencia de instituições religiosas na política), da modernização industrial e de políticas de bem-estar social com intervenção estatal na economia, principalmente no setor de petróleo. Os Baath, desta maneira, são adversários ferozes tanto dos liberais pró-Ocidentais quanto dos fundamentalistas (como a Al Qaeda e o Hizbolá).