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ANO VI - EDIÇÃO N o 346 FORTALEZA - CEARÁ - BRASIL Terça-feira, 15 de julho de 2014 Nossa mata branca também é floresta CAATINGA Celebrando o 17 de julho, dia de proteção às florestas, falamos um pouco sobre o bioma que nem sempre é lembrado na data. PLANEJAMENTO Uma nova Fortaleza em 2040 Roberto Cláudio anunciou que diagnósticos, estratégias e soluções para a Capital serão elaborados nos próximos dois anos. DIREITO Coluna de Barros Alves O jornalista insiste na proteção ao Meio Ambiente como uma determinação dos mecanismos constitucionais de preservação. Págs. 6 e 7 Pág. 5 Pág. 4 DIVULGAÇÃO TIAGO STILLE
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O Estado Verde - Edição 22298 - 15 de julho de 2014

Apr 01, 2016

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Jornal O Estado (Ceará)
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Page 1: O Estado Verde - Edição 22298 - 15 de julho de 2014

ANO VI - EDIÇÃO No 346FORTALEZA - CEARÁ - BRASIL

Terça-feira, 15 de julho de 2014

Nossa mata branca também é floresta

CAATINGA

Celebrando o 17 de julho, dia de proteção às florestas, falamos um pouco sobre o bioma que nem sempre é lembrado na data.

PLANEJAMENTOUma nova Fortaleza em 2040

Roberto Cláudio anunciou que diagnósticos, estratégias e soluções para a Capital serão elaborados nos próximos dois anos.

DIREITOColuna de Barros Alves

O jornalista insiste na proteção ao Meio Ambiente como uma determinação dos mecanismos constitucionais de preservação.

Págs. 6 e 7 Pág. 5

Pág. 4

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Page 2: O Estado Verde - Edição 22298 - 15 de julho de 2014

O “Verde” é uma iniciativa para fomentar o desenvolvimento sustentável do Instituto Venelouis Xavier Pereira com o apoio do jornal O Estado. EDITORA: Tarcília Rego. CONTEÚDO: Equipe “Verde”. DIAGRAMAÇÃO E DESIGN: Wevertghom B. Bastos. MARKETING: Pedro Paulo Rego. JORNALISTA: Sheryda Lopes. TELEFONE: 3033.7500 / 8844.6873Verde

TARCILIA [email protected]

DIA DA FLORESTA: CAATINGASegundo a Organização das Nações

Unidas (ONU), nos últimos 40 anos a média global per capita de fl orestas caiu de 1,2 hectares para apenas 0,6 hecta-res por pessoa. O que é um dado alar-mante. O desmatamento das fl orestas causa inúmeros problemas como a ero-são do solo, a perda de biodiversidade e perda da vida animal em decorrência da destruição de habitats naturais.

Trazendo o caso para nossa Caatin-ga, perder cobertura vegetal signifi ca acelerar processo de desertifi cação. Apesar da importância estratégica do bioma para o desenvolvimento da re-gião, a nossa fl oresta (muitos acham que não é fl oresta) tem sido desma-tada de forma criminosa, nos últimos anos, principalmente, devido ao con-sumo de lenha nativa que está sendo explorada de forma ilegal e insustentá-vel para fi ns domésticos e industriais, e a conversão de áreas para pastagens e agricultura. Segundo o Ministério do Meio Ambiente, o desmatamento no bioma chega a 46% da área total da fl oresta mais seca do mundo.

TERMINOU A COPAO melhor post que li na Internet so-

bre a derrota acachapante do Brasil no jogo contra a Alemanha: “Por isso que eu prefi ro o UFC, quando o lutador tá morrendo o juiz termina a partida”.

O grande exemplo de educação am-biental fi ca por conta dos japoneses. Simplesmente a expressão de uma cul-tura admirável, onde o senso comum indica que o gerador do resíduo como o principal responsável pela sua destina-ção fi nal. Quem suja deve limpar.

CASA COR CEARÁJá tem endereço: Av. Barão de Studart,

598, em frente ao Palácio da Abolição. Vem aí a 16a edição do evento que acon-tecerá de 30 de outubro a 09 de dezem-bro. Que venha com um bom e belo tema.

Câmara aprova marco regulatório reivindicado por ONGs; lei depende da sanção de Dilma para entrar em vigor. Uma das regras mais importantes es-tabelecidas pelo Marco Regulatório é a obrigatoriedade de um “chamamen-to público” para que ONGs celebrem parcerias com o Poder Público.

Outro ponto relevante: Para celebrar parcerias com a administração, com ou sem transferência de recursos, as orga-nizações deverão possuir experiência prévia na área de atuação proposta, com comprovada capacidade técnica e ope-racional para desenvolver as atividades.

REFLEXÃO: “Os desafi os do de-senvolvimento sustentável exigirão cidadãos com conhecimento e edu-cados, em todos os lugares”. Econo-mista, professor da Universidade de Columbia, Jeff rey Sachs.

Na 6a Rodada de Diálogos Estratégicos e Econômicos EUA-China que termi-nou dia 10, em Beijing, os dois países afirmaram que a partir de agora se cen-trarão em um “novo modelo de relações bilaterais”, realizando um intercâmbio de “seus pontos de vista em assuntos regionais e internacionais de interesse mútuo para aumentar o entendimento, a confiança e reduzir as diferenças”.

Entre os destaques das rodadas de negociações estão os temas ambientais e energéticos, sobre os quais as duas nações firmaram diversos acordos e que devem culminar em um acordo climático mundial, assinando uma série de pactos para reduzir as emissões de gases do efeito estufa e possibilitar uma geração de energia mais limpa através do carvão.

Nada mais devido, afi nal, as duas potências são os dois maiores emissores do mundo e têm uma infl uência econômica, social e ambiental, inegável, sobre boa parte do planeta, as ações e decisões de ambas são essenciais para barrar ou levar adian-te qualquer resolução de caráter internacional, especialmente questões climáticas.

EUA E CHINA ESTÃO NO CLIMA

Coluna Verde

2 FORTALEZA - CEARÁ - BRASILTerça-feira, 15 de julho de 2014

VERDE

17 DE JULHODIA DE PROTEÇÃO ÀS FLORESTAS • Para a Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (Fao), “fl oresta é uma área medindo mais de 0,5 ha com árvores maiores que 5 m de altura e cobertura de copa superior a 10%, ou árvores capazes de alcançar estes parâmetros in situ. Isso não inclui terra que está predo-minantemente sob uso agrícola ou urbano”. Vitais para a vida no planeta, as fl orestas são responsáveis pela manutenção do clima, das chuvas e é o habitat natural de inúmeros espécimes. O desmatamento das mesmas cau-sa inúmeros problemas: erosão do solo, perda de biodiversidade e a perda da cobertura vegetal do solo, ainda pode levar a desertifi cação.

18 DE JULHODIA INTERNACIONAL NELSON MANDELA

• Em novembro de 2009, a Assembleia Geral das Nações unidas declarou 18/07 “Dia Internacional Nelson Mandela”, em reconhecimento à contribui-ção do ex-mandatário africano para a cultura da paz e da liberdade.

