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Confederación Iberoamericana de Asociaciones Científicas y Académicas de la Comunicación O Sistema de Comunicação Educativa Organizacional Ana Carine García Montero 1 Resúmen: Neste artigo apresentamos o Sistema de Comunicação Educativa Organizacional (SCEO), um modelo de comunicação organizacional, que está em desenvolvimento na Seção de Apoio ao Sistema de Comunicação Educativa [Comunica] da Agencia de Comunicação [Agecom] da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Brasil. A reflexão está estruturada em quatro partes. Fundamentamos o estudo no paradigma da complexidade de Edgar Morin e abordamos a temática de comunicação organizacional desde o pensamento complexo. Desenvolvemos uma reflexão sobre a comunicação organizacional que é realizada em universidades federais. Após a delimitação de tema e contexto, apresentamos o Sistema de Comunicação Educativa Organizacional, seus princípios e dimensões. Com o SCEO busca-se intervir nos processos de produção e disputa de sentidos no ambiente organizacional das universidades federais no intuito de propiciar que o sujeito organizacional coabite com o outro na construção da democracia. Palabras-clave: Comunicação Organizacional; Comunicação Educativa Organizacional. Abstract: This paper presents the Organizational Communication System Education (SCEO), a model of organizational communication, which is under development in the Support Section of the Educational Communication System [Communist]Agency of Communication [Agecom] Federal University of SantaCatarina (UFSC), Brazil. The discussion is structured in four parts.Inform the study the paradigm of complexity of Edgar Morin and approach the topic of organizational communication from thecomplex thought. We develop a reflection on organizational communication that takes place in federal universities. After the delimitation of theme and context, we present the OrganizationalCommunication System Education, its principles and dimensions.With SCEO seek to intervene in the dispute and production of meaning in the organizational environment of public universities in order to encourage the subject to organizational cohabits with the other in building democracy. Keywords: Organizational Communication, Organizational CommunicationEducation. Introducción Este artigo apresenta o Sistema de Comunicação Educativa Organizacional (SCEO), um modelo de comunicação organizacional que está em desenvolvimento na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Brasil. O SCEO resulta da produção de conhecimento organizacional desta universidade brasileira. Este texto se estrutura em quatro partes. Inicialmente discorremos sobre os paradigmas da complexidade e simplificação de Edgar Morin (2011, 2001, 2000) no 1 Mestre em Educação e Servidora Pública Federal atua na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) como Assessora em Comunicação Educativa da Secretaria de Planejamento e Finanças e responsável pela Seção de Apoio ao Sistema de Comunicação Educativa (Comunica) da Agência de Comunicação da UFSC. [www.comunica.ufsc.br], Pesquisadora do Grupo de Pesquisa Sigmo. [[email protected]]
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O Sistema de Comunicação Educativa Organizacional · Santa Catarina (UFSC), Brasil. A reflexão está estruturada em quatro partes. Fundamentamos o estudo no paradigma da complexidade

Dec 12, 2018

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Confederación Iberoamericana de Asociaciones Científicas y Académicas de la

Comunicación

O Sistema de Comunicação Educativa Organizacional

Ana Carine García Montero1

Resúmen: Neste artigo apresentamos o Sistema de Comunicação Educativa Organizacional (SCEO), um

modelo de comunicação organizacional, que está em desenvolvimento na Seção de Apoio ao Sistema de

Comunicação Educativa [Comunica] da Agencia de Comunicação [Agecom] da Universidade Federal de

Santa Catarina (UFSC), Brasil. A reflexão está estruturada em quatro partes. Fundamentamos o estudo

no paradigma da complexidade de Edgar Morin e abordamos a temática de comunicação organizacional

desde o pensamento complexo. Desenvolvemos uma reflexão sobre a comunicação organizacional que é

realizada em universidades federais. Após a delimitação de tema e contexto, apresentamos o Sistema de

Comunicação Educativa Organizacional, seus princípios e dimensões. Com o SCEO busca-se intervir

nos processos de produção e disputa de sentidos no ambiente organizacional das universidades federais

no intuito de propiciar que o sujeito organizacional coabite com o outro na construção da democracia.

Palabras-clave: Comunicação Organizacional; Comunicação Educativa Organizacional.

