Departamento de História OLHARES CRUZADOS: INTELECTUAIS E A CONTITUIÇÃO DE UM NOVO VOCABULÁRIO POLÍTICO NA ARGENTINA E NO BRASIL DO SÉCULO XIX Aluna: Nayara Fernandes Orientadora: Maria Elisa de Sá Noronha Mader Introdução Este projeto de pesquisa insere-se no âmbito da história intelectual e tem como tema o estudo comparativo entre o pensamento de alguns intelectuais brasileiros e argentinos, considerados autores e atores privilegiados na construção dos estados nacionais da República Argentina e do Império do Brasil ao longo do século XIX. Pretendemos analisar como determinadas ideias, palavras e conceitos foram criados e/ou resignificados neste momento de construção de novas identidades nacionais e continentais, constituindo um novo vocabulário político no mundo ibero-americano. Palavras e conceitos que se constituíam, a um só tempo, em indicadores e fatores de determinadas experiências históricas. Neste sentido, partimos da ideia que estas identidades foram construídas a partir das experiências históricas vividas por estes autores/atores nos contextos específicos de construção de cada uma destas nações, mas também quando olhavam para fora, para “outros”, não só representados pelos europeus ou norte-americanos, mas, principalmente, pelos vizinhos hispano-americanos, evidenciando a ideia dos “olhares cruzados”. Para isso focamos a constituição de novos vocabulários políticos no Império do Brasil e na República Argentina por três expressivos representantes da elite letrada destes estados nacionais no século XIX: Frei do Amor Divino Caneca, Bernadino Rivadavia e Jose Bonifacio. Como autores, escreveram obras que se tornaram referências importantes neste debate, nelas defenderam ideias e pontos de vista muitas vezes semelhantes, mas que guardam diferenças, e que podem ser colocados em diálogo. Como atores, tomaram posição no plano da ação política, atuaram e interferiram nas vidas públicas, culturais e sociais destas nações, ao tentarem responder com seus escritos às questões concretas com as quais se defrontavam. Ao analisar esses autores ficou delimitado na pesquisa que cada pesquisador iria focar em um intelectual, sendo eu responsável pelo Frei Caneca. Neste sentido foi fundamental investigar os diversos significados das palavras, ideias e conceitos utilizados em seus discursos políticos. Estes adquirem relevância na medida em que expressam o vocabulário político corrente da época em toda sua diversidade, contradições e vicissitudes, revelando significados novos e próprios, em discursos específicos. Transformadas muitas delas em conceitos – a saber, sua formulação teórico/abstrata relacionando-se a uma situação concreta e única -, permitiam àqueles personagens situarem-se no mundo em que viviam, atuando sobre a realidade de forma concreta. No caso de Frei Joaquim do Amor Divino Caneca, pode- se compreender toda a sua trajetória como intelectual a partir de sua vida e seus escritos. Nasce em Pernambuco em um bairro chamado Fora-de-portas, em 1779. Seu pai um português que tinha como profissão de tanoeiro e sua mãe pernambucana. A origem de seus pais vem a ser uma das chaves para compreender o porquê de se tornar frei. A primeira é que as ordens religiosas ofereciam uma promoção social, há também o fato de que era mais fácil entrar para as ordens filhos de portugueses, e a ultima questão é a escolha da Ordem do Carmo, que deve estar ligada ao fato de sua mãe possuir um primo já da ordem. Torna-se Frei em 1796 e em 1801 adota o nome
27
Embed
OLHARES CRUZADOS: INTELECTUAIS E A CONTITUIÇÃO DE … · 2013-10-23 · de sua vida política começar sómente a partir da revolução de 1817. Nessa ... maçonarias e as sociedades
This document is posted to help you gain knowledge. Please leave a comment to let me know what you think about it! Share it to your friends and learn new things together.
