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Projecto FEUP
Obras de arte
Em que circunstancias se deve utilizar um
cimbre fixo na construção de uma obra de arte?
Supervisor: Ana Vaz de Sá
Monitor: Mário Maia
Equipa CIV219:
Cátia Moreno
João Santos
Joel Esteves
Luís Teles
Maria Gonçalves
Porto, 13 de Outubro 2010
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Resumo
No âmbito da engenharia civil, o nosso grupo irá desenvolver ao longo deste
projecto o estudo sobre os métodos de construção de obras de arte.
Desde a antiguidade que a construção de obras exige apoios provisórios, os
cimbres, e até hoje foram desenvolvidos vários tipos de cimbres que pretendem
contribuir para uma construção mais segura e eficiente. Contudo, nem sempre os
cimbres mais actuais são os mais apropriados nas obras, o que nos leva ao seguinte
problema: “Em que condições se devem utilizar cimbres fixos nas construções das
obras de arte?”.
Ao longo de todo este trabalho, analisaremos vários aspectos que envolvem
esta questão e tentaremos esclarecer quais os modelos de cimbres mais
adequados aos vários tipos de construções e às condições de trabalho a que são
sujeitas.
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Agradecimentos
Durante o desenvolvimento deste trabalho pudemos contar com a preciosa
ajuda da supervisora Ana Margarida Vaz Duarte Oliveira e Sá, bem como do nosso
monitor Mário Pedro Neves de Sousa Maia, que se disponibilizou para nos tirar
qualquer tipo de dúvidas que pudessem surgir ao longo do trabalho desenvolvido,
tendo sido uma ajuda valiosa para a realização deste trabalho. Queríamos então
agradecer-lhes pela sua disponibilidade e boa vontade para nos ajudar.
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Índice
1. Introdução ................................................................................................................................. 5
2. O que são obras de arte? ......................................................................................................... 6
2.1. Principais componentes das Obras de Arte .............................................................. 6
2.2. Processo construtivo ................................................................................................. 6
2.3. Tipos de Obras de Arte .............................................................................................. 8
2.4. Tipos de estruturas .................................................................................................... 9
2.5. Constituição das obras de arte .................................................................................. 9
3. Qual a função da utilização de um cimbre? ........................................................................... 11
3.1. Tipos de cimbres ...................................................................................................... 11
3.1.1. Tipos de cimbres ao solo (fixos) .............................................................. 12
4. Como e em que condições se deve recorrer a um cimbre fixo? ............................................ 13
4.1. Estudo económico .................................................................................................. 13
4.2. A obra ...................................................................................................................... 13
4.2.1. Estrutura da obra ..................................................................................... 14
4.3. Condições físicas ...................................................................................................... 14
4.3.1 Clima ......................................................................................................... 14
4.3.2. Forças da gravidade ................................................................................. 14
4.3.3. Terreno .................................................................................................... 15
5. Quais os principais problemas associados a este método? ................................................... 16
6. Quais os fenómenos importantes a controlar/prevenir? ...................................................... 17
6.1. Quais as acções aplicadas sobre os cimbres? ......................................................... 17
6.2. Quais os fenómenos a controlar/prevenir? ........................................................... 17
7. Conclusão ................................................................................................................................ 18
Referências bibliográficas ........................................................................................................... 19
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1. Introdução
Em que circunstâncias se devem utilizar um cimbre fixo na construção de uma
obra de arte?
Em engenharia civil, principalmente na área das vias de comunicação, associa-
se o termo “obra de arte” às construções de carácter especial. As obras de arte da
Engenharia Civil, nomeadamente pontes, edifícios, monumentos, etc., variam na sua
finalidade, bem como no tamanho, na altura, no desenho e nos materiais. Estas
desigualdades fazem com que pertençam a classes distintas e, consequentemente, os
métodos usados nas suas construções tenham exigências diferentes.
A construção de uma obra envolve a utilização de estruturas provisórias, como
o caso dos cimbres. Dos vários tipos de cimbres, pode optar-se entre cimbre ao solo
(contínuo ou constituído por torres e vigas) e cimbre móvel. A sua escolha baseia-se
em alguns factores de seguida enumerados, privilegiando, no entanto, o estudo pelos
cimbres fixos.
