Dr. CAMILO MASSA www.excelenciaodontologica.com.br Orientações sobre o Disjuntor Maxilar 1- Má-oclusão: Algumas más oclusões caracterizam-se por um estreitamento esquelético da maxila. Esta atresia pode provocar uma mordida cruzada posterior (dentes superiores “por dentro” dos inferiores), alterações de crescimento, resultando em assimetrias faciais, alterações funcionais (postura de língua, fonação deglutição, mastigação e respiração), problemas de falta de espaço para o correto posicionamento dos dentes, etc. 2- Tratamento: O uso de aparelhos móveis promove uma expansão dento-alveolar lenta, ou seja, apenas inclinações dentárias instáveis. A atresia maxilar é um problema de base óssea e como tal, a melhor maneira de resolvê-la é através de uma disjunção maxilar esquelética, promovendo a abertura da sutura palatina mediana, separando a maxila em duas partes. Após esta fase existe neoformação óssea no local, caracterizando um efeito mais estável. É uma situação clínica que deve ser abordada precocemente, uma vez que, quanto mais idade o paciente possuir, maior será a calcificação da sutura intermaxilar, sendo necessário uma cirurgia de grande porte para separá-la em pacientes adultos. 3- O Aparelho e sua Ativação: O aparelho mais indicado para este procedimento é o Disjuntor Maxilar de Haas. Um dispositivo apoiado em dentes (anel) e mucosa (acrílicos laterais), com um parafuso na região mediana. A mecânica chama-se de expansão rápida da maxila. A ativação é realizada através de uma chave (com um fio dental amarrado e mantido do lado de fora da boca, evitando risco de deglutição), encaixada ao parafuso expansor e girada em sentido posterior, com freqüência (normalmente 01 volta pela manhã e 01 volta à noite) e duração (normalmente 15 dias), a ser definida pelo ortodontista e obedecido rigorosamente pelo paciente. O sinal clínico da abertura da sutura é a presença de um espaço entre os incisivos centrais. Apesar de provocar certa ansiedade, ele é indicativo de sucesso no tratamento e tem duração temporária (fecha por volta de 01 mês). Após a estabilização do aparelho, este permanece na boca do cliente por aproximadamente 06 meses, com finalidade de maturação completa do osso neoformado, seguido do uso de mais 06 meses de uma placa removível.