SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM COMERCIAL SENAC EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATU SENSU EM EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA MILLER DE FREITAS BARATA EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA COMO ESTRATÉGIA PARA O SUPLEMENTO EDUCACIONAL AO ENSINO FUNDAMENTAL FORMAL DE MATEMÁTICA DO 6º AO 9º ANO. Maceió
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SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM COMERCIALSENAC EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATU SENSU EM EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
MILLER DE FREITAS BARATA
EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA COMO ESTRATÉGIA PARA O SUPLEMENTO EDUCACIONAL AOENSINO FUNDAMENTAL FORMAL DE MATEMÁTICA DO 6º AO 9º ANO.
Maceió
2013
MILLER DE FREITAS BARATA
EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA COMO ESTRATÉGIA PARA O SUPLEMENTO EDUCACIONAL AOENSINO FUNDAMENTAL FORMAL DE MATEMÁTICA DO 6º AO 9º ANO.
Trabalho de conclusão de curso de Pós-Graduaçãoapresentado à banca examinadora da UnidadeSENAC educação a distância como requisito parcialpara a obtenção do título de especialista emeducação a distância.
Orientador: M.Sc. Ivanderson Pereira da Silva
Maceió2013
FICHA CATALOGRÁFICA
S586p Barata, Miller de Freitas. Educação a distância como estratégia para o suplemento educacional ao ensino fundamental formal de matemática do 6º ao 9º ano / Miller de Freitas Barata – 2013. 46 f. : il. Orientador: Ivanderson Pereira da Silva Trabalho de conclusão de curso de pós-graduação latu sensu em educação a distância – Senac - Educação a distância. Maceió, 2013.
1.Aulas de reforço 2.Educação à distância. 3. Ensino de matemática. I. Barata, Miller. II. Título.
Dedico este trabalho a minha família, emespecial as minha filhas Luana Oliveira Baratae Millena Oliveira Barata, cujo apoio nodesenvolvimento deste trabalho foi essencial.
RESUMO
O estudo aqui apresentado propõe uma nova abordagem para uma modalidade de ensino que a
muito tempo faz parte do cotidiano de boa parte dos estudantes, as “aulas de reforço”. No ensino
fundamental, para a grande maioria dos alunos, a disciplina de matemática é considerada a mais
difícil de aprender; sendo assim, aproveitaremos esta problemática para desenvolver o trabalho. O
crescimento do serviço de suplemento à educação matemática fundamental escolar para os alunos
que apresentam fraco desempenho ao longo do ano na disciplina, se dá em grande parte a um misto
entre a ausência dos responsáveis pelo acompanhamento da vida escolar do aluno e a atitude dos
envolvidos no ensino-aprendizado. Contudo, a procura por um serviço especializado geralmente
ocorre tarde demais, tornando o recurso limitado. O Programa AVA - suplemento educacional ao
ensino formal fundamental de matemática para os alunos do 6º ao 9 º traz uma proposta inovadora
para as “aulas de reforço” tradicionais. O programa de aulas suplementares utilizar-se-á do ensino à
distância para ajudar os alunos do 6º ao 9º do ensino fundamental que queiram melhorar seu
rendimento escolar e não simplesmente sua nota. O programa repudia a efêmera prática de aulas
que antecedem a data de execução de testes escolares. Para determinar os parâmetros apresentados
neste trabalho foram feitas pesquisas textuais em materiais que estavam intrinsecamente ligados aos
temas “educação matemática fundamental” e “educação à distancia”, a união entre os dois temas
de estudo proporcionaram a concepção deste programa suplementar de ensino-aprendizagem
voltado a valorização do conhecimento do aluno, mantendo exequível o objetivo de alcançar
resultados escolares positivos.
Palavras chaves: aulas de reforço, educação à distância, ensino de matemática.
ABSTRACT
The study presented here aims to propose a new approach to a method of teaching and learning that
there is time, and is part of everyday life for many of the students, "tutoring". In elementary school,
the discipline of mathematics, for most students, is considered the most difficult to learn. We will
use this scenario to develop the work. The growth of the service supplement to fundamental
mathematics education school for students who have a poor performance throughout the year in the
discipline, occurs largely responsible for the lack of monitoring of the student's school life. Showing
up as one of the most important points, the change in attitude of those involved in the teaching-
learning. However the demand for help often occurs too late, making the resource inept. The AVA
Program - educational supplement to formal teaching of basic mathematics for students from 6th to
9th brings an innovative proposal for the classes of "tutoring" traditional. The program of additional
classes will use distance learning to help students from the 6th to the 9th of elementary education
who want to improve their academic performance and not simply your note. The program rejects
ephemeral practice lessons preceding the date of execution of school tests. To determine the
parameters of this work were done research on textual materials that were intrinsically linked to the
themes "basic mathematics education" and "distance education", the union between the two themes
of the design of this study provided additional program of teaching and learning oriented
enhancement of knowledge of the student maintaining the goal of achieving educational outcomes
AP – Arquitetura PedagógicaAVA – Ambiente Virtual de Aprendizagem EAD – Educação a Distância MB – MegaByte TIC – Tecnologia da Informação e Comunicação PDF – Portable Document FormatUML – Uniffied Modeling Language
LISTA DE QUADROS
Quadro A – Contextualização da infra-estrutura tecnológica...........................................................35
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 - Elementos de um modelo pedagógico em EAD................................................................21Figura 2 – Visão geral........................................................................................................................25Figura 3 – Agendamento de aula........................................................................................................27Figura 4 - Postagem de dúvidas........................................................................................................28Figura 5 – Análise de dúvidas............................................................................................................29Figura 6 – Interação On-line..............................................................................................................32
6. SISTEMA DE GESTÃO ADMINISTRATIVO – PEDAGÓGICO.........................................246.1 Modelagem UML...................................................................................................................246.2 Visão geral do sistema...........................................................................................................256.3 Operações e resultados dos subsistemas..............................................................................266.4 Desenvolvimento dos Diagramas de atividades pautados no Diagrama casos de uso.... 266.4.1 Subsistema de agendamento deaula...................................................................................266.4.2 Subsistema de postagem de dúvida.....................................................................................276.4.3 Subsistema de análise de dúvida.........................................................................................296.4.3.1 Desenvolvimento das estratégias de ensino........................................................................306.4.4 Subsistema de interação on-line..........................................................................................316.4.4.1 Considerações sobre as interações on-line.........................................................................336.5 Seleção e competências dos docentes..................................................................................336.6 Infra-estrutura tecnológica para participantes do programa..........................................346.7 Avaliação do desempenho do tutor.....................................................................................366.8 Avaliação de desempenho do aluno...................................................................................366.9 Cronograma..........................................................................................................................36
7. CONSIDERAÇÕES FINAIS ….................................................................................................38
REFERÊNCIAS...............................................................................................................................39 APÊNDICE A - Guia de estudo....................................................................................................42 APÊNDICE B - Formulário de interação.....................................................................................45APÊNDICE C - Planilha com resultados do formulário de Interação......................................45APÊNDICE D - Formulário de desempenho................................................................................46APÊNDICE E - Planilha com resultados do formulário de desempenho..................................46APÊNDICE F - Estudo de caso hipotético....................................................................................47
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1. INTRODUÇÃO
O presente estudo evidencia a necessidade de ajudar os alunos que cursam o ensino
fundamental a melhorar seu desempenho escolar em matemática. Para tanto, recorreu-se a educação
a distância como um meio facilitador na prestação do serviço de suplemento escolar ao ensino
formal fundamenta do 6º ao 9º.
Este programa tem natureza autônoma, não estando vinculado a nenhuma instituição
regular de ensino, assim como não foi implementado ainda que para testes. Trabalhando
necessariamente no campo das hipóteses, efetuando as pesquisa que dariam embasamento à
concepção do programa suplementar, não foi observada nenhuma ação cuja abordagem dada às
“aulas de reforço” tivessem diretrizes similares às apresentadas neste trabalho. Portanto, houve a
necessidade de se criar parâmetros estimados para que o programa ensejasse uma perspectiva
factível.
Mediante a observação de alunos do ensino fundamental que demonstravam dificuldade no
aprendizado de matemática e não dispunham dos recursos necessários para frequentar “aulas de
reforço” em regime presencial, vislumbrou-se então, a possibilidade de criar um programa de aulas
suplementares que contemplasse um novo modelo de ensino-aprendizagem de matemática e
melhorasse significativamente o acesso ao serviço. Desta feita idealizou-se o Programa de
suplemento educacional ao ensino formal fundamental de matemática para os alunos do 6º ao 9 º,
cujo escopo traz racionalidade e inovação na tentativa de diminuir as aversões ao aprendizado da
matemática. A grande maioria dos alunos do ensino fundamental tem acesso aos diversos meios de
comunicação e informação, dentre eles a internet, meio no qual se apoiará o programa. Este
funcionará como um verdadeiro facilitador da aprendizagem da matemática para os alunos com
dificuldades na disciplina que não podem, ou não querem, participar de aulas de reforço presenciais.
Montar um sistema de ensino-aprendizagem a distância que contemple aulas suplementares
ao sistema formal de ensino, requer como base estruturas dinâmicas. A educação deve levar em
conta as diferenças individuais dos sujeitos, manter a diversidade, e não tentar homogeneizar as
suas competências e aptidões. O atendimento personalizado proporcionado por interações entre
educadores e alunos terão como intenção melhores condições de aprendizado no estudo da
matemática. Utilizando a internet os alunos poderão acessar o ambiente virtual de aprendizagem
(AVA), compartilhando com nossos professores licenciados em matemática e especializados em
educação a distância as suas dificuldades na disciplina. O AVA terá alta disponibilidade, onde os
responsáveis dos alunos poderão mediante seu perfil acessá-lo para os devidos fins. Veremos que a
participação dos responsáveis é de suma importância no processo de aprendizado do aluno, por isso
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as interações de aprendizagem serão avaliadas e o levantamento será disponibilizado aos
responsáveis do aluno. Tornando assim a núcleo familiar co-responsável pelo programa de melhoria
da aprendizagem em matemática. Provocar uma inovação do serviço de aulas suplementares ao
ensino formal de matemática, do 6º ao 9º, hoje chamado “reforço escolar” é o foco deste programa.
Para concepção deste programa de ensino tivemos que estabelecer alguns critérios como
padrão, pois estamos lidando com uma situação hipotética cujo testes não foram aplicados em
campo. Este estudo é uma proposta inovadora. Não se prende aos paradígmas estabelecidos pelo
“reforço escolar” predominante nos dias de hoje.
No texto elaborado para estruturar o Programa de suplemento educacional ao ensino formal
fundamental de matemática para os alunos do 6º ao 9 º são apresentados teorias epistemológicas,
estudos de atitudes dos agentes envolvidos, conceitos pedagógicos voltados a ead, modelos de
gestão utilizando sistemas on-line, e uma proposta inovadora de ensino-aprendizagem onde o
próprio aluno pontua sua dificuldade de aprendizado ao tutor. Os próximos parágrafos descreverão
sucintamente o conteúdo de cada capítulo, definindo claramente o se pretende neste trabalho.