Abstract: This paper presents the Organizational Communication System Education (SCEO), a model

of organizational communication, which is under development in the Support Section of the Educational

Communication System [Communist]Agency of Communication [Agecom] Federal University

of SantaCatarina (UFSC), Brazil. The discussion is structured in four parts.Inform the study the

paradigm of complexity of Edgar Morin and approach the topic of organizational communication from

thecomplex thought. We develop a reflection on organizational communication that takes place in federal

universities. After the delimitation of theme and context, we present the OrganizationalCommunication

System Education, its principles and dimensions.With SCEO seek to intervene in

the dispute and production of meaning in the organizational environment of public universities in order

to encourage the subject to organizational cohabits with the other in building democracy.

Keywords: Organizational Communication, Organizational CommunicationEducation.

Introducción

Este artigo apresenta o Sistema de Comunicação Educativa Organizacional

(SCEO), um modelo de comunicação organizacional que está em desenvolvimento na

Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Brasil. O SCEO resulta da produção

de conhecimento organizacional desta universidade brasileira.

Este texto se estrutura em quatro partes. Inicialmente discorremos sobre os

paradigmas da complexidade e simplificação de Edgar Morin (2011, 2001, 2000) no

1 Mestre em Educação e Servidora Pública Federal atua na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) como

Assessora em Comunicação Educativa da Secretaria de Planejamento e Finanças e responsável pela Seção de Apoio ao Sistema de

Comunicação Educativa (Comunica) da Agência de Comunicação da UFSC. [www.comunica.ufsc.br], Pesquisadora do Grupo de

Pesquisa Sigmo. [[email protected]]

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propósito de fundamentar uma abordagem aos estudos de comunicação organizacional

realizados no Brasil [KUNSCH (2003), BALDISSERA (2008), SCROFERNEKER

(2008)]. A partir do delineamento de um conceito de comunicação organizacional,

realiza-se uma reflexão sobre a comunicação que é realizada em um tipo específico de

organização: a universidade federal. Após a delimitação de tema e contexto, apresenta-

se o Sistema de Comunicação Educativa Organizacional. O SCEO resulta da produção

de conhecimento organizacional de uma universidade federal, sustenta-se em três

princípios - A comunicação se dá entre sujeitos; A comunicação é intencional; e A

comunicação é educativa - e compõe-se de cinso dimensões: Problema da comunicação;

Objetivo da comunicação; Comunicador intencional versus Comunicador

correspondente; Análise das variáveis [Ambiente, Momento, Temporalidade e Canais];

Estratégias, ações e produtos comunicativos. Finaliza-se o texto indicando o SCEO

como um método de intervenção nos processos organizacionais de universidades

federais. O SCEO está sendo desenvolvido na Seção de Apoio ao Sistema de

Comunicação Educativa [Comunica] da Agencia de Comunicação (Agecom) da

Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), com o propósito de „desenvolver

competências em comunicação educativa organizacional‟ na instituição.

Parte 1. O complexus comunicação-organização - fundamentos

Segundo Edgar Morim (2011), a complexidade surge “lá onde o pensamento

simplificador falha” (p. 6). Neste sentido, na construção do complexus comunicação-

organização pretende-se chegar aonde soluções simplificadoras não chegam.

Complexus quer dizer „o que é tecido junto‟, “de constituintes heterogêneas

inseparavelmente associadas: ela coloca o paradoxo do uno e do múltiplo” (MORIN,

2011, p. 13), é termo cunhado por Morin para significar o que é complexo “o que não

pode se resumir numa palavra-chave, o que não pode ser reduzido a uma lei nem a uma

idéia simples” (Idem, p. 5)

O pensamento da simplificação, para o autor, busca pôr ordem no universo e

expulsar dele a desordem (MORIN, 2001. p. 86). Está fundamentado na idéia de

redução e disjunção, “separa o que está ligado (disjunção), ou unifica o que é diverso

(redução) (MORIN, 2011, p. 59). Segue a lógica ocidental de “manter o equilíbrio do

discurso pela expulsão da contradição e do erro” (Idem, p. 55) e é “incapaz de conceber

a conjunção do uno e do múltiplo” (Ibidem, p. 12).

