Top Banner
Medalha de Mérito Cultural, grau Ouro, do Municipio de Porto de Mós PUB Cincup Ossadas de militares mortos no Ultramar poderão ser trasladadas As ossadas dos soldados portomosenses mortos no Ultramar que não regressaram, poderão vir a ser trasladadas num futuro próximo. Pág. 6 Atropelamento mortal em Porto de Mós Uma mulher, de 51 anos, natural de Ponte de Sor, foi atropelada mortalmente numa passadeira para peões na vila de Porto de Mós. O condutor não acusou alcóol. Pág. 6 Serviços camarários chegam a Mira de Aire e Juncal Para poupar tempo e dinheiro aos munícipes, a câmara prepara-se para descentralizar alguns serviços em Mira de Aire e Juncal. Pág. 12 Mira de Aire inaugura Casa da Cultura A inauguração da Casa da Cultura de Mira de Aire ficou marcada por uma inesperada polémica. O presidente da câmara não gostou do tom irónico do guião do espectáculo de estreia.
24

O Portomosense

Mar 11, 2016

Download

Documents

Edição 680
Welcome message from author
This document is posted to help you gain knowledge. Please leave a comment to let me know what you think about it! Share it to your friends and learn new things together.
Transcript
Page 1: O Portomosense

Medalha de Mérito Cultural, grau Ouro, do Municipio de Porto de Mós

PUB

CincupOssadas de militares mortos no Ultramar poderão ser trasladadas

As ossadas dos soldadosportomosenses mortos no Ultramar que não regressaram, poderão vir a ser trasladadas num futuro próximo.

Pág. 6

Atropelamento mortal em Porto de Mós

Uma mulher, de 51 anos, natural de Ponte de Sor, foi atropelada mortalmente numa passadeira para peões na vila de Porto de Mós. O condutor não acusou alcóol.

Pág. 6

Serviços camarários chegam a Mira de Aire e Juncal

Para poupar tempo e dinheiro aos munícipes, a câmara prepara-se para descentralizar alguns serviços em Mira de Aire e Juncal.

Pág. 12

Mira de Aire inaugura

Casa da Cultura

A inauguração da Casa da Cultura de Mira de Aire ficou marcada por uma inesperada polémica. O presidente da câmara não gostou do tom irónico do guião do espectáculo de estreia.

Page 2: O Portomosense

“Um grande dia para Mi-ra de Aire e para os execu-� vos municipal e de fregue-sia”. Foi desta forma que o presidente da Câmara, João Salgueiro, se referiu à inau-guração da Casa da Cultura ocorrida na noite de 25 de Dezembro úl� mo.

Perante cerca de meio milhar de pessoas, o autar-ca não escondeu a sua enor-me sa� sfação por poder dar tão importante “prenda de Natal a Mira de Aire”, uma terra com fortes tradições na área cultural.

“Muito se escreveu e dis-se sobre esta obra mas ho-je, dia de Natal, vou dei-xar de lado essas picadas de abelha”, disse, realçan-

do que a determinação do seu execu� vo “com alguma teimosia à mistura,” ven-ceram sobretudo “aqueles que têm alguma difi culdade em lidar com os resultados prá� cos de quem trabalha e gosta do concelho”.

Depois de na companhia do presidente da junta lo-cal, Artur José, ter descer-rado a placa alusiva ao mo-mento, ao som da fanfarra dos bombeiros de Mira de Aire, João Salgueiro traçou um historial da obra desde que o seu execu� vo deci-diu refazer o projecto, agra-decendo a várias pessoas e en� dades que contribuiram para que esta fosse uma re-alidade, com especial des-

taque para o seu an� go ve-reador das Obras Públicas, o arquitecto Jorge Cardoso. A an� ga presidente da Jun-ta de Mira de Aire, Ana Pau-la Noivo teve também di-reito uma menção especial por ter sido no seu manda-to que a obra arrancou.

O edil reconheceu que faltam acabar alguns por-menores no novo edi� cio e prometeu arranjos exterio-res, de qualidade, no próxi-mo Verão.

No fi nal do discurso, João Salgueiro chamou ao pal-co o presidente da Junta de Mira de Aire e Vítor Bar-ros, o padrinho da candida-tura das Grutas de Mira de Aire no concurso para elei-ção das 7 Maravilhas Natu-rais de Portugal , para en-tregar à vila o troféu re-cebido quando as Grutas entraram no rol das 22 fi na-listas do concurso de onde sairiam vencedoras na sua categoria.

Luís Duque agraciado com medalha de altruismo, grau ouro

Seguiu-se a homenagem ao benemérito mirense, Lu-ís Duque, nascido em 1936

e que segundo explicou o presidente da câmara “des-de muito cedo revelou vo-cação para intervir civica e socialmente sempre a fa-vor da comunidade mirense no seio da qual ao longo de 40 anos desempenhou fun-ções e serviços de relevante interesse nomeadamente nos domínios educacional, cultural, despor� vo, cívico, religioso e social”.

Tendo em conta “a sua inexcedível disponibilida-de e vontade para colocar ao serviço dos outros as su-as qualidades humanas e capacidades intelectuais e materiais, que � veram ex-pressão par� cular na ges-tão e desenvolvimento do Abrigo Familiar Casa S. José, assim como a sua inicia� va, coragem, espirito de bem fazer e excepcional abnega-ção” o execu� vo camarário deliberou por unânimida-de, atribuir a medalha de al-

truismo, grau ouro, do Mu-nicipio de Porto de Mós, a Luís Duque, tendo a mesma sido-lhe entregue no decor-rer da cerimónia de inaugu-ração da Casa da Cultura.

O agraciado mostrou-se grato à câmara “por esta homenagem reconhecen-do o mérito de alguma coi-

sa que possa ter feito a fa-vor de Mira de Aire e suas gentes”, frisando que nun-ca procurou “medalhas ou o reconhecimento público”. Luís Duque, prometeu, ain-da, manter o espírito de ge-nerosidade que sempre o caracterizou.

Isidro Bento

PUB

◘ Mira de Aire

Inauguração da Casa da Cultura “manchada” por polémica

A inauguração da Casa da Cultura, de Mira de Aire, fi -cou marcada por uma ines-perada polémica.

No decorrer do primeiro espectáculo da nova e mul-� funcional “sala” e quando já se anunciava o intervalo, o presidente da Câmara, de rompante, subiu ao palco para, alto e bom som, ex-pressar toda a sua revolta perante o discurso bastante irónico dos apresentadores.

“O que esta senhora tem estado a dizer é men� ra”, disse o autarca, claramente agastado.

“Isto”, entenda-se, eram, crí� cas mais ou menos ex-plícitas à história atribulada do Cine-teatro de local mas, principalmente, constantes

alusões a uma alegada “re-inauguração” ou “pré-inau-guração” da actual Casa da Cultura por, alegadamente, a obra ainda não estar con-cluída.

“O edi� cio está pronto e, apenas, faltam os arranjos exteriores que foram adia-dos porque no Verão que-remos criar um espaço ajar-dinado e colocar calçada à portuguesa. De resto, é ne-cessária a vistoria do eleva-dor e do ar condicionado”, disse revoltado, falando no meio dos atónitos apresen-tadores, como, aliás, a vasta plateia cons� tuída por per-to de meio milhar de pes-soas.

No regresso do intervalo, Pinto Ribeiro um dos apre-

sentadores disse que nun-ca houve intenção de ofen-der o autarca ou a câmara e jus� fi cou o teor do guião do espectáculo com a tradi-ção de sá� ra dos espectá-culos de Natal em Mira de Aire, no entanto, as jus� fi -cações não sa� sfi zeram Sal-gueiro que voltou a subir ao palco para dizer que o que se passara naquela noite fo-ra “uma grande falta de res-peito pelas pessoas que du-rante três meses, inclusive no dia de Natal, aqui tra-balharam noite e dia para inaugurar a obra na festa da padroeira como era desejo dos “quarentões”.

“Não estava à espera de levar um chá desta senho-ra que teve o cuidado de

várias vezes frisar re-inau-guração, pré-inauguração. A Casa está inaugurada e bem inaugurada, não há aqui pré-inaugurações nem re-inaugurações e se eu não � vesse um grande respeito pela população de Mira de Aire � nha abandonado a sa-la pouco depois do início do espectáculo”, frisou indig-nado.

“Quarentões” negam autoria do guião da polémica

Perante mais esta ma-nifestação de desagrado do autarca, Jorge Vila Ver-

de, um dos elementos dos “quarentões”, foi ao palco sublinhar que “houve uma animosidade que em dia de Natal era de todo escusa-da”, reconhecendo “o esfor-ço que a câmara colocou na realização desta obra e ago-ra para a sua inauguração” .

“Se o senhor presiden-te se sen� u de alguma for-ma magoado com alguma coisa dita, foi sem qualquer intenção, até porque quem conhece os nossos espec-táculos sabe que têm uma forte componente de sá-� ra que acabou por estar presente neste guião”, jus-� fi cou o advogado mirense, rejeitando, contudo, a auto-ria do mesmo, “pedido a ou-tra pessoa por falta de tem-

po dos “quarentões”, atare-fados com a organização da festa de Natal”.

Jorge Vila Verde defen-deu, ainda, a apresentadora [Telma Cruz], dizendo que se limitara a ler e encenar um guião que lhe � nha sido entregue, não tendo inten-ção de ofender quem quer que fosse.

Esclarecidas as posições lá prosseguiu o espectácu-lo, que durou até de madru-gada e por onde passaram algumas agremiações cultu-rais de Mira de Aire e Min-de e ar� stas locais, mas a festa estava irremediavel-mente estragada.

Isidro Bento

◘ Investimento de 2,5 milhões de euros comparticipados em 70% pelo QREN

Mira de Aire ganha Casa da Cultura “multifunções”

Luís Duque foi homenageado

Page 3: O Portomosense

-3-

Aposta na polivalência dos espaçosO moderno e espaçoso edifício

da Casa da Cultura de Mira de Ai-re é constituído por “quatro cor-pos, sendo o primeiro em forma e imagem transparente veículo pa-ra o mundo do espectáculo, on-de estão os principais acessos e apoios: bar, copa de apoio, insta-lações sanitárias e acesso ao pal-co também para defi cientes”.

De acordo com nota de im-

prensa do município, “o segundo é um volume revestido a painéis de alumínio, com hipótese de ser interligado ao nível do FOYER pi-so 0, através de um conjunto de painéis deslizantes ao auditório”. No piso superior foram implan-tados, além do espaço público da biblioteca, dois gabinetes de apoio, uma cafetaria e um terra-ço panorâmico.

O terceiro corpo é o do auditó-rio, destinado a ser uma sala poli-valente. Inicialmente, estava pre-vista a instalação de uma plateia retráctil com capacidade para 250 pessoas, na zona central, mas ao que apurámos a ideia foi aban-donada devido aos custos dessa infraestrutura. Esse terceiro cor-po é, ainda, dotado de “uma ca-bine com zona de projecção, reg-

gie de luz e som, e duas cabines para tradução simultânea”.

No último corpo encontra-se o palco propriamente dito, dimen-sionado e preparado para rece-ber os elementos de cena e pro-jecção, com dois acessos ao piso inferior, onde estão instalados os camarins e zonas de apoio, e ao piso superior onde foram implan-tadas as varandas com instalação

de malaguetas.A obra foi comparticipada pela

FEDER em 1 441 049,00€, sendo o valor da empreitada, mobiliário e equipamento de 1 762 956,75€ (valores sem IVA incluído).

CASA DA CULTURA

Casa da Cultura “desiste” de sala com plateia em anfiteatro

Iria enriquecer a Casa da Cultu-ra enquanto espaço mul� funcio-nal, mas já não está prevista.

Segundo o vereador da Cultura, Albino Januário, a instalação da plateia retrác� l - que poderia ser estendida, dispondo as cadeiras “em escada”, ou recolhida se se pretendesse u� lizar a sala sem ca-deiras – “foi abandonada, porque era dispendiosa e limitaria o espa-ço para fazer, por exemplo, uma gala com “comes e bebes”, com pessoas sentadas à mesa”.

Para já, há cadeiras individuais,

que podem ser facilmente movi-das, dispostas numa sala que não oferece uma disposição em anfi -teatro, caracterís� ca das grandes salas de espectáculos.

Ques� onado sobre essa opção, que parece colocar em causa uma das valências inicialmente previs-tas, o vereador refere que, “ainda assim, foi uma boa escolha e não se perde com isso”. Para concluir, considera que “a obra se adequa às necessidades, pois faltava um espaço mul� facetado e de conví-vio, digno”.

Personalidade poderá ser escolhida para gerir espaço

Feita a inauguração, a gestão da Casa da Cultura é, agora, uma das grandes preocupações de Albino Januário. “Será mais efi ciente de-legar competências a alguém mais próximo do local, que se respon-sabilize pela orientação do espa-ço, a sua promoção e rentabiliza-ção que entregar a gestão a uma associação cultural. É preciso ren-tabilizar um imóvel que custou muito dinheiro a todos nós e en-tregá-lo a uma colec� vidade não está nos meus planos”, explica.

É aqui que “entra em cena” Ro-gério Venâncio, actor e encena-dor, bem conhecido em Minde e Mira de Aire pela sua ligação às artes do palco. Aos 91 anos o en-cenador mostra-se cheio de vida e a sua grande experiência nalguns dos principais palcos do país, foi aproveitada pelo arquitecto Jorge Cardoso para ajudar a defi nir al-guns dos espaços da nova sala de espectáculos de Mira de Aire.

Em conversa com o nosso jor-nal, Rogério Venâncio conta que sugeriu dois nomes – ligados a Mi-ra de Aire - para assumir a lideran-ça do espaço: Manuel Reis e Joa-

quim Pinto. O primeiro, explica, “é uma pessoa que convive com toda a gente e que consegue en-volver facilmente as pessoas” e, o segundo, “escreve muito bem, é estudioso e tem uma cultura inte-ressante”.

Junto de algumas associações, o nosso jornal apurou que, depois da obra feita, há receio em rela-ção a uma futura gestão que não consiga rentabilizar e dignifi car, assim, o espaço.

Para Rogério Venâncio, “é pre-ciso haver união e espírito de ini-cia� va para agora se fazerem ac-� vidades”. “Acho que Mira de Aire esteve tantos anos à espera deste espaço que, agora, parece a coisa mais miraculosa do mundo, mas calma. O que está lá, está mui-to bom e representa um inves� -mento notável mas agora há que lhe dar uso. De facto, não ter pla-teia retrác� l, torna o espaço me-nos rico. As cadeiras que lá estão, individuais, de esplanada, podem ser empurradas de um lado para o outro, no entanto, se fi cava cara a outra opção, não podemos pedir o que não está ao alcance da au-tarcia”, disse.

Luísa Patrício

Natália Rosa Grupo Coral Gaudia Vitae

“Acho que é uma mais-valia para o concelho, por isso, estou satisfeita, mas receio que o sucesso fi que aquém das expectativas. Os acessos à vila, pouco fáceis, e os tempos de cri-se, não vão facilitar a rentabiliza-ção da obra, mas temos de ser op-timistas.

A meu ver, penso que a Câmara Municipal de Por-to de Mós deve fi car a gerir o espaço.

Segundo foi conversado, o nosso grupo e o Ran-cho folclórico iriam ter gabinetes na Casa da Cultu-ra, mas nunca mais se falou nisso.”

Fernando PintoCírculo Cultural Mirense

“Este espaço faltava às colectividades para faze-rem as suas actividades. Está mui-to bom. A disposição em anfi tea-tro era ideal e, não havendo, pode limitar a realização de alguns es-pectáculos, mas, se era caro, fez-se o mais correcto, dada a necessi-dade da obra.

Quanto à gestão do espaço, se está a ser pensada a nomeação de uma pessoa, não me parece bem. Há massa associativa mais do que sufi ciente pa-ra outro tipo de gestão. Foi-nos frisado que iria ha-ver gabinetes para as associações de Mira de Aire e agora há queixas por não se falar nisso. Eu, pessoal-mente, não concordo com esses gabinetes.”

João José Director do Agrupamento de Escolas de Mira de Aire e Alvados

“Manifestei-me contra esta obra, por existirem ou-tras necessidades prioritárias, em Mira de Aire. Receio que isto se-ja um facasso em termos de renta-bilização.

Para pôr em prática o que vai fa-zer ser feito lá, não seria preciso um projecto daquela envergadura.

Poderia ser algo semelhante ao Pavilhão Ana Sonça, em Minde.

Para o espaço, aposto numa gestão conjunta, en-tre autarquia e associações, ou então, não uma, mas várias associações culturais, incluindo até mesmo o agrupamento de escolas, poderiam assumir respon-sabilidades.”

Associações não têm espaço garantidoSegundo alguns elementos de associações culturais de Mira de Aire, o executivo camarário ter-lhes-á dito, que iriam ha-ver, no edifício, gabinetes para as associações se instalarem, facto, por agora, rejeitado por Albino Januário. “Mira de Aire tem um associativismo cultu-ral intenso, mas, para já, nada está defi nido”, esclarece.

Espaço recebe Concerto de Ano Novo este sábadoDia 8 de Janeiro, pelas 21h, vai realizar-se um Concerto de Reis com o Grupo Coral Gau-dia Vitae, o Grupo Coral do Grupo Desportivo do Santa-der Totta, o Grupo de Cava-quinhos “Os Farra” e o Gru-po de Bombos “São Sebastião Darque”.

Page 4: O Portomosense

-4-

Victor Nascimento, do Juncal, inte-gra o elenco da revista “Olhó que cho-ve”, há vários meses em palco, sob a direção do encenador, Paulo Vasco, do Teatro Maria Matos. Para os pró-ximos meses, outros projectos o leva-rão a actuar nos palcos da capital.

“[os outros candidatos] Para serem mais honestos do que eu têm que nascer duas vezes”

Cavaco Silvacandidato à presidência da República

“SIC”

“Estou desiludido com a lei [do aborto] com os organismos públicos e com as mulheres”

Luís Graça - dir. Serviço de Obstetrícia do Hospital de Santa Maria

“i”

“As praxes são um fenómeno de inspiração fascista � pico dos guetos sociais”

Mariano Gago - ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior

“Única”

“A entrada do FMI seria um problema para os lobbies”

João César das Neveseconomista

Diário de Notícias

A inauguração da Casa da Cultura, em Mira de Aire, e a anunciada des-centralização de serviços camarários valeriam a João Salgueiro a nota má-xima, no entanto, o triste episódio do guião em que demonstrou grande di-fi culdade em lidar com as críticas satí-ricas, retiram-lhe uma mó.

José Conteiro quer que os 19 sol-dados portomosenses mortos no Ul-tramar não caiam no esquecimento e tem um conjunto de boas ideias e al-gum trabalho já feito, para o conse-guir. Honrar quem serviu a Pátria é al-go que merece aplauso.

“A sorte do Benfi ca é ter um grande treinador. Ninguém terá coragem para tocar no Jorge Jesus”

Pinto da Costa

presidente do F.C.Porto

“Record”

A foto que hoje trazemos à “Memória” é a primeira de uma série de “vistas de Porto de Mós” que nos foram cedidas pelo sr. Vítor Guerra, morador na Boavista.Neste caso, o desordenado Bairro de S. Miguel ainda não existia assim como algu-mas ruas da vila. Em contrapartida, os velhos moinhos, imagem de marca desta terra, estavam em plena laboração na serra.

O fi nal de 2010 trouxe uma excelente prenda para André Venda, o jovem por-tomosense praticante de “handycicling” que sonha em ir aos Jogos Paraolímpi-cos: uma bicicleta preparada para a prá-tica daquele desporto.

André foi um dos 16 defi cientes mo-tores contemplados no âmbito “Acção Qualidade de Vida” 2010, criada pela As-sociação Salvador, com o patrocinio de vários mecenas. Na análise do jurí pesou o projecto de vida dos 64 candidatos, o seu grau de incapacidade, condição só-cio-económica, grau de necessidade de apoio, grau de integração, motivação para a mudança, e impacto na comuni-dade.

A almejada prenda foi entregue pela esposa do Presidente da República, Ma-ria Cavaco Silva.

“Aí está 1991” é o � tulo de um texto escrito pelo falecido João Ma� as a desejar aos por-tomosenses felicidades no no-vo ano.

Outro texto também escrito pelo fundador do nosso jornal fazia referência à falta de direi-tos dos nossos agricultores.

“A quadra natalícia dos porto-mosenses foi enriquecida, desta feita, com uma valiosa exposi-ção de presépios, a primeira, de sempre, no nosso concelho”. A mostra dura até hoje e os próxi-mos vencedores serão conheci-dos na próxima semana.

COLABORE CONNOSCO!ENVIE OS SEUS TEXTOS, MEMÓRIAS OU DENÚNCIAS PARA

O E-MAIL [email protected]

Page 5: O Portomosense

-5-

O Portomosense festeja hoje (6 de Ja-neiro) o seu 28º aniversário e a forma que encontrou para assinalar a passagem de mais este ano de vida foi convidar 28 pes-soas a apresentarem “uma ideia para Por-to de Mós”.

Numa terra pouco habituada a refl ec-� r sobre o seu futuro quisemos, por inter-posta pessoa, dar o nosso contributo para que, pouco a pouco, este cenário se vá al-terando.

Umas ideias serão mais fáceis de aplicar que outras. Algumas, a maioria talvez, de-pendem em grande parte da vontade, da força e do interesse que o poder polí� co tenha para as concre� zar ou veja nelas, mas também há as que nos remetem para nós mesmos, cidadãos vulgares, fi lhos des-ta terra que, bem lá no fundo, todos ama-mos mas há qual, se calhar, há muito não

declaramos de forma clara simples e efec-� va, o nosso amor.

Aqui chegados temos que agradecer a quem connosco colaborou e aceitou expor em público uma ideia para tornar Porto de Mós um concelho mais desenvolvido, com melhor qualidade de vida e com uma outra notoriedade a nível nacional.

O lamentável episódio que manchou em tom cinzento negro a inauguração da Casa da Cultura, em Mira de Aire é um “porme-nor” quando comparado a algo mais im-portante que é saber-se como vai ser geri-do aquele belo espaço e quem o fará.

Essa sim, deve ser a preocupação princi-pal porque quanto ao resto é mais ou me-nos consensual que o senhor presiden-te da Câmara ao insurgir-se da forma co-mo o fez contra o mensageiro que trouxe a público um guião duro e, eventualmente,

injusto para quem tanto lutou por aquela casa e que tantas vezes por ela ofereceu o peito às balas das crí� cas, esteve clara-mente mal.

Percebe-se a indignação mas não a a� -tude vinda de um polí� co tão experiente. Um pequeno e discreto discurso, “à polí-� co”, no fi nal, chegaria para neutralizar as muitas e fortes alfi netadas da irreverência do guião do espectáculo produzido pelos “quarentões”. Infelizmente, ter-se-á deixa-do vencer por outras “alfi netadas” e como qualquer homem de carne e osso, ao per-der a calma, perdeu a razão.

Os “quarentões” ao optarem por um “re-gisto” mordaz com realidades indesmen� -veis pelo meio (num espectáculo aquém da tradição mirense e do expectável na inauguração do mais moderno e caro equi-pamento cultural do concelho), fi zeram-no no pleno exercício da sua cidadania e liber-dade ar� s� ca, portanto, só têm mesmo é que o assumir. Sem desculpas.