Na segunda parte do trabalho, “A busca por resultados sem descuidar do aprendizado”,
discorreremos sobre os modelos epistemológicos e sua relação com o modelo pedagógico adotado
pelo programa. Nele, é possível detectar as relações de ensino do programa com os conceitos
epistemológicos abordados.
Em seguida demonstraremos no tópico “Atitudes em relação à matemática”, a correlação
que existe entre aprendizado e atitudes relacionadas à disciplina matemática para os atores
envolvidos no programa (alunos, familiares e responsáveis, e tutores ) .
Na abordagem “Interfaces de conteúdo e de comunicação”, enfatizaremos e justificamos o
uso das TIC como meio de interação, com o intuito de dar suporte a dinamicidade que o programa
de aulas exige. Além de citar quais aplicativos de internet estão alinhados com a proposta do curso.
Na quinta parte, “Modelo pedagógico”, explicamos a teoria de modelagem pedagógica, e
quais as bases são utilizadas para os estudos desenvolvidos pela Profa. Behar (2007) sobre o tema.
Esta estrutura de ensino-aprendizagem quebra os padrões de planejamento e execução para um
curso ead cujos moldes ainda trazem traços estabelecidos pelo ensino presencial. Este modelo traz o
dinamismo necessário às boas práticas do Programa de suplemento educacional ao ensino formal
fundamental de matemática para os alunos do 6º ao 9 º, assim como descreve o Prof. Zabala (apud
Behar, 2007) em seus estudos sobre as variáveis espaço-tempo aplicadas a relações de aprendizado.
Neste capítulo também se aborda a criação de estratégias para criação, pelos corpo docente, de
modelos pessoais de ensino-aprendizagem.
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Na última parte do desenvolvimento deste trabalho, “ Sistema de gestão administrativo -
pedagógico do programa AVA – suplemento de ensino fundamental do 6º ao 9º ”, descreveremos
detalhadamente, inclusive de forma gráfica, utilizando a UML, recurso advindo da área de análise
de sistemas, as estruturas administrativa e pedagógica do programa suplementar de aulas. Por ser
uma proposta inovadora, a abordagem sobre todos os processos do curso foram desenvolvidos da
forma mais inteligível possível. Inicialmente é trazida uma visão geral do sistema, também
chamado: Casos de uso; isto quer dizer, todos os processos inerentes ao programa estão dentro de
um mesmo cenário. Depois, explodimos a visão geral, criando subsistemas onde existem processos
que serão abordados detalhadamente desde do seu início até o seu término. Estes subsistemas são
chamados de Diagramas de atividades. Não existe processo mais ou menos importante, todos tem
sua carga pedagógica, exceto o primeiro subsistema, Subsistema de agendamento de aula, que é
essencialmente administrativo. O capítulo 6, também traz considerações sobre a seleção de docentes
para o programa; sobre a infra-estrutura tecnológica necessária para o bom funcionamento do
programa, assim como uma estimativa da tecnologia necessária a cada ator inserido no programa;
sobre os processos avaliativos de desempenho dos docentes e alunos contendo questionários e
relatórios que podem ser otimizados a qualquer tempo; e estabelece os termos do cronograma
inerentes ao programa de aulas da disciplina matemática que será de no mínimo um bimestre.
Pretende-se com esse estudo demonstrar uma abordagem diferente para as aulas de “reforço
escolar”, uma ruptura total dos paradígmas atuais. As aulas suplementares suportadas pela ead, para
alunos que tem dificuldade na disciplina matemática, podem demonstrar um novo panorama
pedagógico se os atores envolvidos tiverem maior comprometimento.
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2. A BUSCA POR RESULTADOS SEM DESCUIDAR DO APRENDIZADO
Diante da desafiadora proposta de criar o programa de suplemento educacional ao ensino
formal fundamental de matemática para os alunos do 6º ao 9 º, torna-se necessário a análise de
como serão usados no programa, os elementos inerentes às searas epistemlógicas dispostas neste
estudo. O programa não se limita à ideia mecanicista imposta às aulas de “reforço escolar”
tradicionais onde o ensinante simplesmente resolve as “tarefas de casa” do ensinado sem promover
o aprendizado dele por ele próprio.
O Programa AVA – Suplemento fundamental em matemática para alunos do 6º ao 9º fará
uso dos ambientes virtuais de aprendizagem, onde serão desenvolvidas várias técnicas que visam
estimular o aluno a motivar-se no estudo da matemática utilizando-se de elementos funcionais
caracterizados pela ênfase no objeto, o conhecimento. Estes elementos serão extraídos de uma
engenharia comportamental e social sofisticada para moldar os comportamentos sociais,
característicos do Beahviorismo ou comportamentalismo, cuja abordagem não se preocupa em
estudar o que o comportamento significa ou simboliza. Interessa-se em estudar as variáveis que
afetam estes comportamentos e de que maneira isto ocorre. Segundo Santos (2005, pág. 22), “ O
homem é considerado produto do meio; consequentemente, pode-se manipulá-lo e controlá-lo por
meio da transmissão dos conhecimentos decididos pela sociedade ou por seus dirigentes”. As mais
relevantes variáveis são as ambientais, cuja denominação é o modelo estímulo-resposta. O ambiente
imprime uma estímulo, condicionado ou não, ao indivíduo, e ele responde: comportamento
respondente. Contudo, Burrhus Frederic Skinner, ícone do Beahviorismo, também teorizou a
manipulação do estímulo para obter resultados previstos. A abordagem “Behaviorista” de Skinner se
apoiou na formulação do comportamento operante onde a relação indivíduo-ambiente depende da
aprendizagem. A resposta ao estímulo pode ser outra dependendo dos meios em que se desenvolve o
aprendizado; recursos audiovisuais, instrução programada, tecnologias de ensino, ensino
individualizado (módulos instrucionais), “máquinas de ensinar”, computadores, hardwares,
softwares são alguns dos meios utilizados. Os comportamentos operantes desejados serão mantidos
nos indivíduos por meio de reforçadores positivos.
Além do comportamentalismo, usar-se-á como base para as metodologias de ensino as
teorias cognitivistas cuja ênfase, contempla o ato de conhecer , ou seja, como o ser humano conhece
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o mundo. Os cognitivistas também investigam os processos mentais do ser humano de forma
científica, tais como a percepção, o processamento de informação e a compreensão. Com base na
teoria cognitivista foram desenvolvidas outras teorias epistemológica, construtivismo e sócio
interacionismo, que, aliados aos elementos do Beahviorismo, farão parte do bojo estratégico de
ensino do Programa AVA – Suplemento fundamental em matemática para alunos do 6º ao 9º.
A começar pelo construtivismo que tem em Jean Piaget seu representante principal. “O
ensino deve visar ao desenvolvimento da inteligência por meio da construção do conhecimento, que
em essência parte do princípio segundo o qual é assimilado de uma estrutura mental anterior,
criando uma nova estrutura em seguida”(SANTOS, 2005, Pág. 25).
À medida em que a criança se desenvolve, os esquemas se tornam mais diferenciados,
menos sensórios e mais numerosos, ou seja, já existe uma rede de esquemas mais complexa. No
adulto os esquemas emergem dos esquemas da criança através da adaptação e organização. O adulto
assimilou um vasto arranjo de esquemas complexos. Processo cognitivo, a assimilação, é a forma
pela qual uma pessoa integra um novo dado perceptivo, motor ou conceitual aos esquemas ou
padrões de comportamento já existentes. A partir da acomodação pode-se criar novos esquemas ou
modificar velhos. Ambas as ações resultam em uma mudança nas estruturas cognitivas ou no seu
desenvolvimento. Por exemplo, quando uma criança tenta assimilar novamente um estímulo onde já
se procedeu o processo de acomodação, a assimilação será imediata. A assimilação seguida de
acomodação são necessárias para o crescimento e o desenvolvimento cognitivo, ou seja juntas
explicam a adaptação intelectual e o desenvolvimento das estruturas cognitivas. O balanço entre as
duas é conhecido como o processo de equilibração. Em seus experimentos com crianças, Piaget
também deduziu que além do processo de equilibração existem outros 3(três) fatores que
influenciam no desenvolvimento mental: maturação – amadurecimento do sistema nervoso,
experiência – manipulação de objetos concretos e processos mentais que os envolvem e interação
social – relação com outros indivíduos.
O aluno que procura uma aula suplementar de matemática está diante de uma dificuldade
que acaba lhe causando um desequilíbrio, podendo influenciar o seu desempenho em outras
disciplinas. Além disso, ele já traz consigo um conhecimento que deverá ser reconstruído ou mesmo
abordado de forma diferente sem desprezar aquilo que já assimilou. Segundo Rosa (2008, pág. 3), o
progresso se dá a partir de um conflito cognitivo, de um desequilíbrio na forma de pensar, então o
papel da escola, do professor, é criar situações desequilibradoras, desafiadoras, que impulsionem o
sujeito na busca de novas alternativas de ação, desafios diante dos quais o aprendiz terá
oportunidade de construir conhecimentos. Criar uma relação de confiança com aluno construindo
situações que os levem a buscar a aprendizagem pelas pesquisas, tentativas e avaliação dos erros,
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deixa-o proativo e capaz de desenvolver o raciocínio lógico para resolução de problemas. Sobre esta
questão temos em Piaget (apud CHAKUR, SILVA e MASSABNI, 1977, pág. 9),
O que se deseja é que o professor deixe de ser apenas um conferencista e que estimule apesquisa e o esforço, ao invés de se contentar com a transmissão de soluções já prontas (...)Seria um absurdo imaginar que, em uma orientação voltada para a tomada de consciênciadas questões centrais, possa a criança chegar apenas por si a elaborá-las com clareza.
Utilizando-se ainda da base cognitivista, será abordado o sócio interacionismo cujo ícone
principal está na pessoa de Lev Vygotsky. A noção de cultura integrante no processo de construção
de conhecimento e de constituição do indivíduo é fundamental para a concepção da aprendizagem
interacionista, uma vez que incorpora a experiência dos indivíduos. Os modelos teóricos de Piaget e
Vygotsky seguem condutas interacionistas, onde o processo de conhecimento é dinâmico e
privilegia a interação entre o sujeito que busca conhecer o objeto e o próprio objeto a ser conhecido,
estabelecendo-se entre ambos relações recíprocas que modificam tanto o primeiro quanto o
segundo. No entanto, Vygotsky parece ter analisado de forma diferente o desenvolvimento das
funções cognitivas, especificamente humanas, a partir de princípios interacionistas. Estudou
principalmente o conceito de mediação na interação homem-ambiente pelo uso de instrumentos e
signos. Os sistemas de signos (a linguagem, a escrita, o sistema de números), assim como o sistema
de instrumentos, são criados pela sociedade no decorrer de sua história e mudam a forma social e o
nível do seu desenvolvimento cultural. Para a teoria interacionista sócio-histórica a construção do
conhecimento é também realizada através da atividade (como para Piaget), entendida, no entanto,
como fator cultural. Existiria um nível de desenvolvimento afetivo, que é aquele obtido como
resultado de um processo de desenvolvimento já realizado e o outro é o nível de desenvolvimento,
ou área, de desenvolvimento potencial, que é aquele que o indivíduo consegue realizar com o
auxílio do outro. Surgem então duas ideias principais sobre construção do conhecimento formal na
escola: Pré-história da aprendizagem e área de desenvolvimento potencial ou zona de
desenvolvimento proximal.
