O Que a Bblia Diz?Quem "Lcifer"?
O nome Lcifer frequentemente aplicado a Satans, mas no h base
bblica para estaideia A palavra "Lcifer" a traduo em algumas Bblias
(ainda que no nas verses portuguesas mais comuns) da palavra
hebraica hll em Isaas 14:12. Verses bem conhecidas como a Revista e
Corrigida, a Revista e Atualizada (1 e 2) e a Linguagem de Hoje
traduzem esta palavra como "estrela da manh."
veja emWikipedia:LCIFER
A palavra lcifer uma palavra do Latim (idioma antigo) e
significa "portador da luz("lux" ou "lucis "+ "ferre")". Quem
traduziu a Bblia para o Latim foi Eusbio Sofrnio Jernimo e essa
traduo conhecida como "VULGATA LATINA"; na Bblia em Latim, o
substantivo "lcifer" aparece seis vezes, a saber:1 - A palavra
"lcifer" aparece em J 11:17, referindo-se ao amanhecer.2- A palavra
"lcifer" aparece em J 38:32, referindo-se estrelas.3 - A palavra
"lcifer" aparece em Salmos 110:3 (Na Nova Vulgata Apenas),
referindo-se ao amanhecer.4 - A palavra "lcifer" aparece em 2 Pedro
1:19, referindo-se, por incrvel que parea, a Jesus!5 - A palavra
lcifer aparece em Isaas 14:12, referindo-se ao rei da Babilnia
(compare Is 14:12 com Is 14:4-6)
6 - A palavra Lcifer aparece em Apocalipse 2:28
Isaas 14 uma profecia sobre a queda do rei de Babilnia (veja
14:4). Este rei exaltava-se, buscando tomar a glria que pertence a
Deus. A profecia de Isaas 14 mostra que ele seria derrubado de
volta terra.
interessante que o Novo Testamento fale sobre a "estrela da
alva" (2 Pedro 1:19) e a "estrela da manh" (Apocalipse 2:28;
22:16). Em todas estas passagens, claro que a estrela da manh no
Satans, ou qualquer outra criatura blasfema. O prprio Jesus a
brilhante estrela da manh que abenoa seus servos fiis.
Ento, por que o nome "Lcifer" freqentemente aplicado a Satans? O
uso partiu de uma interpretao errada de Isaas 14:12. Muitos
comentaristas inseriram algo maior neste texto, vendo-o como uma
explicao da origem de Satans. Certamente h razo para acreditar que
o Diabo foi um dos anjos (J 1:6), que ele tem estado em rebelio
contra Deus desde antes da criao da Terra (1 Joo 3:8; veja Gnesis
3), e que vrios anjos seguiram sua desobedincia e sero castigados
eternamente (Judas 6). O que o rei de Babilnia fez foi o mesmo tipo
de pecado: desafiar a autoridade do Rei dos reis. Neste sentido,
podemos pensar em "Lcifer" como um filho ou discpulo de Satans
(veja Joo 8:44), mas a profecia de Isaas 14:12 no est falando
especificamente do Diabo.
Esta uma lio permanente para ns de Isaas 14. O rei de Babilnia
serve como um lembrete claro da verdade das palavras de Jesus em
Lucas 14:11: "... todo o que se exalta ser humilhado; e o que se
humilha ser exaltado." Que possamos andar humildemente com nosso
Deus.
SATANS NUNCA FOI LCIFER: A VERDADE SOBRE A ORIGEM DO MAL
PRIMEIRAS PALAVRAS
O Mal algo que s se caracteriza graas, primeiramente, a
existncia do Bem. Porm, ao caracterizar-se, o Mal acaba por
caracterizar o Bem, ou seja, caracteriza que o Bem Bom. O Bem e o
Mal so foras que se anulariam caso existisse apenas uma. Por
exemplo, a sade algo bom, mas s para quem conhece a doena, que algo
mau. Ora quando temos sade no damos importncia ao tipo de bebida ou
comida que consumimos. O importante que sejam agradveis ao nosso
paladar. No entanto, quando adoecemos que percebemos que a sade
algo bom, ou seja, por intermdio do mal descobri que o bem bom.
Essa relao diretamente proporcional, ou seja, quanto maior for o
mal, mais certeza teremos de que o bem bom. No exemplo em questo,
quanto maior for a enfermidade mais certeza ter o enfermo de que a
sade algo bom. Logo, o mal da doena caracteriza a benignidade da
sade. Mas, no existe doena sem que haja primeiramente a sade.
Portanto, o mal caracteriza o bem, mas sua existncia depende da
prvia existncia do bem.
Muitos, ou todos, condenam Ado e Eva por terem comido o fruto da
rvore do conhecimento entre o Bem e o Mal. Para ns muito fcil dizer
que o que eles fizeram no foi correto, mas s sabemos disso porque
somos conhecedores do pecado. Certamente que Ado e Eva no sabiam
que a vida eterna era algo bom, at conhecerem a morte. Depois
disso, passaram a dar valor ao fruto de uma rvore que sempre esteve
disposio deles, mas lhes parecia to normal quanto s outras, por
isso no lhe dava importncia: A rvore da Vida. Mas, agora no eram
mais dignos de chegarem a ela. Por isso Deus colocou querubins para
guardarem-na:
"Ento, disse o SENHOR Deus: Eis que o homem se tornou como um de
ns, conhecedor do bem e do mal; assim no estenda a mo, e tome tambm
a rvore da vida, e coma, e viva eternamente.O SENHOR Deus, por
isso, o lanou fora do jardim do den, a fim de lavrar a terra de que
fora tomado.E, Expulso o homem, colocou querubins ao oriente do
jardim do den (...) para guardar o caminho da rvore da vida"( Gn
3:22-24 )
Portanto, a Vida Eterna s se caracterizou como algo bom graas ao
conhecimento sobre a Morte que, naquele momento, caracterizava-se
como m.
Uma questo pode ser levantada nesta situao:"Qual motivo da
existncia da rvore do conhecimento, sobre o bem e o mal, no paraso,
se ela viria a trazer tantos malefcios?"
Acredito, e agora se trata de uma reflexo meramente individual,
portanto passvel de discusso, que a existncia da rvore do
conhecimento tem o objetivo de caracterizar a benignidade de Deus,
ou seja, primeiro existiu o Bem, mas foi necessria a introduo do
Mal para que o Bem pudesse ser caracterizado.
