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1 OFICINA DE POESIA 17 DE ABRIL/2012 Coletânea de textos poéticos elaborados pelos alunos do 7º ano da Escola Básica 2/3 Jorge de Montemor
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Oficina de Poesia

Mar 09, 2016

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ANA FONTES

Coletânea de poemas
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Page 1: Oficina de Poesia

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OFICINA DE POESIA

17 DE ABRIL/2012

Coletânea de textos poéticos elaborados pelos alunos do 7º ano da

Escola Básica 2/3 Jorge de Montemor

Page 2: Oficina de Poesia

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1. Transformação

“Um livro é uma casa com muitas portas – às vezes tantas quantas as páginas do

livro; outras, tantas quanto as linhas. Outras, nem tanto assim. Havia livros que eram

mais como aquelas pinturas a imitar portas e janelas.”

Rui Zink, Aníbal Leitor

Um livro é uma casa,

com muitas portas e janelas.

Às vezes tantas muitas,

as páginas do livro,

outras tantas quantas as linhas.

Outras páginas, nem tanto assim.

Havia livros que eram,

como aquelas pinturas,

a imitar portas e janelas.

David Silva

Um livro

É uma casa

Com muitas portas

Às vezes tantas quantas

As páginas do livro;

Outras, tantas quanto as linhas

Outras

Tantas quanto as linhas

Outras

Nem tanto assim.

Havia livros

Que eram mais

Como aquelas pinturas

A imitar portas e janelas.

Rui Dinis Azambuja

O livro

Um livro é uma casa com muitas portas

Outras, tantas portas

Outras,

Outras, nem tanto assim

Havia livros que eram mais aquelas

tantas pinturas assim.

Um livro

Um livro é muitas portas.

Às vezes quantas as páginas do livro.

Quantas as linhas.

Outras nem tanto.

Havia outros que eram portas e janelas.

Page 3: Oficina de Poesia

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Um livro é...

É uma casa, uma casa com portas

às vezes tantas

as páginas do livro,

as Outras,

quanto as linhas.

Outras, nem tanto.

Havia livros que eram, eram mais

Como pinturas.

Gina Ramos

Um livro é

uma casa, uma casa com portas

às vezes tantas quantas

as páginas do livro;

outras,

tantas quantas as linhas;

outras, nem tanto assim.

Havia livros que eram mais

Como aquelas pinturas

A imitar portas e janelas.

Suse Gonçalves

2. Transformação e repetição

O comboio entrou na estação e parou ao nosso lado. Era prateado e, por entre fumos,

refletia uma luz doce.

Refletiu a luz doce,

Sentado o comboio.

Mãos prateadas …

Era o comboio!

Entrou o comboio.

Parou o comboio.

Aníbal Gonçalves

Sentadas as doces mãos prateadas

a luz sentada refletiu

o prateado sentado.

O sentado prateado

ao lado das mãos parou

e o prateado

entrou com as mãos.

Diogo Abreu

Refletia uma luz doce

Comboio

O comboio era prateado

O comboio parou mãos

Comboio prateado

Entrou na estação prateada

Ao nosso lado

Page 4: Oficina de Poesia

4

O comboio entrou sentado

Francisco Bugalho

E, por entre fumos,

Refletia uma luz

Uma luz prateada.

Hugo Oliveira

O comboio entrou,

E parou

Ao nosso lado.

Era prateado e

Por doce fumos,

Refletiu, uma luz doce.

Inês Perpétuo

A luz sentada

Sentada refletia uma luz,

E ao nosso lado sentada.

Entre mãos de fumo,

O doce sentado entrou na

estação

Beatriz Carvalho

O comboio doce entrou na estação

Parou ao nosso lado doce

Era prateado

E, por entre fumos, refletia uma luz doce

Mónica Paixão

Poema do Doce

Doce sentada

refletiu uma luz sentada

e, por entre mãos doces,

era doce

e parou sentada mesmo ao lado

doce

O doce entrou na estação doce.