Para Vygotsky, isso equivale a dizer que de uma certa forma o indivíduo já desenvolveu
alguma aprendizagem no cotidiano, assim, é necessária uma articulação interna entre conhecimento
do cotidiano e o conhecimento formal. Por isso, podemos observar que a aprendizagem torna-se
fundamental no caminho do desenvolvimento. Na concepção de Vygotsky, a aprendizagem é que
fomenta o desenvolvimento, ou seja, é a partir da aprendizagem que se estabelece por qual caminho
o desenvolvimento pode acontecer. Sobre a relação entre aprendizagem e o desenvolvimento,
Vygotsky (apud, SOUZA, 2008, Pág. 268) descreve:
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[...] a aprendizagem não é, em si mesma, desenvolvimento, mas uma correta organizaçãoda aprendizagem da criança conduz ao desenvolvimento mental, ativa todo um grupo deprocessos de desenvolvimento, e esta ativação não poderia produzir-se sem aaprendizagem. Por isso, a aprendizagem é um momento intrinsecamente necessário euniversal para que se desenvolvam na criança essas características humanas não-naturais,mas formadas historicamente.
Esta noção implica que os processos estão ocorrendo (amadurecendo e desenvolvendo-se)
e podem ser identificados, alterando significativamente a concepção de ação pedagógica. Aquelas
ações em que a criança não tem capacidade de realizar sozinha são facilitadas pelo processo de
desenvolvimento proximal, e acontecem em situações em que existam diálogo, colaboração, trocas
de experiências, interação, imitação, que, para Vygotsky, têm um importante papel no
desenvolvimento da aprendizagem da criança. Sobre a necessidade de identificar os dois níveis de
desenvolvimento que caracterizam a zona de desenvolvimento proximal, Vygotsky (apud, Souza,
2008, Pág. 2) descreve:
[...] a distância entre o nível do desenvolvimento real, que se costumadeterminar através da solução independente de problemas, e o nível dedesenvolvimento potencial, determinado através da solução de problemassob a orientação de um adulto ou em colaboração com companheiros maiscapazes.
A zona de desenvolvimento proximal traz grande expectativa para os mediadores de
conhecimento porque em contato direto com as crianças podem observar as mudanças
psicopedagógicas e identificar como se pode auxiliar o processo de interação do conhecimento na
relação interpessoal para o de assimilação de conhecimento intrapessoal.
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3. ATITUDES EM RELAÇÃO À MATEMÁTICA
Atitudes não podem ser confundidas com comportamento. Este último é uma conseqüência
direta da atitude e se refere às ações que o indivíduo exterioriza com o meio social. As atitudes são
as molas propulsoras das ações, e advêm de componentes intrínsecos e extrínsecos ao indivíduo. De
acordo com Brito(1996), em seu estudo sobre o ensino da matemática, a atitude de aprender
envolve componentes que referenciam elementos: afetivos(sentimentos), cognitivos(conhecimento)
e conativos(predisposição para ação); estão em constante mutação e não são inatas. Portanto, a
forma como desenvolvê-las podem ser aprendidas. A capacidade dos professores em compreender
as atitudes por parte dos alunos é primordial para analisar melhor as variáveis que influenciam o seu
desempenho na disciplina.
Cria-se a expectativa que os alunos do ensino fundamental formal tenham condições de
entender conceitos, abstrações e desenvolver raciocínios que os levem a operar melhor as situações-
problemas abordadas na disciplina matemática. As atitude dos agentes (alunos, professores,
coordenadores e etc) são essenciais nesse processo. No entanto, fatores diversos, diminuem esta
competência. No estudo, Brito(1996) verificou que a transição do ensino infantil para o ensino
fundamental exerce grande influência nas atitudes dos agentes envolvidos no processo de
aprendizagem da matemática. Muitas vezes os alunos não estão amadurecidos cognitivamente,
comprometendo sua capacidade de abstração. Outro fator importante envolvendo os professores é
que, apesar de uma grande experiência educacional, não mudavam suas atitudes com relação ao
ensino da matemática ao longo dos anos. Até os que compreendiam a relação entre desempenho e as
atitudes dos alunos não mudavam suas estratégias de ensino. Muitos professores ainda insistem
numa didática unilateral, sem diversidades nos métodos de ensino-aprendizagem, o que contribui
efetivamente para o desinteresse do aluno na disciplina. As conclusões deste estudo também
demostram que as atitudes dos alunos em relação à matemática são, em grande parte, formadas por
influências no meio familiar.
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A busca pela socialização educacional de um filho começa com mudanças no
comportamento familiar, através de ações voltadas para a melhoria do rendimento escolar. Tais
como: monitoramento sistemático de atividades escolares, fornecimento de um ambiente favorável
ao estudo, determinação de um horário exclusivo de estudos, controle sobre o acesso aberto a
determinados meios de comunicação (televisão e Internet), restrição quanto a passeios particulares
em dias próximos às avaliações e auxílio na resolução das tarefas escolares. Tais ações reforçam o
vínculo afetivo, estabelecendo a confiança mútua entre os responsáveis e aluno.
Através do Programa AVA – Suplemento fundamental em matemática para alunos do 6º ao
9º pretende-se obter o desenvolvimento do raciocínio matemático dos alunos, além de melhorar a
sua auto-estima frente aos problemas encontrados. Existe a pretensão de atuar também na mudança
de postura, se necessário for, dos responsáveis, no que diz respeito à convivência com a matemática
no âmbito familiar. Estudos do Poffenberger; Norton (apud GONÇALEZ, 2000, pág.10),
demonstram que,
[...] a formação de atitudes em relação à Matemática se inicia em casa, através dosprimeiros contatos da criança com os números e símbolos matemáticos. Estes contatopodem ser considerados positivos ou negativos dependendo das vivências que sãoproporcionadas às crianças.
Portanto, a expectativa e o acompanhamento que os responsáveis dispensam ao
desenvolvimento do aluno no âmbito familiar concorre intimamente com seu aprendizado na
escola, e, principalmente, na matemática.
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4. INTERFACES DE CONTEÚDO E DE COMUNICAÇÃO
O contexto no qual o programa está inserido determina que primeiro se entenda a
dificuldade do aluno antes de ajudá-lo a desenvolver o seu aprendizado, pois do contrário poderá
implicar uma repetição do erro de ensino-aprendizagem da matemática desenvolvido na sala de aula
presencial do ensino formal. Segundo Silva e Santos(2009, pág. 116),
O desenho didático, não poderá subutilizar o digital, pois estaria limitando a autoria dosdocentes e dos discentes. Em lugar de transmitir lições-padrão centradas na oratória domestre ou em apostilas eletrônicas, o desenho didático precisará lidar com ambientes on-line compostos de interfaces, de conteúdos e de proposições de atividades e de avaliação daaprendizagem.
Anteriormente vimos que o entendimento das atitudes por parte do aluno no estudo da
disciplina é primordial. Conquistar a confiança do aluno para proporcionar o desenvolvimento de
sua atitude em relação à resolução das situações-problemas da matemática, determinará quais
pontos deverão ser abordados e como o tutor desenvolverá seu método de ensino. É necessário que
o tutor fomente a atitude pró-ativa do aluno quanto a utilização das interfaces de comunicação:
serviços de e-mail, digitalização de documentos, troca de mensagens on-line e off-line, serviços de
compartilhamento de documentos, construção colaborativa de documentos e etc. O aluno deve
desenvolver as habilidades necessárias ao desenvolvimento do programa, a fim de que sejam
operacionalizadas as interações com o aluno. Levando-se em conta a intimidade que os jovens têm
hoje dia com os recursos computacionais e a facilidade com que se adaptam às constantes mudanças
nas interfaces virtuais, principalmente na área de redes sociais, o manejo dos aplicativos necessários
ao bom desempenho programa não trarão grandes óbices.
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Diante deste cenário, as TIC tem importância fundamental no processo ensino-
aprendizagem, pois serão através delas que se desenvolverão as técnicas inerentes os processos do
programa de aulas suplementares. Os professores e alunos poderão fazer uso da SMS, ligações
telefônicas e da internet através de todos os seus aplicativos – whatsup, e-mail, plataformas de
vídeo conferência (Skype, Googletalk, MSN,VIBE), editores de texto on-line (Google Docs), entre
outros. A maior oferta e qualidade de recursos convergentes de transmissão de dados – Banda Larga
– mantêm a confiabilidade e conectividade dos atores envolvidos. O programa de aulas
suplementares não ficará preso a um ambiente ou a um aplicativo, o trabalho de auxílio ao aluno se
desenvolverá de acordo com as possibilidades de comunicação entre os alunos e os tutores.
Obviamente, a tutoria estará preparada para atender os alunos mediante os recursos que lhes forem
disponíveis.
Esta proposta tem o intuito de demonstrar que os recursos de Tecnologia de informação e
comunicação podem ser usados intensamente para o propósito diversas ações pedagógicas. Diversas
instituições de ensino utilizam-se do momento de evolução dos recursos tecnológicos, para
encamparem uma pseudo-atividade fomentadora de melhoria das habilidades computacionais de
seus alunos. Esta roupagem com a qual as instituições travestiram-se suscitando uma atmosfera de
atividades interativas e informatizadas, não são verificadas integralmente nas escolas. Grande parte
dessa pseudo-característica se forma pela própria pressão exercida na relacão entre os indivíduos
que já nasceram em plena era informacional, e os que ainda estão se adaptando.
A partir da emergência das TIC e pela promessa de que estas resolveriam ao menos osproblemas de motivação dos alunos, estimulando-os à criação, à interação e a umaparticipação ativa no processo ensino-aprendizagem, as escolas implementaramlaboratórios de informática, conectaram seus computadores à Internet, adquiriram câmerasdigitais, gravadores de áudio, projetores multimídia e as mais diversas variantes destesrecursos.De posse deste aparato tecnológico e sob o slogan da "modernidade", essas instituiçõesdivulgam suas marcas como interativas, informatizadas, tecnológicas, atuais erevolucionárias, atraindo alunos interessados numa educação que não enfocasseunicamente a exposição de conteúdos. Com o passar do tempo, percebeu-se que os alunosjá não precisavam mais de aulas de informática, pois estes, muitas vezes, neste aspecto,sabiam mais que seus professores; percebeu-se que diante das diversas possibilidades decaminhos que os espaços virtuais oferecem, o professor se sentia atordoado enquanto queseus alunos os percorriam sem nenhum constrangimento; percebeu-se que a escola nãosabia o que fazer com as TIC. (PEREIRA, 2010, pág.15)
A quantidade de interfaces e aplicativos disponíveis na internet justifica o não investimento
na confecção de um ambiente virtual de aprendizado específico para o programa suplementar de
aulas. Todas as dificuldades dos alunos serão catalogadas e dispostas em um banco de dados que
futuramente poderá servir de fonte realimentadora de pesquisas para aperfeiçoamento do modelo
pedagógico. Utilizando métodos de garimpagem e cruzamento de informações comuns a
20
dificuldade didática do aluno, poder-se-á entender melhor as dificuldades que impedem o
aprendizado da matemática de uma forma mais amistosa. A criação de materiais embasados por
informações concedidas pelos próprios alunos estará alinhada com a ideia principal do projeto, o
conhecimento das dificuldades individuais dos alunos, ajudando no entendimento e na melhoria do
tratamento para com o discente.