E, com base nisso, pode-se afirmar: "O Mal j existia no paraso
antes mesmo da criao do homem, mais precisamente no terceiro dia da
criao ele surgiu. Logo, verdade afirmar que Ado e Eva foram os
primeiros homens a pecar, mas no que eles foram os responsveis pela
introduo do mal no paraso, pois o Mal j existia antes mesmo deles
terem comido o fruto proibido. Ora, Satans estava na serpente, logo
o Mal j existia e tanto isso verdade que Deus criou a primeira lei:
"... de toda rvore do jardim comers livremente, mas da rvore do
conhecimento do bem e do mal no comers..." ( Gn 2:16-17 ). Se havia
lei era porque j havia o mal (transgresso), pois: "onde no h lei,
tambm no h transgresso..." ( Rm 4:15 ); "pela lei vem o pleno
conhecimento do pecado" ( Rm 3:20 ).
Sabe-se, portanto, que o Mal j existia no paraso antes mesmo de
Ado e Eva terem pecado, mas a questo que fundamenta este estudo
:"Como surgiu o Mal?". Necessariamente quando se busca um
conhecimento sobre origem do mal, busca-se, tambm, o conhecimento
sobre a origem de seu maior representante:Satans (Diabo).
Mas adiante vamos discorrer um aprofundado estudo bblico a
procura de evidncias que possam fundamentar toda essa estria de um
dia Satans ter sido Lcifer, um anjo que queria ser mais poderoso
que Deus, e que iniciou uma peleja no Cu, na qual foi derrotado e
lanado a Terra e nos tenta at hoje.Aps este estudo descobriremos
que tudo isso no passa de uma lenda causada por uma interpretao
equivocada dos leitores e estudiosos da bblia.
OS POVOS MAIS ABENOADOS POR DEUS
Na bblia, mais precisamente no Antigo Testamento, h relatos
sobre dezenas de povos que tiveram, direta ou indiretamente, alguma
relao com o povo de Israel. Entre eles podemos citar osegpcios, os
babilnios, os sidomeses, os de Tiro, os da Assria, os de Moabe,
etc.
Todos esses povos tiveram alguma relao negativa com o povo de
Israel e, atravs de profecias, receberam duras penas de Deus. No
livro intitulado Ezequiel encontra-se vrias profecias contra alguns
desses povos. Por exemplo, em Ez 25 h profecias contra os povos
deAmom, Moabe, Edom e Filstia. Em vrias outras partes da bblia,
principalmente em Isaias, Jeremias, Ezequiel e Daniel, podem ser
encontradas diversas dessas profecias.
Porm, em relao a alguns povos Deus, por intermdio dos profetas,
alm de anunciar profecias de destruio, anunciou, tambm, lamentaes.
Os nicos povos que Deus lamentou destruir foram:Israel, Egito, Tiro
e Babilnia.
Qual seria o motivo que levou Deus a lamentar a destruio desses
povos? Ora, por uma razo comum: Os reis, ou prncipes, desses povos
eram abenoados e amados por Deus. Ora, como pde Deus amar e abenoar
povos como, por exemplo, os egpcios que tanto mal lhe fez, se que
fizeram algum bem?!
Esta indagao s pode ser respondida, com clareza, aps uma
profunda anlise dos relatos bblicos sobre esses povos e, logo aps,
vamos associar as concluses com a equivocada estria sobre a origem
de Satans, que o objetivo de nossa discusso.
As lamentaes a esses povos podem ser encontradas em:1 ?
Lamentaes (Livro todo dedicado ao sofrimento do povo de Israel);2 ?
Ez 27:1-4 (Lamentaes Tiro e seu rei):"Veio Amim a palavra do
SENHOR, dizendo: Tu, pois, filho do homem, levanta uma lamentao
sobre Tiro; dize a Tiro (...): Assim diz o SENHOR: Tiro, tu dizes:
Eu sou perfeita em formosura. No corao dos mares, esto os teus
limites; os que te edificaram aperfeioaram a tua formosura."
3 ? Jr 51:7-9 (Lamentao Babilnia e seu rei):"A Babilnia era um
copo de ouro na mo do SENHOR (...). Repentinamente, caiu Babilnia
ela, porm, no sarou (...) lamentai por ela, tomai blsamo para a sua
ferida."
4 ? Ez 32:1-2 (Lamentao ao Egito):"(...) Veio a mim a palavra do
SENHOR, dizendo: Filho do homem, levanta uma lamentao contra fara,
rei do Egito, e dize-lhe: Foste comparado a um filho de leo entre
as naes (...)"Sabe-se, agora, aps ler esses trechos, que Deus
realmente lamentou destruir esses povos mas, exatamente, o que
significa "lamentar"?
Se analisarmos em um dicionrio, lamentar o mesmo que: 1 ?
Chorar, gemendo ou gritando; 2 ? Lastimar, deplorar; 3 ? Proferir
palavras de tristeza, aflio.Logo, Deus estava muito triste ao
anunciar os castigos a esses povos, aos quais os amava
bastante.
3.1 O POVO DE ISRAELNo h dvidas sobre o grande amor de Deus em
relao ao povo de Israel, o "Povo de Deus" (Ex 3:10), principalmente
cidade de Jerusalm, sendo esta, simbolicamente, considerada a
"Noiva de Deus" (Is 62:3-5).Porm a recproca desse amor no era
verdadeira, uma vez que este povo despontava tanto a Deus que Ele,
por diversas vezes, o castigou e, arrependendo-se, por conta de Seu
grande amor, o perdoou:"Ento, enviou o SENHOR a peste a Israel,
desde a manh at o tempo que determinou; e, de D at Berseba,
morreram setenta mil homens do povo. Estendendo, pois, o Anjo do
SENHOR a mo sobre Jerusalm, para a destruir, arrependeu-se o SENHOR
do mal e disse ao Anjo que fazia a destruio entre o povo: Basta,
retira a mo..." (2 Sm 24:15-16)
"...Assim diz o SENHOR, Deus de Israel...: Se permaneceres nesta
terra, ento, vos edificarei e no vos derribarei; porque estou
arrependido do mal que vos tenho feito." (Jr 42:9-11).