Isidro Bento

Em festa

Fundador: João MatiasForam directores: João Matias, Faustino Ângelo, João Neto e Jorge PereiraDirector: Isidro Bento (C. P. nº 9612)

Redacção: e-mail: [email protected]

Patrícia Santos (C.P. nº 8092), Luísa Patrício (C.P. nº 8782), Iolanda NunesColaboradores e correspondentes:Ana Narciso, António Alves, Armin-do Vieira, Baptista de Matos, Carlos Pinção, Cátia Costa, Eduardo Biscaia, Fernando Amado, Filipa Querido, Irene Cordeiro, João Neto, José Conteiro, Júlio Vieira, Marco Silva, Maria Alice, Paulo Andrade, Paulo Jerónimo da Silva, Paulo Sousa, Sofia Godinho, Vitor Barros

Grafismo: Norberto AfonsoPaginação: Ricardo MatiasDep. Comercial: [email protected]ção e Secretariado:Rua Mestre de Aviz nº1 R/c D • 2480-339 Porto de MósTel. 244 491165 - Fax 244 491037Contribuinte nº 502 248 904Nº de registo: 108885

ISSN: 1646-7442Tiragem: 3.500 ex.Composição: CINCUPImpressão: CIC Centro de ImpressãoCoraze - Oliveira de Azeméis - Tel. 256 600580

Propriedade e edição:CINCUP - Cooperativa de Informação e Cultura de Porto de Mós, C.R.L.

Direcção da CINCUP:Eduardo Manuel Ferreira Amaral, Pedro Nuno Coelho Vazão, Joaquim Jorge Rino da Graça Santos, Belmiro Silva Ferreira, José Carlos Dias Vinagre, Marco Paulo Abreu Pereira

Preços de Assinatura: (Portugal 15€ | Europa 30€ | Resto do Mundo 35€)

Nº de Depósito Legal: 291167/09

Em dia de aniversário O Portomosense saiu à rua para colher sugestões dos seus leitores de como se tornar ainda mais apelativo.

David Amado

19 anos

(Porto de Mós)

- Estudante -

Falta uma secção para sensibilizar e in-formar sobre ambiente e ciência.

Maria do Céu Gomes

60 anos

(Porto de Mós)

- Doméstica -

Aparentemente não está muito mal. No geral gosto daquilo que vejo.

Fernanda Rosa

52 anos

(São Bento)

- Chefe de Armazém -

Falta mais informação de todo o conce-lho. Muitas no� cias são centralizadas na vila e nas zonas límítrofes.

Francisco Furriel

85 anos

(Alqueidão da Serra)

- Reformado -

Precisa de manter o mesmo director e a equipa que o acompanha. Desta forma vai sempre melhorando.

Percebe-se a indignação

mas não a atitude vinda de um político tão experiente

”São algumas as vozes contrárias ao inves-

� mento de quase 2,5 milhões de euros na-quilo a que chamam um “elefante branco”, querendo signifi car que o empreendimen-to, grande e vistoso, não virá a ter a propor-cional u� lidade. Argumentam haver neces-sidades mais urgentes no concelho e enu-meram-nas na praça pública e nos jornais.

O execu� vo camarário tem difi culdade em convencer essas vozes recalcitrantes da justeza das razões que o levaram a dar prio-ridade a tão avultado inves� mento num só equipamento cultural. Alega tratar-se de uma resposta às tradições culturais de Mira de Aire, que tem mais de uma dezena de co-lec� vidades de cariz cultural ou recrea� vo e há muito aspiram a uma obra que subs� tua o an� go cine teatro, desac� vado há duas décadas. Além disso, os custos serão fi nan-ciados em cerca 80% por verbas comunitá-rias, cabendo ao município cobrir apenas o valor remanescente. Sem esse apoio, so-brepor-se-iam sempre outras prioridades. E, acrescentaríamos nós, com uma infraes-trutura desta dimensão, polivalência e mo-dernidade, fi ca valorizado todo o concelho e não apenas Mira de Aire. Pensamos, tam-bém, que foi um justo emendar de mão da edilidade portomosense, compensando Mi-ra de Aire do abandono a que foi votada em administrações anteriores. Sublinhe-se ain-da que os mirenses pagaram adiantado esta obra, ao elegerem João Salgueiro que, hon-ra lhe seja feita, salda agora uma boa parte da dívida. Quanto às más-línguas que mur-muram do inves� mento, sendo de fora da freguesia, ainda se compreende que pade-çam de “dor de cotovelo”e não entendam que o concelho é globalmente enriquecido, sendo de dentro, apenas nos ocorre cha-mar-lhes “velhos do Restelo” e “mal agra-decidos”. No que respeita a prioridades, já que de pobres não passamos, não nos obri-guem a ser também ignorantes, sonegan-

do-nos o acesso à cultura.Pena foi que no decurso da festa de inau-

guração, no passado dia de Natal, João Sal-gueiro não tenha revelado possuir o ne-cessário “fair play” que se espera de um presidente de câmara e de um polí� co ex-periente. Em nossa opinião, não conseguiu resolver com serenidade e elegância uma situação que se lhe deparou como adver-sa. Perante a ironia do guião de apresen-tação do espectáculo inaugural, subiu duas vezes ao palco para, em tom irritado e nu-ma postura um tanto ou quanto arrogante, “desmen� r” os apresentadores e explicar a sua versão dos factos. Incomodou-o a u� -lização do vocábulo “pré-inauguração” nu-ma alusão irónica à forma apressada como a obra foi inaugurada, mesmo antes de es-tar integralmente concluída e dotada de to-do o equipamento previsto para o pleno funcionamento. Sabe-se que uma boa par-te da urgência resultou da pressão exercida pelos Quarentões-2010, para que a inaugu-ração ocorresse dentro do ano em que or-ganizam a Festa da Padroeira da vila. Não se compadecendo disso, o guionista aventa-va sa� ricamente uma “reinauguração com letra grande” para quando tudo es� vesse pronto de facto.

O autarca contraditou-o abrupta e pre-cipitadamente, tomando a ironia como as-serção literal, sem aguardar pelo fi m do es-pectáculo para, depois sim, fazer uma justa avaliação do mesmo, que, afi nal, quanto a nós, decorreu a seu favor. Não tendo saído em ombros, é certo, foi contudo profusa-mente elogiado e alvo de agradecimentos, assim como efusiva e reconhecidamente aplaudido pela assistência que compareceu em massa. Posto isto, é caso para se dizer: não havia “nechechidade”, Sr. Presidente!

J. Pinto Ribeiro

Inauguração da Casa da Cultura de Mira de Aire

Page 6: O Portomosense

-6-

T e l . 2 4 4 7 6 8 0 3 0 • B ATA L H AM A I L : m a r f i l p e @ c l i x . p t

parceiros

Munícipe pede trasladação de ossadas de militares mortos no Ultramar

◘ Assembleia e Câmara Municipal mostram vontade em colaborar

Tal como O Portomosen-se no� ciou na sua úl� ma edição, a memória dos 19 militares de Porto de Mós mortos na guerra do Ultra-mar, poderá fi car perpetua-da num obelisco a construir pela câmara municipal num espaço público da sede de concelho.

A ideia foi lançada na úl-� ma Assembleia Municipal (AM), pelo an� go militar e colaborador deste jornal, José Conteiro, e pronta-mente aceite pelo presiden-te da câmara.

João Salgueiro gostou da proposta feita pelo muní-cipe da Cumeira de Cima e pron� fi cou-se a dar todo o apoio ao seu projecto que tem como ponto principal a transladação das ossadas de dois militares; um sepul-tado em Cabinda, Angola, e outro em Vila Pery, Moçam-bique.

Há, ainda, um terceiro mi-litar cujo corpo nunca re-gressou ao país, nem se-

quer se sabe onde estará. Como o seu processo mili-tar está igualmente desapa-recido, Conteiro pediu à câ-mara que o solicite junto do arquivo central do Exército, já que os seus esforços jun-to de outras en� dades, até agora, revelaram-se infru� -feros. “Apesar de ter servi-do tanto no Exército como na Força Aérea (o que é ca-so raro) nem um nem outro parecem saber onde está o seu processo o que torna bastante di� cil saber do lu-gar onde teria sido sepulta-do”, jus� fi cou o munícipe.

Durante a sua interven-ção, na AM, no período de-dicado ao público, José Con-teiro fez um veemente ape-lo à união de todos para que se consiga trazer para a sua terra natal, as ossadas dos militares portomosen-ses mortos no Ultramar.

O an� go sargento-aju-dante da Armada recordou que no ano passado a As-sembleia da República apro-

vou, por unanimidade, uma recomendação ao Gover-no no sen� do de con� nuar a apoiar o trabalho da Liga dos Combatentes na recu-peração de cemitérios e ta-lhões onde estejam sepulta-dos militares nacionais, e de acompanhar e facilitar o re-torno dos seus restos mor-tais para Portugal caso seja esse o desejo das respec� -vas famílias.

Nesse sen� do, José Con-teiro considera que deve haver um envolvimento da

Câmara e da Assembleia Municipal neste projecto, bem como da sociedade em geral, recorrendo-se inclusi-ve aos “bons o� cios” de al-tos dignatários do Estado e das Forças Armadas, co-mo são os casos do minis-tro de Estado e dos Negó-cios Estrangeiros, Luís Ama-do, e do Almirante Vieira Ma� as, an� go chefe de Es-tado Maior da Armada e ac-tual Presidente do Conselho Supremo da Liga dos Com-batentes.

A colocação dos nomes dos militares que ainda não estão no memorial nacio-nal aos mortos do Ultramar é outro objec� vo que quer ver sa� sfeito.

José Conteiro promete, proximamente, apresentar um pequeno historial de ca-da um dos soldados do con-celho mortos no Ultramar e mais dados sobre este perí-odo da nossa História com enquadramento a nível lo-cal.

Sensível a esta causa, o presidente da Assembleia Municipal, Mário Pragosa, convidou o munícipe a re-gressar na próxima sessão para, na qualidade de con-vidado, falar mais longa-mente aos deputados mu-nicipais sobre este tema e propor um texto a ser sub-me� do à aprovação da AM, que dê força ao desejo de repatriamento das ossadas dos portomosenses mortos no Ultramar.

Isidro Bento

◘ Penas entre seis e oito anos de prisão por três dos 15 assaltos

Roubo em São Jorge decisivo na condenação dos cinco arguidos

O roubo à dependência bancária de São Jorge do Fi-nibanco foi o 13.º de uma série de 15 assaltos e foi também o assalto do azar para os cinco arguidos acu-sados de roubos à mão ar-mada, entre Março de 2005 e Agosto de 2008.

O Tribunal Judicial de Por-to de Mós condenou dois dos arguidos, no dia 20 de Dezembro, por três crimes de roubo agravado e deten-ção de arma proibida, com uma pena única de oito anos e três meses, num dos casos, e de oito anos para outro arguido.

Os restantes três argui-dos foram condenados a seis anos de prisão por dois crimes de roubo agravado e assalto à mão armada.

O assalto ao banco de São Jorge foi o décimo tercei-ro e foi a par� r daí que fo-ram interceptadas chama-das telefónicas que permi� -ram fazer a ligação entre os vários elementos e que cul-minaram em buscas e apre-ensões de material em re-sidências e numa garagem usada pelo grupo. Isto por-que num dos telemóveis que foram usados em São Jorge, à hora do assalto, foi

depois introduzido um car-tão pessoal de um dos ar-guidos, o que deu novos da-dos à inves� gação.

Foi apenas pelos três úl� -mos roubos pra� cados (em São Jorge, Lisboa e Sintra) que os arguidos foram con-denados, já que nos primei-ros 12 assaltos, ainda que “possam ter sido os argui-dos” não foi provado com “absoluta certeza” a autoria dos roubos, referiu o presi-dente do colec� vo de juízes, Filipe Rodrigues, durante a leitura do acórdão. Em rela-ção aos úl� mos três assaltos “o tribunal teve certeza que

par� ciparam neles”, referiu o juiz, acrescentando que “na eventualidade de terem pra� cado mais factos, esses fi cam na vossa consciência para o resto da vida”.

Além da pena criminal, os cinco arguidos foram ainda condenados a indemnizar os bancos onde ocorreram os três úl� mos assaltos no montante dos roubos.

A favor dos arguidos pe-sou a inexistência de ante-cedentes criminais, o facto de estarem inseridos em so-ciedade e ainda “a normali-dade” com que tem decor-rido o período em que se

encontram em prisão domi-ciliária sob vigilância elec-trónica.

Os arguidos foram absol-vidos pelos crimes de as-sociação criminosa e fal-sifi cação e mantêm-se as medidas de coação até ao trânsito em julgado da sen-tença.

Uma das advogadas de defesa, Cris� na Pinho, refe-re que vai “ponderar” sobre a apresentação de recurso, no entanto manifestou dú-vidas em relação aos fac-tos que envolveram o úl� -mo assalto.

Patrícia C. Santos

Atropelamento mortal em Porto de Mós

A mulher de 51 anos atropelada mortalmente numa passadeira na Ala-meda D. Afonso Henri-ques, na vila de Porto de Mós, está entre as cinco vitimas mortais regista-das durante a Operação Ano Novo da GNR.

O acidente ocorreu ao fi nal da tarde de sexta-feira, dia 31 de Dezem-bro.

A vitima residia em Pon-te de Sor e dirigia-se para a Nazaré onde iria passar a passagem do ano, jun-to de familiares e amigos. Estacionou o carro para ir a uma casa de banho e ao atravessar a passadeira foi colhida por um veícu-lo conduzido por um ho-mem de 75 anos, residen-te no concelho.

O teste de alcoolemia efectuado pela GNR ao automobilista não acu-sou álcool.

Os Bombeiros Voluntá-rios de Porto de Mós esti-veram no local com uma ambulância, tendo esta-do também uma viatu-ra médica de emergência e reanimação do INEM. Segundo Elisio Pereira o corpo da vítima foi trans-portado para o Gabinete Médico-Legal de Leiria.

Distrito com mais acidentes

A nível nacional, as es-tradas do distrito são as que mais acidentes mor-tais registam nesta altura do ano. Entre quinta-fei-ra, dia 30 de Dezembro de 2010 a 2 de Janeiro de 2011, foram registadas cinco vitimas mortais nas estradas do país, sendo quatro no distrito de Lei-ria, nomeadamente em Porto de Mós, Pombal e Caldas da Rainha.

O balanço fi nal da Operação Ano Novo 2010/2011 da GNR apon-ta para cinco mortos, 12 feridos graves e 227 ligei-ros em todo o país. Os números traduzem uma diminuição face à opera-ção 2009/2010.

Acidentes

Page 7: O Portomosense

-7-

PUB

Rua Serra Frazão, Porto de Mós

(em frente ao notário)

Também na Clínica Médica e Dentária Cruz da Légua

Tel.: 244 482 421

Por Marcação pelo 91 931 49 45

ACUPUNCTURA TRADICIONAL

Victor Lopes

Licenciado e Pós-Graduado em Acupunctura

PUB

PUB

Reciclagem de óleos alimentares ◘

Ecopontos vão recebernovo contentor

A par� r deste mês de Janeiro a população do concelho vai ter ao seu dispor junto dos ecopontos um contentor para óleos alimenta-res usados (OAU). A recolha e tratamento será efectuada pela Biosys-Serviços de Ambiente, Lda ao abrigo de um protocolo assinado com a Câmara Municipal.

Segundo afi rma a engenheira do ambiente, da autarquia, Patricia Carreira, um dos objec� -vos é tornar o recipiente mais acessível a todos. “As pessoas quando levam os resíduos ao eco-ponto podem aproveitar e levar também gar-rafas ou garrafões com os óleos alimentares”.

O objec� vo da autarquia é colocar um con-tentor junto de cada ecoponto existente nas 13 freguesias do concelho.

Cada recipiente com cerca de 12 mil litros de capacidade, torna o depósito mais higiénico ao contrário daquilo que acontecia com os reci-pientes para óleos agrícolas.

Qual é o destino dos OAU?Depois, os OAU são encaminhados para

uma Unidade de Produção de Biodisel, pa-ra serem transformados num combus� vel ecológico.

Além de evitar a contaminação do meio ambiente tem também vantagens econó-micas e traz inúmeros bene� cios do ponto de vista da sustentabilidade.

Este é o único des� no possível para os óleos de cozinha, pois cada litro quando é indevidamente despejado no solo, pode contaminar até 20 mil litros de água.

A reciclagem para produção de biodiesel também auxilia na redução da emissão de gás carbónico, que provoca o efeito estufa.

Iolanda Nunes

◘ Carrinha Troca de Lâmpadas estaciona no concelho

EDP ajuda a economizarA Carrinha EDP Troca de

Lâmpadas irá parar na Cal-varia de Cima, Juncal, Mi-ra de Aire e Porto de Mós, nos dias 13 e 14 de Janei-ro, no âmbito da campanha que percorre o país de Nor-te a Sul.

A inicia� va da EDP Servi-ço Universal oferece quatro lâmpadas economizadoras em troca de quatro lâmpa-das incandescentes.

Basta dirigir-se à carri-nha com as lâmpadas an-� gas, nos locais mencio-nados e preencher um pequeno ques� onário, que será o comprova� vo da troca.

“A acção que termina no fi nal de Janeiro tem como objec� vo a distribuição de 800.000 lâmpadas fl uo-rescentes compactas por todo o país”, refere a no-ta de imprensa.

“Em comparação com incandescentes, as lâmpa-das fl uorescentes compac-tas permitem poupar 80% de energia e podem durar até 8 vezes mais, ajudando assim as famílias a poupa-

rem na sua factura energé-� ca”.

“Ainda segundo a nota enviada, no total da sua vi-da ú� l, esta acção permi� rá poupar a energia equivalen-te àquela que é consumida por mais de 66.000 famí-lias portuguesas num ano inteiro, bem como evitar as

emissões de CO2 equivalen-tes à pegada carbónica anu-al de mais de 9.000 por-tugueses. Os custos ener-gé� cos evitados com esta acção ascendem a mais de 20 milhões de euros”.

Hora e locais onde a carrinha irá estar estacionada

Dia 13 das 10h30 às 18h00

-Mira de Aire – Largo da Igreja-Juncal – Junto ao

Posto Médico e Bom-beiros

Dia 14 das 10h30 às 18h00

-Porto de Mós – Praça Ar-ménio Marques-Calvaria de Cima – Junta de Freguesia

◘ No Tribunal Judicial de Porto de Mós

Acusado de matar homem em Pedreiras julgado no final do mês

Começa no próximo dia 25 de janeiro, no Tribunal de Porto de Mós, o julgamento do individuo, de 29 anos, acusado de ma-tar um homem em Pinhal Verde, Pedrei-ras, no dia 4 de Abril do ano passado. O ar-guido está em prisão preven� va a aguar-dar o julgamento.

O homicídio terá ocorrido após uma dis-cussão por causa do furto de motosserras, tendo o suspeito desferido sete facadas, abandonado o corpo e fugido do local.

Refere o Ministério Público (MP), que o homicídio aconteceu no anexo da casa da ví� ma, de 58 anos, que servia de cozinha ao arguido. Os dois homens ter-se-ão en-volvido numa discussão por causa do ale-gado furto de umas motosserras.

No decurso desta troca acesa de pala-vras, o arguido terá empunhado “uma na-

valha, com uma lâmina de metal com cer-ca de 23 cen� metros” e desferido com ela “sete golpes” no corpo da ví� ma. Em con-sequência das facadas e pancadas, o ho-mem “sofreu várias lesões” que lhe “pro-vocaram necessariamente a morte”, se-gundo adianta o despacho de acusação.

Após as agressões, refere, ainda o MP, o acusado “teve a percepção que havia agredido mortalmente”, tendo “abando-nado o local de seguida” e deixado a ví� -ma “prostrada no chão”. O corpo foi en-contrado, pela GNR, cinco dias após o cri-me e apresentava “sinais de putrefacção avançada”. Na acusação, é referido que o arguido “agiu com o propósito de � rar a vida à ví� ma. A família desta reclama, agora, uma indemnização de 100 mil eu-ros, por danos morais e patrimoniais.

Page 8: O Portomosense

-8-

◘ Especial aniversário

28 ideias para Porto de Mós

Há precisamente 28 anos, foi publicada a primeira edição do Jornal O Portomosense. Há quase três décadas que o jornal conta a história do concelho e das suas gentes. Somos um testemunho do passado, mas também queremos contribuir para o futuro. Nesse sentido, para comemorar o aniversário, o nosso jornal convidou 28 portomosenses a partilhar 28 ideias para Porto de Mós. Mais do ideias, são potenciais contributos para tornar Porto de Mós um concelho melhor. É essa a história que também queremos publicar nas páginas do Portomosense.

Paulo Carreira da Silva(Gestor)

Cada vez mais a questão da competitividade das regi-ões assume uma importância fundamental. Às Câ-

maras Municipais e demais entidades com responsabili-dades na gestão do território é exigido um pensamento estratégico, uma preocupação com o destino económi-co-social da área geográfi ca onde estão inseridas. A ela-boração de documentos estratégicos, de enquadramen-to às revisões dos PDM actualmente em curso, e a can-didatura a certas iniciativas do novo quadro de apoio comunitário (QREN) constituem, inclusive, uma obriga-ção formal.

Para Porto de Mós e seu concelho gostaria que a ela-boração de um Estudo de Enquadramento Estratégico fosse algo mais que uma obrigação formal.

Um documento desta natureza, elaborado por quem sabe, e há gente muito competente para o fazer, discu-tido abertamente com as forças vivas do concelho e im-plementado com vontade férrea pelos nossos políticos, constitui a minha melhor ideia para esta terra. Se não soubermos para onde vamos, difi cilmente chegaremos ao nosso destino.

Sílvia Januário Ribeiro (Empresária)

Penso que a nível geral o concelho está no bom cami-nho, pois está em franco crescimento!

Na minha opinião, o que está a necessitar de um pou-co mais de atenção é o turismo, mais propriamente tu-rismo de natureza. Temos muito para oferecer e assim dinamizar a economia concelhia, mas não há infra-es-truturas para tal.

Penso que deveria de haver um papel mais participa-tivo de parte do município em conjunto com as Juntas de freguesia do concelho, para se criar um plano estra-tégico a longo prazo para explorar este grande potencial que a mãe natureza nos concedeu…

Um à parte... sendo uma afi cionada pelo desporto no geral, quero dar as minhas felicitações ao município pelo trabalho que tem desenvolvido nesta área, ao fazer che-gar junto da população todo o tipo de actividades das mais diversas modalidades, não só ligadas ao futebol!

Claro que há muito mais por fazer em todas as verten-tes, mas tudo ao seu tempo virá, basta dar continuidade ao bom trabalho que se tem desenvolvido!

Samuel Martins(Investigador)

Lançar um projecto de defi nição da visão estratégica de Porto de Mós para 2015-2020, ao nível da econo-

mia, sociedade, cultura, saúde e educação.O projecto fi caria a cargo de uma comissão de Porto-

mosenses actualmente no concelho ou noutros pontos do país ou do mundo.

A refl exão estratégica teria três fases: 1- realizar um diagnóstico analítico dos principais indicadores (por exemplo, evolução do número de dormidas em turis-mo rural nos últimos 5 anos); 2 - defi nir as linhas estraté-gicas para 2020 (por exemplo, apostar no turismo rural como fonte dinamizadora e de projecção); 3 - detalhar um plano de trabalho com objectivos concretos a alcan-çar em datas específi cas (por exemplo, duplicar a oferta de turismo rural até 2014, com detalhe das medidas de atracção de investimento externo e das políticas de ma-rketing).

Finalmente, seria constituído um Conselho Consultivo com indivíduos de relevo (Presidentes de Câmara, em-presários, professores, entre outros), para realização de reuniões de acompanhamento regulares.

Clarisse Louro(Professora universitária)

Porto de Mós precisa de uma ideia-força, consensu-alizada e mobilizadora que sirva de pedra angular a

um plano de desenvolvimento integrado e coerente que mobilize as forças vivas do concelho.