5. MODELO PEDAGÓGICO
Na tentativa de melhoria das ações educacionais foram criados referenciais teóricos que
contemplam ações multidimensionais cujas as variáveis utilizadas são diversas. As ações obedecem
uma estrutura formatada para cada situação educacional, contudo os integrantes do modelo tem
muito mais liberdade para definirem suas formas de atuação. Estas ações foram denominadas de
modelo pedagógico, o qual traz consigo uma estrutura calcada sobre uma determinada concepção
epistemológica e, em consonância, com uma ou mais teorias educacionais a serem utilizadas como
eixo norteador da aprendizagem. De acordo com Behar(2007, pág.4),
A partir de estudos sobre metodologia, currículo, teorias de aprendizagem edesenvolvimento cognitivo define-se modelo pedagógico como um sistema de premissasteóricas que representa, explica e orienta a forma como se aborda o currículo e que seconcretiza nas práticas pedagógicas e nas interações professor-aluno-objeto deconhecimento. Nesse triângulo (professor, aluno e objeto) é estabelecida uma relaçãotriádica de atenção conjunta, na qual o modelo concretiza-se em ação e estabelece umcontexto intersubjetivo construído a partir da subjetividade de cada participantecompartilhando uma definição de situação determinada.
Para desenvolver o presente estudo serão abordados o desenvolvimento de ações embasadas
na criação de modelos pedagógico para o ensino-aprendizagem da matemática à distância e nos
recursos da área de análise de sistemas, adaptados ao propósito de melhorar a visualização por parte
dos leitores deste trabalho.
21
5.1 Modelo Pedagógico para ead
Existe uma tendência muito arraigada no meio educacional em confundir o conceito de
modelo pedagógico, demonstrado na figura 1, com os conceitos de teorias de aprendizagem e
metodologia de ensino. As teoria de aprendizagem centradas nos eternos pensadores da
psicopedagogia fornecem o rumo de como um modelo pedagógico irá atingir seus objetivos. Os
modelos são “reinterpretações”(BEHAR, 2007, pág.3) das teorias de aprendizagem, cujos que os
professores utilizam para atingir o objetivo ensino-aprendizagem dentro dos cenários educacionais
aos quais fazem parte. A segunda confusão ocorre porque os idealizadores dos pseudos modelos
pedagógicos consideram equivocadamente a parte como o todo, uma ou mais metodologias de
ensino fazem parte, sem dúvida, de um modelo pedagógico. A educação a distância deve
desenvolver seus próprios modelos pedagógicos. Beber na fonte do conhecimento conceitual e
pragmático da educação presencial é necessário, contudo basear sistemas educacionais com
características tão distintas em um mesmo modelo de planejamento e desenvolvimento é no mínimo
inconveniente. Segundo Berger e Buckmann (apud BEHAR, 2007, pág.3)
A atividade científica procura compreender, explicar e predizer fenômenos do mundo. Poresse motivo, a ciência busca através de leis, princípios e modelos generalizar e simplificar arealidade. O conceito de modelo surge, portanto, com o viés de estabelecer uma relação poranalogia com a realidade. O modelo é um sistema figurativo que reproduz a realidade deforma mais abstrata, quase esquemática e que serve de referência. Do exposto deduz-serapidamente que modelos são construtos sociais criados com a finalidade de expor adiferentes situações hipotéticas que permitam “interpretar a realidade”, visto que a mesma éinapreensível enquanto objeto, pois a realidade é uma construção social.
A matriz de modelo pedagógico, desenvolvida por Behar, são arranjos entre conceitos
epistemológicos e as teorias de aprendizagem; segundo ela mesma descreve, “... o modelo
pedagógico traz consigo uma estrutura calcada sobre uma determinada concepção epistemológica e,
em consonância, com uma ou mais teorias educacionais a serem utilizadas como eixo norteador da
aprendizagem” .
Figura 1 - Elementos de um modelo pedagógico em EAD
22
Fonte: (BEHAR, 2009, pág.25)
Dentro do modelo pedagógico existe uma estrutura, ou uma arquitetura pedagógica que
contemplam elementos inerentes ao processo de ensino-aprendizagem. As arquiteturas pedagógicas
são delineadas pelos cursos ou instituições. Desta forma os docentes ficam sob as normas de uma
determinada disciplina ou programa, devendo segui-lo obedecendo certas diretrizes previamente
especificadas de acordo com a proposta da projeto.
Segundo a Behar (2007, pág 4), a arquitetura pedagógica é composta por 04 (quatro)elementos:
Aspectos organizacionais - fundamentação do planejamento/proposta pedagógica, em que
estão incluídos os propósitos do processo de ensino-aprendizagem a distância, a organização
do tempo e do espaço e as expectativas na relação da atuação dos participantes ou da
também chamada organização social da classe;
Conteúdo – materiais instrucionais e/ou recursos informáticos utilizados, objetos de
aprendizagem, software e outras ferramentas de aprendizagem;
Aspectos metodológicos e tecnológicos - tratam não somente da seleção das técnicas,
procedimentos e dos recursos informáticos a serem utilizados na aula, mas ambém da
relação, articulação e estruturação que a combinação destes elementos terá;
Aspectos tecnológicos - Plataforma ou Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA).
Considera-se um AVA como ambiente coletivo que favorece a interação dos sujeitos
participantes, sendo este um todo constituído pela plataforma e por todas as relações
23
estabelecidas pelos sujeitos usuários a partir do uso das ferramentas de interação, tendo
como foco principal a aprendizagem.
O planejamento pedagógico é de suma importância para que um programa de ensino-
aprendizagem tenha sucesso. Uma das principais variáveis do planejamento é o tempo, que ganha
uma dinamicidade muito grande na EAD. O cuidado com todas as variáveis espaço-tempo que
constam num projeto pedagógico minimizam a probabilidade de erros na execução do projeto.
Assim como descreve Zabala (apud Behar, 2007, pág.6), “[...] variáveis tempo/espaço são, em
geral, pouco explicitadas nos modelos pedagógicos, mas tornam-se elementos fundamentais em
qualquer espaço de intervenção pedagógica.” Esse conjunto de elementos deve ser cuidadosamente
planejado para que a partir deles seja possível construir conhecimento, desenvolver capacidades,
habilidades e competências. Os aspectos metodológicos dependem dos objetivos e da importância
dos conteúdos definidos no planejamento determinando o modelo e as características de uma aula.
Esse alinhamento denomina-se “seqüência didática” ou “sequência de atividades ” (Behar, 2007,
Pág.6 ), o que pode constituir diferentes contextualizações numa aula.
Moldando todos esses elementos estruturais da arquitetura pedagógica, temos a estratégia
de aplicação da arquitetura pedagógica, responsável pela dinamicidade do modelo pedagógico.
A estratégia de aplicação confere-se com o ato didático que aponta à articulação e aoajuste de uma arquitetura para uma situação de aprendizagem determinada (turma, curso,aula). Mantendo-se fiel à matriz estruturante de uma arquitetura determinada.(BEHAR,2007, pág.6 )
Este elemento, a estratégia, talvez seja o mais difícil de se visualizar, pois além de ser
totalmente abstrato, exige do corpo docente discernimento e criatividade quando na sua concepção.
Isto porque o corpo docente está acostumado a seguir escopos didáticos rigidamente formatados. A
ideia dos próprios docentes criarem seus modelos pessoais de ensino-aprendizagem(estratégia de
aplicação) é desafiadora. Desordenar e ordenar elementos da arquitetura pedagógica, articulá-los
entre si para otimizar resultados, tira o mediador de conhecimento da estagnação, da zona de
conforto imposta pelas práticas didáticas convencionais, desenvolvidas na maioria das instituições
de ensino. Em consonância com os elementos da arquitetura pedagógica inicialmente proposta, o
professor poderá criar seus modelos pessoais e aplicá-los ao modelo pedagógico. Este cenário
criativo e dinâmico proporcionará intervenções pedagógicas estratégicas, melhor moldando a
arquitetura pedagógica, com intuito de atingir os objetivos planejados com mais eficiência.
Portanto, identificamos claramente que os modelos pedagógicos são dinâmicos, atendem a
uma demanda, a uma necessidade de ensino-aprendizagem, ou ainda, a uma necessidade
24
pedagógica. Como deverá então ser idealizado o modelo pedagógico. Utilizaremos este
questionamento para nortear a proposta do programa que será abordada em seguida.
6. SISTEMA DE GESTÃO ADMINISTRATIVO - PEDAGÓGICO DO PROGRAMAAVA – SUPLEMENTO DE ENSINO FUNDAMENTAL DO 6º AO 9º
Nesta sessão abordaremos como o programa foi concebido e como será operacionalizado.
Analisaremos desde a visão geral do sistema até suas particularidades, quais as teorias, técnicas e
estratégias que serão utilizadas. Depois a estrutura geral do programa, iremos delinear todos os
processos, um a um, envolvidos no sistema de administrativo-pedagógico do programa.
6.1 Modelagem UML
25
Alinhando-se ao dinamismo dos Modelos Pedagógico, o Programa ava – suplemento de
ensino fundamental do 6º ao 9º utilizar-se-á dos princípios da Modelagem UML – Uniffied
Modeling Language – técnica, apresentada em 1977 pelos desenvolvedores de sistemas: Grady
Booch, James Rumbaugh, e Ivar Jacobson. “ A UML incorpora as ações do desenvolvimento de
software de uma forma simbólica e visual. Ela se baseia em diagramas que são modelados e
classificados em visões de abstração”(BOOCH, RUMBAUGH, JACOBSON; 1999, pág. 3).
A UML, linguagem gráfica de modelagem de sistemas, facilita a visualização por parte dos
indivíduos das partes que compõe o Programa ava – suplemento de ensino fundamental do 6º ao
9º . Uma mescla de símbolos e nomenclaturas dão uma visão mais aprazível e real do sistema
idealizado, tornando mais fácil a transformação da realidade em abstração. Para tanto, a UML nos
fornecerá os subsídios necessários para esta empreitada. Além disso, esta forma de demonstração,
também facilita a visualização dos atores que farão parte do programa. Destinguir os diversos
sistemas administrativos e pedagógicos, identificar inicio e fim dos processos, visualizar a troca de
documentos entre os sistemas, tudo fica mais claro aos olhos dos atores participantes do programa.
Teremos uma visão geral do sistema de informação – Diagramas de Casos de Uso -, e
depois trataremos dos subsistemas – Diagramas de Atividade – determinando o seu modo de
operação desde o início do processo até o produto final, o qual servirá de subsídio para o inicio de
um novo subsistema. Os subsistema poderão ter diversas características: delineamento didático,
geração de relatórios, ajustes de atitude, levantamento e arquivamento de dados, entre outros.
Da UML, usaremos apenas o Diagrama de Casos de Uso e os Diagramas de Atividades, por
facilitar a compreensão comum dos desenvolvedores e dos usuários dos sistemas de informação.
