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Medalha de Mérito Cultural, grau Ouro, do Municipio de Porto de Mós PUB Petiscos em dose dupla na serra São Bento, pela terceira vez, e Bezerra, numa estreia, mostraram o que de melhor tem a gastronomia serrana. Dois festivais que juntaram ainda muita animação, dinamizando as duas aldeias. Pág. 25 Juncal ganha centro de saúde renovado Os cuidados médicos no Juncal regressaram ao anterior edifício, mas onde todo o interior cheira a novo. Desde o início da semana que está a funcionar a renovada extensão de saúde. Pág. 3 Olaria centenária em perigo Os 124 anos de história de uma olaria na Tremoceira es- tão a caminho de se esfumar no pó da demolição. Ao lon- go dos anos houve promessas de criação de um museu, mas os proprietários preparam-se para demolir a olaria. Pág. 6 Alqueidão tropeça no Juncal O Alqueidão da Serra, a militar numa divisão acima do Juncalense, até entrou com estatuto de favorito, mas é a equipa do Juncal, com um golo de João Vieira, que segue em frente na Taça do Distrito. Pág. 22 Nesta edição: ESPECIAL AMBIENTE O Ambiente é tema em destaque nesta edição de O Portomosense. Um olhar sobre bons exemplos de utilização de energias renováveis. Saiba como ajudar o ambiente e poupar ao mesmo tempo. Pág. 11 a 13 Última José Ferreira quebra o silêncio: Pág. 8 e 9
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O Portomosense 676

Mar 25, 2016

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Edição de 8/11/2010
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Page 1: O Portomosense 676

Medalha de Mérito Cultural, grau Ouro, do Municipio de Porto de Mós

PUB

Petiscos em dose dupla na serra

São Bento, pela terceira vez, e Bezerra, numa estreia, mostraram o que de melhor tem a gastronomia serrana. Dois festivais que juntaram ainda muita animação, dinamizando as duas aldeias.

Pág. 25

Juncal ganha centro de saúde renovado

Os cuidados médicos no Juncal regressaram ao anterior edifício, mas onde todo o interior cheira a novo. Desde o início da semana que está a funcionar a renovada extensão de saúde.

Pág. 3

Olaria centenária em perigo

Os 124 anos de história de uma olaria na Tremoceira es-tão a caminho de se esfumar no pó da demolição. Ao lon-go dos anos houve promessas de criação de um museu, mas os proprietários preparam-se para demolir a olaria.

Pág. 6

Alqueidão tropeça no Juncal

O Alqueidão da Serra, a militar numa divisão acima do Juncalense, até entrou com estatuto de favorito, mas é a equipa do Juncal, com um golo de João Vieira, que segue em frente na Taça do Distrito.

Pág. 22

Nesta edição:ESPECIAL AMBIENTE

O Ambiente é tema em destaque nesta edição de O Portomosense.Um olhar sobre bons exemplos de utilização de energias renováveis. Saiba como ajudar o ambiente e poupar ao mesmo tempo.

Pág. 11 a 13

Última

José Ferreira quebra o silêncio:

Pág. 8 e 9

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Pub

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-3- ActualidadeNOVAS INSTALAÇÕES AO ENCONTRO DAS EXIGÊNCIAS DOS UTENTES

Extensão de Saúde do Juncal a funcionarA extensão de saúde do

Juncal já está a funcionar, nas novas instalações, des-de o dia 9 de Novembro (terça-feira).

“Finalmente concluimos as obras para a instalação da nova extensão de saúde. Era uma infra-estrutura que se jus�ficava, atendendo ao número de utentes. Efec�-vamente, as instalações an-teriores já não se adequa-vam. Diria que neste mo-mento são de excelência e a colaboração da autarquia foi determinante na sua re-construção e na aquisição de novo equipamento”, diz Isidro Costa, director-exe-cu�vo do Agrupamento de Centros de Saúde do Pinhal Litoral II, en�dade respon-sável pelos centros de saú-de de Porto de Mós, Bata-lha, Marinha Grande, Ar-naldo Sampaio e Gorjão Henriques, em Leiria.

A “nova” extensão de saú-de está orçada em cerca de 235 mil euros, sendo total-mente financiada. O Plano

de Inves�mento e Despe-sas de Desenvolvimento da Administração Central (PI-DDAC) financiou em 30 por cento e os restantes 70 por cento foram assegurados por verbas comunitárias.

Há cerca de 20 anos que a população da freguesia do Juncal esperava por mudan-ças, num espaço acanhado e sem o mínimo de condi-ções.

Das anteriores instala-ções apenas restam as pa-redes. A nova extensão con-ta agora com três gabinetes médicos, salas para vaci-nação, consultas de plane-amento familiar e mater-no-infan�l e de espera; se-cretaria, sanitários e uma zona para aprovisionamen-to. Existe uma rampa para oxigénio, deixando as gar-rafas de estar na rua, como ancontecia.

Os cuidados de saúde con�nuam a ser assegura-dos por dois médicos e, se-gundo o responsável pelo ACES Pinhal Litoral II, “nes-

te momento não há possibi-lidade para mais, mas tam-bém não se jus�ficaria a intrudução de mais um mé-dico. Está adequado ao nú-mero de utentes”.

O clínico acrescenta ain-da que o mesmo não se po-de dizer dos recursos hu-manos. “A nível de pessoal administra�vo e de enfer-magem ainda não é o dese-

jado, mas pode corrigir-se a qualquer momento.”

Recorde-se que até à abertura das novas novas instalações, a população era atendida numas instalações

provisórias a funcionar num edificio par�cular, na Rua de São Miguel.

Iolanda Nunes

CULTURA E DESPORTO

Vereadores do PSD contra cortes no apoio ao associativismo

Júlio Vieira e Luís Almeida, vereadores do PSD da autar-quia de Porto de Mós estão contra os cortes nos apoios ao associa�vismo cultural e despor�vo do concelho.

Em comunicado, os vere-adores consideram que com a aprovação dos novos regu-lamentos de apoio ao asso-cia�vismo a maioria socia-lista optou pelo “caminho mais fácil, cortar nos que menos têm e que todos os dias têm de inventar novas formas para manter a sua ac�vidade”.

Os vereadores sociais-de-mocratas defendem que os apoios ao desporto e cul-tura já sofreram “um corte violento em 2006” que teve “consequências graves nos úl�mos quatro anos, ten-

do perdido 25 por cento da formação despor�va que se fazia no concelho”. Uma re-alidade que, para Júlio Viei-ra e Luís Almeida, será “ain-da mais grave” com os no-vos regulamentos.

No comunicado enviado ao nosso jornal, os vereado-res da oposição sustentam ainda que “os apoios ao mo-vimento associa�vo não re-presentam mais de dois por cento do orçamento da câ-mara” e que “a crise não po-de servir de desculpa para tudo”.

Para os sociais-democra-tas “é necessário uma no-va estratégia, que permi-ta aumentar o nível cultural e despor�vo do concelho”, defendendo “a criação du-ma empresa de animação

turís�ca em parceria com os agentes culturais e des-por�vos” que permita ultra-passar as restrições do novo plano de ordenamento do Parque Natural das Serras de Aire e Candeeiros e que possa representar “uma ân-cora dum novo paradigma de desenvolvimento econó-mico, cultural e despor�vo”.

O comunicado termina por defender que “um exe-cu�vo, que desperdiça re-cursos em cruzeiros inúteis e em rotundas construídas há meia dúzia de anos, tem pouca legi�midade para cor-tar ainda mais” nos apoios às colec�vidades.

PCS

ELEIÇÕES NO PS AINDA NÃO ESTÃO PREVISTAS

Carlos Venda é presidente do PSD de Porto de Mós

Carlos Venda, presidente da junta de freguesia de Ser-ro Ventoso, assume a presi-dência da Comissão Polí�ca Concelhia do Par�do Social-Democrata (PSD) de Porto de Mós, após as eleições de 29 de Outubro.

Carlos Venda sucede a Ol-ga Silvestre, que passa a li-derar a Mesa da Assem-bleia-Geral. Nas eleições, par�ciparam 24 dos 65 mili-tantes do par�do social-de-mocrata.

O novo presidente reve-lou ao nosso jornal que quer “mo�var o maior núme-ro de pessoas possível pa-ra o debate das causas pú-blicas”. “Queremos explicar o nosso programa e con-tribuir com propostas pa-ra Porto de Mós. Compete-

nos, também, ser vigilantes do trabalho do poder local, apresentando novas ideias e assumindo uma a�tude constru�va e posi�va pa-ra contribuir da melhor ma-neira para o crescimento da nossa terra”, afirma.

Carlos Venda considera que tem de haver “uma me-lhor planificação, a pensar a médio e longo prazos”. “Cus-ta-me que as ideias eleito-rais sejam todas a curto pra-zo, temos de ter outra visão e pensar mais longe”, expli-ca.

PS ainda não tem eleições marcadas

Quanto a eleições pa-ra a Comissão Polí�ca Con-celhia do Par�do Socialista

(PS), Rui Neves, actual presi-dente, disse ao nosso jornal que ainda não está prevista qualquer data. Ques�onado sobre uma possível recan-didatura, o também actu-al director do Agrupamento de Escolas de Porto de Mós, refere:“para já não manifes-to vontade própria para is-so, mas logo se vê”.

Luísa Patrício

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-4-

Lá diz o povo que “mais vale tarde que nunca” e já há muito que eram aguardadas explicações ou uma to-mada de posição de José Ferreira so-bre tudo aquilo que se passou nas au-tárquicas de 2005 e das acusações que lhe foram feitas à forma como geriu a câmara.“Era um pai normal,

excepto o facto de ser o melhor pai do mundo”

Paris Jacksonfilha de Michael Jackson

“i”

Página do Leitor

“Não sinto o meu lugar tremido”

Jorge Jesustreinador do S.L. Benfica

“Sol”

“Viemos decidir o tamanho do nosso caixão porque a morte está anunciada”[depois da reunião com a Ministra da Cultura]Rui Madeira, dir. Companhia de Teatro

de Braga, “Publico”

“O meu primeiro namoro durou quatro dias”

Jorge Gabrielapresentador de televisão

“Vidas”

O autotanque adquirido pela As-sociação de Bombeiros Voluntários de Porto de Mós, na altura presidi-da por José Luís Gomes, era o des-taque desta edição.

O autotanque de grande capaci-dade era um dos desejos do presi-dente, para ver cumprida a sua mis-são.

Outra foto, nesta primeira pági-na mostrava a construção da dele-gação da Caixa de Crédito Agrícola de Porto de Mós, na Serra de San-to António.

“Campeões Europeus da Pobre-za” era o título que dava a conhe-cer as estatíticas do Eurostast, em Bruxelas, sobre a pobreza em 1985. Nessa altura, Portugal seguia na frente com 33%. Vinte anos depois, assinala-se o Ano da Luta Contra a Pobreza e Exclusão Social, que pre-tende chamar a atenção para um problema que afecta um quinto de toda a população europeia. Em Por-tugal, sem apoios sociais, 41% das pessoas estão abaixo do limiar da pobreza. As instituições de solida-riedade social alertam que há pou-ca margem para mais ajudas.

O “Pão por Deus” ou o “Bolinho” é uma tradição ainda bem viva entre nós, movi-mentando centenas de crianças um pouco por todo o concelho.A Cincup, proprietária de O Portomosen-

se e da Dom Fuas FM, tem muito apreço por tudo aquilo que tenha a ver com o património cultural local e nessa data faz questão de dar o “Pão por Deus” ou o “Bolinho (o nome muda conforme as zonas

do concelho) a todas as crianças que pas-sam pelas suas instalações como foi o caso deste grupo de pequenitos da Pré-Primária de Porto de Mós.

COLABORE CONNOSCO!ENVIE OS SEUS TEXTOS, MEMÓRIAS OU DENÚNCIAS PARA

O E-MAIL [email protected]

A classifi cação do campo agora cha-mado de Batalha de Aljubarrota, co-mo monumento nacional, é uma boa notícia para Porto de Mós e uma vi-tória para a Fundação Batalha de Al-jubarrota presidida por Alexandre Pa-trício Gouveia.

As comemorações dos 450 anos do Juncal tiveram um dos seus momen-tos altos com o concerto que juntou no mesmo palco, 170 elementos, en-tre coralistas, músicos fi lármonicos e de música moderna. Bruno Santos es-tá de parabéns pela ideia e pela forma como soube ensaiar e dirigir um gru-po tão extenso e heterógeneo.

[sobre possivel intervenção do FMI] “Espero que não seja preciso é o que posso dizer”

Cavaco Silva

presidente da República

“DN”

Hoje publico uma fotografia do ano 1934 do casamento dos meus pais que tem a particularidade de terem sido convidados três portomosenses ilustres como grandes anti fascistas.Em cima atrás do noivo do lado direito, Anibal Ferreira Dias de Abreu, carteiro e músico, e de uma educação fora do normal. Na última fila de cima o 1º da direita, António Maria Crachat, um dos melhores acordeonistas daquele tempo a par de Eugénia Lima sua comadre. Na 1º fila agachado, com a mão na boca, João Alves, taxista e jogador de futebol com uma têmpera impressionante.

António Fortunato

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-5-

Na edição de hoje publicamos um ex-certo de uma longa entrevista que José Ferreira, o anterior presidente da Câ-mara Municipal de Porto de Mós, con-cedeu a O Portomosense e à Dom Fuas FM. A versão integral (e em tamanho XL) poderá lê-la na íntegra, em breve, na nossa página na internet (www.cin-cup.pt).

Depois de inúmeras tenta� vas e cin-co anos depois das autárquicas que causaram um autên� co “tremor de ter-ra”, na polí� ca e sociedade locais, o an-� go autarca, fi nalmente, acedeu que-brar o silêncio a que se � nha reme� do desde essa altura (e poucas vezes que-brado até agora), e abriu-nos as portas de sua casa para a conversa que falta-va para percebermos melhor factos e a� tudes de um passado recente na vi-

da desta terra e o ponto de vista do úl-� mo grande “protagonista” que ainda faltava ouvir.

Tal como se previa, José Ferreira não poupa crí� cas ao seu an� go “homem de confi ança” e actual presidente da câmara, mas ao contrário do que mui-tos estarão a contar o discurso é bem mais suave que a dureza do combate eleitoral que travou com o seu an� go “vice” ou da mágoa que ainda se pres-sente.

Acho que conseguimos cumprir algo que não era, apenas, um desejo nos-so jus� fi cado pelo dever de informar e por sen� rmos que faltava qualquer coisa para se completar um puzzle im-portante, mas também uma “exigên-cia” dos nossos leitores e dos cidadãos portomosenses em geral.

Se José Ferreira � nha obrigação de dar a conhecer a sua versão dos fac-tos, não só a quem votou nele mas a todos os outros (e estas explicações só

pecam por tardias), nós � nhamos este compromisso com os leitores e ouvin-tes e procurámos cumpri-lo o melhor que sabíamos dentro dos condiciona-lismos habituais de espaço e tempo, essas “pragas” que perseguem sempre os jornalistas.

Não é numa hora ou duas que se consegue falar de tudo o que aconte-ceu em mais de cinco anos e, decer-to, cada um de vós teria outras per-guntas a fazer ou formas diferentes de abordar este assunto, mas há uma coi-sa que nos sa� sfaz, que é o sen� r que cumprimos a nossa obrigação. Quan-to à interpretação do que foi dito e da-quilo que fi cou por dizer, deixamos is-so para vós.

Isidro Bento

O ponto de vista que estava em falta

Fundador: João MatiasForam directores: João Matias, Faustino Ângelo, João Neto e Jorge PereiraDirector: Isidro Bento (C. P. nº 9612)

Redacção: e-mail: [email protected]

Patrícia Santos (C.P. nº 8092), Luísa Patrício (C.P. nº 8782), Iolanda NunesColaboradores e correspondentes:Ana Narciso, António Alves, Armin-do Vieira, Baptista de Matos, Carlos Pinção, Cátia Costa, Eduardo Biscaia, Fernando Amado, Filipa Querido, Irene Cordeiro, João Neto, José Conteiro, Júlio Vieira, Marco Silva, Maria Alice, Paulo Andrade, Paulo Jerónimo da Silva, Paulo Sousa, Sofia Godinho, Vitor Barros

Grafismo: Norberto AfonsoPaginação: Ricardo MatiasDep. Comercial: [email protected]ção e Secretariado:Rua Mestre de Aviz nº1 R/c D • 2480-339 Porto de MósTel. 244 491165 - Fax 244 491037Contribuinte nº 502 248 904Nº de registo: 108885

ISSN: 1646-7442Tiragem: 3.500 ex.Composição: CINCUPImpressão: CIC Centro de ImpressãoCoraze - Oliveira de Azeméis - Tel. 256 600580

Propriedade e edição:CINCUP - Cooperativa de Informação e Cultura de Porto de Mós, C.R.L.

Direcção da CINCUP:Eduardo Manuel Ferreira Amaral, Pedro Nuno Coelho Vazão, Joaquim Jorge Rino da Graça Santos, Belmiro Silva Ferreira, José Carlos Dias Vinagre, Marco Paulo Abreu Pereira

Preços de Assinatura: (Portugal 15€ | Europa 30€ | Resto do Mundo 35€)

Nº de Depósito Legal: 291167/09

É entre o orgulho e o desânimo que a população de São Jorge encara a classificação do Campo Militar de São Jorge a monumento nacional. Há feridas entre os moradores e a Fundação Batalha de Aljubarrota que continuam longe de sarar.

Página do Leitor

Filipe Silva

(Técnico de reparações)

- São Jorge -

Nos úl� mos tempos os bene� cios não têm sido nenhuns. Não emprega quase ninguém da terra.

O Campo Militar desde que passou a museu começou a ter mais visitantes, mas sem que haja desenvolvimento no campo militar.

Maria Elisa

(Doméstica)

- São Jorge -

Não sei, não percebo nada disso. Lamento o que se tem passado com a

capela. Estava sempre disponível e ago-ra não podemos usá-la. Sou contra isso.

José Ferreira

(Reformado)

- São Jorge -

Acho que não. É a história do monu-mento, mas não veio trazer nada de novo, só veio dar prejuízo. Embora seja bom pa-ra alguns, para os moradores só veio pre-judicar.

Até aqui íamos à câmara tratar directa-mente do que fosse preciso, agora temos de ir a Coimbra e de lá mandam alguém aqui e tem-se de pagar e não e pouco.

Joaquim Silva

(Comerciante)

- São Jorge -

Espero bem que sim. É a minha ter-ra e contrariamente ao que gostava, pa-rou. Gostava que defi nissem o que que-rem para São Jorge. Foram adquiridos terrenos para agora estarem ao abando-no. Espero que haja bene� cios, porque a terra avançou durante algum tempo, mas depois parou.

Dar voz a todos os protagonis-tas e correntes

partidárias é um dever que

levamos a sério

”Da Junta de Freguesia de Alvados recebemos o seguinte “direito de resposta”

Ao abrigo do direito de resposta previsto na Lei de Imprensa, relativamente às declarações proferidas pelo lí-der da oposição na última edição deste jornal, relacionadas com a actuação do executivo nos últimos anos, o executivo da Junta de Freguesia de Alvados esclarece o seguinte:

. No úl� mo mandato cumprimos 85% dos projectos a que nos propusemos quando nos candidatámos, tendo alguns destes, elevada u� lidade e importância para o desenvolvimen-to da freguesia, o que fez com que os alvadenses con� nuassem a depositar confi ança no nosso trabalho.

. A execução do Plano Anual de Ac� vidades e Orçamento do Ano de 2010, aprovado em Assembleia de Freguesia, está a ser cumprido na integra.