Uma ideia-força que se transforme na imagem de Porto de Mós. Na sua marca!

Uma marca que seja mais que um slogan, que trans-mita a identidade de Porto de Mós, agarrando no que o distingue e que o dote de condições competitivas.

O caminho é estreito: essa ideia-força tem que ser procurada nas suas condições naturais, nos recursos que a mãe-natureza lhe não negou: a pedra e/ou a beleza natural e a sua cultura.

A pedra como ideia de desenvolvimento implica um novo paradigma: uma estratégia de lhe acrescentar va-lor através da transformação industrial, mas também da transformação artística. E da criação de competências empresariais e artísticas em articulação com as institui-ções de ensino da região.

A beleza natural do concelho, aliada a aspectos parti-culares da sua gastronomia, enquadrada numa estraté-gia de desenvolvimento turístico – de um turismo de na-tureza de alta qualidade – pode constituir outra base pa-ra a marca Porto de Mós.

Sara Laureano(Cantora lírica)

Porto de Mós é a minha Vila desde que nasci. Foi num ambiente muito saudável que eu cresci, onde havia

pouco trânsito e permitia que os miúdos brincassem na rua à vontade. Não digo que fosse num ambiente fami-liar, uma vez que as diferenças sociais sempre tiveram o

cuidado de se fazer notar, mas naquela altura pouca ou nenhuma diferença fazia. No entanto, nos dias de hoje percebo que eu nunca fui uma fi lha da terra mas sim fi -lha de retornados.

N’Os Lusíadas a nossa vila entra em grande estilo, a arte desde cedo tomou conta da mesma mas Porto de Mós não toma conta das artes. Sejam elas artesanais se-ja no campo da erudição, deveria ser dada mais impor-tância ao que nasce na terra, porque muita foi já a dinâ-mica que tentei fazer nascer em Porto de Mós e não fui digna de sequer ouvir um não…

Luís Rodrigues(Estudante universitário)

Acredito que o futuro de Porto de Mós (a médio e longo prazo) assenta acima de tudo nas crianças

e jovens do concelho. A Educação é a única alternativa sustentável que o concelho tem de ter para assegurar o seu desenvolvimento e bem-estar da nossa comunida-de. Os responsáveis nesta parte, em particular, o conse-lho geral do novo agrupamento de escolas e o seu direc-tor, bem como o executivo da Câmara Municipal e a As-sembleia Municipal têm que ter uma aposta estratégica forte neste sector.

Essa aposta concretiza-se ao nível das parcerias com instituições de ensino superior e empresas, em melhorar as instalações de ensino e melhorar o apoio social, não cometendo o erro de o fazer de forma isolada, mas com o envolvimento da comunidade e em particular o das empresas da região Centro.

Alcançando a motivação e inspiração dos jovens e o apoio das suas famílias temos o garante do desenvolvi-mento que será tanto maior quanto maior for a nossa ambição e capacidade de sacrifício neste sector.

Mário Januário(Gestor tributário)

Nunca haverá vento favorável ao marinheiro que não sabe o porto para onde vai.

Podemos pensar Porto de Mós como um concelho que dê aos cidadãos mais gosto em trabalhar, passe-ar ou viver através de acções e projectos concretos: que se eduquem as pessoas na preservação do ambiente; que se transformem terrenos aráveis em hortas biológi-cas; que se promova a micro olivicultura, transforman-do olivais degradados em jardins de oliveiras; que se re-qualifi quem os espaços públicos abandonados; se trans-formem as ruínas, em sítios bonitos, onde dê gosto ir, pernoitar, habitar; que se promova o turismo rural, de natureza e os eventos ligados ao ambiente e à gastrono-mia concelhia; que se explique às pessoas, empregadas e sobretudo desempregadas, o que se está a passar pe-la Europa e pelo mundo, no meio desta grave e duradou-ra crise.

Só a alteração profunda do sector primário e dos ser-viços associados, através de pequenas empresas, ajuda-

Page 9: O Portomosense

-9-

◘ Especial aniversário

28 ideias para Porto de Mós

rá a tornar Porto de Mós num sítio onde dê mais gosto viver.

Importa que as ideias constem dum plano estratégi-co e a sua concretização num plano operacional, com a descrição de acções concretas.

Não podemos mudar o vento, mas podemos ajustar as velas para chegarmos ao porto onde queremos ir.

José Alves(Padre)

O concelho de Porto de Mós é um concelho que tem imensas possibilidades no desenvolvimento econó-

mico e industrial. Apesar dos tempos de crise que se vi-vem.

No campo humano e social que mais me diz respeito, a minha ideia é apostar no desenvolvimento familiar.

Nos tempos modernos que vivemos, uma das reali-dades que se foi perdendo foi o sentido de família. Este conceito de família não se refere só a laços de sangue e/ou à família nuclear - tradicional. Neste caso quero apre-sentar a família como o epicentro de vida de um grupo de pessoas unidas, ou não, por laços de sangue mas que promovem entre si a união de esforços para um objecti-vo comum que é o bem de todos.

Luís Carloto Marques(Engenheiro Agro-fl orestal)

Entendi adequado fazer uma retrospectiva, recorren-do à memória e que as páginas do jornal O Portomo-

sense testemunham. A primeira conclusão que me ad-vém é que o concelho soube vencer as assimetrias que o caracterizavam.

A natureza moldou-nos assim, entre a serra, farta em pedras, escassa em terra arável e água e os solos gene-rosos da bacia do Lena onde a abundância de água fez a agricultura prosperar. Laboriosos autarcas, e aqui re-cordo José da Silva Catarino, transformaram carreiros em estradas. Onde a candeia a petróleo alumiava a noi-te, estenderam-se fi os com energia eléctrica. A água po-tável está disponível para todos. Nenhuma criança é for-çada a migrar com dez anos para continuar a estudar.

O vento que nos percorre ilumina as grandes cidades, onde nos passeios as pedras podem testemunhar o nos-so engenho. Nas residências portuguesas, o barro mol-dado na forma de telha ou de tijolo têm o carimbo de Porto de Mós. As grutas, uma das maravilhas naturais, demonstram que o turismo é uma fi leira para o futuro.

Porto de Mós, mercê de um conjunto de circunstân-cias, onde se evidenciam os empreendedores e a inova-ção empresarial são a garantia que os tempos conturba-dos que vivemos são desafi os que vamos vencer e não uma fatalidade.

Armindo Vieira(Jornalista)

É necessário colocar Porto de Mós no mapa e, há mui-to tempo que se diz isso. Mas, que fazer para que tal

aconteça?Primeiro, é preciso que haja vontade por parte dos

responsáveis. Segundo, é preciso analisar as potenciali-dades de Porto de Mós.

Não se pode olhar só para o Castelo, para o Centro de Interpretação da Batalha de Aljubarrota ou para as Gru-tas de Mira de Aire. Porto de Mós tem muito mais.

Deve olhar-se também, para o turismo da natureza, pois grande parte do concelho está inserido no Parque Natural das Serras de Aire e Candeeiros, um dos mais belos Parques Naturais.

Fôrnea de Alcaria, lagoas de Arrimal e Alvados, gru-tas de Mira de Aire, Alvados e Santo António, o polje de Mira-Minde e, para além de tudo isso, as magnífi cas pai-sagens serranas que proporcionam belos passeios ao ar livre, onde os aromas das plantas selvagens se confun-dem com o verde da paisagem.

Depois, há que juntar tudo isso ao passado histórico-cultural que, felizmente também há no nosso concelho.

Por isso, é urgente reestruturar e reinstalar o museu e criar um bom roteiro do concelho.

Também é preciso haver a tal vontade e fazer algum investimento.

Margarida Cordeiro(Professora)

O desenvolvimento de um concelho, ou de uma área, está condicionado à motivação dos seus habitan-

tes. Pode-mos ter tudo à nossa volta mas se nada fi zer-mos, não vamos longe. Temos a vantagem de viver num concelho de uma beleza natural inconfundível. Devemos então aproveitar essa beleza e divulgar turisticamente o nosso conselho. Continuo a acreditar que podemos ir longe em todos os níveis, mas em particular a nível tu-rístico. Vamos trabalhar em equipa, pois só assim conse-guiremos alcançar esse patamar.

Dulce Custódio(Sócio-Gerente de empresa de produtos alimentares)

Num futuro próximo, é preciso melhorar mais do que as infra-estruturas em Porto de Mós. Na minha opi-

nião, é preciso melhorar o nível de entrega e de partici-pação dos Portomosenses na sua terra. É urgente que as pessoas saiam da sua zona de conforto e participem mais activamente na vida do concelho. Os eventos na

área da cultura e no desporto, têm sempre “as mesmas caras” quer na organização, quer na participação. Há as-sociações em risco de fechar as portas por falta de só-cios activos. E depois, todos apontam o dedo à falta de dinamismo da vila, “não há isto, não há aquilo”. Afi nal, para que é que pedimos uma casa se não temos quem lá viva? Para dizer que temos?

Nos próximos anos, que não se avizinham de fartura monetária, devemos todos experimentar dar um pouco mais… de Nós.

Luís Matias(Gestor hospitalar)

Neste início de 2011, para a minha terra do coração, que coloco no centro do mundo, algumas ideias de

lugar-comum que gostaria de ver acontecer:1. Um urbanismo sustentável, em todo o conce-

lho, que não desvirtue a maravilhosa paisagem.2. Um entendimento total entre as populações, o

PNSAC e a Câmara Municipal, que salvaguarde os inte-resses de todas as partes, tendo o ambiente como pano de fundo.

3. Um inventário exaustivo do património degra-dado (sobretudo casas antigas e capelas), e um plano de recuperação, com incentivos sustentáveis.

4. Inventário da pobreza em todo o Concelho, in-tervenção imediato nas situações críticas, constituição de um observatório permanente, intra e supra institu-cional.

5. Publicação de uma agenda cultural concelhia, que integre todas as actividades de todas as colectivida-des, com divulgação alargada por todos os meios, e in-clusão em outras agendas regionais. A Agenda poderá sugerir a coordenação de actividades (datas) e sugerir outras actividades.

6. O Município assumir mais protagonismo no contexto do PNSAC, impondo-se por boas ideias, por melhor conhecimento da realidade, por deter uma pre-ciosa parte do território.

Pedro Santos(Engenheiro)

A primeira ideia que me ocorreu foi agradecer o convi-te e saudar os 28 anos de O Portomosense. Terá ti-

do, nestas décadas, períodos bons e outros menos, con-tudo, o seu carácter cooperativo e associativo aliado à complementaridade da rádio, confere-lhe, potencial-mente, uma independência e pluralidade que fazem da CINCUP uma mais-valia do nosso concelho.

Quanto às ideias que me pediram, a tentação, ou até mesmo a presunção, seria de enunciar algo de novo, nunca antes pensado, um evento, uma fórmula, uma receita para o nosso concelho. Talvez em tempos idos, mais novo, terei ido por aí. Hoje não. Muito se diz mal e pouco se acrescenta. Viajo um pouco, gosto mais de re-gressar do que partir. Vi, na nossa ditosa Europa, tantos sítios mais desorganizados e desarrumados, estive nou-

Page 10: O Portomosense

-10-

◘ Especial aniversário

28 ideias para Porto de Mós

Há precisamente 28 anos, foi publicada a primeira edição do Jornal O Portomosense. Há quase três décadas que o jornal conta a história do concelho e das suas gentes. Somos um testemunho do passado, mas também queremos contribuir para o futuro. Nesse sentido, para comemorar o aniversário, o nosso jornal convidou 28 portomosenses a partilhar 28 ideias para Porto de Mós. Mais do ideias, são potenciais contributos para tornar Porto de Mós um concelho melhor. É essa a história que também queremos publicar nas páginas do Portomosense.

tros tantos, mais “civilizados” ou “evoluídos”, como gos-tamos de dizer, onde me cruzei com pessoas cuja frieza não invejo.

Nestes tempos difíceis, onde certas queixas são, à luz de muitas situações, indecentes, sei que iremos dar a volta por cima, já cruzamos outras difi culdades. Espero que o saibamos fazer com a solidariedade que todos de-vemos a todos. É isso que desejo para meu concelho e a minha terra.

António José Teixeira(Historiador)

Num ano em que as difi culdades sociais têm tendên-cia a agravar-se, cabe a todos nós, em especial aos

autarcas e entidades públicas e privadas de solidarieda-de, tudo fazer para que o fosso entre os mais e menos favorecidos, não se transforme num lamaçal de vergo-nha social para o concelho.

Por outro lado, cerca de 75% do território está inseri-do no Maciço Calcário Estremenho, cujo aspecto mais paradigmático reside na escassez de água à superfície e na sua abundância ao longo do seu lençol freático que se desenvolve numa complexa rede de canais. Cria-se pois, uma teia de respostas culturais das gentes portomo-senses. Tudo numa contínua ânsia de armazenagem de águas pluviais, ajudando a moldar a paisagem e geran-do um extenso património que se deve preservar, mas também descobrir através das novas formas de ócio cul-tural.

Actividades de geoturismo e de dinamização do patri-mónio natural e cultural, devem ser formas de divulgar esta herança e de contribuir para uma economia asso-ciada ao turismo cultural e ambiental da nossa Terra.

Eurico Bento(Programador e Designer)

Antes de mais gostaria de congratular o Jornal O Por-tomosense pelos seus 28 anos ao serviço do conce-

lho e da sua população.Pode-se inovar com ideias mais simples ou comple-

xas, mas as ideias obrigam-nos a refl ectir e sobretudo a ter coragem para executá-las.

No contexto económico-social de hoje verifi camos que muitas das ideias de ontem deixam de fazer sentido hoje. O que leva a que ideias inovadoras sejam cada vez mais procuradas.

Um Centro Tecnológico e de Comunicação, pode ser uma incubadora de mais ideias, interpretadas e agen-ciadas por entidades, jovens licenciados, universidades, empresas e populações. Um parque empresarial parti-lhado permitiria que jovens empreendedores pudessem iniciar actividade.

Este Centro, para além de formar, proporcionava oportunidades aos jovens impedindo que muitos saís-sem para fora do concelho e até do país para ver as su-

as ideias aplicadas. Com certeza que o Concelho, assim como as possíveis

novas empresas veriam não só infra-estruturas para se implementarem, mas também um leque de serviços es-pecializados e localizados para a sua actividade, tornan-do as suas ideias em ideias altamente valorizadas.

Porto de Mós tornar-se ia num Cluster Tecnológico e de Comunicação

Benjamin Gil (Professor)

Vivemos um ciclo em que a sociedade global tende a formatar comportamentos e formas de pensar. Ve-

mos padrões de conduta impostos de fora para dentro, onde as pessoas são meros agentes na concretização de ideias estéticas e comportamentais impostas por para-digmas de gosto duvidoso. As formas de expressão cul-tural surgem, assim, como o único espaço de diferença que dão sentido a uma comunidade.

Emerge então a consciência de mobilização e partilha colectivas que, sinceramente, acho que têm um longo caminho a percorrer na nossa comunidade. É fácil atri-buir culpas a poderes políticos e económicos (por vezes também as têm), porque são as evidências mais visíveis da vida em sociedade. Mais difícil é olharmos para nós e reconhecermos a nossa falta de vontade para assumir-mos a nossa essência social e cultural. Também sabe-mos que sem um rumo bem defi nido de apetrechamen-to de infra-estruturas onde os eventos e as partilhas so-ciais se possam efectivar, tudo se torna mais inefi caz.

Torna-se assim impreterível a aposta no caminho da identidade cultural, através da intervenção na escola, manifestações de formas de expressão comunitárias, colectivas ou individuais, em momentos e espaços di-versifi cados.

Liliana Pires(Arquitecta)

“Fazer muito, gastando pouco” é um dos lemas adop-tados pelo recém-criado Gabinete de Arrumação e

Estética do Espaço Público (GAEEP) da autarquia por-tuense. E porque não adoptá-lo (e adaptá-lo) também no concelho de Porto de Mós?

Tal como na nossa casa, também a cidade e a vila têm que ser tratadas com o mesmo carinho e dedicação. Fru-to de actos que degradam a imagem e o ambiente urba-no, falamos de pequenas acções com um custo reduzido, utilizando os serviços da Câmara, como pinturas, limpe-zas, deslocações de mobiliário urbano, conservação dos espaços verdes, colocação de iluminação, reparações e algumas requalifi cações, que contribuem para um lugar mais arrumado e esteticamente mais agradável.

Por exemplo, os contentores do lixo poderão ser re-tirados dos sítios visivelmente indesejados, os passeios alargados, os locais iluminados, espaços esquecidos convertidos em espaços de lazer. Estas poderão ser pe-

quenas acções ao serviço da população, bastando uma coordenação de trabalho entre técnicos e munícipes que se encarregam do levantamento dos locais a intervir e da apresentação de soluções estéticas.

Manuel Ferreira(Agricultor)

Se é verdade que o sonho comanda a vida, como diz o poeta, não é menos verdade que é a realidade que

sustenta esse sonho. É esse horizonte que as instâncias deviam ter começado a seguir e que terão de seguir: vi-ver mais a realidade e menos o sonho.

Olímpia Rosa(Professora)

Em 201, o Ano Europeu do Voluntariado, vamos ter um ano, provavelmente, muito exigente em termos

sociais.Penso que o voluntariado pode ser um bom contribu-

to para o concelho. Se houvesse mais incentivo das pes-soas para acções de intervenção social e comunitário e se as pessoas, de forma mais espontânea ou mais orga-nizadas, através de organizações e associações, pudes-sem contribuir no âmbito de um projecto ou programa, poderia haver maior intervenção junto das pessoas, fa-mílias e comunidade.

O voluntariado é uma forma de ser e estar e que podia ter intervenção junto das pessoas para melhorar o bem-estar e qualidade de vida das pessoas. Essa interven-ção em regime de voluntariado consegue maior partici-pação e envolvimento. No concelho já há iniciativas do género, mas era importante lançar o apelo a uma maior participação.

Nesta fase é importante pensarmos em valores como a solidariedade de forma mais consistente e o volunta-riado poderia ajudar.

António Manuel(Técnico de pneus)

A zona do Planalto de Santo António sofre neste mo-mento a ameaça da desertifi cação. Está a haver

uma saída quase massiva de jovens, porque não se per-mite nova construção. Era necessária uma intervenção da câmara municipal e das entidades que geram o Par-que Natural das Serras de Aire e Candeeiros para que este problema pudesse ser solucionado.

Assistimos a um envelhecimento da população, no entanto, não temos uma retaguarda de protecção so-cial para os mais velhos. Temos o projecto de centro de

Page 11: O Portomosense

-11-

◘ Especial aniversário

28 ideias para Porto de Mós

dia, mas sem funcionar em pleno. Olhando para regiões e concelhos limítrofes, sentimos que a zona da serra es-tá a ser discriminada e penso que as forças vivas não es-tão a intervir para procurar uma solução.

António Ribeiro Amado(Técnico de contas)

Uma das primeiras medidas seria a conclusão do Pla-no Director Municipal, tendo em vista com a direc-

ção do Parque Natural das Serras de Aire e Candeeiros, solucionar os entraves, de que de forma efectiva, são postos na construção na zona da serra.

Uma segunda medida seria a promoção de facilidades a industriais para a sua fi xação da zona industrial de Por-to de Mós.

António Pedroso(Empresário na área de hospedaria)

O que proponho é tornar Porto de Mós num concelho inovador na área do turismo inserido na Natureza.

Uma das ideias poderia ser a criação de um grande la-go entre Alcaria e o Livramento para a época de Verão. Em Alvados, há um vale onde durante alguns meses não há luz solar directa, poderia criar-se aí uma pista de gelo artifi cial, para colmatar a animação durante o Inverno. Estas ideias devem ser desenvolvidas em conjunto com os projectos já existentes no concelho, como é o caso da Ecovia da Bezerra.

Podem ser ideias um pouco arrojadas, no entanto, o intuito é que funcionem como um motor de arranque, aproveitando a envolvente local da região. Com a cria-ção de novos eventos e com estas ideias inovadoras atrairemos mais visitantes, aumenta o investimento e desenvolve-se a economia local

Paulo Amado(Professor )

Pedem-me que escreva sobre Porto de Mós. É o ani-versário de O Portomosense e não vejo como escu-

sar-me a tão amável convite. Afi nal de contas é a minha terra, é aqui que vivo e, como é natural, não me é indife-rente o que aqui acontece. Mas não se pense que é uma tarefa fácil. Acima de tudo porque não gosto do que ve-jo.

Porto de Mós é hoje uma terra bem diferente daquilo que era há trinta anos, sem que se possa dizer que está melhor. Ou que tem qualidade de vida. Décadas de ges-tão autárquica medíocre e sem rasgo desfearam e des-caracterizaram uma vila que tinha tudo para ser uma

das mais bonitas do país. Estão à vista, de resto, alguns traços da antiga beleza.

Mas, como será o futuro desta vila nas mãos de autar-cas sem visão? Como arquitectar o futuro com gente in-capaz de ver além do próprio umbigo? Que esperar de quem não respeita o passado e não entende o presente? Que futuro para Porto de Mós, sem alguém que saiba e queira ver mais longe?

Avelino Ribeiro(Funcionário público)

A actual crise económica deixa-nos pouca ou nenhu-ma margem de manobra para fazer o que quer que

seja e isso afecta tantos os cidadãos como as entidades públicas e privadas, nomeadamente, as autarquias. As-sim, todas as ideias para promover e melhorar os conce-lhos acabam por fi car dependentes da capacidade que ainda restar a cada autarquia de fazer coisas e por aí, sinceramente, não vejo viabilidade para grandes inves-timentos.

Perante este cenário, apelo a todos os responsáveis políticos e autárquicos que de uma vez por todas en-terrem os machadinhos de guerra, ponham de parte os seus interesses pessoais e políticos, dêem as mãos, sen-tem-se à mesa e debatam o futuro da nossa terra. Inven-tariem o que há e o que faz falta e depois pensem no que podem fazer, onde, quando e porquê, que é o que tem faltado entre nós.

Priviligiem o diálogo a bem do concelho.

Hugo Alves(Arquitecto)

Uma boa ideia seria a câmara criar (ou, no caso de já existirem, aumentar) apoios à recuperação de edifí-

cios degradados, à semelhança, aliás, do que já aconte-ce com cidades como Leiria.

Com o sector da construção civil em crise, a reabilita-ção de imóveis degradados pode ser uma alternativa interessante e vir ajudar nalguns problemas, nomeada-mente, constrangimentos à construção em determina-das zonas do concelho e a necessidade de revitalização da zona histórica de Porto de Mós, após as obras de re-qualifi cação de que foi alvo.

A câmara ao incentivar a reabilitação de edifícios em aglomerados urbanos perfeitamente consolidados não necessita fazer tanto investimento em saneamento bá-sico porque à partida são zonas onde a água e os esgo-tos já chegam e ao mesmo tempo está a dar vida ao cen-tro histórico. Depois umas coisas arrastam as outras. Se houver gente, outros quererão instalar-se e a vila ganha com isso

São cada vez mais as autarquias que concedem be-nesses a quem faça a recuperação de casas degradadas, por exemplo, isentando do pagamento do IMI e de ou-

tras taxas e licenças. Há, inclusive, bancos que estão a conceder condições especiais de crédito aos jovens que queiram recuperar casas porque não têm meios para construir ou comprar casa própria.