10 ANOSSÃO JOÃO DE MARACANAÚ

• Desde o dia 10 de julho acontece o maior festejo junino do Ceará, o São João de Maracanaú. O evento que co-memora 10 anos segue até o dia 20 com extensa programação trazendo muitas atrações musicais, regionais e nacio-nais na tradicional Cidade Junina, lo-calizada na Av. I, do Jereissati, entre o IFCE e o Feira Center Shopping. Já estão confi rmados: Garota Safada, Sol-teirões, Lagosta Bronzeada, Aviões do Forró, Léo Santana e As Coleguinhas.

Outro grande atrativo da festa serão os cerca de 80 grupos juninos que irão se apresentar no Quadrilhódromo da Cidade Junina. Entre os dias 10 a 15 de julho, aconteceu o Concurso Cearense Infantil e Adulto de Quadrilhas Juni-nas. Nos dias 10 e 11, as Quadrilhas Juninas da Terceira Idade se apresenta-ram. A partir de amanhã (16) começa o XXVIII Festival de Quadrilhas Juninas de Maracanaú que segue até o dia 18, e já nos dias 19 e 20 acontece o Concurso Nacional de Quadrilhas Juninas.

AGENDA VERDE

CONFIRA PROGRAMAÇÃO COMPLETA10 a 20 de julho – a partir das 19 horas

Festivais de Quadrilhas Juninas - 19 horas

10 a 15/07: Concurso Cearense Adulto e Infantil de Quadrilhas Juninas 16 a 18/07: XXVIII Festival de Quadri-lhas Juninas de Maracanaú 19 e 20/07: Concurso Nacional de Quadrilhas Juninas

Shows – 22 horas

17/07: Aviões do Forró, Forró dos Amigos e Iohannes. 18/07: Léo Santana, Forró Real e Pé de Ouro.19/07: Simone e Simaria (As Cole-guinhas), Bonde do Brasil e Forró do Movimento.

Programação Cultural da Vila São José (19h00): Violeiros, intervenções teatrais, teatro, forró pé de serra, danças folclóricas e literatura de cordel.

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POR TARCILIA [email protected]

Globalmente, mais pessoas vi-vem e viverão em áreas ur-banas do que em áreas rurais neste século. Na véspera do Dia

Mundial da População, celebrado dia 11 de julho, a Divisão de População do De-partamento de Assuntos Econômicos e Sociais das Nações Unidas (UN DESA, sigla em inglês) apresentou relatório que projeta o crescimento contínuo da popu-lação urbana. Em 2050, o mundo será dois terços urbano (66%) e um terço rural (34%), mais ou menos o inverso da distri-buição da população rural-urbana do pla-neta, em meados do século passado.

O novo relatório, World Urbanization Prospects: The 2014 Revision (Perspec-tivas Globais de Urbanização), apresenta os destaques das últimas estimativas das populações urbanas e rurais em todo o mundo, no período de 1950 a 2014 e faz projeções para 2050. Também, estima o tamanho da população para o mesmo período e as projeções para 2030, refe-rentes a todas as aglomerações urbanas que em 2014 atingiram 300.000 ha-bitantes. Os números do relatório são baseados numa ampla revisão de dados demográfi cos disponíveis nos 233 países e regiões em todo o mundo, incluindo os censos populacionais de 2010.

Em 2007, pela primeira vez na his-tória, a população urbana mundial ul-trapassou a população rural global, e desde então, a população mundial tem--se mantido predominantemente urba-na. O planeta passou por um processo

de rápida urbanização nas últimas seis décadas. Em 1950, mais de dois terços (70 por cento) das pessoas no mundo vi-viam em assentamentos rurais e menos de um terço (30 por cento) em assenta-mentos urbanos. Em 2014, 54 por cento da população do mundo é urbana.

A contínua urbanização e o cresci-mento geral da população fará com que 2,5 bilhões de novas pessoas passem a viver em áreas urbanas em 2050, que abarcarão mais de 6 bilhões de habi-tantes dos 9,6 bilhões previstos para esse ano. O relatório também destaca que, de 1990 até 2014, as megacidades com registro de população superior a 10 milhões, saltaram de 10 para 28, incluindo quatro na América Latina. São Paulo e Rio de Janeiro são citadas como megacidades e aparecem na lis-ta das áreas urbanas mais povoadas do mundo, segundo o estudo.

O rápido crescimento urbano e sem planejamento é uma séria e constante ameaça ao desenvolvimento sustentá-vel, principalmente, quando a infra-estrutura necessária não foi desenvol-vida ou quando as políticas não são implementadas para assegurar que os benefícios da vida urbana sejam equi-tativamente compartilhados entre toda a população. Segundo a ONU, um terço da população urbana mundial está em favelas e assentamentos informais.

Hoje, apesar da vantagem compara-tiva das cidades, as áreas urbanas são mais desiguais do que as áreas rurais e milhares, aliás, milhões de pessoas po-bres vivem nas áreas urbanas do mundo em condições sub-humanas, sem acesso à água, saneamento, segurança, saúde e etc., abaixo de qualquer índice de de-senvolvimento humano e social. Em al-gumas cidades, a expansão urbana não planejada ou mal gerida resulta na rá-pida expansão da poluição e degradação ambiental, juntamente com os padrões de produção e consumo insustentáveis.

A urbanização está integralmente li-gada aos três pilares do desenvolvimen-to sustentável: desenvolvimento econô-mico, desenvolvimento social e proteção ambiental. O resultado da Conferência Rio +20 das Nações Unidas sobre De-senvolvimento Sustentável, “O futuro que queremos”, reconheceu a situação dos pobres urbanos e a necessidade para o desenvolvimento sustentável das cida-des como assuntos de grande urgência para a agenda de desenvolvimento da Organização das Nações Unidas.

3FORTALEZA - CEARÁ - BRASILTerça-feira, 15 de julho de 2014

VERDE

A contínua urbanização e o

crescimento geral da população fará

com que 2,5 bilhões de novas pessoas passem a viver em áreas urbanas em

2050, que abarcarão mais de 6 bilhões de

habitantes dos 9,6 bilhões previstos

para essa data.

Perspectivas Globais de UrbanizaçãoARTIGO

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4 FORTALEZA - CEARÁ - BRASILTerça-feira, 15 de julho de 2014

VERDE

O prêmio, deste ano, culmina com o fi m da década “Água para a Vida” (2005-2015), promovida pelas Nações Unidas

Estão abertas inscrições para o Prêmio ONU – Água. Como parte da comemo-ração do final da década

“Água, fonte de vida” (2005-2015), a Organização das Nações Unidas (ONU) lançaram a quinta edição do prêmio que é organizado pela agên-cia da ONU com foco no tema água – UN Water (http://www.unwater.org) – para promover melhores práticas na gestão desse recurso natural e no âmbito da participação, comunica-ção, sensibilização e educação.

A 5a edição do prêmio que foi con-cebido para reconhecer projetos, ini-ciativas e programas e não o trabalho individual, traz como tema central, “Água e desenvolvimento sustentá-vel”. Aqueles que queiram concorrer sozinhos devem encontrar um aval e apresentar-se com o apoio de uma organização. O prazo de inscrição ter-mina no dia 15 de setembro.