. As declarações prestadas por Hermano Carreira, na edição do jornal “O Portomosense” de 28 de Outubro de 2010, são assim, incoerentes, incorrectas e revelam pouco conheci-mento da realidade da nossa freguesia.

Com os melhores cumprimentos,Alvados, de 6 de Novembro de 2010,

O Executivo da Junta de Freguesia de Alvados.

Há menos de dez anos, na sequência da de-cisão mais disparatada alguma vez tomada por um execu� vo municipal, os Portomosen-ses perderam um jardim singular e um espa-ço público de caracterís� cas únicas. Porto de Mós fi cou mais pobre. Muito mais pobre.

Não vale a pena recordar aqui o que era aquele jardim, ou o quanto signifi cava para quem ali passou, à conversa, falando de tudo e de nada, momentos de boa e grata memó-ria. Ver o que ali está agora, um sí� o ermo e sem graça, por onde as pessoas passam sem que algo as convide ou convença a fi car, tor-na por demais dolorosa a recordação do que aquele espaço em tempos foi. Assentemos, pois, os pés no chão. De terra ba� da ou relva, de preferência.

A poucos metros dali, na margem esquer-da do rio Lena, vai tomando forma outra in-dizível obra camarária. Nada menos que um parque. Um Parque Verde, na pitoresca desig-nação adoptada pelos inefáveis crânios que governam o município.

Pensaram alguns, pobres ingénuos, que na-quele espaço poderia, enfi m, nascer a sonha-da zona verde de Porto de Mós, o pulmão de que a vila precisa e que os Portomosenses merecem. Com árvores e sombras. Puro en-gano.

Cedo se percebeu que aquele espaço esta-va des� nado a algo diferente. O lobby do be-tão e da pedra tem outros planos, e é óbvio que as árvores não fazem parte desses pla-nos.

Ao que parece, também não fazem parte dos planos da edilidade portomosense. Pe-lo menos a julgar pelo que se tem visto: não existem árvores na Praça Arménio Marques; na Praça da República fez-se o que está à vis-ta de todos; e não se plantou uma árvore em todo o vasto recinto da zona despor� va. Não espanta, pois, que exista “arte e engenho” pa-ra desperdiçar, de forma tão fria e grosseira, a oportunidade de oferecer aos Portomosenses um verdadeiro parque verde. Uma pena.

Paulo Amado

Parque Verde (2)

Na nossa última edição, a foto que publicámos da audiência do jovem investigador portomosense, Samuel Martins, com o sr. Presidente da República, não foi identificada com o nome do fotógrafo da Presidência, nes-te caso, Luís Filipe Catarino.

Pelo lapso involuntário, apresentamos as nossas desculpas a Luís Catarino e aos nossos leitores e aproveita-mos a oportunidade para agradecer à Presidência da República a colaboração prestada.

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-6-Negócios

T e l . 2 4 4 7 6 8 0 3 0 • B ATA L H AM A I L : m a r f i l p e @ c l i x . p t

parceiros

FOI UMA DAS MAIS ANTIGAS DO PAÍS

Olaria centenária a caminho da demoliçãoO número 23 da Rua das Olarias,

na Tremoceira, está prestes a de-saparecer do mapa, mas fi cará na história como a olaria mais an� ga do distrito de Leiria e das mais an-� gas do país, segundo se conta.

Fará dois anos no próximo mês de Janeiro que esta olaria cessou a sua ac� vidade e, agora, o seu des-� no está traçado pelas máquinas que a irão derrubar para dar lugar a uma habitação.

Em tempos, foram dezenas as olarias na zona, mas pouco resta na actualidade, tendo a cerâmica e as suas técnicas modernas apode-rado-se do mercado.

Manuel da Silva foi a úl� ma pes-soa que trabalhou na olaria, onde as técnicas manuais de trabalhar o barro imperaram durante 124 anos para fazer utensílios domés� cos. A data de 1886 está inscrita numa das paredes exteriores da casa e o estado desta úl� ma denuncia bem a sua “velhice”.

Depois de tanta história se es-crever no local, parece custar um

pouco o desaparecimento des-te marco na história e fi cam ape-nas na lembrança as pessoas que um dia disseram que iam fazer al-go do espaço. Duas mulheres turis-

tas, fascinadas com a olaria, e até mesmo o presidente de câmara, João Salgueiro, que chegou a mos-trar interesse em fazer um museu, segundo Manuel da Silva.

As telhas negras, do fumo do forno, mostram as horas sem fi m das diversas pessoas que pelo lo-cal passaram, sendo que, de entre elas, até se contam dois jovens da

Casa Pia. Mas, o início de tudo tem origem noutro ponto do distrito de Leiria.

Na segunda metade do século XIX, um elemento da família vivia na Bajouca – terra com um gran-de historial ligado ao barro – e aca-bou por vir para à Tremoceira, fu-gido da jus� ça, por ter matado uma pessoa que certo dia o tentou assaltar. Assim, a família acabou por se instalar por ali mesmo, ten-do sido o irmão do avô de Manuel da Silva, “Ti João Oleiro”, a fundar a olaria.

Todos estes anos, a vida daquela casa foi man� da pela mesma famí-lia, ao longo das várias gerações. Agora, parece ser impossível dar-lhe con� nuidade. Quem passa pe-la rua e sabe a história que guarda aquela habitação, difi cilmente lhe fi ca indiferente. Muito em breve, promete fi car apenas nas páginas do jornal e na memória de quem a conheceu.

Luísa Patrício

Olaria trabalha peças de barro domésticas

RUIFER

Colaboradores certificam competências

Com a colaboração do Centro Novas Oportunidades da Escola Se-cundária da Batalha, nove colaboradores da empresa RUIFER, Insta-lações e Reparações Eléctricas, Lda., sedeada na Ribeira de Baixo, vi-ram recentemente cer� fi cadas as suas competências profi ssionais na área de Electricidade de Instalações.

Os colaboradores, acompanhados pela Profi ssional de Reconheci-mento e Validação de Competências, Dr.ª Ana Agrela, bem como pe-lo Tutor RVC Profi ssional, Eng.º Joaquim Santos, do Tojal, fi zeram, ao longo de vários meses, um trabalho de balanço e de reconhecimen-to das competências profi ssionais numa área em que trabalham há muitos anos. Este trabalho permi� u cer� fi car ofi cialmente conheci-mentos e competências que os colaboradores da empresa há mui-tos anos vêm demonstrando e aplicando no seu dia-a-dia mas que ainda não estava devidamente reconhecida.

Depois desta cer� fi cação, alguns colaboradores da RUIFER vão prosseguir com o RVCC escolar, de forma a concluírem o 9º ano. Os que já de� nham este nível de escolaridade podem, a par� r de ago-ra, requerer a sua inscrição na Direcção Geral da Energia.

Recorde-se que o Centro Novas Oportunidades da Escola Secun-dária da Batalha trabalha, há vários anos, com adultos do concelho de Porto de Mós e desenvolve várias i� nerâncias. Neste momento, tem adultos em processo de Reconhecimento, Validação e Cer� fi ca-ção de Competências do 9º e do 12º ano nas freguesias da Mendi-ga, Arrimal, Serro Ventoso, Juncal e Pedreiras e em algumas empre-sas do concelho.

INAUGURAÇÃO REUNIU CLIENTES E AMIGOS

Auto Jordão com novos serviços

Desde o passado dia 23 de Ou-tubro que a Auto Jordão Bosch Car Service inaugurou um novo espaço des� nado a diagnós� co automó-vel com uma linha de pré-inspe-ção, com verifi cação da geometria do veículo, banco de teste de sus-pensões e verifi cação de travões. O espaço tem ainda uma área pa-ra alinhamentos de direcção, equi-libragem de rodas, montagem de pneus. Tudo isto com equipamen-tos de topo da marca Bosch para prestar um serviço de qualidade aos seus clientes. As obras incluí-ram ainda a renovação da área de recepção da ofi cina.

Para a inauguração dos novos espaços e serviços, a Auto Jordão Bosch Car Service organizou um beberete, contando com a presen-ça de alguns clientes e amigos, ani-mado ainda pela presença de um grupo de fadistas que encerraram

a festa.Fernando Jordão, responsá-

vel pelo espaço, refere que o in-ves� mento jus� fi ca-se “pela evo-lução do parque automóvel, cada vez com mais tecnologia”, o que le-vantou a necessidade de adquirir

“meios mais sofi s� cados para diag-nos� car avarias e repara-las, dan-do resposta às necessidades dos clientes e mantendo o padrão de qualidade”.

PCS

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-7- Freguesias

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Rua Serra Frazão, Porto de Mós

(em frente ao notário)

Também na Clínica Médica e Dentária Cruz da Légua

Tel.: 244 482 421

Por Marcação pelo 91 931 49 45

ACUPUNCTURA TRADICIONAL

Victor Lopes

Licenciado e Pós-Graduado em Acupunctura

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ESPAÇO SOCIAL REGISTA MAIS UMA CAMPANHA DE SUCESSO

Matar a fome em tempo de criseA crise económica e o au-

mento dos números rela�-vos ao desemprego não são apenas uma ameaça, mas sim uma realidade que cres-ce a cada dia que passa. As ins�tuições de solidariedade social em todo o país já fize-ram saber que não conse-guem dar resposta aos inú-meros pedidos de ajuda.

No concelho de Porto de Mós e para fazer face às so-licitações que vão aparecen-do, o Pelouro de Acção So-cial da Câmara Municipal, desde que colocou a funcio-nar o Espaço Social há cer-ca de um ano, já realizou du-as recolhas de alimentos nos supermercados do conce-lho.

A úl�ma campanha que decorreu nos dias 8, 9 e 10 de Outubro superou as ex-pecta�vas e o número de alimentos angariados de-monstram que nos tempos que correm, apesar das inú-meras dificuldades ainda es-tá bem aceso o espírito de solidariedade.

Durante os três dias fo-ram angariados cerca de 5.670 produtos alimentares

e de higiene. A inicia�va teve uma vez

mais, o objec�vo de anga-riar produtos básicos que são armazenados no Espaço Social e que, após uma ava-liação, serão entregues às famílias consideradas mais

carenciadas. A autarquia faz saber em

comunicado, que “durante as campanhas o resultado dessa sensibilização foi bas-tante posi�vo se �vermos em conta os dona�vos rece-bidos através das Juntas de

Freguesia, o dona�vo efec-tuado por uma empresa do concelho e também dos alu-nos do 9ºA e 9º D da Escola Secundária de Porto de Mós que se mobilizaram e en-tre eles fizeram uma recolha de bens que posteriormen-

te doaram, para além de al-guns deles terem par�cipa-do na recolha como volun-tários”.

Iolanda Nunes

Vereadores participaram na recolha

Despiste mata jovem

paraquedista

Um jovem de 19 anos, residente na Quinta do Sobrado, Batalha, mor-reu na madrugada de do-mingo, em Casais Garri-dos, Juncal, num aciden-te de viação.

A vítima frequentava o curso de paraquedista, em Tancos.

O automóvel despis-tou-se e embateu num poste de electricidade. Uma equipa do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) ainda pro-cedeu, no local, a mano-bras de reanimação, mas o jovem acabaria por fale-cer, pouco tempo depois, sendo transportado pa-ra o Gabinete de Medici-na Legal do Hospital de Santo André, em Leiria. O condutor do automóvel sofreu ferimentos ligeiros e foi transportado, por precaução, para a mesma unidade hospitalar.

O despiste está a ser in-vestigado pelo Núcleo de Investigação Criminal de Acidentes de Viação (NI-CAV) da GNR de Leiria.

Farmácia Nogueira promove

caminhada para diabéticos

A Farmácia Nogueira, com o apoio do Extensão de Saúde de Calvaria de Cima, organiza uma ca-minhada para os diabéti-cos, com o intuito de co-nhecer melhor esta do-ença. A caminhada terá lugar no dia 1 de Dezem-bro, pelas 9h00 junto à Farmácia Nogueira, na Calvaria de Cima.

Uma equipa pluridisci-plinar composta por médi-co, enfermeira, professor de educação física, nutri-cionista e farmacêuticos irá ajudar todos a com-preender melhor a Dia-betes. O diagnóstico pre-coce, a alimentação, o exercício físico e a higie-ne constituem as melho-res armas para combater e saber viver com a Dia-betes.

MOVIMENTO PLANTAR PORTUGAL

Área ardida em São Bento e Serro Ventoso recebe novas árvores

O concelho vai ganhar no-vas árvores no âmbito do Movimento Plantar Portu-gal (MPP). No dia 25 de No-vembro algumas turmas da EB2 Dr. Manuel Oliveira Per-pétua, da Corredoura, vão fazer uma sementeira de es-pécies autóctones e planta-

ção simbólica de um carva-lho cerquinho.

No sábado seguinte, dia 27, às 10 horas há concen-tração na Junta de Fregue-sia de Serro Ventoso para plantação no parque de me-rendas da Bezerra em área ardida em 2006. No mes-

mo dia, às 14 horas, decorre outra acção em São Bento. A concentração é na junta de freguesia para plantação numa área ardida em 2009, em Cabeço das Pombas

O MPP é um movimento de cidadãos, lançado este ano em Portugal, que pro-cura contribuir para a con-servação da natureza, biodi-versidade e uso racional dos recursos naturais. Um movi-mento que procura dar res-posta ao grande desafio de lançar sementes para um futuro sustentável para to-dos e que tem como gran-

de ob-jec�vo o lema: um cidadão, uma ár-vore.

P a r a aderir ao movimen-to basta um registo como membro em www.plantarportugal.org.

As acções de refloresta-ção em Porto de Mós inse-rem-se na Semana da Re-florestação Nacional que decorrerá de 23 a 28 de No-vembro.

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-10-EducaçãoO MAIS FAMOSO ALPINISTA NACIONAL

João Garcia dá “aula” a alunos da Secundária de Porto de Mós

No passado dia 5 de No-vembro, no cine-teatro lo-cal, os alunos de sete tur-mas do 8º ano da Escola Se-cundária de Porto de Mós �veram uma aula de Geo-grafia, diferente, e enrique-cedora, com um convidado de “peso”.

Os alunos conheceram de perto, João Garcia o mais fa-moso alpinista português que lhes veio falar da sua ex-periência pessoal.

O “bichinho” de escalar montanhas surgiu com os primeiros contactos com a aventura e a natureza, nos tempos em que era escutei-ro, �nha apenas 10 anos de idade.

Aos 16 anos esse “bichi-nho” falou mais alto e des-locou-se, sozinho, de bici-cleta, durante quatro dias à Serra da Estrela para par-�cipar num encontro de es-caladores, e aí juntou-se ao Clube de Montanhismo da Guarda e começou a escalar na rocha.

Desde 1993, altura em in-tegrou uma expedição inter-nacional polaca à montanha Cho Oyu, o sonho de subir as 14 montanhas com mais de 8000 metros falou mais alto e a 17 de Abril de 2010, este alpinista conquistou o cume do Annapurna tornan-do-se no 10º alpinista em todo a mundo a cometer a proeza de conseguir escalar todas as 14 montanhas mais

altas do mundo sem recor-rer a oxigénio ar�ficial.

“O grande gosto de eu me desafiar é escalar monta-nhas”, disse João Garcia pa-ra uma plateia silenciosa e atenta.

O alpinista não deixou de salientar que há três valores essenciais para alcançar um sonho com sucesso: o gosto pelo que se faz, hones�dade

e trabalho.Subir ao cume de uma

montanha pode demorar 40 dias, mas com uma boa pre-paração �sica, pode ser fei-to em 7 dias, o tempo que demorou na súbida à úl�ma montanha em Annapurna, no Nepal.

Nessa tarde, em cerca de três horas, os estudantes fi-caram a conhecer os seus

dezassete anos de conquis-ta, mas também as suas di-ficuldades e perdas.

João Garcia não deixou de salientar várias vezes, du-rante a palestra, a mágoa que sente com os “media”, ao ter sido capa de jornais e revistas em 2006, não pe-las suas conquistas, mas pe-la altura mais complicada da sua vida, quando perdeu o

companheiro de equipa Bru-no Carvalho, quando descia do Shisha Pangma, Tibete.

Mas este não foi o único companheiro que perdeu enquanto alpinista. Anos an-tes, em 1999 outro expedi-cionário belga e grande ami-go de João Garcia caiu numa ravina durante a descida e perdeu a vida. Na altura pa-ra além de ter perdido o co-

lega de equipa, João Garcia foi também internado num hospital de Saragoça em Es-panha, onde lhe amputa-ram alguns dedos das mãos e pés e recebeu um implan-te para o seu nariz devido às queimaduras provocadas pelo gelo.

“Não desejo esta vida a nenhum de vocês, porque é muito perigosa. Já vi perder muitos amigos. Quem qui-ser ter prazeres deste géne-ro, basta passear e conhe-cer clubes ou associações que podem ensinar e ajudar a ter outro �po de prepara-ção”, aconselhou o alpinis-ta afirmando ainda, que “as coisas não são fáceis, mas se fossem fáceis não davam gozo”.

Um dos alunos ques�o-nou no final da palestra, quais são os seus próximos objec�vos. O alpinista co-meçou por dizer, que “quan-do a�ngimos o horizonte dos nossos sonhos aparece-nos outro horizonte”.

Apesar das dificuldades João Garcia fez saber, que anseia por descobrir novas montanhas e fazer novas vias nunca antes conquista-das. ”Quero escalar monta-nhas e fazer coisas que nun-ca foram feitas por ninguém no mundo”.

Iolanda Nunes

Antigos alunos do Colégio de Porto de Mós reúnem-se

Cerca de quatro dezenas e meia de an�gos alunos e professores do an�go Colé-gio de Porto de Mós, par�-ciparam no convívio que a Associação dos An�gos Alu-nos e Professores do Colé-gio de Porto de Mós (AA-APCPM), promoveu no dia 30 de Outubro.

Apesar do mau tempo e como estava programado, o encontro iniciou-se no CI-BA (Centro de Interpreta-ção da Batalha de Aljubar-rota), em São Jorge, onde alguns dos par�cipantes �-veram oportunidade de se

inteirar do modo como de-correu a Batalha de Alju-barrota e visionaram o fil-me da recons�tuição da mesma.

Já em Porto de Mós, no restaurante das Piscinas, teve lugar o almoço, onde não faltaram as anedotas e estórias relacionadas com o Colégio e com o Dr. Per-pétua e a animação. Nesta, contou-se com a par�cipa-ção dos an�gos alunos co-mo, António Sanches, An-tónio Alves e João Miguel, que interpretaram alguns fados e outros temas mu-

sicais. Saliente-se a par�ci-pação de João Miguel que se fez acompanhar de dois exímios executantes de gui-tarra e viola e uma fadista.

No final teve lugar a as-sembleia-geral da AAAP-CPM, que �nha por ponto principal a eleição dos no-vos órgãos sociais, de que se salientam os nomes de Ana Mar�ns Narciso, José Carlos Nogueira e Eduar-do Louro, respec�vamente, presidentes da Assembleia Geral, Direcção e Conselho Fiscal.

Outros assuntos foram

ainda ven�lados, sendo o que se encontra em fa-se mais adiantada, a reali-zação de uma homenagem pública, no centro da vi-la de Porto de Mós, ao Dr. Manuel de Oliveira Perpé-tua.

AV

PROMOVIDA PELO ROTARY CLUB DE PORTO DE MÓS

Sessão de esclarecimento sobre Universidade Sénior

Esta quinta-feira, dia 11 de Novembro, pelas 20 horas, no Auditório da Caixa de Crédito Agrícola de Porto de Mós, irá ter lugar uma sessão de esclarecimento sobre a implemen-tação de uma Universidade Sénior Rotary no concelho.