Filipa Querido(Professora)

Uma agenda cultural do concelho. Seria interessan-te, a população das várias freguesias ter acesso à

divulgação das diversas actividades de índole cultural, religiosa, desportiva e recreativa, realizadas no nosso concelho. Como acontece noutros municípios, é elabo-rada uma agenda cultural do concelho que dá a conhe-cer os eventos que cada Junta de Freguesia e cada co-lectividade leva a efeito, incluindo as sessões de cinema e a actividade da própria Câmara Municipal. Essa mes-ma agenda poderia, igualmente, conter dados informa-tivos importantes, contactos urgentes e moradas das di-versas instituições. É certo que, quinzenalmente, vem publicada uma breve agenda de actividades, no jornal “O Portomosense”; todavia, nem todos os munícipes o recebem e uma boa parte nem o lê regularmente. Uma agenda cultural do concelho – que poderia até começar por ser bimestral ou trimestral – actualizada e distribuí-da gratuitamente ou adquirida por uma quantia simbó-lica, daria um novo fôlego à vida do concelho, com uma maior participação e um maior intercâmbio entre as po-pulações das diferentes freguesias.

Nuno Salgueiro(Gestor)

O concelho de Porto de Mós está integrado numa di-nâmica regional, que é determinante para o seu

desenvolvimento e da qual deverá tirar partido da me-lhor forma, guarnecida pela melhoria de acessibilidades que está a ocorrer, reconhecendo-se áreas de desenvol-vimento futuro em que Porto de Mós deve apostar pa-ra se tornar num Município competitivo: Rendimento e Qualidade de Vida; Tecnologia & Conhecimento; Saúde e Turismo; e Património, onde podem ocorrer projectos, exemplo, como a Criação do Centro Empresarial, (espa-ço multiusos na zona industrial de PM, que combine si-multaneamente a qualifi cação tecnológica e a instala-ção de pequenas empresas tecnológicas ou de serviços), a instalação de um Museu na antiga Central, (referente aos Romanos / Caminhos-de-ferro / à Natureza e Fauna das Serras de Aire e Candeeiros, conciliado com um pó-lo de investigação).

Um Município com uma gestão orientada para o cida-dão, simplifi cando e investindo na modernização, cons-tituindo parcerias e subcontratando serviços, criando economias de escala na economia local e na manuten-ção de emprego indirecto, fomentando uma maior inte-racção com o munícipe e uma democracia participativa.

Page 12: O Portomosense

PUB

◘ Reorganização

Autarquia descentraliza serviços em Juncal e Mira de Aire

Este ano a Câmara Mu-nicipal de Porto de Mós vai lançar, a � tulo experimen-tal, um projecto de descen-tralização de serviços.

João Salgueiro anunciou o projecto, que será imple-mentado no âmbito da re-organização dos serviços, na úl� ma assembleia mu-nicipal. O autarca adiantou que Juncal e Mira de Ai-re serão as freguesias que vão receber, a � tulo expe-rimental, a descentraliza-ção de serviços, duas vezes por semana.

A ideia é poupar tempo aos munícipes. “Nos dias

de hoje, não se compreen-de que se perca meio dia para tratar de um assunto em que se é atendido em cinco minutos”, jus� fi cou João Salgueiro.

Artur José, presidente da Junta de Freguesia de Mi-ra de Aire, congratulou-se com a inicia� va, afi rmando que muitos mirenses são obrigados a vir à sede de concelho tratar dos mais variados assuntos.

A par deste projecto, a autarquia vai apostar no reforço dos serviços “on-li-ne”. Uma exigência que, de resto, se impõe pelos ob-

jec� vos traçados pelo pro-jecto Leiria Região Digital.

Consultar processos de obras ou ter acesso a re-querimentos na página de Internet do município são alguns dos serviços que a autarquia pretende dispo-nibilizar este ano. Op� mi-zar o serviço da equipa de projecto de atendimento ao munícipe é o terceiro grande objec� vo da criação desta estrutura, que não implica aumentar os recur-sos humanos, mas “op� mi-zar os serviços”, garan� u o presidente de câmara.

A reorganização dos ser-

viços da autarquia vai tra-duzir-se numa nova estru-tura organizacional. “Ser funcionário da câmara im-plica mobilidade”, afi rma João Salgueiro, que preten-de melhorar serviços com recurso aos quadros exis-tentes. “A ideia de um fun-cionário se sentar na cadei-ra e 35 anos depois receber a reforma acabou”, alertou o autarca, admi� ndo que a câmara municipal ainda tem “alguns funcionários com alguma relutância em mudar de cadeira”.

Patrícia C. Santos

Autarquia promete mais serviços disponíveis on-line

Praceta requalifi ca espaço degradado

O lixo que se acumulava no Largo de Santo António, em Tojal de Baixo, foi subs� tuído por calçada à portu-guesa e árvores, dando lugar a uma praceta.

A obra só não foi uma “prenda de Natal” porque as condições climatéricas não o permi� ram, mas já es-tá concluída a intervenção que requalifi cou o largo e a zona envolvente.

José Gomes, presidente da Junta de Freguesia de São João Bap� sta, refere que a construção da praceta resulta de um terreno que foi cedido à junta, sob com-promisso do local ser requalifi cado. A criação da pra-ceta representou um inves� mento de 25 mil euros, onde se inclui uma compar� cipação de 10 mil euros da Câmara Municipal de Porto de Mós.

Além do embelezamento da praceta, foi ainda recu-perada a zona envolvente, através de melhoramentos em ruas e muros.

José Gomes mostra-se sa� sfeito com o resultado que permi� u recuperar e embelezar uma zona que se encontrava ao abandono.

PCS

Obras no cemitério continuam em 2011

Criar corredores de acesso a covas, de forma a or-denar o uso do cemitério, é um dos objec� vos da Jun-ta de Freguesia de Arrimal para este ano. O actual ce-mitério está totalmente ocupado, no entanto, há vá-rios anos que foi ampliado. É precisamente no espaço do “novo” cemitério que Manuel Carvalho espera con-seguir inves� r em 2011, depois de no ano passado a junta ter efectuado obras de melhoramento na parte mais an� ga do cemitério.

Em 2010, a junta de freguesia inves� u cerca de 35 mil euros no cemitério, procurando melhoras as condi-ções de acesso e visita. As obras implicaram a repara-ção dos muros, reves� ndo a fachada a pedra e embe-lezando com dois painéis de azulejo, alusivos à morte e ressurreição de Cristo e a colocação de numeração das campas. A porta foi alargada e criada uma ram-pa de acesso. A entrada foi calcetada e foram ainda criadas casas de banho e salas de arrumações para os equipamentos de manutenção do cemitério. Os aces-sos entre campas foram também melhorados. Obras que Manuel Carvalho jus� fi ca com o objec� vo de me-lhorar o acesso das pessoas às sepulturas, mesmo em período de chuva, de forma a evitar a lama que se for-ma. Obras que vêm ainda facilitar a realização dos ser-viços fúnebres, defende o presidente da junta de fre-guesia.

Patrícia C. Santos

◘ ARRIMAL

◘ TOJAL DE BAIXO

Page 13: O Portomosense

◘ Campanha da Tampa dá mais frutos

Cincup oferece mais duas cadeiras de rodas

A campanha de recolha de tampas de plás� co que a Coopera� va de Informação e Cultura de Porto de Mós - Cincup - desenvolve há vá-rios anos deu mais frutos neste início de 2011.

São já 14, no total, as ca-deiras de rodas entregues, numa inicia� va solidária que pretende ajudar a equi-par melhor as ins� tuições da região.

Na passada segunda-fei-ra, 3 de Janeiro, a Cincup

distribuiu duas cadeiras de rodas, em parceria com a loja de material ortopédico Ortomós, de Porto de Mós, aos Bombeiros Voluntários de Minde e ao Posto de So-corro de São Bento, coorde-nado pela corporação dos Bombeiros Voluntários de Mira de Aire.

Para Antório Fresco, pre-sidente da direcção dos BV de Minde, “é sempre uma honra receber equipamen-to que resulta de acções de

solidariedade e que preten-dem ajudar-nos a desempe-nhar melhor o nosso papel”. “Já só � nhamos uma cadei-ra de rodas em fracas con-dições e esta oferta vem re-forçar o material. Com uma população envelhecida, es-tes equipamentos são sem-pre necessários”, referiu António Fresco, há já oito mandatos na presidência de cirecção dos BV de Minde.

Em São Bento, no Posto de Socorro, o adjunto de co-

mando Vitor Niné explicou que “a cadeira de rodas ofe-recida pela Cincup vem col-matar uma falha que � nha-mos, pois não havia cá este equipamento”. “Desta for-ma, o posto de socorro fi ca preparado para poder aju-dar a população, empres-tando a cadeira de rodas a algum popular que necessi-te. É sempre de louvar este � po de inicia� vas e só é pe-na não haver mais gente a fazer o mesmo”, referiu.

A próxima prioridade pa-ra o posto de socorro de São Bento é mesmo “uma ambulância, para conseguir prestar um melhor serviço”.

Esta inicia� va da Cincup fortemente acarinhada pe-las escolas e população em geral, além da componente solidária encerra também uma mensagem (e prá� ca) de protecção do ambiente, já que através da recolha de tampas de plás� co se pre-serva o ambiente direccio-

nando esse material para reciclagem.

A campanha da Tampa está, então, aí para durar e ajudar as causas da soli-dariedade e do ambiente. “Par� cipe”, é o apelo feito pela direcção da Cincup.

Luísa Patrício ◘

◘ Houve uma única lista

Eduardo Amaral na Cincup mais um mandatoEduardo Amaral con� nua

a liderar por mais um man-dato de três anos a Coope-ra� va de Informação e Cul-tura de Porto de Mós – CIN-CUP –, que detém o jornal O Portomosense, a rádio Dom Fuas Fm e a televisão “onli-ne”, Zona Tv.

A reeleição, no passado dia 27 de Dezembro, deu-se numa Assembleia Geral que registou reduzida ade-são por parte dos coope-rantes, o que já é habitual. Só foi apresentada uma úni-ca lista.

Eduardo Amaral, real-ça que neste mandato vai apostar na “redução de cus-tos” e “melhoria da qualida-de e oferta dos serviços”. “Essas mudanças vão en-volver uma reestruturação interna e melhor defi nição dos objec� vos, de forma a cons� tuir uma equipa de trabalho consciente do que os ouvintes querem. Trata-se de nos adequarmos ao

meio onde estamos inseri-dos, até, porque, afi nal, so-mos uma coopera� va local que vive para os seus leito-res e ouvintes”, explicou.

Em termos de adesão às Assembleias Gerais, Eduar-do Amaral interroga-se so-bre as razões desse fracas-so. “Com pessoas nas as-

sembleias, seria mais fácil interagir com o nosso pú-blico. Algo de novo poderia nascer depois de um encon-tro de ideias, de discussões. Infelizmente, falha essa in-teracção”, explicou.

O presidente da Cincup admite que “alguns dos ser-viços ainda não servem uma

parte da população e quer-se colmatar isso”. “Nes-te momento, temos entre mãos mais um desafi o: a mi-cro-frequência que nos leva até localidades como Santa-rém ou Torres Novas. Esta é mais uma aposta da coope-ra� va, que espera alargar o seu público-alvo da rádio”, referiu.

Além disso, Eduardo Ama-ral destaca a vantagem das redes sociais, que são tam-bém uma aposta forte, co-mo é o caso do Facebook. Ferramentas que permitem chegar a mais pessoas e de uma forma imediata, que proporciona outro � po de interacção.

De referir, ainda, que está a ser pensada uma nova pá-gina na Internet para a coo-pera� va, que consiga dispo-nibilizar mais conteúdos, de forma mais apela� va.

Luísa Patrício ◘

PUB

Eduardo Amaral tem mais três anos pela frente na Cincup

Minde estava a precisar de novo equipamento São Bento ainda não dispunha de cadeira de rodas

Page 14: O Portomosense

◘ Alqueidão da Serra

Almoço Solidário de Natal com saldo positivo

O Almoço Solidário de Natal, realizado no dia 19 de Dezembro, excedeu to-das as expecta� vas. Para além de reunir mais de 200 pessoas, conseguiu juntar vários apoios de lojas, em-presas e par� culares, o que permi� u oferecer o almo-ço a cerca de metade dos par� cipantes e ainda jun-tar uma verba des� nada às obras de recuperação da Capela de Nossa Senhora da Tojeirinha.

Como foi no� ciado por “O Portomosense”, a ini-cia� va par� u da Associa-ção Coral Calçada Romana, mas foi abraçada pela Casa do Povo, pela Conferência de S. Vicente de Paulo, pe-la Acção Católica Rural, pe-lo Conselho Económico Pa-roquial e pela Junta de Fre-guesia de Alqueidão da Serra.

O salão da Casa do Povo, decorado com mo� vos na-talícios, onde nem a músi-ca faltou, encheu com mais de duas centenas de pesso-as. Houve casos de famílias inteiras que responderam à chamada e quiseram marcar presença. Foi um momen-to de convívio e de par� lha como há muito o Alqueidão

não assis� a, comentava-se entre os presentes.

A refeição foi prepara-da pelo alqueidoense Chefe Márcio Marto, com a cola-boração da responsável da cozinha do Centro de Dia, Luísa Correia. Foi ainda sor-teado um magnífi co cabaz de Natal, cons� tuído por bens oferecidos por lojas e par� culares.

Após o almoço houve um momento de animação a cargo das Concer� nas da Barrenta. Apesar dos mui-tos compromissos, conse-

guiram um espaço para ofe-recerem um pouco da sua música e boa disposição à comunidade de Alqueidão da Serra.

Depois da música foram servidos coscorões, bolo-rei, café d’avó e chá e a fes-ta prolongou-se até cerca das 16h30.

A ac� vidade, que se pre-tende repe� r em 2011, per-mi� u apurar um saldo posi-� vo de 828,76€, montante que foi, entretanto, entre-gue ao Conselho Económi-co Paroquial de Alqueidão

da Serra a fi m de apoiar as obras de recuperação da Capela de Nossa Senhora da Tojeirinha, que decor-rem a bom ritmo.

O Almoço Solidário de Natal cons� tuiu um exce-lente exemplo de solidarie-dade e de união de esforços de várias en� dades em prol do bem da comunidade. Em 2011 será endereçado a to-das as associações da Fre-guesia um convite para se juntarem à organização.

Jorge Pereira ◘

Seis escolas unidas ◘

Natal Escolar da freguesia de Pedreiras

Organizado pela Junta de Freguesia de Pedrei-ras, em parceria com a Academia Vanda Costa, educadoras, professoras escolares e AEC´S e pes-soal auxiliar, realizou-se dia 11 de Dezembro, a festa de Natal das seis escolas de freguesia que com os 165 alunos presentes, contou com mais de 500 pessoas.

Es� veram presentes em representação da Câ-mara Municipal, o presidente João Salgueiro e a Dra. Anabela Mar� ns, vereadora da Educação.

Usaram da palavra o sr. Presidente da Junta, Ro-gério Vieira, e o sr. Presidente da Câmara. No fi nal, o presidente da Junta apareceu ves� do de Pai Na-tal acompanhado por 4 jovens da freguesia tam-bém ves� dos de Pai e Mãe Natal distribuindo um miminho a todos os pequenos/grandes ar� stas que fi zeram esta maravilhosa festa de Natal.

I.B. ◘

Coros e banda em concerto de reis

A Igreja de São João Baptista recebe um concerto de reis no próximo domingo, dia 9, às 16 horas.

A música vai estar a cargo do Coral vila Forte, Coral Stavaganzza, de Vila Franca de Xira, e Banda Recreati-va Portomosense.

A organização é das juntas de freguesia de São Pedro e São João.

Assembleia-geral extraordinária

A AC-Mós – Associação de Desenvolvimento Comuni-tário de Porto de Mós vai reunir em assembleia-geral ex-traordinária no próximo dia 21 de Janeiro, pelas 20.30 ho-ras, na sede da Junta de Freguesia do Juncal. A ordem de trabalhos passa pela apresentação, discussão e votação da proposta de alteração dos estatutos da associação. Ini-cialmente criada para apoio a defi cientes, a AC-Mós, tem-se dedicado em especial à formação de adultos.

Farm-Line oferece telheiro a António

A Farm-Line, empresa do mercado das construções agro-pecuárias, com sede na Tremoceira (Pedreiras), vai oferecer um telheiro a António, o pastor de Baião que venceu o “reality-show” da TVI, “Casa dos Segre-dos”. Uma infraestrutura para salvaguardar os animais da chuva era, a par do prémio monetário, o grande de-sejo de António; desejo que agora é satisfeito pela em-presa portomosense.

São João AC-Mós “Casa dos Segredos”

A CINCUP agradeceDurante a quadra natalícia, a CINCUP – Cooperativa de Informação e Cultura de Porto de Mós, e os órgãos de informação a que está ligada (O Portomosense, Dom Fuas FM e ZonaTV) receberam votos de Boas Festas das pessoas e entidades a seguir designa-das, a quem, reconhecidos, retribuímos com votos de um excelente 2010.

Lexsegur, Banda Recreativa Portomosense, Pneus 32, Centro Cultural Recreativo de Arrimal, Coral Gaudia Vitae, Forum Cultural de Porto de Mós, ExpoEuropa, Rancho Folclórico Luz dos Candeeiros de Arrimal, João Salgueiro Presidente e Vereação da Câmara Municipal de Porto de Mós, Casema, Fregue-sia de Mendiga, Administração e Colaboradores da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Porto de Mós, Agrupamento de Escolas de Mira de Aire, Clinica Persona,Coral Calçada Romana, Mário Pragosa Presi-dente da Assembleia Municipal de Porto de Mós, IPL, Creche de Pedreiras, Casa Museu João Soares, Revista Invest, Comando Territorial de Leiria da GNR, Nerlei, Centro Novas Oportunidades da Escola Secundária da Batalha, Associação de Radiodifusão, Grutas da Moeda, Oikos, Comando Distrital PSP Leiria, Natureza Brincalhona, Glow Models, Freguesia de Juncal, Deco Santarém, Rancho Folclórico de Pedreiras, Partido Ecologista “Os Verdes”, Municipio de Ourém, Rede Europeia Anti-Pobreza/Portu-gal, Região Turismo Leiria-Fátima, Rancho Folclórico Rosas do Lena, Câmara Municipal de Leiria, Cen-tro Português da Juventude, Grupo Forcados Amadores de Cascais, Academia Vanda Costa, Liga para a Protecção da Natureza, Freguesia Serro Ventoso, Força Area Portuguesa, Câmara Municipal de Mari-nha Grande, O Correio da Linha, Freguesia de Pedreiras, RTP – Teresa Beatriz Abreu e Paula Carvalho, Manuela Barbeiro Segurança Social, Freguesia São Bento, Marco Bispo, António Borges da Cunha, Júlio Vieira, DrLuis Matos, Armindo Vieira, Sérgio Abreu da Silva, Ana Narciso, Rafael Marcelino, José Carlos Sousa Vala, José Batista de Matos, Alpoim Ribeiro, Leontina Oliveira, assinantes do jornal O Portomo-sense que nos visitaram e fizeram o pagamento da sua assinatura anual, ouvintes da Rádio Dom Fuas Fm e visitantes da Zona Tv.

PUB

Page 15: O Portomosense

-15-

O Mundo É Fácil - Aprenda a Viajar com Gonçalo Cadilhe Autor: Gonçalo CadilheEditora: Oficina do LivroEdição: 2010

Desde há cinco anos que as viagens de Gonça-lo Cadilhe apaixonam os leitores. Desta vezo via-jante-escritor português mais popular da actua-lidade apresenta um guia de viagens único e im-prescindível que se vai revelar da maior u� lidade na mala de qualquer turista ou viajante mais, ou menos ousado. Aqui par� lha com o leitor as di-cas para a viagem perfeita e inesquecível. Sozinho ou acompanhado, antes de par� r, durante e no fi -nal da viagem, saiba o que pode encontrar, o que é fundamental levar. Seja por três dias ou seis meses aprenda todos os pormenores sobre a arte de bem viajar. Tranquilo ou radical, aqui ou no Extremo-Oriente, este é o guia que não pode deixar de fazer parte da bagagem da sua próxima viagem.

O Turista Frank Tupelo, um professor de matemá� ca em

viagem pela Europa, é abordado por uma bela mu-lher no comboio entre Paris-Veneza. Elise sedu-lo sem apelo nem agravo, mas o que parece o fl ores-cer de um romance, rapidamente se transforma numa perseguição que escapa ao seu entendimen-to e que envolve simultaneamente a Interpol e um perigoso gangue russo. Um fi lme de Florian Hen-ckel von Donnersmarck, com Angelina Jolie e Jo-hnny Depp nos principais papéis.

Lançamentos 2011

O que há de novo este ano?

Aproveitamos para deixar aqui alguns dos lança-mentos mais esperados em 2011:

- Lady Gaga (na foto) “Born This Way” vai ver a luz do dia no próximo 13 de Fevereiro;- REM “Collapse Into Now” estará disponível em Portugal já neste mês de Janeiro;- Avril Lavigne “Goodbye Lullabye” será lançado dia 8 de Março;

Sem datas nem nomes de álbuns divulgados, é certo que os U2 estão em estúdio, tal como os Ra-diohead, Coldplay, The Strokes e Franz Ferdinand - grupos europeus que prometem novos discos em 2011.

Do outro lado do Atlân� co, dia 8 de Março será o regresso da diva da Pop, Britney Spears, ainda sem nome escolhido para o álbum. Também em estúdio estão já os Paramore, Foo Fighters e Ricky Mar� n.

www.freepik.com

O freepik é um motor de busca de imagens gra-tuito. Neste sí� o pode pesquisar as imagens pelo te-ma que pretende e usa-las em apresentações ou em qualquer outyro suporte que pretenda.

Ler

Ver

Ouvir

Navegar

◘ Coros actuam a convite da junta de freguesia

Alcaria cantou o NatalNo passado dia 5 de De-

zembro, teve lugar em Al-caria um concerto coral de Natal promovido pela junta

de freguesia local.A inicia� va que teve co-

mo palco a Igreja de Nossa Senhora dos Prazeres jun-

tou o Coral “Vila Forte” e o “Charales Chorus” o coro do Centro de Artes e O� cios Roque Gameiro, de Minde.

O espectáculo abriu com o “Vila Forte” que interpre-tou seis peças inspiradas na quadra natalícia. Seguiu-se o coro visitante que se di-vidiu pelo grupo de câmara e o “Charales Chorus” pro-priamente dito, tendo inter-pretado oito peças.

No fi nal, e como é hábi-to, os dois corais juntaram-se para entoar um espiritual negro: “Siyahamba”, tendo o público premiado os gru-pos par� cipantes com for-tes aplausos.

Seguiu-se um lanche-con-vívio no salão paroquial que contou com a animação do Grupo de Cavaquinhos das Pedreiras que encerrou em beleza a tarde de música.

I.B.

Coros cantaram Natal em Alcaria

◘ Coral Calçada Romana

Época natalícia a cantar

Três concertos e uma ac-ção solidária marcaram a quadra natalícia do Coral Calçada Romana, de Alquei-dão da Serra.

Os concertos de Natal ini-ciaram-se no dia 8 de No-vembro, no Centro Hospi-talar de Nossa Senhora da Conceição, nas Brancas (Ba-talha). O coral realizou um pequeno concerto de Na-tal e, de seguida, animou li-turgicamente a eucaris� a da Solenidade da Imacula-da Conceição. Esta inter-venção do coral inseriu-se na festa de Natal do Centro Hospitalar e na cerimónia solene de tomada de posse dos novos órgãos sociais da Santa Casa da Misericórdia da Batalha.