Transcript
Departamento de História
OLHARES CRUZADOS: INTELECTUAIS E A CONTITUIÇÃO
DE UM NOVO VOCABULÁRIO POLÍTICO NA ARGENTINA E NO
BRASIL DO SÉCULO XIX
Aluna: Nayara Fernandes
Orientadora: Maria Elisa de Sá Noronha Mader
Introdução
Este projeto de pesquisa insere-se no âmbito da história intelectual e tem como tema o
estudo comparativo entre o pensamento de alguns intelectuais brasileiros e argentinos,
considerados autores e atores privilegiados na construção dos estados nacionais da República
Argentina e do Império do Brasil ao longo do século XIX. Pretendemos analisar como
determinadas ideias, palavras e conceitos foram criados e/ou resignificados neste momento de
construção de novas identidades nacionais e continentais, constituindo um novo vocabulário
político no mundo ibero-americano. Palavras e conceitos que se constituíam, a um só tempo,
em indicadores e fatores de determinadas experiências históricas. Neste sentido, partimos da
ideia que estas identidades foram construídas a partir das experiências históricas vividas por
estes autores/atores nos contextos específicos de construção de cada uma destas nações, mas
também quando olhavam para fora, para “outros”, não só representados pelos europeus ou
norte-americanos, mas, principalmente, pelos vizinhos hispano-americanos, evidenciando a
ideia dos “olhares cruzados”.
Para isso focamos a constituição de novos vocabulários políticos no Império do Brasil
e na República Argentina por três expressivos representantes da elite letrada destes estados
nacionais no século XIX: Frei do Amor Divino Caneca, Bernadino Rivadavia e Jose
Bonifacio. Como autores, escreveram obras que se tornaram referências importantes neste
debate, nelas defenderam ideias e pontos de vista muitas vezes semelhantes, mas que guardam
diferenças, e que podem ser colocados em diálogo. Como atores, tomaram posição no plano
da ação política, atuaram e interferiram nas vidas públicas, culturais e sociais destas nações,
ao tentarem responder com seus escritos às questões concretas com as quais se defrontavam.
Ao analisar esses autores ficou delimitado na pesquisa que cada pesquisador iria focar em um
intelectual, sendo eu responsável pelo Frei Caneca.
Neste sentido foi fundamental investigar os diversos significados das palavras, ideias e
conceitos utilizados em seus discursos políticos. Estes adquirem relevância na medida em que
expressam o vocabulário político corrente da época em toda sua diversidade, contradições e
vicissitudes, revelando significados novos e próprios, em discursos específicos.
Transformadas muitas delas em conceitos – a saber, sua formulação teórico/abstrata
relacionando-se a uma situação concreta e única -, permitiam àqueles personagens situarem-se
no mundo em que viviam, atuando sobre a realidade de forma concreta.
No caso de Frei Joaquim do Amor Divino Caneca, pode- se compreender toda a sua
trajetória como intelectual a partir de sua vida e seus escritos. Nasce em Pernambuco em um
bairro chamado Fora-de-portas, em 1779. Seu pai um português que tinha como profissão de
tanoeiro e sua mãe pernambucana. A origem de seus pais vem a ser uma das chaves para
compreender o porquê de se tornar frei. A primeira é que as ordens religiosas ofereciam uma
promoção social, há também o fato de que era mais fácil entrar para as ordens filhos de
portugueses, e a ultima questão é a escolha da Ordem do Carmo, que deve estar ligada ao fato
de sua mãe possuir um primo já da ordem. Torna-se Frei em 1796 e em 1801 adota o nome
Departamento de História
de Frei Caneca, sua caminhada dentro da Ordem sempre foi acompanhada pelos seus estudos.
Sua erudição foi toda elaborada dentro da biblioteca da ordem do Carmo e na biblioteca dos
oratorianos do Recife. Em 1803 se torna professor de geometria e retórica, onde mais tarde
também irá lecionar filosofia racional e moral. Na sua vida intima Frei Caneca teve em
meados dos oitocentos uma relação amorosa da qual teve duas filhas.
Frei Caneca possui sua distinção dos demais intelectuais da época pelos seguintes
fatos: nunca ter saído de Pernambuco, a não ser quando foi preso e levado à Bahia, e pelo fato
de sua vida política começar sómente a partir da revolução de 1817. Nessa época ele já
contava com 37 anos e sua atuação política foi muito mais no campo das ideias do que na
ação.
