Núcleo Interdisciplinar de Pesquisa - NIP Coordenação Geral de Trabalho de Conclusão de Curso – CGTCC RADIOTERAPIA EXTERNA TOTAL PARA CÂNCER DE MAMA Elaborado por: Laiene Perim Rodrigues Geovane Rodrigues Silva Revisão: MSc Thyago Fressatti Mangueira
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Núcleo Interdisciplinar de Pesquisa - NIP
Coordenação Geral de Trabalho de Conclusão de Curso – CGTCC
RADIOTERAPIA EXTERNA TOTAL PARA CÂNCER
DE MAMA
Elaborado por:
Laiene Perim Rodrigues
Geovane Rodrigues Silva
Revisão:
MSc Thyago Fressatti Mangueira
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Diretoria Geral Diretoria Acadêmica
Núcleo Interdisciplinar de Pesquisa Coordenação Geral de Trabalho de Conclusão de Curso
RADIOTERAPIA EXTERNA TOTAL
PARA CÂNCER DE MAMA
Este manual é destinado à organização da
produção do Trabalho de Conclusão de
Curso (TCC) no âmbito de cursos das
Faculdades Integradas PROMOVE de
Brasília e do Instituto Superior de Educação
do ICESP.
Resumo
Este estudo possui uma breve revisão sobre a radioterapia externa total da mama, descrevendo os procedimentos realizados durante o tratamento. A composição da mama vária de acordo com a idade da mulher e a sua estrutura é dividida anatomicamente em interna e externa. O diagnóstico do câncer de mama é dado através de um exame clínico geral e locorregional por meio de diversos métodos. O estadiamento do câncer de mama consiste na classificação dos tumores malignos, as características do tumor primário e os linfonodos da cadeia de drenagem onde o órgão está localizado. A radioterapia externa é muito utilizada para tratar o câncer de mama, porém existem outros recursos terapêuticos. Podem-se usar diferentes técnicas de tratamento que será indicada de acordo com a necessidade de cada paciente, para uma boa reprodutibilidade terapêutica utilizam-se acessórios de imobilização. Este estudo tem como objetivo mostrar a necessidade de uma boa preparação do tecnólogo ao executar os procedimentos durante o tratamento.
Palavras Chave: radioterapia externa; câncer de mama; estadiamento
Abstract
This paper contains a brief review of the whole breast external beam radiotherapy, describing the procedures performed during treatment. The composition of the breast varies by the woman's age and its structure is divided anatomically into internal and external. The diagnosis of breast cancer is given through a general clinical examination and locoregional through various methods. The staging of breast cancer is the classification of malignant tumors, the characteristics of the primary tumor and lymph nodes draining the chain where the organ is located. External radiation therapy is widely used to treat breast cancer, but there are other therapeutic resources. One can use different processing techniques will be described according to the needs of each patient, good reproducibility therapeutic use is immobilized accessories. This study aims to show the need for good preparation technologist to perform the procedures during treatment.
Key word: external radiotherapy, breast cancer, staging
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1. Introdução
Wilhelm Conrad Roentgen, em 1895 contribuiu para uma descoberta científica que
possibilitou criar um método terapêutico com a finalidade de tratamento de câncer, os
raios X. A utilização da radiação para fins médicos teve um grande avanço e um
aperfeiçoamento muito rápido, dando origem a radiologia e radioterapia. Na radioterapia
utiliza-se radiação ionizante para realizar o tratamento do câncer de mama. No início, as
doses eram conhecidas como dose eritema, por ser administrada de acordo com a
intensidade do eritema, avaliando se conforme a reação da pele. As doses passaram a
ser melhor quantificadas a partir da década de 30 através do progresso da física médica
(DENARDÍ, 2008; SCHABERLE, 2000).
Na radioterapia são utilizados vários tipos de radiações e energias para atingir o
local onde se pretende realizar o tratamento de tumores ou outras enfermidades com o
objetivo de destruir as células cancerosas. A finalidade da radiação utilizada no
tratamento em teleterapia é deteriorar o material genético das células do câncer, evitando
seu crescimento e reprodução (SCHABERLE, 2000).
Segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA) foi esperados no Brasil 52.680 novos
casos de câncer de mama, estimando 52 casos a cada 100.000 mulheres. Não
considerando tumores não melanoma da pele, este câncer tem mais incidência nas
mulheres das regiões Centro-Oeste, Sudeste, Sul, Nordeste.
O câncer de mama tem início nas células dúctulo-lobular da mama. Através da
origem unicelular, um clone com alteração é desenvolvido e com uma evolução genética
estabelecida, se contrapondo a defesa normal do organismo. A iniciação da neoplasia
ocorre em apenas uma célula que sofre um desequilíbrio no seu processo de formação e
morte, invadindo tecidos adjacentes (VERA, 2009).