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O pensamento da complexidade, por sua vez, “longe de substituir a idéia de

desordem por aquela de ordem, visa colocar em dialógica a ordem, a desordem e a

organização” (MORIN, LE MOIGNE, 2000, p. 199). É “o pensamento capaz de reunir

(complexus: aquilo que é tecido conjuntamente), de contextualizar, de globalizar, mas,

ao mesmo tempo, capaz de reconhecer o singular, o individual, o concreto” (Idem, p.

206). Para Morin (2011), “só o pensamento complexo nos permitirá civilizar nosso

conhecimento” (p.16).

Perseguindo o pensamento da complexidade, construímos o complexus

comunicação-organização no propósito de estabelecer uma relação dialógica

permanente entre a comunicação e a organização produzida pelos sujeitos

intencionalmente associados para trabalhar.

Ao partirmos do pressuposto que as organizações são “agrupamentos de pessoas

que se associam intencionalmente para trabalhar, desempenhar funções e atingir

objetivos comuns, com vistas em satisfazer alguma necessidade da sociedade”

(KUNSCH, 2003, p.25) estamos iniciando um caminho sem volta que nos leva ao

reconhecimento de que essas „pessoas associadas para trabalhar‟ estão obrigatoriamente

„em relação‟ umas com as outras.

Para Juremir Machado da Silva relação é diálogo: “a organização só atinge o

ponto máximo quando comunica, ou seja, quando atinge o outro envolvendo-o numa

relação dialógica. O diálogo está muito longe de ser apenas uma troca de informações.

Ele é uma atividade intensa que envolve razão, emoção, arte e vivências.”

(SCROFERNEKER, 2008, p. 9).

Neste sentido é que vemos o estabelecimento de uma relação/dialógica

comunicação-organização, unindo-as na complexidade, “comunicação é relação, assim

como organização é relação” (BALDISSERA, 2008, p. 42), formando-se, assim, o

complexus comunicação-organização tecido pelos diálogos dos sujeitos nas relações de

construção e disputa de sentidos (BALDISSERA, 2008, p. 33) de propósitos

organizacionais.

O complexus comunicação-organização envolve sujeitos que retiram da tessitura

de sentidos coletivamente construída “aquilo que lhes serve, que entendem, com o que

simpatizam, para usar na sua própria concepção do mundo” (MONTERO, 2010), e

devolvem ao complexus comunicação-organização a sua visão, valores, práticas

provocando, assim, um processo de (de) formação - educação - individual e coletivo.

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A construção do complexus comunicação-organização quer resgatar a idéia de

“unidade complexa, que liga o pensamento analítico-reducionista e o pensamento da

globalidade” (MORIN, 2011, p. 54) no propósito de chegar a um entendimento sobre o

que é a comunicação organizacional – subsistema da Comunicação Social -, arena de

atuação do micro-Sistema de Comunicação Educativa Organizacional (SCEO) que será

apresentado neste texto.

Parte 2. Comunicação Organizacional: tema

Inicialmente, entendemos com a professora Margarida Kunsch que a

comunicação organizacional como objeto de pesquisa, “é a disciplina que estuda como

se processa o fenômeno comunicacional dentro das organizações no âmbito da

sociedade global” (in SCROFERNEKER, 2008, p. 22). No entanto, vale atentar que ao

localizar a comunicação dentro da organização não estamos limitando-a ao espaço

físico, mas observando o fenômeno no lugar não/lugar onde acontecem as relações de

trocas simbólicas. Relações “que sofrem interferências e condicionamentos variados,

dentro de uma complexidade difícil até de ser diagnosticada, dado o volume e os

diferentes tipos de comunicações existentes, que atuam em distintos contextos sociais”

(KUNSCH, 2003, p. 71).

É nesse sentido que Baldissera (2008) alerta para as confusões que podem ser

geradas com a simplificação do conceito de comunicação organizacional:

Considera-se necessário rever as concepções que, mediante simplificações

(algumas grosseiras), reduzem comunicação organizacional à idéia de

comunicação interna ou externa (planejada), relações públicas, marketing

corporativo, propaganda, assessoria de imprensa e/ou comunicação

administrativa etc. Não significa dizer que estas não sejam práticas de

comunicação organizacional, mas que, de modo geral, tende-se a reduzir a

noção de comunicação organizacional aos fluxos de sentidos possíveis de

planejar e gerir, ou seja, àquilo que é visível, controlável, tangenciável,

possível de captar. (P. 43)

A preocupação do autor está na possibilidade que se abre, com o pensamento

simplificador da comunicação organizacional, de estreitamento dos domínios da

comunicação organizacional eliminando, desse modo, “a fertilidade criativa

gerada/regenerada pelas tensões entre o organizado e o desorganizado, o formal e o

informal, o planejado e o espontâneo/intuitivo” (Idem).