Cimbres são estruturas temporárias, que têm como função apoiar as cofragem
até que o betão ganhe resistência necessária para se auto suportar. Os cimbres são
elementos essenciais para a construção de uma obra de arte. É assim necessário haver
uma escolha rigorosa e fundamentada do tipo de cimbre utilizado e do seu
dimensionamento, pois essa escolha irá comprometer toda a segurança da construção.
Poderá optar-se por dois tipos de cimbres: cimbres móveis, e cimbre ao solo. Os
cimbres móveis são cimbres que se apoiam na estrutura da obra e não no solo, e vão
avançando conforme a construção vai evoluindo. Os cimbres fixos são cimbres que se
apoiam no solo e seguram a cofragem da obra em questão.
A escolha do melhor cimbre para uma obra depende de diversos factores
como: altura da cofragem até ao solo, distância do vão se for uma ponte ou viaduto,
fisionomia do solo, características do solo, intensidade sísmica da região, etc. É feito
um estudo económico para saber qual o cimbre que fica menos dispendioso, mas que
ao mesmo tempo confira a segurança necessária á obra.
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2. O que são obras de arte?
A Obra de Arte é definida como toda a estrutura com vão superior ou igual a
2,00 m ou com desenvolvimento total superior a 5,00 m e que permite o
estabelecimento de uma via de comunicação. Pontes, viadutos e túneis são formas de
manifestações do imaginário do Homem que pela sua transcendência e magnificência
ultrapassaram a passagem dos Séculos e ainda hoje constituem as mais maravilhosas
obras de arte alguma vez feitas pelo Homem. São estas obras especiais de vias de
comunicação que permitem a ligação entre pessoas, lugares e culturas.
2.1. Principais componentes das Obras de Arte Os componentes das Obras de Arte variam dependendo da tipologia e do
material que estas apresentam, no entanto todas as infra-estruturas são constituídas
por elementos estruturais que absorvem as cargas provenientes do tráfego (tabuleiro)
e as transmitem às fundações (encontros, pilares, aparelhos de apoio).
2.2. Processo construtivo O processo construtivo de uma obra tem uma enorme influência na sua
concepção estrutural, na qualidade e prazo da obra. Assim, quando estes não são
correctamente executados, pode ser responsável pelo aparecimento de patologias.
“Ciclo de vida”: concepção, construção, exploração e demolição
As Obras de Arte bem como todas as obras de engenharia devem, durante um
período de vida previamente estabelecido, garantir as condições de estabilidade e
durabilidade. Para se garantir estas condições é fundamental que em todas as fases do
processo, desde a concepção até à utilização da estrutura, se tenha presente a
qualidade e a necessidade de se obter uma estrutura com bom desempenho.
Podem-se distinguir quatro fases fundamentais do ciclo de vida de uma
estrutura: concepção, construção, exploração e demolição.
É durante a fase de concepção que se concebe a estrutura de acordo com as
exigências do dono de obra e se definem os materiais a aplicar e suas características.
Os regulamentos em vigor dão especial atenção às questões relacionadas com os
aspectos estruturais, abordando o conceito de durabilidade implicitamente, isto é os
efeitos de degradação e deterioração das estruturas são considerados indirectamente,
através da especificação do recobrimento mínimo, da razão a/c máxima, da
quantidade mínima de cimento, teor de ar e tipo de cimento, etc.
Esta forma da regulamentação abordar este tema, influência de algum modo a
maneira como os engenheiros e projectistas encaram as exigências de durabilidade ao
nível da concepção.
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O dono de obra também assume um papel importante sobre esta matéria, pois a
ele deverá ser atribuída a responsabilidade de definir a vida útil espectável da obra de
arte.
No sentido de se prolongar a vida útil de uma Obra de Arte e de se prevenir o
aparecimento de patologias na estrutura e nos equipamentos nela instalado, será
necessário durante a fase de concepção e projecto ter em consideração diferentes
factores, tais como: a natureza e qualidade dos materiais a aplicar; a definição dos
mecanismos de degradação e dos modelos de simulação; as disposições construtivas;
as condições ambientais; prever a realização de inspecções e acções de manutenção e
conservação, apresentar especificações técnicas adequadas no sentido de se garantir
qualidade na execução.
