-
O Romantismo no BrasilSlidesLus XVI foi guilhotinado em 21 de
janeiro de 1973. Era o fim do direito divino dos reis da Frana, que
at ento concentravam todo o poder, e a ascenso de uma nova classe
social, a burguesia.
Visita de Louis VI de Marie Antoinette a Medellin, Colmbia, de
F. Botero
-
Momento HistricoSODR, Nelson Werneck.Histria da literatura
brasileira: seus fundamentos econmicos.Rio de Janeiro:Civilizao
Brasileira,1969.p.189Burguesia e Romantismo, pois, so como
sinnimos, o segundo a expresso literria da plena dominao da
primeira. [...] O advento do Romantismo,pois, s tem uma explicao
clara e profunda,a explicao objetiva quando subordinada ao quadro
histrico em que se processou.
Fatos histricos
Revoluo FrancesaPrimeira Guerra Mundial
Revoluo Industrial
O Brasil no sculo XIX: A poesia romntica
-
Momento Histrico
Processo de industrializao
Modifica as antigas relaes econmicas, criando na Europa uma nova
forma de organizao social e poltica.
Revoluo Francesa
Nivela as classes sociais e proporciona o predomnio da
aristocracia sobre a literatura.
Burguesia
Fim da dominao dos reis da Frana, que at ento concentravam todo
o poder, e ascenso de uma nova classe social, a burguesia.
O Brasil no sculo XIX: A poesia romntica
-
Uma nova sociedade, um novo gosto, um novo pblicoNovo conceito
de arteNovo pblico
A arte deixa de ser uma atividade social orientada por critrios
objetivos e convencionais;
A arte transforma-se numa forma de autoexpresso que cria seus
prprios padres;
A arte torna-se o meio empregado pelo indivduo singular para se
comunicar com indivduos singulares;
A burguesia generaliza curiosidade pelas criaes artsticas
(imprensa e teatro);
A aliana da burguesia com o povo permite levar s massas o
conhecimento dos novos tipos de arte;
Nasce um novo pblico que assiste s peas e l os folhetins e os
livros, cujo gosto necessrio atender;
O Brasil no sculo XIX: A poesia romntica
-
Moa com Livro". Sem data. leo sobre tela, 50 x 61 cm, de Jos
Ferraz de Almeida Jnior (1850-1899), que exalta o livro como
elemento do cotidiano, companheiro de todas as horas, e evidencia a
mulher como parcel importante de um novo pblico leitor.O Brasil no
sculo XIX: A poesia romnticaMuseu de Arte de So Paulo Assis
Chateaubriand
-
Momento histrico que antecede o incio do Romantismo no Brasil
determinado por: O Brasil no sculo XIX: A poesia romntica
*
-
Romantismo na literatura: Os escritores pela primeira vez vo
procurar, como tarefa patritica, definir conscientemente uma
literatura mais ajustadas s aspiraes da jovem ptria;
Aps a independncia , em 1822, o pas precisava inserir-se no
modelo moderno acompanhado as naes independentes da Europa e da
Amrica;
A imagem do portugus conquistador deveria ser varrida, havia
necessidade de autoafirmao da ptria que se formava;
O Romantismo inicia-se no Brasil em 1836, quando Gonalves de
Magalhes publica, na Frana, a Niteri Revista Brasiliense e lana, no
mesmo ano um livro de poemas romnticos intitulado Suspiros poticos
e saudades;
O Brasil no sculo XIX: A poesia romntica
-
As influncias:Lord Byron
A obra do poeta ingls Lord George Gordon Byron (1788-1824)
serviu de modelo para o ultrarromantismo. Da falar em inspirao
byroniana, gerao byroniana.Victor Hugo
A obra do poeta, romancista e escritor francs Victor Hugo (1802-
-1885) era voltadas para as questes polticas e sociais do seu tempo
e inspirou a ltima gerao dos romnticos. Da falar em gerao hugoana.O
Brasil no sculo XIX: A poesia romnticaMuseu Rodin, ParisEscultura
"Victor Hugo", de Auguste Rodin.