Talvez o perodo de domnio da Babilnia sobre Israel tenha sido o
maior castigo de Deus para com o seu povo:"...Assim diz o SENHOR
dos Exrcitos: Visto que no escutastes as minhas palavras, eis que
mandarei buscar todas as tribos do Norte, diz o SENHOR, como tambm
a Nabucodonossor, rei da Babilnia, meu servo, e os trarei contra
esta terra, contra os seus moradores e contra todas as naes em
redor, e os destruirei totalmente... toda esta terra vir a ser um
deserto e um espanto; todas estas naes serviro ao rei da Babilnia
setenta anos" (Jr 25:8,9,11).
Era com grande tristeza que Ele o castigava:"Acaso, tenho eu
prazer na morte do perverso? ? Diz o SENHOR; no desejo eu, antes,
que ele se converta e viva?... No tenho prazer na morte de ningum,
diz o SENHOR Deus. Portanto, convertei-vos e vivei." (Ez
18:23,32).
Tamanha era essa tristeza que h um livro todo focado em prantear
o castigo sofrido pelo povo de Israel durante o domnio babilnico.
Este livro intitulado Lamentaes.Logo, no h dvidas do motivo de Deus
lamentar o castigo dado a Israel era porque o amava muito, tanto
que o escolheu como Seu povo.
3.2 O POVO DO EGITOAntes de iniciarmos uma anlise sobre a relao
que Deus tinha com o Egito, preciso que se reflita sobre a seguinte
indagao: "Se Deus, em Suas prprias palavras, ao descrever o Brasil,
simbolicamente, o comparasse a maior, mais bela e formosa rvore do
den e que nenhuma outra rvore a ela se assemelhava. Que concluses
poderamos tirar disso? Ora, que o Brasil seria um lugar abenoado
por Deus e Ele muito o quer bem. Correto?
Pois voc sabia, leitor, que foi exatamente essa comparao que
Deus fez, por intermdio do profeta Ezequiel, ao descrever o
Egito?"(...) Veio a mim a palavra do SENHOR, dizendo: Filho do
homem, dize a fara, rei do Egito, e a multido do seu povo: A quem s
semelhante na tua grandeza?(...) Se elevou a sua estatura sobre
todas as rvores do campo, e se multiplicaram os seus ramos (...)
por causa das muitas guas durante o seu crescimento.Os cedros no
jardim de Deus no lhe eram rivais (...), nenhuma rvore do jardim de
Deus se assemelhava a ele na sua formosura. (...) Todas as rvores
do den, que estavam no jardim de Deus, tiveram inveja dele."( Ez
31:1-2;5;8-9 )
Quem proporcionou ao Egito ser merecedor de tais adjetivos? Ora,
o prprio Deus assim o fez:"Formoso o fiz na multido de seus ramos;
todas as rvores do den, que estavam no Jardim de Deus, tiveram
inveja dele..." (Ez 31:9).Mas, apesar de todas as bnos recebidas,
os egpcios no as reconheceram como sendo oriundas de Deus. Antes
acreditavam ser Fara um deus:"A terra do Egito se tornar em desolao
e deserto; e sabero que eu sou o SENHOR. Visto que disseste: o rio
meu, e eu o fiz, eis que estou contra ti e contra os teus rios."
(Ez 29:9-10).
Por esta razo Deus decidiu entregar o Egito nas mos de
Nabucodonossor, rei da Babilnia, assim como fez a Israel:"(...)
Assim diz o SENHOR Deus: Eis que eu darei a Nabucodonossor, rei da
Babilnia, a terra do Egito (...)" (Ez 29:19)"Assim diz o SENHOR
Deus: Eu, pois, farei cessar a pompa do Egito, por intermdio de
Naucodonossor, rei da Babilnia." (Ez 30:10), portanto, por Deus ter
abenoado a Fara e este no ter reconhecido que seu poder vinha de
Deus, ao contrrio, ele achava que era um deus, que Ele lamentou
profundamente ter que destru-lo:"Filho do homem, levanta uma
lamentao contra Fara, rei do Egito, e dize-lhe: ...Quando eu te
extinguir, cobrirei os cus e farei enegrecer as suas estrelas;
encobrirei o sol com uma nuvem, e a lua no resplandecer a sua luz.
Por tua causa, vestirei de preto todos os brilhantes luminares do
cu e trarei trevas sobre o teu pas, diz o SENHOR Deus." (Ez 32:
2,7-8).
3.3 O POVO DE TIROTiro era uma cidade muito prspera no comrcio
martimo e, por causa disso, exercia grande influncia sobre diversos
povos, sendo considerada a "Feira das Naes" (Is 23:3), ou seja, a
fonte de abastecimento dos povos. Tiro era tambm chamada de "a
Grande Distribuidora de Coroas" (Is 23:8), caracterizando a grande
riqueza que possua.
Em Ez 27 acha-se uma lista dos povos aos quais Tiro exercia
grande influncia comercial. Povos como: Bas, Egito, Sidom, Persas,
Trsis, Sria, Jud, Israel, Arbia, Sab, entre outros. Em troca das
mercadorias oriundas da cidade Tiro os povos davam: Prata, bronze,
escravos, madeira de bano, esmeraldas, linho puro, trigo, azeite,
cordeiros, bodes, carneiros, ouro, aromas finos, navios e,
inclusive, povos como os Persas ofereciam seus soldados para
lutarem em nome de Tiro:
"Os Persas (...) se acharam em teu exrcito e eram teus homens de
guerra; escudos e capacetes penduraram em ti; manifestaram a tua
glria." (Ez 27:10)
Como pudemos observar, a cidade de Tiro era muito rica, prspera
e, sobretudo, poderosa. Todo esse poder foi conseguido graas ao seu
rei, que vamos conhecer a seguir.
3.3.1 O REI DE TIROEra um dos homens mais sbios da poca, segundo
as prprias palavras de Deus:"Sim, s mais sbio que Daniel, no h
segredo algum que possa esconder de ti; pela tua sabedoria e pelo
teu entendimento, alcanaste o teu poder e adquiriste ouro e prata
nos teus tesouros..." (Ez 28:3-4).