Segundo informe da ONU, a e-dição 2014 do prêmio oferece ainda uma oportunidade para refletir so-bre os compromissos internacionais nesse campo e sobre os esforços re-alizados para alcançar a meta dos Objetivos de Desenvolvimento de reduzir pela metade a proporção de pessoas sem acesso à água potável e ao saneamento para 2015, bem como deter a exploração insusten-tável dos recursos hídricos.

O prêmio será entregue no dia 22 de março, durante uma cerimônia, em Nova York, por ocasião do Dia Mundial da Água. Essa é uma inicia-tiva organizada e coordenada pelo Es-critório das Nações Unidas de Apoio à Década Internacional para a Ação “Água, para a Vida” 2005-2015, que implementa o Programa ONU-Água para a Promoção e Comunicação e o Programa Mundial de Avaliação dos Recursos Hídricos (WWAP).

ONU escolherá asmelhores práticas degestão hídrica do mundo

RECONHECIMENTO

JORNALISTA E ESCRITOR

Direito inalienávelO crescente desenvolvimento cien-

tífi co e tecnológico verifi cado depois da Segunda Guerra Mundial fez com que a sociedade de massa recla-masse um alargamento dos direitos fundamentais até então assentados na Declaração Universal dos Direitos do Homem, com base nos parâme-tros da Revolução francesa. No bojo destes direitos que transcendem o individual e o social, está o direito inalienável a um meio ambiente sau-dável, cuja consecução é um dever do Estado e também de todos os ci-dadãos, individual e coletivamente, consoante está assentado no artigo 225 da Constituição Federal.

Convergência de direitosO constitucionalista, Luiz Alberto Da-

vid Araújo, leciona com propriedade: “Depois de preocupações em torno da liberdade e das necessidades hu-manas, surge uma nova convergência de direitos, volvida à essência do ser humano, sua razão de existir, ao des-tino da humanidade, pensando o ser humano enquanto gênero e não ads-trito ao indivíduo ou mesmo a uma co-letividade determinada. Isso faz com que surjam os direitos transindividuais, metaindividuais alicerçados no ide-al de solidariedade e de fraternidade. Os principais são: o direito à paz, ao desenvolvimento, à comunicação, à proteção do consumidor e ao meio ambiente ecologicamente equilibrado”.

Ordem econômicaA Constituição de 1988, que avan-

çou sobremodo no entendimento da preservação do meio ambiente como direito fundamental, também deixa ex-presso esse desiderato, além do basilar artigo 225, no artigo 170, que trata da Ordem Econômica. Ali também se pre-vê a “defesa do meio ambiente” como um dos princípios gerais da atividade econômica (art. 170, VI da CF). Assim é que, consoante a lição de Édis Mila-ré, não se pode olvidar que “O cres-cimento econômico ou o desenvolvi-mento socioeconômico deve portar-se como um instrumento, um meio efi caz para subsidiar o objetivo social maior. Neste caso, as atividades econômicas não poderão, de forma alguma, gerar problemas que afetem a qualidade am-biental e impeçam o pleno atingimento dos escopos sociais”.

Política ambientalCom o mesmo intento, assevera

Marise Costa de Sousa Duarte sobre o tema: “Em face da alta relevância do bem jurídico tutelado, a Constituição estabeleceu toda uma política am-biental, impondo a responsabilidade de todos sobre o mesmo (e não só do Estado), e obrigando o Poder Público e a comunidade a preservarem-no para as presentes e futuras gerações; reconhecendo, assim, uma indisso-ciabilidade do vínculo Estado-socie-dade civil no dever jurídico de defesa e proteção do meio ambiente”

DIREITOS FUNDAMENTAIS E MEIO AMBIENTEContinuo a insistir no tema da proteção ao meio ambiente como uma de-

terminação dos mecanismos constitucionais de preservação da natureza de forma mais ampla, abrangendo os elementos essenciais à vida humana e à manutenção do equilíbrio ecológico. Neste sentido é que o legislador cons-tituinte de 1988, adotou uma postura de inovação com o fi to de modifi car posicionamentos anteriores e tutelou de maneira abrangente o meio ambiente, assegurando larga margem de liberdade no respeitante à proteção ambiental quando da feitura de uma legislação infraconstitucional. Em face desse novo modo de ver o ecossistema é que todo o indivíduo obriga-se a preservar o meio ambiente, tanto em nível pessoal quanto social. E o Estado, por intermé-dio de suas instituições sociais e judiciárias, deve assegurar mecanismos que permitam uma ação preventiva e repressiva de defesa do meio ambiente.

• Estima-se que um bilhão de pessoas carece de acesso a um abastecimento de água sufi ciente, defi nido como uma fonte que possa fornecer 20 litros por pessoa por dia a uma distância não su-perior a mil metros. Essas fontes incluem ligações domésticas, fontes públicas, fossos, poços e nascentes protegidos e a coleta de águas pluviais.

DÉCADA DA ÁGUAPara reforçar ainda mais uma ação

global para atender às metas dos ODM relacionadas à água, a Assembleia Ge-ral proclamou a Década Internacional de Ação, “Água, para a Vida” (2005 – 2015). A Década começou em 22 de março de 2005, data na qual é comemorado, anu-almente o Dia Mundial da Água.

ODMA importância crucial da água para

muitos aspectos da saúde humana, do desenvolvimento e do bem-estar levou a objetivos específi cos relacionados à água no apoio a cada um dos Objetivos do Desenvolvimento do Milênio (ODM). Essas metas referem-se a: erradicar a extrema pobreza e a fome, alcançar a educação primária universal, promover a igualdade entre os sexos e a autono-mia das mulheres, reduzir a mortalida-de infantil, melhorar a saúde materna, combater o HIV/AIDS, a malária e outras doenças, garantir a sustentabilidade ambiental e desenvolver uma parceria global para o desenvolvimento.

Fonte: ONU (http://www.onu.org.br/a-onu-em-acao/a-onu-em-acao/a-onu-e-a-agua/)

UM BILHÃO SEM ACESSO

Page 5: O Estado Verde - Edição 22298 - 15 de julho de 2014

POR: SHERYDA [email protected]

Uma das principais razões para os problemas ligados aos ser-viços públicos, mobilidade e meio ambiente de Fortaleza,

segundo especialistas, é a falta de plane-jamento urbano. Buscando interromper o ciclo de descontinuidade das gestões municipais, o prefeito Roberto Cláudio lançou, na última sexta-feira, 11, o Plane-jamento Estratégico e Participativo For-taleza 2040 (PEPF2040), que será cons-truído ao longo dos próximos dois anos. Na ocasião, o Prefeito sancionou ainda a lei que cria o Conselho da Cidade (CC) e o Conselho Municipal dos Usuários do Transporte Público Coletivo (CMUTPC).

“A tarefa de planejar não tem apai-xonado as pessoas”, afi rmou Rober-to Cláudio durante o lançamento do PEPF2040, no prédio anexo da As-sembleia Legislativa, ressaltando que o mais importante é que a ação não se limite à sua gestão, mas que seja con-tinuado pelos futuros prefeitos e pre-feitas da Capital. Além disso, afi rmou que, diferente do Plano Diretor lançado em 2009, o PEPF2040 será um plano de desenvolvimento urbano, que ocor-rerá em articulação com as secretarias municipais e outros setores da socieda-de, e seguindo parâmetros ambientais, sociais, econômicos e de mobilidade.