Para a professora Cleusa Scroferneker (2008), as imprecisões conceituais sobre

Comunicação Organizacional têm gerado a necessidade de discussões (cada vez) mais

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exaustivas em busca de algumas certezas que possibilitem compreendê-las em toda a

sua complexidade (p.11).

Para adentrar o complexus comunicação-organização precisou-se de um

conceito de comunicação organizacional não simplificador, que percebesse a relação

complexa realizada pelos sujeitos em ambiente laboral.

Assim, neste estudo, optou-se por aderir ao conceito de Baldissera, (2008b) para

comunicação organizacional como “processo de construção e disputa de sentidos no

âmbito das relações organizacionais” (p. 169), entendendo que “na perspectiva de sua

complexidade, a comunicação organizacional não se qualifica como simples estratégia

de controle e/ou sistema de transferência de informações. Ela abarca todo fluxo de

sentidos em circulação que, de alguma forma, disser respeito à organização” (p. 170).

Ainda, é importante salientar que para o autor, a comunicação organizacional deve ser

visto como um subsistema comunicacional que tenciona outros sistemas [cultural,

econômico etc], outros subsistemas [cultura organizacional, gestão etc], microsistemas

oficiais [assessoria de imprensa, relações públicas], e micro-sistemas não oficiais

[comunidades virtuais, encontros, fofocas etc.] que circulam sentidos da organização

com gramáticas específicas (p. 171).

A partir do arcabouço teórico construído com o paradigma da complexidade de

Morin [fundamento] e o conceito de comunicação organizacional [tema] de Baldissera

vamos dar continuidade à reflexão deste texto abordando na Parte 3 o complexus

comunicação-organização das universidades federais, contexto de atuação do SCEO.

Parte 3. Universidades Federais: contexto

As universidades federais enquanto instituições sociais paradigmáticas

(THOMPSON, 1998, p. 22) cumprem um papel fundamental na educação no país,

sendo referência de qualidade para todas as outras IES. Tem mais de 600 mil estudantes

de graduação matriculados (INEP, 2009, p.14). Produzem 90 % da pesquisa nacional

(SINAES, 2009) e é nelas que se encontram os melhores índices de avaliação da

educação superior (Idem). Alicerce para a democracia do país, as universidades federais

são responsáveis por pensar e propor inovações e mudanças necessárias à sociedade

(MONTERO, 2010).

As universidades federais são referência pela excelência do conhecimento

acadêmico produzido, e também, recebem duras críticas pela qualidade do serviço

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público prestado à sociedade. A disparidade parece fundamentar-se no modelo de gestão

da universidade pública (ROSA, 2004).

Do ponto de vista da gestão, são herdeiras de uma cultura burocrática e lenta,

mantém uma estrutura hierarquizada e departamentalizada, impedindo que flua no

ambiente de trabalho o conhecimento de excelência - acadêmico - produzido na

organização. A rigidez do seu modelo de gestão retém em laboratórios e departamentos

o conhecimento acadêmico que deveria transitar entre colaboradores – docentes e

técnico-administrativos – de toda a organização, responsáveis por diariamente atender

ao usuário do serviço público que é prestado pela universidade. Segundo Sordi et all

(2005), muitos dos problemas que dificultam o acesso ao conhecimento dos „cilos

funcionais‟ residem “na comunicação e na interação de trabalho entre as diversas áreas

funcionais”, apontados como “lacunas organizacionais” ou “áreas nebulosas”, pouco

compreendidas e mal gerenciadas pelas organizações.

A comunicação organizacional realizada neste tipo de universidade é riquíssima

em capital simbólico. No entanto, em seus processos de gestão percebem-se

acentuadamente a presença do pensamento simplificador da comunicação

organizacional.

Se resgatarmos a idéia de “unidade complexa” de Morin, (2011, p. 54) e

considerarmos a universidade federal como um complexus comunicação-organização

talvez cheguemos aonde soluções simplificadoras não chegam para entender como se

realiza a comunicação organizacional nesta organização.