No dia 11, a convite da Câmara Municipal da Mari-nha Grande, o Calçada Ro-mana actuou na Capela de S. Silvestre, na Moita. Pe-rante uma plateia que en-chia o templo, o grupo apre-sentou um programa reche-ado de temas natalícios. Como curiosidade, assina-le-se o facto de o público ser, em grande parte, cons-� tuído por crianças, que as-sim � veram oportunidade de contactar com um � po de música à qual não esta-vam habituadas. Apesar da sua tenra idade e da dura-ção do concerto, foram um excelente público, silencio-so e atento.

No dia seguinte, no Sa-lão da Capela dos Boucei-

ros, teve lugar o XV Concer-to de Natal de Alqueidão da Serra, inserido numa fes-ta de Natal organizada pe-la Junta de Freguesia para toda a população. O Coral Calçada Romana convidou, para esta edição, o ADES-BA Chorus, da Barreira (Lei-ria). Depois de uma breve actuação do coral anfi trião, o ADESBA Chorus, dirigido por Jorge Narciso, deleitou a assistência com vários te-mas clássicos, acompanha-dos a órgão pela maestri-na Rita Pereira e a violino por Vera Stetsenko. No fi -nal do concerto, o Presiden-te da Câmara, João Salguei-ro, elogiou o espectáculo e toda a ac� vidade desenvol-vida ao longo do ano pelo

Coral Calçada Romana que apelidou de “grande embai-xador do Concelho de Porto de Mós”.

Finalmente, a 19 de De-zembro, o Coral envolveu-se na organização do Almo-ço Solidário de Natal, que subs� tuiu o habitual jantar de Natal da associação.

O novo ano começa com várias ac� vidades: concer-tos a 2 e 16 de Janeiro (Ca-nas de Senhorim e Mortá-gua), uma conferência-de-bate com Carvalho da Silva (a primeira de um ciclo de cinco), a 28, e a VI Grande Noite do Fado de Alqueidão da Serra, a 5 de Fevereiro, no salão da Casa do Povo.

Calçada Romana

CIBA e autarquias de Porto de Mós e Batalha promovem semana de actividades

Page 16: O Portomosense

-16-

Maio | Entradas, saídas e visitas

Já ia adiantada a Primavera quando o presidente da República, Cavaco Silva, visitou o grupo Meneses, no âmbito do roteiro para a inovação. Na saída levou ainda um saco de plástico, bio-degradável em seis meses. A cumprir-se a promessa, por esta altura já está desintegrado em solo algarvio....ou alfacinha.Pouco mais tempo que a visita de Cavaco Silva durou a presen-ça de Rui Neves no segundo mandato no executivo socialista.

O vereador anunciou a saída para o Agrupamento de Escolas de Porto de Mós, pro-movendo a entrada de um novo vereador do desporto, Fernando Monteiro. Na onda de mudanças veio também o presidente da junta de freguesia de Calvaria de Cima, Hél-der Paulino, para assessor de João Salgueiro. Menos saída teve o cartão jovem municipal. Instituído em 2007, em Maio tinha havido apenas um pedido, que acabou por caducar sem ser levantado.Em Maio, altura, ainda, para visitar a história do associativismo local, com os Bombeiros Voluntários de Porto de Mós a comemorem 60 anos.

Junho | Mês de festa

Junho em Porto de Mós é sinónimo de festa. Logo a abrir houve semana de educação, que rumou para Mira de Aire, oferecendo uma visita às Grutas de Mira de Aire a todos os alunos do concelho, que por esta altura já marcavam presen-ça na festa das fi nalistas das 7 Maravilhas Naturais de Portu-gal.A crise fez tremer os primeiros dias das Festas de São Pedro, mas contas feitas, as festas concelhias voltaram a trazer enchentes à vila.Junho foi mês também de se pensarem festas futuras. Duas conferências sobre turis-mo de natureza lançaram ideias e olhares sobre as potencialidades dos recursos natu-rais do concelho.

Março | Solene

Durante todo o ano não faltaram notícias sobre as muitas acti-vidades de comemoração dos 450 anos da freguesia do Jun-cal. No entanto, o momento mais solene viveu-se em Março. Uma missa solene, com a presença do Bispo de Leiria-Fáti-ma, Dom António Marto, e uma conferência com o historiador Saul António Gomes marcaram o arranque ofi cial de um ano marcante para o Juncal.

Não teve inauguração solene, mas foi um dos contributos positivos do ano: a abertura do Espaço Social da autarquia e as recolhas de alimentos, que desde a primeira hora ti-veram o apoio dos portomosenses solenemente solidários.Menos bem recebida foi a proposta de revisão das taxas e tarifas da câmara municipal de Porto de Mós que, na primeira versão, apresentava um aumento geral de cerca de 14 por cento no abastecimento de água. A solene importância da água acabou por ditar a revisão em baixa e alguns desses valores na versão fi nal do documento.

Abril | O peso das palavras

As palavras escritas pela ex-vereadora do PSD, Irene Perei-ra, em crónica publicada em O Portomosense, na altura da campanha eleitoral de 2009, valeram-lhe um processo por difamação, movido por João Salgueiro. Irene Pereira aca-bou por ser condenada por difamação agravada. O Tribunal da relação de Coimbra confi rmou a sentença, no entanto, o processo ainda corre.As palavras também endureceram na Fonte de Oleiro e Fonte dos Marcos. Em Abril surgiu uma nova voz de contestação às obras de construção do IC9. Um grupo de mora-dores reclamava a manutenção do traçado da estrada municipal que liga as localidades. Palavras que não tiveram tanto peso como o poder político, que acabou por apresentar outra proposta à Estradas de Portugal.As palavras ganharam por este período um novo peso no Castelo de Porto de Mós, que ensaiou um serviço educativo, onde não faltaram histórias de outros tempos e as vo-zes das crianças do concelho. Houve promessas de continuidade, no entanto, o projec-to, por agora, emudeceu. Palavras de peso foram ainda as de Mário Pragosa, presidente da assembleia municipal, que em entrevista a O Portomosense, nem gaguejou ao afi r-mar que “João Salgueiro é o melhor presidente desde o 25 de Abril”.

Janeiro | Ambiente negativo

O ano começou com uma má notícia para o concelho, em ter-mos económicos. Autarcas lamentaram o chumbo do parque eólico de São Bento. Questões ambientais ditaram a declara-ção negativa aos 52 aerogeradores que estavam previstos pa-ra a zona da serra.Mas não foi apenas o parque eólico a ser motivo de críticas. Também a primeira proposta do Plano de Ordenamento do

PNSAC que previa, entre outras coisas, a extinção das pedreiras de calçada à portugue-sa do Alqueidão da Serra, foi alvo de preocupação, com os deputados municipais a ape-larem à intervenção do governo.O mau ambiente também se instalou na assembleia municipal, com o PSD a questionar a legalidade na acumulação de funções do vice-presidente da autarquia, Albino Janu-ário. Já a deputada Ana Narciso esteve envolvida em alguns períodos de ventania com o presidente João Salgueiro, questionando se o pólo da Cruz da Légua “era necessida-de ou promessa eleitoral”. Do lado da maioria socialista veio uma frente fria de críticas, mas o tempo acabou por dar razão à deputada.Mais uma vez foram as condições ambientais a fazerem soar novamente o alarme na escola da Corredoura. Fortes chuvas voltavam a colocar a nu as fragilidades do edifício.

Fevereiro | A várias velocidades

Foram cinco meses de obras na Ponte de São Pedro, que terminaram no segundo mês do ano. João Salgueiro foi o pri-meiro a deixar o rasto na nova estrada, que entre elogios e reparos, passou no “test drive”. No meio do engarrafamento continuou, e continua, a quere-la entre a junta de freguesia de Alqueidão da Serra e a autar-quia, por causa da divisão da renda do parque eólico. A fre-guesia reclama parte da verba, câmara diz que sim, mas só com luz verde do tribunal.No tribunal de Porto de Mós, a circulação de processos também se faz lentamente. Uma reportagem sobre as condições da casa da justiça revelou milhares de processos pen-dentes e más condições físicas.Quem acelerou em grande velocidade na defesa das empresas da região foi a Nerlei, que elaborou um inquérito que veio confi rmar o que no quotidiano empresarial há muito se sabia: o (mau) serviço da EDP traz muitos prejuízos à economia da região.

marçog

janeiroente João Salgueiro, questionando se o pólo da Comessa eleitora Do lado da maioria socialista veio uma frente fria dempo acabou por dar razão à deputada.a vez foram as condições ambientais a fazerem soar novamente o alaa Corredoura. Fortes chuvas voltavam a colocar a nu as fragilidades do fevereiro

e sabia omi

abrilnde não faltaram histórias de ou

concelho. Houve promessas de continuidade, eceu. Palavras de peso foram ainda as de áriocipal, que em entrevista a O Portomosense, neueiro é o melhor presidente desde o 25 de Ab

maioociat

o de Mós a comemorem 60 anos. junho

Aconteceu Mês a mês, O Portomosense recorda os principais factos que marcaram o ano que passou, perpetuados nas folhas deste jornal.

Page 17: O Portomosense

-17-

Novembro | (Re)nascer

Na prática não muda muito, mas em Novembro o Campo Mili-tar de São Jorge ganhou um novo estatuto, o de monumen-to nacional. Também no Juncal a casa da saúde renasceu me-lhorada. Entra em funcionamento o novo e mais confortável centro de saúde, no local onde antes existiam antigas e degra-dadas instalações.Menos sorte para uma olaria centenária na Moitalina, terra

de barro. Uma olaria com 124 anos e que está em risco de ser demolida.Quem também renasceu na praça pública foi José Ferreira, o antigo presidente da câ-mara municipal de Porto de Mós, que cinco anos depois deu a primeira grande entrevis-ta depois da derrota em 2005.Em Novembro nasceu também em Porto de Mós um novo comendador da ordem de mérito agrícola, comercial e industrial. Artur Meneses foi agraciado por Cavaco Silva com a condecoração. Na culinária, no Luxemburgo nascia um feito inédito para Portugal, com o portomosen-se Samuel Mota na equipa que conseguiu uma classifi cação inédita.

Dezembro | Libertar

Em Dezembro, o Portomosense libertou o espírito de Natal, com duas edições especiais com “dicas”, receitas e histórias sobre a quadra.Pela liberdade luta, ainda, António Bastos, o empresário que viu o Tribunal de Porto de Mós condená-lo a 13 anos de prisão efectiva por ter matado um indivíduo na sua empre-sa, na sequência de um assalto, quando este já estava alge-mado pela GNR. António Bastos vai agora recorrer da sentença no Tribunal da Relação de Coimbra.Libertar o potencial do turismo de natureza é o que pretendem as freguesias de Ser-ro Ventoso, Alvados e Alcaria, que anunciaram a criação de uma associação para desen-volver as freguesias.

Setembro | Maravilha

Setembro foi o mês da consagração de meses de luta porto-mosense para a eleição das Grutas de Mira de Aire como uma das 7 Maravilhas Naturais de Portugal. Foi uma maravilha ver João Salgueiro subir ligeiro e triunfante ao palco dos Açores para receber o tão pretendido prémio e uma maravilha ainda maior ver reconhecido o património local.“Que maravilha” há-de ter pensado também o autarca porto-

mosense quando inaugurou a tão falada Casa Velório de Porto de Mós. As críticas fo-ram esmorecendo à medida que os pilares foram subindo e não houve mais que silêncio ao discurso repleto de recados aos críticos da obra, na hora de cortar a fi ta.Quem também há-de ter pensado “que maravilha” foi Ana Narciso, que meses depois de ter sido criticada por João Salgueiro na assembleia municipal, viu o ministério da Educação dar razão às suas dúvidas, chumbando a construção do pólo escolar da Cruz da Légua.Poderá ser uma maravilha, mas pouco se sabe do Parque Verde em construção na várzea de Porto de Mós. Em Setembro as obras já eram visíveis no terreno, mas pouco se sabia da obra. Actualmente, já de desenham algumas construções, mas a explicação cabal do projecto ainda não chegou aos portomosenses.

Outubro | Nascimentos em dia centenário

Cem anos depois, cem bandas de todo o país tocaram, em si-multâneo, o hino da República. A duocentenária Banda Re-creativa Portomosense e o Coral Vila Forte assinalaram a da-ta em Porto de Mós, onde o destaque foi para Conceição Santa, uma mulher do tempo da monarquia, que após 102 anos de vida hasteou a bandeira republicana.Com a música pronta para a festa, aproveitaram-se os recur-sos com efi cácia fazendo uma dupla inauguração. Primeiro a Praça João Matias, nas traseiras da Igreja de São Pedro, que homenageia o fundador do jornal O Portomosen-se, minutos depois uma réplica do antigo cruzeiro de Porto de Mós, no Largo do Rossio.

Julho | Reconhecimento

Licínio Moreira foi uma fi gura marcante na vida pública por-tomosense e a assembleia municipal decidiu prestar-lhe uma homenagem, atribuindo o seu nome ao salão nobre dos paços do concelho.Também reconhecido foi o trabalho do investigador porto-mosense Samuel Martins, que lhe viu ser atribuído o Prémio Cientifi co IBM. Houve ainda quem reconhecesse o património

da pedra em Arrimal e tenha lançado mãos à obra para a realização do I Simpósio da Pedra, que fez mexer a calma freguesia, com vários artistas a trabalhar a pedra ao vivo.O empenho dos Bombeiros Voluntários de Mira de Aire e junta de freguesia de São Ben-to também foi reconhecido durante a inauguração do Posto de Socorro de São Bento, sob a tutela dos bombeiros mirenses e alimentado por voluntários locais.

Agosto | Férias

Agosto período de férias por excelência foi aproveitado pela rádio Dom Fuas Fm para visitar as praias da região, acom-panhando ao minuto os acontecimentos à beira mar.A pensar nas férias, mas dos visitantes a Porto de Mós, foi apresentando um projecto inovador para a criação de um hotel rural em Alvados. Cooking & Nature é o nome do pro-jecto que deve abrir este ano e que quer aliar os prazeres da literatura, natureza e gastronomia.De férias prolongadas esteve também o processo do muro junto à escola da Cruz da Légua, há dois anos a aguardar reparação. Moradores reclamaram contra o perigo, au-tarquia justifi cou atrasos com um processo em tribunal para apuramento de responsabi-lidades. A reparação chegou ainda antes do fi nal do ano.Quem não teve férias foi o exército português a 14 de Agosto de 1385. O aniversário da Batalha de Aljubarrota voltou a ser celebrado, reavivando a importância da data 625 anos depois. Da mesma forma que as dezenas de pessoas que, anualmente, organizam as festas de São Miguel, no Juncal, vêm o período de descanso ser encurtado para dias intensos de trabalho e festejos.

novembroNa culinária, no Luxemburgo nascia um feito inédito para Portugal, com o portomosen-se Samuel Mota na equipa que conseguiu uma classifi cação inédita. dezembro

setembros sua ruçã

da LéguaPoderá ser uma maravilha, mas pouco se sabe do Parque Verde em construção na várzea de Porto de Mós. Em Setembro as obras já eram visíveis no terreno, mas pouco se sabia da obra. Actualmente, já de desenham algumas construções, mas a explicação outubro

julho agostoo a i

is. Da mesma forma que as dezenas de pessoas que, anualmente, de São Miguel, no Juncal, vêm o período de descanso ser encurtadode trabalho e festejos.

2010em

Page 18: O Portomosense

-18-

O Pelouro da Cultura da autar-quia de Porto de Mós deverá divul-gar na próxima semana o vencedor do 20º. Concurso de Presépios.

É com sa� sfação que o muni-cípio revela que, nesta edição, a mostra de presépios conta com dois exemplares vindos do Brasil, mais precisamente Iguaçu, feitos por pessoas que até nem têm pro-ximidade com Porto de Mós, mas viram o anúncio do concurso na página de Internet do município.

A autarquia recebeu 56 presé-pios, menos 14 do que na edição de 2009, que reuniu 72 obras de arte. De referir que os presépios estão classifi cados em quatro ca-tegorias: Adultos, 1º., 2º. e 3º. Ci-clos e Jardim-de-infância.

Apesar do menor número de presépios, a Câmara está sa� sfeita com os trabalhos vindos do Brasil e espera que no futuro possam sur-gir concorrentes doutras zonas do país e do mundo.

Uma ideia que está já pensada para o próximo ano tem que ver com a divulgação do concurso. Na edição de 2010/2011, o pelouro vai apostar numa divulgação mais alargada, incluindo orgãos de co-municação de âmbito nacional.

Até ao próximo dia 22 de Janei-ro, a mostra de presépios pode ser apreciada no Espaço Jovem, em Porto de Mós.

Luísa Patrício

PUB

6 Janeiro

Concerto de Ano Novo e ReisTeatro José Lúcio da Silva | Leiria | 21h30A Orquestra Filarmonia das beiras e Paulo de Carvalho, dirigidos pelo maestro António Vassalo Lourenço dão corpo ao primeiro concerto do ano no teatro leiriense. Temas alusivos á quadra e grandes canções de Paulo de Carvalho no programa.

15 Janeiro

3 em lua de melTeatro José Lúcio da Silva | Leiria | 21h30Um elenco encabeçado por Marina Mota e Carlos Cunha é por si só garante de gargalhadas numa comé-dia de Henrique Santana e Ribeirinho. Espectáculos a 15 e 16 de Janeiro. No dia 16 sessão extra às 17 horas.

18 Janeiro

Ary o Poeta das CançõesTeatro José Lúcio da Silva | Leiria | 21h30Um tributo a José Ary dos Santos. Um espectáculo por onde passam Canções históricas como Desfolhada, Canção de Madrugar, Lisboa Menina e Moça ou Os Putos, tocadas e cantadas de forma inova-dora, sofi sticada e contem-porânea.

Exposições

XX Concurso de PresépiosEspaço Jovem | Porto de Mós | Até 22 de JaneiroO município voltou a lançar o concurso de presépios e os trabalhos podem agora ser vistos no Espaço Jovem de Porto de Mós, no jardim municipal. A concurso estiveram três categorias infantis e uma de adultos.

Roteiros da inquietação do femininoTeatro José Lúcio da Silva | Leiria | Até 9 de JaneiroAdália Alberto é a autora da exposição que pode ser visitada até domingo, em Leiria.

◘ Sonha regressar à sua terra para reavivar Teatro

Actor do Juncal aventura-se no teatro de revista em Lisboa

Foi em Agosto do ano passa-do que Victor Nascimento mudou completamente de vida ao sair do Juncal para agarrar o desafi o de fazer teatro de revista em Lisboa.

Sempre esteve ligado ao tea-tro, tendo uma ligação ao Teatro Amador do Juncal, e não resis� u à oportunidade que lhe deram no Teatro Maria Vitória.

Tudo aconteceu quando Victor se deslocou aquele teatro à procu-ra de peças para o grupo do Jun-cal. “Foi curioso, porque, o meu modesto discurso parece ter des-pertado a atenção. Terão achado piada à minha maneira de intera-gir e fui convidado, pelo encena-dor Paulo Vasco, a par� cipar num “cas� ng” para um grupo amador, que representa o início de carrei-ra para algumas das ‘estrelas’ que conhecemos do teatro de revista”, explica.

Victor Nascimento reve-la que tem sido uma experiên-cia única e recebe imenso apoio de muitas pessoas. Em De-

zembro passado, foi feito o úl� -mo espectáculo da revista “Olhó Que Chove”, na qual par� cipou, e, até ao fi nal deste mês, vai es-tar a trabalhar numa nova produ-ção, que tem todos os espectácu-los esgotados. Em Fevereiro, além de outros convites que tem rece-

bido, segue-se o projecto “Melo-dias de Sempre”, uma homena-gem aos grandes actores da revis-ta em Portugal.

A viagem pelo mundo da revis-ta, segundo diz, é um desafi o, por-que nunca � nha experimentado esse registo, que incide sobre a

crí� ca social e polí� ca. No entan-to, revela que está a ser “muito in-teressante e trabalho não tem fal-tado”.

A ida para Lisboa foi mesmo uma revolução na vida de Victor. A paixão pelo teatro de revista que agora está a explorar é conci-liada com a profi ssão de professor de Hotelaria, dando aulas de ser-viço de bar e mesa em duas esco-las.

Victor sublinha ao nosso jor-nal que tudo o que está a viver “é uma grande aprendizagem” que quer trazer para a sua terra, o Jun-cal, com o objec� vo de reavivar o teatro. “Espero adquirir uma ‘ba-gagem’ de conhecimentos en-riquecedora que possa ser uma mais-valia quando regressar ao Juncal. Pretendo dar o meu con-tributo ao teatro da minha terra e transmi� r o que estou a apren-der”, concluiu.

Luísa Patrício

◘ Menos presépios nesta edição

Vencedor do Concurso de Presépios conhecido na próxima semana

Vende-seCeifeira de Agricultor

5.000 kg. tipo tractorc/ reboque s/ báscula

Preço 1.600 €

Contactar 244 704 340 (Sr. Manuel)

O

PORTOMOSENSE

há28anosavozdoconcelho

Victor Nascimento (à direita) faz “viagem” pelo mundo da revista

PUB

Page 19: O Portomosense

-19-

PUB

OBRAS PARTICULARES

PROC.N.º 384/2009 - REQUEREN-TE – Letras e Borboletas -Ecoturismo, Lda., requer aprovação do projecto de arquitectura referente à constru-ção de um Hotel Rural, em Lages, freguesia de Alvados.

Deliberado deferir face à justifica-ção apresentada pela autora do projecto.

PEDREIRAS

PROC.N.º 345/2010 - REQUEREN-TE – EDM- Empresa Desenvolvimen-to Mineiro, SA – requer a aprovação do projecto de reabilitação da Pe-dreira Penedos Negros – 1ª Fase, si-ta em Penedos Negros, freguesia Serro Ventoso.

Deliberado aprovar.

DIVERSOS

PEDIDO DE PRORROGAÇÃO DE PRAZO PARA CONSTRUÇÃO DE INS-TALAÇÕES INDUSTRIAIS – ZONA IN-DUSTRIAL DE PORTO DE MÓS – Pre-sente uma carta da firma Henrique Carvalho, Lda., a solicitar a prorro-gação do prazo para construção nas suas instalações industriais no lote 5B da Zona Industrial de Porto de Mós.

Deliberado deferir o pedido, findo o qual não poderá haver nova de-liberação, com a abstenção dos Vereadores do Partido Social-de-mocrata. Não tomaram parte da deliberação os Senhores Vereado-res Albino Pereira Januário e Ana-bela dos Santos Martins que se au-sentaram da sala.

PRORROGAÇÃO DE HORÁRIO DE FUNCIONAMENTO DE ESTABELECI-MENTO – Presente um requerimento do Senhor João Pedro de Carvalho Ribeiro, a solicitar a prorrogação do horário de funcionamento, para o seu estabelecimento denominado “RESTAURANTE / BAR DAS PISCINAS”, sito em Porto de Mós, freguesia de S. Pedro, no sentido do mesmo fun-cionar das dez às quatro horas, pa-ra os dias 3, 4 e 7 de Dezembro de 2010.

Deliberado deferir o pedido para os dias 3, 4 e 7 de Dezembro.

SINALIZAÇÃO DE TRANSITO PARA A FREGUESIA DAS PEDREIRAS – Foi pre-sente uma informação do Senhor Luís Santos, informando que foram recentemente pintadas marcas ro-doviárias que existiam nos Largos Heróis do Ultramar e Dr. Brito Cruz e por forma a resolver algumas si-tuações de incorrecta sinalização rodoviária nesse local, foram colo-cados diversos sinais na localidade das Pedreiras, carecendo os mes-mos da respectiva aprovação por parte do executivo municipal.

Deliberado aprovar.

NOMEAÇÃO DE ELEMENTO REPRE-SENTANTE DA AUTARQUIA NO CON-SELHO GERAL DO AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DE PORTO DE MÓS – Foi presente uma carta do Agrupa-mento de Escolas de Porto de Mós, a solicitar a nomeação de elemen-to representante da Autarquia no conselho geral, deste agrupamen-to.