Dar-se-á a conhecer o Rotary Club de Porto de Mós e a parceria desenvolvida com o Ins�tuto Politécnico de Leiria (IPL), no âmbito da implementação da Universidade Sénior.

A sessão servirá também para esclarecer acerca dos prin-cípios básicos de funcionamento da Universiadade Sénior.

Como orador principal, estará presente o Professor Luís Jacob, Presidente da Direcção da RUTIS - Associação Rede de Universidades da Terceira Idade, desde 2005 e também o fundador e director da Universidade Sénior de Almeirim, desde 2001.

Recorde-se que a cerimónia de assinatura do protoco-lo para a criação da Universidade Sénior decorreu a 21 de Abril do corrente ano, no Auditório da Junta de Freguesia de S. João.

CONVÍVIO PASSOU PELI CIBA

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AmbienteEnergias renováveis

Uma forma “verde” e rentável de produzir energiaCooperativa amiga do ambiente

Também a Coopera�va Agrícola de Porto de Mós tem a funcionar há cerca de um ano painéis solares pa-ra aquecimento de águas e painéis fotovoltaicos para produção de electricidade que é vendida à rede nacio-nal de energia.

Para o presidente Mário Loureiro é uma aposta que vem no seguimento do compromisso assumido pela co-opera�va: redução de consumos energé�cos e aumen-to da eficiência. Em termos prá�cos, é o sol que aquece agora parte das águas usadas para lavagens dos muitos recipientes. A auto-suficiência ainda está longe, com Mário Loureiro a admi�r que o reflexo na factura ener-gé�ca não é muito elevado. Ainda assim, trata-se de um inves�mento de 25 mil euros que será amor�zado num período entre seis e oito anos e um compromisso importante com o meio ambiente, defende Mário Lou-reiro. O objec�vo da Coopera�va passa por ir alargan-do o uso de fontes não poluentes para a produção de energia, garante o presidente.

Ajudam o ambiente, mas também permitem poupar. No uso par�cu-lar ou em empresas e ins�tuições, as energias renováveis têm cada vez mais uma palavra a dizer quando se procu-ra eficiência energé�ca e redução de custos.

Sistemas de microgeração, que per-mitem a produção de electricidade a par�r de painéis fotovoltaicos, que é vendida à rede nacional a preços mui-tos vantajosos nos primeiros anos de u�lização, painéis solares para aqueci-mento de águas sanitárias ou mini eó-licas para produção de energia eléctri-ca são algumas das opções que estão no mercado e que cons�tuem inves-�mentos com rápido retorno. Produz-se energia a par�r de fontes não po-luentes, melhora-se a auto-suficiência e promove-se a eficiência energé�ca.

Escolas dão exemploHá vários meses que nove escolas do concelho de

Porto de Mós u�lizam a energia solar para aquecer águas sanitárias e para produzir energia eléctrica.

Albino Januário, vice-presidente da autarquia, mos-tra-se sa�sfeito com a instalação de equipamentos nas escolas que permitem o aquecimento de águas, atra-vés de painéis solares, e através da microgeração. “É um projecto relevante em termos ambientais, por per-mi�r ter energia a par�r de fontes não poluentes, mas também em termos financeiros”, destaca o autarca, sublinhando no campo da rendibilidade económica a aposta na microgeração.

Albino Januário refere que por estes dias deve ter o primeiro estudo dos custos e proveitos mensais, mas mesmo sem números concretos, adianta que os pri-meiros meses têm sido “extremamente posi�vos”.

Pavilhões gimnodespor�vos, cine-teatro ou piscinas municipais são outros equipamentos públicos onde a autarquia pretende aproveitar as energias renováveis para produção de energia.

Page 10: O Portomosense 676

AmbientePorto de Mós reciclou 627 toneladas em 2009

Reciclagem poupa 150 mil árvores em dois anosNos anos de 2008 e 2009 foram

recolhidas quase 10 mil toneladas de cartão na área de influência da Valorlis (concelhos de Batalha, Lei-ria, Marinha Grande, Ourém, Pom-bal e Porto de Mós). A reciclagem deste papel e cartão permi�u pou-par cerca de 150 mil árvores. Só no concelho de Porto de Mós foram recolhidas cerca de 490 tonela-das de papel, permi�ndo “salvar” 7500 árvores.

Mas a poupança de recursos através da recolha selec�va nos vários concelhos servidos pela Va-lorlis não se ficou pelo papel. Em 2008 e 2009 foram recolhidas 25 toneladas de alumínio, o equiva-lente a mais de 600 anos de tele-visão ligada, 357 toneladas de aço, suficientes para produzir quase 21 milhões de latas de 0.33 litros. A reciclagem na região permi�u ain-da produzir quase dez milhões de t-shirt s XL a par�r das cerca de 1300 toneladas de plás�co recolhi-

do nos ecopontos, e produzir cerca de 25 milhões de garrafas, a par�r das cerca de nove toneladas de vi-dro reciclado.

Números impressionantes e que

registaram ainda aumentos em to-dos os resíduos entre 2008 e 2009. Só no úl�mo ano a recolha selec-�va de resíduos aumentou em to-dos os materiais, a�ngindo núme-

ros recorde.Regressando às árvores, apenas

no úl�mo ano foi possível “salvar” cerca de 80 mil, a par�r do papel e cartão recolhidos na região.

Reciclagem a crescer em Porto de Mós

Como em toda a região, também o concelho de Porto de Mós acom-panha a tendência de aumento da recolhe selec�va de resíduos. Em 2008 os portomosenses recicla-ram cerca de 589 toneladas de pa-pel, embalagens de plás�co e me-tal e vidro. Um valor que subiu pa-ra cerca de 627 toneladas no ano passado, representando um au-mento de cerca de 7 por cento no lixo reciclado.

À medida que os números da re-ciclagem crescem, os resíduos sóli-dos urbanos depositados em ater-ro descem. Em 2008 do concelho de Porto de Mós foram 7958 to-neladas para o aterro sanitário, um valor que desceu para 7913 tone-ladas no ano passado. Ainda as-sim, em 2009, os produtos recicla-dos não foram além de 7 por cen-to do lixo total produzido em Porto de Mós.

Aterro da Valorlis já produziu 25 milhões de kWh

A energia que nasce do lixo

O lixo depositado em aterro é o fim da linha no tratamento do lixo, ou o inicio de um novo proces-so? No caso do aterro da Valorlis, desde 2004 que o lixo é fonte de matéria-prima para a produção de energia eléctrica. Entre Fe-vereiro de 2004 e Setem-bro deste ano, o biogás ge-rado pelo lixo já permi�u a produção de 25 milhões de kWh, energia suficiente pa-ra abastecer a população de Porto de Mós pelo pe-ríodo de um ano. Uma pro-dução que permi�u uma poupança de 7,3 toneladas

de petróleo e as respec�-vas emissões.

Uma parte da energia produzida no aterro sani-tário é consumida nas pró-prias instalações da Valor-lis, sendo a restante depo-sitada na rede eléctrica.

No próximo ano espe-ra-se que entre em funcio-namento a Central de Va-lorização Orgânica, que terá capacidade para rece-ber cerca de 50 mil tone-ladas de resíduos sólidos. Em relação a previsões fu-turas de produção de bio-gás, a Valorlis refere que, está dependente da degra-

dação da matéria organi-za dos resíduos, à medida que o tempo passa a ten-dência é para haver dimi-nuição da produção de bio-gás, devido à diminuição da matéria orgânica disponí-vel. Ainda assim, sublinha-se a importância do projec-to, que permite poupanças significa�vas quer em ter-mos económicos quer em termos ambientais, já que permite reduzir a produção de energia eléctrica a par-�r de combus�veis fósseis, diminuindo as emissões de gases com efeito de estufa (GEE).

Internet

Simuladores ajudam a poupar

Que potência de elec-tricidade devo contratar? Qual o melhor tarifário pa-ra o meu consumo? Como posso diminuir o consumo de água? A resposta a estas e outras questões está dis-ponível à distância de um clique, permi�ndo aos con-sumidores melhorar o con-sumo energé�co, ao mes-mo tempo que poupam di-nheiro.

No sí�o da En�dade Re-guladora dos Serviços Ener-gé�cos (www.erse.pt), exis-te uma área dedicada aos simuladores. A potência a contratar, comparação de

preços no mercado e factu-ração das tarifas reguladas são as áreas em que a ER-SE disponibiliza simulações para ajudar os consumido-res do mercado de electri-cidade, que desde 2006 po-dem escolher o fornecedor de energia eléctrica.

No si�o da Quercus (As-sociação Nacional de Con-servação da Natureza), através do projecto Ecoca-sa (www.ecocasa.pt) é pos-sível simular o consumo de água, as emissões de CO2 nas deslocações, compa-rar tarifas de electricidade, potencialidade de poupan-

ça na iluminação, compa-rar máquinas e equipamen-tos, entre muitas outras opções.

São duas opções que aju-dam a adoptar compor-tamentos mais amigos do ambiente, ao mesmo tem-po que permitem deixar mais alguns euros na car-teira.

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Ambiente

Sabia que…Instalar vidros duplos pode reduzir até cerca de 10% o consumo em energia;

O isolamento das paredes, tecto e chão pode reduzir até 10% o consumo em energia;

Isolar janelas e portas pode reduzir até 5% do consumo em energia;

Reduzir um grau centígrado a temperatura de aquecimento pode equivaler a uma economia de 5% do consumo;

A utilização de lâmpadas fluorescentes compac-tas, quando comparadas com lâmpadas incan-descentes, reduz o consumo em cerca de 80%;

As lâmpadas fluorescentes compactas têm uma duração de cerca de 8 vezes mais, quando comparadas com as lâmpadas incandescentes;

Fonte: Enerdura

Enerdura desenvolve projecto de eficiência energética

Autarquias “aprendem” a poupar energiaPor as escolas do 1.º ciclo a con-

sumir menos energia e da melhor forma é o que se pretende com o estudo de “Op�mização Energé�-ca em Escolas do 1º Ciclo do Ensi-no Básico”, promovido pela Ener-dura (Agência Regional de Energia da Alta Estremadura).

O projecto começou com os mu-nicípios de Leiria, Marinha Gran-de, Ourém e Porto de Mós, onde foram analisados três edi�cios por concelho.

O estudo vai já na segunda fa-se e conta com a adesão de no-vos concelhos: Alvaiázere, Ansião, Batalha, Pombal e Porto de Mós, agora com a análise alargada a vin-te edi�cios por município.

A par�r dos dados recolhidos nos quatro concelhos pioneiros foi elaborado um relatório, apontan-do medidas para melhorar a efici-ência energé�ca.

Miguel Lacerda, responsável pe-la Enerdura, refere ainda que fo-ram iden�ficadas várias falhas nos edi�cios analisados. Caixilharia de janelas em mau estado, consumos em equipamentos que não estão a ser u�lizados, tubagens de aqueci-mento em mau estado, má ilumi-nação, torneiras em mau estado e maus comportamentos dos u�-

lizadores são algumas das falhas que foram encontradas nos quatro concelhos analisados, na primeira fase do estudo.

A u�lização de lâmpadas fluo-rescentes compactas, a colocação de sensores de presença, a coloca-ção de vidros duplos, isolamento dos tubos de água quente ou subs-�tuição de caixilharia de portas e janelas são algumas as medidas, simples, que podem contribuir pa-

ra uma redução do desperdício no consumo de energia, emagrecen-do ainda as facturas a pagar ao fi-nal do mês.

Além de um diagnós�co às con-dições dos edi�cios, Miguel Lacer-da refere ainda a importância do estudo, que permi�u sensibilizar educadores, professores e toda a comunidade escolar para a adop-ção de comportamentos mais ami-gos do ambiente.

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Cultura

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Almoço da Morcela

No próximo domin-go, dia 14 de Novembro os “Quarentões de Seten-ta” levam novamente até à Baiuca da Piação o já ha-bitual “Almoço da Morce-la”, com as iguarias típicas à moda de Mira de Aire. Neste evento a morcela é a rainha, acompanhada com couve e batata cozida.

Feira de stocks este fim-de-semana

Utilidades, decoração, roupa, artesanato ou elec-trodomésticos. Estes são alguns dos produtos que este fim-de-semana (dias 13 e 14 de Outubro) estão na Feira de Stocks, no Fó-rum Cultural, em Porto de Mós.

Além de produtos a pre-ços mais baixos, há ainda filhós e café d avó. A en-trada é livre e a organiza-ção do Fórum Cultural de Porto de Mós.

S. Martinho traz música e castanhas

Na Corredoura e Fonte de Oleiro celebra-se este fim-de-semana o Dia de S. Martinho, que hoje se assi-nala.

Amanhã, dia 12, O São Martinho é celebrado com música. As bandas Dos-tene& Fami e Original Fakers, além do dj TypeR, animam a noite, regada com castanhas e água-pé.

Na Fonte de Oleiro há festa do Magusto no dia 13, sábado, a partir das 21 horas. A animação é fei-ta pelo grupo de jovens da Fonte do Oleiro. Casta-nhas, água-pé, café d avó e coscorões fazem par-te da ementa da festa que pretende “reviver os ve-lhos tempos”.

Campanha do Banco Alimentar de regresso

Porto de Mós recebe, nos dias 27 e 28 de Novem-bro a Campanha Nacional de Recolha de Alimentos, numa iniciativa do Banco Alimentar Contra a Fome.

Os voluntários vão estar em alguns supermercados do concelho para angariar alimentos para 53 institui-ções particulares de soli-dariedade social da região de Leiria.

A organização espera a participação de cerca de 1400 voluntários.

NO ÂMBITO DAS COMEMORAÇÕES DOS 450 ANOS DA FREGUESIA

Música, conversa e arte encantam Juncal

Foi com entusiasmo que os juncalenses receberam um fim-de-semana repleto de arte, conversa e música, nos dias 5 e 6 de Novembro. A inicia�va foi da Comissão da Organização das Come-morações dos 450 anos do Juncal e foi um sucesso.

No dia 5 foi inaugurada uma exposição com diversos trabalhos do pintor leirien-se, Artur Franco, que têm como tema o Juncal. A ex-posição está patente na Es-cola de Música do Juncal até ao próximo domingo. Nes-sa noite, decorreu mais uma tertúlia, desta vez in�tulada “Os padres que marcaram a cultura do Juncal”. O orador convidado foi o padre Lucia-no Cris�no.

Filomena Mar�ns, da Co-missão da Organização das Comemorações dos 450 anos do Juncal, revela-se sa-�sfeita com a noite. A tertú-lia decorreu num ambiente informal e revelou a impor-tância que diversos padres �veram na dinamização cul-tural e social do Juncal.

“Na conversa, surgiu o nome do padre Benevenu-to Dias, que esteve cerca de 40 anos na paróquia, tendo colocado em prá�ca projec-tos que enriqueceram cultu-ralmente a população e aju-daram os mais carenciados. Criou, por exemplo, a sopa dos pobres e conseguiu for-mar um grupo de teatro. De entre muitas outras inicia-�vas, construiu o centro in-fan�l (que faz agora 50 anos) e o salão paroquial”.

No sábado, 6, o salão dos

Bombeiros Voluntários do Juncal foi pequeno para aco-lher todos aqueles que qui-seram assis�r ao mega-con-certo com a par�cipação de 170 elementos, entre músi-cos e coralistas, que, juntos, tocaram e cantaram para uma plateia que não lhe re-gateou aplausos.

O mega coro era cons�tu-ído por representantes dos Grupos Corais de São Miguel (Juncal), Vila Forte (Porto de Mós), USALCOA (Alcobaça), Calçada Romana (Alqueidão da Serra), Gaudia Vitae (Mi-ra de Aire), Paróquia San-ta Catarina (Caldas da Rai-nha), Obra Social do Pousal SML (Malveira) que foram acompanhados musical-

mente pela Banda Recrea�-va Portomosense e Socieda-de Filarmónica Catarisense. De salientar, que, a banda de garagem EisenKraut e o cantor Rui Silva acompanha-ram os coros e as bandas num tema dos Xutos & Pon-tapés.

A forma como decorreu o concerto foi muito elogiada, bem como o papel do maes-tro Bruno Santos, que teve de conciliar tantos elemen-tos. O vereador da Cultura, Albino Januário, disse na al-tura, que é pena não exis�r no Juncal, uma sala de es-pectáculos com condições e capacidade para rece-ber um evento como aque-le, mas referiu que não fal-

ta vontade da autarquia pa-ra tal acontecer. O vereador recorda que esteve previs-ta no orçamento para 2010 uma verba para o projec-to de recuperação do salão paroquial para esse efeito, mas, como isso não se rea-lizou, con�nua disponível, no orçamento para o próxi-mo ano. No entanto, o res-

ponsável pediu que os jun-calenses e as várias en�da-des do Juncal se unam para que a ideia de ter um espaço em condições para acolher manifestações culturais, se concre�ze.

Luísa Patrício/ Isidro Bento

170 elementos encheram o auditório dos Bombeiros do Juncal (foto Boaventura Virgílio)

MIRA DE AIRE

PORTO DE MÓS

CORREDOURA

SOLIDARIEDADE

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-15- Cultura

Novena InfalívelAo Divino Espiríto Santo, ao Menino Jesus e Sua Santissima Mãe e Santo António. Ó Jesus que disseste: Pede e receberás, procura e acha-rás, bate e a porta se abrirá. Por intermédio de Maria Vossa Mãe Santíssima eu bato, procuro e vos rogo que minha prece seja atendida. (Men-ciona-se o pedido); Oh! Jesus que disseste: Tudo o que pedires ao Pai em Meu nome Ele atenderá. Com Maria, Vossa Santa Mãe, humil-demente rogo ao Pai, em Vosso nome, que a minha prece seja seja ouvida. Menciona-se o pedido. Oh! Jesus que disseste: O céu e a terra passarão mas a minha palavra não passará. Com Maria, Vossa Mãe bendita, eu confio que a minha oração seja ouvida. Menciona-se o pedi-do. Rezar 3 Avé-Marias e uma Salvé-Rainha. Em casos urgentes esta novena deverá ser feita em 9 horas seguidas. Publicar a Oração assim que receber a graça.

Agradeço a graça recebida. A.S.

Medalha

Rádio Dom Fuas distinguida

A Autoridade Nacional de Pro-tecção Civil atribuiu uma medalha à Rádio Dom Fuas, alusiva ao Dis-positivo Especial de Combate a In-cêndios Florestais. A rádio de Por-to de Mós foi uma das sete rádios locais, a nível nacional, que aderiu à campanha de prevenção de in-cêndios florestais. A medalha foi atribuída como forma de agrade-cimento pela “divulgação de men-sagens de sensibilização dos cida-dãos, durante este Verão”.

Presépios

Inscrições para concurso

O Natal está a aproximar-se e com ele regressa o Concurso de Presépios, organizado pela autar-quia de Porto de Mós e que vai pa-ra a 20.ª edição.

As inscrições para o concurso decorrem até ao dia 16 de Dezem-bro e os trabalhos devem ser en-tregues no Espaço Jovem, no Jar-dim Municipal, durante o horá-rio de funcionamento. A concurso voltam a estar quatro categorias: Adultos, 3.º Ciclo, 1.º e 2.º Ciclo e Jardim-de-infância.

Após a classificação dos pre-miados, os melhores trabalhos a concurso, estarão em exposição de 18 de Dezembro a 22 de Janei-ro do próximo ano, no Espaço Jo-vem.

Porto de Mós

Natal Bombeiro 2010

Os bombeiros voluntários de Porto de Mós iniciaram no pas-sado domingo, 7 de Novembro, o tradicional “Peditório de Natal”.