Durante o lançamento, o presidente do Instituto de Planejamento de Forta-leza (Iplanfor), Eudoro Santana, expli-cou que o Plano será construído com um olhar de diversos setores da sociedade, para que dessa forma “possamos enxer-gar Fortaleza como ela realmente é, em todas as suas mazelas e riquezas”, de-clarou. Além de traçar um diagnóstico da Capital, o documento traçará ações para resolver os problemas da Cidade, defi nindo prazos e recursos necessários para tal. Presente na solenidade, a titu-

lar da Secretaria de Urbanismo e Meio Ambiente (Seuma) Águeda Muniz, afi r-mou que os resultados do Plano ocor-rerão de forma integrada com todas as secretarias, e que essa condição é indis-pensável para o sucesso do mesmo.

COMPLEMENTO AO PLANO DIRETORSegundo Águeda, o PEPF2014 não

anula o Plano Diretor, lançado em 2009. Ambos são complementares. “No Plano Diretor não há diagnóstico nem Proje-to para a Cidade, nem regulamentação, apenas a lei. Com o Planejamento para 2040, construiremos ferramentas para a elaboração do próximo Plano Diretor. Trata-se de uma ferramenta estratégi-ca”, disse. A secretária afi rmou ainda que a regulamentação do Plano Dire-tor é um compromisso de campanha

da gestão atual, e que a Seuma já tem três leis para esse fi m a serem votadas na Câmara: Transferência do Direito de Construir, Outorga Onerosa e a Regula-rização de Obra Construída.

Outra regulamentação que deve ser encaminhada para votação até “mea-dos de 2015” é a da Lei de Uso e Ocu-pação do Solo. “Ela abrange os tipos de uso da cidade, inclusive os novos que tem surgido, por isso é complexa e leva mais tempo. Já o novo Código de Obras e Posturas (o vigente é de 1981) deve ir para a Câmara até o fi nal do ano”, disse.

CONSELHO DA CIDADE NÃO É RE-ALMENTE DEMOCRÁTICO, AFIRMA MEMBRO DA CICLOVIDAS

Embora a criação do CC, seja uma ferramenta pela democracia, segundo

a Prefeitura, a Associação dos Ciclistas Urbanos de Fortaleza (Ciclovida) criti-ca o fato de o mesmo ter caráter con-sultivo e de que parte de seus mem-bros serão escolhidos pelo próprio RC. “Os segmentos interessados no tema deveriam eleger entre si os seus re-presentantes. O ‘Conselho da Cidade’ criado pela Prefeitura é do Prefeito, composto conforme a sua vontade”, afirma o membro da Ciclovida, o ad-vogado Celso Sakuraba.

Ao sancionar as leis, Roberto Cláudio afi rmou que “ferramentas que elas são instrumentos legais para atender aos clamores das manifestações populares”. O Estado Verde procurou a assessoria da Prefeitura para responder à crítica de Sakuraba, mas até o fechamento desta edição, não obteve resposta.

5FORTALEZA - CEARÁ - BRASILTerça-feira, 15 de julho de 2014

VERDE

Prefeitura lança Planejamento Estratégico e Participativo Fortaleza 2040

MEIO AMBIENTE URBANO

A intenção é traçar diagnósticos e soluções para a Capital durante os próximos dois anos. Ro-berto Cláudio afi rmou que após concluído, planejamento deve ser seguido por gestões futuras

Na ocasião, Roberto Claudio também sancionou as leis que criam o Conselho da Cidade e o Conselho Municipal do Transporte Público Coletivo

TIAGO STILLE

Page 6: O Estado Verde - Edição 22298 - 15 de julho de 2014

POR SHERYDA [email protected]

O dia 12 de julho é dedicado ao santo protetor das fl orestas, São Gualberto, e no próximo dia 17 (quinta) celebramos o

Dia de Proteção às Florestas. No ima-ginário do brasileiro, ao ouvir o termo fl oresta, logo vem à mente a imagem da Floresta Amazônica e ou da Mata Atlân-tica, que são de grande importância para o ecossistema global. Porém, um bioma também essencial, e ainda por cima, de exclusividade brasileira, geralmente não é visto como uma fl oresta: a Caatinga.

A afi rmação de que aquele ecossis-tema retratado pela imagem do chão rachado, arbustos ralos e árvores que mais lembram gravetos, seja uma fl o-resta e pode causar surpresa. O micro-empreendedor individual José de Araú-jo, 44, por exemplo, não vê qualquer semelhança. “A Caatinga é uma região super seca. Nas fl orestas têm muito verde, plantas, fl ores, animais e muita chuva também. É completamente dife-rente”, afi rma. E mesmo quem acredita que o bioma pode ser classifi cado como fl oresta, ainda fi ca com o pé atrás. “Não é. Quer dizer… é sim. Apesar de não pa-recer, ela deve ser sim, porque é possí-vel sobreviver nela”, analisa o soldado do exército, Matheus da Silva, 18.

CONCEITO DE FLORESTASegundo a Organização das Nações

Unidas para a Agricultura e Alimen-tação (FAO), a floresta é “uma área medindo mais de 0,5 hectares (ha) com árvores maiores que cinco me-tros de altura e cobertura de copa su-perior a 10%, ou árvores capazes de alcançar esses parâmetros. Isso não inclui terra que está predominante-mente sob uso agrícola ou urbano”. A analista ambiental do Serviço Flo-restal Brasileiro (SFB), cedida pelo

Instituto de Meio Ambiente e Recur-sos Naturais Renováveis (Ibama), Maria Auxiliadora Gariglio, explica que esse conceito contempla a Caa-tinga porque a imagem árida do ima-ginário popular é, geralmente, a de áreas degradadas do bioma.

“Nos locais onde a Caatinga está preservada, suas árvores têm capaci-dade de atingir até 10 metros de altu-ra, sem falar que esse bioma pode sim, ter áreas verdes e exuberantes, com muitas espécies de flores e uma fau-na variada”, afirma Auxiliadora, que é engenheira ambiental por formação. Outra razão para as áreas secas é a grande diversidade de características de solo e clima do semiárido, que in-fluencia na floresta Caatinga. A Asso-ciação Caatinga (AC), organização do terceiro setor, fala ainda na presença de espécies de mais de 20 metros de altura, raríssimas atualmente, devido à exploração histórica desenfreada.

“Sim, há locais secos e com arbustos, mas, na Floresta Nacional de Araripe (Flona Araripe-Apodi), por exemplo, é possível ver o ápice do bioma naquela região. Não quer dizer que o ideal é que a Caatinga fosse toda daquele jeito, pois o Semiárido brasileiro é uma verdadei-ra colcha de retalhos e isso infl uencia nos aspectos da fl oresta”, explica Auxi-liadora. A Flona Araripe-Apodi locali-za-se na Serra do Araripe, nos Estados do Ceará, Pernambuco e Piauí.