Sendo, como pudemos verificar, mais sbio que Daniel, um dos
grandes profetas de Deus. Logo, pode-se dizer que o rei de Tiro era
uma pessoa abenoada por Deus, uma vez que s Deus d a sabedoria e o
poder:
"Disse Daniel: Seja bendito o nome de Deus, de eternidade a
eternidade, porque dele a sabedoria e o poder; ele quem muda o
tempo e as estaes, remove reis e estabelece reis; ele d sabedoria
aos sbios e entendimento aos inteligentes." (Dn 2:20-21).
A todos aqueles que Deus d a sabedoria, esta lhe proporciona
sorte de bens e tesouros, como aconteceu com o rei de Tiro:"Eu, a
sabedoria, (...) ando pelo caminho da justia, no meio das veredas
do juzo, para dotar de bens os que me amam e lhes encher os
tesouros." (Pv 8:12;20-21)
Porm os estrondosos aumentos de riquezas e de poder fizeram com
que o rei de Tiro ganhasse tanta estima, de diversos povos, que ele
comeou a achar que era o prprio Deus:"...Dize ao prncipe de Tiro:
Assim o diz o SENHOR Deus: Visto que se eleva o teu corao,e dizes:
Eu sou Deus, sobre a cadeira de Deus me assento no corao dos mares,
e no passas de homem e no s Deus, ainda que estimas o teu corao
como se fora o corao de Deus..." (Ez 28:2).
Por causa disso, Deus decidiu entregar a cidade de Tiro nas mos
da Babilnia:"...Assim diz o SENHOR Deus: Eis que eu trarei contra
Tiro a Nabucodonossor, rei da Babilnia..." (Is 23:13,15).
3.4 O POVO DA BABILNIAA Babilnia, no reinado de Nabucodonossor,
era o povo mais forte, rico e poderoso da poca. Se voc, leitor,
percebeu, todos os outros trs povos, analisados por ns, foram
submetidos ao poder da Babilnia.Para se entender melhor o motivo de
Deus ter dado tanto poder Babilnia necessrio que se estude, e
entenda, a relao entre Nabucodonossor e Deus.
3.4.1 O REI DA BABILNIANo existiu um rei, no-judeu, to abenoado
por Deus quanto o rei Nabucodonossor, e isso pode ser claramente
observado na forma como o prprio Deus se referia a ele:"O rei dos
reis" (Ez 26:7);"Meu servo" (Jr 27:6 e Jr 43:10).
Nabucodonossor foi um rei que conquistou grande poder graas a
sua fidelidade a Deus, pois Deus abenoa os justos, como assim o fez
a Nabucodonossor:"Eu fiz a terra, o homem e os animais que esto
sobre a face da terra, com meu grande poder e com meu brao
estendido, e os dou quele a quem for justo. Agora, eu entregarei
todas estas terras ao poder de Nabucodonossor, rei da Babilnia, meu
servo; e tambm lhe dei os animais do campo para que o sirvam..."
(Jr 27:5-6).Por ter sido considerado, por Deus, uma pessoa justa
que Nabucodonossor teve a honra de receber aqueles dois adjetivos
da prpria boca de Deus.
O rei Nabucodonossor era fiel a Deus, ao qual O reconhecia como
"O Deus dos deuses" e "O senhor dos reis" (Dn 2:46-47) e bendizia o
Seu nome:"(...) Eu, Nabucodonossor, levantei os olhos ao cu (...) e
bendisse o Altssimo (..), louvo, exalo e glorifico ao Rei do cu,
porque todas as suas obras so verdadeiras, e os seus caminhos,
justos (...)" ( Dn 4:34,37 )
Deus abenoava tanto a Nabucodonossor que, durante o cativeiro,
ordenou que o Seu povo prestasse obedincia ao rei da Babilnia,
punindo com a morte quem assim o no fizesse (Jr 27:11-14).
Portanto, no h dvidas que a Babilnia era uma grande nao abenoada
por Deus por causa de seu rei.
O reflexo do carter e obedincia de Nabucodonossor pode ser visto
no poder e nas glrias alcanadas pela Babilnia:"Fortalecerei os
braos do rei da Babilnia e lhe porei na mo a minha espada(...)" (Ez
30:24)"Sabero que eu sou o SENHOR, quando eu puser a minha espada
nas mos do rei da Babilnia..." (Ez 30:25);"A Babilnia era um copo
de ouro na mo do SENHOR..." (Jr 51:7);"Tu, Babilnia, eras o meu
martelo e minhas armas de guerra; por meio de ti destruireis..."
(Jr 51:20).
Porm uma coisa certa, e esta uma reflexo minha, o poder e a
riqueza so os elementos que mais tentam o corao dos justos
desobedincia aos preceitos de Deus, levando o homem loucura. Foi
exatamente isso o que aconteceu a Nabucodonossor. Depois de tanto
poder e riqueza ele comeou a se desviar dos caminhos de Deus; a
gota d'gua foi quando ele fez uma imagem de ouro de outro deus, e
obrigou que todos a adorassem:"O rei Nabucodonossor fez uma imagem
de ouro... Levantou-a no campo de Dura, na provncia da Babilnia...
Qualquer que no se prostrar e no adorar ser, no mesmo instante,
lanado na fornalha de fogo ardente." (Dn 3:1,6)Neste momento Deus
perdoa Israel e arrepende-se do mal que lhe fez:"...Assim diz o
SENHOR, Deus de Israel...: Se permaneceres nesta terra, ento, vos
edificarei e no vos derribarei; porque estou arrependido do mal que
vos tenho feito." (Jr 42:9-11).
Deus, ento, anuncia a destruio da Babilnia:"Eis agora vem uma
tropa de homens, cavaleiros de dois a dois. Ento, ergueu ele a voz
disse: Caiu, caiu Babilnia; e todas as imagens de escultura dos
seus deuses jazem despedaadas por terra." (Is 21:9-10)"Ponde-vos em
ordem de batalha em redor contra a Babilnia, todos vs que manejais
o arco; atirai-lhe, no poupeis as flechas; porque ela pecou contra
o SENHOR... Portanto, assim diz o SENHOR dos Exrcitos, o Deus de
Israel: Eis que castigarei o rei da Babilnia e a sua terra..." (Jr
50:14,18)
Porm, Deus lamentou profundamente ter que fazer isso:"A Babilnia
era um copo de ouro na mo do SENHOR, o qual embriagava a toda a
terra; do seu vinho beberam as naes; por isso, enlouqueceram.