À semelhança dos anos anterio-res, este peditório será feita nos meses de Novembro e Dezembro na área geográfica abrangida por este corpo de bombeiros.

Os “soldados da paz” irão per-correr as várias localidades aos do-mingos e feriados, no período das 09 às 13 horas e durante os dias de semana, das 18h30 às 21h30, agradecendo, desde já, a habitual generosidade da população.

SÃO BENTO

Três dias de petiscos e tradiçãoSe o ditado diz que não há duas

sem três, em São Bento não hou-ve três sem se chegar ao IV Fes�-val Gastronómico e Cultural, que voltou a agitar a freguesia entre 30 de Outubro e 1 de Novembro.

A tasquinha regional voltou a estar em destaque com as igua-rias que começam a atrair visitan-tes a São Bento. Filhós de chouri-ço, Bacalhau à Lagareiro, migas à serrana, coelho à caçador, acom-panhados pelo pão e broa casei-ros, terminando com o arroz do-ce foram alguns dos pratos em destaque. Além da festa que se fez à mesa, houve também a fei-ra de ac�vidades económicas que mostrou alguns dos negócios da região, como trapologia, borda-dos ou outros artefactos feitos à mão.

Bailes, animação infan�l, jogos tradicionais, torneio de matraqui-lhos, o bar jovem, danças de sa-lão ou animação musical com as concer�nas da Barrenta foram outros dos momentos que passa-

ram pelo Salão Paroquial ao lon-go dos três dias de fes�val.

De regresso esteve também o baile à moda an�ga, animado pe-lo acordeonista natural da fre-guesia, Daniel Valente, e onde não faltaram vários elementos trajados a rigor.

O fes�val englobou ainda a re-alização do I Raid Fotográfico, on-de par�ciparão oito fotógrafos, que percorreram vários pontos da freguesia, captando imagens de uma serra agreste de início de Novembro.

De acordo com a organização, a cargo do Clube Despor�vo de São Bento e Associação Cultural e Re-crea�va Pedras Soltas, a afluên-cia à maioria das ac�vidades cor-respondeu às expecta�vas, com um balanço final global posi�vo numa ac�vidade que está já a ga-nhar tradição em São Bento.

ASSOCIAÇÃO POPULAR DA BEZERRA E FIGUEIRINHAS ESTREIA EVENTO

1.ª Mostra de Artesanato e Gastronomia da BezerraOs bons pe�scos da região volta-

ram à mesa do concelho a 6 e 7 de Novembro, na 1.ª Mostra de Arte-sanato e Tasquinhas, organizada pela Associação Popular da Bezer-ra e Figueirinhas (Serro Ventoso).

As saborosas moelas, as migas, a morcela e o chouriço caseiro fo-ram os pratos que mais saíram da cozinha durante os dois dias, se-gundo revelou ao nosso jornal, Cé-lia Rosa, membro da direcção da associação e uma das cozinheiras de serviço.

O balanço desta primeira edição é posi�vo, apesar da fraca adesão da população, diz Célia Rosa.

“É um balanço posi�vo, mas ao mesmo tempo não é, porque �-vemos pouca gente. Temos que ter em conta, que a fraca aderên-cia deve-se sobretudo ao facto

de ter sido a primeira realização e também porque não quisemos ter muita despesa com a publicidade”, explica.

O pavilhão da associação foi pre-enchido também com a cor e arte de cinco artesãos da região.

Trapologia, bijuteria, pintura e esculturas em madeira, entre ou-tros ar�gos estavam em exposi-ção, mas também disponíveis pa-ra venda.

Este é mais um evento que pro-mete vincar a programação do concelho nos próximos anos, em prol daquilo que de melhor se faz por cá.

“Não vamos desis�r! O evento vai regressar no próximo ano, por-que apesar de não ter �do grande afluência da população, não cor-reu mal em termos financeiros”,

salienta Célia Rosa.A 1ª. Mostra de Artesanto e

Gastronomia contou também com a animação. “ Os mal es�mados”

foram o grupo convidado para dar ritmo a esta edição.

Iolanda Nunes/ Isidro Bento

Festa dos Avós do Pólo EducativoComo já vem sendo hábito, o Pó-

lo Educa�vo de Serro Ventoso, reali-zou no dia 5 de Novembro a festa dos avós que decorreu em ambiente de saudável confraternização.

Os avós par�ciparam em grande número e os netos presentearam-nos com canções, danças, quadras e uma pequena lembrança comemora�va do dia.

No final, todos puderam apreciar as iguarias trazidas pelos meninos e me-ninas deste pólo educa�vo.

As educadoras e Professoras

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3º Aniversário dos nascidos em 1943

No dia 1 de Dezembro irá realizar-se o 3º convivio da malta de 43.

Se é nascido em 1943, reside no concelho de Porto de Mós e quer pas-sar momentos agradáveis com pesso-as nascidas no mesmo ano, pode ins-crever-se para o almoço convivio a ter lugar no restaurante O Can�nho da Saudade em Porto de Mós. As inscri-ções podem ser feitas para os núme-ros de telemóvel 918914729 (António Fortunato) ou 963392083 (Manuel de Jesus)

PORTO DE MÓSSERRO VENTOSO

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Cultura

ARRENDA-SEApartamento T3, amplas divisões,terraço e garagem individual, na

Rua de Baixo, Juncal.Telem. 968 025 467

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12 Novembro

CarminhoCentro Cultural Gonçalves Sapinho | Benedita | 21h30Uma das mais recentes revelações do fado em Portugal vem à Benedita apresentar o mais recente trabalho “Fado”, que é já disco de ouro.

20 Novembro

Noite de JazzClube União Mirense | Mira de Aire | 22hOs Desbundixie estão em Mira de Aire para uma Noite de Jazz tradicional, que promete glamour dos anos 60 e 70. Bilhetes no local ou por reserva (969 802 034, 917 209 133, 919 177 145).

André SardetTeatro José Lúcio da Silva | Leiria | 21h30André Sardet apresenta um espectáculo com temas dos álbuns “Mundo de Cartão” e “Acústico”. Um espe-ctáculo que visita alguns dos êxitos do cantor, de forma intimista.

Exposições

Exposição de Arte Sacra – Abel Marcelino Biblioteca Municipal de Porto de Mós | Até 30 de NovembroAbel Ferreira Marcelino nasceu no Juncal em 1943 e tem dedicado parte do seu tempo a recuperar e emoldurar pagelas de cariz religioso, criando bonitos quadros de arte sacra. O resultado pode ser visto este mês na Biblioteca de Porto de Mós.

CORAL CALÇADA ROMANA

Muita música para comemorar 17 anos

O Coral Calçada Romana, de Al-queidão da Serra, festejou os seus 17 anos de ac� vidade com uma festa, que juntou vários talentos da freguesia, e com um concerto.

No dia 23, sábado, teve lugar a 2ª Festa Popular da Música, even-to que reuniu cerca de meia cen-tena de músicos amadores da fre-guesia de Alqueidão da Serra e que, a solo ou em pequenos gru-pos, entre� veram, durante mais de três horas, o público que enchia por completo o salão da Casa do Povo local. Foi, por assim dizer, um “abraço” da Freguesia ao seu coral e à associação a que pertence. Tal como na primeira edição, foram várias as surpresas que mostraram os seus talentos em palco, surpre-endendo os seus conterrâneos, até aí desconhecedores de tais dotes. “Ar� stas” dos 7 aos 70 anos prota-gonizaram um salutar encontro de gerações que também se verifi cou entre o público.

Na abertura desta festa, o pre-sidente da Associação Coral Calça-da Romana, Jorge Pereira, congra-tulou-se com a presença de tanto público e com o facto de esta as-sociação conseguir reunir a popu-lação do Alqueidão em torno do aniversário do seu coral. Desejou ainda que esta capacidade de unir esforços possa repe� r-se quando da organização das comemorações dos 400 anos da Freguesia, que de-vem começar a ser pensadas den-

tro de dois ou três anos. No dia seguinte, realizou-se um

concerto comemora� vo do 17º aniversário do Coral Calçada Ro-mana. Abriu o coral aniversariante, que estreou dois temas, “Te Quie-ro” e “Canção dos Mineiros de Al-justrel”. O espectáculo contou ain-da com a par� cipação do Coro da Sociedade Recrea� va e Musical da Pedreira (Tomar). Após o concerto

realizou-se um pequeno convívio onde foram cantados os parabéns e cortado o bolo de aniversário.

Calçada Romana anima missa em honra do Infante

No próximo domingo, dia 14, o Coral Calçada Romana fará a ani-mação litúrgica da Missa de Sufrá-gio em honra do Infante D. Henri-

que, nas comemorações dos 550 anos da sua Morte. Estas comemo-rações envolvem vários concelhos ligados à vida e à gesta do Infante. A eucaris� a terá lugar no Mosteiro da Batalha.

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POESIA

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Cultura

O PORTOMOSENSE 11/11/2010 - 8757/676CARTÓRIO NOTARIAL DE MANUEL

FONTOURA CARNEIRO - PORTO DE MÓSCertifico para fins de publicação, que por es-

critura de justificação celebrada neste Cartório Notarial, no dia vinte e sete de Outubro de dois mil e dez, exarada a folhas duas do livro de No-tas para Escrituras Diversas Duzentos e Dezas-sete – A;

JOSÉ ROSA VIRTUDES e cônjuge MARIA DO ROSÁRIO DOS SANTOS VAZÃO VIRTUDES, sob o regime da comunhão geral de bens, naturais ele da freguesia de Juncal, ela da freguesia de Pedreiras, ambas do concelho de Porto de Mós, residentes na Rua Vale Cheiro, em Pedreiras, Porto de Mós, Nifs: 173 616 305 e 219 542 511, declararam:

Que são donos e legítimos possuidores, com exclusão de outrem, do prédio rústico, sito em S. Miguel, freguesia de Juncal, concelho de Por-

to de Mós, composto de cultura arvense sob co-berto, com a área de mil e duzentos metros qua-drados, a confrontar do norte com Manuel Silva Ascenso, sul com Herdeiros de Adolfo Chavinha Grazina, nascente com Francisco Rosa Coelho e de poente com Herdeiros de José Rosa Virgílio, inscrito na matriz sob o artigo 171 secção 016, com o valor patrimonial de IMT 107,00;

O imóvel não está descrito na Conservatória do Registo Predial de Porto de Mós.

Que adquiriram o referido prédio por com-pra verbal de Maria da Piedade Rosa Virtudes dos Santos Penedo, viúva, residente em Alma-da, compra essa que teve lugar no ano de mil novecentos e sessenta e oito, já no seu esta-do de casados.

Não obstante não terem título formal de aqui-sição do referido prédio, foram eles que sem-pre o possuíram, desde aquela data até hoje, logo há mais de vinte anos, em nome próprio,

defenderam a sua posse, pagaram os respec-tivos impostos, gozaram todas as utilidades por ele proporcionadas, cuidaram da sua limpeza e colheram os seus frutos, sempre com o âni-mo de quem exerce direito próprio, sendo re-conhecidos como seus donos por toda a gente, posse essa de boa fé, por ignorarem lesar direi-to alheio, pacífica, porque sem violência, con-tínua e pública, por ser exercida sem interrup-ção e de modo a ser conhecida por todos os in-teressados.

Tais factos integram a figura jurídica da usu-capião, que os justificantes invocam, como cau-sa de aquisição do referido prédio, por não po-derem comprovar a sua aquisição pelos meios extrajudiciais normais.Cartório Notarial de Manuel Fontoura Carneiro, vinte e sete de Outubro de dois mil e dez.

A Colaboradora com delegação de poderes,Ana Paula Cordeiro Pires de Sousa Mendes

Anjo BrancoAutor: José Rodrigues dos SantosEditora: Gradiva PublicaçõesEdição: 2010

“Anjo Branco” é o mais recente livro do jornalista da RTP, José Rodrigues dos Santos. Conta a vida de Jo-sé Branco numa aldeia perdida, no coração de África, onde se deparou com um terrível segredo. No seu pe-queno avião, José cruza diariamente um vasto territó-rio para levar ajuda aos recantos mais longínquos da província. Chamam-lhe o Anjo Branco. A guerra co-lonial rebenta e José cruza-se com aquele que se vai tornar o mais aterrador segredo de Portugal no Ul-tramar.

Red - PerigososFrank é um ex-agente de operações secretas da

CIA a tentar viver tranquilamente a sua reforma. Um dia percebe que está a ser perseguido pela pró-pria CIA e, decidido a escapar com vida, reúne as únicas pessoas em quem pode confi ar: Joe, Marvin e Victoria, os membros da sua an� ga equipa, igual-mente reformados e com difi culdade em lidar com a monotonia do dia-a-dia. E é assim que se aperce-bem que são todos alvos de uma enorme conspi-ração. Estes ex-agentes, sedentos de aventura, vão redescobrir o prazer de uma boa conspiração. Um fi lme realizado por Robert Schwentke, com Bruce Willis, Morgan Freeman, Karl Urban e Helen Mirren.

Terrakota

“World Massala”Juntos desde o ano 2000, são uma das bandas por-

tuguesas com maior reconhecimento no panorama de «World Music» (ou Músicas do Mundo).

A sonoridade dos Terrakota vai muito para além das fronteiras da nossa cultura e da nossa língua. Mistura-se um pouco do fado moderno, com um toque africa-no e uma pitada do Oriente.

Neste novo disco, os Terrakota contam com a cola-boração de vários convidados como Paulo Flores, Vas-sundara Das, os Rajasthan Roots, Kumar e os Cool Hip-noise. O videoclip do single que dá nome ao álbum já está disponível no espaço da banda em www.myspa-ce.com/terrakota.

Amanhã, dia 12, o grupo vai estar no Centro Cultu-ral de Alcobaça. Hoje (11) a rádio Dom Fuas Fm está a oferecer bilhetes para este concerto, aproveite!

www.bebacomcabeca.pt

Beba com a cabeça é um sí� o criado pela Asso-ciação Nacional de Empresas de Bebidas Espiritu-osas. Entre a informação disponível destaque para um teste que permite calcular a taxa de alcoolemia a que corresponde um determinado consumo.

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MIRA DE AIRE

Gaudia Vitae promove serão cultural

Retomadas as ac� vidades a 16 de Setembro, após me-recidas férias, o Coro Gaudia Vitae teve a sua primeira ac-tuação a 2 de Outubro, na Guia/Pombal, tendo sido re-cebido de forma muito calo-rosa pelo coro anfi trião, na comemoração do Dia Mun-dial da Música.

A 5 de Outubro teve lugar uma animada tarde de con-fraternização entre coralis-tas e familiares a marcar o início do ano de ac� vidade do Coro.

Para o dia 13 de Novem-bro estamos a preparar um

serão/convívio cultural pe-las 20h00 nas instalações da Escola Secundária de Mira de Aire, que incluirá a par� -cipação do Grupo de Gaitei-ros “OS DIVERTIDOS” de Vi-la Nova de Famalicão e tam-bém muita animação com música e outras surpresas, para além dos pe� scos que serão servidos.

É nossa intenção dar a co-nhecer um Artesão Mirense. Verdadeiro ar� sta, de gran-de sensibilidade, cujos dotes raiam a perfeição, este Mi-rense cons� tuirá para todos uma revelação.

A 21 de Novembro, o Coro desloca-se a Almada para a solenização da Festa a Cristo Rei, onde actuará conjunta-mente com outros coros de Lisboa.

Já a 28 de Novembro pe-las 15h00, o Coro actuará no Congresso Eucarís� co Dio-cesano do Apostolado da Oração da Diocese de Leiria-Fá� ma, no Centro Pastoral Paulo VI.

Direcção do Gaudia Vitae

ESPECTÁCULO DE SOLIDARIEDADE DO O2 NA 3.ª EDIÇÃO

Danças em troca de brinquedosA ideia é simples: ver um

espectáculo de dança, onde o bilhete de entrada é subs-� tuído pela entrega de um brinquedo. O espectáculo “Solidariedade com Ritmo” nasceu há 3 anos, pela mão do Ginásio O2, e procura an-gariar brinquedos para dis-tribuir pelas crianças mais desfavorecidas do concelho. Podem ser doados brinque-dos novos ou usados, desde que em bom estado. As dan-ças sobem ao placo do ci-ne-teatro de Porto de Mós no dia 21 de Novembro, às 17h30.

Se a causa solidária já po-de ser mo� vo sufi ciente pa-ra par� cipar, as presenças em palco ajudam ainda mais

a despertar o interesse. Pe-lo “Solidariedade com rit-mo” passam os grupos do Ginásio O2, Academia Vanda Costa, Unexpected, Primos

Perfeito e o Grupo de Dança da Universidade de Lisboa. Há ainda a par� cipação es-pecial dos LEGACY, um gru-po composto por três fi na-

listas do programa “Achas Que Sabes Dançar” da SIC (Tiff anie Jorge, Tiago Careto e Inês Afl allo).

Carlos Pinção

Se não me encontrares

Se não me encontrares;Procura-me além na praiaEstarei na brisa do mar;Se não me encontrares;Procura-me na tua solidãoNas tuas canções românticasEu virei na música...Se não me encontrares;Procura-me à noite nas estrelasQue teus olhos vêem:Serei o luar que te ilumina.Se não me encontrares;Olhai à tua volta...Encontrarás uma criança sor-rindo,Sou eu para te fazer feliz.Senão me encontrares;Procura-me além na praiaSerei calma, ternura, carinho...E do mar, ouvirásUma voz dizer-te:Eu te amo.

Foto de Arquivo

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Está a decorrer o mais mediá�co julga-mento no Tribunal da Comarca de Porto de Mós, o qual, tenho acompanhado des-de a primeira hora.

Desde inicio, e como leigo, sen� que durante a fase de interrogatório por par-te dos advogados de acusação e de defe-sa, por vezes se suscitava alguma estupe-facção na assembleia, pelo facto de serem aparentemente tão primárias e inadequa-das as inquirições para a resolução de um caso tão com-plexo que vi�mou mortalmente um ci-dadão.

Durante a audiência, tanto nos depoi-mentos como nas alegações finais, os ad-vogados de acusação e de defesa, �veram como objec�vo, “tocar” a sensibilidade dos colec�vos de juiz e júri, logo, obrigan-do-os a ponderarem em prol dos seus pró-prios clientes, havendo por vezes, uma no-tória crispação entre os magistrados, in-trometendo-se nos inquéritos alheios desrespeitando-se mutuamente perante o repleto tribunal, obrigando prontamente o Meri�ssimo a intervir com constantes ad-vertências verbais aos magistrados como forma de apaziguar as hostes.

Tanto a acusação como a defesa, condi-cionam os depoimentos, regendo-se por

uma estratégia de inquirição que baralha os inquiridos. Ora os confrontam assentes em astutos rodeios de raposa manhosa, ora de forma matreiramente repe��va, havendo pelo meio alguma perspicácia, sublinhada por suposições e contradições, de modo a tentarem apanhar em falso as testemunhas durante o decorrer dos de-poimentos. Para tal, esmiuçam os factos, indo desde o mais ínfimo pormenor até à

mais disparatada suposição, que po-derão ser ou não re-levantes para a re-solução dos factos.

Perante tal cená-rio, enquanto o tribunal, após pedir jura das testemunhas, apenas lhes exige verda-de e rigor de exac�dão nas declarações, a fim de obter a clareza dos factos, ainda as-sim, as testemunhas vêem-se à mercê dos advogados que enveredam por arrogância exagerada e por vezes abrupta, de modo a pôr em causa a postura e os sen�mentos dos inquiridos.