Inicialmente, usando o Diagrama de Casos de Uso, faremos a modelagem do contexto no qual está
inserido o Programa Ava – suplemento de ensino fundamental do 6º ao 9º, isto nos dará uma visão
geral e bem definida do funcionamento dos sistema. Depois, utilizando os Diagramas de Atividade,
demonstraremos as funcionalidades de cada subsistema. Dessa forma poderemos ilustrar todas as
operações compartilhadas entre os atores.
Importante saber que o programa disporá de uma página na internet para receber os acessos
dos alunos interessados em participar do programa. Nela também haverá uma área reservada aos
responsáveis dos alunos para que o desempenho dos alunos participantes do programa seja
acompanhado On-line através de relatórios e pareceres da equipe pedagógica
6.2 Visão geral do sistema
O sistema de informação que dará suporte ao Programa Ava – suplemento de ensino
fundamental do 6º ao 9º, terão como atores diretamente atuantes no sistema; o tutor, que interagirá
26
em três Casos de Uso: Analisar dúvida e Interagir on-line; o aluno que interagirá com os seguintes
Casos de Uso: Agendar horário, Postar dúvida e Interagir on-line.
Figura 2 – Visão geral
Fonte: Autor
Conforme a figura 2, os Casos de Uso serão representados por elípses, os atores por
bonecos e as interações entre os dois por setas. Pode haver interação de mais de um ator num
mesmo Caso de Uso, observado, dentro do nosso projeto, no Caso de Uso – Interagir On-line –
onde haverá interação mútua demonstrado por setas advindas dos dois atores. Durante a abordagem
dos Diagramas de Atividade poderemos observar ações de mais de um ator, contudo elas
acontecerão em momentos diferentes do processo.
6.3 Operações e resultados dos subsistemas ( Diagramas de Atividades )
O acompanhamento dos processos inerente a cada subsistema poderá ser facilmente
visualizado na representação gráfica que os Diagramas de Atividades nos proporcionarão. Os
subsistemas serão representados um a um, a fim de demonstrar com clareza as atividades inerentes
ao seu funcionamento. A representação gráfica será de grande valia no entendimento dos
subsistemas. Os Diagramas de Atividades serão representados em forma de quadro com colunas,
27
demominadas raias. No topo de cada raia constará um ator a quem será dada responsabilidade de
executar a atividade naquele momento, dando vazão ao processo. As atividades serão representadas
por elípses, as setas representarão a transição de uma atividade a outra. Os círculos preenchidos
representarão o início da atividade. Uma pequena reta horizontal de maior espessura dentro da raia
determinará o fim do processo para o ator até aquele momento. Contudo, poderá haver novas
atividades a serem transferidas ao mesmo ator, exigindo novas ações em outro momento do
processo. Ao final da última atividade, ou seja, no encerramento do subsistema, deveremos ter o
estado final do processo representado por um círculo vazio com um outro círculo preenchido
concêntrico a ele. O produto do processo representado pelo diagrama poderá ser um documento ou
uma ação.
Como foi representado na visão geral (figura 1), temos em sequência os subsistemas que
serão ativados a partir da ação positiva do aluno em cursar o Programa Ava – suplemento de ensino
fundamental do 6º ao 9º. Esta sequência será respeitada na representação dos diagramas de
atividades.
6.4 Desenvolvimento dos subsistemas (Diagramas de Atividades) pautados na visãogeral (Diagrama de Casos de Uso).
Nesta sessão abordaremos os processos (subsistemas) que foram levantados, frente aos
requisitos necessários para o funcionamento do Programa AVA – suplemento de ensino fundamental
do 6º ao 9º. Os requisitos foram detectados em análise e plotados na figura 1 – Visão geral do
sistema(Casos de Uso).
6.4.1 Subsistema de agendamento de aula
O subsistema de agendamento de aula terá a ação de um ator e um sistema independente, o
de coordenação pegagógica. A representação projetada conforme a figura 3 é auto explicativa,
sendo assim desnecessários comentários adicionais.
Figura 3 – Agendamento de aula
28
Fonte: Autor
O produto final do processo será o agendamento da aula no período escolhido pelo aluno
através do sistema, respeitados os termos de utilização e as restrições determinadas pela falta de
horários disponíveis.
6.4.2 Subsistema de postagem de dúvida
Este subsistema dependerá exclusivamente do comprometimento que o aluno dispensar ao
programa. A representação gráfica demonstrada pela figura 4 nos mostra claramente que este
processo do início ao fim será executado pelo aluno. A utilização de recursos e conhecimentos de
informática é mais um dos temperos que engrossam o caldo deste projeto. Para questões subjetivas,
o aluno deverá dispor de um equipamento digitalizador de documentos (”Scanner”) para postar suas
dúvidas. Deverá salvar a imagem em PDF para facilitar o envio via mail para o tutor responsável
por sua aula. Para questões objetivas poderá além do recurso da digitalização, apenas digitá-las e
enviá-las por e-mail. Contudo, estes seriam procedimentos que não acrescentariam nada aos
procedimentos comumente utilizados nas “aulas de reforço escolar”, onde o aluno recebe tarefas
escolares, não tenta fazê-las e ainda as leva para a “aula de reforço” na intenção de que o “professor
particular” resolva-as. Este cenário apenas contribui para o maior desinteresse do aluno para com a
disciplina, neste caso a matemática; levando-o à condição de impotente frente às dificuldades.
29
Figura 4 - Postagem de dúvidas
Fonte: Autor
O programa prezará por uma estratégia de aplicação à arquitetura pedagógica criada pelo
tutor e dedicada ao aluno. Diferente das concebidas para grupos de sala de aula. Para tanto, é
necessário que o aluno tente demonstrar sua dúvida de forma pontual. Através de Piaget, entende-se
que a construção do conhecimento advêm basicamente de uma estrutura mental anterior, criando
uma nova estrutura em seguida. Portanto, se faz premente que o aluno demonstre ao tutor qual sua
verdadeira dificuldade para que seja idealizada a estratégia de ensino que irá adequar-se melhor ao
contexto. Se as dúvidas forem questões conceituais, o aluno deverá explicar com suas palavras o
que lhe incomoda. Se forem as dúvidas questões operacionais, deverá o aluno tentar resolvê-las
antes de postá-las. A construção dessa cultura pelo aluno passará também por um acompanhamento
dos envolvidos em seu cotidiano. Por isso este projeto foi tão enfático no desenvolvimento da ideia
de coparticipação dos responsáveis no programa suplementar. Não à toa foi dedicado um tópico às
atitudes das pessoas envolvidas no cenário de ensino-aprendizagem de matemática. Nele, estudos de
Gonçalez(2000, Pág.26) comprovam que as atitudes diárias em relação à matemática, por parte dos
responsáveis do aluno no âmbito familiar, faz toda a diferença na aprendizagem. Existirá uma
resistência forte inicialmente por parte do aluno, o que é normal. O tutor deverá ter a capacidade de
estimulá-lo a motivar-se e comprometer-se com programa suplementar de ensino.
Tendo como premissa que o aluno já tenha estudado o assunto com o professor da escola, e
que dispõe de material de apoio para desenvolvimento da sua capacidade de raciocínio, resta ao
tutor e aos responsáveis pelo aluno estimulá-lo a desenvolver uma “lógica resolutiva para os
problemas propostos” (NOÉ, On-line). Com a lógica desenvolvida pelo aluno, esteja ele no caminho
30
certo da resolução ou longe dele, haverá subsídios para o tutor orientá-lo, usando o raciocínio
desenvolvido já visualizado pelo aluno como ponto de partida para aprendizagem.
O produto final desse subsistema é a postagem das dúvidas do aluno nos termos descritos
acima. Caso a postagem do aluno não contemple a inserção da lógica resolutiva das suas dúvidas,
deverá o tutor comunicar o evento no relatório de aula. Este dado servirá de base para que o
coordenador se utilize dos mecanismos de ajuste de atitudes, cujos estudos serão tratados
oportunamente, a fim de buscar a eficiência do modelo pedagógico proposto.
6.4.3 Subsistema de análise de dúvida
A postagem do documento contendo as dúvidas do aluno poderá ser feito no
GoogleDocs ou através do envio de e-mail ao tutor, o que dará início aos processos do Subsistema
de Análise de Dúvida, cujo principal objetivo é o desenvolvimento de uma estratégia totalmente
voltada ao auxílio do aluno nas suas ações lógico-resolutivas para as situações-problemas propostos
pela escola.
Figura 5 – Análise de dúvidas
Fonte: Autor
O tutor acessará o seu e-mail, ou sua conta no GoogleDocs. Verificará atentamente a
postagem do aluno procedendo uma analise minuciosa dos pontos relevantes de sua dúvida, com o
intuito de detectar qual dificuldade o está impedindo de entender as situações-problemas
matemáticos. Por conseguinte, estando a dificuldade detectada, inicia-se um dos mais importantes
processos deste programa: o desenvolvimento da estratégia de ensino.
31
6.4.3.1 Desenvolvimento das estratégias de aprendizagem
Como foi enfatizado anteriormente, o programa enxerga o aluno; não o grupo. O foco são as
dificuldades do aluno, as quais não são contempladas nos métodos enlatados, prontos para serem
usados em grupos etários semelhantes. A educação tomou rumos tecnicistas a partir da revolução
industrial, padronizando o ensino, dividindo-o em módulos regidos por faixas etárias.
A proposta deste programa de ensino-aprendizagem suplementar da disciplina de
matemática para alunos do 6º ao 9º, consiste em, de uma forma precisa, tentar resgatar a capacidade
lógico-resolutiva do aluno. Desta forma o desenvolvimento das competências necessárias a
resolução das situações-problemas matemáticos acontecerá de forma natural. O ponto de partida
para o método consiste em detectar onde a capacidade de abstração matemática – capacidade de
transpor situações-problemas matemáticos do cotidiano para o papel – do aluno foi atropelada. Este
fenômeno muitas vezes ocorre em virtude do ritmo padrão da aula implementada pelas instituições
de ensino que deixam para trás muitos alunos que não conseguem acompanhar.
O Programa AVA – Suplemento de Ensino Fundamental em matemática para alunos do 6º
ao 9º não seguirá o modelo tradicional de “aulas de reforço”, haverá sim, uma orientação de como
o aluno desenvolverá a sua abstração matemática e a sua capacidade lógico-resolutiva para as
situações-problemas propostos. Para tanto, o tutor passará por um processo seletivo que identificará
a habilidade e a sensibilidade em detectar estas nuanças. Em seguida, o tutor será capacitado
tecnicamente a fim de melhor desenvolver a sua atividade. A capacitação exigirá o desenvolvimento
necessários à utilização das interfaces de comunicação e conteúdo, cuja base tecnológica de
interação será a internet; além da formação específica para licenciatura em matemática. Apesar da
habilidade e da sensibilidade necessários aos tutores, eles também passarão por uma orientação
pedagógica no curso de capacitação, com intuito de aguçá-las.
Para desenvolver a estratégia de ensino, o tutor terá como norteador as bases teóricas da
psico-pedagogia onde deverá encontrar o equilíbrio entre as teorias e a necessidade do aluno.
Aquele que procura uma aula suplementar espera obter resultados que não foram alcançados na sala
de aula formal, sejam eles: entendimento de uma determinada teoria matemática, ou de situações-
problemas, ou ainda, um melhor desempenho nos testes avaliativos; no entanto o último depende
dos dois primeiros.