Deliberado nomear as Vereado-ras Dra. Anabela dos Santos Martins e Dra. Rita Alexandra Sacramento Rosa Cerejo.

REGULAMENTO E TABELA DE TA-XAS E OUTRAS RECEITAS DO MUNI-CIPIO DE PORTO DE MÓS – Delibe-rado aprovar e submeter à aprova-ção da Assembleia Municipal, com as alterações propostas pela Che-fe de Divisão do Licenciamento Ur-bano, Arquitecta Ester Vieira e com a redução do custo das cópias da biblioteca para, por folha A4 – € 0,12 e folha A3- € 0,20.

REGULAMENTO MUNICIPAL DE APOIO AO DESENVOLVIMENTO CUL-TURAL E RECREATIVO DO MUNICI-PIO DE PORTO DE MÓS – Deliberado aprovar e submeter à aprovação da Assembleia Municipal com al-teração do n.º 2 do artigo 17º que passará a ter a seguinte redacção: “A candidatura para este apoio de-verá ser apresentada com antece-dência mínima de um mês, relati-vamente à data pretendida para

utilização do transporte.”Votaram contra os Vereadores

do Partido Social Democrata que apresentaram uma declaração de voto no seguinte teor:

Declaração de Voto“É da responsabilidade de qual-

quer Município implementar e pros-seguir uma política global e coor-denada na área da Cultura. Tem pois, por missão melhorar as con-dições de acesso dos cidadãos à Cultura e, ao mesmo tempo, de-fender e salvaguardar o património cultural, incentivando novas mo-dalidades do seu conhecimento e fruição.

As suas funções e obrigações, traduzem-se, fundamentalmente, numa particular responsabilização no domínio das infra-estruturas in-dispensáveis ao desenvolvimento de uma política cultural coerente, consistente e eficaz, sem prejuízo da obrigação de valorizar a diver-sidade das iniciativas culturais que se desenvolvam na sociedade ci-vil e, de igual modo, de estimular e apoiar a cooperação com o Mo-vimento Associativo, assim como, com agentes privados e com os cidadãos em geral. Deve ainda o Município articular as iniciativas cul-turais dos vários Agentes da Cultura com o seu programa de desenvol-vimento cultural.

O desenvolvimento cultural du-ma comunidade é sem sombra de dúvida uma das apostas mais im-portantes que um Município pode implementar. A Cultura como fac-tor de desenvolvimento económi-co, social e humano. Como instru-mento para a felicidade, como ar-ma para o civismo, como via para o entendimento das pessoas.

Neste contexto, uma alteração do Regulamento de Apoio Cultu-ral do concelho, deveria ser uma oportunidade para alargar a dis-cussão prévia a outras pessoas e entidades, com responsabilidades sociais e culturais. Incluindo o sec-tor privado e empresarial, que per-mitisse encontrar uma nova gera-ção de ideias e propostas, que po-tenciassem um novo paradigma cultural no concelho.

Nada disto foi feito, o novo Regu-lamento, responde apenas a uma única preocupação, agora ex-pressa no Orçamento para 2011, reduzir os apoios às colectivida-des culturais de 150.000,00 €, pa-ra 60.000,00 €. Em boa verdade não se trata duma redução. Quan-do cortamos dum ano para o ou-tro cerca de 60 % num apoio que já era escasso, estamos a contribuir para o encerramento de colectivi-dades e de algumas actividades culturais que eram apesar das mui-tas limitações, fundamentais. Per-cebemos que num Município co-mo o nosso, que não desenvolve nem executa nenhum programa cultural, que se limita a apoiar o que as outras entidades vão fa-zendo, não resista à tentação do mais fácil. Retirar na actividade re-gular para apoiar outras iniciativas, quando os objectivos culturais nun-ca devem ter como primeiro desig-no a quantidade, mas sobretudo devem prosseguir critérios de qua-lidade cultural como factor decisi-vo para o desenvolvimento huma-no dos cidadãos ou da nossa co-munidade.

Assim, só nos resta votar con-tra este Regulamento, ficando na mesma pouco tranquilos com esse voto, porque sabemos que de na-da vai adiantar para travar a fobia do corte em áreas fundamentais que não tinham uma expressão or-çamental superior a 1%, no Orça-mento real, e no orçamento virtual representavam cerca de 0,6%.”

REGULAMENTO MUNICIPAL DA RE-ALIZAÇÃO DE OPERAÇÕES URBANÍS-TICAS DO MUNICÍPIO DE PORTO DE MÓS – Deliberado aprovar e sub-meter à aprovação da Assembleia Municipal com as alterações pro-postas pela Chefe de Divisão de Licenciamento Urbano, Arquitecta Ester Vieira.

APROVAÇÃO DO MODELO DE ES-TRUTURA ORGÂNICA DA CÂMARA MUNICIPAL DE PORTO DE MÓS, NOS TERMOS DO ART.º 6º DO DECRETO – LEI N.º 305/2009, DE 23 DE OUTUBRO

– Deliberado aprovar e submeter à aprovação da Assembleia Munici-pal.

FINANÇAS MUNICIPAIS

TESOURARIA – A Câmara tomou conhecimento do movimento dos fundos, por intermédio do Resumo Diário da Tesouraria.

GRANDES OPÇÕES DO PLANO PA-RA O ANO DE 2011 E ORÇAMEN-TO DA RECEITA E DA DESPESA PARA 2011 – Após discussão foi delibera-do aprovar e submeter à aprova-ção da Assembleia Municipal, com os votos contra dos Vereadores do Partido Social Democrata, que apresentaram uma declaração de voto, no seguinte teor:

Declaração de Voto“O Orçamento e as Grandes Op-

ções do Plano, são dois docu-mentos que se revestem de espe-cial relevância relativamente à im-plementação, controlo e análise da vida económica do concelho. Concordamos inteiramente com esta afirmação inscrita na parte ini-cial do relatório que nos foi entre-gue. No entanto, verificámos que este mesmo relatório é uma cópia do relatório de 2010. Por isso, não compreendemos como é que do-cumentos que se revestem DE ES-PECIAL RELEVÂNCIA SÃO COPIADOS, de uns anos para os outros, como se nada se tivesse alterado no con-celho, no país e no mundo.

Quanto à sua IMPLANTAÇÃO, sen-do esta também muito importante como é afirmado no relatório, não compreendemos como é possí-vel apresentar um orçamento num contexto de crise e de estagnação e/ou retracção de todos os secto-res económicos do concelho, com um desvio em relação à ultima execução orçamental de 2009, na ordem dos 35%. Se comparado com a execução do orçamento de 2010, até ao final de Setembro, mais uma vez somos obrigados a concluir que este Orçamento é VIR-TUAL, porque o seu nível de empo-lamento é de tal ordem que deve-ria fazer reflectir os responsáveis pe-la sua elaboração.

Quanto ao CONTROLO, compre-endemos a intenção, que apesar de boa intenção não passa disso mesmo. Na elaboração dum Or-çamento, seja ele duma câmara, duma empresa, duma instituição ou de outra entidade qualquer, pa-ra podermos ter no mínimo de fia-bilidade no que estamos a fazer, é necessário um conjunto de infor-mação básica. O Orçamento do ano anterior e a sua execução. O Orçamento do ano em curso e a sua execução à data em que es-tamos a efectuar um novo Orça-mento. Nada disto é apresentado em conjunto com estes documen-tos, e para ajudar no controlo os poucos elementos facultados en-fermam de várias disfunções. As-sim, não percebemos como é pos-sível efectuar um CONTROLO sobre um Orçamento VIRTUAL, sem infor-mação suficiente e nalguns casos com disfunções.

Quando estamos na presença dum Orçamento com um grau de empolamento na ordem dos 35 a 40 % ou mais, quando não é tido em conta o grau de execução nos anos anteriores, quando a pouca informação facultada enferma de disfunções, temos muita dificulda-de em levar a sério estes dois do-cumentos. Acresce as previsíveis e habituais seis ou sete alterações ou mais, que se vão processar ao lon-go de 2011.

O Orçamento e as Grandes Op-ções do plano, deveriam ser de facto, dois documentos de espe-cial relevância. Desde logo, ten-do em conta o que é afirmado nas perspectivas para 2011: “O efei-to da crise financeira internacional, depressa convertida numa crise económica de grande dimensão também atingiu significativamente a área do nosso Município”.

Confrontados com esta realida-de, agravada com o grau de incer-teza que se perspectiva para 2011, resolveram os responsáveis pe-la elaboração deste Orçamento e Grande Opções do Plano, não fa-larem com ninguém. Nem com os vereadores eleitos pelo Partido So-

cial Democrata, nem sequer se de-ram ao trabalho de efectuar uma reunião com as Juntas de Fregue-sia. Enquanto em muitos Municí-pios, alguns de maioria socialistas, se aprofunda e estimula a partici-pação dos munícipes na elabora-ção do Orçamento, através dos Or-çamentos Participativos, indo ao encontro das pessoas e das suas necessidades, em Porto de Mós vi-gora outra Lei. Posso, quero e man-do.

Quanto às Grandes Opções do Plano, é sintomático que num ano que se perspectiva com grandes dificuldades, ainda se reduza nu-ma área fundamental como é a ACÇÃO SOCIAL.

Sendo uma área de apoio às pessoas, e tendo presente a con-juntura económica que atravessa-mos, que tudo ainda se vai agra-var mais em 2011, devendo as au-tarquias acompanhar de perto a evolução dos efeitos negativos que tal conjuntura possa trazer, como o aumento do desemprego verifica-do no nosso concelho, e algumas bolsas de fome envergonhada, consideramos que esta área deve-ria ter sido reforçada, em vez da re-dução proposta. No sentido de po-der vir a contemplar um conjunto de medidas de apoio às famílias com mais dificuldades. Sobretu-do famílias em situações económi-ca difícil devido ao desemprego e nomeadamente em casais de de-semprego mútuo e perda do subsí-dio de desemprego.

Na área do SANEAMENTO, sen-do obrigatório que no ano de 2013/2015 o Concelho tenha uma taxa de cobertura muito superior à que existe actualmente, pensamos que deveria ser efectuado um pla-no a quatro anos, reforçando esta área. Começando desde já a pre-parar esse período, de modo a tor-narmos a nossa terra num conce-lho amigo do ambiente. Contem-plando e mais uma vez, apenas a 1ª fase do saneamento em Mira de Aire é um erro estratégico com cus-tos elevados no futuro.

Nas áreas do COMÉRCIO E TURIS-MO, constatando o grau de preo-cupação que impera entre os co-merciantes do nosso concelho, com as poucas lojas que existiam a fechar, e com a única Residen-cial existente na Vila de Porto de Mós com uma taxa de ocupação na ordem dos 30% e em vias de encerrar. Tendo o Concelho as po-tencialidades que tem em termos de Turismo Natural e Histórico, con-sideramos que o valor inscrito é um bom exemplo da importância atri-buída a estas duas áreas, ou seja, pouca, para não dizer, nenhuma.

Na área do DESENVOLVIMENTO ECONOMICO, apenas é contem-plado neste orçamento a 3ª fa-se do Parque Industrial de Porto de Mós, sem estar prevista nenhuma alteração na configuração deste Parque Industrial, em Parque Tec-nológico, Centro de Negócios, ou numa verdadeira Zona de Acolhi-mento de Empresas. Acresce ain-da, o facto dos Parques Industriais do Juncal e de Mira de Aire, serem completamente esquecidos, com todas as limitações e carências existentes nesses Parques. Continu-ando a insistir num modelo de ges-tão destes Parques Industriais do sé-culo passado.

Na área da Educação, continu-amos a fazer investimentos desco-nexos, sem estratégia, sem Plano, sem objectivos claros, tapando e remendando situações que care-ciam dum Plano Global que prepa-rasse o Parque Escolar para os de-safios do futuro. No final deste man-dato, somando o que foi investido no mandato anterior, vamos ultra-passar os 3 Milhões de euros e fica-mos com um dos piores Parques Es-colares do distrito de Leiria.

A redução efectuada nos apoios ao Movimento Associativo, cultu-ral e desportivo, que tem expressão clara neste Orçamento será mais um forte contributo para a estagna-ção do concelho em áreas funda-mentais em termos de desenvolvi-mento social e humano.

Como podemos verificar, este Orçamento e as Grandes Opções do Plano para 2011, são na prática uma cópia dos orçamentos ante-riores que não contribuíram para a

resolução de nenhum dos proble-mas estruturantes do concelho.

Continuando neste caminho, de-lapidando recursos e denotando a falta de estratégica para o futu-ro do concelho, certamente, não resolvemos os nossos problemas, e seremos no futuro um concelho mais pobre e comprometido.

Assim, só nos resta votar contra este Orçamento e as Grandes Op-ções do Plano.

MAPA DE PESSOAL PARA O ANO 2011 – Deliberado aprovar e sub-meter à aprovação da Assembleia Municipal.

COMPARTICIPAÇÃO FINANCEIRA A ATRIBUIR À FREGUESIA DE SERRO VENTOSO – Presente um ofício da Freguesia de Serro Ventoso, a soli-citar uma comparticipação finan-ceira, no valor de dez mil euros, no âmbito do Protocolo de Atribuições às Juntas de Freguesia, destina-da a fazer face às despesas com as obras de remodelação das ins-talações da sede da Junta de Fre-guesia.

Deliberado atribuir o apoio finan-ceiro no montante de dez mil eu-ros.

COMPARTICIPAÇÃO FINANCEIRA A ATRIBUIR AO CENTRO CULTURAL E RE-CREATIVO DO ALQUEIDÃO DA SER-RA – Foi presente uma informação do Vereador do Pelouro do Despor-to, Serviços Municipais e Ambien-te, Senhor Fernando Monteiro, in-formando que face à exposição elaborada pelo Centro Cultural e Recreativo do Alqueidão da Serra, relativamente ao apoio para o 14º passeio de BTT do C.C.R. Alqueidão da Serra – Rota do Sol que decor-reu no dia 23 de Maio 2010, é de deliberar na próxima Reunião de Câmara a atribuição de um apoio no montante de 250,00 € .

Deliberado atribuir duzentos e cin-quenta euros.

SUBSÍDIOS DE LIVROS E MATERIAL ESCOLAR – Foi presente uma in-formação da Vereadora da Edu-cação, Dr.ª Anabela Martins, infor-mando que o executivo deve fixar os valores dos subsídios de livros e material escolar, a atribuir aos alu-nos abrangidos pelos auxílios eco-nómicos e que se encontram a fre-quentar os estabelecimentos de Ensino do 1º Ciclo do Ensino Básico do Concelho de Porto de Mós, no ano lectivo 2009/2010.”

Deliberado concordar com a in-formação e proceder em confor-midade.

DEVIDO À URGÊNCIA, FOI DELIBERADO DISCUTIR OS

SEGUINTES ASSUNTOS:

PROTOCOLO DE COLABORAÇÃO A ESTABELECER ENTRE O MUNICIPIO DE PORTO DE MÓS, O CLUBE DES-PORTIVO RIBEIRENSE E O AGRUPA-MENTO DE ESCOLAS DE PORTO DE MÓS, COM O OBJECTIVO DE TRANS-PORTE DE ALUNOS – RATIFICAÇÃO – Deliberado ratificar.

CONSELHO MUNICIPAL DE EDUCA-ÇÃO – Foi presente uma informa-ção do Senhor Presidente da Câ-mara Municipal, Senhor João Sal-gueiro, informando que nos termos do art.º do Decreto - Lei n.º7/2003 de 15 de Janeiro com as altera-ções através da lei n.º 41/2003 de 22 de Agosto, solicita-se a delibe-ração quanto à ora proposta da constituição do Conselho Munici-pal de Educação devidamente identificado em anexo nos seus re-presentantes.

Deliberado propor à Assembleia Municipal a constituição do Conse-lho Municipal de Educação.

COMPARTICIPAÇÃO FINANCEIRA A ATRIBUIR À ASSOCIAÇÃO DE AMPA-RO FAMILIAR DE MIRA DE AIRE – Pre-sente uma carta da Associação de Amparo Familiar de Mira de Aire a solicitar uma comparticipação fi-nanceira para fazer face aos gas-tos com o Investimento feito com o Sistema Solar Fotovoltaico.

Deliberado atribuir o apoio finan-ceiro no montante de dez mil eu-ros.

COMPARTICIPAÇÃO FINANCEIRA

A ATRIBUIR AO CLUBE DESPORTIVO DE SÃO BENTO – Presente uma car-ta do Clube Desportivo de São Ben-to a solicitar uma comparticipação financeira para fazer face às obras realizadas junto ao campo de fute-bol.

Deliberado atribuir o apoio finan-ceiro no montante de dez mil eu-ros.

RECONHECIMENTO DA DIVIDA À EMPRESA CAIXA GERAL DE DEPO-SITOS – Foi presente uma informa-ção da Coordenadora Técnica, Cristina Carvalho, informando que a factura/Recibo n.º 00000015158 da Caixa Geral de Depósitos, de 31 de Outubro de 2009, no va-lor de 120,00€, relativa à mensali-dade das importâncias cobradas por debito em conta bancária n.º 0657/000174982/30, não foi lança-da nas contas de 2009, pelo que se solicita o reconhecimento da dí-vida.

Deliberado reconhecer a divida à Caixa Geral de Depósitos no mon-tante de cento e vinte euros.

CONSTRUÇÃO DA EXTENSÃO DE SAÚDE DO JUNCAL - TRABALHOS A MENOS – Foi presente uma informa-ção da Técnica Superior, Eng. Mari-na Carreira, informando que no de-correr dos trabalhos da empreitada em epígrafe, surgiram trabalhos a menos que dizem respeito a equi-pamentos sanitários, no valor de € 825,32.

Deliberado aprovar.

CONSTRUÇÃO DA EXTENSÃO DE SAÚDE DO JUNCAL – REVISÃO DE PREÇOS – Foi presente uma infor-mação da Técnica Superior, Eng. Marina Carreira, informando que o cálculo da Revisão de Preços da empreitada designada em epígra-fe está de acordo com o Decre-to-lei n.º 6/2004 de 6 de Janeiro e após realização do mesmo com os índices definitivos, foi apurado o va-lor de 4.555,49 €.

Deliberado aprovar.

FIM DO PERIODO DE DISCUSSÃO PÚBLICA DA ALTERAÇÃO DO PLANO DIRECTOR MUNICIPAL (INSTALAÇÕES DE INFRA-ESTRUTURAS DA PRODU-ÇÃO E TRANSPORTE DE ENERGIA A PARTIR DE FONTES RENOVÁVEIS NA CLASSE DE USOS DO SOLO “ESPAÇO FLORESTAL DE PROTECÇÃO”) E APRO-VAÇÃO PELA ASSEMBLEIA MUNICIPAL - Foi presente uma informação da Técnica Superior, Dra. Helena Oli-veira, informando que o período de discussão pública decorreu entre 29 de Setembro e 11 de Novembro de 2010, não tendo dado entrada na Câmara Municipal de Porto de Mós, qualquer reclamação, obser-vação, sugestão ou pedido de es-clarecimento. Deste modo, a pro-posta de Alteração submetida a discussão pública constitui a versão final, pelo que se propõe ao Execu-tivo Municipal que delibere remeter a Proposta de Alteração do PDM à Assembleia Municipal, para apro-vação, dando, assim, cumprimen-to ao artigo 79º do RJIGT.

Deliberado submeter à aprova-ção da Assembleia Municipal.

ALTERAÇÃO POR ADAPTAÇÃO DO PLANO DIRECTOR MUNICIPAL – Foi presente uma informação da Téc-nica Superior, Dra. Helena Oliveira, informando que deve esta Câmara Municipal proceder à Alteração por Adaptação do PDM, por força da entrada em vigor de um Plano Es-pecial de Ordenamento do Territó-rio cuja área de intervenção abran-ge o território municipal – Plano de Ordenamento do Parque Natu-ral das Serras de Aire e Candeeiros (RCM n.º 57/2010, de 12 de Agosto).

Deliberado submeter à aprova-ção da Assembleia Municipal.

PEDIDO DE DECLARAÇÃO DE IN-VESTIMENTO DE INTERESSE PARA A RE-GIÃO – Presente uma carta da em-presa REVESPERFIL – Perfis e Revesti-mentos, Lda. a solicitar declaração ou cópia da deliberação da As-sembleia Municipal em como o in-vestimento a realizar é de interesse para a região.

Deliberado submeter à aprova-ção da Assembleia Municipal.

Resumo da Acta de Reunião de Câmara nº 23 / 2010

Reunião de 2 de Dezembro de 2010

CONSERVE A SUA TERRA LIMPA

Page 20: O Portomosense

-20-

Agência Funerária

ARMANDO E FILHOS, LDA.- Todos os Serviços Funerários e Documentação

- Exposição de Campas, Bronzes e Fotocerâmicas

Sede: Trav. Mouzinho de Albuquerque, 31(Traseiras da Igreja) - MIRA DE AIRE

Serviço permanente: 244 440 413Armando: 917 209 133 Rui: 919 177 145

PUB PUBPUB

Sede: Rua 5 de Outubro, 13A - 2480-326 PORTO DE MÓS

Telefone permanente 244 402090

Telemóvel 91 9941707-Telef. Escritório 244 491650

AgênciaFunerária de

Alcariade Maria Teresa Fernandes

de Sousa, Lda.

PUB PUB

FALECIMENTO

Adelino da Costa Carreira

Adelino da Costa Carreira faleceu no dia 26 de Dezembro de 2010, no hospi-tal de Santo em Leiria. Tinha 77 anos era residente em Covão de Oles, freguesia de Alqueidão da Serra.Casado com Maria da Costa Carreira.Era pai de Maria da Costa Carreira Rosário, Emília da Costa Carreira, Isa-bel da Costa Carreira, António Manuel da Costa Carreira, Maria de Fátima da Costa Carreira e Sónia Sofia da Costa Carreira.Tinha doze netos.O funeral realizou-se no dia seguinte saíndo da casa velória de Alqueidão da Serra para a igreja paroquial onde foi celebrada missa de corpo presente, seguindo para o cemitério local onde foi a sepultar.A família na impossibilidade de o fazer pessoalmente vem agradecer a todas as pessoas que participaram no funeral ou que de alguma forma manifestaram o seu pesar.

FALECIMENTO

Dionel da Silva Ferreira

Dionel da Silva Ferreira faleceu no dia 25 de Dezembro no hospital de Santo André em Leiria, com 72 anos, era resi-dente em Covões Largos, freguesia de São Bento.Casado com Maria Emília da Silva Fer-reira.Era pai de Raul Manuel da Silva Ferrei-ra e Carina Isabel da Silva Ferreira.Tinha dois netos Carolina Pires Ferrei-ra e Beatriz Pires Ferreira.O funeral realizou-se no dia seguinte saíndo da casa velória de São Bento para a igreja paroquial após a celebra-ção da palavra foi a sepultar no cemi-tério local.A família na impossibilidade de o fazer pessoalmente vem agradecer a todas as pessoas que participaram no funeral ou que de alguma forma manifestaram o seu pesar.

FALECIMENTO

Manuel Vicente Vieira

Manuel Vicente Vieira faleceu no dia 22 de Dezembro. Tinha 89 anos era natural e residente em Alcaria.Casado com Maria Helena Martins.Era pai de Lucília Vieira Rosa e sogro de Luís Rosa.Tinha três netos João, Paula e Ana.O funeral realizou-se no dia seguinte saíndo da casa velória de Alcaria para a igreja paroquial após a celebração da missa de corpo presente foi a sepultar no cemitério local.A família na impossibilidade o fazer pessoalmente vem agradecer a presen-ça de todas as pessoas que participaram no funeral ou que de alguma forma manifestaram o seu pesar.