Na verdade, a advocacia é a arte sub�l, capaz até de ser defensora do diabo. A sê-lo, que o faça de forma imparcial e condi-cionalmente aliada da tão implorada jus�-ça.

Arte de advogarEduardo Biscaia(programador CNC)

Opinião

O Centro de Interpretação da Bata-lha de Aljubarrota (CIBA) foi considera-do Monumento Nacional. Uma boa no�-cia! Mais um factor for�ssimo para es�-mular o Turismo no Concelho. A começar pelos residentes e escolas com um núme-ro, ainda, �mido de visitas. Seria interes-sante averiguar quais as razões que jus-�ficam esta a�tude de alheamento; afi-nal como vemos este Centro (CIBA)? Que potencial está por descobrir para o comércio, restau-ração e cultura?

Já ouvimos pe-ritos e estrategas; sabemos que está em construção um ro-teiro de inicia�va da Câmara e um “ pla-no de pormenor” que tarda em sair da gaveta… alguns anos depois do lança-mento da primeira pedra, os sinais de mudança e de consequências são ainda ténues, (pese embora o esforço notável de quem lidera o CIBA). Contudo, a mu-dança não se executa sozinha ; as parce-rias com outros concelhos são vitais pa-ra o crescimento de um projecto que va-lorize não só Porto de Mós como toda esta região. Parece, hoje , incompreensí-vel , como durante mais de seis séculos, o planalto de S. Jorge guardou o seu tes-temunho em silêncio. Quantos outros te-

souros esperam pelo empenho e dedica-ção de um visionário, da vontade polí�ca de um execu�vo e do inves�mento finan-ceiro de um filantropo?

Temos dois monumentos classificados, uma das maravilhas nacionais, fauna e flora únicas na Península Ibérica como tal temos o dever de, não só saber preser-var o que herdámos, como também de dar a conhecer este património históri-

co e natural invul-gares.

A História jus�-fica Aljubarrota e Batalha como pó-los de atracção tu-

rís�ca consolidados; o presente exige que Porto de Mós integre este triângu-lo de interesses comuns que a divisão de território e a incapacidade de par�lhar, geraram ao longo dos séculos. Nós pode-mos mudar.

Com vontade polí�ca séria, envolvi-mento colec�vo e lideranças esclareci-das, só podemos esperar um final feliz. Quando?

Vemos o que vemospelo que somosAna Narciso(professora)

A advocacia é a arte subtil, capaz até de ser defensora

do diabo

“Vemos o que vemos pelo que somos”

Fernando Pessoa

Em 1910, o povo português queria uma República no sen�do da adopção de um Es-tado com os valores democrá�cos, fruto da propaganda republicana que prome�a a cons�tuição desse mesmo Estado. Promes-sas de sufrágio universal, de descentraliza-ção administra�va e eleitoral, do fim da cor-rupção e da instabilidade polí�ca atraíram a pequena burguesia urbana e alguns sectores do operariado oficinal.

Portugal (entenda-se Lisboa) aceitou a re-volução republicana com algum entusias-mo. No entanto, esse entusiasmo foi paula-�namente subs�tu-ído pela indiferença e por alguma revol-ta em geral contra os republicanos e, nos anos subsequentes a 1910, tornou-se cla-ro que o povo não queria a República que �-nha sido materializada. O Par�do Republica-no, esquecendo as suas promessas eleitorais, nunca lutou pela descentralização eleitoral e administra�va nem decretou o sufrágio uni-versal. Além de ter destruído o liberalismo da Monarquia, o novo regime revelou-se ainda intolerante e radical. Perseguiu o cle-ro português, assaltou os conventos, encar-cerou os sacerdotes e bispos e confiscou os bens da Igreja. Além dos católicos, também os movimentos autónomos de trabalhadores foram alvo da repressão republicana.

Os republicanos também não combate-ram a corrupção polí�ca. Em certos casos

até a es�mularam, através da oferta de car-gos públicos a certos caciques locais influen-tes, pois necessitavam de “republicanizar” o resto do país que ainda era monárquico. A tudo isto se pode somar a instabilidade par-�dária e polí�ca que grassou no novo regi-me. Os primeiros sinas de instabilidade sur-giram no próprio Par�do Republicano, que a seguir à revolução se dividiu em três par�-dos. O grupo liderado por António José de Al-meida cons�tuiu o Par�do Evolucionista, em torno de Brito Camacho formou-se o Par�do

Unionista, e os par-�dários de Afonso Costa formaram o Par�do Republicano ou Democrá�co. Du-rante os 16 anos da I República, realiza-ram-se 7 eleições ge-

rais para o Parlamento, 8 eleições para a Pre-sidência da República e formaram-se 45 mi-nistérios, com uma durabilidade média de 4 meses apenas.

A I República caiu formalmente no dia 26 de Maio de 1926 mas, na realidade, já �nha tombado antes, a par�r do momento em que os seus dirigentes viraram as costas ao povo. Personalidades polí�cas como Antó-nio José de Almeida, Afonso Costa, Brito Ca-macho, Bernardino Machado ou Manuel de Arriaga ficaram dessa forma esquecidas pe-lo povo português, que curiosamente ainda hoje demonstra afecto por alguns dos seus opositores como por exemplo Sidónio Pais.

A Implantação da República (Parte II)

Marco Silva(investigador universitário)

A I República caiu formalmente no dia 26 de Maio de 1926 mas, na

realidade, já tinha tombado antes

O povo passou pelo centenário da Repú-blica com um enorme bocejo. Não aderiu aos festejos oficiais. Em Porto de Mós não fugiu à regra apesar de ter havido um en-contro com convidados de alto gabarito. Foi pena.

Em 1910 a Monarquia legou-nos um pa-ís sem dinheiro, sem indústria, com os par�-dos divididos e uma população com 75% de analfabetos. Sabíamos apenas cul�var cou-ves sem químicos e �nhamos água para as regar.

Quem defende a monarquia tem di-ficuldade em fazer compreender a ló-gica da condenação dum pobre diabo que terá que suportar, du-rante toda a sua vida, as condições exigidas para a condução dum povo. Pior ainda é ex-plicar como esse povo se poderá livrar de-le se ele virar um rico diabo. As crises dinás-�cas podem, contudo, ser resolvidas num processo semelhante à eleição dum presi-dente da República, mas, conviria, sem os cercos militares dos Pereiras, nem as espa-das desembainhadas dos Pais.

O centenário da República também é fes-tejado em má situação. Estamos sem dinhei-ro, com as fábricas fechadas os par�dos di-vididos e dois terços da populção a sofrer de

iliteracia. Não sabemos cul�var couves sem químicos e temos pouca água para as regar.

Quem defende a República não estará muito à vontade para explicar porque esta-mos nesta situação após vinte presidentes. E houve-os para todos os gostos. Tivemos em Sidónio Pais um presidente assassinado no exercício do cargo e tal como no regicí-dio ter-se-á seguido o esquema de A ins�gar B para matar C. Depois A mata B para ele-minar provas. Houve uma noite sangrenta

com uma camioneta fantasma circulan-do por Lisboa e com base no Arsenal da Marinha. Tivemos o monárquico Can-

to e Castro, um Gomes Costa e muito mais tarde Costa Gomes e pelo meio um Cabeça-das, o Carmona absen�sta que apenas cor-tava fitas para gaudio dos salazaristas. Tive-mos um Tomás que não foi um pai como o da cabana. Em Humberto Delgado �vemos um presidente eleito que não deixaram to-mar posse e mataram a seguir. Par�cipámos numa guerra mundial, fizemos uma guerra colonial, uma revolução e caiu uma avioneta com um primeiro ministro e comi�va.

Apesar de tudo somos cidadãos e não subditos e isso poderá fazer toda a diferen-ça.

Monarquia/RepúblicaJosé Conteiro(empresário)

Apesar de tudo somos cidadãos e não subditos e isso poderá

fazer toda a diferença.

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-19- Actividade Municipal

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LOTEAMENTOS

PROC.º N.º 452/2001 – REQUE-RENTE – Encosta da Eira – Empreen-dimentos Imobiliários, Lda., requer a recepção provisória das obras de urbanização do loteamento si-to em Escorial, freguesia de S. João Baptista.

Deliberado, face ao exposto, pro-ceder à recepção provisória.

PROC.º N.º 435/2008 – REQUE-RENTE – Construções Jesus & Pedro, Lda., requer a recepção provisória das obras de urbanização do lo-teamento sito em Corredoura, fre-guesia de S. Pedro.

Deliberado, face ao exposto, pro-ceder à recepção provisória.

PROC.º N.º 15/1996 – REQUERENTE – Carlos Alberto de Sousa Pinção, requer a caducidade do processo de loteamento sito em Outeiro das Abertas, freguesia de S. Pedro, em virtude de as obras de urbanização não terem sido concluídas.

Deliberado proceder à audiên-cia prévia para declarar a caduci-dade do alvará de loteamento nº 1/98, com a abstenção do Verea-dor Senhor Júlio Vieira.

DIVERSOS

PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS DE RE-COLHA DE RSU E LIMPEZA URBANA – REVISÃO DE PREÇOS PARA 2010 – Foi presente uma informação da Chefe de Divisão Economia e Fi-nanças, Dra. Neuza Morins, infor-mando que na sequência da ad-judicação à empresa Suma da Prestação de Serviços de recolha e transporte a destino final de resídu-os sólidos urbanos e limpeza urba-na no concelho de Porto de Mós e de acordo com o previsto no ponto quatro das Clausulas Técnicas do Caderno de Encargos à lugar à re-visão de preços a partir do mês de Junho de 2010 à taxa de inflação média verificada nesse mês que foi de - 0,2 %, conforme dados do Instituto Nacional de Estatística.

Deliberado concordar com a in-formação e proceder em confor-midade.

AQUISIÇÃO DE TERRENOS DESTI-NADOS À ZONA INDUSTRIAL DE POR-TO DE MÓS – 3.ª FASE – Foi presen-te uma carta de Fernando da Sil-va Brogueira, a informar que se encontra a aguardar resposta por parte desta Câmara Municipal re-ferente à aquisição do prédio rústi-co inscrito na matriz predial da fre-guesia de S. Pedro sob o artigo n.º 0016, secção 005, do qual é pro-prietário.

Deliberado manter a delibera-ção tomada em reunião de nove de Setembro de dois mil e dez e propor uma indemnização de vin-te e cinco euros por cada olivei-ra perfazendo o montante de mil, duzentos e cinquenta euros, com a abstenção dos Senhores Vereado-res do Partido Social Democrata.

PRÉDIO EM RUÍNAS NA RUA MA-NHOSA – RIBEIRA DE CIMA – Foi pre-sente uma carta da Freguesia de S. Pedro, a alertar para o facto de se

encontrar em risco de derrocada eminente o prédio em ruínas, sito na Rua da Manhosa, Ribeira de Ci-ma, propriedade dos herdeiros do Senhor Joaquim Morgado.

Deliberado proceder à vistoria conjunta.

ACTA NUMERO QUARENTA E OITO DA VALORLIS – VALORIZAÇÃO E TRA-TAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS, S.A. - Foi presente um e-mail da Valorlis, a enviar a acta da referida reunião, realizada em vinte e sete de Setembro de dois mil e dez.

Deliberado tomar conhecimen-to.

FIXAÇÃO DA TAXA MUNICIPAL SO-BRE DIREITOS DE PASSAGEM PREVISTA NA LEI Nº 5/2004, DE 10 DE FEVEREI-RO – LEI DAS COMUNICAÇÕES ELEC-TRÓNICAS – Foi presente uma infor-mação do Presidente da Câmara, Senhor João Salgueiro, informan-do de acordo com o artigo 106.º da lei n.º 5/2004, de 10 de Feverei-ro, os Municípios podem estabe-lecer uma taxa pela passagem a atravessamento do domínio públi-co e privado municipal, por siste-mas, equipamentos e demais re-cursos destinados ao estabeleci-mento de redes de comunicações electrónicas.

Nestes termos e de acordo com a alínea a) do nº 6 do artigo 64º e a alínea e) do nº 2 do artigo 53º da Lei 169/99, de 18 de Setembro, com a redacção conferida pela Lei 5-A/2002, de 11 de Janeiro, pro-põe ao executivo municipal que delibere submeter à apreciação e decisão da Assembleia Municipal a fixação da Taxa Municipal de Di-reitos de Passagem em 0,25% para o próximo ano de 2011.

Deliberado propor à Assembleia Municipal a fixação da taxa Muni-cipal de Direitos de Passagem em 0,25 %, para o próximo ano de 2011.

AQUISIÇÃO DE UMA PARCELA DE TERRENO DESTINADA À CONSTRU-ÇÃO DO CENTRO ESCOLAR DE PE-DREIRAS – Foi presente uma carta de Luís Almeida Vieira, a informar que aceita vender uma parcela de terreno com a área de 4.480 me-tros quadrados, naturalmente se-parada pela Rua do Selão, a de-sanexar de um prédio rústico, sito em Outeiro de S. Sebastião, inscri-to na matriz predial rústica da fre-guesia de Pedreiras sob o artigo n.º 0267, secção 005, do qual é pro-prietário, pelo montante de noven-ta mil euros.

Deliberado adquirir o terre-no inscrito no artigo matricial nº 005.0267.0000, com a área de 4.480 m², sito em outeiro de São Sebastião, freguesia de Pedreiras, pelo montante de noventa mil eu-ros.

Mais foi deliberado autorizar o Se-nhor Presidente da Câmara a ou-torgar a escritura de compra e ven-da.

Com a abstenção do Senhor Ve-reador Júlio Vieira, que apresentou uma declaração de voto no se-guinte teor:

DECLARAÇÃO DE VOTOTendo em consideração que não

existe nenhum estudo prévio e que esta nova escola não está prevista na Carta Educativa.

Tendo em consideração que nunca foi presente a reunião de Câmara qualquer concordância com esta solução e nova localiza-ção para esta escola, por parte da Direcção Regional de Educação.

Tendo em consideração que agora vamos passar a ter vários ti-pos de opções para o reordena-mento do Parque Escolar, Numas freguesias a opção é acrescentar salas, noutras freguesias é de con-centração numa única escola;

Tendo em consideração que nos últimos 5 anos foi prometido pelo Senhor João Salgueiro, Senhor Pre-sidente da Câmara e restantes elei-tos do Partido Socialista uma nova escola na Cruz da Légua;

Tendo em consideração o inves-timento feito de vários milhares de euros em terrenos na Cruz da Lé-gua.

Tendo em consideração o expos-to e toda a confusão criada, que só demonstra como são decididos e tratados assuntos desta importân-cia, o meu voto é de Abstenção.

Porto de Mós, 21 de Outubro de 2010.

O Vereador do Partido Social De-mocrata, Senhor Júlio Vieira.

PROTOCOLO ESTABELECIDO EN-TRE O MUNICÍPIO DE PORTO DE MÓS E A EMPRESA CINE-PORTOMO-SENSE, LDA. – Foi presente uma in-formação do Vice-Presidente da Câmara, Senhor Albino Januá-rio, informando a Câmara Munici-pal do incumprimento por parte da empresa Cine-Portomosense, Lda. do estabelecido na clausu-la 3ª do protocolo celebrado em 02/12/2002.

A Câmara Municipal deliberou por unanimidade desencadear o processo tendente à denúncia do Protocolo estabelecido entre o Mu-nicípio de Porto de Mós e a empre-sa Cine-Portomosense, Lda., nos termos da Clausula 9º do mesmo.

Mais foi deliberado nomear os Vereadores Senhores Albino Janu-ário, Dra. Rita Cerejo e Luís Almei-da, para conduzir as negociações com vista à negociação da dívida vencida e vincenda referente ao referido protocolo, e a continuida-de da actividade.

ALTERAÇÃO POR ADAPTAÇÃO DO PDM – Presente uma informação da Técnica do Gabinete do SIG, Dr.ª Helena Oliveira, informando que de acordo com o preceituado nos artigo 93º e 97º do Regime Ju-rídico dos Instrumentos de Gestão Territorial (Decreto-Lei n.º 380/99, de 22 de Setembro com a redacção dada pelo Decreto-Lei n.º 46/2009, de 20 de Fevereiro), deve esta Câ-mara Municipal proceder à Altera-ção por Adaptação do PDM, por força da entrada em vigor de um Plano Especial de Ordenamen-to do Território cuja área de inter-venção abrange o território muni-cipal – Plano de Ordenamento do Parque Natural das Serras de Aire e Candeeiros (RCM n.º 57/2010, de 12 de Agosto).

Deliberado proceder à alteração

por adaptação do Plano Director Municipal

FINANÇAS MUNICIPAIS

TESOURARIA – A Câmara tomou conhecimento do movimento dos fundos, por intermédio do Resumo Diário da Tesouraria.

COMPARTICIPAÇÃO FINANCEIRA A ATRIBUIR À SANTA CASA DA MISE-RICÓRDIA DE PORTO DE MÓS – Foi presente uma carta da entidade mencionada em epígrafe, a so-licitar a disponibilização de uma parte do subsídio atribuído para a construção da Unidade de Cuida-dos Continuados.

Deliberado atribuir o apoio finan-ceiro no montante de vinte e cinco mil euros, mediante assinatura de protocolo conjunto.

COMPARTICIPAÇÃO FINANCEIRA A ATRIBUIR À ASSOCIAÇÃO CORAL CALÇADA ROMANA – Foi presen-te uma carta da Associação Co-ral Calçada Romana, a solicitar um apoio suplementar no âmbito da actividade cultural 2010, destinado a fazer face às despesas com di-versas actividades a realizar até ao final do corrente ano.

Deliberado atribuir o apoio finan-ceiro no montante de mil euros.

GRANDE PRÉMIO DE CICLISMO DE S. MIGUEL – Foi presente uma car-ta do Conselho Económico da Fá-brica da Igreja Paroquial do Juncal

a solicitar a atribuição de um subsí-dio para a prova de Ciclismo que se realizou em Agosto de 2010.

Deliberado atribuir o apoio finan-ceiro no montante de quinhentos euros.

COMPARTICIPAÇÃO FINANCEIRA A ATRIBUIR À ASSOCIAÇÃO DE ARTE-SÃOS DAS SERRAS DE AIRE E CANDE-EIROS - POIO PARA REALIZAÇÃO DE UM MERCADO DE NATAL – Foi pre-sente uma carta da Associação de Artesãos das Serras de Aire e Candeeiros, a solicitar um apoio fi-nanceiro, destinado a fazer face às despesas com a realização de um mercado de Natal a ter lugar de um a cinco de Dezembro inclusive, entre as dez e as vinte e duas ho-ras, na Praça Arménio Marques em Porto de Mós.

Deliberado atribuir o apoio finan-ceiro no montante de duzentos e cinquenta euros.

DEVIDO À URGÊNCIA, FOI DELIBERADO DISCUTIR OS

SEGUINTES ASSUNTOS:

PROTOCOLO DE COLABORAÇÃO A ESTABECER ENTRE O MUNICIPIO DE PORTO DE MÓS, A ASSOCIAÇÃO RECREATIVA E CULTURAL E DESPOR-TIVA DA MENDIGA E O AGRUPAMEN-TO DE ESCOLAS DE PORTO DE MÓS, COM OBJECTO DO TRANSPOR-TE DOS ALUNOS DA ESCOLA BÁSI-CA DO ARRIMAL, BEM COMO, ASSIS-TÊNCIA NOS ESTABELECIMENTOS DE EDUCAÇÃO POR DUAS FUNCIONÁ-

RIAS - Deliberado aprovar e autori-zar o Senhor Presidente da Câma-ra a outorgar o protocolo de cola-boração.