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1.1. Composição da mama
O padrão mamário pode variar de acordo com o estado hormonal e a idade,
podendo se apresentar em quatro tipos (PISCO, 2003):
Comum em mulheres após a menopausa:
- Mama adiposa.
- Mama com densidades fibroglandulares dispersas.
Comum em mulheres jovens:
- Mama com tecido mamário muito denso.
- Mama com tecido mamário denso e heterogêneo.
1.1.2 Anatomia mamária
O mamilo, auréola e pele são estruturas externas da mama e as internas são as
glândulas mamárias, tecido fibroso, lóbulos ductos e alvéolos figura 1 (COSTA, 2008).
O diagnóstico do câncer de mama é dado por um exame clínico geral e
locorregional. O método de diagnóstico pode ser através da mamografia, ressonância
magnética e, em casos especiais, ultrassonografia. A confirmação diagnóstica é realizada
através da biópsia incisional ou excesional e punção por agulha fina- PAFF
(PELLIZZON, 2008).
1.2.1Sinais e sintomas do câncer de mama:
Geralmente os sinais e sintomas relacionados ao câncer de mama são (DANTAS, 2007):
Nódulo mamário causado por alterações benignas possui relação com
fibroadenomas em mulheres com idade de 20 a 30 anos e cistos em mulheres com
idade de 30 a 40 anos;
Vermelhidão ou inchaço mamário e alteração do mamilo ou da pele;
Secreção no mamilo é considerada um sinal, principalmente quando possui uma
coloração de sangue;
Dor na mama, mas nem sempre está relacionada com o câncer de mama, mas
pode ocorrer por alterações benignas pré-menopausa e pós-menopausa, sendo
acompanhada por edema.
1.3Estadiamento para câncer de mama
O estadiamento do câncer de mama consiste na classificação dos tumores
malignos, as características do tumor primário, dos linfonodos na cadeia de drenagem
linfática do órgão no qual o tumor está situado e a ausência ou presença de metástases
(TEMPORÃO, 2004).
Para classificação das neoplasias utiliza-se o sistema TNM da American Joint
Commitee on Câncer (AJCC) 2002 (PELLIZZON, 2008). Este sistema é demonstrado na
tabela 1. Alguns exemplos de estadiamento para câncer de mama com base na tabela 1
estão expostos na tabela 2.
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Tabela 1 – Classificação TNM para tumores de mama
T- Tumor primário Tx: Não é possível classificar a lesão.
T0: Sem evidencia de um tumor primário. Tis: Tumor in situ ou doença de paget sem presença de massa palpável T1: Tumor com até 2 cm (centímetros) dimensional.
T1 mic: Microinvasão de até 1mm (milímetro). T1a: Tumor com dimensão menor ou equivalente a 0,5 cm. T1b: Tumor com dimensão maior que 0,5 e até 1 cm. T1c: Tumor com dimensão maior que 1 cm e até 2 cm.
T2: Tumor com dimensão maior que 2 cm até 5 cm. T3: Tumor maior que 5 cm.
T4: Tumor de qualquer dimensão que se estenda a pele ou parede torácica. T4a: extensão a parede torácica. T4b: edema, ulceração da pele ou nódulos satélites confinados a mesma mama. T4c: T4a e T4b. T4d: Câncer inflamatório.
N- linfonodos regionais Nx: Não se classifica linfonodos regionais. N0: Ausência de linfonodos regionais com metástase. N1: Linfonodos regionais móveis metastáticos. N2: Linfonodos regionais metastáticos, sem evidência de metástases nos linfonodos axililares.
N2a: linfonodos axilares metastáticos fixos uns aos outros ou em outras estruturas. N2b: Metástase aparente em cadeia mamaria interna hemolateral, sem evidencia de
metástase nos linfonodos axilares.
N3: Linfonodo infra-clavicular hemolateral metastáticos, sem ou com envolvimento dos linfonodos axilares, clinicamente aparente em cadeia mamária interna ipsilateral, com evidência clínica de metástase em linfonodo axilar, metástase para linfonodo supra-clavicular hemolateral com ou sem envolvimento de linfonodo axilar ou da cadeia mamária interna.
N3a: Metástase para linfonodos infra-clavicular hemolateral. N3b: Metástase em linfonodos axilar ou mamária interna. N3c: Metastase para linfonodos supra-clavicular
M- Metástase a distância Mx: Presença de metástase não avaliada.
M0: Ausência de metástase a distância
M1: Metástase a distancia.
Tabela 2 – Algumas combinações possíveis pelo sistema TNM para o estadiamento do câncer de mama.