Perante o exposto poder-se-á dizer que a qualidade de um projecto é
fundamental para se conseguir que a estrutura apresente um bom desempenho ao
longo da sua vida útil, pois é nesta etapa que se consegue obter um incremento de
durabilidade da obra a um custo bastante inferior, contudo não é suficiente, dado
ainda depender da qualidade da construção.
Para se garantir a qualidade durante a fase de construção, dever-se-á respeitar
todas as disposições de projecto, usar materiais de qualidade e construir segundo as
boas normas de construção. Neste processo a fiscalização também assume um papel
importante, no controlo de toda a execução da obra, alertando para problemas que
possam surgir e no esclarecimento das dúvidas que possam ocorrer na interpretação
do projecto (Costa 2003).
A necessidade de se realizarem grandes volumes de construção em prazos
relativamente curtos, através do recurso a mão-de-obra não especializada, é umas das
principais causas da falta de qualidade das obras.
Durante a fase de exploração deverão ser mantidas as condições de serviço da
estrada, para tal é essencial recorrer à utilização de um sistema de gestão de Obras de
Arte, que permita implementar a realização de inspecções periódicas e acções de
manutenção e conservação da estrutura e do seu equipamento.
Pode-se então afirmar que para se garantir a durabilidade “ As estruturas de
betão armado, devem ser projectadas e construídas e utilizadas, de tal maneira que,
debaixo da influência do meio previsto, mantenha as suas condições de segurança,
serviço e aparência aceitáveis durante um período de tempo explícito ou implícito,
sem requerer custos anormalmente altos de manutenção e reparação.” (Model Code
C.E.B 90).
Quando as estruturas deixam de desempenhar as funções para as quais foram
projectadas deve-se proceder ao seu desmonte ou demolição. Esta fase requer que se
tenha em consideração todos os procedimentos e meios necessários à sua realização e
os devidos cuidados na gestão dos resíduos de construção que dai advenham.
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2.3. Tipos de Obra de Arte A definição do tipo de obra deve ter em conta os critérios estruturais e a
hierarquização das vias intersectadas. Assim, os diversos tipos de obras definem-se do
seguinte modo:
Obras de Arte do tipo I Passagem Agrícola
A via principal passa sobre a obra de arte e a via intersectada é um caminho rural
Passagem Hidráulica
A via principal passa sobre a obra de arte e a via intersectada é um curso de água.
Geralmente de um único vão de pequena dimensão (_10 m),
Obras de Arte do tipo II Passagem Superior
A via principal (via de maior classe) passa sob a Obra de Arte.
Passagem Inferior
A via principal (via de maior classe) passa sobre a Obra de Arte.
Passagem de Peões
Independente da posição da via principal relativamente à obra, a via intersectada é
usada apenas por tráfego pedonal.
Obras de Arte do tipo III Viaduto
A via principal passa sobre a obra de arte, podendo existir mais do que uma via
intersectada ou apenas um vale.
Ponte
A via principal passa sobre a obra de arte, não existindo via intersectada mas sim um
curso de água. Distingue-se da passagem hidráulica, por apresentar um vão total
superior a 10 m ou vencer um curso de água de dada importância.
Túnel
A via principal passa sob a obra de arte, não existindo nenhuma via sobre a Obra de
Arte
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2.4. Tipos de estrutura
Para uma melhor caracterização do funcionamento estrutural da obra a criar,
as Obras de Arte foram classificadas de acordo com um conjunto de esquemas
estruturais-tipo:
- Quadro
- Quadro Prefabricado
- Arco Prefabricado
- Arcos Simples ou Múltiplos
- Alvenaria Alargada
- Pórtico
- Estrutura Tubular
- Tabuleiro Simplesmente Apoiado
- Vãos Múltiplos
- Suspensa
- Tirantes
Os diferentes tipos de estrutura considerados pretendem cobrir a grande
maioria das situações encontradas no terreno. Contudo, foram também consideradas
as classificações de Solução Mista ou Outra, para as situações mais complexas em
termos estruturais, no primeiro caso, ou para a possibilidade da existência de situações
imprevistas.