A primeira questão que parece suscitar uma reflexão é sobre o lugar/não lugar da

comunicação organizacional nas universidades federais. Nota-se que existem setores

responsáveis pela comunicação institucional que criam produtos comunicativos e

distribuem notícias, sem propiciar com isso que os colaboradores da instituição

transformem “áreas nebulosas” em conhecimentos compartilhados. Não se percebe a

comunicação organizacional como fluxo de sentidos que não se detém aos limites

físicos, hierárquicos ou de controle. Ao contrario, está alijada e restrita aos produtos ou

tarefas realizados pelos setores “competentes” de assessoria de imprensa, design ou

marketing. Segundo Marchiori (2008), “olha-se para a comunicação como processo de

transmissão, diferentemente de olhar para a comunicação como um processo de criação

de conhecimento, como estimuladora de diálogo, como uma comunicação que ajuda a

construir a realidade organizacional” (p.7).

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A outra questão que parece importante refletir é sobre a gestão da comunicação

organizacional. Deveria ser a instância formal responsável por cuidar que os

colaboradores – gestores, professores, estudantes, técnico-administrativos, terceirizados

– desenvolvam competências para realizar uma comunicação pública no (MONTERO,

2010) âmbito universitário. Os gestores imbuídos de um pensamento simplificador não

vêem a necessidade de envolver todos os sujeitos da organização em um processo de

construção de sentidos coletivos organizacionais. Nesse sentido, é necessário, para

desenvolver competência comunicativa na organização, que os sujeitos/colaboradores e

os gestores adquiram competências comunicativas, isto é, conhecimentos e habilidades

para atuar no complexus comunicação-organização transformando-o em um ambiente

coletivo de aprendizagem, diálago e democracia.

O Sistema de Comunicação Educativa Organizacional (SCEO) se propõe a ser

um modelo de comunicação organizacional que possibilite aos gestores e sujeitos

organizacionais a intervenção nas „áreas nebulosas‟ das universidades federais no

propósito de propiciar o diálogo entre as duas dimensões – acadêmica e administrativa –

que co-habitam o complexus comunicação-organização e melhorar o desempenho

destas instituições no serviço público que prestam à sociedade.

Na Parte 4 vamos apresentar o modelo de comunicação organizacional Sistema

de Comunicação Educativa Organizacional que está sendo desenvolvido na Seção

Comunica da UFSC.

Parte 4. O Sistema de Comunicação Educativa Organizacional (SCEO)

O SCEO é um modelo de comunicação organizacional que está em

desenvolvimento na Universidade Federal de Santa Catarina com o propósito de

aprimorar, em sua complexidade, processos de comunicação organizacional. Busca

potencializar as trocas simbólicas entre os sujeitos da organização com o objetivo de

criar um ambiente de aprendizagem coletiva para afirmação da democracia. O estudo

não é conclusivo e está em andamento.

Em uma rápida retrospectiva, lembramos que o SCEO decorre do

desenvolvimento do Modelo de Comunicação Educativa (MCE), ferramenta que propõe

a criação de estratégias de comunicação organizacional. O MCE foi o primeiro

instrumento usado na instituição. À medida que os colaboradores se apropriavam dos

conceitos do Modelo, a ferramenta sofria mudanças. Desse modo, a partir de um pensar-

fazer contínuo individual e coletivo, foi criado o Sistema de Comunicação Educativa

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Organizacional, que incorpora o MCE e traduz as necessidades comunicativas de

colaboradores da instituição. Portanto, o SCEO está ligado, na sua origem, diretamente

à cultura organizacional da Universidade Federal de Santa Catarina.

Acredita-se que o SCEO é um sistema – um micro-sistema do subsistema

comunicação organizacional do sistema comunicação social – que se relaciona com

sistemas diversos que coabitam dentro de outros sistemas. Para Morin (2011) “num

certo sentido toda realidade conhecida, desde o átomo até a galáxia, passando pela

molécula, a célula, o organismo e a sociedade, pode ser concebida como sistema” (p.

