7/29/2019 O Universo Holografico - Michael Talbot http://slidepdf.com/reader/full/o-universo-holografico-michael-talbot 1/156 O UNIVERSOHOLOGRAFICO O pesquisador americano Michael Talbot aproxima a ciência moderna e as religiões antigas, ao analisar uma das teorias mais fantásticas de nosso tempo. Desenvolvida por dois eminentes pensadores, o físico David Bohm, da Universidade de Londres, e o neurofisiologista Karl Pribram, de Stanford, trata- se de uma nova conceituação da matéria, inspirada no princípio da holografia, a reprodução tridimensional de imagens por laser, segundo a qual todo o universo não passaria de um holograma gigantesco, um tipo de imagem criada pela mente, contendo tanto a matéria quanto a consciência, na forma de um campo único. Esse novo modo de encarar a realidade, que vem conquistando um número crescente de adeptos no meio científico, explica não apenas muitos dos enigmas insolúveis da física, como também ocorrências misteriosas como a telepatia, experiências fora do corpo ou no limiar da morte, os sonhos "lúcidos", e mesmo vivências místicas e religiosas. Um livro audacioso, perturbador, escrito numa linguagem deliciosamente simples, ainda que firmemente i enraizado nas melhores tradições científicas, O Universo Holográfico está destinado a se tornar um clássico no gênero.
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O pesquisador americano Michael Talbot aproxima a ciência moderna e asreligiões antigas, ao analisar uma das teorias mais fantásticas de nosso tempo.Desenvolvida por dois eminentes pensadores, o físico David Bohm, daUniversidade de Londres, e o neurofisiologista Karl Pribram, de Stanford, trata-se de uma nova conceituação da matéria, inspirada no princípio da holografia, areprodução tridimensional de imagens por laser, segundo a qual todo ouniverso não passaria de um holograma gigantesco, um tipo de imagem criadapela mente, contendo tanto a matéria quanto a consciência, na forma de umcampo único. Esse novo modo de encarar a realidade, que vem conquistandoum número crescente de adeptos no meio científico, explica não apenas muitosdos enigmas insolúveis da física, como também ocorrências misteriosas como atelepatia, experiências fora do corpo ou no limiar da morte, os sonhos"lúcidos", e mesmo vivências místicas e religiosas. Um livro audacioso,perturbador, escrito numa linguagem deliciosamente simples, ainda quefirmemente i enraizado nas melhores tradições científicas,
O Universo Holográfico está destinado a se tornar um clássico no gênero.
Licença editorial para o Círculo do Livro por acordo com a Editora Nova Cultural Ltda.
e o detentor dos direitos autorais. Direitos exclusivos da edição em língua portuguesa no Brasil
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Al. Ministro Rocha Axevudu, 346 - CEP 01410 - Caixa Postal 9442 Sáo Paulo, SP CÍRCULO DO LIVRO
Caixa postal 7413 01051 São Paulo, Brasil Fotocomposto na Editora Nova Cultural Ltda.
Impressão e acabamento: Gráfica Círculo
Para Alexandra, Chad, Ryan, Larry Joe e Shawn, com amor
Os novos dados são de uma importância de tão longo alcance que podem re-volucionar nosso entendimento da psique humana, da psicopatologia e dosprocesso terapêuticos. Algumas das observações transcendem a estrutura da
psicologia e da psiquiatria e representam um sério desafio ao atual paradigmanewtoniano-cartesiano da ciência ocidental. Eles podem mudar drasticamentenossa imagem da natureza do homem, da cultura, da história e da realidade.
— Dr. Stanislav Grof, sobre os fenômenos holográficos em A Aventura da Autodescoberta
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO PRIMEIRA PARTE: UMA NOVA E IMPRESSIONANTE VISÃO DA REALIDADE 1 O Cérebro como Holograma 2 O Cosmo como Holograma SEGUNDA PARTE: MENTE E CORPO 3 O Modelo Holográfico e a Psicologia 4 Eu Canto o Corpo Holográfico 5 Um Punhado de Milagres 6 Vendo Holograficamente TERCEIRA PARTE: ESPAÇO E TEMPO 7 Tempo Desvairado 8 Viajando no Super-holograma 9 Retorno ao Tempo do Sonho NOTAS
Figura 2. Um pedaço de filme holográfico contendo uma imagem codificada. Aolho nu, a imagem sobre o filme não se parece nada com o objeto fotografado e écomposta de ondulações irregulares conhecidas como padrões de interferência. Porém,quando o filme é iluminado com um outro laser, uma imagem tridimensional do objetooriginal reaparece.
Figura 3. A tridimensionalidade de um holograma é muitas vezes tão miste-riosamente convincente que você pode na verdade andar em volta dele e vê-lo a partirde ângulos diferentes. Mas, se você estica a mão e tenta tocá-lo, sua mão irá flutuaratravés dele. ("Celeste Despida." Estereograma holográfico de Peter Claudius, 1978.Fotografado por Brad Cantos, coleção do Museu da Holografia. Usado sob permissão.)
Esta foi exatamente a característica que deixou Pribram tão empolgado,pois oferecia finalmente uma maneira de entender como as lembranças podemestar distribuídas ao invés de localizadas no cérebro.
* Deve-se notar que esta característica surpreendente é comum apenas para pedaços defilme holográfico cujas imagens são invisíveis a olho nu. Se você comprar um pedaço de filmeholográfico (ou um objeto contendo um pedaço de filme holográfico) numa loja e puder ver umaimagem tridimensional nele sem nenhum tipo especial de iluminação, não o corte ao meio. Vocêacabará com os pedaços da imagem original.
Se era possível para todas as partes de um pedaço de filme holográficoconter toda a informação necessária para criar uma imagem completa, entãoparecia ser igualmente possível para todas as partes do cérebro conter toda a
informação necessária para ter uma memória completa.
E talvez esta seja a razão dos seres de luz nos dizerem repetidas ve-zes que o objetivo da vida é aprender.
Estamos na verdade numa jornada de xamã, simples crianças lu-tando para nos tornarmos técnicos do sagrado. Estamos aprendendocomo lidar com a plasticidade, que é parte e parcela de um universo no
p q p pqual a mente e a realidade são um contínuo, e nesta jornada, uma liçãose sobressai acima de todas as outras. Enquanto a liberdade excitante esem forma do Além permanecer amedrontadora para nós, continuaremosa sonhar um holograma para nós mesmos que c confortavelmente sólido
e bem definido.Mas devemos sempre atender ao conselho de Bohm, de que oscompartimentos conceituais que utilizamos para analisar o universo sãofeitos por nós mesmos. Eles não existem "lá fora", pois "lá fora" estáapenas a totalidade indivisível. Brahma. E quando tivermos nos tornadograndes demais para qualquer dado conjunto de compartimentosconceituais, devemos sempre estar preparados para nos mudarmos, paraavançar de estado de alma em estado de alma, como Sri Aurobindocoloca, e de iluminação em iluminação. Pois nosso pró parece ser tãosimples quanto infinito.
Estamos, como dizem os aborígenes, apenas aprendendo a sobreviver noinfinito.