O secretário executivo da AC, Rodrigo de Castro, também defende a visão da Caatinga enquanto fl oresta e lembra a origem do próprio nome do bioma, que vem do Tupi Guarani e quer dizer Mata Branca ou Floresta Branca. Para ele, po-rém, a compreensão da sociedade sobre esse fato não contribuiria muito para sua preservação. “Mais importante que isso é mostrar o quanto ela é importante, toda sua exuberância, diversidade e os benefí-cios para o planeta e a sociedade”, opina.

6 FORTALEZA - CEARÁ - BRASILTerça-feira, 15 de julho de 2014

VERDE

Uma floresta chamada CaatingaMEIO AMBIENTE NATURAL

O bioma, exclusivo do Brasil, é uma fl oresta e detém grande diversidade de fauna e fl ora, apesar de ainda ser lem-brado apenas como um cenário de seca

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Em áreas preservadas da Caatinga há espécies de árvores que podem chegar a 20 metros de altura

Page 7: O Estado Verde - Edição 22298 - 15 de julho de 2014

Embora também atribua grande im-portância ambiental ao bioma, o coor-denador técnico do Centro de Estudos do Trabalho e de Assessoria ao Traba-lhador (CETRA), Luís Eduardo Sobral discorda de Rodrigo, pois acredita que o reconhecimento da Caatinga en-quanto floresta confere ao ecossiste-ma a condição de um ambiente rico e diverso, ao invés da imagem desolada que lhe é atribuída. Para ele, a visão cultural sobre esse bioma não é uma coincidência, ela faz parte da cons-trução da “indústria da seca”, que dá ao bioma características de morbidez irreversíveis e lucra com isso.

VISÃO URBANA DA CAATINGAEnquanto o cenário repleto de poei-

ra, cactos e cadáveres de animais ain-da representa a Caatinga para quem vive nas grandes cidades, para as po-pulações que sobrevivem dela a ima-gem não é bem essa. É o que considera o engenheiro florestal e coordenador geral da Associação Plantas do Nor-deste, Franz Pareyn. “As populações da Caatinga conhecem o seu potencial, sua diversidade e aprenderam a mane-jar seus recursos. O problema é que

quem lidera os processos de elabora-ção de leis e políticas públicas ainda é adepto dessa visão limitada”, opina. Mesmo assim, o engenheiro considera que o reconhecimento da importância da Caatinga tem crescido.

Segundo Maria Auxiliadora, o SFB atua na defesa da Caatinga por meio de diversas ações. Entre elas, as unidades de pesquisa florestal, onde o compor-tamento do bioma é estudado e depois submetido a diferentes intervenções. Os resultados dos estudos orientam para a formulação de normas de uso da Caatinga, medidas de fiscalização, e esclarecem sobre o comportamento das espécies e da floresta.

Outra forma de atuação do Órgão é quanto ao manejo Florestal em assenta-mentos rurais. “Essa é uma atividade em curso em quatro estados do Nordeste em que estamos promovendo o uso susten-tável, legalizando a produção e criando a oportunidade de geração de outra fonte de renda para 91 assentamentos”, afi r-ma. As ações envolvem ainda cursos a estudantes que estão fi nalizando o curso técnico em escolas agrícolas e Institutos Federais de Educação, extensionistas de ONGs e prefeituras.

7FORTALEZA - CEARÁ - BRASILTerça-feira, 15 de julho de 2014

VERDE

DICIONÁRIO ESTADO VERDENem toda floresta é um bioma e nem

todo bioma é uma floresta. No caso da Caatinga, ela é os dois. Entenda os conceitos:

• Bioma: Ecossistema com um con-junto de características próprias e singu-lares, como clima, tipo de solo e espécies endêmicas, ou seja, exclusivas.

• Floresta: Área medindo mais de 0,5 hectares com árvores maiores que cinco metros de altura e cobertura de copa su-perior a 10%, ou ainda, capazes de alcan-çar tais parâmetros. Isso não inclui terra que está predominantemente sob uso agrícola ou urbano.

• Floresta Nacional (Flona): Ca-tegoria de área protegida estabelecida pelo Snuc - Sistema Nacional de Uni-dades de Conservação (Lei Federal no 9.985, de 18/07/2000). A Flona é uma área com cobertura fl orestal de espécies predominantemente nativas e tem como objetivo básico o uso múltiplo sustentá-vel dos recursos fl orestais e a pesquisa científi ca, com ênfase em método para exploração sustentável de fl orestas nati-vas. O Ceará conta com duas fl orestas nesta categoria de fl oresta: Flona do Araripe-Apodi (criada em 1946) e a Flona de Sobral (criada em 1967).

• Inventário Florestal Nacional (IFN): É um inventário que abrange todo um país, periodicamente, utilizando téc-nicas de amostragem, de modo a pos-sibilitar o monitoramento contínuo dos recursos naturais fl orestais, tendo como principal propósito fornecer informações

para subsidiar a defi nição de políticas fl o-restais, a gestão dos recursos fl orestais e a elaboração de planos de uso e conser-vação dos recursos fl orestais.

• O Brasil realizou a primeira e única edição de um IFN, na década de 1980, o objetivo principal era gerar informações sobre os estoques de madeira de fl ores-tas naturais e plantadas. A síntese dos resultados foi publicada em 1983 e está disponível no portal do IFN (http://ifn.fl o-restal.gov.br/).

• O Serviço Florestal Brasileiro (SFB) está elaborando um novo IFN que contem-plará todo o território nacional. O inventário para o Ceará já está contratado e o órgão à frente do processo é a Superintendência Estadual do Meio Ambiente (Semace).

Diferente da imagem tradicional que lhe é atribuída, as áreas preservadas da Caatinga guardam um colorido que impressiona

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Para quem adora ver televisão e tam-bém se interessa pelas maravilhas do meio ambiente, a estreia de uma nova minissérie deve interessar. A partir de

domingo, 20 de julho, às 22h20, o Discovery adentra as selvas úmidas e revela as espécies da Indochina Selvagem (Wildest Indochina) em uma minissérie composta por cinco episó-dios com uma hora de duração. A cada sema-na, a produção viaja a um país diferente para documentar a fl ora, fauna e cultura que consti-tuem paisagens majestosas.

As câmeras de Indochina Selvagem chegam muito perto dos animais para captar suas ar-mas na luta pela vida – camufl agem e métodos de comunicação com os demais indivíduos es-tão entre as artimanhas. Espécies intrigantes de felinos, anfíbios, répteis, aves, peixes, símios e insetos ocupam o território dominado pelo clima de monções. Temporadas de escassez e abundância alternam-se com a incidência das chuvas e os fi zeram criar estratégias de sobre-vivência peculiares – com características físicas e comportamentos adaptados aos desafi os in-dochineses, estes animais são versões únicas de seus parentes evolutivos mais conhecidos.

No episódio de estreia, Indochina Selvagem vai ao Camboja. Lá, o telespectador encontra-rá formas de vida que parecem alienígenas e aquela que foi a maior cidade do mundo pré-

-industrial – Angkor era a sede do Império Khmer e, há mais de oitocentos anos, abrigou cerca de um milhão de habitantes em seus prédios adornados com esculturas sofi sticadas e templos imponentes.