Pernambuco possui na história do Império uma suspeita de separatista da monarquia.
A revolução de 1817 foi umas das maiores manifestações antes da independência do Brasil.
Ela durou dois meses e meio e o contexto dessa revolução tem sua raiz na chegada de D. João
VI ao Brasil, pois nesse momento existe uma interiorização da metrópole e o reforço na
centralização do poder econômico e político no sudeste brasileiro. Outro ponto de embate
desta região esta na questão econômica, já que a entrada do algodão como produto de
exportação para o mercado britânico e a do açúcar para o mercado lusitano. Há também um
aumento dos impostos sobre os proprietários rurais. Essa revolução contou com diversas
cidades que são: Pernambuco, Paraíba, Ceará e Rio Grande do Norte entre outras que iriam
aderir a revolução. A organização da revolução foi feita em lojas maçônicas ou secretas e
tinha como intuito ao assumir o poder que o padre João Ribeiro fosse o presidente da
República. Porém o padre não aceitou e organizaram-se através de um governo provisório
composto por cinco elementos de todas as classes (que seriam advogado, ouvidor,
comerciantes entre outros.). As informações eram divulgas através de cartazes e folhetos ou
leituras em voz alta, já que não havia nenhuma tipografia em Pernambuco. O movimento de
1817 foi uma reação das divergências que existiam entre as diversas províncias e também a
monarquia, por isso as discussões sobre liberalismo, república, descentralização
administrativa e fiscal e as desigualdades sociais são as questões que moviam aquele
momento. Nesse momento não fica evidente a participação de Frei Caneca, que mesmo assim
será preso por participar da revolução. Toma o poder Rodrigo Lobo que foi enviado pelo rei
tornando-se governador.
Em 1820 já notamos as mudanças que serão vistas mais tarde em Pernambuco, pois a
revolta liberal do Porto em Portugal abala os alicerces do regime português; vemos no Brasil
que o absolutismo vai sendo substituído pelo constitucionalismo, a liberdade de imprensa vai
aumentando entre outras mudanças.
Frei Caneca escreve sua primeira tese em 1822, chamada “Dissertação sobre o que se
deve entender por pátria do cidadão e deveres deste para com a mesma pátria”, onde ele
defende a igualdade entre os pernambucanos e os lusitanos. É importante compreender os
motivos que levam frei Caneca a redigir essa tese. Este momento é extremamente rico, pois,
novas ideias estão sendo discutidas como a federação e a tradição monárquica; novos espaços
de sociabilidade vão sendo criados, há uma cena publica crescendo principalmente com as
maçonarias e as sociedades secretas, que segundo frei Caneca seriam os embriões das
formulações liberais.
Ao descrever a tese vemos diversas características, a primeira delas está na Junta de
Gervasio que assume direção de Pernambuco de 1821 a 1822, e era composta por homens de
Recife que eram as forças derrotadas de 1817. Sua atuação foi pautada pela busca do
consenso e de uma autonomia frente ao governo geral. É dentro desse contexto que Frei
Caneca redige a tese, o que ele descreve é a busca por uma igualdade entre lusitanos que
tinham qualquer vinculo com Pernambuco deveria ser considerado pernambucano como os
demais. O que fica claro é que dentro de todos os movimentos que vão se dar em Pernambuco
Departamento de História
a partir de 1822 a junta de Gervasio teve influência, podemos perceber a importância desse
governo para a disseminação das ideias que Frei Caneca estava descrevendo. Em 1821 a junta
de governo de Pernambuco começa a fazer criticas diretas ao governo central; ao se dar conta
destas discussões, José Bonifacio que queria garantir a monarquia central, manda emissários a
Pernambuco com incentivos para que Pedroso promovesse um motim. Pedroso então se torna
o governador de armas em Pernambuco. Porém entra em um acordo com a junta governativa e
desmobiliza suas tropas, mas a junta acaba prendendo Pedroso e o embarca para a corte.