COMPARTICIPAÇÃO FINANCEIRA A ATRIBUIR À SANTA CASA DA MISE-RICÓRDIA DE PORTO DE MÓS – Foi presente um oficio da Santa Casa da Misericórdia de Porto de Mós, a solicitar um apoio financeiro ao in-vestimento efectuado pela institui-ção.

Deliberado atribuir um apoio fi-nanceiro no montante de seis mil euros.

COMPARTICIPAÇÃO FINANCEI-RA A ATRIBUIR À ASSOCIAÇÃO HU-MANITÁRIA DOS BOMBEIROS VOLUN-TÁRIOS DO JUNCAL – Foi presente uma carta da Associação Humani-tária dos Bombeiros Voluntários do Juncal a solicitar um apoio destina-do às Comemorações do seu 25º aniversário.

Deliberado atribuir o apoio finan-ceiro no montante de dois mil eu-ros.

Não tomou parte da deliberação a Vereadora Dra. Rita Cerejo que se ausentou da sala.

TOPONÍMIA E NUMERAÇÃO DE POLICIA – Foi presente uma carta da Junta de Freguesia de Alquei-dão da Serra, a informar das alte-rações sobre a toponímia e nume-ração de policia de algumas ruas na freguesia.

Deliberado aprovar.

Resumo da Acta de Reunião de Câmara nº 20 / 2010

Reunião de 21 de Outubro de 2010

Agradecimento

O Pelouro da Acção Social e Juventude vem, por este meio, agradecer publicamente a todas as pessoas que, de alguma forma, colaboraram nas nossas campanhas de recolha de bens realizadas em Agosto e Setembro e nos dias 8, 9 e 10 de Outubro, nomeadamente: às 13 Juntas de Freguesia do Concelho; à Case-ma – Casas Especiais de Madeira, Lda; a todos os voluntários que participaram; aos alunos do 9º A e do 9ºD da Escola Secundária de Porto de Mós; aos supermercados Pingo Doce, In-termarché e Mini Preço; e a toda a comunidade que deu o seu contributo.

Porto de Mós, 3 de Novembro de 2010

Page 18: O Portomosense 676

-20-Necrologia

Agência Funerária

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FALECIMENTO

Belmira da Assunção Costa

Belmira da Assunção Costa faleceu no dia cinco de Novembro no hospital de Abrantes, com 86 anos. Era residente em Cabeço das Pombas freguesia de São Bento.Era viúva de José da Silva Valente.Era mãe de Maria Alice da Costa Valente Damião e de Lúcio da Costa Valente.O funeral realizou-se no dia sete saindo da casa velório de São Bento para a igreja paroquial onde foi celebrada missa de corpo presente, seguindo para o cemitério local onde foi a sepultar.A família na impossibilidade de o fazer pessoalmente vem agradecer a todas as pessoas que participaram no funeral ou que de alguma forma manifestaram o seu pesar.

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PARTICIPAÇÃO

Manuel Ventura

Que essas palavras, Pai, te confortam lá onde tu estás. Faz um ano que foste para o mundo do Senhor Deus. Um ano sem ti, sem a tua voz e os teus abraços... falta-nos muito... mas a lembrança do teu sorriso, do teu amor da vida e da tua bondade, dá-nos coragem para continuar. Sempre ficarás connosco no nosso coração.Com amor e paz da tua esposa, filha, genro e netos, familiares e amigos

1º Aniversário do seu falecimento no dia 10 de Novembro de 2010

Sede: Rua 5 de Outubro, 13A - 2480-326 PORTO DE MÓS

Telefone permanente 244 402090

Telemóvel 91 9941707-Telef. Escritório 244 491650

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Alcariade Maria Teresa Fernandes

de Sousa, Lda.

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FALECIMENTO

Manuel da Costa dos Reis Calvário

Manuel da Costa dos Reis Calvário faleceu no dia três de Novembro no hospital de Santo André em Leiria, com 93 anos. Era residente em Alqueidão da Serra.Era casado com Ilda Correia Saragoça.Era pai de João Alberto Saragoça Calvário, Inocêncio Saragoça Calvário, Ezequiel Sara-goça Calvário, Maria Regina Saragoça Calvá-rio, Orlando Saragoça Calvário, Maria Silvina Saragoça Calvário, Ilidio Saragoça Calvário, Purificação Saragoça Calvário, Maria Alberti-na Saragoça Calvário, Luís Saragoça Calvário, Salvador Saragoça Calvário, Ana Paula Sara-goça Calvário, Emília Saragoça Calvário, José Saragoça Calvário este último já falecido.Tinha 33 netos e 22 bisnetos.O funeral realizou-se no dia seguinte saindo da sua residência para a igreja paroquial de Alqueidão da Serra onde foi celebrada missa de corpo presente seguindo para o cemitério local onde foi a sepultar.A família na impossibilidade de o fazer pes-soalmente vem agradecer a todas as pessoas que participaram no funeral do seu ente que-rido ou que de alguma forma manifestaram o seu pesar.

FALECIMENTO

Joaquim Gomes Cordeiro

Joaquim Gomes Cordeiro faleceu no dia 21 de Outubro de 2010, com 82 anos. Era residente em Calvaria de Cima.Era casado com Piedade Cordeiro Gomes. Era pai de Maria Luísa Gomes Cordeiro Beato.O funeral realizou-se na igreja de Calvaria de Cima, seguindo para o cemitério local.Seus familiares, na impossibilidade de o fazerem pessoalmente, como era seu dese-jo, vêm de forma reconhecida, agradecer todas as manifestações de carinho e apoio nesta altura de profunda dor e sentimento de perda.Agradecem ainda a todos os que acompa-nharam o seu querido familiar até à última morada, esperando agora que descanse em Paz. Por tudo e a todos, bem-haja.

O PORTOMOSENSE 11/11/2010 - 8756/676Sara Alexandra BispoAgente de ExecuçãoTribunal Judicial de Porto de Mós

Processo Nº -47/08.9TBPMS - lº JuízoExecução Comum para pagamento de quantia certaValor - € 57.975,10Exequente - Banco Espírito Santo, S.AExecutado - Humberto Manuel da Silva Cardoso e OutrosProcesso Interno Nº PE/0006/2008

VENDA judicial DE BEM IMÓVEL MEDIANTE PROPOSTAS EM CARTA FECHADA

2ª PUBLICAÇÃOSara Alexandra Bispo, Agente de Execução, faz;

saber que nos autos acima identificados, encontra-se designado o dia 23 de Novembro de 2010 pelas 10:00 horas, no Tribunal Judicial de Porto de Mós, para abertura de propostas, que sejam entregues até esse momento; na Secretaria do referido Tribu-nal, pelos interessados na compra do seguinte bem:

Fracção Autónoma designada pela leira “I”, do pré-dio urbano sito na Av. Santo António, 15-2° B, fre-guesia e concelho de Porto de Mós, composto de

apartamento T2 para habitação, inscrito na matriz sob o artigo 1087-I, da referida freguesia de Por-to de Mós (S. Pedro) e descrito na Conservatória do Registo Predial de Porto de Mós sob o n.º 400-I/ Porto de Mós (S. Pedro).

O bem indicado pertence ao executado Humber-to Manuel da Silva Cardoso, solteiro. Maior, residen-te na Rua Av. D. Nuno Alvares Pereira- Beco da Rita, 1 A2, 248O-062 S. Jorge. Valor base: € 35 000,00 (Trinta e Cinco mil euros)

Será aceite a proposta de melhor preço acima do valor de € 24.500.00. correspondente a 70% do va-lor base. É fiel depositário do prédio indicado o exe-cutado, Humberto Manuel da Silva Cardoso, que o deve mostrar a pedido de qualquer interessado.

Não se encontra pendente qualquer oposição à execução. Não foram reclamados créditos na pre-sente execução.

Nota: Os proponentes devem juntar à sua pro-posta, como caução, um choque visado à ordem da Agente de Execução, no montante correspondente a 20% do valor base dos bens ou garantia bancária no mesmo valor.

A Agente de Execução,

O PORTOMOSENSE 11/11/2010 - 8760/676MINISTÉRIO DAS FINANÇAS

DIRECÇÃO GERAL DOS IMPOSTOS

SERVIÇO DE FINANÇAS DO CONCELHO DE PORTO DE MÓSANÚNCIO

1ª PUBLICAÇÃOCHEFE DE FINANÇAS

DO CONCELHO DE PORTO DE MÓSFaz saber que por este Serviço de Finanças, nos ter-

mos do Artº 192º e para os efeitos do artº 203º do Có-digo de Procedimento e de Processo Tributário, correm éditos de 30 (trinta) dias, citando: Maria da Conceição Cardoso, que teve resi-

dência em Corredoura, e hoje ausente em parte in-certa, executada no Processo de execução fiscal nº 1457200301001060 e Aps, para, no prazo de 30 dias subsequentes aos dos éditos, contados da afixação do mesmo, querendo, pagar na Tesouraria da Fazenda Pú-blica deste concelho, mediante guias a solicitar previa-mente nesta Repartição de Finanças, a quantia de € 258,54 (duzentos e cinquenta e oito euros e quatro cên-timos), proveniente de dívida de C.A. e de IMI, e bem assim, dos juros de mora e custas que se mostrem devi-dos à data do pagamento.Para garantia da dívida encontra-se penhorado

o seguinte bem:Prédio não licenciado, em condições muito deficientes

de habitabilidade, destinado à habitação, composto de R/c e 1º andar, com 3 divisões, com a área bruta priva-tiva de 48 m2, área bruta dependente de 48 m2 e area total do terreno de 66 m2, com o valor patrimonial de 11.200,00 €, avaliado nos termos de CIMI, inscrito na matriz predial urbana sob o artigo n.º 1886, da fregue-sia de São Pedro, concelho de Porto de Mós, penhora-do em 2010-04-15.Descrito na Conservatória do Registo Predial sob o nº

2976, da freguesia de São PedroÉ fiel depositário, o Sr. Presidente da Junta da fregue-

sia de São Pedro, o Sr. José Carlos Fiel Amado Miguel, com residência em Rua da Amara, Tourões, Porto de Mós, que deverá mostrar os bens.Mais se cita a executada de que no mesmo pra-

zo, poderá, querendo, deduzir oposição ou requerer o pagamento em prestações ou a dação em pagamento, nos termos dos artºs. 203º e 196º do Código de Proce-dimento e Processo Tributário. Não o fazendo, proce-der-se-á à venda do mencionado bem por proposta

em carta fechada, nos termos dos artigos 248º do Có-digo de Processo Tributário e 893º do Código de Pro-cesso Civil. Para a abertura das quais foi já designado o dia

18 de Março de 2011, pelas 10 horas, neste Servi-ço de Finanças.Valor atribuído – € 11.200,00 (onze mil e duzentos eu-

ros), sendo o valor base para a venda de 70% do cita-do valor – € 7.840,00, de acordo com o disposto no nº2 do artº 250º do Código de Procedimento e de Proces-so Tributário.São assim convidadas todas as pessoas interessadas

a apresentarem as suas propostas em carta fechada, nesta Repartição de Finanças, até às 10 horas do dia 18 de Março de 2011, não podendo nenhuma oferta ser in-ferior ao valor base para a venda.(No caso de as propostas serem enviadas pelo correio,

as mesmas deverão dar entrada nestes serviços até às 16 horas do dia anterior e dentro de outro envelope, acompanhado de fotocópia do bilhete de identidade e número de contribuinte).Esclarece-se de igual modo que no canto superior es-

querdo do envelope deverá indicar-se o número do pro-cesso a que se destina.Informa-se que no acto da venda, deverá ser deposita-

da a quantia mínima de um terço (1/3) do preço, sendo restante depositado no prazo de 15 dias. Declara-se, por último, que se o preço mais elevado

for oferecido por dois ou mais proponentes, abrir-se-á, logo, licitação entre eles, salvo se declararem que pre-tendem adquirir os bens em co-propriedade. Se estiver presente apenas um, este pode cobrir a proposta dos outros, e se nenhum deles estiver presente, ou estando não pretender licitar, proceder-se-á a sorteio.Ficam, por este meio, citados quaisquer credores in-

certos e desconhecidos que gozem de garantia real so-bre os bens penhorados, bem como os sucessores dos credores preferentes para, reclamarem os seus cré-ditos, no prazo de quinze dias imediatos aos 20 da dila-ção contados da ultima publicação, nos termos do nº 1 do art. 240º do CPPT.E para constar se passou o presente e outros, de igual

teor, que vão ser afixados nos lugares públicos do cos-tume.Porto de Mós, 5 de Novembro de 2010E eu, Rui Pedro Matos Modesto, Técnico da Admin.Trib.

servindo de escrivão o subscrevi.O CHEFE DE FINANÇAS

Carlos M. Rebelo Machado – IT2

Page 19: O Portomosense 676

-21- DiversosO PORTOMOSENSE 11/11/2010 - 8758/676

CARTÓRIO NOTARIAL DA BATALHA Notária: Sónia Marisa Pires Vala

Certifico, para fins de publicação, que por escri-tura lavrada hoje, exarada de folhas dezasseis a fo-lhas dezassete verso, do Livro Cento e Sessenta e Oito – B, deste Cartório.

Manuel Santiago Lopes, NIF 147 727 952 e mu-lher Irene Coelho de Sousa Lopes, NIF 135 008 611, casados sob o regime da comunhão geral, am-bos naturais da freguesia de Juncal, concelho de Porto de Mós, onde residem na Rua dê Baixo, n°4, declaram que, com exclusão de outrem, são donos e legítimos possuidores do prédio rústico, compos-to de terra de vinha, com a área de três mil du-zentos e quarenta metros quadrados, sito em Frei-xo, freguesia de Juncal, concelho de Porto de Mós, a confrontar de norte e de poente com caminho, de sul com Joaquim Marques Amaro e de nascente com José da Cruz Júnior e outros, não descrito na Conservatória do Registo Predial de Porto de Mós, e inscrito na matriz predial rústica em nome do jus-tificante, sob o artigo 260 da secção 013, com o valor patrimonial de €386,07, para efeitos de IMT e atribuído de €683,34;

Que, o marido adquiriu o identificado prédio no ano de mil novecentos e cinquenta e seis por doa-ção verbal de seus pais Francisco Ascenso Ferreira Lopes e mulher Adelaide Coelho Santiago, residen-tes que foram no lugar de Juncal, Porto de Mós, não dispondo de qualquer titulo formal para o re-gistar na Conservatória, mas desde logo entrou na posse e fruição do mesmo.

Que em consequência daquela doação verbal, possuem o identificado prédio em nome próprio há mais de vinte anos sem a menor oposição de quem quer que seja desde o seu inicio, posse que sem-pre exerceram sem interrupção e ostensivamen-te com o conhecimento de toda a gente e a práti-ca reiterada dos actos habituais de um proprietário pleno, com o amanho da terra, recolha de frutos, conservação e defesa da propriedade, pagamen-to das contribuições e demais encargos, pelo que, sendo uma posse pacífica, contínua, pública e de boa fé durante aquele período de tempo, adquiri-ram o referido prédio por usucapião.Batalha, oito de Outubro de dois mil e dez.

A funcionária com delegação de poderes(art° 8° do Dec/Lei 26/2004 de 4 de Fevereiro)

Liliana Santana Santos

Contactos Úteis

Porto de MósCâmara Municipal Porto de Mós Tel: 244 499 600

TribunalTel: 244 499 130

Tesouraria Tel: 244 491 470

Repartição de FinançasTel: 244 479 250

Biblioteca MunicipalTel: 244 499 607

Cine-TeatroTel: 244 499 609

Centro de Saúde de Porto de MósCAJ – Centro de Atendimento a Jovens Tel: 244 499 200

Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Porto de MósTel: 244 491 115

Guarda Nacional Republicana de Porto de MósTel: 244 480 080

Praça de TaxisTel: 244 491 351

Farmácias

Alqueidão da Serra Farmácia RosaTel: 244 403 676

Calvaria de Cima Farmácia NogueiraTel: 244 481 610

JuncalFarmácia CentralTel: 244 470 015

Mendiga Farmácia MariângeloTel: 244 450 156

Mira de Aire Farmácia MirenseTel: 244 440 213/033/039

Farmácia CentralTel: 244 440 237

Porto de MósFarmácia LopesTel: 244 499 060

FreguesiasBombeiros Voluntários do JuncalTel.: 244 470 115/128

Bombeiros Voluntários de Mira de AireTel: 244 440 115

Guarda Nacional Republicana de Mira de AireTel: 244 440 485

8 4

9 6 2

4 1 7

8 3 5 9

7 8 2 5

5 1 7 3

4 3 2

5 6 7

8 1

Dificuldade 4/5

Crianças

TouroAmor: Procure ser mais coerente nassuas ideias e sen� mentos!Saúde: Procure ter mais horas de sono.Dinheiro: Haverá um aumento nos seus rendimentos.Número da Sorte: 73

GémeosAmor: Não tenha medo de assumir compromissos. Mantenha presente que é possível conciliar amor e liberdade.Saúde: Controle o stress e a fadiga.Dinheiro: Estabilidade assegurada devido à sua capacidade de poupança.Número da Sorte: 44

CaranguejoAmor: Controle os ciúmes e evite que a monotonia se instale na sua relação afec� va.Saúde: Espere uma fase regular.Dinheiro: Poderão surgirnovos projectos que lhe trarão perspec� vas mais risonhas.Número da Sorte: 26

LeãoAmor: Estará mais suscep� vel e exigente para com a pessoa amada. Seja mais tolerante e compreensivo.Saúde: A sua vitalidade estará em alta.Dinheiro: Aproveite as oportunidades, mas não crie falsas expecta� vas.Número da Sorte: 74

VirgemAmor: Procure manter o equilíbrio emocional.Saúde: Evite o stress e o nervosismo pois poderá prejudicar a sua saúde.Dinheiro: Seja prudente rela� vamente a possíveis inves� mentos.Número da Sorte: 63

BalançaAmor: Tente promover o entendimento com os que o rodeiam.Saúde: Mantenha o equilíbrio emocional.Dinheiro: Jogue pelo seguro e não invista em negócios duvidosos.Número da Sorte: 9

EscorpiãoAmor: Modere al-gum comportamento intempes� vo.Saúde: Vigie o aparelho diges� vo. Faça uma dieta. Dinheiro: Páre com despesas desnecessárias e não planeadas.Número da Sorte: 16

SagitárioAmor: Não deixe a monotonia tomar conta da sua relação afec� va.Saúde: Bem-estar � sico e mental assegurado nesta fase.Dinheiro: Con� nue a trabalhar e alcançará os seus objec� vos.Número da Sorte: 55

CapricórnioAmor: O reencontro com um velho amigo irá proporcionar-lhe momentos de bem-estar.Saúde: Enverede por um es� lo de vida mais saudável.Dinheiro: Use de contenção nos gastos para não ser surpreendido desagradavelmente.Número da Sorte: 50

AquárioAmor: Sen� rá necessidade de se isolar e de pensar na sua vida. Aprovei-te para tomar decisões importantes para o futuro.Saúde: Não se deixe dominar pelo cansaço.Dinheiro: Novas ideias poderão trazer-lhe bene� -cios, mas aja com prudência.Número da Sorte: 51

PeixesAmor: Pense com calma qual será a melhor a� tude a tomar para resolver as situações amorosas.Saúde: Pede cuidados especiais.Dinheiro: Boa altura para se lançar em empreendimentos.Número da Sorte: 46

CarneiroAmor: Não seja demasiado possessivo e controlador pois essa a� tude poderá conduzi-lo a alguns problemas.Saúde: Relaxe o corpo e a mente. Faça exercícios respiratórios.Dinheiro: evite acumular de-masiadas responsabilidades.Número da Sorte: 12

Pergunta um miúdo à mãe:

“Por que é que a noiva está vestida de branco?”