19). A (in) certeza do termo está delimitada por concepções de comunicação, educação

e organização que apresentaremos na frente. A inclusão do micro-sistema SCEO nos

processos de produção e disputa de sentidos do complexus comunicação-organização

de universidades federais deverá potencializar as relações tecidas no macro-sistema

organização, evitando, assim, a evasão de capital simbólico coletivo. Neste sentido,

cabe ressaltar a inseparabilidade entre comunicação e organização que a professora

Margarida Kunsch (2003) profere: “O sistema organizacional se viabiliza graças ao

sistema de comunicação nele existente, que permitirá sua contínua realimentação e sua

sobrevivência. Caso contrário entrará num processo de entropia e morte. Daí a

imprescindibilidade da comunicação para uma organização social” (p.69).

Entende-se que o SCEO é um modelo comunicação organizacional porque se

propõe a ser uma “representação estrutural de um conjunto diferente de elementos que

apontam para guiar a análise de assuntos complexos” (O‟SULLIVAN, 2001, p. 158)

que transitam na tessitura de sentidos coletivos do complexus comunicação-

organização.

A professora Maria Schuler (2004, p.16) apresenta didaticamente os diversos

modelos de comunicação desenvolvidos a partir da década de 40, que fundamentaram e

ainda fundamentam algumas ações comunicativas que realizamos: Modelo Mecanicista;

Modelo Psicológico; Modelo Sociológico; Modelo Antropológico; Modelo

Semiológico; Modelo Sistêmico; Modelo Dialético-estruturais dos „fatores dinâmicos e

interatuantes‟; e finalmente, o Modelo de Administração Estratégica da Comunicação

desenvolvido pela autora e seus colaboradores que propõe: “para que haja comunicação,

é necessária a presença, num sistema, de elementos, tais como o emissor, o receptor, o

canal e a mensagem, e de processos como a composição, a interpretação e a resposta”.

O modelo de comunicação organizacional SCEO apresentado na seqüência

explicita a tessitura de sentidos realizada em uma universidade federal do Brasil e

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afirma a máxima que a Escola de Chicago publicava nos anos 20: “Se existe

comunicação é em virtude das diversidades individuais. E se o indivíduo está submetido

às forças da homogeneidade ele é capaz de se subtrair a ela” (MATTELART, 2002).

O SCEO foca o sujeito como protagonista do ato comunicativo e com autonomia

para fazer escolhas que lhe interessem para sua formação.

ALICERCES EPISTEMOLÓGICOS

O Sistema de Comunicação Educativa Organizacional insere-se

epistemologicamente na intercepção de três áreas de conhecimento: Comunicação,

Educação e Administração/Marketing.

Figura 1 - Alicerces epistemológicos do SCEO

Desde a Comunicação foca-se o sujeito envolvido na relação comunicativa e

considera que os objetos usados na comunicação são meras ferramentas

complementares ao ato comunicativo entre seres humanos.

Enxerga-se o sujeito realizando trocas simbólicas, envolvidos em processos de

construção e disputa de sentidos, partilhando conhecimentos e, principalmente,

coabitando com o outro na construção da democracia. Sob esse viés, se afirma com

Wolton (2006) que “de qualquer maneira, comunicar é assumir um risco, em que reside,

de fato, toda a grandeza da coisa. O risco do encontro do outro e do fracasso” (p. 224).

Envolve escolha e cultivo de valores. “Não há ética da comunicação sem respeito do

outro, isto é, sem uma reflexão política, pois coabitar com o outro leva, de imediato, à

questão política, à da democracia” (Idem).

Para Neumann (1990) a comunicação "é um processo que cria laços, envolve,

amarra, influencia, dirige, manipula, oprime, reprime, liberta", e também é “uma das

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maiores prerrogativas do homem, porque implica pensar, ter idéias, emitir juízos de

valor. [...] É em tudo entendida como momento pedagógico a serviço ou contra a

construção de uma nova sociedade” (p. 13).

Finalmente, a comunicação é entendida como negociação e intercâmbio de

sentido, "no qual as mensagens, as pessoas-em-suas-culturas e a 'realidade' interagem

para possibilitar a produção de sentido, ou seja, sua compreensão" (O‟SULLIVAN,

2001, p.52) do mundo.

Desde a Educação retira-se o conceito de formação para a vida, que entende o

processo educativo como uma aprendizagem contínua que se situa além dos muros das

escolas e percebe o sujeito com autonomia de escolher o que lhe interessa para sua

formação pessoal. “A educação é maior que o controle formal da educação”

(BRANDÃO, 1995, p. 103). Ela não é sagrada, mas humana, realizada por pessoas em

uma prática diária de, “luta pela cidadania, pelo legítimo, pelos direitos, é o espaço

pedagógico onde se dá o verdadeiro processo de formação e constituição do cidadão. A

educação não é uma precondição da democracia e da participação, mas é parte, fruto e

expressão do processo de sua constituição” (ARROYO, 2001, p. 79).