Na semana seguinte, a série chega ao Viet-nã. O país fi ca no extremo oriental da penín-sula da Indochina e reúne cerca de 10% de todas as espécies do mundo. Suas fl orestas já foram palco de uma guerra que dizimou pes-soas e animais indefesos, mas a vida selvagem e a cultura vietnamita ressurgiram e são re-tratadas em toda a sua riqueza.

O terceiro episódio explora a região sudoeste da China, terra de montanhas cobertas de gelo, vales e selva tropical. Esta pequena região con-centra a vida selvagem do país, conhecido por sua produção industrial.

A biodiversidade da Malásia é tema do pe-núltimo episódio. A riqueza natural do país é inigualável, principalmente em Bornéu, a terceira maior ilha do mundo. Lá as câmeras registram clãs de orangotangos e os crocodilos gigantes que vivem à espreita nos rios.

O episódio final de Indochina Selvagem viaja à Tailândia, um país moldado à força bruta da natureza. Diante dos desafios à so-brevivência, tigres que se tornaram eficien-tes predadores e macacos desenvolveram comportamentos inusitados.

8 FORTALEZA - CEARÁ - BRASILTerça-feira, 15 de julho de 2014

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Dos animais selvagens às civilizações ancestrais, pro-dução registra a vida nas fl orestas úmidas da região

Minissérie revela a bio-diversidade e a riqueza cultural da Indochina

TV FECHADA

INDICAÇÃO DE LEITURA

Com o objetivo de despertar no Governo Federal refl exões acerca das metodologias aplicadas na Política Nacional de Ater (Assistência Técnica e Extensão Rural), a Rede Ater Nor-deste realiza o lançamento estadual da obra Políticas Públi-cas e Transição Agroecológica no Brasil: refl exões a partir de estudos de Caso. O evento ocorre na próxima quinta-feira, 17 (dia de proteção à fl oresta), às 18h na sede do Centro de Estu-dos do Trabalho e de Assessoria ao Trabalhador (Cetra), que fi ca na Rua Capitão Gustavo, 3842, no São João do Tauape.

Na ocasião haverá um debate com a professora Gema Galgani, economista doméstica e coordenadora do Progra-ma Residência Agrária da Universidade Federal do Ceará (UFC). A realização da obra teve apoio fi nanceiro do Minis-tério do Meio Ambiente.

Segundo a coordenadora do Cetra, Neila Santos, a crítica da Rede, que é formada por 12 organizações da sociedade civil, é de que o Governo estimula práticas invasivas na pro-dução do campo, como o uso de maquinário pesado, prática de monocultura, uso de agrotóxicos e desconsideração aos modos tradicionais de manejo do solo. Já a Rede prega que a produção ocorra na contramão de tudo isso, de forma agroe-cológica e em sintonia com os conhecimentos populares.

A obra relata casos de produção da agricultura familiar dos estados do Ceará, Pernambuco, Bahia, Rio Grande do Norte, Paraná e Minas Gerais. “Em alguns momentos a Ater foi realizada pelo Governo, em outros pela Rede e há casos ainda em que a produção ocorreu seguindo as formas tradi-cionais de manejo, sem interferência de qualquer instituição. A intenção é traçar um comparativo”, explica Neila.

O livro é gratuito e tem tiragem limitada. Para adquirir um exemplar, interessados devem procurar o Cetra. Na oca-sião do lançamento, alguns exemplares serão sorteados. A obra também está disponível para download por meio do site www.cetra.org.br.

Título: Políticas Públicas e Transição Agroecológica no Brasil: refl exões a partir de estudos de Caso.Realização: Rede Ater NordestePáginas: 224.Ano: 2014.Preço: Gratuito. A obra tam-bém está disponível para do-wnload.Mais informações: www.cetra.org.br

Obra relata casos de produção da agricultura familiar em seis estados brasileiros

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Page 9: O Estado Verde - Edição 22298 - 15 de julho de 2014

POR TARCILIA [email protected]

“Uma empresa de energia positiva.” É assim que a Companhia Eletrome-cânica e Gerenciamento

de Dados S. A. (Ceneged) é reconhecida no mercado em que atua. A Ceneged que coleta, gerencia e entrega dados, constrói redes de eletricidade, realiza aviso ante-cipado de corte e religação, entre outros serviços, tem na governança corporativa um dos pilares determinantes para o for-talecimento de sua atuação empresarial, com sustentabilidade.

Quando se fala em governança cor-porativa trata-se de falar da adoção de boas práticas que “convertem princípios em recomendações objetivas, alinhando interesses com a fi nalidade de preservar e otimizar o valor da organização, facili-tando seu acesso ao capital e contribuin-do para a sua longevidade”, de acordo com o IBGC - Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (http://www.ibgc.org.br/). “Governança é o sistema pelo qual as organizações são dirigidas, monitoradas e incentivadas, envolven-do as práticas e os relacionamentos en-tre proprietários, conselho de adminis-tração, diretoria e órgãos de controle”. O termo inclui também o estudo sobre as relações entre os diversos atores en-volvidos (os stakeholders) e os objetivos pelos quais a empresa se orienta.

E é isso que a Ceneged faz no seu dia a dia conforme explica o administrador, Renato Albuquerque Sereno Alves, di-retor presidente da Companhia Eletro-mecânica. “Trabalhamos com pessoas, valorizamos pessoas, procuramos tra-balhar com segurança, qualidade, ética, transparência e de forma harmônica. Buscamos a sustentabilidade no am-biente de trabalho e nas relações com as partes interessadas”, disse.

BEM AVALIADASegundo o responsável pela Área de

Faturamento e Novas Ligações da Coel-ce, Ribamar Carneiro, a Ceneged é res-ponsável pela coleta e pela entrega das contas de energia da Coelce na cidade de Fortaleza e na Região Metropolitana, o que representa parte do processo de faturamento da companhia. “A empresa é estratégica para a Coelce não só pe-los serviços que presta, mas pela forma como trata a parceria”, afi rma Carneiro. A Ceneged atende distribuidoras e gera-doras de energia elétrica do Ceará, Rio Grande do Norte e da Paraíba.

“A Ceneged não é a única fornecedo-ra da Coelce dos serviços de coleta, ge-renciamento e entrega de dados, essa atividade também é desenvolvida por outra fornecedoras, mas a empresa é a mais bem avaliada comparativamente

entre os 40 fornecedores da Coelce. Em termos de qualidade de serviço, segu-rança e satisfação dos colaboradores, é referência. Tem prestado um serviço de qualidade, conseguindo superar as me-tas que são colocadas para ela”.

“Desde 2009 a empresa é considera-da a melhor fornecedora da Coelce”, re-afi rma a analista de RH, Layla Colares Viana da Silva. Para a psicóloga, “na Ce-neged os valores não estão apenas pre-gados na parede, estão no dia a dia da empresa, aonde é possível ver isto, mui-to bem. A real valorização das pessoas está no DNA da organização, as diversas premiações são apenas, refl exos disso. Atrás de cada maquininha de leitura de consumo de energia está um ser huma-no, não apenas um leitor de dados ou segurador de máquina de leitura”. Ao entrar na Ceneged, causa admiração, a

quantidade de prêmios e certifi cações emoldurados e expostos, que foram re-cebidos em reconhecimento à qualidade da gestão da empresa.