2.5. Constituição das Obras de Arte
A parte fundamental do Inventário é os dados de constituição de cada Obra de
arte. Estes são constituídos por um máximo de 15 componentes que pretendem
descrever e quantificar os materiais/equipamentos utilizados nas diversas partes da
Obra de Arte.
- Muros
- Taludes
- Encontros
- Aparelhos de Apoio
- Apoios intermédios
- Tabuleiro
- Guarda de segurança
- Passeios
- Cornijas
- Guarda Corpos
- Revestimento de Via
- Drenagem
- Juntas de Dilatação
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Tipos de inspecção e periodicidade
Durabilidade, vida útil, manutenção e desempenho são algumas definições
básicas que se deve ter em mente quando se fala de inspecções em obras de arte.
• Durabilidade - aptidão de uma estrutura para desempenhar as funções para
que havia sido concebida durante o período de vida previsto, sem que para tal seja
necessário despender custos de manutenção e reparação imprevistos;
• Vida útil -período de tempo em que as propriedades de um material
permanecem acima das condições mínimas de segurança e utilização (desempenho);
• Manutenção - acções destinadas a manter o material em condições de uso.
• Desempenho - comportamento em serviço de cada produto, ao longo da vida
útil, e a sua medida relativa espelhará, sempre, o resultado do trabalho desenvolvido
nas etapas de projecto, construção e manutenção.
Ao longo da vida útil de uma Obra de Arte devem ser realizados diferentes tipos de
inspecções que podem ser divididas em quatro tipos: Inspecção de Rotina, Inspecção
Principal, Inspecção Especial e Inspecção Subaquática.
As inspecções permitem analisar o possível aparecimento de patologias na
obra. Devem ser realizadas periodicamente por técnicos competentes e experientes de
forma a garantir uma elevada qualidade das avaliações realizadas. Esses profissionais
devem visitar o local e observar meticulosamente a obra, primeiro visualmente e
depois, caso se necessário, com recurso a outros meios de apoio que permitam fazer
um correcto diagnóstico do estado da estrutura.
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3. Qual a função da utilização de um cimbre?
Os cimbres são estruturas provisórias que são utilizadas para efectuar o
escoramento de tabuleiros de pontes, viadutos, etc., ou seja, os cimbres suportam o
peso das cofragens e de cargas associadas à construção. As cofragens são utilizadas
para dar a forma que se pretende ao betão, e armazená-lo até que endureça e ganhe
resistência suficiente para se auto suportar.
3.1. Tipos de cimbres
Existem vários tipos de cimbres, como os cimbres ao solo (fig.1 [1]), os cimbres
autolançáveis (fig.2 [9]) e carros de avanço (fig.3 [3]). A escolha do tipo de cimbre
depende do tipo de construção, do terreno, qual o mais rentável e também depende
das características dos cimbres, como o material que o constitui, a altura máxima que
atinge e a sua resistência.
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3.1.1. Tipos de cimbres ao solo (fixos)
Os cimbres ao solo podem ser de três tipos, como os prumos (fig.4 [6]), os
sistemas de cimbres em torre (fig.5 [7]) e os sistemas de cimbres modulares (fig.6 [8]).
Os prumos podem ser constituídos de madeira, alumínio, aço ou materiais compósitos.
Os prumos poderão atingir os 5m de altura. Estes são essencialmente utilizados no
escoramento de lajes. Os sistemas de cimbres em torre atingem uma altura maior e
são mais resistentes do que os prumos, este sistema é constituído por bastidores e
elementos diagonais de contraventamento, a associação de vários bastidores e
elementos de contraventamento formam torres que irão realizar o escoramento das
estruturas. Os sistemas de cimbres modular são similares aos sistemas de cimbres em
torre, porque neste sistema os suportes são filas de bastidores, este tipo de sistema
pode atingir alturas superiores a 20m.
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4. Como e em que condições se deve recorrer a um cimbre fixo?
4.1. Estudo económico
Os cimbres fixos foram os primeiros a ser inventados (na época de 40 a 50 do
sec. XX). A sua construção é simples e económica, contribuindo para um processo
rápido e menos penoso. Por esta razão, sempre que as condições assim o permitem, os
operários optam pelo cimbre ao solo. Este pode ser reutilizado durante uma obra,
recorrendo ao descimbramento e montagem continuamente, conforme as secções da
ponte vão sendo concluídas.