Do Marketing se retiram princípios de endomarketing e marketing estratégico,

que vêem o público interno como a principal riqueza da organização, responsáveis pelo

conceito da empresa no mercado.

É no Marketing que se percebe a importância da gestão da comunicação, na

produção de sentidos entre os comunicadores internos e externos da instituição. Para

Carla Cirigliano (2007), “gestionar la comunicación implica definir un conjunto de

acciones y procedimientos mediante los cuales se despliegan una variedad de recursos

de comunicación para apoyar la labor de las organizaciones.”

Portanto, o modelo de comunicação organizacional SCEO tem o terceiro

alicerce no Marketing, entendendo que “A organização cumprirá melhor sua razão-de-

ser à medida que tenha um marketing mais eficiente. Este, por sua vez, será tão mais

eficiente e eficaz quanto melhor usar o seu instrumento mais destacado, a comunicação”

(YANAZE, 2005, p. 14).

Sob os alicerces apresentados é que foram definidos os princípios do SCEO,

apresentados a seguir.

OS PRINCÍPIOS DO SCEO

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O SCEO fundamenta-se em três princípios completamente contrários ao

pensamento simplificador:

Princípio 1 – A comunicação se dá entre sujeitos: para obter êxito na ação

comunicativa é necessário entender que o processo se dá entre pessoas (ou organizações

constituídas por pessoas) e por isso o foco deve estar no sujeito e não no objeto-

mensagem. Os produtos comunicativos são utensílios aplicáveis ao processo

comunicativo.

Princípio 2 – A comunicação é intencional: entende-se que a comunicação parte

de uma intenção comunicativa de alguém, de um grupo, de uma instância. Alguém

propõe a comunicação em função de um propósito particular. Para obter êxito, para que

se consume o laço comunicativo, é necessário que o outro corresponda à intenção

comunicativa.

Princípio 3 – A comunicação é educativa: a comunicação é vista dentro de um

processo educativo do sujeito e forma um “laço comum” que provoca a (de) formação

dos sujeitos envolvidos. As pessoas recolhem da mensagem do outro aquilo que lhes

serve, que entendem, com o que simpatizam, para usar na sua própria concepção do

mundo. Por sua vez, devolvem ao outro a mensagem modificada. Resulta desse

processo um ambiente social de aprendizagem.

AS DIMENSÕES DO SCEO

O SCEO requer uma seqüência de ações realizadas por um grupo interno da

organização que traz para o exercício coletivo reflexões e análises da cultura

organizacional.

Os colaboradores/sujeitos da organização imbuídos da cultura organizacional, a

partir da análise do problema da comunicação, definem os objetivos desta e as

estratégias que promoverão a comunicação educativa entre o comunicador intencional e

o comunicador correspondente.

O SCEO estrutura-se em cinco dimensões – problema, objetivo, comunicadores,

variáveis, estratégias e ações/produtos comunicativos - que tentam dar mais certeza às

ações comunicativas do grupo a partir do levantamento – e identificação – das

incertezas que estão construindo o instante observado da comunicação organizacional.

A seqüência de análises realizadas pelos grupos será descrita a seguir na

apresentação de cada uma das dimensões do SCEO.

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Figura 2 - Dimensões do SCEO

O problema de comunicação:

O grupo reunido busca a causa do problema comunicativo no cultivo de práticas

e hábitos afirmados coletivamente. Um problema de comunicação individual, quando é

assimilado pelo grupo, acaba tornando-se um problema de comunicação coletivo,

impedindo que o conhecimento organizacional flua entre seus colaboradores.

O objetivo da comunicação:

Após encontrar o problema/questão comunicativo que está interferindo na

produção de sentidos ou no desenvolvimento de processos organizacionais, o grupo

encontra a solução na mudança de hábitos e cultura. O objetivo da comunicação é,

portanto, a solução do problema estabelecida coletivamente, envolvendo os

colaboradores em um processo educativo que reconhece e habilita a participação de

cada um na construção de novos sentidos e novas práticas comunicativas.