Rodrigo Cadima

Luz doce sentada,

Doce refletia uma

Sentada e entre fumos,

Era doce sentada

Lado doce e

O comboio entrou na estação lado

E parou ao nosso lado

Era lado

E, por entre fumos,

Refletia uma luz lado.

Miguel Marques

Page 5: Oficina de Poesia

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Parou sentada.

Ao nosso doce,

Entrou sentada.

Vítor Mendes

Luz uma refletia;

Entre comboios;

E sentada era,

Lado ao comboio e parou,

Entrou na estação;

O comboio mãos.

Leonor Correia

Doce refletia sentada

Mãos prateadas

Parou sentada

Na estação mão

Parou o prateado.

Joana Simões

O comboio

Entrou na prateada estação

E parou mesmo ao nosso lado prateado

Era prateado e,

Por entre fumos prateados

Refletia uma prateada luz doce

Carolina Carvalho

Refletia uma luz doce,

Entre fumos doce

E,

Era prateado doce.

Parou ao nosso lado,

E, doce,

Entrou,

No comboio doce.

Ana Cacais

3. Reescrita

A partir de palavras ou expressões:

dores / sol / olhos das dores / escureceu / as nuvens/ estrelas / cortaram veias....

Tudo o que ficou

Quando eu nasci,

Não houve sol nem homens

Ficou tudo nos olhos das dores

Não houve estrelas a mais

Nem o sol escureceu

Ficou tudo esquecido,

Nem os homens sorriam

Page 6: Oficina de Poesia

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Escureceu…

As nuvens estavam a sorrir

Bastava agradecer ao sol de minha mãe

Tudo o que ficou.

Francisco Bugalho

Divertiam-se a brincar

Para que o dia

Nunca acabasse.

Hugo Oliveira

Poema de quando eu nasci

Quando eu nasci, a minha mãe

agradeceu

Ficou tudo como estava

Nos olhos bastavam as nuvens.

Cortaram veias, quando eu nasci.

Rodrigo Cadima

O poema

Quando eu nasci

O sol escureceu

As nuvens das

Nos olhos de

Minha mãe.

Quando eu nasci

Nem houve o

Sol nem houve

Estrelas a mais…

Diogo Abreu e Vítor Mendes

Quando eu nasci,

Sorriu.

Quando eu nasci,

Não houve

Nuvens

Somente

O sol

Aníbal Gonçalves

Para que o dia

Fosse enorme

Bastava

Esquecida sorriu

Como estava agradeceu

As nuvens sorriu

Fosse enorme

Das dores de minha mãe

Nem homens

Como quando eu nasci,

Cortaram veias,

Não enlouqueceram

Como ninguém estava

Não se espantaram

Beatriz Rebelo / Carolina Carvalho

Page 7: Oficina de Poesia

7

Como estava

Não houve

Ninguém

Senão eu

Nem houve

Senão eu

Ninguém

Joana Simões

4. Cadáver Esquisito...

Cadáver esquisito, texto coletivo construído a partir do lançamento de dados com

versos

Esse girassol

Onde as pavões dos

Ouviste passar falo

Entre nós e as palavras

Na cidade é

Infestado. Ouvi passar o ciclista da primavera

Ao longo da muralha

Acordem as luas espantadas

Um piano?

Rapaz loiro que

Que é seu e mudo

Page 8: Oficina de Poesia

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O maior pequenino nada

Ou um plano

Tem do que a luz

Escalar

Mas e a natureza

De verde ou azul

Está como se fora gente

Amarelo e só

,,, e a reescrita individual

Esse girassol

Esse girassol

Com luz amarela

Passou entre nós

Ao longo da cidade

Ouviu um rapaz loiro

a tocar o piano como

se fosse humano

O som do piano

Acordou toda a

Cidade e nó

Iluminou um

Luz verde.

Aníbal Gonçalves

Metáforas

Entre nós e as palavras

Esse girassol

Amarelo e só

Rapaz louro que

Na cidade é

Como toda a gente

Ao longo da muralha

Um piano?

Verde ou azul?

Mas e a Natureza?

Está como se fora gente.