FALECIMENTO

Maria Fernanda Gonçalves Garcia

Maria Fernanda Gonçalves Garcia fale-ceu no dia 20 de Dezembro de 2010, no hospital de Santo André em Leiria. Tinha 98 anos, era natural da Golegã e residia em Porto de Mós.Era mãe de Fernando Garcia Gonçal-ves dos Santos, já falecidoFoi a sepultar no dia 22 de Dezembro no cemitério da Golegã.A família agradece a todas as pesso-as que participaram no funeral da sua familiar ou que de algum modo mani-festaram o seu pesar.

FALECIMENTO

Maria da Natividade da Silva Santos

Maria da Natividade da Silva Santos fale-ceu no dia 21 de Dezembro de 2010, no hospital de Santo André em Leiria. Tinha 85 anos e era natural de Pedreiras.Era viúva de Joaquim Coelho da Silva Feteira.Tinha cinco filhos, Maria Margarida Santos Feteira, José António Santos Feteira, Nuno Fernando Santos Feteira, Maria da Graça Santos Feteira e João Luís Santos Feteira.O funeral realizou-se no dia 23 de Dezembro com missa de corpo presen-te na igreja de Pedreiras e foi a sepultar no cemitério da freguesia.A família agradece a todas as pessoas que estiveram presentes no funeral da sua familiar ou que de algum modo manifestaram o seu pesar.

FALECIMENTO

Ester da Piedade Carreira

Ester da Piedade Carreira faleceu no dia 13 de Dezembro de 2010. Tinha 91 anos e residia em Corredoura, Porto de Mós.Era viúva de Adelino Ferreira de Jesus.Tinha cinco filhos, Daniel Ferreira de Jesus, Maria de Lurdes Carreira Ferrei-ra, Maria Lisete Carreira Ferreira Ribei-ro, Maria Alzira Carreira Ferreira Pires, Mário Manuel Carreira Ferreira.O funeral realizou-se no dia seguinte com missa de corpo presente na igreja de São Pedro e foi a sepultar no cemité-rio novo de Porto de Mós.A família agradece a todas as pesso-as que estiveram presentes no funeral da sua ente querida ou que de algum modo manifestaram o seu pesar.

FALECIMENTO

Mário Gomes Machado

Mário Gomes Machado faleceu no dia 19 de Dezembro de 2010 no Centro Hospitalar de Coimbra (Covões). Tinha 50 anos e era natural e residente em Juncal.Era pai de Nuno Miguel Macedo Gomes Machado, Vera Lúcia Macedo Gomes Machado e de Mónica Alexandra Mace-do Gomes Machado.O funeral realizou-se no dia seguinte após a celebração religiosa na capela do Bom Sucesso foi a sepultar no cemitério do Tojal.A família na impossibilidade de o fazer pessoalmente vem agradecer a presen-ça de todas as pessoas que participaram no funeral ou que de alguma forma manifestaram o seu pesar.

PARTICIPAÇÃO

Luis Filipe Ribeiro Sebastião

Filipe, 6 longos anos passaram desde que partiste. Todos sentimos a tua falta, habituámo-nos à tua presença nos nos-sos pensamentos, onde permanecerás para sempre. A tua maneira de viver a vida continua a ser uma lição para todos os que te conheceram e que hoje te recordam como o amigo que estava sempre presente quando mais precisa-vam. Os teus irmãos, a tua família e os teus amigos nunca te vão esquecer.Filipe, estarás sempre connosco.

6º Aniversário do seu falecimento dia 16 de Janeiro de 2011

Page 21: O Portomosense

-21-

PUB

O PORTOMOSENSE 6/01/2011 - 8791/680JOÃO JOSÉ DUARTE FERREIRA

Agente de Execução Cédula 2052Tribunal Judicial de Porto de Mós - Processo n.º 1110/06.6TBPMS – 2º Juízo - Execução Comum - Pa-gamento de Quantia Certa - Exequente: Banco Espírito Santo, SA. - Executados: Cláudia Rita Bento Vieira; Fer-nando Manuel Costa Calado; Maria de Lurdes da Encar-nação Bento; Alcides da Costa Vieira.

2ª PUBLICAÇÃOFAZ-SE SABER que, nos autos acima identificados, se

encontra designado o próximo dia 3 de Fevereiro de 2011, pelas 14:00 horas, no Tribunal Judicial da Comar-ca de Porto de Mós, sito na Av. da Liberdade, localida-de e concelho de Porto de Mós, para a abertura de pro-postas, que sejam entregues até esse momento, na se-cretaria do Tribunal, pelos interessados na compra do seguinte BEM IMÓVEL:

Verba Única – Fracção Autónoma, designada pela le-tra P, correspondente ao terceiro andar tardoz direito, para habitação, tipologia T3, com arrecadação no só-tão designada com o n.º 3 e garagem n.º 5 na cave, si-to na Rua das Grutas, freguesia de Mira de Aire, conce-lho de Porto de Mós, inscrito na respectiva matriz sob o artigo n.º 3108 -P e descrito na Conservatória do Re-gisto Predial de Porto de Mós sob a descrição n.º 1910-P, freguesia de Mira de Aire. O bem é propriedade dos executados Cláudia Rita Bento Vieira e Fernando Ma-nuel Costa Calado.

VALOR BASE: 65.000,00€ (sessenta e cinco mil eu-ros). Será aceite a proposta de melhor preço igual ou acima do valor de 45.500,00 € (quarenta e cinco mil e quinhentos euros), correspondente a 70 % do valor ba-se. São fiéis depositários os proprietários do bem, que o devem mostrar a pedido dos interessados.

Das propostas apresentadas deverão os proponen-tes, identificar-se, fazendo constar das mesmas o nome completo, morada, número de bilhete de identidade ou cartão do cidadão e número de contribuinte, em enve-lope selado somente com a indicação na parte exterior do nº de processo e juízo e tribunal correspondente. As propostas remetidas por correio deverão ser enviadas de forma a serem recebidas antes da data e hora agen-dadas. Não serão aceites as propostas que tiverem va-lor inferior ao indicado e aquelas que não se fizerem acompanhar de cheque visado à ordem do Agente de Execução, no valor de 20% do valor base do bem ou garantia bancária no mesmo valor, como caução. Não se encontra pendente oposição à execução, nem à pe-nhora. Foram reclamados créditos.

O Agente de ExecuçãoJoão José Duarte Ferreira

O PORTOMOSENSE 6/01/2011 - 8792/680Tribunal Judicial de Porto de Mós

2° JuízoANÚNCIO

Processo: 1349/10.0TBPMSInterdição / InabilitaçãoN/Referência: 1912924 Data: 03-12-2010Requerente: Lucinda Silva Frazão Elisiário Inho Requerido: Rui Pedro Elisiário Carvalho

Faz-se saber que foi distribuída neste tribunal, a acção de Interdição em que é requerido Rui Pedro Elisiário Carvalho, com domicílio em Beco das Ser-radinhas, n° 155,2485-220 Mira de Aire, presente-mente internado no Centro Hospitalar Psiquiátri-co de Coimbra - Unidade Sobral Cid, sito Rua Antó-nio Augusto Gonçalves, Castelo - Viegas, 3040-714 COIMBRA, para efeito de ser decretada a sua inter-dição por Anomalia Psíquica.

O Juiz de Direito,Dr(a). Bruno Miguel Pinto Lopes

O Oficial de Justiça,Maria do Amparo-Cordeiro

O PORTOMOSENSE 6/01/2011 - 8794/680CARTÓRIO NOTARIAL DE MANUEL

FONTOURA CARNEIRO - PORTO DE MÓSCertifico para fins de publicação, que por escri-

tura de justificação celebrada neste Cartório Nota-rial, no dia vinte e três de Dezembro de dois mil e dez, exarada a folhas cento e vinte e duas do livro de Notas para Escrituras Diversas Duzentos e Vin-te e Dois- A.

EZEQÜIEL SARAGOÇA CALVÁRIO e cônjuge MA-RIA NATALINA CORREIA DOS REIS CALVÁRIO, ca-sados sob o regime da comunhão de adquiridos, naturais da freguesia de Alqueidão da Serra, con-celho de Porto de Mós, lá residentes em Alqueidão da Serra, Porto de Mós, Nifs: 132 980 126 e 133 818 993, declararam:

Que são donos e legítimos possuidores, com ex-clusão de outrem, do prédio rústico, sito em Carrei-ra da Serra, freguesia de Alqueidão da Serra, con-celho de Porto de Mós, composto de mato, com a área de setecentos e sessenta metros quadrados, a confrontar do norte com caminho público, sul e nascente com Amaral Correia dos Reis e de poen-te com Ezequiel Saragoça Calvário, não descrito na Conservatória de Registo Predial de Porto de Mós, inscrito na matriz sob o artigo 388 secção 001 com o valor patrimonial de IMT € 2,30.

Que adquiriram o referido prédio por compra ver-bal a Inofre Carvalho Calvário e mulher Ilda Car-valho da Silva, residentes em Alqueidão da Serra, Porto de Mós, compra essa no ano de mil novecen-tos e oitenta e cinco, já no seu estado de casados.

Não obstante não terem título formal de aquisi-ção do referido prédio, foram eles que sempre o possuíram, desde aquela data até hoje, logo há mais de vinte anos, em nome próprio, defenderam a sua posse, pagaram os respectivos impostos, go-zaram de todas as utilidades por ele proporciona-das, cultivaram-no e colheram os seus frutos, sem-pre com o ânimo de quem exerce direito próprio, sendo reconhecidos como seus donos por toda a gente, posse essa de boa fé, por ignorarem lesar direito alheio, pacífica, porque sem violência, con-tínua e pública, por ser exercida sem interrupção e de modo a ser conhecida por todos os interes-sados.

Tais factos integram a figura jurídica da usuca-pião, que os justificantes invocam, como causa de aquisição do referido prédio, por não poderem comprovar a sua aquisição pelos meios extrajudi-ciais normais.

Cartório Notarial de Manuel Fontoura Carneiro, vinte e três e Dezembro de dois mil e dez.

A Colaboradora com delegação de poderes,Ana Paula Cordeiro Pires de Sousa Mendes

O PORTOMOSENSE 6/01/2011 - 8795/680CARTÓRIO NOTARIAL DE MANUEL

FONTOURA CARNEIRO - PORTO DE MÓSCertifico para fins de publicação, que por escritu-

ra de justificação celebrada neste Cartório Notarial, no dia vinte e três de Dezembro de dois mil e dez, exarada a folhas cento e vinte do livro de Notas pa-ra Escrituras Diversas Duzentos e Vinte e Dois- A.

JOSÉ CARLOS DE JESUS BÉRTOLO e cônjuge MA-RIA SILVINA SARAGOÇA CALVÁRIO BÉRTOLO, ca-sados sob o regime da comunhão de adquiridos, naturais da freguesia de Alqueidão da Serra, con-celho de Porto de Mós, residentes em Colos, Por-to de Mós, Nifs: 160 193 028 e 115 906 053, de-clararam:

Que são donos e legítimos possuidores, com ex-clusão de outrem, dos seguintes bens:

UM - Metade do rústico, sito em Carreira da Ser-ra, freguesia de Alqueidão da Serra, concelho de Porto de Mós, composto de mato e cultura arven-se, com a área de três mil duzentos e oitenta me-tros quadrados, a confrontar do norte com cami-nho público, sul e nascente com José Carlos Gomes Vieira e de poente com José Carlos de Jesus Bér-tolo, não descrito na Conservatória de Registo Pre-dial de Porto de Mós, inscrito na matriz sob o artigo 393 secção 001 com o valor patrimonial correspon-dente à fracção de IMT € 29,09.

DOIS - Dois sextos indivisos do rústico, sito em Vale do Alfaiate, freguesia de Alqueidão da Serra, concelho de Porto de Mós, composto de mato com oliveiras e cultura arvense, com a área de dezas-seis mil e duzentos metros quadrados, a confron-tar do norte com caminho, Abílio Dores Santos e José Carlos Jesus Bértolo, sul com Maria Celeste Conceição Pereira e Isabel Maria da Silva, nascente com Manuel Vieira Pedro, Clotilde da Silva Amado Gabriel e outros e poente com Maria Vieira Pedro, José Carlos de Jesus Bértolo e outros, não descri-to na Conservatória de Registo Predial de Porto de Mós, inscrito na matriz sob o artigo 416 secção 001 com o valor patrimonial correspondente à fracção de IMT € 227,12.

Que adquiriram os referidos direitos nos prédios por compra verbal a Américo Vieira Real e mulher Francelina de Jesus Vieira, residentes em Zambu-jal, Alqueidão da Serra, Porto de Mós (quanto ao prédio referido em um) e por compra verbal a José Carlos Matos Carvalho e mulher Maria Regina Sa-ragoça Calvário Carvalho e a Guilhermina Calvário, solteira, maior, residentes no Alqueidão da Serra, (quanto ao prédio referido em dois), compras essas no ano de mil novecentos e oitenta e cinco, já no seu estado de casados.

Não obstante não terem título formal de aquisi-ção dos referidos direitos nos prédios, foram eles que sempre os possuíram, em compropriedade, desde aquela data até hoje, logo há mais de vinte anos, em nome próprio, defenderam a sua posse, pagaram os respectivos impostos, gozaram de to-das as utilidades por eles proporcionadas, cultiva-ram-nos e colheram os seus frutos, sempre com o ânimo de quem exerce direito próprio, sendo reco-nhecidos como seus donos por toda a gente, posse essa de boa fé, por ignorarem lesar direito alheio, pacífica, porque sem violência, contínua e pública, por ser exercida sem interrupção e de modo a ser conhecida por todos os interessados.

Tais factos integram a figura jurídica da usuca-pião, que os justificantes invocam, como causa de aquisição dos referidos prédios, por não poderem comprovar a sua aquisição pelos meios extrajudi-ciais normais.

Cartório Notarial de Manuel Fontoura Carneiro, vinte e três e Dezembro de dois mil e dez.

A Colaboradora com delegação de poderes,Ana Paula Cordeiro Pires de Sousa Mendes

Confraria de São Miguel Arcanjo

CONVOCATÓRIA

Nos termos dos estatutos da Confraria de S. Miguel Arcanjo, convoco uma Assembleia-ge-ral Extraordinária a realizar no próximo dia 16 de Janeiro pelas 15 Horas no salão da Cape-la de S. Miguel com a seguinte ordem de tra-balhos:

1 – Elaboração do plano de actividades e or-çamento para 2011

2 – Apreciação das contas de gerência e rela-tório de actividades do ano de 2010

3 – Eleição dos novos corpos gerentes para o triénio 2011/2013

4 – Outros assuntos de interesse para a Con-fraria

Observações: - Se à hora marcada não se encontrarem

presentes a maioria dos confrades, a Assem-bleia iniciar-se-á às 15H.30 com o nº de con-frades presentes.

- As listas deverão ser apresentadas até uma hora antes do início da reunião

Porto de Mós, 9 de Dezembro de 2010

O Presidente da Mesa da AssembleiaDr. José Maria Oliveira Ferreira

O PORTOMOSENSE 6/01/2011 - 8793/680JOÃO JOSÉ DUARTE FERREIRA

Agente de Execução Cédula 2052Tribunal Judicial de Porto de Mós - Processo n.º 974/05.5TBPMS - 2º JuízoExecução Comum - Pagamento de Quantia Certa - Exe-quente: Atlantis Investiments, STC, SA.Executados: Vítor Manuel da Encarnação Ricardo e He-lena Isabel Pereira da Silva Ricardo

1º ANÚNCIOFAZ-SE SABER que, nos autos acima identificados, se

encontra designado o próximo dia 17 de Fevereiro de 2011, pelas 14:00 horas, no Tribunal Judicial da Comar-ca de Porto de Mós, sito no Av. da Liberdade, Porto de Mós, para a abertura de propostas, que sejam entre-gues até esse momento, na secretaria do Tribunal, pe-los interessados na compra do seguinte BEM IMÓVEL:

Verba Única – Prédio Urbano, composto de casa de R/C e páteo para habitação, com a área total de 270 m2, sendo a área coberta de 230m2 e a área desco-berta de 40m2, sito na Rua do Painel, Casais de além, freguesia da Calvaria de Cima, concelho de Porto de Mós, inscrito na respectiva matriz sob o artigo urbano n.º 1927 e descrito na Conservatória do Registo Pre-dial de Porto de Mós sob a descrição n.º 1617, fregue-sia da Calvaria de Cima. O bem é propriedade dos exe-cutados.

VALOR BASE: 45.000,00€ (quarenta e cinco mil eu-ros). Será aceite a proposta de melhor preço igual ou acima do valor de 31.500,00 € (trinta e um mil e qui-nhentos euros), correspondente a 70 % do valor base. São fiéis depositários os executados que o devem mos-trar a pedido dos interessados.

Das propostas apresentadas deverão os proponen-tes, identificar-se, fazendo constar das mesmas o nome completo, morada, número de bilhete de identidade ou cartão do cidadão e número de contribuinte, em enve-lope selado somente com a indicação na parte exterior do nº de processo e juízo e tribunal correspondente. As propostas remetidas por correio deverão ser enviadas de forma a serem recebidas antes da data e hora agen-dadas. Não serão aceites as propostas que tiverem va-lor inferior ao indicado e aquelas que não se fizerem acompanhar de cheque visado à ordem do Agente de Execução, no valor de 20% do valor base do bem ou garantia bancária no mesmo valor, como caução. Não se encontra pendente oposição à execução, nem à pe-nhora. Foram reclamados créditos.

O Agente de ExecuçãoJoão José Duarte Ferreira

O PORTOMOSENSE 6/01/2011 - 8796/680

ANÚNCIOCONSULTA PÚBLICA

AVALIAÇÃO DE IMPACTE AMBIENTAL1ª PUBLICAÇÃO

Projecto: Pedreira da Eira da MorgadaLocalização: Freguesia de Serro Ventoso, Concelho Porto de Mós, Distrito de LeiriaProponente: Rei do Calcário - Sociedade Extracti-va. Lda,Entidade Licenciadora: Direcção Regional de Econo-mia do CentroEnquadramento: O projecto está sujeito a Avaliação de Impacte Ambiental, nos termos da alíneaa) do ponto 2, do Anexo II, do Decreto-Lei n.º 197/2005, de 8 de Novembro.

Nos termos e para efeitos do preceituado no n.° 2 do art. 14.° e nos art.s 24°, 25-° e 26.° do Decre-to-Lei n,° 197/2005. de 8 de Novembro, a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro, enquanto Autoridade de Avaliação de Im-pacte Ambiental, informa que o Estudo de Impacte Ambiental, incluindo o Resumo Não Técnico, se en-contra disponível para Consulta Pública, durante 25 dias úteis, de 31 de Dezembro de 2010 a 3 de Feve-reiro de 2011, nos seguintes locais:

• Agência Portuguesa do AmbienteRua da Murgueira. n.° 9/9A, Zambujal, Apartado

7585.2611- 865 Amadora;• Comissão de Coordenação e DesenvolvimentoRegional do Centro Rua Bernardim Ribeiro, nº 80, 3000-069 Coimbra;• Câmara Municipal de Porto de MósPraça da República, 2480-851 Porto de MósO Resumo Não Técnico, encontra-se, também, dis-

ponível na Internet (www.ccdrc.pt) podendo, ainda, ser consultado, em suporte de papel, na Junta de Freguesia de Serro Ventoso. No âmbito do processo de Consulta Pública serão consideradas e aprecia-das, todas as exposições apresentadas por escrito, desde que relacionadas especificamente com o pro-jecto em avaliação. As exposições deverão ser diri-gidas ao Presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro, na Rua Ber-nardim Ribeiro, n.º 80. 3000-069 COIMBRA, até à data do termo da Consulta Pública.

O licenciamento (ou a autorização) do projecto só poderá ser concedido após Declaração de Impacte Ambiental Favorável, ou Condicionalmente Favorá-vel ou decorrido o prazo para a sua emissão.

A Declaração de Impacte Ambiental deverá ser emitida pelo Secretário de Estado do Ambiente,

até 14/04/2011. Coimbra, 27 Dezembro de 2010

A Vice-PresidenteDra. Ana Maria Martins Sousa

WWW

CINCUP.PTO SEU PORTAL DE NOTÍCIAS

O PORTOMOSENSE 6/01/2011 - 8797/680MANUELA TROVÃO Agente de ExecuçãoCédula Profissional: 36391º- ANUNCIO DE VENDA

N.° do Processo: 1584/08.0TBPMSPorto de Mós - Tribunal Judicial -1° JuízoExequente:BATALHACAR COMERCIO DE AUTOMÓ-VEIS LDAExecutado:JOAQUIM DA SILVA MOREIRAValor:3.897,33 €Referencia interna:PE/241/2008

MANUELA TROVÃO, Agente de Execução, titular da cédula profissional 3639, com escritório principal na Rua Infante D. Fernando, Lote 9, r/c, Batalha FAZ SA-BER, que nos autos acima identificados, foi designa-do o dia 16 de Fevereiro de 2011, pelas 09.30 horas, no Tribunal Judicial de Porto de Mós -1° Juízo, para a abertura de propostas em carta fechada, que se-jam entregues até esse momento, na Secretaria des-se Tribunal, sito na Av3 da Liberdade, Porto de Mós, pêlos interessados na compra do seguinte bem:

Imóvel- Prédio urbano sito em Fonte do Oleiro, freguesia

de Porto de Mós (São Pedro) composto de prédio de casas, adega, arrecadação e páteo com a s.c.. de 130 m2 e descoberta de 70 m2, inscrito na matriz predial

urbana da referida freguesia sob o Art. 395 e descrito na Conservatória do Registo Predial de Porto de Mós sob o n° 25741 Porto de Mós (São Pedro).

Penhorado a: Joaquim da Silva Moreira.VALOR BASE PARA VENDA: 12.500,00 Euros.As propostas deverão ser, no mínimo, iguais ou su-

periores a 70% do valor base anunciado, ou seja, 8.750,00 euros.

Informações adicionais: Os proponentes devem juntar à sua proposta, como caução, cheque visado, à ordem da Agente de Execução, no montante cor-respondente a 20% ( vinte por cento) do valor dos bens, ou garantia bancária no mesmo valor, de acor-do com o n° 1 do art° 897° do C.P.C.. Devem ainda identificar-se convenientemente, encerrar a propos-ta num subscrito branco devidamente colado e sem quaisquer dizeres e/ou marcas exteriores e dirigi-los ao processo e Tribunal indicados nos presentes edi-tais/publicações.

É fiel depositário do bem a vender a agente de exe-cução, no entanto, quem deve mostrar os bens, a pe-dido, será o executado.

Não foram reclamados créditos no âmbito da pre-sente execução.

29-12-2010O Agente de Execução

MANUELA TROVÃO

Assine já ... O PORTOMOSENSE...o seu quinzenário em Porto de Mós

Page 22: O Portomosense

-22-

Segundo Nicholas Stern em O Desafi o Glo-bal (Colecção Gulbenkian Ambiente, 2009) a Sociedade atual encontra-se confrontada com dois grandes problemas: vencer a pobre-za no mundo em desenvolvimento e comba-ter as alterações climá� cas. Ainda de acordo com o referido consultor do governo britâni-co e da Comissão Europeia para as Alterações Climá� cas os dois problemas encontram-se in� mamente ligados. Ou seja, ‘ignorar as alte-rações climá� cas te-rá por resultado um ambiente crescen-temente hos� l para o desenvolvimento e para a redução da pobreza, mas tentar lidar com as alterações climá� cas algemando o crescimento causaria danos à cooperação entre países desenvolvi-dos e em desenvolvimento, que é vital para o sucesso’.