Os comunicadores:

A comunicação educativa organizacional estabelece duas categorias de

comunicadores: o comunicador intencional e o comunicador correspondente para ser

usada no lugar de emissor-receptor ou de público-alvo. Os comunicadores são todos os

sujeitos e, dependendo do instante comunicativo, assumem o papel de comunicadores

intencionais ou de comunicadores correspondentes. O comunicador intencional é quem

faz um apelo comunicativo com a intenção de ser correspondido. O comunicador

correspondente, por sua vez, escolhe a qual apelo comunicativo vai corresponder. Sendo

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assim, o grupo define quais são as suas intenções comunicativas e quais são seus

comunicadores correspondentes, os sujeitos que deverão corresponder ao apelo

comunicativo do grupo. Os colaboradores podem assumir tanto a posição de

comunicadores intencionais como a de correspondentes, indistintamente, dentro da

convivência organizacional.

Figura 3 - Comunicadores - Intencional e Correspondente e as variáveis do MCE.

O Modelo de Comunicação Educativa:

Para habilitar a comunicação entre os comunicadores intencionais e

correspondentes, pode-se fazer uso do Modelo de Comunicação Educativa (MCE), que

é constituído por quatro variáveis: Ambiente, Momento, Temporalidade e Canais.

A variável AMBIENTE busca informações no meio ambiente onde

habitam os grupos, no contexto das práticas culturais da organização.

A variável, MOMENTO refere-se ao instante de vivência, ao momento

de formação dos sujeitos envolvidos no laço comunicativo. Procura

informações na análise das circunstâncias que situam os sujeitos em

determinada situação organizacional.

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A variável TEMPORALIDADE procura analisar em que tempo e espaço

se situam os sujeitos envolvidos no laço comunicativo. Delimita a

transitoriedade do MOMENTO e do AMBIENTE.

E, finalmente, a variável CANAIS analisa quais são os meios de

comunicação usados pelos sujeitos para criar sentidos comunicativos.

As estratégias e ações comunicativas:

A análise de cada variável do MCE deve possibilitar a criação de estratégias que

reconheçam e habilitem a comunicação entre os comunicadores intencional e

correspondente. A partir da definição da estratégia comunicativa são criadas as ações e

produtos comunicativos dentro de um plano de ação que estabelece prazos, recursos e

responsáveis. Como o foco está no resultado da ação comunicativa, acompanha-se e

avalia-se o processo buscando aferir os resultados obtidos

O SCEO é um modelo de comunicação organizacional que pode ser usado pelos

gestores da comunicação organizacional interessados em potencializar a „construção e

disputa de sentidos em âmbito organizacional‟. O modelo pode ser utilizado também

pelo sujeito organizacional que quer melhorar a sua performance comunicativa e do seu

grupo.

Este estudo, que não é conclusivo, está sendo experimentado em diversas

situações organizacionais. Os resultados colhidos nas experiências realizadas são

animadores.

Conclusiones

Neste artigo se apresentou o Sistema de Comunicação Educativa Organizacional

(SCEO), um modelo de comunicação organizacional que está sendo desenvolvido na

Seção de Apoio ao Sistema de Comunicação Educativa da Agencia de Comunicação da

UFSC com o propósito de „desenvolver competências em comunicação educativa

organizacional‟ na instituição. O SCEO nasceu na cultura organizacional da

Universidade Federal de Santa Catarina.

O estudo está alicerçado no paradigma da complexidade de Edgar Morin e no

conceito de comunicação organizacional desenvolvido por Rudimar Baldissera.

Na reflexão deste texto se procurou aproximar comunicação e organização em

um complexus que sustentasse a análise da comunicação organizacional realizada pelas

universidades federais.

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Após a delimitação do tema e contexto se apresentou o SCEO como micro-

sistema que se insere e interage com outros sistemas.

Espera-se que com o SCEO seja possível que gestores e sujeitos organizacionais

possam intervir nas „arenas nebulosas‟ das universidades federais no intuito de

fortalecê-las como instituições paradigmáticas da sociedade.

Acredita-se que ao inserir o SCEO nos processos de produção e disputa de

sentidos no ambiente organizacional das universidades federais se propiciará ao sujeito

organizacional que bem coabite com o outro na construção da democracia e de uma

sociedade melhor.

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