-
Caractersticas do Romantismo Observe no quadro abaixo, as
principais diferenas entres os movimentos clssico e romntico:
ClassicismoRomantismo geral, universal
particular, individual
impessoal, objetivo
pessoal, subjetivo
apelo imaginao
razo
sensibilidade
erudio
folclore
elitilizao
motivos populares
disciplina
libertao
imagem racional do amor e da mulher
imagem sentimental e subjetiva do amor e da mulher
apelo inteligncia
-
Podemos reconhecer trs geraes poticas no Romantismo brasileiro
:
Nacionalista ou indianista
Mal do sculo
Condoreira
O Brasil no sculo XIX: A poesia romntica
-
Primeira gerao gerao nacionalista ou indianista Marcada pela
exaltao da natureza, pela volta ao passado histrico, pelo
medievalismo, pela criao do heri nacional na figura do ndio,
sentimentalismo e religiosidade;
Gonalves Dias Gonalves de MagalhesArajo Porto Alegre
Gonalves Dias
Meu canto de morte,Guerreiros, ouvi:Sou filho das selvas,Nas
selvas cresci;Guerreiros, descendoDa tribo tupi.Da tribo pujante,
Que agora anda errantePor todo inconstante,Guerreiros, nasci:Sou
bravo, sou forte,Sou filho do Norte;Meu canto de morte,Guerreiros,
ouvi.O Brasil no sculo XIX: A poesia romntica
-
Segunda gerao gerao mal do sculo Impregnada de egocentrismo,
negativismo bomio, pessimismo, dvida, desiluso adolescente e tdio
constante. Seu tema preferido a fuga da realidade, que se manifesta
na idealizao da infncia, nas virgens sonhadas e na exaltao da
morte;
lvares de AzevedoCasemiro de AbreuJunqueira FreireFagundes
Varela
lvares de Azevedo
Ideias ntimas
Oh! Ter vinte anos sem gozar de leveA ventura de uma alma de
donzela!E sem na vida ter sido nuncaNa suave atrao de um rseo
corpoMeus olhos turvos se fechar de gozo! (...)AZEVEDO, lvares de.
Poesias escolhidas. Rio de Janeiro: Jos Aguilar, 1971. p. 129.
Fragmento.O Brasil no sculo XIX: A poesia romntica
-
Terceira gerao gerao condoreira Caracterizada pela poesia social
e libertria, reflete as lutas internas da segunda metade do imprio
de D. Pedro II. O termo condoreirismo consequncia do smbolo de
liberdade adotado pelo jovens romnticos: o condor, guia que habita
o alto da Cordilheira dos Andes;
Castro AlvesSousndrade
Castro Alves
Vozes d frica
Deus! Deus onde ests que no me respondes?Em que mundo, em qu
estrela tu t escondesEmbuado nos cus?H dois mil anos te mandei meu
grito, Que embale desde ento corre o infinito ...Onde ests, Senhor
Deus? ...ALVES, Castro. Castro Alves: obra completa. Rio de
Janeiro: Jos Aguilar, 1966. p. 255. Fragmento.O Brasil no sculo
XIX: A poesia romntica
-
A narrativa romnticaAlguns fatos que explicam o aparecimento e o
desenvolvimento do romance no Brasil :
o esprito nacionalista exige uma cor local e no a mera impostao
ou traduo de obras;
o jornalismo vivendo seu primeiro grande impulso e a divulgao em
massa de folhetins;
o avano do teatro nacional;
urbanizao da cidade do Rio de Janeiro, gerou uma sociedade
consumidora, formada de jovens estudantes e profissionais liberais,
todos em busca de entretenimento;
-
Primeiro romance A Moreninha, de Joaquim Manuel de MacedoA
narrativa romntica
-
O teatro romnticoMartins Pena e a comdia de costumes No perodo
romntico se define o teatro nacional;
Deve-se a Gonalves de Magalhes, o papel pioneiro: em 1838 era
representado seu drama Antnio Jose ou Poeta da Inquisio, marco
inicial do teatro brasileiro;
A consolidao do teatro se atribui a Martins Pena e suas comdias
de costumes;
[...] Nas pecinhas de uma ato de Martins Pena sobressai o
realismo ingnuo, natural, alterado aqui e ali pelo dom da stira,
pelo gosto da deformao cmica.
Dcio de Almeida PradoPRADO, Dcio de Almeida. A evoluo da
literatura dramtica. In: A literatura no Brasil. Rio de Janeiro:
Editorial Sul Americana, 1971. v. 6.Editora Marcado Aberto
*