Repentinamente, caiu Babilnia e ficou arruinada; lamentai por ela,
tomai blsamo para a sua ferida; porventura sarar. Queramos curar
Babilnia, ela, porm, no sarou; deixai-a, e cada um v para a sua
terra; porque o seu juzo chega at ao cu e se eleva at as mais altas
nuvens." (Jr 51:7-9)"Tu Babilnia, eras o meu martelo e minhas armas
de guerra; por meio de ti, despedacei naes e destruireis; por meio
de ti despedacei o homem e a mulher, despedacei o velho e o moo,
despedacei o jovem e a virgem; por meio de ti, despedacei o pastor
e seu rebanho, despedacei o lavrador e sua junta de bois,
despedacei governadores e vice-reis." (Jr 51: 20-23)
Ento, por meio de um sonho, Deus anuncia a Nabucodonossor a sua
queda e destruio do reino:"Eu, Nabucodonossor, estava tranqilo em
minha casa e feliz no meu palcio. Tive um sonho que me espantou; e,
quando estava no meu leito, os pensamentos e as vises da minha
cabea me turbaram.Eram assim as vises da minha cabea (...): Eu
estava olhando e vi uma rvore no meio da terra, cuja altura era
grande; crescia a rvore e se tornava forte, de maneira que sua
altura chegava at ao cu; e era vista at os confins da terra. A sua
folhagem era formosa, e o seu fruto, abundante, e havia nela
sustento para todos (...) No meu sonho (...) vi um vigilante, um
santo, que descia do cu, clamando fortemente e dizendo: Derribai a
rvore, cortai-lhe os ramos, derriai-lhe as folhas, espalhai o seu
fruto; afugentem os animais de debaixo dela e as aves, dos seus
ramos.A rvore que viste, que cresceu e se tornou forte, cuja altura
chegou at ao cu, e que foi vista por toda a terra (...)s tu, rei,
que cresceste e vieste a ser forte; a tua grandeza cresceu e chega
at ao cu, e o teu domnio, at a extremidade da terra.Esta a
interpretao, rei, este o decreto do Altssimo, que vir contra o rei,
meu senhor: Sers expulso de entre os homens, e a tua morada ser com
os animais do campo, e dar-te-o a comer ervas como aos bois, e sers
molhado do orvalho do cu; e passar-se-o sete tempos por cima de ti,
at que conheas que o Altssimo tem domnio sobre o reino dos homens e
o d a quem quer." (Dn 4:4-5, 10-14, 20, 22, 24-25)
Em Dn 4:33-34, 37 encontra-se, em detalhes, como aconteceu a
queda de Nabucodonossor. Analisando-se esse trecho percebe-se que
Nabucodonossor foi humilhado por Deus mas, apesar de toda a desgraa
que lhe foi imposta, ele arrependeu-se de tudo o que tinha feito de
mal aos olhos do SENHOR e O glorificou:
"No mesmo instante, se cumpriu a palavra sobre Nabucodonossor, e
foi expulso de entre os homens e passou a comer ervas como os bois,
o seu corpo foi molhado com o orvalho do cu, at que lhe cresceram
os cabelos como as penas da guia, e as suas unhas, como as das
aves. Mas, no fim daqueles dias,eu, Nabucodonossor, levantei os
olhos ao cu, tornou-me a vir o entendimento, e eu bendisse o
Altssimo, e louvei, e glorifiquei ao que vive para sempre, cujo
domnio sempiterno, e cujo reino de gerao em gerao.Agora, pois, eu,
Nabucodonossor, louvo, exalo e glorifico ao Rei do cu, porque todas
as suas obras so verdadeiras, e os seus caminhos, justos, e pode
humilhar aos que andam na soberba." (Dn 4:33-34, 37)
Com isso terminamos nossa anlise sobre os povos mais abenoados
por Deus e, partindo desse conhecimento, vamos descobrir quo
equivocada a interpretao bblica que os grandes estudiosos fazem
sobre a origem de Satans, maquiando-o como tendo sido um Anjo de
Deus.
4 OS SUPOSTOS FUNDAMENTOS PARA A ORIGEM DE SATANSComo j foi
dito, no incio dessa discusso, os supostos fundamentos para
sustentar a teoria de que Satans era um anjo, chamado Lcifer, so
encontrados em trs livros bblicos, aos quais vamos analisar
agora:
4.1 EZEQUIEL, CAPTULO 28 E VERSOS DE 13 A 17"Estavas no den,
jardim de Deus; de todas as pedras preciosas te cobrias: o srdio, o
topzio, o diamante, o berilo, o nix, o jaspe, a safira, o carbnculo
e a esmeralda; de ouro se te fizeram os engastes e os ornamentos;no
dia em que foste criado, foram eles preparados.Tu eras querubim da
guarda ungido, e te estabeleci; permanecias no monte santo de Deus,
no brilho das pedras andavas. Perfeito eras nos teus caminhos,
desde o dia em que foste criado at que se achouiniquidadeem ti.
Na multiplicao do teu comrcio, se encheu teu interior de
violncia, e pecaste; pelo que te lancei, profanado, fora do monte
santo de Deus e te farei perecer, querubim da guarda, em meio ao
brilho das pedras.
Elevou-se o teu corao por causa da tua formosura, corrompeste a
tua sabedoria por causa do teu resplendor; lancei-te por terra,
diante dos reis te pus, para que te contemplem."
Acredita-se que esse trecho seja sobre a origem de Satans porque
se pode encontrar fortes evidncias, como as que esto destacadas em
negrito no texto.
A bblia um poderoso instrumento que deve ser utilizado para o
estudo, e no apenas para uma leitura solta e vazia; estudar a
bblia, acredito, analis-la cuidadosamente, sem pressa, observando
todo o contexto histrico de cada verso e ligando os fatos ocorridos
ao motivo de tais palavras terem sido escritas.
por falta dessa anlise contextual que muitas pessoas se
convencem ser esse trecho direcionado figura de Satans. A partir de
agora vai ser exigida a compreenso de toda a anlise histrica feita
no captulo anterior.
Este trecho, na verdade, corresponde a um trecho de uma lamentao
que Deus levanta ao rei de Tiro; no difcil constatar isso, basta
ler os dois versos anteriores:"Veio a mim a palavra do SENHOR,
dizendo: Filho do homem, levanta uma lamentao contra o rei de Tiro
e dize-lhe: Assim diz o SENHOR Deus: Tu s o sinete da perfeio,
cheio de sabedoria e formosura..." (Ez 28:11-12).