Joana Simões

Girassol

Esse girassol é,

Entre nós e as palavras,

Um rapaz loiro,

Que é belo e mudo.

Page 9: Oficina de Poesia

9

Ouvi passar o ciclista

Ao longo da muralha,

Rapaz loiro que a,

Escala

Esse girassol,

Amarelo e só

Está como se fora gente

Mas e a Natureza

De verde ou azul?

O maior pequenino do nada

Acorda as luas espantadas

Com luz plana e brilhante,

Que parecia magia.

Ana Cacais

O maior pequenino roda,

De verde ou azul

Está como se fosse nada,

Amarelo e só.

Bárbara Rodrigues

Esse girassol amarelo e só

que na cidade é

rapaz loiro porque passou entre nós e

pelo ciclista da primavera.

Diogo Abreu

Esse girassol

Entre nós e as palavras

Onde os pavões infestados

Ouvi passar um ciclista de

primavera

Na cidade é

Um piano

Ou um plano?

Acordem as luas espantadas

Tem do que a luz

Ao longo da muralha

Rapaz loiro que escalava

Está como se fora gente

Que é seu e mudo

O maior pequenino nada

De verde ou azul

Amarelo e só.

Mas, e a natureza?

Ana Correia

Ciclista da primavera

Esse girassol é,

Amarelo e só

Acordem as luas espantadas

Está como se fora gente.

Um rapaz loiro

Belo e mudo

Na cidade é,

Ao longo da muralha

O ciclista da primavera.

Vanessa Rocha

Esse girassol

Ao longo da muralha

Está como se fosse gente

Page 10: Oficina de Poesia

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Esse girassol

Na cidade é um piano?

É amarelo e só!

Entre nós e as palavras...

Rapaz loiro

que, ao longo da muralha

acorda as luas espantadas

está como se fora a gente

Onde os pavões

de verde ou azul

ouvem passar o ciclista da

primavera

mas é a natureza

que é sua e muda

Ouvi passar

o maior pequenino de nada

infestado ou com um plano

Mónica Paixão

O Feito

Esse girassol

Amarelo e só

Perdido na Natureza bela e

imperfeita.

Isto fica entre nós a e as palavras.

Sabes, ouvi passar o ciclista da

primavera...

Trazia uma muralha, um grande

peso nas costas,

Por ali passaram

Insetos verdes azuis,

Amarelo e só

Inês Perpétuo

Esse girassol,

Na cidade é.

Entre nós e as palavras

O maior pequenino da primavera.

Ouvi passar os pavões,

Que ao longo dos campos,

Verdes e azuis,

Voavam como se fossem gentes.

Mas, e a Natureza,

Que para chegar à luz,

Teve de passar a muralha

amarela,

Muda e só,

Para que quando chegasse o sol,

Pudesse fazer crescer,

O pequeno girassol!

Beatriz Carvalho

O Girassol

Esse girassol

Na cidade é

Um rapaz loiro que

Ao longo da muralha

Vê passar o ciclista

Mas, na Natureza

De verde ou azul

Está como fora gente

Page 11: Oficina de Poesia

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Uma grande responsabilidade.

O rapaz loiro da bicicleta era o

girassol,

Verde ou azul, ficava amarelo,

O maior pequenino feito do

mundo.

Onde os pavões estavam

Ele deu-lhes a sua luz

E murchou naquele lugar feliz e

contente.

Miguel Marques

Amarelo e só.

Francisco Bugalho

Esse girassol

Entre nós e as palavras

Onde na cidade

Ouvi passar a primavera

Rapaz loiro que

A luz

Amarela e só

Tem de escalar

A Natureza

De verde ou azul

Como se fosse gente

Um plano

Que é mudo

Leonor Correia

Page 12: Oficina de Poesia

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Nota final: os textos apresentados não foram objeto de correção, exceção feita a

algum erro de ortografia. A Oficina, da responsabilidade de Teresa Fonseca e

Conceição Riachos do CES, foi uma experiência enriquecedora para todos nós. A

ambas, o nosso obrigado.

Montemor-o-Velho, 27 de abril de 2012

A Professora

Ana Cristina Fontes