São diversos os exemplos recentes da de-sorganização que a� ngiu o clima e o ambien-te: entre nós a persistência de temperaturas elevadas nos passados meses de Julho e Agos-to, em que a média da temperatura máxima ultrapassou em mais de 5ºC a média do perí-odo 1971-2000; em igual período no Paquis-tão � veram lugar as piores inundações dos úl-� mos 80 anos, que afectaram 20 milhões de pessoas e 1/5 do país, o que levou o Secretá-rio-Geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, a

afi rmar ser este ‘o maior desastre que já viu na sua vida’; por estes dias a neve bloqueou a Europa, tendo-se registado na Grã-Bretanha o mês de Dezembro mais frio dos úl� mos 100 anos; as inundações de ‘proporções bíblicas’ que estão a ocorrer na Austrália são as piores dos úl� mos 50 anos.

No centro destas alterações climá� cas en-contra-se o Homem, com o atual modelo de desenvolvimento económico, caracterizado

por um elevado con-sumo de energia. De fato, desde a revolu-ção industrial nunca a emissão de gases com efeito de estu-

fa (GEE) cresceu a um ritmo tão rápido e bem acima da capacidade de absorção do plane-ta. Principais GEE – dióxido de carbono (CO2), metano (CH4), óxido nitroso (N2O), perfl uor-carbonetos e também vapor de água.

Os GEE absorvem o calor do sol quando es-te é irradiado pela terra e provocam o aque-cimento global, o que causa as alterações cli-má� cas com repercussões no nosso modo de vida.

Não é mais possível con� nuar com um de-senvolvimento assente em tal modelo econó-mico. Torna-se urgente arrepiar caminho, pro-curando conseguir um crescimento económi-co de baixo carbono, incluindo em países com actual forte crescimento, como China e Brasil.

Serra de AlbardosVitor Barros(engenheiro agrónomo)

Eu voltei a ligar e a voz da senhora Palmira respondeu enfi m límpida.

Ela vive só, acompanhadas de duas gatas e a visita do único fi lho e netos.

Recebe as meninas da Segurança So-cial que muito bem a tratam, diz-me ela.

Os idosos não recebem bem a compa-nhia da solidão e a senhora Palmira que foi criada por muito pouca família mas rodeada de mui-tos primos, sen-te esse peso. Tem um apurado sen� -do de humor e no-to através dos fi os telefónicos essa faceta que sempre lhe conheci.

Fala-me das dores, das quedas e até me relata novidades da terra.

Foi senhora que muito trabalhou em casa como costureira de alfaiate (o seu pai era alfaiate) e em todos os duros trabalhos do campo. Cozeu pão, fez bo-los folares, fazia as camisas do marido...as saias, a roupa de casa.

Acompanhou a época di� cil da ser-ra sem transportes, sem conforto mas desafogada no que toca a bens. Era ale-gre e bem disposta, caridosa, de terço na mão, amiga de ajudar quem precisa e católica ferverosa.

É a minha madrinha e prima e eu con-servo a vida dela como relíquia que dei-xei e me acompanhou de pequena. Ela falou da festa de Natal. “Foi linda, muito alegre e fomos a terras que não me lem-bro,” disse-me ela.

Arrancar estas pessoas da solidão é uma missão, é ter noção da caridade evangélica, é um gesto que só Deus po-de premiar. Quantas vidas se alegram e

confortam?O vazio de quem

está só é uma fe-rida que é respon-sável por grandes depressões e nes-

tas idades bem di� cil é de atenuar.Bem haja quem ainda pense no seu

semelhante que, embora idoso, muito deu a este mundo e bem merece o cari-nho e o conforto.

Por todo o país são estes arautos do bem que levam o carinho, a companhia e a voz e o alimento material a quem se aproxima do ocaso da vida.

O telefone tocou, tocou...M. Alice(professora aposentada)

Torna-se urgente arrepiar caminho, procurando conseguir um crescimento económico de baixo carbono, incluindo em países com actual forte

crescimento, como China e Brasil.

Arrancar estas pessoas da solidão é uma missão...

O Homem poderá ser limitado no pla-no � sico, mas é ilimitado no plano mo-ral, espiritual e intelectual. Ilimitado é o divino e a humanização consiste em chegar perto dele. Deste modo o ho-mem está na vida para alguma coisa, em trânsito para um des� no, para cum-prir uma viagem que só pode ser de ele-vação acima da menoridade e de apro-ximação às estrelas para alcançar a sua interioridade e espiritualidade.

A história do Mundo prova que o seu curso foi sempre infl uen-ciado por aqueles que cumpriram o seu des� no. É o caso do maior humanis-ta do século XX. Na minha modesta opi-nião: Nelson Mandela. Preso 27 anos, mesmo assim cumpriu o seu des� no.

Enclausurado na cadeia quase três décadas. Morto o seu fi lho mais velho, nem sequer é autorizado a ir ao seu fu-neral. E, nos momentos mais dolorosos, a sua inspiração e apoio era um simples poema, “Invictus”, de William Ernest Henley, escrito em 1875, quando o po-eta britânico se encontrava hospitaliza-do, aos 26 anos, após sofrer a amputa-ção de um pé. E, apesar disso, resis� a à

ver� gem do desânimo.Escrevo este texto na véspera da che-

gada dum novo ano que se prevê muito di� cil. Por isso, resolvi oferecer a todos um poema. Não é um poema qualquer, é apenas o poema que acompanhou ao longo de uma vida Nelson Mandela. A única pessoa capaz de abraçar os mes-mos homens que lhe re� raram um fi lho e três décadas de vida:

(Da noite que me cobre, Negra como um poço de alto a baixo, Agradeço a quaisquer deuses que existam, Pe-la minha alma in-conquistável . Na

garra cruel da circunstância eu não re-cusei nem gritei. Sob os golpes do aca-so, Minha cabeça está sangrenta, mas erguida. Além, deste lugar de fúria e lá-grimas, Só o iminente horror ma� zado, E, contudo, a ameaça dos anos, Encon-tra e encontrar-me-á, sem temor. Não importa a estreiteza do portão, Quão cheio de cas� gos pergaminho, Sou o do-no do meu des� no: Sou o capitão da mi-nha alma).

Faço votos que este poema seja uma fonte de inspiração para que todos te-nham um BOM ANO DE 2011.

Um poemapara 2011júlio Vieira(profissional de seguros)

Sou o dono do meu destino: Sou o capitão da minha alma

O Natal já lá vai e com ele as campanhas de solidariedade, pois os pobres só têm fome no Natal e os ricos gostam de mostrar o quanto são generosos nesta altura. E os que não são ricos também gostam de mostrar que estão bem na vida, embora fi quem bem danados quando vêem os pobres a quem deram uma camisa velha e um saco de arroz passarem a tarde na esplanada a apanhar sol e a beber uns copos. Que isto do sol é para todos, mas fi car repimpado no café enquanto os outros trabalham ...

O ano novo tem alguns dias, os dias começam a crescer, não só em termos de horas de sol mas também enquanto dias de mês, sobram dias ao mês para o pouco dinheiro que nos resta depois das prendas, do champanhe e do tra-je de gala. Mais uma vez iludimos a realida-de, faz de conta que vivemos no país das ma-ravilhas, onde tudo está ao alcance de todos, pois todos trabalham e pagam impostos ho-nestamente e as desigualdades sociais são fi cção e só existem em países subdesenvol-vidos.

Mas se querem mesmo saber o que me dana neste 2011 que começa, é saber que a crise em que vivemos é culpa dos funcioná-rios públicos que como eu, depois de anos de

estudo pago com o dinheiro ganho nas férias de Verão, ao fi m de 24 anos de trabalho, mui-tos deles em locais incertos, mal ganhando para o alojamento e deslocações, não tendo como fugir aos impostos, agora vou levar um corte salarial que é para aprender que nem todos nascem para polí� cos nem para direc-tores gerais. Os directores gerais das empre-sas públicas, os polí� cos e afi ns que são ami-gos dos pobrezinhos, vão ser aumentados para poderem con� nuar a fazer caridadezi-

nha, a criar postos de trabalho para os as-sessores e a repre-sentar-nos com boa aparência por este mundo fora.

Se � ver hipótese de viver uma outra vi-da vou escolher ser empresária, aproveito as oportunidades que a comunidade europeia me vai dar para me lançar na vida, compro uns carros e umas vivendas, vou fazer férias na neve e no Havai, promovo uns cursos pa-ra os meus empregados terem novas opor-tunidades, declaro ordenado mínimo para os meus fi lhos serem subsidiados na escola e quando � ver que falir vou mesmo à falên-cia, pois o meu futuro já há-de estar garan� -do nalgum paraíso fi scal.

Cínica? Hipócrita? Nem por isso… apenas passada dos carretos.

A malta passou-seAna Fernandes(educadora de infância)

Cínica? Hipócrita? Nem por isso…

apenas passada dos carretos

Page 23: O Portomosense

DIVISÃO DE

HONRA DE LEIRIA

������������ � � � � ���� � �

�� ���� � �� � � � ��� ��

������ �������� �� � � � ������ ��

����������� �� � ! � ��" ��

"�����#$&���� �� � � � ���� ��

!� '*�$+���� �� � � � ���� ��

����������!������" �� # # � �$���� �%

<��=$���� �� ! " � �"�! ��

��>�&�$���� �� ! � " �!�" ��

���������� �� " � ! �<�" �!

�?��@ >>�=��� �� " � � ���! �"

���K�K���$�W� �� � " ! �!�< ��

���>�#��X=���� �� � � " �?�! ��

���Y$X=�$�[#���$�W�� �� � ! ! �"�� ��

�"��$\'$�&�]� �� � " � �!�� �?

�!� ��$^� �� � � � ���� �?

������$����� �� � ? �� ��� �

◘ FUTEBOL ◘ FUTSAL

12ª JORNADAPortomosense - Biblioteca 1-1Alvaiázere - Fig.Vinhos 2-0Ansião - Marrazes 1-0Gaeirense - S.L.Marinha 1-2Pataiense - GRAP. Pousos 0-0Nazarenos - Alq.Serra 0-0Pedroguense - Alcobaça 0-2Beneditense - Guiense 3-2

1ª DIVISÃO SUL

DE LEIRIA

DIVISÃO DE

HONRA DE LEIRIA

1ª DIVISÃO SUL

DE LEIRIA

2ª DIVISÃO

SUL DE LEIRIA

FEMIN. 1ª DIVISÃO

SUL DE LEIRIA

'�� ���'����� � � ! � ,}�,� ��

�����'���� � �� � � � ���� ��

�-���������� �� . � � �/��0 �0

+-� $�#&#����� �� . � � �~���+ �0

/-�#$������� �� 0 � + �0���� ��

%-�� �$�� ' �� �� % + + �����/ �.

0-�� � ��#�� �� 0 � % ������ �.

~-�) � �&#�*��� �� / � % �.���� �/

.-��� � ������ �� / � % ��.���1 �/

1-���������� �� / � 0 �/���� �+

��-������� �� + � 0 �+���/ ��

��-�} "�����( �� + � ~ �.���~ ��

��-���� ���!�"�#� �� � + % �����~ 1

�+-�,��)������� �� � � . ��1���� 0

�/-�}��$���� �� � � 1 ��%���� /

11ª JORNADAÓbidos - Vidreiros 1-2Unidos - Vieirense 0-2Pilado Escoura - Moitense 2-1Praia Vieira - Outeirense 0-5Juncalense - Atouguiense 2-1Santo Amaro - Maceirinha 2-1Nadadouro - Caranguejeira 3-1

����������� � � � 4&4� ��

�5�&����&���4���� � � , , (3��� �6

�5�����! � 3 � $ �7��6� �7

$5 *+* ��/�!�����#� � 3 � $ �6��,� �7

(5� �!����"�#� � 3 � $ �(��)� �7

���������� � � � � ����� ��

75��������� � 3 � $ ����� �7

65� ����'-"."��� � ( � ( �3�$, �$

)5��������� ) $ � ( ����3 �,

�5������ � � $ ( �$��7 �

�,5��*+"��������%�� � � $ ( ����� �

��5��������-012�� � , � 6 �,�(� �

������������ � ( ( ����� (

9ª JORNADAPocariça - Planalto 2-1Casal Velho - Anços 2-3Ribeirense - Mata Milagres 4-8S.Bento Arrabal - CB C.Rainha 4-0 Caranguejeira - Arnal 4-3Mendiga - Santa Eufémia 8-5

����������� � � � 4&4� ��

�5� ���������� � 7 � � $$��� �,

�5�+�2%�����"�!" � 7 � � �)��6 �,

$5��!���/� � 7 � � ����� �,

(5���#��&����#� � 3 � $ $7��� �7

����!��!"! �� � � � � ����� ��

75��-��-"� � 3 � $ �$��� �7

65�&�����'���� � 3 � $ $,��7 �7

)5����/�� � � � 7 �)��3 6

�5�+�%����"�� ) � , 7 �3��� 7

�,5��"������ � � , 6 ���(� 7

��������� � � � � � �#��� �

��5�����%��� � � � 6 �7�33 (

6ª JORNADAFerraria - Landal 5-3Martingança - Mirense 3-3Turquel - Olho Marinho 3-1 Estrada - Bombarralense 4-2Biblioteca - Portomosense 18/fev.

Catarinense - Alcobaça 7-0

����������� � . 0 � '1�'� ��

����������� ���� � � � � ����� ��

�2�'�!��! ! � ( � � %*���3 �3

%2�.���� � ( / % ���%/ �(

*2�����)��� � * � % %3��3 �%

(2���� &��������� + * � � �+��3 �%

32����������� � * � % �(��� �%

+2�-! !��&! ! + % � % �3��% �/

�2�&!��!� 3 � % � �+��3 4

42������ � "� + % / * �/��� 4

�/2��� #"���$�� � � � ( ���%( +

��2� !�"!��! ! + � � * ����* +

��2�&�$������!�"� 3 � / ( �+���3 %

�%2���,��� + / � ( �*�%% �

8ª JORNADACasal Pardo - Quinta Sobrado 1-2Telheirense - Concha Azul 2-3Foz Arelho - Gaeirense 2-5Ribafria - Alvorninha 4-7Raposos - Beneditense 1-5Ferrel - Vidais 10-4

������������� � 2 � � 4� 4� ��

5�1���!�2�!y� � - # $'��6 -

$5����*��/��0� � - # $��6 -

'5��%������ � - # ���( -

��������������� � � �����

-5�&������ ( $ 6�� 7

�5�!��"�� � $ ' ��8��7 7

75�)���*�����+��"� � $ # ( ��7�� �

65���+�.��� � $ # ( ��8��$7 �

����������������� � � � ������� �

#5�,�"���������� - # ( ��6��$$

6ª JORNADAD.Fuas/F.Oleiro - Landal 0-2Amarense - Usseira 3-4Qta. Sobrado - Portomosense 0-5Ribafria - Martingança 1-5Casal Velho - Pederneirense 4-2

◘ Autarquia apoia investimento

Juncalense e Andorinhas querem sintéticoA União recrea� va Jun-

calense e o Clube despor� -vo “Os Andorinhas”, da Cruz da Légua, querem trocar os relvados pelados por sinté-� cos.

Para que o projecto avan-ce está dependente o acor-do com a autarquia, para um apoio de cerca de me-tade do inves� mento. Fer-

nando Monteiro, vereador do desporto, refere que a autarquia está disponível para “compar� cipar 50 por cento” do valor da instala-ção dos relvados, no entan-to, os valores apresentados na úl� ma assembleia muni-cipal (33 mil euros para “Os Andorinhas” e 25 mil euros para o Juncalense) estão

longe dos orçamentos dos clubes.

João Carlos Ferreira, pre-sidente do Juncalense refe-re que a instalação do rel-vado sinté� co deverá andar na casa dos 150 mil euros, valor que no caso do clube da Cruz da Légua sobe pa-ra 240 mil euros, segundo o presidente Paulo Gomes.

Se a autarquia vier a ga-ran� r apoio para metade do inves� mento, João Car-los Ferreira garante que o Juncalense irá avançar “pa-ra um grande esforço fi nan-ceiro”, num clube que não paga ordenados aos joga-dores, mas que ambiciona proporcionar melhores con-dições à equipa que, actu-

almente lidera a I divisão – zona sul.

No caso do clube “Os An-dorinhas”, são cerca de 40 os jovens que frequentam as duas equipas de forma-ção (escolas e bub-13), com Paulo Gomes a apostar na melhoria das condições co-mo forma de aumentar o ingresso de atletas de fute-

bol no clube. “Tem sido di-� cil aliciar jovens por cau-sa das condições que ofere-cem outros clubes, mesmo que depois os atletas este-jam no banco”, refere Pau-lo Gomes.

PCS ◘

Divisão de Honra

Portomosense mais longe do líder

O Portomosense despediu-se de 2010 com um empate caseiro, frente ao Biblioteca, com Juliano a marcar para os da casa. A equipa de Rui Bandeira mantém o segundo lugar na divisão de honra, mas está agora a seis pontos do Alcobaça. O Alqueidão da Serra também empatou na jornada 12, indo até à Nazaré fazer um jogo sem golos. O campeona-to regressa no próximo fi m-de-semana, com o Al-queidão da Serra a receber o Pataiense, enquanto o Portomosense visita o GRAP dos Pousos.

I Divisão

Juncalense lidera zona sul

A vitória caseira por 2-1 frente ao Atouguiense va-leu ao Juncalense a subida ao primeiro lugar da zo-na sul da I divisão distrital. Fita a Carlos Cruz marca-ram os golos da vitória da equipa do Juncal, que conta com um novo reforço. O guarda-redes Mota, ex-Por-tomosense, regressou aos relvados e é mais uma op-ção para Paulo Varela.

Na próxima jornafa há confronto de extremos. O Juncalense recebe o lanterna vermelha, Moitense.

Divisão de Honra

Jogo do Ribeirense interrompido

Está ao rubro a luta pelos lugares cimei-ros da divisão de honra de futsal de Leiria. A Mata segue isolada na frente, com 11 pontos de vantagem. A Mendiga está no lote das cinco equipas que se seguem, to-das com 16 pontos. Na última jornada do ano, a equipa de Pedro Coelho o clube de Santa Eufémia, antepenúltimo, por 8-5.

Resultado semelhante teve o Ribeirense, que voltou a perder, desta vez frente à lí-der, Mata dos Milagres, por 4-8.

O campeonato retoma no próximo fi m-de-semana. As equipas do concelho jo-gam no sábado, o Ribeirense fora, no re-cinto do Santa Eufémia, e a Mendiga em casa, com a associação de Anços.

◘ FUTEBOL ◘ FUTSAL

I Divisão

Jogo adiado atrasa Portomosense

O Portomosense despediu-se mais cedo da competição em 2010, com o jogo no re-cinto do Biblioteca a ser adiado para Feve-reiro. A equipa de José Salgueiro está em quinto lugar, partilhando os 16 pontos com quatro equipas, com menos um jogo dispu-tado.

O Mirense empatou na Martingança a três bolas, mas desceu ao 11.º lugar.

No próximo sábado, dia 8, o Mirense re-cebe o Hóquei de Turquel, e o Portomo-sense, também em casa, recebe o terceiro classifi cado, Sp. Estrada.

II Divisão

Folga do Dom Fuas

não retira liderança

O CCR Dom Fuas folgou na última jor-nada, mas mesmo assim, mantém o pri-meiro lugar da II divisão, zona sul. A equi-pa da Fonte de Oleiro soma 17 pontos, mais um que o segundo classifi cado, o Gaeirense. Amanhã, dia 7, o Dom Fuas re-

cebe o Ribafria.

I Divisão – Feminino

Primeiro derbie entre ADP e Dom Fuas

Logo a abrir 2011, as duas equipas de futsal feminino vão juntar-se no primeiro derbie, no pavilhão gimnodesportivo de Porto de Mós.

A equipa de futsal feminino do CCR Dom Fuas terminou o ano de estreia sem vencer na I divisão – zona sul. No último jogo do ano a equipa da Fonte de Oleiro

perdeu, em casa, com o Landal por 0-2. Sorte diferente para o Portomosense que foi ao recinto do Quinta do Sobrado ven-cer por 5-0, ocupando o quarto lugar.

Page 24: O Portomosense

Sem dar para ver se vestia ou não cuecas azuis, Miquelina discursava em ambiente de risota, na passagem de ano, na esperança, talvez, de ver pelas costas um dois mil e dez de merda:

- Parece que a coisa deu para o torto na inauguração do no-vo salão paroquial de Mira de Aire. O capitão Salgueirinho estava possesso… Até roubou o microfone e tudo, à pobre da cachopa que lia o guião, e desabou de alto a baixo… E mais era dia de Natal… deve ter comido fi lhós azedas…

E prossegui o animado relato:- O salgueirinho quis levar a sua comitiva ofi cial, para que

visse o chefe a ser engraxado… mas o tiro saiu pela culatra. Se não fosse o seu assessor elétrico e os seus antigos cole-gas, nem luz teriam, já que nem a baixada tinham pedido… E como a ligação, feita à pressa, não se aguentava à bronca, tiveram de aturar uma climatização mais ou menos parecida com a do cineteatro cá de baixo…

Risada pegada, que não iria picar por aí:- Que raio de comandante é que temos, que nem consegue

pôr ordem na caserna do seu próprio barco, e que, ainda por cima, foi o primeiro a abandoná-lo… Este coronel Graposa, do alto da sua condição de médico, ao saber-se enjoar em tão pequena tempestade, deveria ter levado consigo umas pastilhas para a coragem, uns comprimidos para o sangue

frio e umas pipocas de bom senso…E, nesta pedalada acelerada, completou:- Far-lhe-ia muito bem ler o poema Invictus de William Er-

nest Henley e não se fi car apenas pelo seu último verso, I am the captnain of my soul, cantado pela Rira dos sapatos ver-melhos…

A malta deliciou-se com tanta cultura, digna de uma uni-versidade sénior. E estava para durar:

- Tamanho nervosismo, picado pelo Super Bino e compa-nhia, só pode ter a ver com a guerra fria, já instalada, pela inevitabilidade da recandidatura da velha raposa salgueiris-ta, que estará a deixar o Bino super nervoso… E de pouco va-leu, também, ao que parece, o treino do Salgueirinho para gerir trapalhadas…

Tinha de ser, nem poderia passar sem este coice. Embala-da por tão atenta assembleia:

- E ninguém foi capaz de meter a mão ao desmando do ca-pitão…Gritantes foram a falta de poder de encaixe da rapa-ziada e a sua inquietação no espectáculo teatral, para o qual não está, defi nitivamente, nem preparada nem habituada…

Mais serena, com menos pulgas nas orelhas, atirou em jei-to de resumo:

- Nada melhor para a inauguração de uma Casa da Cultu-ra, que um festival carnavalesco, com circo, palhaços, ilu-

sionistas e acroba-tas; em pleno dia de Natal, num salão pa-roquial, novo e mui-to vaidoso, armado em casa da música. Ainda se fosse tudo a fi ngir… Ain-da se fosse uma pré-inau-guração…

Num piscar de olho, fatal, elegante nas pestanas longas de olhos verdes, concluiu:

- Uma Casa da Cultura, de mi-lhão e meio de euros, inaugurada sem qualquer anfi teatro deve ser coisa única no planeta… Talvez seja para compensar o rasgo nórdico e vi-sionário do Parque Verde… Provincianismo da treta!

– ao abrigo do novo acordo ortográfi co –

428 | S.N.

HISTÓRIAS DA MINHA BURRA

CARNAVAL FORA D’ÉPOCA

PUB