Reflita agora leitor e me responda: "Quem , segundo as prprias
palavras de Deus, nesse contexto, o sinete da perfeio, cheio de
sabedoria e formosura? Satans?".
Torna-se difcil, e ilgico, acreditar que todos esses adjetivos
sejam destinados ao rei de Tiro. Mas, s para quem deixou passar,
desapercebidamente, todo o contexto histrico que circunda o motivo
de tais palavras terem sido proferidas, ou seja, todo o relato
desse trecho direcionado ao rei de Tiro pelos motivos aos quais
debatemos quando analisamos a histria, bblica, da cidade de
Tiro.Quando Deus diz: "Tu eras querubim" e "Estavas no den jardim
de Deus", evidente que h aqui o mesmo recurso de comparao simblica
utilizada por Ele para descrever o Egito.
Da mesma forma, como vimos, que Deus compara Fara e o Egito a
mais bela e formosa rvore do den, mais bela inclusive que a rvore
da Vida, Ele compara simbolicamente o rei de Tiro ao maissbio e
formoso querubim do den.
Veja, agora, como o restante da anlise do texto se encaixa com
harmonia:1- Quando Deus diz: "Perfeito eras nos teus caminhos",
fica claro que sobre o motivo pelo qual Deus concedeu tanto poder e
riqueza ao rei de Tiro, pois toda e qualquer autoridade, como de um
rei por exemplo, provm de Deus:"... porque no h autoridade que no
proceda de Deus; as autoridades foram por Ele institudas..." (Rm
13:1).
E essa autoridade Deus concede aos que forem justos aos Seus
olhos:"Eu fiz a terra, o homem e os animais que esto sobre a face
da terra, com meu grande poder e com meu brao estendido, e os dou
quele a quem for justo..." (Jr 27:5).
2- Quando Deus diz: "Elevou-se o teu corao por causa da tua
formosura", evidente que sobre a loucura do rei de Tiro em
acreditar que era o prprio Deus:
"...Dize ao prncipe de Tiro: Assim o diz o SENHOR Deus: Visto
que se eleva o teu corao,e dizes: Eu sou Deus, sobre a cadeira de
Deus me assento..." (Ez 28:2 ).
Logo, o querubim, o anjo da guarda ungido, ao qual esse trecho,
em anlise, se refere , na verdade, o rei de Tiro e no Satans. No h
sentido em se afirmar que esse trecho est se referindo figura de
Satans, porque no h fundamentao alguma, no h contexto histrico
algum, em toda a bblia, que possa ser usado como ponte para essa
afirmao, ou seja, com base em que se pode dizer que esse querubim
Satans? De onde vem a fundamentao?
O substantivo Lcifer ocorre seis vezes na Vulgata, verso latina
da Bblia, e uma vez em algumas Tradues da Bblia em lngua
portuguesa. Lcifer se refere literalmente "Estrela da Manh" ou
"Estrela D'Alva", "luz da manh", e "aurora" e ao "rei da Babilnia",
ao sumo sacerdote Simo, filho de Onias, Glria de Deus, ou a Jesus
Cristo. Jesus Cristo, no livro de apocalipse (22:16) se auto
denomina "resplandescente estrela da manh", o que diferenciado
quando o termo usado separadamente "estrela da manh" como "poder"
sobre "naes". (Apocalipse 2:28 e 26) (Isaas 14:12)
Por exemplo, Traduo Brasileira da Bblia: E temos, mui firme, a
palavra dos profetas, qual bem fazeis em estar atentos, como a uma
luz que alumia em lugar escuro, at que o dia amanhea, e a estrela
da alva aparea em vossos coraes. 2 Pedro 1:19 Traduo Almeida
Fiel,
Este mesmo trecho em latim, na Vulgata : et habemus firmiorem
propheticum sermonem cui bene facitis adtendentes quasi lucernae
lucenti in caliginoso loco donec dies inlucescat et lucifer oriatur
in cordibus vestris 2 Pedro 1:19,
como pedro ele deseja quelcifercresa nos coraes dos crentes?
por esta razo que possvel encontrar pessoas com nome "Lcifer"
entre os primeiros cristos, sendo o exemplo mais famoso So Lcifer,
bispo de Sardenha, onde existe a nica igreja So Lcifer
conhecida.
4.2 APOCALIPSE, CAPTULO 12 E VERSOS DO 7 AO 9"Houve peleja no
cu. Miguel e os seus anjos pelejaram contra o drago. Tambm
pelejaram o drago e seus anjos;
Todavia, no prevaleceram; nem mais se achou no cu lugar deles.E
foi expulso o grande drago, a antiga serpente, que se chama diabo e
Satans, o sedutor do mundo, sim, foi atirado para a terra e, com
ele, os seus anjos..."
Para os que acreditam na estria de Satans ter sido Lcifer, esse
trecho complementa o trecho analisado no sub-captulo anterior, ou
seja, depois que Deus descobriu ainiquidadeno corao de Satans teria
acontecido essa peleja, acima descrita, para expulsa-lo do cu.
Logo, o que fundamenta esse trecho so exatamente as concluses
infundadas que tiram do trecho do sub-captulo anterior. Nada mais
ilgico!
Mais uma vez feita uma anlise de um trecho bblico sem a ateno
necessria anlise do contexto ao qual, verdadeiramente, o
fundamenta.
O ponto a ser considerado, neste caso, : Sim, esteja peleja no
cu e contra Satans; porm, ela ainda no aconteceu. Ora, Apocalipse
um livro proftico, ou seja, um livro de profecias que, segundo
qualquer dicionrio, significa:"Predio feita por um profeta."E
profeta significa:"Indivduo que prediz o futuro".
H algum cabimento o fato de um profeta fazer profecias de coisas
j ocorridas? O prprio apstolo Joo, escritor do Apocalipse, diz o
propsito do livro:"...Mostrar aos seus servos as coisas que em
breve devem acontecer..." (Ap 1:1)Logo, sero relatadas coisas que
ainda iro acontecer e no fatos j ocorridos. No h sentido em se
profetizar o passado; neste caso, o termo mais adequado seria
"relembrar" ou "rever" e no "profetizar".