“Outro valor é a questão do trabalho com segurança, a vida aqui, está sem-pre em primeiro lugar. São diversos treinamentos voltados para questão da segurança, que é primordial. Com relação aos prêmios que recebemos, pelo quarto ano consecutivo, ficamos entre as melhores empresas para se trabalhar no Ceará e pela segunda vez, entre as melhores do Brasil. É um retorno que nos gratifica muito, afinal, são os próprios colaborado-res que respondem”. As pesquisas abordam diversas questões, de vários âmbitos, como por exemplo, como o colaborador sente-se orgulhoso por trabalhar na Ceneged.

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Empresa busca a sustentabilidade no ambiente de trabalho

GESTÃO EMPRESARIAL

Uma organização que trabalha com pessoas, com segurança, qualidade, ética, transparência e de forma harmônica. É a mais bem avaliada fornecedora da Coelce

FORTALEZA - CEARÁ - BRASILTerça-feira, 15 de julho de 2014

Na empresa, os valores não estão apenas pendurados em suas paredes, eles fazem parte da rotina

FOTO: TIAGO STILLE

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10 FORTALEZA - CEARÁ - BRASILTerça-feira, 15 de julho de 2014

VERDE

“Trabalhamos com pessoas, valorizamos pessoas, procuramos

trabalhar com segurança, qualidade, ética, transparência e de forma harmônica.

Buscamos a sustentabilidade no

ambiente de trabalho e nas relações com as partes interessadas”

ORGULHO DE TRABALHARQuando o assunto é orgulho, o lei-

turista Robson Sereno Alves, 34, não mede palavras. Segundo ele, “o orgulho é grande, ser colaborador da empresa na qual todos são ouvidos e tratados com respeito e atenção é muito bom. A impressão é que tudo está voltado para nós, eles pensam muito nos leituristas. Nossas jornadas externas são cercadas de segurança, sinto-me seguro durante o trabalho”, conta Alves.

Perguntei ao diretor de operações, João Agostinho de Souza, que não por acaso é teólogo, se esta relação com os funcionários tem a ver com o fato de os principais dirigentes da empresa terem começado como leiturista em uma coo-perativa, que foi a semente da Ceneged. “Certamente”, respondeu Souza.

“Algumas vezes, sinto-me até cons-trangido, em alguns momentos, quando participo de reuniões na sede da Ende-sa, no Rio de Janeiro, quando começam a elogiar nosso trabalho. Outro dia fo-mos convidados para um café da ma-nhã, também no Rio, e o presidente quis saber o que fazemos aqui em Fortaleza e porque estamos sempre em primei-ro lugar. Cuidamos de pessoas, é isso. O diretor operacional lembrou que até hoje toma sopa com os leituristas e “é ali acontecem as boas conversas, o grande segredo é conversar com eles, é quando surgem várias ideias”.

A empresa é aberta a ideias e toda ideia é bem-vinda, disse também o di-retor presidente Renato. “Como presta-dores de serviço, nossa obrigação é fa-zer o melhor. É importante lembrar que o cliente que recebe o nosso leiturista, merece receber um sorriso. Um colabo-rador que vai fazer um corte, que é uma atividade muito difícil e desgastante, vai sabendo que tem que ter uma desen-voltura diferenciada de forma a não au-mentar o constrangimento de quem vai fi car sem a luz. É preciso sutileza e cora-ção para que a pessoa sinta-se melhor”.

QUALIDADE DE VIDAA Ceneged tem um olhar diferencia-

do para os colaboradores. Segundo a analista de qualidade, Gyselle Uchoa Rocha Barros, “o engajamento das pessoas é fundamental, também, para a qualidade de vida dos colaborado-res que se sentem realmente com-prometidos porque se sentem enga-jados”. A empresa desenvolve vários programas para a qualidade de vida dos colaboradores: carga horária fle-xível; todos os colaboradores traba-lham com metas; serviço gratuito de consultório odontológico; plano de saúde sem custo para o colaborador; ginástica laboral e massoterapia. Tem ainda uma sala dedicada ao lazer dos colaboradores, onde tem TV, mesa de bilhar e local para descanso.

“Os programas que sugerimos sem-pre são abraçados de uma forma mais fácil, e isso tem relação com os valores da empresa, talvez esteja aí a resposta do Agostinho [diretor operacional]. A

Coelce, recentemente, fez uma avalia-ção referente à gestão da nossa rotina e fi camos em primeiro lugar”.

MEIO AMBIENTENa Ceneged é consenso que não basta

criar ações de planejamento estratégico no papel, é preciso coloca-las em práti-cas. “Recentemente, participei de uma missão da Federação das Indústrias à Estocolmo, onde conheci a avançadíssi-ma política ambiental daquela Cidade. Na volta, só pensava o que eu poderia fazer, também, na minha empresa de forma a contribuir efetivamente com o meio ambiente, com relação às emissões de Gases de efeito estufa (GEE)”, conta o diretor presidente. A empresa já ado-ta práticas como a reciclagem das bobi-nas usadas na impressão das contas de energia e a coleta seletiva.

O dirigente reuniu a equipe e a solu-ção encontrada foi substituir o uso de gasolina por Etanol (combustível eco-logicamente sustentável), em todos os veículos, uma semana por mês, o que representa 25% do combustível usado no decorrer do ano em toda a empre-sa. Além do mais, o combustível verde apresenta concentração cem vezes me-nor de enxofre do que a gasolina, assim como emite menos CO2 (90%). “Já es-tamos controlando as emissões de CO2”.

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Qualidade de vida: uma sala dedicada ao descanso e recreação dos colaboradores

Renato AlbuquerqueDiretor-Presidente

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O Greenpeace leva à frente cam-panha e funda a “República Glaciar” (www.republicagla-ciar.cl), um novo país com-

prometido com a proteção dos glaciares do Chile, na parte austral daquele país. O Greenpeace considera as geleiras re-servas de água estratégicas para o país e para as futuras gerações. Atualmente, não há regulamentação para protegê-las, estão vulneráveis e esta lacuna permitiu o estabelecimento da República Glacial: Um país onde os cidadãos assumem o compromisso de proteger as enormes massas de gelo; fontes de água e de vida.

Para os ativistas do Greenpeace um território sem soberania, uma popula-ção permanente, uma forma de gover-no, e a capacidade dessa nação para estabelecer relações diplomáticas com os Estados vizinhos é o necessário para formar uma nova. Cumprindo todas as condições pelo abandono legal dos gla-ciares, os ativistas chilenos ocuparam o território, fi ncaram bandeira sobre as enormes massas de gelo e convocaram todas as pessoas do mundo para se tor-narem cidadãos do novo Estado.