Responde a mãe: “Porque é o momento mais feliz da vida dela”

Diz o miúdo:

“Ah, entao já percebi por que é que o noive está vestido de preto!”

Anedota do André

Espaço CulináriaTarte de Maçã

Ingredientes:

Massa200 g de farinha100 g de açúcar100 g de margarina1 ovoraspa de limão ou baunilha

Recheio2 maçãs1 chávena (chá) de doce alperce1 colher (sopa) de margarinaa colher (chá) de canela2 ovos75 g de açúcargeleia para pintar

Dicas para a casa

PASTILHAS ELÁSTICAS NA ROUPAPara retirar as pastilhas elásticas da roupa é muito simples!Coloque um pedaço de papel branco sobre a pastilha e passe com o ferro de engomar bas-tante quente. (Atenção: nunca com a roupa vestida).

Amasse o açúcar com a margarina, depois junte a fari-nha e a seguir o ovo, amasse, forme uma bola com a mas-sa e deixe repousar 10 minutos.

Descasque as maçãs e corte-as aos gomos fi nos. Unte uma forma de tarte. Estenda a massa, forre com ela a for-ma, alise bem e pique a massa. Espalhe o doce em cima da massa e a seguir os gomos de maçã. Derreta a marga-rina, misture-lhe 75 g de açúcar, a canela e 2 ovos, bata bem, espalhe este preparado sobre as maçãs e leve a co-zer em forno médio 30 a 40 minutos.

Começa no zero e resolve as contas até chegares ao fim. Se no final a tua viagem pela Matemática resultar no número 100, então és um Ás da Matemática!

boa sorte!

__ = 2 / 22 = 30 - __ + 0 x 3 = __ - __ = 21 + __

= __ = 5 / __ = 2 x 40 - 16 = ___ + ___ = 100

O PORTOMOSENSE 11/11/2010 - 8761/676

CONVOCATÓRIAASSEMBLEIA GERAL ORDINÁRIA

Ao abrigo do disposto na Alínea C do Artigo 28.° dos Estatu-tos, venho por este meio convocar a Assembleia Geral do Cen-tro de Apoio Social Serra D’ Aire e Candeeiros - CASSAC, a re-alizar no próximo dia 19 de Novembro, pelas 21 horas, na sede da Instituição, com a seguinte ordem de trabalhos:1. Apreciação do orçamento e programa de acção para o ano

2011;2. Apreciação do relatório emitido pelo Conselho Fiscal sobre

o orçamento e programa de acção para o ano 2011;3. Votação do orçamento e programa de acção para o ano

2011;4. Outros assuntos.Se à hora marcada não estiverem presentes mais de meta-

de dos sócios com direito a voto, a Assembleia terá inicio trinta minutos depois com qualquer número de associados, conforme disposto no Artigo 30.° dos Estatutos.Marinha da Mendiga, 05 de Novembro de 2010

O Presidente da Assembleia-GeralDr. João Morgado Alves

O PORTOMOSENSE 11/11/2010 - 8759/676

CONVOCATÓRIA

Nos termos dos estatutos, convoco todos os sócios da Associação Hu-manitária dos Bombeiros Voluntários do Juncal (AHBVJ), a reunir em Sessão Ordinária da Assembleia Geral, na sede social, no próximo dia 19 de Novembro de 2010 (sexta –feira), pelas 21 horas, com a seguinte ordem de trabalhos:

1 – Eleição dos novos corpos gerentes para o tri-énio 2010 a 2013.

Não havendo número legal de sócios para deli-berar em primeira convocatória, convoco, a mes-ma Assembleia Geral para reunir, em segunda con-vocatória, com a mesma ordem de trabalhos, no mesmo local, meia hora mais tarde, deliberando com qualquer número de sócios presentes.NOTA: Só os sócios com as quotas em dia estão em pleno uso dos seus direitosJuncal, 05 de Novembro de 2010

A Presidente da Mesa da Assembleia GeralCristina Maria Braz Ferreira Rosa

Page 20: O Portomosense 676

-22-Desporto

DIVISÃO DE

HONRA DE LEIRIA

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◘ FUTEBOL ◘ FUTSAL6ª JORNADA

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1ª DIVISÃO -ZONA SUL

DE LEIRIA

DIVISÃO DE

HONRA DE LEIRIA

1ª DIVISÃO -ZONA SUL

DE LEIRIA

2ª DIVISÃO -ZONA SUL

DE LEIRIA

5ª JORNADA

Atouguiense - Moitense 3-2Caranguejeira - Vidreiros 2-3Juncalense - Maceirinha 2-1 Outeirense - Vieirense 0-2Nadadouro - Unidos 1-4Praia Vieira - Pilado 1-0Santo Amaro - Óbidos 1-2

4ª JORNADA

C.B. Caldas Rainha - Arnal 3-3Pocariça - Caranguejeira 5-2Planalto - Mata dos Milagres 0-5 S.Bento Arrabal - Mendiga 1-4Anços - Santa Eufémia 4-2Casal Velho - Ribeirense 4-3

4ª JORNADA

Estrada - Ferraria 4-2Olho Marinho - Mirense 6-2Biblioteca - Martingança 1-2Portomosense - Landal 4-0Bombarralense - Alcobaça 3-2Hóquei Turquel - Catarinense 2-3

3ª JORNADA

Gaeirense - Ribafria 6-2Vidais - D.Fuas/F. Oleiro 0-6Ferrel - Raposos 7-1Foz Arelho - Casal Pardo 0-2Beneditense - Qª do Sobrado 3-4Concha Azul - Alverninha 3-5

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Divisão de HonraPortomosense sobe ao segundo lugar

Na última jornada o Portomosense foi até Pataias vencer a equipa da casa por 3-1, uma vitória que permitiu à equipa de Rui Bandeira subir ao segundo lugar, beneficiando dos empates de Leiria e Marrazes, Nazarenos e Alcoba-ça. O Alcobaça que empatou na visita ao campo do Alqueidão da Serra, que chegou a estar a vencer na primeira parte, concedeu o empate no segundo tempo. Em declarações ao programa da Rádio Dom Fuas Fm, “Fora de Jogo”, Francisco Mota, técnico do Alqueidão, considera que a equipa fez uma boa primeira parte, admitindo que o Alcobaça acabou por se superiorizar na se-gunda parte, com o empate a acabar por ser um resultado justo.

I DivisãoJuncalense sem derrotas

O Juncalense está a registar o melhor arranque de campeonato das últimas temporadas. À passagem pela quinta jornada venceu em casa a Maceirinha, por 3-2, e beneficiou da derrota do Outeirense, subindo ao segundo lugar da série sul da I Divisão.

Divisão de HonraRibeirense continua sem vencer

A jornada adivinhava-se difícil para o Ribeirense, com a deslocação ao re-cinto do Casal Velho, que após vencer a equipa da Ribeira de Cima subiu ao segundo lugar.

A equipa orientada por Zeca Vigá-rio foi para o intervalo a vencer por 1-0. No segundo tempo esteve a vencer por 3-1, mas o Casal Velho acabou por dar a volta ao marcador e vencer o en-contro. O técnico, em declarações ao programa “Fora de Jogo”, da Rádio Dom Fuas Fm, considerou que a equi-pa fez uma boa primeira parte, mas que nos últimos dez minutos não te-ve “a experiência” para resistir à inves-

tida do Casal Velho, defendendo que apesar da derrota o Ribeirense fez “um grande jogo”.

A Mendiga venceu na última jorna-da, o que lhe permitiu subir ao sex-to lugar da tabela. A Mendiga entrou no jogo a perder, mas virou o resulta-do, vencendo por 4-1. Em duas sema-nas, a Mendiga jogou duas vezes com o São Bento (para a taça e campeona-to), vencendo ambos os encontros.

I DivisãoMirense a zero

Quatro jornadas, quatro derrotas para o Mirense na I Divisão de Futsal. Um mau arranque da equipa de Mi-ra de Aire, a contrastar com o Porto-mosense, a outra equipa do concelho,

que continua no encalço do Sp. Estra-da. Na última jornada venceu o Landal por 4-0, em casa. José Salgueiro, téc-nico do Portomosense, em declara-ções ao programa “Fora de Jogo”, da Rádio Dom Fuas Fm, considera que a vantagem de três golos conseguida na primeira parte foi importante para que a equipa tenha conseguido gerir o jogo na segunda parte.

II DivisãoD. Fuas dá goleada

O CCR D. Fuas regista a terceira vi-tória consecutiva na II Divisão de Fut-sal. A equipa da Fonte de Oleiro go-leou o Vinhais por 6-0 e mantém a li-derança. Na próxima jornada recebe o Concha Azul.

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TAÇAS

Juncalense surpreende Alqueidão

Foi uma das surpresas da eliminatória da taça do distrito, já que em teoria, o Alqueidão se apresentava no campo da Pinhoca co-mo favorito à passagem, uma vez que milita numa divisão acima.

João Vieira assinou o go-lo que permi�u ao Junca-lense, no dia 7, afastar o Al-queidão da Serra da taça do Distrito.

Franciso Mota, técnico

do Alqueidão da Serra, ad-mi�u dificuldade na adap-tação ao terreno e à for-ma de jogo do Juncalense, em declarações ao progra-ma “Fora de Jogo”, da Rá-dio Dom Fuas FM. Um go-lo sofrido “rela�vamente cedo” foi outro dos mo�-vos que acabou por ditar a derrota.

O Portomosense foi ao campo do Arcuda carimbar a passagem à fase seguin-te com uma goleada por 8-1. Afonso (hat-trick), Cedric (bis), Gigas, Pedro Vindima e Hugo Almeida marcaram os golos do Portomosense.

Equipas de futsal na fase seguinte

A eliminatória da Taça Distrital de Futsal correu bem para todas as equipas do concelho em prova, que passaram à fase seguinte.

A Mendiga esteve a per-der por 3-0 no recinto do São Bento, no entanto pro-tagonizou uma reviravolta. Conseguiu chegar ao empa-te na segunda parte e aca-bou por marcar mais dois golos no prolongamento, passando a eliminatória.

O Portomosense teve de sofrer na “lotaria” das grandes penalidades para garan�r a vitória final por 4-1. José Salgueiro admite que foi um “jogo com mui-tas dificuldades”, mas ain-da que tenha sido apenas decidido nas grandes pe-nalidades, o técnico consi-dera justa a vitória da equi-pa.

O CCR D. Fuas foi ao re-cinto do Casal Anja vencer por 4-2, da mesma divisão, zona norte, passando à próxima fase, onde já esta-va o Ribeirense, que ficou isento nesta eliminatória.

Page 21: O Portomosense 676

Desporto21 DE NOVEMBRO

Atletismo e doces regressam à Mendiga

Regressa à estrada uma das pro-vas que é já uma tradição na re-gião, o Grande Prémio de Atle�s-mo de Mendiga, que vai para a sua 23.ª Edição.

Centenas de atletas são espera-dos para cumprirem um percurso de 16,6 quilómetros entre as loca-lidades de Mendiga e Serro Vento-so.

A compe�ção irá premiar os se-niores (feminino e masculino), as-sim como sete escalões de vete-ranos (um escalão feminino e seis masculinos, a par�r dos 40 anos).

Na Mendiga há ainda muitos prémios para atribuir. A nível indi-vidual serão premiados os primei-ros vinte classificados, assim co-mo as primeiras dez equipas. Há troféu e taça para os cinco primei-ros atletas de cada escalão, prémio de presença e t-shirt para todos os par�cipantes que cheguem à meta e ainda um prémio monetário pa-ra a maior equipa que corte a me-ta com um tempo inferior a 1h10.

Os par�cipantes no Grande Pré-mio de Atle�smo que cortem a

meta habilitam-se ainda a um sor-teio que irá distribuir vários pré-mios: GPS, bicicleta de montanha, bicicleta de ginásio, impressora ou presunto.

Além da prova de atle�smo de-corre ainda um passeio pedestre, com uma extensão de cinco quiló-metros.

Mais informações ou inscri-ções podem ser solicitadas à As-sociação Recrea�va, Cultural e Despor�va da Mendiga ou atra-vés dos contactos: 213 616 160 ou [email protected].

Almoço tradicional e doces para recuperar

energiaNo final da prova há sempre um

almoço tradicional que reúne os vários atletas. Para sobremesa na-da melhor que um doce regional. A par do atle�smo, a sede da as-sociação da Mendiga recebe a 7ª Mostra de Doces Regionais, que apresenta alguma da doçaria mais tradicional da freguesia.

JUDO

Cem atletas em torneio no Juncal

O Judo Clube do Juncal organizou, com a colaboração da junta de freguesia e do Município, no passado dia 23 de Outubro, um Torneio de Judo, no âmbito das comemo-rações dos 450 anos da freguesia do Juncal.

O torneio decorreu no Pavilhão Gimnodesportivo do Juncal, para as categorias de Benjamins, Infantis, Iniciados e Juvenis, envolvendo a participação de aproximadamen-te 100 atletas, provenientes de 11 clubes, das associações de Leiria, Santarém e Setúbal.

De acordo com uma nota enviada pelo Judo Clube do Juncal, o torneio procurou divulgar a modalidade e pro-mover o convívio entre os atletas dos diferentes clubes. A organização destaca a presença dos respectivos treinado-res, árbitros e muitos acompanhantes e público, que con-tribuíram para o “sucesso de um evento no qual foi tam-bém significado o nome do Juncal”.

O Judo Clube do Juncal terminou a competição com no-ve atletas no pódio.

Guilherme Bernardo (-26 Kg) ficou em primeiro lugar na categoria Benjamins, assim como Francisco Ascenso (-55 Kg), que também foi o primeiro em Juvenis, mostran-do, mais uma vez, uma boa exibição. No segundo lugar fi-caram Simão Pereira e Rodrigo Guiomar (-38 kg), João As-censo (-34 kg) e Noel Botelho (-26 kg), todos na categoria de Benjamins, assim como Miguel Faria (- 46 kg) e Tomás Santos (-55 kg), nos Infantis. O Judo Clube do Juncal regis-tou ainda três terceiros lugares na categoria Benjamins, com as prestações de Bruno Bernardo e Francisco Santos (ambos -38 kg) e Marcelo Santos e Tomás Ribeiro (ambos -30 kg).

Foto de Arquivo

Page 22: O Portomosense 676

Miquelina, a minha burra, regressada à última página do jornal, voltou às suas lides políticas. Nas suas mais que nor-mais abordagens, não deixou de comentar:

- A malta dos laranjinhas foi a votos para nova comissão política e, como seria de esperar, lá foi o Carlitos para a li-derança, uma vez que, como eu havia anunciado, há dois anos, o Julinho, depois da cabazada, tipo Porto-Benfi ca, desta minha mais que triste semana desportiva, não teria os ditos para assumir a direção…. Mas não vai ser fácil para o Carlitos pôr o Salgueirinho a andar… É que esse rapazito vai lá outra vez, à falta de melhor…

E, num repasto castanhal, quase sem se deter, conti-nuou:

- O que não se percebe de todo é que, tenha tido pouco mais que uma vintena de votos… num universo de pouco mais de seis dezenas de militantes com capacidade de o poder fazer…

Mais séria, depois de tratar de aconchegar o corpo ao frio que se fazia sentir:

- Como poderá, esta gaijada, querer o poder com um por mil, repito, um por mil, da confi ança marcada da malta cá

da terra. Parece pouco! Muito pouco! Nem deveriam po-der candidatar-se se não representassem, à partida, muito, mas mesmo muito mais gente.

Mas, não se fi cou por aqui:- Os encarnados há muito que bateram asa, os azulinhos,

ao que parece, já morreram e os rosinhas, sem os naturais e rejeitados sem-abrigo, não têm mais gente a apoiá-los, por dentro e, quando forem a votos, não se esqueçam que já anunciei o vencedor… Só se houver louça, pouco tradi-cional…

Numa sábia conclusão, bem sentida:- Que pena confi ar em partidos de meia dúzia de gatos

pingados…As castanhas estavam quentes e saltavam-lhe da boca,

na ânsia de mamar mais umas tantas que os vizinhos de mesa.

A minha burra parecia meditar, de tão compenetrada. Não foi preciso grande tempo, numa molhada água-pé, para saber de tão profundas cogitações:

- Tão fantástica quanto a assustadoramente baixa repre-sentatividade das forças partidárias, no concelho, é a be-

leza e a congruên-cia dos mecos, tipo menhires, que pran-taram na 5 de Ou-tubro e na Mestre de Avis… Devem tratar-se de monumentos funerá-rios, para recompor a fal-ta de jeito na localização da Casa Velório, com espessura quase semelhante à largura dos passeios que delimitam...

- ao abrigo do novo acordo ortográfi co –

424 | S.N.

HISTÓRIAS DA MINHA BURRA

UM POR MIL

Última

CAPELA DE SÃO JORGE RECEBEU MESMA CLASSIFICAÇÃO EM 1910

Campo Militar da Batalha de Aljubarrota é monumento nacional

O Campo da Batalha de Al-jubarrota foi classifi cado co-mo monumento nacional na passada quinta-feira, dia 4 de Novembro, em Conselho de Ministros. Só falta mes-mo a publicação do decreto-lei em Diário da República pa-ra efec� var a decisão, o que, até ao fecho desta edição, ainda não � nha acontecido.

A jus� fi cação, para a classi-fi cação, prende-se com a im-portância histórica do espa-ço, onde decorreu a Batalha de Aljubarrota, disputada en-tre os exércitos português e castelhano, no planalto entre a ponte do Boutaca, concelho da Batalha, e o Chão da Feira, concelho de Porto de Mó, no dia 14 de Agosto de 1385.

Para Alexandre Patrício Gouveia, presidente da Fun-dação Batalha de Aljubarro-ta, “este era o passo que fal-tava”. “Com esta classifi ca-ção, o campo militar passa a ter um tratamento específi co e um objec� vo que é trans-versal a todos os portugue-ses: a preservação paisagís-� ca deste espaço”, afi rma. “É de salientar que o Plano de Pormenor vai sofrer altera-ções, depois desta decisão”, refere.

O historiador Saúl António Gomes afi rma ao nosso jor-nal que a classifi cação che-gou “em boa hora”, fi cando,

assim “reconhecido o eleva-do interesse público do con-junto patrimonial histórico e cultural” do Campo Militar da Real Batalha de Aljubarrota e “reforçado o quadro norma-� vo ou legal de protecção em toda aquela área”. “Qualquer intervenção terá de respeitar um conjunto de exigências mais rigorosas, cujo objec� vo é o de garan� r a preservação e valorização do campo mili-tar”, explica. “Tudo isto, não faz piorar quaisquer restri-ções ao desenvolvimento lo-cal, antes pelo contrário, au-

menta a exigência da qualida-de do que se faz ou se passa a oferecer em termos de de-senvolvimento económico no espaço em causa”, conclui.

O espaço classifi cado, se-gundo o historiador, deverá ser gerido, agora, “no quadro de um diálogo sempre aber-to e constru� vo” pelo Minis-tério da Cultura, através do IGESPAR (Ins� tuto de Gestão do Património Arquitectóni-co e Arqueológico), em par-ceria com o poder autárqui-co e Fundação Batalha de Al-jubarrota.

Helder Paulino, presiden-te da Junta de Freguesia de Calvaria, mostra-se sa� sfeito com a classifi cação, dizendo que é uma mais-valia que po-de atrair mais visitantes a São Jorge. O autarca refere, ain-da, que espera “bom senso de todas as en� dades com-petentes” na gestão do es-paço.