Se essa peleja realmente aconteceu no princpio, por que
absolutamente nada relatado em Gneses? Principalmente quando a
serpente, Satans, faz o homem transgredir no paraso? Nenhum indcio
de peleja alguma, nada!
A peleja descrita acontecer quando houver se cumprido a profecia
sobre a Mulher e o Drago (Ap 12:1-6). Em resumo, o que realmente
acontecer, segundo a bblia (nesta anlise no houve qualquer
preocupao em se discutir o significado da simbologia acerca da
mulher, apenas relatar o fato):
"A mulher est grvida e aponto de lar a luz; porm, o drago quer
devorar o filho dela(que Jesus). No entanto, ao nascer, o filho da
mulher arrebatado para o cu. Como o objetivo do drago mat-lo, ele
sobe ao cu para tentar concretizar esse objetivo e l, a sim,
ocorrer essa peleja."Tanto isso verdade que, quando o drago expulso
do cu ele volta para perseguir a mulher. Logo, para que haja tal
peleja, preciso que se concretize a profecia a respeito da mulher
grvida, ou seja, preciso que exista essa mulher grvida.
Segundo a teoria, a rebelio de Lcifer aconteceu no cu ainda
antes da Criao, ou seja, antes mesmo que Deus tivesse criado o
homem, o mar, os animais, enfim, todas as coisas. Porm, indago, em
tom de desafio, a todo e qualquer estudioso da Palavra de Deus, a
me provar, biblicamente, a existncia de qualquer forma de vida
antes de Deus ter iniciado Sua obra de criao!
" No princpio, criou Deus os cus e a terra."( Gneses 1:1 )Este o
primeiro verso da Bblia, este o verso que atesta o princpio de
todas as coisas, a criao dos cus e da terra e tudo o que neles
h.
A verdade s existe quando se manifesta em sua total plenitude,
ou seja, ou a verdade 100% ou ela no verdade. 99% de verdade
torna-a uma mentira, uma falsa verdade. exatamente essa falsa
verdade, que eu prefiro chamar de mentira, que pregada quando se
induz as pessoas a acreditarem nesse tempo e espao da suposta
peleja entre Lcifer e os habitantes do cu.H uma grande desarmonia
com a Palavra de Deus ( Bblia ), no que diz respeito ao tempo em
que ocorreu esta peleja: Antes da Criao.
Ora, como que um estratagema to tolo se passa por Verdade
durante tanto tempo? Como que pde, leitores em s conscincia,
acontecer uma peleja no cu se os cus ainda nem tinham sido
criados?!
Logo, acreditar que essa peleja representa a expulso, no cu, de
Satans, quando este ainda era chamado de Lcifer, e seus anjos,
acreditar numa suposta desarmonia (contradio) bblica, na qual uma
hora se afirma, em Gneses, que Deus criou o universo e tudo o que
nele h e outra hora se afirma, em Apocalipse, que j havia vida,
tempo e espao antes mesmo da criao dos cus e da terra. Acreditar
nessa desarmonia acreditar que a Bblia no a fonte da Verdade,
acreditar que ela no fonte de inspirao divina.
Outra grande desarmonia encontrasse no aspecto do local ao qual
ocorreu esta peleja: Iniciou-se no Cu e culminou com Lcifer sendo
lanado Terra. Mais uma vez indago: Como Lcifer conseguiu rebelar-se
e iniciar uma peleja no cu, se ainda no havia cu? Como conseguiram
expulsa-lo de um cu, que ainda no existia, e atira-lo a Terra,
quando esta, tambm, ainda no havia sido criada? Estamos diante,
talvez, da maior farsa da histria, sob o aspecto religioso.
Finalmente, com base em que se pode afirmar que essa peleja
aconteceu antes do princpio dos tempos? Qual ponte, em argumentos
fundamentados, h entre esta peleja e Satans ter sido um querubim de
Deus? O nico indcio de quem era Satans, no princpio dos tempos, o
de que ele era "A antiga serpente" (Ap 12:9) e no um querubim.
incrvel como toda essa estria, a respeito dessa peleja, pregada
por a, consiga passar-se por verdadeira sendo apoiada em
estratagemas to tolos, como o de se afirmar que possvel
profetizar-se o passado e de que havia um universo paralelo antes
da criao. Todo embasamento para ser justificado deve encontrar
harmonia com os escritos bblicos; se no for necessria essa
harmonia, melhor pararmos a discusso por aqui.
4.3 ISAAS, CAPTULO 14:12 AO 14"Como caste do cu, estrela da
manh, filho da alva! Como foste lanado por terra, tu que debilitava
as naes!Tu dizias no teu corao: Eu subirei ao cu; acima das
estrelas de Deus exaltarei o meu trono e no monte da congregao me
assentarei, nas extremidades do Norte;Subirei acima das mais altas
nuvens e serei semelhante ao Altssimo..."
Este trecho, verdadeiramente, no tem relao alguma com a possvel
origem de Satans por dois motivos: Um de simples verificao e outro
de profunda anlise.
Fazendo uma simples verificao do contexto, observa-se que se
trata de um trecho dirigido ao rei da Babilnia. No precisa
esforar-se muito para chegar a essa concluso, basta ler os versos 4
e 22 deste mesmo captulo:"...ento proferirs este motejo contra o
rei da Babilnia..." (Is 14:4)"Levantar-me-ei contra eles, diz o
SENHOR dos Exrcitos; exterminarei de Babilnia o nome e os
sobreviventes, os descendentes e a posteridade, diz o SENHOR." (Is
14:22)
Logo, com isso, percebe-se que o captulo 14 deIsaas do verso 1
ao 23, trata-se de uma profecia sobre a queda do maior reino da
terra, na poca: O reino da Babilnia.