Em 1823, Frei Caneca redige “O caçador atirando à arara pernambucana” e as
“Cartas de Pítia a Damião” com criticas direcionadas a José Bonifacio. Francisco Paes
Barreto se torna presidente de Pernambuco nomeado pelo governo central, ao mesmo tempo
em que o Rio de Janeiro tira suas tropas de Recife para auxiliar contra uma possível invasão
de Portugal. É nesse momento que Frei Caneca ingressa na questão ideológica, já que toda a
junta que estava se organizando até esse dado momento perde as funções que eram as de
separatismos e republicanismo, assim que o governo dos matutos entra em vigor. As criticas
elaboradas pelo Frei Caneca, principalmente nas cartas de Pítia a Damião, são dirigidas a
junta governamentista pernambucana da corte. Há em Pernambuco uma busca pelo
republicanismo, que segundo Evaldo Cabral de Mello, em seu livro “Frei Joaquim do Amor
Divino Caneca”, vê esse republicanismo como autonomismo. Para Frei Caneca o
republicanismo era essencial, para a obtenção dessa forma de governo eles estavam dispostos
a entrar num compromisso com o Rio, que em troca da aceitação de um regime monárquico
daria mais autonomia aos governos.
Em 1823 o Typhis Pernambucano é lançado, este periódico teve 28 números, que já
foram impressos pela tipografia já em Pernambuco que é inaugurada em 1822. O final do
jornal se dá com a derrocada da Confederação do Equador. Também é em 1821 que vemos o
aumento da circulação desses jornais, pois com a existência de um debate publico de opiniões
esses locais aumentam, outra característica é que esses jornais já não tem mais nenhum
vinculo com a corte.
Em 1824 há um grande combate entre o Rio e Pernambuco, pois com a saída da junta
dos matutos e a entrada da Pedrosada começa a intensificar os conflitos. Esses conflitos
tornam-se mais fortes com a nomeação feita por D. Pedro I para que assumisse o governo
Paes de Andrade manifestando sua oposição ao governo de Manuel de Carvalho. Ao final D.
Pedro I elege para finalmente tomar posse o mineiro José Carlos Mairink da Silva Ferrão que
já estava morando em Recife desde 1808 e parecia ter uma cordialidade com as duas
polaridades; porém este não aceitou tomar posse, já que segundo Mairink a situação estava
muito avançada e não teria muito o que ser feito. Em junho com medo de que tropas
portuguesas invadissem o Rio, D. Pedro I manda Taylor voltar com as tropas deixando assim
um espaço para retaliações. Paes de Andrade proclama a Confederação do Equador. Nesse
momento vemos a coerência que tinha dentro desse movimento, pois vemos nos escritos feito
pelo Frei Caneca para o jornal Typhis Pernambucano (1823 e 24) as mesmas ideias
propagadas agora por Paes de Andrade. Nesse jornal Frei Caneca analisa o que se passava no
Rio, tanto constitucionalmente quanto politicamente. Existe nesse momento dois manifestos
feitos pela confederação que são um aos “brasileiros” e outro “Aos habitantes das províncias
do norte do Brasil”, mas nenhum deles aparece no jornal de Frei caneca. As províncias que
ele cita seriam Maranhão, Ceará, Alagoas, Rio Grande do Norte, Paraíba e Bahia.
A partir desse acontecimento Pernambuco se torna independente, porém logo depois o
Rio de Janeiro manda as tropas para Recife. Frei Caneca tenta se refugiar no Ceara, neste
momento escreve o “Itenário”. Mas não consegue chegar ao Ceará sendo preso pelas tropas
do brigadeiro de Lima e Silva. A 13 de janeiro de 1825 é executado na Fortaleza das Cinco
Pontas em Recife.
Departamento de História
Objetivos
O objetivo geral deste projeto é comparar o pensamento dos intelectuais Frei Caneca,
Rivadavia e José Bonifacio. No estágio atual, a pesquisa concentra-se em leituras, discussões
e pesquisa sobre esses intelectuais. No caso do Frei Caneca a leitura sobre a Dissertação do
que se deve entender por pátria do cidadão e deveres deste para com a mesma pátria.