32
A busca por resultados se torna, muitas vezes, o principal objetivo do aluno. Recuperar notas
baixas obtidas ao longo do ano letivo faz do aluno um caçador de milagres. A aquisição dos
conhecimentos relacionados à matemática e a capacidade de criar abstrações matemáticas são
totalmente desprezadas. Estas são motivações do universo discente, aos quais já demos ênfase.
Contudo, a situação piora quando, por influência docente, o aluno passa a considerar a matemática
desprezível, sem sentido, descolada do cotidiano, tudo em função de um ambiente pobre de
expectativas e criatividade didática. Portanto, o tutor se valerá da base teórica behaviorista para
proporcionar um ambiente de estímulos-respostas aos alunos pertencentes ao programa.
Consequentemente, o uso dos reforçadores motivacionais e de auto-estima também serão
amplamente aplicados a fim de que o aluno desenvolva uma atitude pró-ativa em relação a
matemática.
Do arcabouço cognitivista poderá o tutor utilizar, adaptando aos preceitos construtivista e
sócio interacionista, de Piaget e Vygotsky, respectivamente, a real necessidade dos alunos que
procuram a ajuda extra classe do ensino fundamental formal. Eles desenvolveram teses relacionadas
ao cognitismo, que prezam pelo dinamismo e pela interação entre o indivíduo e o objeto do
conhecimento. Basicamente, a diferença está em uma ter o próprio indivíduo desenvolvendo ações
em relação ao meio – construtivismo – criando ele mesmo suas estruturas mentais ao longo da vida,
e a outra se vale de uma ação mediadora proporcionada por elementos que agem entre os indivíduo
e o objeto do conhecimento – sócio interacionismo – cujos elementos centrais são os sistemas de
simbologia intrínsecos à cultura. Estes conceitos, pois, estarão disponíveis para os tutores utilizarem
em suas estratégias de ensino. Deixar que o aluno tente assimilar os conhecimentos das teorias
matemáticas por se só, previamente a postagem das dúvidas, força-o a desenvolver suas estruturas
mentais. Desencadeia um processo cíclico de assimilação e acomodação que posteriormente
mediados pelo tutor possibilitam o equilíbrio. O tutor por sua vez deve desenvolver a capacidade de
detectar perante a avaliação da postagem, o máximo de informações inerentes a dificuldade do
aluno. Esta é a verdadeira função do mediador de cultura exaltado por Vygotsky, um indivíduo
capaz de desenvolver uma técnica de ensino-aprendizagem com os alunos, pautada nos valores
culturais, à medida que neles os processos de amadurecimento possam ser identificados, criando um
leque de ações que os ajudarão a desenvover atitudes criativas e de auto-estima, cuja mescla
proporciona-los-ão capacidade lógico- resolutivas das situações-problemas matemáticos.
6.4.4 Subsistema de interação on-line
Este processo utiliza o conceito de modelagem pedagógica para as práticas de ensino-
aprendizagem aplicadas na EAD. Apoiado pelo modelo pedagógico desenvolvido pela Profa.
33
Patricia Behar, temos uma arquitetura pedagógica (AP) que norteia estruturalmente a ação do corpo
docente que por sua vez desenvolverá uma estratégia de aplicação – modelo pessoal, sob os
componentes da arquitetura.
Figura 6 – Interação On-line
Fonte: Autor
Aluno e tutor precisam entrar na hora marcarda no ambiente de aprendizagem virtual. O
primeiro munido dos seus apontamentos e o segundo de sua estratégia de ensino que moldará a
arquitetura pedagógica, de acordo com a concepção epistemológica estabelecida pelo programa. A
interação entre os dois, aluno e tutor, proporcionará um ambiente fértil para a assimilação de
conhecimentos matemáticos. De acordo com o escopo da modelagem pedagógica apresentada na
fundamentação teórica, a arquiterura do Programa AVA – Suplemento de Ensino Fundamental em
matemática para alunos do 6º ao 9º , contempla o uso de uma estratégia que privilegia o
aprendizado do aluno. Através dos aspectos oganizacionais, elemento da estrutura pedagógica, seus
conhecimentos prévios serão reorganizados com a finalidade de acomodar o que já foi assimilado,
rendendo-lhe um melhor aproveitamento. O tutor aplicará uma estratégia de ensino-aprendizagem
34
particular – modelo pessoal, implementando suas características, mas esta não deixará de ser
calcada na arquitetura desenvolvida para o programa. O aluno deverá interagir com o tutor e com o
ambiente, reagindo de forma satisfatória à estratégia desenvolvida e aplicada pelo tutor. Não existe
modelo padrão de reação à estratégia montada pelo tutor. Este deverá estar atento ao
desenvolvimento do aluno frente às dificuldades que já foram detectadas ao analisar os materiais
para estudo postados anteriormente. A atitude do aluno será de suma importância para que o tutor
possa verificar se a estratégia montada está ajudando o aluno a desenvolver o raciocínio lógico
resolutivo em matemática.
6.4.4.1 Considerações sobre as interações on-line
Utilizaremos a plataforma GoogleDocs para edições compartilhadas de documentos on-line.
Usaremos o GoogleDocs para criar um ambiente virtual de aprendizagem – AVA, pois apresenta,
primeiramente, baixo custo. As plataformas de desenvolvimento AVA (Moodle, Claroline e etc) são
softwares livres, isto é, isentos de qualquer pagamento de licença para utilização. Contudo, não
poderíamos abrir mão dos profissionais para programá-los. Então visando trabalhar com um custo
reduzido na parte técnica optamos por utilizar o GoogleDocs, que atende bem a demanda.
O GoogleDocs, aplicativo da empresa Google, além de proporcionar a edição de
documentos (textos, planilhas, apresentações), fornecerão o ambiente propício para a interação entre
aluno e tutor, possibilitando também a criação e preenchimento de formulários de pesquisa, e
relatórios para análises diversas. Ao aluno serão fornecidas instruções de uso do ambiente de
interação, por intermédio de um Guia de Estudo (Apêndice “A”) , desenvolvido para este fim, numa
linguagem informal, mais atrativa ao perfil do aluno que pretendemos atingir. No caso do tutor as
boas práticas de utilização do ambiente serão fornecidas no treinamento de capacitação para tutores
que o projeto prevê. Lembrando que a ajuda prestada pelo professor também pode ser “off-line”
através do repositório de arquivos “GoogleDrive” que fornece serviços de arquivamento de
documentos em seus servidores de internet. Esta tecnologia de salva guarda de arquivos é chamado
Arquivamento na Nuvem ou “Cloud”. Este repositório pode ser acessado a qualquer tempo via
internet, bastando apenas o usuário abrir uma conta no Gmail (serviço de e-mail do Google).
Logo após o término da interação, o aluno preencherá o Formulário de Interação (Apêndice
“B” ) com questionamentos bem suscintos sobre: o entendimento a respeito da didática empregada,
a sua avaliação a respeito do seu próprio aproveitamento e sobre o desempenho do tutor durante a
interação. Este formulário também estará On-line, e será confeccionado usando o aplicativo de
confecção de formulários “Form – GoogleDocs”.
Os resultado finais deste subsistema serão: a aplicação e a assimilação da estrategias de
ensino-aprendizagem de matemática e os formulário contendo informações sobre a interação.
35
6.5 Seleção e competências dos docentes
Os profissionais que atuarão no desenvolvimento do curso terão como sala de aula os
aplicativos e interfaces disponíveis para comunicação e conteúdo. Para tanto, deverão estar
habituados e preparados para o uso das tecnologias envolvidas em todo o processo. Os
profissionais serão selecionados mediante competências inerentes ao programa, as quais exigirão
formação acadêmica especificamente em matemática, no mínimo licenciatura ou bacharelado, que
estejam em consonância com a modalidade ead, e dispostos a desenvolverem uma metodologia
totalmente inovadora que tem o aluno e não o grupo como foco principal. Segundo Coll e Morereo
et al ( apud PEREIRA, 2010, pág.16),
[...] a incorporação das TIC na educação não transforma nem melhora automaticamente osprocessos educacionais, mas, em compensação, realmente modifica substancialmente ocontexto no qual estes processos ocorrem e as relações entre esses atores e as tarefas econteúdos de aprendizagem, abrindo assim, o caminho para uma eventual transformaçãoprofunda desses processos, que ocorrerá, ou não, e que representará, ou não, uma melhoraefetiva, sempre em função dos usos concretos que se dê à tecnologia.
Haverá a necessidade de compor uma equipe multidisciplinar para se conceber o projeto.
Profissionais especialistas em designer didático, coordenadores pedagógicos, programadores de
AVA, web designers, professores licenciados e especializados em ead, são alguns dos especialista
que estarão engajados no projeto. Os docentes disporão de recursos e infra-estrutura tecnológicos
condizentes com o método de ensino “on-line”, proposto pelo programa.
6.6 Infra-estrutura tecnológica para participantes do programa
Os participantes diretos do programa são os tutores e alunos. Eles terão que utilizar os
recursos tecnológicos indicados pelo programa. Contudo, invocando a própria característica
inovadora e dinâmica do Programa AVA – Suplemento de Ensino Fundamental em matemática para
alunos do 6º ao 9º, os tutores estarão autorizados a propor à cordenadoria novos procedimentos ou
mesmo tecnologias de interação com os alunos, sejam elas “on-line” ou “off-line”. Para os tutores, o
conhecimento sobre os meios e as formas de comunicação serão abordadas no treinamento de
capacitação, assim como seus manejos. Para os alunos, foi desenvolvido um guia de estudo que
instruirá quais tecnologias serão usadas e como elas serão utilizadas durante todo o processo de
ensino-aprendizagem do programa.
A escolha do modelo de mídias e das tecnologias é uma fase crucial do projeto de curso ead.
Segundo Bates (apud Ilan Chamovitz, 2010, pág.6) em seu modelo “ACTIONS”, onde descreve
36
um acróstico bem funcional, a tecnologia é vista como meio e não como fim. Seria um modelo útil
para responder perguntas que causam entraves no desenvolvimento do EAD, a saber:
• Access (Acesso): a tecnologia é acessível a qualquer estudante que queremos atender?
• Costs (Custos): qual é o custo para elaboração e manutenção da tecnologia em todo o processo?
• Teaching functions (Funções de aprendizagem): o que o estudante pode realmente aprender por
meio desta tecnologia?
• Interactivity and user-friendliness (Interatividade e uso amigável): os usuários têm facilidade para
interagir com a tecnologia?
• Organizational issues (Assuntos organizacionais): que mudanças são necessárias e devem ser
feitas para melhor atender ao usuário?
• Novelty (Originalidade): quão inovadora é essa tecnologia?
• Speed (Velocidade): com que rapidez o conteúdo pode ser atualizado e como é a velocidade de
acesso para o usuário?
Tomando como base o modelo de Bates podemos fazer todo levantamento da infra-estrutura
para o programa.
Quadro A – Contextualização da infra-estrutura Tecnológica
Tutor Aluno Responsáveis
Acesso Via internet. Conta de email eGoogleDoocs. Via tabletfornecido pelo programa ou nasede do projeto onde existemmáquinas dedicadas a estafinalidade.