Segundo o comunicado do Conselho de Ministros de 4 de Novembro, o Campo Mi-litar da Real Batalha de Alju-barrota “representa um mo-mento decisivo de afi rmação de Portugal como reino inde-pendente, marcando o imagi-nário de muitas gerações”.

Recorde-se que, no cam-po da Batalha de Aljubarrota, há já um monumento nacio-nal desde 1910. A classifi ca-ção foi atribuída à Capela de São Jorge, mandada construir por Nuno Álvares Pereira em 1388, três anos depois da Ba-talha de Aljubarrota, como agradecimento pela vitória de Portugal diante dos caste-lhanos.

O nosso jornal tentou con-tactar, ainda, o presidente de câmara de Porto de Mós, João Salgueiro, para obter al-gumas declarações sobre a classifi cação, mas sem suces-so.

Luísa Patrício

CIBA supera expectativas no número de visitas

Mais uma vez foram superadas as expectativas quanto ao número de visitantes do Centro de Inter-pretação da Batalha de Aljubarrota (CIBA). O balan-ço é positivo, segundo Alexandre Patrício Gouveia, que acredita que o número de visitas vai aumentar ainda mais, depois da classifi cação do campo militar como monumento nacional.

Dois anos depois da abertura ao público, Alexandre Patrício Gouveia revela que, para este ano, as expec-tativas apontavam para a visita de 60 mil pessoas, mas a verdade é que o número já ronda os 65 mil.

Já no primeiro ano, o CIBA tinha como objectivo re-ceber 40 mil visitantes e conseguiu atingir 50 mil.

Page 23: O Portomosense 676

-8-Entrevista

Há cinco anos, apesar não contar com João Salgueiro na sua lista à câmara, sentiu-se atraiçoado quando ele apareceu como seu adversário directo?

O senhor João Salgueiro exer-ce cargos polí�cos de forma inin-terrupta pelo menos desde 1986. Foi vereador e presidente, por im-pedimento do presidente da altu-ra, depois fez um mandato na As-sembleia Municipal e três como vice-presidente. As desavenças todos as temos e eu também as �ve com Gomes Afonso mas por três vezes �ve a coragem de vo-tar contra. Em 12 anos nunca �-ve tal a�tude por parte do senhor Salgueiro. No dia 1 de Julho pedi-lhe para vir ao meu gabinete e dis-se-lhe que me estavam a chegar uns “zunzuns” de que haveria al-gum namoro com o PS. Disse-me para ficar descansado, que fora abordado mas que estaria comi-go até ao final do mandato e que �nha um projecto em ar�culação com a esposa, ao qual se iria dedi-car. Quinze dias depois era apre-sentado oficialmente como candi-dato do PS.

Ficou magoado com a atitude?

É preciso ter uma resistência muito grande para enfrentar, em silêncio, as aleivosias e dispara-tes que foram ditos de lá para cá. Haverá alguém que não se sinta depois de um relacionamento de tantos anos em que tudo o que se passava na câmara era do seu co-nhecimento e sendo seu vice-pre-sidente?

Entretanto, vêm as eleições e perde a câmara para

aquele que tinha sido o seu “braço direito” durante 12 anos. Outro momento difícil?

Faço um paralelo com a actua-lidade nacional. Hoje vemos o pri-meiro-ministro dizer bem da Dra. Manuela Ferreira Leite reconhe-cendo que se �vessem sido ouvi-dos os seus avisos o país não es-taria como está. Pois bem, estão aqui em confronto dois �pos de personalidade exactamente co-mo nessa altura estavam em Por-to de Mós. De um lado alguém que pugnava pelo rigor, pela se-riedade, que não alimentava po-lémicas, que �nha uma palavra e que quando decidia estava deci-dido, e do outro uma pessoa com uma postura simpá�ca, bonachei-rona, agradável. Mas o eleitorado faz estas escolhas.

Como conseguiram trabalhar tanto tempo juntos?

A vida é um teatro e, de facto, há excelentes actores. Há pesso-as que enquanto estão em palco conseguem aguentar duas ou três personalidades…e não digo mais.

Além de não ter uma personalidade tão popular, que outras razões encontra para ter perdido?

Se calhar confiei demais. Pen-sei sempre que ele seria penaliza-do por aquela “cambalhota”. A di-visão dentro do PSD é outra coisa que me espanta e tem a ver como as pessoas, por vezes, são incapa-zes de ter o mínimo de memória e de dignidade. Em 2000/01 não há um único processo de obras sem a abastenção dos vereado-res do PS. Argumentavam (Dr. Jo-sé Carlos Ramos, Dr. Rui Neves e Dra. Ana Paula Noivo) que não

punham a sua assinatura em ne-nhum processo trazido pelo se-nhor Salgueiro porque duvidavam da forma como eram organizados. Como se consegue passar uma es-ponja sobre tudo isso e de um momento para o outro passarmos de uma relação de conflitualidade para uma de amor e ternura?

Nada dessa derrota lhe pode ser atribuído a si?

Se calhar não fui muito feliz na escolha do meu “número 2”, ape-sar do Eng. António José Ferreira ser um excelente técnico. Talvez não trouxesse aquilo que as pes-soas estavam à espera (embora depois tenha feito um bom man-dato). Além dele havia uma pes-soa promissora, o Dr. Nuno Sal-gueiro, um jovem economista que podia ser uma mais-valia e que por onde tem passado tem fei-to obra e deixado marca. Com a entrada destes dois jovens pode-ríamos ficar com um conjunto de quadros importantes para o futu-ro.

Encontra mais algum factor que tenha contribuído para que tivesse perdido?

Tentou-se passar a ideia de que estava tudo mal feito e que era tudo uma cambada de incapazes e incompetentes e que [se João Sal-gueiro ganhasse] Cristo ia nascer naquele dia e vinha aí um mundo novo. Essa mensagem passou gra-ças a uma excelente campanha de marke�ng dirigida por João Ga-briel que posteriormente não es-condeu o seu profundo arrependi-mento. Os pecados pagam-se tar-de e quando já não há remédio.

Como analisa o primeiro

mandato de João Salgueiro? Faz-me lembrar aquele filme do

Can�flas em que está a varrer e põe o lixo debaixo do tapete. Faz coisinhas que se vêem e pouco mais, excepto a intervenção nas ruas 5 de Outubro e Mestre de Avis. Não se limitou a lavar a ca-ra às ruas mas introduziu o siste-ma separador dos esgotos plu-viais dos domés�cos. Foi um bom trabalho porque não con�nuamos a pagar à Simlis, água da chuva como sendo esgoto. Há interven-ções que considero esbanjamento de dinheiros públicos porque se tratou simplesmente de cosmé�-ca. Faz-me lembrar o souflé, vem na taça, muito bonito mas quan-do se mete o garfo aquilo esva-zia-se.

Há quem diga que João Salgueiro tem procurado apagar da memória dos portomosenses o seu trabalho enquanto presidente da Câmara.

A história mostrou-nos que os piores líderes foram aqueles que fizeram tudo para apagar a me-mória dos seus antecessores. Em Porto de Mós isso tem sido ten-tado. Não esqueço a memória do PSD nem de quem me antecedeu no cargo. O concelho deve muito ao Dr. Silva Marques, ao Dr. Licí-nio, ao Eng. Trindade, ao Eng. Go-mes Afonso e também me de-ve qualquer coisa a mim. A estra-tégia “antes de mim era o caos” não é fácil de compreender. Este “mim” esteve no poder 20 anos a par�lhar esse mesmo caos. Es-ta estratégia de apagar o passa-do revela ou amnésias sucessivas ou um narcisismo tão grande que faz ter esses lapsos de memória e

pretender esquecer o passado.

Foi acusado de ter feito mais de uma dezena de “obras fantasma”.

Em nenhum desses casos me podem acusar de beneficio pró-prio ou de familiares, de preços anormalmente altos em termos de mercado ou de pagamentos in-devidos. Eram obras do conheci-mento de todos porque eu �nha o hábito de reunir com os vereado-res em regime de permanência, com os encarregados e os enge-nheiros. Até 16 de Julho de 2005 eram do conhecimento de todo o execu�vo municipal. Algumas fo-ram mandadas fazer, com o meu conhecimento e com a minha au-torização, pelo actual presidente da câmara. A única desculpa po-derá ser de 16 de Julho a 30 de Setembro, mas nesse período es-taremos a falar de obras que não têm nada a ver com os valores re-feridos.

Acusam-no, ainda, de deixar a câmara bastante endividada…

É normal que as pessoas assu-mam as dívidas que vêm de trás. Eu ainda paguei algumas coisas do tempo do Dr. Silva Marques e do Eng. Gomes Afonso e nun-ca me queixei porque a minha as-sinatura estava lá. A não ser que o senhor Salgueiro assinasse de cruz ou de olhos fechados, a sua assinatura também está nas dívi-das que o meu execu�vo deixou. No relatório de contas rela�vo ao meu úl�mo ano de gestão a dívida a curto prazo era de 3,64 milhões de euros (650 mil contos). Com aquelas obras que seria necessá-rio regularizar aumentaria ligeira-

Nesta edição, José Ferreira quebra o longo silêncio a que se reme-teu depois de ter perdido a câmara para o seu antigo homem de confiança, dá a sua versão dos factos que fizeram “estremecer” o concelho em 2005 e lança um olhar crítico à actual situação socio-económica. O antigo autarca acusa João Salgueiro de ser um excelente actor e diz que a sua governação é feita, apenas, de aparências. José Ferreira diz que foi alvo de muitas mentiras e calúnias nestes últimos anos e garante que não voltará a candidatar-se à câmara.Como sempre, esta é a versão curta da entrevista porque o texto na íntegra esta-rá disponível brevemente na nossa página na internet e aí há muito mais para ler...

JOSÉ FERREIRA

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-9- Entrevista

O presidente da câmara aponta-o como um dos responsáveis pelo atraso no PDM dizendo que o pôs na gaveta por motivações eleitorais…

É mais uma men�ra. Na cam-panha eleitoral eu disse que daí a uns seis meses o PDM pode-ria ser posto em discussão públi-ca faltando fazer apenas peque-nas delimitações de alguns lu-gares em zona do PNSAC e uma nova carta da REN porque a que �nhamos apresentado fora chum-bada. Em Setembro de 2007 a lei foi “recauchutada” no entanto eu saí da câmara a 2 de Novembro de 2005... Ora, se dizia que o PDM estaria pronto dentro de seis me-ses e o senhor Salgueiro garan-�a que estava pronto, não perce-bo como es�veram durante dois anos e meio sem fazer nada. Se-rá que apesar da lei ter mudado ainda não houve tempo? Era bom confrontar o anterior vereador que de�nha esse pelouro e saber do esforço que teve e porque não conseguiu fazê-lo.

Outra obra que nunca mais avança é a do hotel…

O hotel é um dos meus maiores erros como presidente da câma-ra. De acordo com o primeiro Pla-no de Pormenor da Várzea, todo aquele quarteirão onde estão os prédios amarelos e o hotel com-portava cinco moradias e todo o resto era para uma unidade ho-teleira. Como o terreno era bas-tante grande para um hotel que fosse rentável em Porto de Mós foi-nos apresentado um ante-pro-jecto que contemplava três lotes

de construção e uma unidade ho-teleira substancialmente mais re-duzida. A câmara achou as razões compreensíveis e fez-se a altera-ção do plano. Há uma pessoa que diz a obra está a decorrer mas aquele ritmo o homem há-de fa-zer mil anos até conseguir acabar o hotel. Não sei como é que ainda é possível renovar as licenças.

Neste contexto económico e partindo do pressuposto que concordaria com as quatro ou cinco grandes obras que estão previstas para o actual mandato, de qual prescindiria?

O Parque Verde podia ser fei-to por metade do dinheiro. O be-tão que lá está é todo a mais. Só isso custará 10 ou 20 vezes mais que o resto do espaço. A central é uma obra que não se devia dei-xar cair, mas já me chegou aos ou-vidos que é o que vai acontecer em sede de contratualização. Era bom que fosse feita, não por ser uma “obra de regime” mas por-que preservava a nossa memó-ria colec�va em termos da indus-trialização do concelho e permi�a resolver dois problemas. Hoje te-mos um museu municipal morto e com um espólio riquíssimo em grande degradação e faz-nos fal-ta um arquivo municipal já que 80% está me�do nas celas da an-�ga cadeia.

Surpreende-o que o diferen-do a propósito da renda da exploração do parque eólico do Alqueidão da Serra tenha chegado aos tribunais?

É mais uma trapalhada do se-

nhor presidente. Se �vesse von-tade de entregar a renda à jun-ta de freguesia, bastava alterar o contrato. Só que a câmara não quer perder aquele dinheiro e en-tão encontrou uma solução en-graçadíssima: cumpre aquilo que o tribunal decidir. Mas vai decidir o quê? Se a câmara quiser abdi-car da renda, altera o contrato em vez de arranjar este subterfúgio e de andar a gastar dinheiro nos tri-bunais.

A Câmara de Porto de Mós foi a única que não aderiu ao consórcio com a Águas de Portugal. Foi a opção correcta?

Quando saí da câmara estava previsto Porto de Mós e Batalha poderem vir a ligar-se ao sistema em alta que fornece Leiria através da Águas do Centro. Quem conhe-ce a Azóia que é de onde é distri-buída, sabe que é sempre a descer até à Batalha, então nós dissemos que também queríamos entrar no negócio. A conduta era prolonga-da mais quatro ou cinco quilóme-tros e a Fonte dos Vais funciona-ria como um ponto de recepção e distribuição. Depois comprá-vamos uma determinada quan-�dade de água por dia e daqui a 20 anos renegociava-se o contra-to. Era a solução economicamen-te mais viável e não nos deixava dependentes da Águas do Centro porque só comprávamos água em alta. Se não foram por este cami-nho fizeram um grande disparate.

O presidente da câmara mostrou-se chocado pelos baixos níveis de cobertura

Há cerca de 2 000 ramais de saneamento que não estão ligados por falta de vontade política

José Maria Oliveira Ferreira, 54 anos, natural do Porto. É casado e tem duas filhas. Licenciado em Filosofia, deu aulas durante vá-rios anos até se dedicar de corpo e alma à política e ao poder

autárquico em particular. Efectuou dois mandatos como vereador e três como presidente da Câmara Municipal de Porto de Mós. Em 2005 perde a câmara para João Salgueiro que após 12 anos co-mo seu “homem de confiança” e vice-presidente decidiu defrontá-lo nas autárquicas, correndo agora pelo PS.Presidiu a Federação dos Bombeiros do Distrito de Leiria bem como a Associação Humanitá-ria dos Bombeiros Voluntários de Porto de Mós. Actualmente, é vo-gal do Conselho Executivo da Liga dos Bombeiros Portugueses.

mente. De 2008 para 2009 a dívi-da de curto prazo aumentou em 20 por cento. No espaço de qua-tro anos, vai no dobro daquilo em que a deixei, a que deverão acres-cer os emprés�mos que todos os anos têm vindo a ser autorizados. Já este ano foi um emprés�mo de 1,6 milhões de euros.

Há a hipótese do actual executivo ser acusado do mesmo de que o acusaram a si?

Fizeram-me uma acusação in-fundada e quem for para lá a se-guir vai ser real. As dívidas a curto prazo vão em 6,3 milhões de eu-ros. Con�nua-se a gastar dinheiro em obras de imagem, mas as de fundo, essas não são feitas.

Quer exemplificar?Com a economia a dar o estou-

ro, seria o momento indicado pa-ra lançar uma obra como o cine-ma de Mira de Aire? Numa po-pulação que luta com problemas sociais complicadíssimos jus�fi-

ca-se um inves�mento de 3 mi-lhões de euros? Não seria melhor aumentar os reforços sociais nas crianças carenciadas porque há muita gente que chega ao final do mês e não tem dinheiro? Estare-mos numa altura para fazer essas obras de “regime”?

Como é que explica a derrota do PSD nestas segundas eleições?

Tanto após as primeiras elei-ções como agora houve um divór-cio e falta de estratégia conjun-ta entre quem estava nos órgãos e a estrutura polí�ca, quer ao ní-vel da assembleia quer ao nível do execu�vo camarário.

Isso manteve-se nos dois mandatos?

Acho que começa a haver al-guma inflexão. O PSD perdeu al-gumas juntas e isso foi também porque não soube apoiar os pre-sidentes. O actual presidente da câmara é um indivíduo muito ha-bilidoso a dar o dito pelo não dito

e a dizer que sim e que não e foi assim que conseguiu entrar nas freguesias. Era um combate muito di�cil até porque para quem está na câmara vencer do primeiro pa-ra o segundo mandato é sempre fácil. O pior foi aquele prospec-to com o programa eleitoral. Era extensíssimo, maçudo e numa le-tra pequenina. Foi um documen-to que não “passou” apesar de ter lá meia dúzia de ideias bastan-te interessantes. Há também uma coisa a ter em conta: não se pode estar permanentemente a dizer mal. Quando se acerta devemos ter a humildade de dizer que se acertou. A estratégia do “diz que disse”, do “ouvi dizer”, do “pare-ce que”, conduz sempre a maus resultados porque quando somos confrontados com os documentos nunca bate certo uma coisa com a outra.

Qual deve ser a postura dos vereadores PSD na actual câmara?

Que sejam suficientemente hu-

mildes para falar com quem tem mais experiência. O PSD tem de ter uma postura mais interven�va que obrigue o senhor presiden-te a responder a tempo e horas aos requerimentos e a agendar as propostas do PSD respeitando, assim, o estatuto da oposição. Pe-lo que leio, por vezes, há compor-tamentos ostensivos para com as propostas que vêm da oposição e esta de vez em quando faz fin-ca-pé em pequenas coisas como aconteceu com o folhe�m do vo-to de louvor às Grutas. Estar lá a palavra “autarquia” o que é que isso aquecia ou arrefecia? Não é por aí que se derruba quem está no poder. Quer queiramos, quer não, a câmara também esteve en-volvida.

Sente que está a ser bem aproveitado pelo PSD?

O PSD sabe que quando preci-sar da minha ajuda bate à porta. Estou sempre disponível para co-laborar.

Há hipótese de o voltarmos a ver como candidato à câmara?

Não.

Mas ainda é muito novo…Está bem, mas não. O eleito-

rado entendeu que eu não era a pessoa mais indicada e decidiu fa-zer uma outra opção e eu respei-to-a.

E se mudarem os actuais actores políticos?

Eu só encararia um retrocesso se houvesse circunstâncias qua-se do outro mundo mas como eu não acredito no outro mundo… Não digo como o prof. Marce-lo Rebelo de Sousa, que nem que Deus venha à terra voltarei a con-correr à câmara, mas o meu “não” é a 99,9999 por cento.

Mantém algum relacionamento com João Salgueiro?

De vez em quando, bom dia ou boa tarde… ◘

|| PERFIL

em termos de saneamento básico. O que tem a dizer sobre isto?

Se fosse ligado tudo aquilo que existe enterrado, Porto de Mós fi-cava com cerca de 80 por cento da população servida. Há cerca de 2 000 ramais de saneamento executados mas que não estão a funcionar. O concelho só tem es-ta taxa de cobertura porque não há vontade polí�ca, devido aos in-

cómodos que isso traz, nomeada-mente, obras na casa, pagar taxas e todos os meses pagar a conta…Se houver vontade em muito pou-co tempo podemos a�ngir um ní-vel interessan�ssimo de sanea-mento básico. Agora não se pode é dizer que não está nada feito. Is-so é men�ra e revela ignorância, desconhecimento e má fé.

Isidro Bento