Na nossa peregrinação rumo ao Centenário da Aliança de Amor fomos presenteados pelo Santo Padre Bento XVI com o Ano da Fé.
O Ano da Fé, tem como tema:
“A nova evangelização para a transmissãoda fé”!
No Movimento de Schoenstatt, o tema é:
“O Ano da Missão”
Podemos dizer então que queremos aceitar com fé a nossa missão pois, é a fé que nos
torna missionários, sem ela nem se pode falar em missão.11
Neste ano, o acento especial na corrente dos
santuários – é o santuário-lar! Vamos
tratar, pois, nesta palestra o tema da fé
relacionado com a nossa missão mariana
schoenstatiana.
Em Schoenstatt sempre falamos de Fé Prática
na Divina Providência. O que isto quer dizer?
Mas, para falar da Divina Providência
precisamos falar antes da fé no sentido geral.
Jesus exige, sempre em primeiro lugar, a fé de
seus seguidores e daqueles que desejam
alcançar milagres.10
Estudando as cartas de São Paulo Apóstolo podemos ver que a fé tem quatro níveis:
1º nível: A aceitação da fé: A fé é racional, pessoal, incondicional e não
opcional
2º nível: A cristificação
3º nível: A fé é comunitária.
4º nível: A fé é missionária.9
“Eu vos lembro, irmãos, o Evangelho
que vos preguei, e que tendes
acolhido, no qual estais firmes. Por
ele sereis salvos, se o conservardes
como vo-lo preguei. De outra forma,
em vão teríeis abraçado a fé.”
1Cor 15,1-2.
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A Fé Prática na Divina Providência vivida em
Schoenstatt
Schoenstatt é filho da Fé Prática na Divina
Providência, pois este é o eixo central de sua
espiritualidade e esta foi a atitude fundamental
que guiou o P. Kentenich, durante toda a sua
vida juntamente com o “Nada sem vós, nada
sem nós”, ou seja, a Fé é um autêntico
caminho de santidade para o homem atual e
está intimamente unida à Aliança de Amor
selada com Maria no Santuário.7
Aliança de Amor e Fé Prática na Divina
Providência
A fé é a nossa abertura a Deus e adesão
pessoal a Cristo. Se pela fé reconheço Deus
como Pai - e a mim mesmo como seu filho, e
aos outros como irmãos - então, dessa fé tem
que brotar um comportamento coerente.
Quando selamos uma aliança com Deus por
meio de Maria, “associamo-nos” a esse Deus
vivo presente e atuante, que tem um plano de
amor para mim.6
Viver em aliança é estar atento a essa vontade e decidir-se a pô-la em prática. É viver como
Cristo, a dizer:
“O meu alimento é fazer a vontade d’Aquele que me enviou”
(Jo 4,34)
ou como Maria: “Eis a serva do Senhor, faça-se em mim segundo a tua palavra”
(cfr Lc 1,38).
Através de Maria Deus Pai guia-nos e concede-nos a sua graça. Ela é para nós
“providência encarnada”5
Viver a fé hoje: um desafio
O Papa Bento XVI se refere a isto na Carta Apostólica Porta Fidei:
“Enquanto no passado , era possível reconhecer um tecido cultural
unitário, amplamente compartilhado no seu apelo aos conteúdos da fé e aos valores por
ela inspirados, hoje parece que já não é assim em grandes setores da sociedade devido a uma profunda crise de fé que
atingiu muitas pessoas. (PF n. 2).4
Já o Concílio Vaticano II relatou que:
“O homem moderno é o homem das
especializações. Sabe cada vez mais de
detalhes e menos do conjunto ... Divide a
realidade e a sua própria vida em pequenas
parcelas isoladas e por isso, Deus se lhe
afasta e lhe escapa”.
3
O Pe. Kentenich na pedagogia de Schoenstatt
sempre orientou no sentido de superar essa
lamentável separação entre FÉ e VIDA. Todo
Schoenstatiano deve se deixar levar pela
autêntica espiritualidade e Maria soube nos
ensinar em suas atitudes.
“Eis a escrava do Senhor, faça-se em mim
segundo a tua palavra”.
(Lc 1,38)
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Também o nosso Pai fundador entende assim a santidade:
A pessoa deve está aberto, de modo total ao plano de Deus Pai, e procurar realizá-lo na nossa vida, até aos seus mais pequenos
pormenores. Segundo a sua concepção, a santidade consiste na delicadeza de ouvido.
“Temos que estar “com o ouvido no coração de Deus e a mão no pulso do
tempo”.Coordenação Diocesana – Crato/Ce - 20131