Via internet. Conta de email.Conta no sistema doprograma. Através de umdispositivo de acesso ainternet que proporcioneinteragir e escrever noGoogleDocs
Via internet. Conta nosistema do programa. Atravésde um dispositivo de acesso ainternet que proporcione oacompanhamento do aluno.
Custo Nenhum. Link de dados acima 600MBe dispositivo de acesso.
Link de dados acima 600MBe dispositivo de acesso.
Funções deaprendizado
Utilização de novas tecnologiasde informação e comunicação.Uma nova proposta para EAD
Desenvolver a capacidadelógico resolutiva matemáticausando a EAD.
Acompanhar melhor a vidaescolar do aluno.
Interatividade euso amigável
Serão preparados para utilizaremas tecnologias inerentes aoprograma.
Terão acesso a um Guia deEstudos que os instruirácomo proceder a interação emelhor aproveitar oprograma.
Poderão acessar a página doprograma e verificar odesempenho do aluno.
Assuntosorganizacionais
Atualizar-se com o perfil dosalunos que irá dar aula. verificarse sua estratégia de ensino estáfuncionando. Verificar atitudesdos alunos e descrevê-las noformulário de desempenho.
Verificar atitude dos tutores edescrevê-las no formulário deinteração.
Verificar o andamento doaprendizado do aluno ecientizar, se achar necessário,a coordenadoria do programa.
37
Originalidade Internet e aplicativos Google. Diaapós dia vemos o mundo virtualmais presente em nossas vidas. Osaplicativos disponíveis na redesem necessidade de pagamento delicença.
Internet e aplicativos Google.Dia após dia vemos o mundovirtual mais presente emnossas vidas. Os aplicativosdisponíveis na rede semnecessidade de pagamento delicença.
Internet e aplicativos Google.Dia após dia vemos o mundovirtual mais presente emnossas vidas. Os aplicativosdisponíveis na rede semnecessidade de pagamento delicença.
Velocidade O conteúdo é atualizado a cadaaula. O acesso via dispositivomóvel será em 3G com pelomenos 1MB
Conteúdo atualizado a cadaaula. Acesso a internet compelo menos 600MB para queos aplicativos Googlefuncionem bem.
Relatórios atualizados a cadaaula.
Fonte: Autor
O Quadro “A” contextualiza a infra-estrutura tecnológica necessária para o Programa AVA –
Suplemento de Ensino Fundamental em matemática para alunos do 6º ao 9º . O quadro demonstra
como o gestor do programa poderá estruturar as alternativas tecnológicas com mais facilidade e
decidir qual solução adotar. O modelo serve para planejar e gerenciar as mídias e tecnologias em
ead que estão sendo usadas, a partir de um conjunto de tópicos relacionados matricialmente com os
agentes inerentes ao programa. A ideia é demonstrar de forma objetiva a realidade e as
potencialidades das estratégias que estão sendo usadas, ou ainda, aquelas que serão implementadas.
6.7 Avaliação do desempenho do tutor
Este é um processo necessitará da atuação de 02(dois) atores do sistema: o Coordenador e o
Tutor. Procedimento de controle, o qual devolverá um diagnóstico sobre o desenvolvimento do
programa. O formulário de interação preenchido pelo aluno será avaliado pelo coordenador
pedagógico e as informações comporão o banco de dados do Programa AVA – Suplemento de
Ensino Fundamental em matemática para alunos do 6º ao 9º. As respostas do formulário são
automaticamente armazenadas em uma planilha dentro do “GoogleDocs”. Estes dados servirão para
subsidiar relatórios pedagógicos produzido a partir da avaliação do tutor. Os relatórios têm como
objetivo provocar ajustes de atitude na atuação do tutor em seu trabalho. Este formulário está
representado no Apêndice “B” e a planilha onde consta as respostas do formulário são constantes
do Apêndice “C”.
6.8 Avaliação de desempenho do aluno
Este é processo necessitará da atuação de 04(quatro) atores do sistema: o Coordenador, o
Tutor, o Aluno e os Responsáveis. Assim como o tópico anterior, essa avaliação também é utilizada
como uma fonte para relatórios de desempenho, o qual será iniciado a partir da geração do
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Formulário de Desempenho, constante do apêndice “D”. Estará sob responsabilidade do tutor o seu
preenchimento, o qual será avaliado pelo coordenador, sendo então seus dados integrados ao banco
de dados do Programa AVA – Suplemento de Ensino Fundamental em matemática para alunos do
6º ao 9º, através da planilha onde consta as respostas do formulário que são constantes do Apêndice
“E”. Estes dados servirão para subsidiar relatórios pedagógicos produzido a partir da avaliação do
desempenho dos alunos, não só na interação, mas também em sem seu desempenho no programa
como um todo. Os relatórios têm como objetivo provocar ajustes de atitude na atuação do aluno em
suas atividades dentro do programa. Os relatórios serão enviados aos alunos e responsáveis para que
haja por parte dos mesmos, atitudes compatíveis com o que se espera dos envolvidos com o
programa de ensino-aprendizagem em matemática.
6.9 Cronograma
O cronograma pedagógico iniciar-se-á no momento em que o aluno, depois de cadastrar-se
no sistema, agendar o seu grupo de aulas, as quais não deverão ser menor que 01(um) bimestre.
Acredita-se que 02(dois) meses seja o tempo mínimo para a reativação ou mesmo o
desenvolvimento do raciocínio lógico resolutivo de um estudante da disciplina de matemática. O
aluno deverá disponibilizar ao tutor do Programa AVA – Ensino Suplementar, o cronograma do
bimestre corrente da disciplina de matemática das suas aulas escolares, e cientizar a coordenação do
programa sempre que a instituição de ensino proceder alguma alteração. Desta forma o tutor poderá
iniciar suas estratégias de ensino-aprendizagem, as quais serão usadas no desenrolar do modelo
pedagógico desenvolvido pelo programa.
O cronograma seguirá as datas e horários que foram cadastrados no sistema de agendamento
da página do Programa AVA – Suplemento de Ensino Fundamental em matemática para alunos do
6º ao 9º e qualquer alteração deverá seguir a disponibilidade que o sistema apresentar para o usuário
do programa. Os procedimentos de postagens de dúvidas estarão descritos no documento “Guia de
Estudo”(Apêndice “A”), onde estão contidas as informações referentes aos procedimentos de
postagem, em uma linguagem totalmente voltada ao público alvo do programa.
39
7. CONSIDERAÇÃOES FINAIS
Na busca por resultados positivos nos sistemas avaliativos o aluno desvirtua-se do principal
objetivo que o leva a frequentar uma instuição escolar. O estudo da matemática parece exigir um
pouco mais de dedicação dos alunos. Insegurança, falta de incentivo e de apoio familiar, métodos de
ensino-aprendizagem retrógrados, sistemas avaliativos ultrapassados, entre outros abordados neste
trabalho podem ser a causa dos reiteirados maus desempenhos na disciplina de matemática. O que
se espera deste programa, além de recuperar as notas baixas dos alunos obtidas ao longo do ano
letivo, é que eles adquiram os competências relacionadas à aprendizagem da matemática para terem
a capacidade de melhor utilizá-la no cotidiano. O contextualismo matemático não deve ser
desprezado. A matemática pode ser comparada a internet. Assim como a última proporciona um
serviço de ligação entre as aplicações virtuais e o mundo real; a primeira, através dos seus símbolos,
tornam intrínsecamente ligadas às teorias científicas aos fenômenos naturais do mundo real. O
nosso mundo real, aquele em que os indivíduos constroem, navegam, administram e etc, precisam
da matemática para evoluir. Estas são as motivações que deveríamos adicionar ao universo do corpo
discente. É repreensível deixarmos que o corpo docente passe ao aluno um sentimento de valor
menor quando se aborda a matemática. A ideia de descobrir pontos em comum entre o cotidiano do
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aluno e a matemática é primordial para o aprendizado. Tornar o ambiente cheio de expectativas e
criatividade quando no uso da matemática, desperta interesse no aluno.
O Programa AVA – Suplemento de Ensino Fundamental em matemática para alunos do 6º
ao 9º tenta trazer uma visão mais racional e inovadora para o sistema de “reforço escolar”, o que já
traz consigo uma quebra de paradígmas. Utilizar a modalidade de ensino à distância, em cujo
caminho ainda se encontram tantos obstáculos, torna mais desafiadora a proposta.
Este programa de aulas suplementares não está vinculado a nenhuma instituição de ensino,
e sua proposta tem natureza autônoma, pois ainda está no campo da hipótese. Não foi observado
nenhum programa desta natureza durante as pequisas destinadas a realização do trabalho.
Diante do exposto neste trabalho, confiamos que é plenamente possível desenvolver este
programa dadas as possibilidades tecnológicas e pedagógicas disponíveis, que aliadas às atitudes
proativas dos atores que o integra, ratificam a confiança no projeto.
REFERÊNCIA
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Apêndice A – Guia de estudoFonte: Autor
PROGRAMA AVA – SUPLENTO DE ENSINO FUNDAMENTAL
PROGRAMA DE APOIO AO ALUNO
GUIA DE ESTUDO
1. APRESENTAÇÃO
Este guia apresenta a programação de estudos e atividades que utilizará a modalidade de ensino adistância para o desenvolvimento da capacidade de compreensão e de aplicabilidade dos conteúdos das aulasexpositivas de Matemática do 6º ano (1º unidade / 4º Bimestre) do “Colégio Saber”.
Acreditamos que uma aula de reforço de matemática pode ser muito mais que apenas uma aula deresolução de exercícios da “tarefa de casa“ que o aluno leva da escola para casa.
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2. TÓPICOS:
3. OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
Prezado(a) aluno(a), a partir da leitura deste Guia de Estudos, você terá condições de:
Conhecer o planejamento pedagógico referente ao período compreendido entre xx de setembro a xxde xxxx de 20xx do seu programa de aulas sulplementares a distância;
Compreender como poderá melhorar seu desempenho nas aulas e nas atividades propostas pelaescola sem sair de casa;
4. OLÁ AMIGO(A) ESTUDANTE(A)!
É muito legal ter você como aluno deste Programa de apoio ao aluno do 6º ano. Você está tendo a oportunidade de participar de um método muito legal, que o ajudará demais com
matemática. Inovador e desafiador, nosso método de aulas suplementares a distância vai utilizar suasdúvidas em matemática para ajudá-lo a desenvolver o raciocinio lógico compatível com a suanecessidade.
O programa terá a duração de 01(um) bimestre, e ajudará você a ver com mais clareza as aplicaçõesdos conteúdos das aulas de matemática da sua escola.
Os encontros On-line seguirão o cronogramadas aulas de matemática do seu colégio; mas se quiserenviar dúvidas para os professores, fique a vontade! Eles irão te responder o mais rápido possível.
Ei! mas não se engane...! Ele não vai dar a resposta das tarefas de casa. Ele vai te ajudar adesenvolver o raciocínio para resolvê-las.
Se você fica 02 horas direto no “Face” ou “MSN” este programa de estudo de matemática é molezaCAMPEÃO!