Identificar as principais palavras e conceitos presentes nos textos dos intelectuais
escolhidos;
Investigar os diversos significados destas palavras, ideias e conceitos. Assim, palavras
-Andrade e Silva, José Bonifacio de, Antología, São Paulo, Editora 34
Departamento de História
-Frei Caneca, Antología, São Paulo, Editora 34
-Costa, Hipólito José de, Antología, São Paulo, Editora 34
D) Periódicos
-The Southern Star, Montevideo 1807
-La Bagatela, Santa Fe de Bogotá, 1811-1812
-El Despertador Americano, México 1811-1814
-O Patriota, Río de Janeiro, 1813
-El Independiente, Buenos Aires 1815 (selección, incluyendo
“Aristócratas en camisa”)
-Correio Brasiliense, Londres, 1808-1822 (disponible en Internet)
-El Argos de Buenos Aires, Buenos Aires 1821-25: Año 1823 selección
-Reverbero Constitucional Fluminense, Río de Janeiro, 1821-1822
-La Aljaba: Dedicada al Bello Sexo Argentino (Doña Petrona Rosende),
Buenos Aires, 1829 (existe version completa aunque poco legible
online)
Anexo 2: Letrado patriota Nayara Fernandes 11 de março de 2013 O letrado patriota surge em um momento de intensas mudanças. Essas mudanças podem ser vista tanto na América, com o falecimento das instituições que governavam, a identificação de uma noção de nação entre diversas outras questões políticas que se passam na América. Esse contexto de crise da monarquia e os problemas políticos e socioculturais propiciam o surgimento desses letrados. Esses letrados imaginam-se dotados de uma autonomia e possuem uma experiência em outro país que não o seu de origem. Porém a maior parte de sua será vivida dentro de suas cidades natais. Os primeiros letrados são os jesuítas que vão para o exílio, em seus textos é possível identificar a defesa dos habitantes americanos.
Departamento de História
Essa defesa consiste numa defesa de cunho ético, moral e cultural. Após os jesuítas, aparecem homens que são denominados precursores. Consistiam numa minoria da população e sentiam a necessidade da defesa de toda a população. Esses homens estão vivendo em um período de transição. Havia ainda os letrados em processo revolucionário. Neste momento vemos uma discussão à questão da natureza da nação a identidade imperial, esse será um período de reformulação. Esses letrados experimentam uma transformação inédita, como a autonomia de poderes públicos entre diversos outros. Suas ideias são em sua maioria apresentadas através de periódicos, onde podemos destacar a critica a península, defendem a igualdade entre americanos e peninsulares. Há também os letrados ilustrados, eles possuem uma diferença, pois veem na ilustração francesa um novo meio de começar o caminho trilhado pela América. Esse caminho não tem como intuito voltar a um passado e sim construir algo novo, algo americano. O letrado ilustrado pode ser também um letrado patriota, ou seja, eles atravessam um o período do outro. Há outra questão a ser levada em conta, essa seriam as pátrias existentes na América. A primeira é a pátria imperial, esse seria a regeneração do império, a segunda seria a pátria de origem, consiste em um patriotismo local que foi visto em lugares onde ocorreram as insurgências. E a terceira seria a pátria nacional, onde a nação teria uma relação profunda entre povo e pátria. Possuíam como base os revolucionários franceses. Os letrados patriotas podem estar encaixados em qualquer tipo de pátria, por isso a importância de distingui-la. O letrado patriota surge em um momento singular na história da América. Esses tinham como intuito transmitir as ideias que estavam sendo proposta em suas cidades. Através de periódicos e discussões compreendemos como esses letrados foram importantes para a construção de suas nações. Anexo 3: Nayara Fernandes Coelho Prof.: Maria Elisa de Sá Noronha Levantamento bibliográfico Frei Caneca: BIBLIOTECA PUC-RIO Frei Caneca : o império da liberdade / Waleska Souto Maia ; orientador: Ilmar Rohloff de Mattos. Dissertação (Mestrado em História)-Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2009