Fig. 7 Construção de pontes com reutilização de cimbres.
4.2. A obra
A utilização de cimbres é mais usual na construção de pontes e viadutos. Nestas
obras, existe a possibilidade de se usar um ou dois tipos de cimbres. Por norma, os
cimbres fixos são usados na área do tabuleiro que se encontra por cima de terreno
estável, sendo necessário, para a construção da parte central duma ponte, um cimbre
autolançável.
Fig.8 Construção da ponte D. Infante Henrique, no Porto, com recurso a dois tipos de cimbres:
cimbre ao solo até M1 e M6 e cimbre autolançável na parte central.
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4.2.1. Estrutura
Nos elementos a considerar para o projecto de um cimbre, a altura e o desenho
da obra são também factores relevantes.
A diferença entre a forma simples ou complexa dos pilares, faz variar a escolha
de cimbres a usar, sendo mais acessível o uso de cimbres fixos em obras com um
desenho menos exigente. Também a altura da obra faz variar o método escolhido,
sendo que se torna mais rentável a utilização de cimbre fixo em construções com
altura inferior a 20m e vão até 40 a 50 metros.
Fig.9 Cimbre ao solo (fixo). [5] Fig.10 Cimbre autolançável (móvel). [2]
4.3. Condições Físicas
4.3.1. Clima
Na escolha da melhor estrutura provisória para a construção, é necessário ter
em conta a força do vento, da chuva ou outra situação meteorológica intensa que
ponha em risco a segurança dos trabalhadores e a resistência dos cimbres à sua força.
4.3.2. Forças da gravidade
No planeamento do projecto, tem de se ter em conta o peso do betão a utilizar,
bem como o peso do próprio cimbre e das cofragens. A estrutura provisória tem de ser
capaz de aguentar a força exercida pela massa de betão colocada em cima e até
mesmo pelas equipas de construção. Assim sendo, numa situação de grande massa, o
cimbre ao solo é necessariamente mais seguro do que o cimbre móvel.
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4.3.3. Terrenos
A construção de pontes pode ser feita em terrenos florestais, pantanosos,
rochosos, montanhosos, etc., por isso é necessário fazer um estudo prévio sobre as
condições em que se irá trabalhar.
Nesse estudo, podemos concluir que em terrenos pouco estáveis, a melhor
solução é utilizar um cimbre autolançável, porque quanto menor o contacto com o
terreno, melhor. Contudo, existem espaços que apesar de terem declive acentuado ou
outros obstáculos naturais, a utilização de cimbres ao solo é mais vantajosa, tendo em
conta que, em certos casos de planos inclinados, é possível usar blocos (de madeira ou
betão) que permitam uma boa fixação do cimbre.
Fig.4 Cimbre fixo em terreno inclinado [4]
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5. Quais os principais problemas associados a este método?
Existem várias situações que podem causar problemas na utilização de cimbres.
Alguns causadores desses problemas são as cargas fixas, as sobrecargas aplicadas e os
agentes ambientais.
As cargas fixas são geralmente de natureza estática e actuam durante a maior
parte do tempo de utilização do escoramento. Cargas fixas são, por exemplo, o próprio
peso do cimbre e das formas, o peso do betão e das armaduras, a pressão lateral do
betão fresco sobre as formas, os recalques diferenciais entre suportes, etc.
Os pesos dos equipamentos e dos operários constituem as sobrecargas aplicadas
e, juntamente com os agentes ambientais como a temperatura, o vento e a água em
movimento, também podem causar complicações.
Para além das causas mencionadas e do seu elevado custo, a montagem e a
desmontagem dos cimbres também pode criar “dores de cabeça” para os
construtores. Um dos riscos mais evidentes deste processo é o risco de queda em
altura, com magnitude considerável e que, face às metodologias existentes, obriga, ao
recurso exclusivo do arnês de segurança e às linhas de vida, para a sua prevenção.