Afinal de contas queremos que você aprenda matemática pra deixar todos os seus amigos babandocom o seu desempenho;
Dê a gente oportunidade de ajudá-lo a desenvolver autonomia na prática de seus estudos;
5. USANDO RECURSOS DO AMBIENTE VIRTUAL DE APRENDIZAGEM
Agora você faz parte de um programa de ensino na modalidade a distância, onde o professor ajudarávocê pela internet. A ajuda pode ser On-line (GoogleDocs) ou Off-line (GoogleDrive). Estesaplicativos estão disponíveis no “Gmail”, e-mail do “Google”, é só abrir uma conta de e-mail e vocêterá acesso a todas estas funcionalidades.
Não esquenta a cabeça... !! Abaixo explicamos como fazer isso! Agora Campeão(ã), precisamos que você tenha cosnciência da importância do seu comprometimento
com o programa. Aulas a distância podem dar ideia de estar longe, mas toda vez que você tiver dúvida, você poderá
contar conosco! Envia pra gente um e-mail, com a(s) dúvida(s) da teoria que você está estudando. Se a dúvida vier de
um exercício, questão, sentença... é bom digitalizar a folha onde tentou resolver o exercício, e depoisfazer um upload no “GoogleDrive” contendo a tentativa de resolução do exercício que você tentoufazer.
Você nunca estará sozinho nesse processo, os Tutores estarão sempre acompanhando você! Ok!
5.1 ALGUMAS INFORMAÇÕES PARA QUE VOCÊ POSSA ACESSAR E USARTRANQUILAMENTE O AMBIENTE VIRTUAL DE APRENDIZAGEM (AVA):
Abra uma conta de e-mail no “www.gmail.com”. Acesse a conta e clique em “Disco” ou “Docs”(Barra superior da página do Gmail), então instale o “GoogleDrive” - Instalando o GoogleDrive! Coisa simples... Pode acreditar!
millermfb , 09/20/12
Barra superior da página do “Gmail”.
millermfb , 09/20/12
Clique no “Ctrl” para ativar o cursor e acessar o link.
Ter feito o “upload “ da folha constando a tentativa de resolução dos exercícios, no“GoogleDrive” - utilizando o aplicativo , com antecedência de pelo menos 12h. Isto darácondições do professor direcionar a aula para suas dúvidas de uma forma bem legal;
Acessar o “Gmail” 05 minutos antes da hora marcada para o encontro com o tutor e entrar no“GoogleDocs” - utilizando o “ GoogleDocs”;
Acessar o arquivo compartilhado criado pelo Tutor para interagir com você. O que você digitar eo que o Tutor será apresentado em tem real.
b) Para as postagens de dúvidas Off-line:
Quando estiver estudando a teoria do assunto, e aparecer uma dúvida, mande um mail pra gente, oprofessor tentará responder o mais rápido possível seu questionamento;
Agora, se tiver fazendo exercícios e aparecer uma dúvida, digitalize a folha que você está usando naexecução da questão, e envie como anexo via e-mail ao professor. Ele irá respondê-lo o mais rápidopossível, mas, como haviamos falado acima, não espere a resposta direta da questão. Provavelmentevocê receberá um instrução de como desenvolver uma linha de raciocínio para resolvê-la....
Acabou a moleza Campeão(ã)! Vamos pensar um pouco!!;
“Quem move o mundo são as perguntas, não as respostas!” (Canal Futura)
6. DICAS DE COMO APRENDER MELHOR
Organize seu tempo para estudar matemática, pelo menos 40 minutos/dia, depois você aumenta. Néisso mesmo !? rsrsrsrsrsrsrs... ;
Aqui você não precisa fazer prova. Fique tranquilo! Todas as atividades desenvolvidas pelo alunodo Programa AVA – Suplemento Fundamental, em contato com nossos tutores, servirá de base paraconfecção de um relatório de desempenho que será disponibilizado ao aluno e aos seusresponsáveis.
Tente resolver os exercícios propostos pela escola, só assim nossos professores poderão identificarsuas dificuldades. Não desista frente a primeira dificuldade que o exercício lhe dá! Lembre-se quevocê tem vários meios de buscar informação: seu pai, sua mãe, seu tio, seu avó, seu livro, a internet,e o professor do reforço!
Não esqueça de fazer o upgrade das dúvidas e dos exercícios bem (12h) antes das aulas On-line paraque nossos professores possa entender suas dificuldades e desenvolver uma estratégia pra vocêentender e raciocinar melhor perante dificuldades semelhantes.
7. PROGRAMAÇÃO DAS AULAS
Os alunos agendarão os dias e o horários que desejarem ter suas aulas On-line. Serão duas aulas porsemana, cada uma com duração de 50 minutos.
As aulas On-line poderão ser agendadas para os dias úteis, das 08h às 21h, de segunda a quinta. Nasexta, sendo dia útil, as aulas acontecerão entre 08h às 17h. Aos sábados as aulas poderão seragendadas para os horários entre 08h e 11h.
Haverá a possibilidade de agendamentos de aulas para os outros horários, inclusive nos dias nãoúteis, sendo necessário o contato prévio de 96h, do aluno para a administração do Programa AVA –Suplemento de Ensino Fundamental. A admistração para se avaliará a possibilidade de ocorrência daaula.
Apêndice C - Planilha com resultados do Formulário de Interação
Apêndice D – Formulário de desempenho
48
]
Apêndice E - Planilha com resultados do Formulário de desempenho
Apêndice F – Estudo de caso hipotético
Este apêndice descreve um estudo de caso que é baseado na proposta do Programa AVA – Suplemento ao ensino fundamental em matemática para alunos do 6º ao 9º . Contudo os elementos
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constantes dos cenários abaixo descritos são hipotéticos, tendo em vista este programa não ter sido ainda observado em caráter experimental.
Cenário hipotético do Programa AVA – Suplemento ao ensino fundamental em matemática para alunos do 6º ao 9º.
“A” acessa página do Programa AVA – Suplemento ao ensino fundamental escolhe o período de aulas cujo tempo não será menor que um bimestre, podendo “A” escolher qualquer período do ano letivo respeitada a disponibilidade da agenda de aulas do programa. Feito o agendamento “A” esperará a resposta de confirmação feita por “C” através dos meios de comunicação informados por “A”.
2º cenário – postagem de dúvida
Agendas as aulas, “A” presisará postar ou enviar diretamente ao “T” suas dúvidas pelo menos 4 horas antes da aula. Ele precisará de um equipamento que digitalize (máquina fotográfica digital ou “scanner”) sua tentativa de resolver o problema proposto ou a dúvida gerada frente a uma teoria. Funciona da seguinte forma “A” recebe uma tarefa de casa e não sabe encontrar o resultado, porém o mesmo, logicamente, já deve ter tido uma iniciação do assunto na sala de aula. Portanto “A” tem plenas condições de arriscar a tentativa de resolução antes de enviar ao “T”. “A” deve ter comprometimento com a ação de postar a dúvida porque será desta atitude que “T” tirará subsídios para montar a estratégia de ensino-aprendizagem individualizada, focada nas dificuldades de “A”.
O acompanhamento ao aluno feito por “T” pode ser “on-line” (GoogleDocs) ou “off-line” (GoogleDrive); O primeiro compartilha editores de textos, planinhas entre outros e o segundo serve como repositório de documentos na “nuvem” (armazenamento nos servidores da internet). Estes aplicativos estão disponíveis através do “Gmail”, email do “Google”, é só abrir uma conta de e-mail e você terá acesso a todas estas funcionalidades. “T” já terá uma conta no “Gmail” para que haja os compartilhamentos e contatos necessários ao programa.
3º cenário – Análise de dúvida
“T” acessa o documento postado ou enviado por “A”, verifica a postagem de “A”, analisa e seleciona os pontos importantes, aqueles que traduzem a dificuldade de “A”. “T” cria uma estratégia para otimizar o aprendizado de “A” naquelas deficiências. Com isso “T” baseia seu modelo pessoal de ensino-aprendizagem na estratégia criada a partir das postagens de “A”.
Apoiado pelas diretrizes do Programa AVA – Suplemento ao ensino fundamental, que prezam pela valorização do estímulo ao desenvolvimento da lógica-resolutiva para problemas propostos o modelo pessoal de ensino-aprendizagem passa a ser totalmente direcionado às dificuldades de “A”. No decorrer do trabalho informamos como “T” será selecionado e capacitado para desenvolver estas competências, pois temos consciência que se trata de uma quebra de paradígmas e nem todos profissionais dispões de tal habilidade.
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Tudo os cenários anteriores ensejam uma preparação para o cenário final que é a “interação online”.
4º cenário – Interação on-line
“A” e “T” entram no AVA (GoogleDocs) de acordo com dia e horário marcados. “A” munido dos seus apontamentos e materiais das aulas escolares, “T” com sua estratégia de ensino-aprendizagem já elaborada. Usando a tecnologia certa o aluno poderá ter muito mais aproveitamento da estratégia de ensino-aprendizagem que será desenvolvida por “T”. Munido de um “TABLET” “T” poderá usar a funcionalidade de escrita cursiva do “touchscreen” diretamente no documento enviado por “A”, utilizando o aplicativo “Kingsoft Office” da plataforma Andróide,
e fazer as considerações necessárias ao desenvolvimento do raciocínio lógico resolutivo em matemática de “A”.
Para melhorar a comunicação “T” poderá usar o “SKIPE” (aplicativo de convergência), por ele os dois “T” e “A” poderão se comunicar utilizando vídeo, voz e texto. Então ao mesmo tempo que “T” apresenta a “A” o documento, tarefa ou dúvida postada pelo próprio “A” para análise, com todas as considerações didáticas feitas antes da interação on-line, podem também comunicarem-se utilizando as tecnologias convergentes através pelo “SKIPE”.
Durante a interação on-line “T” deverá estimular o aluno a desenvolver o raciocínio lógico-resolutivo para melhor entendimento das questões-problemas matemáticas que “A” sente dificuldade. No entanto a estratégia montada por “T” deverá contemplar um objetivo a ser alcançado, que nem sempre será a resolução de questões por completo. Poderá ser o entendimento de teorias que antecedem a dificuldade presente, uma deficiência anterior que “T” deverá ter competência para visualizar e tratá-la em sua estratégia de ensino-aprendizagem guiado pelos seus modelos pessoais, que por sua vez seguem as diretrizes de um modelo pedagógico desenvolvido especialmente para o Programa AVA – Suplemento ao ensino fundamental em matemática para alunos do 6º ao 9º.
Por fim, “T” avalia se os objetivos estratégicos traçados para “A” foram alcançados e procede uma avaliação ao final da interação on-line e a envia para “C”, onde será apreciada se é necessária a atuação de “C” na tentativa de mudança de atitude de “A. Seja em contato com “A” para que ele próprio mude suas atitudes em relação ao programa, ou em contato com “R” para que inteceda junto a “A” na esperança de sensibilizá-lo a mudar de atitude.
Ao final da interação on-line “A” também fára uma avaliação que visa a melhoria do serviçoprestado pelo programa.
O quarto cenário aqui descrito encerra o ciclo das ações que, diante do trabalho aqui exposto, podem proporcionar o bom funcionamento do Programa AVA – Suplemento ao ensino fundamental em matemática para alunos do 6º ao 9º..