Fazendo, por outro lado, uma anlise profunda de todo o contexto
histrico, anlise essa discutida quando analisamos a histria de
Nabucodonossor, observamos o seguinte:
No verso 12, os adjetivos "estrela da manh" ( em tradues
antigas: Lcifer. Eis a o motivo de toda a confuso ) e "filho da
alva" so direcionados ao rei Nabucodonossor, da mesma forma que
Deus assim o fez quanto aos reis do Egito e de Tiro. Quando dito:
"Como caste do cu (...) tu que debilitava as naes", h um reforo de
que estas palavras so direcionadas a Nabucodonossor, pois, me diga
leitor, qual foi o rei cuja grandeza e o poder chegavam at ao cu e
o domnio at a extremidade da terra? Se voc no lembra, retorne ao
subttulo 3.4 e descubra a resposta, mas j vou adiantando que no foi
Satans;
Os versos 13 e 14 tratam sobre a loucura de Nabucodonossor, por
conta do grande crescimento de seu poder e, por causa de sua
exaltao prpria, pois ele tinha poder sobre a vida e a morte de
qualquer indivduo, como pode se verificar nas palavras do profeta
Daniel:"(...) Deus, o Altssimo, deu a Nabucodonossor (...) o reino
e grandeza, glria e majestade. Por causa da grandeza que lhe deu,
povos, naes e homens de todas as lnguas tremiam diante dele; matava
a quem queria e a quem queria deixava com vida; a quem queria
exaltava e a quem queria abatia. Quando, porm, o seu corao se
elevou, e o seu esprito se tornou soberbo e arrogante, foi
derribado do seu trono real, e passou dele a sua glria."
(Dn5:18-20)
Faa agora, leitor, uma anlise em todo o Antigo Testamento e voc
ver que, como foi dito anteriormente, no houve um rei no-judeu mais
poderoso, e abenoado por Deus, que Nabucodonossor, e por causa de
sua traio contra Deus que a Babilnia um dos povos mais citados e
odiados em toda a Bblia.
Portanto, o Lcifer ao qual se refere bblia, em tradues mais
antigas, nada mais que o rei Nabucodonossor. Que Satans possa ter
exercido alguma influncia sobre ele uma hiptese at aceitvel, mas
chegar-se ao cmulo de dizer que esta profecia deIsaas sobre a queda
da Babilnia, corresponde expulso de Satans do paraso de uma
malignidade sem tamanho, pois no h qualquer embasamento bblico para
justific-la. Entretanto, h uma resposta de Jesus Cristo queles que
estudam a Palavra, mas encobrem a verdade:"Ai de vs, intrpretes da
Lei! Porque tomaste a chave da cincia; contudo, vs mesmos no
entrastes e impedistes os que estavam entrando." (Lc 11:52).
5 CONSIDERAES FINAIS
Ora, se Satans no foi Lcifer: "O anjo de luz", "a estrela da
manh", "o filho da alva". Se toda essa estria no tem fundamento,
qual seria, ento, a verdadeira origem de Satans? Quando isso
aconteceu?
A verdade que a bblia no faz referncia a tal assunto; a
referncia mais antiga sobre Satans a que diz ter sido ele a "antiga
serpente do den" (Ap 20:2), e s! Nada sobre a sua origem.Mas de uma
coisa esteja certo, leitor, ele foi criado por Deus na mesma semana
que o homem assim o foi, ou seja, a origem de Satans mais antiga
que a do homem em, no mximo, 5 dias, pois Deus criou o universo, e
tudo o que nele h, em 6 dias e no 7 dia descansou e nada fez.
Portanto, toda a estria de que houve um "Universo de Deus" onde
Satans (Lcifer) vivia em perfeita harmonia com Ele e etc., como
pregada por a e descrita em vrios livros como, por exemplo, no
livro intitulado "Patriarcas e Profetas", no passa de mais uma
estria que saiu da mente fantasiosa de seu autor, uma vez que no h
a mnima fundamentao bblica que demonstre isso.
Todas as pessoas que acreditam nisso esto sendo, na verdade,
incoerentes com a bblia e com as prprias palavras de Jesus e do
apstolo Joo sobre quem realmente foi e Satans:"(...) Ele foi
homicida desde o princpio e jamais se firmou na verdade..."(Jo 8:44
)"(...)O Diabo vive pecando desde o princpio..." (1Jo 3:8 )Logo,
com base nos trechos acima, temos a certeza de que Satans nunca foi
bom, perfeito e amigo de Deus, como alguns dizem por a.
Acredito que o motivo da disseminao de toda essaestria, de
universo paralelo e anjo decado, o de mascarar a verdade de que o
prprioDeus o criador do Mal.As pessoas mentem ao tentar
caracterizar Deus apenas como o criador do bem e que o mal jamais
procedeu e jamais proceder Dele. Para tentar justificar isso
criaram toda essa estria, afim de que a origem do mal fosse
proveniente de Satans, e no de Deus. Criando essa estria, afirmam:
"De Deus procede o Bem. Quando Ele criou Lcifer eis que este era
bom e sbio. Portanto, coube a Lcifer a origem do Mal, e no a Deus,
pois o mal no procede de Deus..."
Com qual propsito criaram essa mentira? Na verdade, com essa
estria tentam tirar um poder de Deus e d-lo a Satans. Assim
sendo,Deus o criador de tudo o que Bom e Satans o criador de tudo o
que Mau; logo, temos, na verdade, dois criadores e no apenas um.
nisso que voc acredita, leitor?
Verdadeiramente, s existe um criador de TODAS as coisas e ele
Deus. Foi Ele quem criou o bem e foi Ele, tambm, quem criou o mal e
as trevas. Deus criou Satans do jeito que ele e sempre foi, sem
essa fantasia de anjo do bem.
Alguns devem estar pensando que eu estou louco ao afirmar que
Deus , tambm, o Pai criador do mal e das trevas. Entretanto, no
pensem que sou to inteligente assim, no me dem este crdito todo,
pois ele no saiu de minha cabea, mas da bblia, a "inegvel fonte da
verdadeira verdade":"Eu sou o SENHOR, e no h outro (...). Para que
se saiba, at ao nascer do sol e at o poente, que alm de mim no h
outro; eu sou o SENHOR e no h outro. Eu formo a luz e crio as
trevas; fao a paz e crio o mal; eu, o SENHOR, fao todas estas
coisas." (Is 45:5-7)
Acredito, entretanto, que a origem de Satans tenha ocorrido no
terceiro dia da criao, ou seja, no dia da criao da rvore do
Conhecimento do Bem e do Mal, pois neste momento que o mal criado
e, acredito tambm, seu maior representante, pois acho pouco provvel
ter havido o mal sem que houvesse Satans, uma vez que ele o mal
propriamente dito. Ele a criao e no o criador, ou seja, ele o mal e
no o criador do mal.O criador nico: Deus.