O recurso exclusivo ao arnês de segurança não confere o nível de segurança
desejado, não respondendo ao exigido na legislação em vigor. De acordo com a Lei, os
projectistas, os fabricantes, e as entidades empregadoras têm de comercializar
produtos que evidenciem a integração dos princípios gerais de prevenção, durante as
suas fases de montagem, utilização e desmontagem.
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6. Quais os fenómenos importantes a controlar/prevenir?
6.1. Quais as acções aplicadas sobre os cimbres?
Na utilização de cimbres fixos o mais importante a ter em conta, para prevenir
e controlar riscos, é a sua montagem. Esta deve ter em conta vários factores que
proporcionarão segurança quando tidos em conta. São eles:
- O peso do cimbre;
- O peso das cofragens;
- O peso do betão;
- O peso dos trabalhadores;
- O peso das cargas que sobre ele podem ser colocadas;
- A força do vento.
− Forças devidas a acções horizontais acidentais devidas a desvios de montagem
(imperfeições geométricas);
- Entre outros.
Montagem
A montagem dos cimbres deve seguir desenhos detalhados, deve ser realizada
por pessoal especializado e objecto de controlo independente do montador.
As cargas devem ser transmitidas aos prumos evitando excentricidades, no topo e na
base. O apoio dos cimbres deve ser especialmente cuidado, sendo realizado através de
solipas de madeira e/ou lajes de betão, devendo assegurar-se a capacidade do solo
existentes e sempre que necessário deve proceder-se ao seu saneamento. Quando
necessário podem utilizar-se estacas de madeira ou de betão para reforçar a
capacidade de carga do solo. Se o terreno for inclinado é necessário realizar banquetas
ou introduzir dispositivos especiais de contenção do solo.
6.2. Fenómenos a controlar/prevenir
Durante a fixação do cimbre ao solo é importante ter em conta que o solo seja
consistente e que consiga suportar o peso do cimbre sem provocar o deslizamento seu
deslizamento e possível desmoronamento.
Outro aspecto importante a ter em conta durante a construção do cimbre é
que seja um profissional a projectá-lo, pois é importante que fique bem alinhado para
que a construção não fique vulnerável a forças horizontais.
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7. Conclusão
Após o estudo sobre construções realizado ao longo deste projecto, o problema
“Em que circunstâncias se devem utilizar cimbres fixos na construção de uma obra de
arte” é facilmente esclarecido
Pode-se adoptar por vários tipos de cimbres para a construção de uma obra.
Como já foi mencionado, podem ser utilizados cimbres fixos, cimbres móveis, ou
carros de avanço. Cada um destes cimbres tem características diferentes, sendo estas
aproveitadas consoante as particularidades de cada projecto.
A escolha do cimbre para uma obra baseia-se no valor económico que essa
estrutura vai envolver, não havendo necessariamente um tipo de cimbre para cada
tipo de obra. Os cimbres fixos serão mais usados em obras de arte que não tenham
vãos ou altura muito elevados, pois caso contrário, seriam necessários sistemas de
cimbres tão grandes, que esta se tornaria uma escolha pouco rentável.
Quando se projecta uma obra, é necessário fazer um estudo rigoroso para
averiguar qual a carga total a que o cimbre terá de responder. Isto é, a carga que um
sistema de cimbres terá de suportar não só o peso da obra em si, mas sim de todo o
conjunto que é utilizado na sua construção. Este conjunto engloba o peso de todas as
estruturas definitivas, todas as estruturas provisórias (como os cimbres e os
andaimes), bem como dos trabalhadores e ferramentas presentes na obra. Também é
importante dar atenção a todas as deformações que o cimbre poderá sofrer durante o
decorrer da construção resultantes de condições climatéricas, ou outras situações que
possam perturbar a estrutura do cimbre durante toda a construção, de modo a
prevenir as mesmas.
Concluindo, um cimbre fixo só é vantajoso quando o seu valor é inferior aos
custos necessários elos outros tipos de cimbre, tendo em conta o nível mínimo de
segurança e de adaptação à obra no terreno.
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Referências bibliográficas
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Oliveira, Pedro; Regras para o dimensionamento de cimbres em estruturas de betão
armado, 2008
Sites:
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http://www.doka.com/doka/pt/whatsnew/news/pages/06260/index.php , (accessed
October 7, 2010) [3]
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