O “limbo jurídico” em que se encon-tram as geleiras no Chile, “permitiu estabelecer a República Glaciar, uma nação onde todos os cidadãos chilenos pode ser a de proteger essas reservas de água naturais. O Chile é um dos pou-cos países que não prevê uma lei para proteger as geleiras, o que permitiu a mineração ser transformado em sua principal ameaça”. Explicou o diretor do Greenpeace no Chile, Matthias Asún, em matéria publicada em março deste ano, no prestigiado jornal norte ameri-cano, The New York Times.

O Greenpeace sempre se caracterizou por suas manifestações e intervenções. Agora estes defensores da ecologia utili-zam ferramentas legais e a Internet para tentar proteger os glaciares. De acordo com as informações do grupo ativista, logo será emitida uma carta de independência que deverá ser compartilhada com os paí-ses de todo o mundo, bem como iniciarão ações junto a ONU para que se reconheça a independência da República Glacial.

A república está fundada e todo e qual-quer cidadão do Chile ou de outro lugar do planeta, pode se tornar cidadão ao

FORTALEZA - CEARÁ - BRASILTerça-feira, 15 de julho de 2014

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Os ativistas do Greenpeace chileno ocuparam o território, fincaram bandeira sobre as enormes massas de gelo

Todo cidadão do mundo pode se tornar cidadão da República Glaciar ao obter um passaporte

Greenpeace funda um novo país para proteger as geleiras do Chile

VOCE SABIA?

• As geleiras no Chile cobrem uma área de cerca de 23.000km2, o equiva-lente a 82% das geleiras que existem na América do Sul.

• O projeto Pascua Lama é o primei-ro projeto de mineração binacional do mundo, envolve o Chile e a Argentina. Consiste na abertura de uma mina de ouro nas geleiras dos dois países pela

empresa Barrick Gold Corporation, a maior multinacional mineradora desti-nada à extração de ouro no mundo, se-diada em Toronto no Canadá.

• O método de extração emprega produtos químicos e a possibilidade de contaminação das águas potáveis do gelo, tanto do Chile como da Argentina, é grande e tem gerado protestos.

obter um passaporte. De acordo com as informações do grupo ativista, em bre-ve será emitida carta de independência e compartilhada com todos os países, e também, serão iniciadas ações na Orga-nização das Nações Unidas (ONU), para

que se reconheça a independência da nova “nação”.

Mais informações sobre a Repúbli-ca Glaciar podem ser encontradas na página: http://www.republicaglaciar.cl/nota1.php.

Page 12: O Estado Verde - Edição 22298 - 15 de julho de 2014

POR SHERYDA [email protected]

Para melhorar o transporte pú-blico de Fortaleza, desde on-tem ocorre uma readequação em frotas de ônibus e vans. 10

topiques da Linha 711 foram substituí-das por 14 coletivos, fato que, conforme a Prefeitura, aumenta de 400 para 1.120 a capacidade de transporte de passagei-ros nesse trajeto. Outras oito linhas de ônibus também serão modifi cadas, sen-do trocadas por topiques, que entrarão nos terminais do Conjunto Ceará, Lagoa e Antônio Bezerra. A medida, segundo a Prefeitura, não deve impactar de forma negativa o meio ambiente com aumen-to de emissão de carbono, pois além de fortalecer o transporte coletivo, inicial-mente não serão adicionados novos veí-culos à frota já existente.

“Trata-se de uma reorganização. Ve-rifi camos linhas que tinham muitos lo-cais disponíveis para uma demanda pe-quena, e realocamos esses lugares para onde é realmente necessário”, explica o titular da Secretaria de Conservação e Serviços Públicos, Luiz Alberto Sabóia. Segundo ele, vários projetos da Secreta-ria são feitos em parceria com a Secre-taria de Urbanismo e Meio Ambiente (Seuma), mas a realocação não foi um deles. Ainda assim, acredita que a medi-da é benéfi ca, pois ao fortalecer o trans-porte público, é criada oportunidade de diminuir a quantidade de veículos nas ruas, ocasionando menos poluição.

Das empresas que realizam o transpor-te urbano em Fortaleza, apenas uma pos-

sui a certifi cação ISO 14001, que se refe-re à implantação de um Sistema Gestão Ambiental (SGA) nos processos internos das empresas e organizações. Questiona-do se esse tipo de certifi cação não deveria ser um pré-requisito para que o serviço fosse prestado na Capital, o secretário admitiu que o transporte público tem falhado ao não atentar a essas questões. “Sim, é verdade. Precisamos debater esse tema com mais força”, disse.

ÔNIBUS MODERNOS SÃO MENOS POLUENTES

Embora a certificação ambiental não seja pré-requisito para a presta-ção do serviço de transporte público em Fortaleza, segundo o presidente da Empresa de Transporte Urbano de Fortaleza (Etufor) Antônio Ferreira, a condição dos veículos que integram a frota, inspeções regulares da Etufor

e a própria qualidade do óleo diesel fornecido pelo Petrobras ajudam a di-minuir a emissão de gases tóxicos na atmosfera. “A Etufor tem adquirido novos veículos que já saem da fábrica atendendo exigências que prezam pelo meio ambiente. Além disso, nós esti-mulamos a certificação”, afirmou à re-portagem do Caderno O estado Verde.

Outro fator apontado por Ferreira é o

de que todas as empresas de Fortaleza seguem o Despoluir – Programa Am-biental do Transporte, criado pelo Con-federação Nacional do Transporte (CNT) e o Sest Senat em 2007, e que é “destina-do a promover o engajamento de trans-portadores, caminhoneiros autônomos, taxistas e sociedade em ações de conser-vação do meio ambiente, como forma de colaborar para a construção de um mo-delo sustentável de desenvolvimento”.

ESTRATÉGIAS DO INVENTÁRIO DE EMISSÕES DE GASES

Segundo a titular da Seuma, a urba-nista Águeda Muniz, as estratégias para atingir as metas do Inventário de Emis-sões de Gases de Efeito Estufa (Inven-tário de GEE) em Fortaleza devem fi car prontas até 2015. Além dessa medida, a Secretaria também está trabalhando em estratégias de redução dos gases do efeito estufa para os BRT’s (Bus Rapid Transit, sigla em inglês) ou Transporte Rápido por Ônibus (os já conhecidos corredores exclusivos de transporte público), principalmente aqueles que integram o Transfor.

FORTALEZA - CEARÁ - BRASILTerça-feira, 15 de julho de 2014

VERDE

INVENTÁRIO DE GEE O inventário de GEE contabiliza, de

maneira precisa, as emissões e remo-ções de gases de efeito estufa de orga-nizações, cidades, estados ou países e possibilita identificar projetos que ge-rem créditos de carbono. Para muitos especialistas o processo, preferencial-

mente, deve ser guiado segundo acre-ditações internacionais como a norma ISO 14.064 da série ISO (International Organization for Standardization, sigla em inglês) que auxilia na criação de um Sistema de Gestão das Emissões (SGE) de gases poluentes.

Inicialmente a medida não adiciona veículos à frota, apenas os reorganiza de forma a otimizar o serviço. Outras medidas ajudam a diminuir a poluição, afi rmam autoridades

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MENOS FUMAÇAReadequação do transporte público diminuirá emissão de gases tóxicos

Segundo o presidente da Etufor, ônibus modernos emitem menos carbono e outros poluentes

NAYANA MELO